Este documento analisa o mercado de trabalho assalariado rural brasileiro. A população rural vem diminuindo ao longo dos anos devido à mecanização da agricultura e migração para áreas urbanas. O número de trabalhadores rurais assalariados caiu de 4,9 milhões em 2004 para 4 milhões em 2013. A ocupação rural tem diminuído com a especialização da produção agrícola e o aumento da produtividade por máquinas.
O documento apresenta uma série de questões sobre temas relacionados à geografia agrária e urbana do Brasil. As questões abordam tópicos como o Estatuto da Cidade, a estrutura fundiária brasileira, a agricultura familiar, a reforma agrária e os movimentos sociais pelo direito à terra.
O documento discute o desenvolvimento econômico e social do Brasil, abordando tópicos como:
1) O crescimento econômico brasileiro ao longo do século 20 foi acompanhado de alta concentração de renda e riquezas, excluindo a maioria da população de seus benefícios.
2) Para um país ter alto desenvolvimento, é necessário que o crescimento econômico seja distribuído de forma justa entre a população e também considere aspectos ambientais e sociais.
3) O conceito de desen
O documento descreve a transição da economia brasileira de um modelo agrário para um modelo industrial e terciário entre os séculos XIX e XXI. Detalha como o Estado incentivou a industrialização e a atração de multinacionais, e como isso levou ao crescimento das cidades e da urbanização. Também discute a concentração da atividade econômica no Centro-Sul do Brasil e as desigualdades regionais resultantes do processo.
O documento discute as relações entre os espaços rural e urbano no Brasil. Ele apresenta três principais pontos: 1) A modernização do campo levou ao êxodo rural e superlotação das cidades; 2) Há importantes relações comerciais entre o campo, que produz matérias-primas, e a cidade, que industrializa bens; 3) Esses processos geram riquezas, mas também problemas socioambientais tanto no campo quanto nas cidades.
O documento descreve a transição da economia brasileira de um modelo agrário para um modelo industrial e terciário entre os séculos XIX e XXI. Detalha como o governo incentivou a industrialização através de investimentos em infraestrutura e como as atividades econômicas se concentraram principalmente no Sudeste. Também discute os impactos sociais desiguais do crescimento econômico brasileiro.
O documento discute as paisagens culturais brasileiras rurais e urbanas. Apresenta o Brasil como destaque na produção agropecuária mundial, mas com má distribuição de terras. Também descreve o crescimento da industrialização e urbanização no país, com a indústria concentrada principalmente nas cidades e empregando milhões de trabalhadores.
Geografia7 brasil utilizacao_do_espaco- publicarEloy Souza
O documento descreve a industrialização e urbanização no Brasil. A industrialização começou em São Paulo no final do século XIX, impulsionada pela lavoura cafeeira. Isso levou ao crescimento de São Paulo e sua consolidação como principal polo industrial do país. Ao longo do século XX, houve uma desconcentração gradual da indústria para outras regiões, em parte devido aos incentivos fiscais oferecidos. O documento também discute o crescimento urbano no Brasil e os principais problemas associados às cidades.
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil, que ocorreu principalmente devido à industrialização tardia no país. Isso levou os trabalhadores rurais a migrarem para as cidades em busca de emprego nas indústrias, um fenômeno chamado de êxodo rural. A mecanização do campo também contribuiu para esta migração. A maior parte da industrialização concentrou-se em São Paulo.
O documento apresenta uma série de questões sobre temas relacionados à geografia agrária e urbana do Brasil. As questões abordam tópicos como o Estatuto da Cidade, a estrutura fundiária brasileira, a agricultura familiar, a reforma agrária e os movimentos sociais pelo direito à terra.
O documento discute o desenvolvimento econômico e social do Brasil, abordando tópicos como:
1) O crescimento econômico brasileiro ao longo do século 20 foi acompanhado de alta concentração de renda e riquezas, excluindo a maioria da população de seus benefícios.
2) Para um país ter alto desenvolvimento, é necessário que o crescimento econômico seja distribuído de forma justa entre a população e também considere aspectos ambientais e sociais.
3) O conceito de desen
O documento descreve a transição da economia brasileira de um modelo agrário para um modelo industrial e terciário entre os séculos XIX e XXI. Detalha como o Estado incentivou a industrialização e a atração de multinacionais, e como isso levou ao crescimento das cidades e da urbanização. Também discute a concentração da atividade econômica no Centro-Sul do Brasil e as desigualdades regionais resultantes do processo.
O documento discute as relações entre os espaços rural e urbano no Brasil. Ele apresenta três principais pontos: 1) A modernização do campo levou ao êxodo rural e superlotação das cidades; 2) Há importantes relações comerciais entre o campo, que produz matérias-primas, e a cidade, que industrializa bens; 3) Esses processos geram riquezas, mas também problemas socioambientais tanto no campo quanto nas cidades.
O documento descreve a transição da economia brasileira de um modelo agrário para um modelo industrial e terciário entre os séculos XIX e XXI. Detalha como o governo incentivou a industrialização através de investimentos em infraestrutura e como as atividades econômicas se concentraram principalmente no Sudeste. Também discute os impactos sociais desiguais do crescimento econômico brasileiro.
O documento discute as paisagens culturais brasileiras rurais e urbanas. Apresenta o Brasil como destaque na produção agropecuária mundial, mas com má distribuição de terras. Também descreve o crescimento da industrialização e urbanização no país, com a indústria concentrada principalmente nas cidades e empregando milhões de trabalhadores.
Geografia7 brasil utilizacao_do_espaco- publicarEloy Souza
O documento descreve a industrialização e urbanização no Brasil. A industrialização começou em São Paulo no final do século XIX, impulsionada pela lavoura cafeeira. Isso levou ao crescimento de São Paulo e sua consolidação como principal polo industrial do país. Ao longo do século XX, houve uma desconcentração gradual da indústria para outras regiões, em parte devido aos incentivos fiscais oferecidos. O documento também discute o crescimento urbano no Brasil e os principais problemas associados às cidades.
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil, que ocorreu principalmente devido à industrialização tardia no país. Isso levou os trabalhadores rurais a migrarem para as cidades em busca de emprego nas indústrias, um fenômeno chamado de êxodo rural. A mecanização do campo também contribuiu para esta migração. A maior parte da industrialização concentrou-se em São Paulo.
Este documento discute o processo de urbanização no Brasil. Apresenta os principais fatores que motivaram o rápido crescimento das cidades brasileiras no século XX, como a industrialização e a modernização agrícola. Também analisa como a urbanização afetou a estrutura social e econômica do país, criando novos tipos de empregos e aumentando o número de pessoas letradas nas cidades.
O documento descreve a urbanização no Brasil entre 1940 e 2006. Aponta que houve um intenso crescimento da população urbana em relação à rural, especialmente entre 1950 e 1990, devido ao êxodo rural. O documento também discute os problemas relacionados ao crescimento desordenado das cidades, como a falta de planejamento urbano e a formação de favelas.
1. O documento discute oportunidades e desafios para o desenvolvimento sustentável do Nordeste brasileiro.
2. Apresenta dados sobre a herança histórica da região, incluindo desigualdades regionais e baixos níveis de escolaridade.
3. Discutem tendências atuais como o crescimento econômico acima da média nacional e ganhos de participação em setores como indústria e serviços.
O documento discute o processo de urbanização no Brasil, definindo o que é considerado uma cidade e explicando a evolução da população urbana versus rural ao longo do tempo. Também aborda a rede urbana brasileira, com a concentração populacional nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul entre 1950-1980, e a desconcentração a partir dos anos 1980, formando novos centros regionais. Por fim, explica conceitos como regiões metropolitanas, conurbação, plano diretor e zoneamento municipal.
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil, com foco na substituição de áreas industriais por prédios de escritórios em São Paulo. A urbanização é caracterizada pelo crescimento acelerado da população urbana em relação à rural, decorrente principalmente da migração campo-cidade. Isso gera transformações socioeconômicas e expansão das cidades.
O documento discute a urbanização no Brasil, o rápido crescimento da população urbana desde os anos 1960, e os problemas decorrentes da urbanização desordenada como favelização, violência e poluição.
O texto discute a imigração japonesa para o Brasil no final do século XIX e início do século XX. Muitos brasileiros, influenciados por ideias racistas da época, viam os imigrantes japoneses como "racialmente inferiores" e preferiam trabalhadores brancos europeus para "branquear" a população brasileira. Havia também medo de que os japoneses competissem pelo mercado de trabalho local.
O documento discute o êxodo rural no Brasil, as causas incluindo a mecanização agrícola e os latifúndios, e as consequências como o crescimento desordenado das cidades. Também aborda a relação entre industrialização e urbanização, com a concentração populacional e industrial no sudeste devido aos incentivos estatais.
O documento discute a pirâmide etária brasileira e aponta que: (1) O Brasil está passando por uma transição demográfica com aumento do crescimento populacional; (2) A pirâmide etária ainda tem perfil de nações subdesenvolvidas, com maioria da população entre 0-19 anos; (3) Há redução da taxa de natalidade e envelhecimento acelerado da população, alargando o topo da pirâmide.
O documento discute três pontos principais:
1) A urbanização é um estímulo importante para reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento nos países da América Latina e Caribe.
2) No entanto, a urbanização descontrolada pode gerar problemas como favelas, doenças e criminalidade.
3) As áreas urbanas oferecem mais empregos e serviços, fazendo com que os pobres rurais migrem para as cidades.
Profº Carlos Cesar Disciplina de Geografia sobre Urbanização.
Urbanização é um conceito geográfico que representa o desenvolvimento das cidades. Neste processo, ocorre a construção de casas, prédios, redes de esgoto, ruas, avenidas, escolas, hospitais, rede elétrica, shoppings, etc.
O documento discute os conceitos de cidade, urbanização e processo de crescimento urbano. Resume que a ONU considera cidade todo aglomerado com mais de 20 mil habitantes, enquanto no Brasil basta ser sede de município. Também explica que em 2008 o mundo tornou-se maioritariamente urbano e lista fatores que contribuem para a urbanização.
1) Uma lista de exercícios de matemática para o 6o ano inclui questões sobre frações, porcentagens, descontos e população.
2) As questões envolvem cálculos como dividir o valor de uma compra em parcelas iguais, calcular a população de um estado com base na porcentagem do total nacional e determinar números de habitantes, analfabetos e trabalhadores de acordo com porcentagens da população de uma cidade.
3) Há também uma questão sobre aumento percentual de uma fração que foi anulada por envolver
O documento descreve a estrutura sindical que representa os trabalhadores rurais no Brasil e no Paraná, explica quem são os trabalhadores rurais e como eram classificados anteriormente versus a nova decisão do STJ. Também apresenta o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário proposto pelo movimento sindical como uma alternativa ao modelo de desenvolvimento vigente.
O documento discute os conceitos de urbanização e crescimento urbano, comparando as dinâmicas de urbanização em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. A urbanização contemporânea ocorreu de forma desordenada nos países periféricos após a Segunda Guerra Mundial, enquanto nos países centrais foi mais lenta e planejada. A urbanização nos países subdesenvolvidos foi prejudicada por condições rurais precárias, gerando problemas sociais nas cidades como desemprego e habitações precárias.
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil entre 1940 e 2006, com ênfase no crescimento da população urbana em relação à rural, os problemas decorrentes da falta de planejamento urbano e a formação de grandes metrópoles e regiões metropolitanas.
O documento discute a urbanização no Brasil, definindo termos como urbanização, espaço urbano e rural. Apresenta a história da urbanização no país desde o período colonial até os dias atuais, destacando os processos de industrialização e metropolização nas grandes cidades e seus problemas, como a favelização.
2012 07 20_17_20_14_eja_7_ce_geografia_unidades_3-4Edjania dos Anjos
O documento discute a população brasileira, incluindo sua distribuição entre áreas rurais e urbanas e os fatores que influenciaram essas dinâmicas ao longo do tempo, como a industrialização e urbanização. Também aborda os tipos de trabalho associados às zonas rural e urbana e como eles mudaram.
Aula proferida para o curso de Engenharia, sobre o atual cenário do Mercado de Trabalho, em parâmetros globais. A intenção era orientar os alunos a respeito da nova ordem mundial de produção, chamando a atenção para o tipo de trabalho que deveriam colocar em prática a fim de serem empregáveis quando terminassem seu curso de graduação.
Este documento discute o processo de urbanização no Brasil. Apresenta os principais fatores que motivaram o rápido crescimento das cidades brasileiras no século XX, como a industrialização e a modernização agrícola. Também analisa como a urbanização afetou a estrutura social e econômica do país, criando novos tipos de empregos e aumentando o número de pessoas letradas nas cidades.
O documento descreve a urbanização no Brasil entre 1940 e 2006. Aponta que houve um intenso crescimento da população urbana em relação à rural, especialmente entre 1950 e 1990, devido ao êxodo rural. O documento também discute os problemas relacionados ao crescimento desordenado das cidades, como a falta de planejamento urbano e a formação de favelas.
1. O documento discute oportunidades e desafios para o desenvolvimento sustentável do Nordeste brasileiro.
2. Apresenta dados sobre a herança histórica da região, incluindo desigualdades regionais e baixos níveis de escolaridade.
3. Discutem tendências atuais como o crescimento econômico acima da média nacional e ganhos de participação em setores como indústria e serviços.
O documento discute o processo de urbanização no Brasil, definindo o que é considerado uma cidade e explicando a evolução da população urbana versus rural ao longo do tempo. Também aborda a rede urbana brasileira, com a concentração populacional nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul entre 1950-1980, e a desconcentração a partir dos anos 1980, formando novos centros regionais. Por fim, explica conceitos como regiões metropolitanas, conurbação, plano diretor e zoneamento municipal.
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil, com foco na substituição de áreas industriais por prédios de escritórios em São Paulo. A urbanização é caracterizada pelo crescimento acelerado da população urbana em relação à rural, decorrente principalmente da migração campo-cidade. Isso gera transformações socioeconômicas e expansão das cidades.
O documento discute a urbanização no Brasil, o rápido crescimento da população urbana desde os anos 1960, e os problemas decorrentes da urbanização desordenada como favelização, violência e poluição.
O texto discute a imigração japonesa para o Brasil no final do século XIX e início do século XX. Muitos brasileiros, influenciados por ideias racistas da época, viam os imigrantes japoneses como "racialmente inferiores" e preferiam trabalhadores brancos europeus para "branquear" a população brasileira. Havia também medo de que os japoneses competissem pelo mercado de trabalho local.
O documento discute o êxodo rural no Brasil, as causas incluindo a mecanização agrícola e os latifúndios, e as consequências como o crescimento desordenado das cidades. Também aborda a relação entre industrialização e urbanização, com a concentração populacional e industrial no sudeste devido aos incentivos estatais.
O documento discute a pirâmide etária brasileira e aponta que: (1) O Brasil está passando por uma transição demográfica com aumento do crescimento populacional; (2) A pirâmide etária ainda tem perfil de nações subdesenvolvidas, com maioria da população entre 0-19 anos; (3) Há redução da taxa de natalidade e envelhecimento acelerado da população, alargando o topo da pirâmide.
O documento discute três pontos principais:
1) A urbanização é um estímulo importante para reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento nos países da América Latina e Caribe.
2) No entanto, a urbanização descontrolada pode gerar problemas como favelas, doenças e criminalidade.
3) As áreas urbanas oferecem mais empregos e serviços, fazendo com que os pobres rurais migrem para as cidades.
Profº Carlos Cesar Disciplina de Geografia sobre Urbanização.
Urbanização é um conceito geográfico que representa o desenvolvimento das cidades. Neste processo, ocorre a construção de casas, prédios, redes de esgoto, ruas, avenidas, escolas, hospitais, rede elétrica, shoppings, etc.
O documento discute os conceitos de cidade, urbanização e processo de crescimento urbano. Resume que a ONU considera cidade todo aglomerado com mais de 20 mil habitantes, enquanto no Brasil basta ser sede de município. Também explica que em 2008 o mundo tornou-se maioritariamente urbano e lista fatores que contribuem para a urbanização.
1) Uma lista de exercícios de matemática para o 6o ano inclui questões sobre frações, porcentagens, descontos e população.
2) As questões envolvem cálculos como dividir o valor de uma compra em parcelas iguais, calcular a população de um estado com base na porcentagem do total nacional e determinar números de habitantes, analfabetos e trabalhadores de acordo com porcentagens da população de uma cidade.
3) Há também uma questão sobre aumento percentual de uma fração que foi anulada por envolver
O documento descreve a estrutura sindical que representa os trabalhadores rurais no Brasil e no Paraná, explica quem são os trabalhadores rurais e como eram classificados anteriormente versus a nova decisão do STJ. Também apresenta o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário proposto pelo movimento sindical como uma alternativa ao modelo de desenvolvimento vigente.
O documento discute os conceitos de urbanização e crescimento urbano, comparando as dinâmicas de urbanização em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. A urbanização contemporânea ocorreu de forma desordenada nos países periféricos após a Segunda Guerra Mundial, enquanto nos países centrais foi mais lenta e planejada. A urbanização nos países subdesenvolvidos foi prejudicada por condições rurais precárias, gerando problemas sociais nas cidades como desemprego e habitações precárias.
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil entre 1940 e 2006, com ênfase no crescimento da população urbana em relação à rural, os problemas decorrentes da falta de planejamento urbano e a formação de grandes metrópoles e regiões metropolitanas.
O documento discute a urbanização no Brasil, definindo termos como urbanização, espaço urbano e rural. Apresenta a história da urbanização no país desde o período colonial até os dias atuais, destacando os processos de industrialização e metropolização nas grandes cidades e seus problemas, como a favelização.
2012 07 20_17_20_14_eja_7_ce_geografia_unidades_3-4Edjania dos Anjos
O documento discute a população brasileira, incluindo sua distribuição entre áreas rurais e urbanas e os fatores que influenciaram essas dinâmicas ao longo do tempo, como a industrialização e urbanização. Também aborda os tipos de trabalho associados às zonas rural e urbana e como eles mudaram.
Aula proferida para o curso de Engenharia, sobre o atual cenário do Mercado de Trabalho, em parâmetros globais. A intenção era orientar os alunos a respeito da nova ordem mundial de produção, chamando a atenção para o tipo de trabalho que deveriam colocar em prática a fim de serem empregáveis quando terminassem seu curso de graduação.
Este documento discute a aplicação prática de sistemas de mensuração da sustentabilidade na gestão da pecuária leiteira. Ele apresenta o contexto e objetivos de um workshop sobre o tema, incluindo a discussão sobre a existência de sistemas de mensuração exequíveis e a possibilidade de unificação desses sistemas. Também resume os resultados iniciais do projeto SafaLeite e a aplicação da metodologia AHP para tomada de decisões sustentáveis na produção leiteira.
- U.S. wheat and coarse grain production estimates are lowered this month based on updated reports, lowering supplies and ending stocks. Global wheat production and consumption are also lowered.
- U.S. corn production is forecast at a record 14.4 billion bushels though ending stocks are lowered. Ethanol and export use of corn are projected higher.
- Global rice ending stocks are projected to fall nearly 6 million tons to the lowest level since 2009/10 due to reductions in supplies and increases in consumption, especially in India, Thailand, and Vietnam.
[Palestra] Luciano Araújo: Gestão de pessoas na pecuária de corte – lições ap...AgroTalento
Este documento fornece lições aprendidas sobre a gestão de pessoas em fazendas. Ele discute a importância de (1) ter a equipe como prioridade, (2) desenvolver um líder que sirva de exemplo positivo, e (3) investir continuamente na capacitação de recursos humanos para melhorar a gestão e reter talentos.
O documento discute as formas de comercialização da madeira e as diferenças entre as regiões de Telêmaco Borba e Eunápolis. Os produtores em Telêmaco Borba recebem menos pelo produto e precisam arcar com os custos de colheita e transporte, enquanto em Eunápolis esses custos são do comprador. O documento sugere que os produtores de Telêmaco Borba se organizem para negociar melhores condições de venda.
MAPA: Projeções do agronegócio brasileiro 2011/2012 a 2021-2022AgroTalento
Este documento apresenta projeções para o setor agropecuário brasileiro de 2011/2012 a 2021/2022. Prevê crescimento moderado na produção de algodão, arroz e trigo, com necessidade de importações de arroz e trigo. Projeta forte expansão na produção e exportações de milho e soja, com taxas de crescimento acima da média mundial.
Este documento apresenta as diretrizes gerais do plano de governo de Aécio Neves para a presidência em 2014. O plano é organizado em oito áreas principais relacionadas à cidadania, economia, educação, estado eficiente, relações exteriores, saúde, segurança pública e sustentabilidade. O objetivo é promover reformas para estimular o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros por meio de políticas sociais, com foco em reduzir a pobreza e as desigualdades.
O documento descreve o regulamento de um concurso cultural promovido pelo Canal Rural para escolher duas pessoas que serão chamadas de "Personagens da Soja". O concurso irá selecionar um vencedor por votação popular na internet e outro escolhido por uma comissão julgadora. Os vencedores receberão prêmios e terão suas histórias divulgadas para promover pessoas que contribuem para o desenvolvimento da soja no Brasil.
Plataforma de Gestão Agropecuária, a nova ferramenta de transparência e credi...AgroTalento
A Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) é uma ferramenta informatizada, de integração de sistemas com a formação de uma Base de Dados Única (BDU) nacional, de utilização pública, contendo as informações que existem nos 27 Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária (OESA) das unidades da federação e da base de dados corporativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
07 apresentação marcel mendes reis v2AgroTalento
O documento descreve o caso de sucesso da empresa GBS, que atua no setor pecuário. A empresa enfrentava problemas como baixa produtividade, desmotivação dos funcionários e endividamento. Por meio de um planejamento estratégico detalhado e ações como mudança do modelo de negócio, capitalização, implantação de sistemas de gestão e informação, e capacitação dos funcionários, a empresa conseguiu aumentar significativamente sua lucratividade e desempenho nos últimos anos. O documento ressalta a importância da lideran
Este documento estabelece normas para o controle da ferrugem asiática da soja no estado de Mato Grosso, definindo o período de vazio sanitário entre 1 de junho e 30 de setembro e proibindo o cultivo de soja nesse período, exceto para pesquisa sob autorização. Também determina a obrigatoriedade de cadastro anual de propriedades produtoras de soja e controle da praga nos cultivos por meio de aplicação de fungicidas.
O documento descreve a história e objetivos da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) no Brasil. A PGA foi criada para integrar bases de dados, agilizar informações, e permitir rastreabilidade e controle sanitário de animais após restrições de importação pela União Europeia. Ela integra sistemas de identificação, trânsito, inspeção e certificação de animais para facilitar o comércio e a vigilância sanitária.
Estabelece normas para o controle da ferrugem asiática da soja em Mato Grosso, proibindo o plantio sucessivo de soja e definindo regras para o vazio sanitário, como a proibição de plantas vivas de soja entre 1o de maio e 15 de setembro, exceto cultivos autorizados para pesquisa que devem ser destruídos até 31 de julho. Também torna obrigatório o cadastro anual de propriedades com produção de soja.
[Palestra] Marcos Vinicius: Multbovinos - Gestão Integrada da PecuáriaAgroTalento
O documento descreve o software agropecuário MultSoft, especializado no desenvolvimento de softwares para a agropecuária. A empresa possui 20 anos de experiência e 800 clientes no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Austrália. O software fornece módulos para a coleta de dados no curral de forma eletrônica ou manual e ferramentas de Business Intelligence para análise de indicadores e tomada de decisão.
1) O documento discute problemas nutricionais e econômicos relacionados ao confinamento de gado de corte, focando na acidose ruminal causada pelo consumo excessivo de carboidratos fermentáveis.
2) A acidose ruminal ocorre quando há desequilíbrio entre bactérias no rúmen, levando à produção excessiva de ácido láctico e queda no pH, prejudicando a digestão. Isso pode ser causado por mudanças bruscas na dieta ou ingestão de grandes quantidades de grãos e carboidratos.
1) O relatório apresenta uma análise técnica da safra de soja 2014/2015 no Brasil, discutindo o desenvolvimento da cultura, problemas enfrentados e soluções adotadas em diferentes regiões;
2) Secas prolongadas durante o plantio e estádios reprodutivos causaram atrasos e redução de rendimentos em muitas áreas;
3) Pragas como a lagarta-elasmo e falsa-medideira, bem como a mosca-branca, causaram danos significativos devido às condições climáticas.
1. O documento discute as dietas de adaptação para bovinos confinados, com foco na manutenção da saúde e função do rúmen durante a transição para dietas com maior teor de concentrado.
2. É importante estabelecer protocolos de adaptação gradual para permitir que a microbiota ruminal se ajuste à nova dieta e evitar acidose e outros distúrbios.
3. A composição e população de bactérias e protozoários no rúmen muda significativamente durante o período de adaptação para se ajustar
Magyar Posta focusing on Regional B2C Parcel Distribution, Arad, Romania, 2009Levente Laszlo
Magyar Posta is focusing on becoming the regional competence center for business-to-consumer parcel distribution in Central and Eastern Europe. As the international business unit of the Hungarian postal service, it aims to leverage its knowledge of the Hungarian and CEE markets through strategic partnerships and multiple sales and distribution channels to provide international postal services throughout the region. What makes Magyar Posta different is its optimal location as a gateway to Europe and ability to reach many CEE countries quickly, its dedicated account managers, and its focus on delivering reliable and cost-effective solutions to satisfy customers' needs.
O documento discute a importância da logística na pecuária de corte. Apresenta como a localização da fazenda, divisão de pastos, transporte de rações e bois, água e manutenção de instalações afetam a eficiência e lucratividade do negócio. Uma boa gestão logística é essencial para o sucesso das fazendas pecuaristas.
O documento discute como as novas formas técnicas e organizacionais, como a informatização e automação, levaram a um aumento do desemprego e precarização das relações de trabalho no Brasil nas últimas décadas. Isso ocorreu porque a automação eliminou postos de trabalho nas atividades agropecuárias, industriais e de serviços. Além disso, novas formas de contratação, como a terceirização, tornaram as relações de emprego mais precárias e reduziram a renda dos trabalhadores.
Brasil: paradoxos entre o crescimento econômico e a desigualdade social - [TC...Diógenes de Oliveira
1. O documento descreve a história da transição econômica do Brasil de país agroexportador para industrializado, analisando os principais momentos desde o início da exploração econômica até os avanços recentes.
2. Inicialmente, o Brasil se desenvolveu como país agroexportador de produtos primários, com ênfase na exportação de cana-de-açúcar. Sua industrialização foi tardia e limitada até meados do século XX.
3. A partir de 1930, com a crise mundial, o Brasil iniciou seu
O mundo rural brasileiro – o legado do passado e os desafios do futuro - por ...Rede Jovem Rural
Apresentação do painel "Atratividade do Campo", realizado na V Jornada Nacional do Jovem Rural e apresentado por Zander Navarro, pesquisador da Embrapa Estudos e Capacitações. Saiba mais sobre a V Jornada: http://www.redejovemrural.com.br
O documento discute o desenvolvimento regional brasileiro recente, abordando tópicos como: (1) as heranças históricas e tendências atuais do desenvolvimento regional; (2) as políticas públicas e tendências recentes; (3) as perspectivas futuras do desenvolvimento regional. Apresenta dados sobre a evolução socioeconômica das regiões brasileiras nas últimas décadas.
1) O documento discute os desafios do desenvolvimento nos assentamentos de reforma agrária na Bahia, com base em uma pesquisa realizada pelo INCRA em 2010.
2) A pesquisa revelou grandes déficits de infraestrutura e acesso a crédito nos assentamentos brasileiros. Na Bahia, as famílias assentadas tinham baixa renda agropecuária e produção, apesar de situação relativamente melhor de infraestrutura.
3) Fatores como clima, IDH e idade dos assentamentos não explicam so
Conteúdo elaborado pelo presidente do CCAS José Otávio Menten e pelo membro do conselho Décio Luiz Gazzoni sobre a capacidade do agronegócio brasileiro de produzir de forma sustentável e apresentado no I Seminário Ciência, Tecnologia e Comunicação: Os Desafios na Agro Sociedade.
O direito à cidade e à moradia nas cidades brasileirasblogarlete
O documento discute o direito à moradia e à cidade nas cidades brasileiras. Apresenta dados que mostram a precariedade da moradia no Brasil, com milhões de pessoas vivendo em favelas sem infraestrutura básica. Discute como as relações de trabalho e a produção imobiliária capitalista contribuem para o déficit habitacional no país, que atinge quase 6 milhões de unidades. Defende que as políticas públicas são insuficientes para garantir o direito constitucional à moradia.
Pauta da Primeira Mobilizacao Nacional dos Assalariados e Assalariadas RuraisFETAEP
1) O documento discute as condições de trabalho dos trabalhadores rurais assalariados no Brasil, incluindo baixos salários, alta informalidade e perda de empregos devido à mecanização.
2) Ele propõe uma política nacional para promover a qualificação, geração de emprego e proteção social destes trabalhadores.
3) Inclui pontos emergenciais como aprovação de leis para reduzir jornada de trabalho e combater trabalho análogo ao escravo.
Documentos base e regimento interno do CETTRFETAEP
O documento faz uma análise da conjuntura econômica e social do Brasil e do Paraná, com foco nos trabalhadores rurais. Apresenta dados sobre crescimento do PIB, salário mínimo, emprego e renda entre 2002-2009. Destaca que houve queda no número de trabalhadores rurais, mas aumento dos empregos formais e dos salários médios, embora estes ainda sejam baixos em comparação a outras atividades.
1) O documento discute a população brasileira, incluindo sua formação heterogênea por meio da miscigenação, dados demográficos coletados pelo IBGE e indicadores como pirâmide etária, taxa de analfabetismo e setores econômicos.
2) A pirâmide etária ilustra a distribuição populacional por idade e sexo, enquanto a taxa de analfabetismo measura aqueles que não sabem ler ou escrever.
3) A população economicamente ativa inclui aqueles empregados ou procurando empreg
O documento discute características da população brasileira, incluindo: 1) O Brasil tem aproximadamente 170 milhões de habitantes e uma densidade demográfica baixa de 19,92 hab/km2; 2) A taxa de natalidade vem caindo nas últimas décadas enquanto a expectativa de vida aumenta; 3) A população está se concentrando em áreas urbanas litorâneas.
O documento discute o agronegócio brasileiro, abordando seus principais conceitos, mitos e realidades ocultas. Apresenta como o setor usa propaganda para se pintar como moderno e essencial, mas na verdade recebe grandes subsídios e contribui pouco para a economia e o emprego. Também expõe como a violência no campo está ligada à grilagem de terras e à bancada ruralista, que desmonta órgãos de fiscalização ambiental em benefício do lucro dos grandes produtores rurais.
1) No passado, Bom Jardim foi o maior produtor de arroz manual da América Latina, porém sua agricultura entrou em declínio nas últimas décadas devido à falta de políticas públicas e à concentração de terras.
2) A pecuária substituiu a agricultura como principal atividade econômica do município.
3) A população rural empobreceu e muitos agricultores foram obrigados a vender suas terras, enquanto latifundiários as acumularam.
O documento fornece subsídios para a elaboração do Plano Plurianual 2014-2017 do município de Monte
Alto, SP, apresentando indicadores demográficos, econômicos e sociais da cidade, como taxa de
crescimento populacional, setores econômicos, agricultura, mercado de trabalho, pobreza e programas
sociais. Fontes de dados adicionais são sugeridas para aprofundar o diagnóstico situacional do município.
O documento descreve os principais desafios sociais e econômicos do Brasil, incluindo altos níveis de fome, desemprego, desigualdade e déficit de proteção social. Apresenta dados demográficos que mostram uma grande população jovem sem acesso à educação e emprego. Também discute os impactos das transições climática, tecnológica e do trabalho mediado por plataformas digitais.
O documento discute o significado e importância do agronegócio no Brasil. Explica que o agronegócio envolve a produção agropecuária e processos relacionados como a agroindústria e fabricação de máquinas agrícolas. Também destaca que o agronegócio contribui para 42% das exportações brasileiras e é responsável por 30% do PIB, sendo fundamental para a economia do país.
A Estrutura Indutrial e Agrária do Brasil.pptFabricioRoger2
O documento descreve a evolução da indústria e da estrutura agrária no Brasil ao longo dos séculos. Começa com a atividade açucareira na colônia e segue com as fases de industrialização puxadas inicialmente pelo café e depois pela intervenção estatal no século XX. A agricultura brasileira é majoritariamente voltada para a exportação.
O documento apresenta informações sobre autores de trabalhos publicados sobre o agronegócio brasileiro, fontes de dados utilizadas e fatos marcantes sobre o setor. Alguns pontos destacados são a expansão da demanda por alimentos, queda na taxa de natalidade e restrições de oferta de terra, concentração da produção agrícola, dominância da tecnologia e declínio do emprego no campo.
Apresentação intitulada "Rumo ao uso eficiente da terra no Brasil", proferida por Juliano Assunção, Professor Associado do Departamento de Economia da PUC-Rio e Diretor Executivo da Climate Policy Initiative (CPI) Brasil, no Seminário Internacional Oportunidades de Negócios para uma Economia Rural Sustentável:A Contribuição das Florestas e da Agricultura, realizado nos dias 14 e 15 de maio de 2019.
1. A modernização da agricultura brasileira continuou nos anos 90 através da adoção de novas tecnologias.
2. Isso aumentou a competitividade das exportações agrícolas, mas também levou a uma queda na renda dos pequenos produtores.
3. A distância entre grandes propriedades patronais e pequenas propriedades familiares tem aumentado.
O documento resume a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo até 30 de março de 2020, com mais de 700 mil casos e 37 mil mortes globais. No Brasil, há 4,5 mil casos e 143 mortes. Também discute os impactos econômicos da pandemia, como a forte desvalorização do real, queda nos preços internacionais de commodities e altas nos preços domésticos de alimentos. Por fim, analisa as medidas do governo para mitigar os efeitos da crise e garantir o funcionamento das cadeias logísticas
1) O uso de fertilizantes é essencial para a agricultura brasileira, que geralmente ocorre em solos pobres que requerem aplicação constante de nutrientes para alcançar produtividades econômicas e sustentáveis.
2) Gastos com fertilizantes representam parte significativa dos custos de produção, perdendo apenas para agroquímicos em alguns casos.
3) É importante que produtores e técnicos escolham corretamente os fertilizantes de acordo com as necessidades de cada cultura e talhão para garantir boa nutri
1. O documento descreve uma proposta de termo de ajustamento de conduta entre o Ibama, a Funai e o MPF para regularizar atividades agrícolas mecanizadas em terras indígenas em Mato Grosso.
2. Foram lavrados autos de infração e termos de embargo nas áreas, mas o Ibama cancelou esses documentos anteriormente devido à complexidade do assunto.
3. O documento argumenta que o desembargo imediato das áreas é proporcional dado o andamento das negociações para um acordo e a origem das irregular
This document summarizes the sequencing of the genome of the fungus Phakopsora pachyrhizi, which causes Asian soybean rust. An international consortium of 12 public and private institutions sequenced the genomes of three isolates of P. pachyrhizi using multiple sequencing technologies. They produced a high quality 1.057Gb reference genome and transcriptome data. The genome is highly repetitive and contains many transposable elements. Despite its large size, it contains around 20,700 predicted genes. This genomic data will help researchers better understand the fungus's adaptability, evolution, and interaction with soybeans to develop improved control strategies.
O documento apresenta as sugestões de produtores rurais para elevar o desenvolvimento do agronegócio em São Paulo e no Brasil. As sugestões incluem melhorias na infraestrutura, logística e segurança no campo, fortalecimento do crédito e seguro rural, estímulo à inovação, acesso a novos mercados, sustentabilidade, e empreendedorismo no meio rural.
1) A Aprosoja orienta os produtores rurais sobre como evitar fertilizantes adulterados e realizar a correta amostragem dos produtos recebidos;
2) É detalhado o processo de amostragem e quarteamento para garantir representatividade, assim como a análise dos resultados considerando os limites de tolerância estabelecidos;
3) São fornecidos contatos para mais informações sobre fiscalização de insumos agrícolas.
I. A Instrução Normativa estabelece medidas fitossanitárias para conter e erradicar a praga Amaranthus palmeri no estado de Mato Grosso, incluindo restrições à saída de máquinas, solo, casquinhas de algodão e soja de propriedades infestadas.
II. Uma portaria descredencia dois médicos veterinários do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.
III. O Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso publica seu lot
Este documento apresenta informações sobre o manejo reprodutivo de bovinos de corte e leite. Aborda tópicos como a fisiologia reprodutiva feminina e masculina, a influência da nutrição no desempenho reprodutivo, o uso de estações de monta e inseminação artificial. Também discute a avaliação andrológica de touros e o manejo reprodutivo de vacas leiteiras no pós-parto.
Apostila 10 - Índices zootécnicos e resultados econômicosPortal Canal Rural
O documento discute índices zootécnicos e resultados econômicos do confinamento de gado de corte. Apresenta diversos índices zootécnicos como taxa de desmame, fertilidade, mortalidade e intervalo entre partos e discute como esses índices afetam a estrutura e produtividade do rebanho. Também aborda os componentes e cálculo do custo de produção no confinamento, incluindo alimentação, mão-de-obra, sanidade e remuneração da terra e do capital investido.
1) O documento discute problemas nutricionais e econômicos relacionados ao confinamento de gado de corte, focando na acidose ruminal causada pelo consumo excessivo de carboidratos fermentáveis.
2) A acidose ruminal ocorre quando há desequilíbrio entre bactérias no rúmen, levando à produção excessiva de ácido láctico e queda no pH, prejudicando a digestão. Isso pode ser causado por mudanças bruscas na dieta ou ingestão de grandes quantidades de grãos moídos.
1. O documento discute tipos de animais para confinamento de gado de corte, com foco na curva de crescimento e composição corporal. É melhor usar animais que depositam mais músculo e menos gordura, como o tipo morfológico 7.
2. Fatores como raça, sexo e tamanho à maturidade influenciam a taxa e composição de crescimento. Animais maiores tendem a depositar mais gordura em pesos mais altos.
3. O documento fornece exemplos de raças indicadas para diferentes sistemas de conf
Este documento descreve um estudo sobre a viabilidade econômica e a qualidade da carne de bovinos confinados com uma dieta alta em milho grão. O estudo avaliou o desempenho, características de carcaça e análise econômica de 40 bovinos (20 machos e 20 fêmeas) alimentados por 100 dias com uma dieta composta principalmente por milho grão. Os resultados mostraram que o ganho de peso e o ganho de carcaça foram insatisfatórios e que fatores como peso inicial, idade e
1. O documento discute vitaminas, minerais e aditivos importantes para bovinos. 2. É analisada a importância da Vitamina A, D, E e Niacina, bem como os sintomas de deficiência. 3. Também são discutidos a suplementação mineral, vermífugos, ionóforos como a monensina sódica e lasalocida sódica e outros promotores de eficiência alimentar para bovinos.
Aula 5 - Estratégias para a produção de alimentos e planejamento alimentarPortal Canal Rural
1. O documento discute estratégias para produção de alimentos para confinamento de gado de corte, com foco em silagens de milho, sorgo e cana. 2. É importante escolher híbridos de milho resistentes e produtivos, realizar o plantio na época correta e usar adubação adequada para obter alto rendimento de silagem. 3. O ponto ideal de colheita para silagem de milho é quando os grãos estiverem no estádio farináceo-duro e a planta tiver 32-38% de matéria se
Este documento lista os secretários de estado do governo de Mato Grosso e estabelece diretrizes para a elaboração, monitoramento e avaliação de acordos de resultados entre órgãos e entidades estaduais.
Esta instrução normativa estabelece ações e medidas fitossanitárias para prevenção e controle da ferrugem asiática da soja no estado de Goiás, incluindo o cadastramento obrigatório de propriedades produtoras, monitoramento e controle químico de lavouras, comunicação de ocorrências da praga, eliminação de restos culturais, vazio sanitário e calendário de semeadura.
O documento resume a primeira reunião do Grupo Técnico-Científico sobre Manejo de Resistência, que discutiu: 1) as ações do Ministério da Agricultura sobre o tema; 2) os objetivos do grupo e expectativas dos participantes; 3) a eficiência das tecnologias Bt e medidas para monitorá-la. O grupo concordou que é importante adotar práticas complementares ao refúgio para garantir a longevidade das tecnologias e discutiu diretrizes preliminares para o refúgio.
Giberela ou brusone? Orientações para a identificação correta dessas enfermi...Portal Canal Rural
1) O documento fornece orientações para identificar corretamente as doenças giberela e brusone em trigo e cevada, descrevendo seus sintomas e condições favoráveis.
2) A giberela é causada principalmente por um fungo e afeta espigas e grãos, reduzindo a produtividade. Condições climáticas como temperatura e chuva intensa favorecem sua ocorrência.
3) Mudanças no sistema de cultivo da região sul do Brasil podem ter contribuído para o aumento de surtos
O documento descreve uma pesquisa sobre escolas rurais brasileiras com infraestrutura inadequada e baixo desempenho escolar ("Escolas Esquecidas"). A pesquisa identificou 508 escolas que atendem critérios como alta taxa de evasão, baixa taxa de aprovação e falta de itens básicos. Essas escolas estão localizadas principalmente na Amazônia Legal e têm taxas de aprovação e abandono piores do que a média nacional.
1) O documento discute a nutrição de gado de corte, explicando que os bovinos precisam de suplementação além da pastagem devido ao aumento de suas necessidades nutricionais.
2) Uma pastagem bem manejada, com períodos adequados de ocupação e descanso, pode fornecer maior quantidade e qualidade de alimento, aumentando o ganho de peso por área.
3) Além de proteína, energia e vitaminas, as pastagens são frequentemente deficientes em minerais, necessitando de suplementação, principal
1. Nº 74 - outubro de 2014
O mercado de trabalho
assalariado rural brasileiro
2. O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
Este estudo tem como objetivo esboçar o perfil dos trabalhadores e trabalhadoras
ocupados no meio rural, mais especificamente daqueles empregados como assalariados rurais
nas atividades produtivas.
O princípio é que conhecer o mercado de trabalho significa poder avaliar as
oportunidades e os desafios a serem enfrentados. De fato, analisar o mercado de trabalho rural
é revelar um mosaico de relações sociais que permeiam o campo brasileiro desde o final do
século XIX e que são desafios para a construção de uma agenda de políticas públicas dirigida
para a sua superá-los1.
Mudanças no perfil da população brasileira
Em 2010, a população brasileira somava 190 milhões de pessoas, segundo o último
Censo Demográfico. A população rural era de aproximadamente 30 milhões (52% homens e
48% mulheres), o que representava 15,6% da população total do país. Mas o número de
habitantes no meio rural tem diminuído aceleradamente ao longo dos anos. Em 1950, por
exemplo, 63,8% da população residiam no meio rural. Em 1970, houve uma inversão desse
quadro, com a população passando a ser majoritariamente urbana. Em 1980, por exemplo, os
moradores na área rural representavam apenas 32,3% da população total e a estimativa para
2050 é que se situe em torno de 8,0% (Gráfico 1).
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
2
1Adaptado de Buainain e Dedecca (2008, p. 20-21).
3. GRÁFICO 1
Evolução da população brasileira por local de residência
1950-2050
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
3
(em %)
Fonte: IBGE. Censos
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Nota: * Projeção: DIEESE com base em - IBGE 2013
Em números absolutos, significa que, em 2050, o meio rural terá uma população
estimada de 18,1 milhões de pessoas, de um total de 226,3 milhões de habitantes no país.
Uma redução relativa drástica, provocada por diversos fatores advindos das várias
transformações ocorridas na sociedade e no seu modo de produção, como: a) maior
concentração industrial nas áreas urbanas (aumento da demanda de mão de obra); b)
mudanças no processo produtivo na agricultura (abertura de fronteiras agrícolas,
disponibilidade de crédito, especialização produtiva do processo agrícola etc.)2; c) fragilidade
da oferta de bens e serviços pelo Estado no
2 Ver: DIEESE (2012, p. 113-143).
4. meio rural (saúde, educação, lazer, transporte etc.); d) escassez, penosidade e precariedade do
trabalho no meio rural (que ainda persiste, apesar das grandes transformações tecnológicas e
de normas e instrumentos legais); e) incremento do nível tecnológico das atividades rurais f)
diminuição de taxas de fecundidade, que reduziu sensivelmente a reposição da população; g)
elevação da concentração da propriedade da terra, pela ausência de política nacional de
reforma agrária.
GRÁFICO 2
Evolução da população brasileira por local de residência - 1950-2050
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
4
(em milhões de pessoas)
Fonte: IBGE. Censos
Elaboração: DIEESE Subseção Contag
Nota: * Projeção: DIEESE com base em - IBGE 2013
5. As mudanças no perfil da população, tanto rural quanto urbana, implicam
transformações no mercado de trabalho e requerem mudanças de postura do movimento
sindical brasileiro3. Um campo esvaziado e cidades inchadas podem acarretar problemas
difíceis de se prever e equacionar.
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
5
A ocupação no meio rural
Entre 1960 e 1985, o número de ocupados (com 10 anos ou mais de idade) no meio
rural brasileiro passou de 15,6 milhões para 23,4 milhões de trabalhadores. A partir de 1985,
no entanto, há contínua redução das ocupações rurais. Em 1995, a população rural ocupada
era de 17,9 milhões de trabalhadores. Em 2013, essa população diminuiu para 15,2 milhões, o
que representa redução de 2,7 milhões de ocupados em 18 anos - queda de 15,1%. Para 2050,
projeta-se um contingente de apenas 8,2 milhões de ocupados rurais (Gráfico 3).
3 Ver: DIEESE (2013).
6. GRÁFICO 3
Evolução da ocupação em estabelecimentos agropecuários
Brasil - 1960-2050
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
6
(em milhões de pessoas)
15,6
17,6
20,3
21,2
23,4
17,9
16,6
15,2
14,0 14,0
11,6
8,2
25,0
23,0
21,0
19,0
17,0
15,0
13,0
11,0
9,0
7,0
5,0
1960 1970 1975 1980 1985 1995 2006 2013* 2015** 2025** 2035** 2050**
Fonte: IBGE. Censo Agropecuário
Nota: *Pessoal ocupado com base nos dados da Pnad/2013 (IBGE); **Estimativa: DIEESE
Como o número de estabelecimentos agropecuários tem se mantido, ao longo das
últimas décadas, em torno dos cinco milhões de unidades, reduz-se acentuadamente o número
de ocupados por estabelecimento. Em 1985, por exemplo, havia aproximadamente 4,0
ocupados por estabelecimento, número que se reduziu para 3,2, em 2006, e chegou a 2,7 em
2013. Mantida essa tendência, a projeção é de que, em 2050, haja uma média de menos de
dois (1,7) ocupados por estabelecimento (Gráfico 4).
7. GRÁFICO 4
Pessoal ocupado, número de estabelecimentos agropecuário e
número de ocupados por estabelecimento - Brasil - 1960-2050
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
7
15,6
17,6
20,3 21,2
23,4
17,9
16,6
15,2
14,0 14,0
11,6
8,2
4,7
3,57 4,07 4,1 4,03 3,69 3,2 2,7 2,7 2,3 2,0 1,7
3,3
4,9 5,0 5,2 5,8
4,9 5,2 5,5 5,7 5,6 5,7 5,8
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
1960 1970 1975 1980 1985 1995 2006 2013* 2015** 2025** 2035** 2050**
Pessoal ocupado em estabelecimentos agropecuários (Milhões de pessoas)
Média de pessoal ocupado em estabelecimentos agropecuários (Pessoas)
Número de estabelecimentos agropecuários (Milhões de unidades)
Fonte: IBGE. Censo Agropecuário; Dataluta/Unesp; Incra
Nota: *Pessoal ocupado com base nos dados da Pnad/2013 (IBGE); **Estimativa: DIEESE
A diminuição da ocupação rural é reflexo das mudanças ocorridas no campo, que se
caracterizam, entre outros aspectos, pela contínua especialização e mecanização do processo
agrícola, com a consequente redução do número de postos de trabalho, uma das expressões
mais visíveis da modernização da agricultura. Em 1970, por exemplo, havia pouco mais de
160 mil tratores em operação no meio rural. Em 2013, eram quase 1,2 milhão. Ressalte-se a
elevação de desempenho dessas máquinas, o que implica na demanda de uma mão de obra
mais qualificada e escolarizada, ao mesmo tempo em que aumenta a produtividade do
trabalho4. Em 2050, estima-se que o número de tratores possa chegar a 1,7 milhões de
unidades.
4 No geral, o aumento da produtividade total dos fatores (terra, trabalho e tecnologia) também explica o
crescimento da produção agropecuária brasileira, de 83 milhões de toneladas de cereais, em 2000, para uma
estimativa de mais de 195 milhões de toneladas, em 2014. O aumento da produtividade por hectare evoluiu de
2.195 quilos para 3.550 quilos, entre 2000 e 2014 (IBGE: Produção Agrícola Municipal; Conab: Levantamentos
de Safras).
8. GRÁFICO 5
Evolução do número de tratores em uso nos estabelecimentos agropecuários
Brasil - 1970-2050 (milhares de unidades)
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
8
Fonte: Anfavea
Nota: *Estimativa: DIEESE
Formas de inserção na ocupação rural
Grosso modo, são três as categorias que compõem a ocupação no meio rural brasileiro:
agricultores familiares, empregadores e empregados. No entanto, para melhor caracterizar
esses ocupados, faz-se necessário analisar as diferentes posições na ocupação5, em
decorrência das diferentes estruturas produtivas em que estão imbricados6.
Como observado anteriormente, o mercado de trabalho rural tem apresentado contínua
e forte redução e isso tem acontecido em todas as ocupações. Como mostra o Gráfico 6, o
número de empregados ou assalariados (com e sem carteira de trabalho assinada), no período
5 Empregado - pessoa que trabalha para um empregador (pessoa física ou jurídica), geralmente obrigando-se
ao cumprimento de uma jornada de trabalho e recebendo em contrapartida uma remuneração em dinheiro,
mercadorias, produtos ou benefícios (moradia, comida, roupas etc.); Conta própria - pessoa que trabalha
explorando o próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado e contando, ou não, com a
ajuda de trabalhador não remunerado. Trabalhador na produção para o próprio consumo - pessoa que
trabalha, durante pelo menos uma hora na semana, na produção de bens do ramo que compreende as
atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal, pesca e piscicultura, para a própria alimentação
e de pelo menos um membro da unidade domiciliar. Empregador - pessoa que trabalha explorando o próprio
empreendimento, com pelo menos um empregado. Não remunerado - pessoa que trabalha sem remuneração
durante pelo menos uma hora na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar que era: empregado na
produção de bens primários (atividades da agricultura, silvicultura, pecuária, extração vegetal ou mineral, caça,
pesca e piscicultura), conta própria ou empregador. (Notas Metodológicas, Pnad 2013).
6 Para essa análise serão utilizados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad/IBGE-
2013.
9. de 2004 a 2013, passou de 4,9 milhões a 4,0 milhões (-18,2%), segundo dados Pnad/IBGE7. O
número de empregadores caiu de 559 mil para 267 mil (-52,2%), resultado de forte
concentração da propriedade de terras, fruto da elevada capitalização do meio rural nos
últimos tempos, inclusive com a participação de grandes volumes de capital internacional8.
Outra grande redução ocorreu entre os não remunerados (-66,5%, entre 2004 e 2013),
segmento composto, majoritariamente, por crianças, jovens e mulheres. Infere-se que essa
redução está fortemente vinculada aos avanços das políticas de proteção social (que propiciam
alguma renda ou possibilitam a conquista de outra posição na ocupação), mas também à
migração para o meio urbano (por motivos pessoais e/ou profissionais), principalmente de
jovens na faixa etária de 16 a 24 anos de idade.
Entre os trabalhadores por conta própria, a redução foi de 16,1% - de 4,7 milhões para
3,9 milhões de ocupados. Já entre os trabalhadores na produção para o próprio consumo, ao
contrário de todas as outras ocupações, houve aumento de 23,3%, de 3,4 milhões para 4,2
milhões. O somatório dos “conta própria” com os “trabalhadores na produção para o próprio
consumo” e os “não remunerados” é o indicador aproximado do que seria o contingente de
ocupados na agricultura familiar9. No período de 2004 a 2013, esse segmento foi de 12,5
milhões para 9,6 milhões de ocupados (-22,8%).
O aumento do contingente de agricultores familiares em ocupações para o próprio
consumo, em detrimento dos ocupados como “conta própria”, merece atenção, uma vez que
pode estar havendo migração dos pequenos produtores com baixas condições econômicas
para uma situação de subsistência, ao mesmo tempo em que as grandes propriedades avançam
sobre as pequenas, reduzindo a ocupação de “conta própria”. A questão social, nesse aspecto,
pode ficar comprometida, com a piora nos índices de concentração de riqueza e renda e o
consequente crescimento da pobreza rural, em um contexto de dificuldades crescentes de
implementação de uma reforma agrária nos moldes requisitados pelos movimentos sociais.
7 A partir de 2004, a Pnad passou a ser realizada em toda a área rural do Brasil, o que permite comparações
mais precisas.
8O desenvolvimento rural brasileiro no período recente está profundamente marcado pelo modelo agrícola
conduzido pelo agronegócio empresarial, produto histórico da articulação entre o capital financeiro, o capital
industrial e a grande propriedade territorial, e fortemente apoiada por intervenções governamentais. (DIEESE,
2012).
9 “Entende-se por agricultura familiar o cultivo da terra realizado por pequenos proprietários rurais, tendo
como mão de obra predominantemente o núcleo familiar.” (PORTUGAL, 2004).
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
9
10. GRÁFICO 6
Evolução do mercado de trabalho agrícola segundo a posição na ocupação
Brasil - 2004 a 2013 (em mil pessoas)
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
10
Fonte: IBGE. Pnad (2004 a 2012)
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Observando o último ano disponível da Pnad/IBGE (2013), vê-se que a mão de obra
ocupada (com 10 anos ou mais de idade) no meio rural somava 13,9 milhões de trabalhadores,
o que representava 45,6% do total da população rural (30,6 milhões) e 14,5% da ocupação
total brasileira (94,6 milhões). Dos quase 14 milhões de ocupados rurais, 70,2% (9,8 milhões)
eram do sexo masculino e 29,8% (4,1 milhões) do sexo feminino.
Do total de ocupados, 29,0% (4,0 milhões) estavam na condição de empregados (com
e sem carteira de trabalho assinada), 28,3% (3,9 milhões) como conta própria, 30,3% (4,2
milhões) como trabalhadores na produção para o próprio consumo, 10,4% (1,4 milhão) como
trabalhadores não remunerados e 1,9% (267 mil) como empregadores (Tabela 1).
11. TABELA 1
Ocupados no setor agrícola por sexo - pessoas de
10 anos ou mais de idade - Brasil – 2013
Posição na ocupação Masculino Feminino Total
Empregado com carteira de trabalho assinada 1.430.973 216.050 1.647.023
Empregado sem carteira de trabalho assinada 2.178.941 233.543 2.412.484
Conta própria 3.398.364 563.340 3.961.704
Empregador 247.136 20.315 267.451
Trabalhador na produção para o próprio consumo 1.932.265 2.303.952 4.236.217
Não remunerado 628.275 828.753 1.457.028
Total de Ocupados 9.815.954 4.165.953 13.981.907
Total de Ocupados (em %) 70,2 29,8 100,0
Total de Empregados (Assalariados) 3.609.914 449.593 4.059.507
Taxa de Assalariamento 36,8% 10,8% 29,0%
Taxa de Ilegalidade/Informalidade (Assalariados) 60,4% 51,9% 59,4%
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE Subseção Contag
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
11
Assalariamento rural
Em 2013, entre os 4,0 milhões de ocupados empregados (ou assalariados), a maioria
(59,4% ou 2,4 milhões) encontrava-se como empregado sem carteira de trabalho assinada, e
40,6% (1,6 milhão) como empregados com carteira de trabalho assinada (Tabela 2). Em
outras palavras, a maior parte dos trabalhadores assalariados rurais no Brasil está em situação
de trabalho ilegal (ou informal), ou seja, sem nenhuma das proteções garantidas pelo vínculo
formal10. Esta taxa de ilegalidade ou informalidade está bem acima da taxa geral do país, em
torno dos 50,0% (PME/IBGE, agosto 2014).
10 Entre as várias garantias do vínculo formal estão: 1) carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de
serviço, que garante, entre outros direitos, a comprovação imediata do tempo de serviço para aposentadoria; 2)
exames médicos de admissão e demissão; 3) repouso semanal remunerado, na forma de uma folga por semana;
4) salário pago até o 5º dia útil do mês subsequente; 5) primeira parcela do 13º salário paga junto com o salário
de novembro; a segunda até 20 de dezembro; 6) férias remuneradas de 30 dias, acrescidas de um terço (1/3) do
salário; 7) vale-transporte com desconto máximo de 6% do salário; 8) para as mulheres: licença maternidade de
120 dias, com garantia de emprego da concepção até cinco meses depois do parto; 9) para os homens: licença
paternidade de cinco dias corridos; 10) faltas ao trabalho nos casos de casamento (3 dias), doação de sangue (1
dia por ano), alistamento eleitoral (2 dias), morte de parente próximo (2 dias), testemunho na Justiça do Trabalho
(no dia), doença comprovada por atestado médico; 11) horas extras pagas com acréscimo de 50% sobre o valor
da hora normal; 12) aviso prévio proporcional de, pelo menos, 30 dias em caso de demissão; 13) seguro
desemprego.
12. TABELA 2
Assalariados ocupados no meio rural e Taxa de Ilegalidade
(ou informalidade) pessoas de 10 anos ou mais de idade
Brasil – 2013
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
12
UF
Empregados
Empregado
com carteira
de trabalho
assinada
Empregado sem
carteira de
trabalho
assinada
Taxa de
Ilegalidade ou
informalidade
(percentual de
sem carteira no
total de
Em nº empregados)
Absolutos Em %
Rondônia 37.504 0,9% 8.526 28.978 77,3%
Acre 17.596 0,4% 1.393 16.203 92,1%
Amazonas 22.601 0,6% 4.988 17.613 77,9%
Roraima 4.084 0,1% 532 3.552 87,0%
Pará 190.932 4,7% 41.651 149.281 78,2%
Amapá 6.912 0,2% 1.024 5.888 85,2%
Tocantins 61.987 1,5% 20.201 41.786 67,4%
Norte 341.616 8,4% 78.315 263.301 77,1%
Maranhão 149.675 3,7% 27.880 121.795 81,4%
Piauí 70.094 1,7% 15.955 54.139 77,2%
Ceará 171.971 4,2% 14.029 157.942 91,8%
Rio Grande do Norte 61.401 1,5% 16.016 45.385 73,9%
Paraíba 72.835 1,8% 16.465 56.370 77,4%
Pernambuco 184.227 4,5% 56.956 127.271 69,1%
Alagoas 134.994 3,3% 78.694 56.300 41,7%
Sergipe 77.365 1,9% 7.233 70.132 90,7%
Bahia 490.720 12,1% 89.909 400.811 81,7%
Nordeste 1.413.282 34,8% 323.137 1.090.145 77,1%
Minas Gerais 702.679 17,3% 307.125 395.554 56,3%
Espírito Santo 95.405 2,4% 30.851 64.554 67,7%
Rio de Janeiro 55.362 1,4% 21.583 33.779 61,0%
São Paulo 544.782 13,4% 388.678 156.104 28,7%
Sudeste 1.398.228 34,4% 781.973 633.049 45,3%
Paraná 252.914 6,2% 134.370 118.544 46,9%
Santa Catarina 70.710 1,7% 31.653 39.057 55,2%
Rio Grande do Sul 134.778 3,3% 68.065 66.713 49,5%
Sul 458.402 11,3% 234.088 224.314 48,9%
Mato Grosso do Sul 120.598 3,0% 79.165 41.433 34,4%
Mato Grosso 140.180 3,5% 75.012 65.168 46,5%
Goiás 179.724 4,4% 104.583 75.141 41,8%
Distrito Federal 7.477 0,2% 4.486 2.991 40,0%
Centro-Oeste 447.979 11,0% 263.246 184.733 41,2%
Total 4.059.507 100,0% 1.647.023 2.412.484 59,4%
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
13. Quanto à distribuição geográfica, os assalariados rurais estavam concentrados nas
regiões Nordeste, 34,8% (1,41 milhão), e Sudeste, 34,4% (1,4 milhão), conforme mostra a
Figura 1, a seguir. Nessa figura, também é possível observar elevadas taxas de empregados
sem carteira em relação ao total de empregados, o que, grosso modo, pode ser chamado de
taxa de informalidade (ou taxa de ilegalidade). O Norte e o Nordeste apresentam as maiores
taxas (77,1% nas duas regiões). Entretanto, em algumas unidades da Federação (UF), como
Acre, Ceará e Sergipe, essas taxas de informalidade/ilegalidade ultrapassam os 90%, bem
superiores à média nacional rural de 59,4%.
FIGURA 1
Assalariados ocupados no meio rural e Taxa de Ilegalidade (ou informalidade)
Pessoas de 10 anos ou mais de idade - Brasil - 2013
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
13
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
14. A taxa de informalidade/ilegalidade tem se reduzido ao longo dos anos, porém a
passos lentos. Entre 2004 e 2013, diminuiu 13,16% ou 1,56% ano, mas se mantém entre uma
das mais altas do mercado de trabalho como um todo. Reduzindo-se nesse ritmo, seriam
necessários aproximadamente 50 anos para se chegar ao nível da informalidade/ilegalidade
urbana do ano de 2013 (em torno de 27%). O Gráfico 7, a seguir, ilustra esse
comportamento.11
GRÁFICO 7
Assalariados Rurais - segundo posição na ocupação e
ilegalidade/informalidade - Brasil - 2004-2013
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
14
Fonte: IBGE. Pnad 2004 a 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
A redução da taxa de informalidade/ilegalidade, ainda que lenta, é um fato positivo
para um mercado de trabalho como o rural, em que as taxas são tão elevadas. No entanto,
deve-se observar atentamente tal fato, pois a diminuição da informalidade parece estar mais
associada à extinção dos postos de trabalho ou à migração para outros setores do que ao
avanço da formalização dos postos existentes. Como mostra o Gráfico 7, o emprego formal
11 O ano de 2009 parece ser um ano de comportamento atípico no mercado de trabalho brasileiro como um todo,
reflexo das consequências da crise econômica iniciada em 2008. Segundo Pochmann (2009), “a inflexão no
ritmo de expansão da economia brasileira implica desemprego maior, acompanhado da degradação de parte dos
postos de trabalho existentes, sobretudo no setor privado. A informalidade no interior das ocupações tende a
aumentar em razão da ausência de um sistema universal de garantia de renda a todos desempregados.” Que de
certa forma explica a elevação da taxa de informalidade em 2009 (Gráfico 7).
15. assalariado saiu de 1,55 milhão, em 2004, para 1,64 milhão, em 2013, ao passo que 800 mil
postos de trabalho foram extintos no mesmo período.
É visível a redução do total de trabalhadores assalariados rurais, principalmente a
partir de 2007. Uma das razões para essa diminuição é a maior intensificação da mecanização
nos processos produtivos, em muitos setores de atividade. No setor canavieiro, por exemplo,
em decorrência dos protocolos de redução/eliminação da queima da palha da cana12, a taxa de
mecanização dos canaviais na região Centro-Sul saltou de 34,2%, em 2006/2007, para 83%,
em 2013/2014. Isso implicou a redução de mais de 100 mil postos de trabalho, apenas nesse
setor.
Os compromissos tripartites, as certificações, o aumento da fiscalização, entre outros
fatores que contribuem para diminuir a informalidade, têm méritos nessa redução, mas,
aparentemente, contribuem pouco, em um cenário de destruição em massa de postos de
trabalho. Por outro lado, os postos restantes certamente demandam/demandarão uma mão de
obra cada vez mais qualificada e escolarizada. Este cenário requer um novo rearranjo dos
movimentos sindicais na representação desses trabalhadores.
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
15
O perfil do assalariado rural
Utilizando como referência o ano de 2013 e os dados da Pnad/IBGE daquele ano, a
seção a seguir apresenta o perfil do trabalhador rural assalariado. Como a informalidade é
extremamente alta no mercado de trabalho rural, optou-se por analisar o perfil do assalariado
em condição de trabalho formal (com carteira de trabalho assinada) e informal/ilegal (sem
carteira de trabalho assinada).
Local de residência
Considerando o local de residência, se urbano ou rural, 48,8% dos assalariados rurais
vivem em áreas exclusivamente rurais (zona rural, exclusive aglomerado). Esse número cai
para 41,1% quando se consideram apenas os formais e atinge 54,1% entre os informais.
12 Em São Paulo, a Lei Estadual nº 11.241, de 2002, regulamenta o final da prática da queima em 2021, para as
áreas mecanizáveis, e 2031, para as áreas não mecanizáveis. Mas o Protocolo Agroambiental firmado entre o
governo de São Paulo e os produtores de cana do estado, em meados de 2008, prevê antecipar o fim da queima
da palha da cana para 2014, em áreas com declividade de até 12%, e 2017, para as áreas com declividade
superior. No Paraná, a Resolução nº 076/2010, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
do Paraná (Sema), prevê o início da redução da queima da palha para 2015, ocasião em que os produtores terão
que reduzir a prática em 20%, até a sua extinção, em 2025.
16. Ampliando o rural (excluindo apenas as áreas urbanas), sobe para 64,1% o percentual de
trabalhadores informais tendo como local de residência a zona rural, como mostra a Tabela 3.
O fato de residir em zona exclusivamente rural, ou seja, morar na propriedade onde
trabalha, torna o trabalhador mais propenso a aceitar um vínculo de trabalho não formal do
que um trabalhador que reside em área fora da propriedade em que trabalha, seja na área
urbana ou nos povoados e aglomerados rurais. Por outro lado, a migração, os trabalhos de
curta duração e o fato de muitos migrantes serem agricultores familiares que vendem sua
força de trabalho em determinados períodos do ano contribuem para o elevado percentual de
informais com local de residência em áreas exclusivas rurais.
TABELA 3
Assalariados rurais - segundo local de residência
(pessoas de 10 anos ou mais de idade) - Brasil - 2013
absoluto Em % Em %
cumulativo
absoluto Em % Em %
cumulativo
absoluto Em % Em %
cumulativo
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
16
Local de residência
Empregados Rurais Empregados Rurais com
Carteira assinada
Empregados Rurais sem
Carteira assinada
Nº
Nº
Nº
Urbana - Cidade ou
vila, área urbanizada 1.680.260 41,4 41,4 843.839 51,2 51,2 836.421 34,7 34,7
Urbana - Cidade ou
vila, área não-urbanizada
51.628 1,3 42,7 28.164 1,7 52,9 23.464 1,0 35,6
Urbana - Área
urbana isolada 23.798 0,6 43,2 18.092 1,1 54,0 5.706 0,2 35,9
Rural - Aglomerado
rural de extensão
7.858 0,2 43,4 4.675 0,3 54,3 3.183 0,1 36,0
urbana
Rural - Aglomerado
rural, isolado,
povoado
289.447 7,1 50,6 64.531 3,9 58,2 224.916 9,3 45,3
Rural - Aglomerado
rural, isolado, outros
aglomerados
24.318 0,6 51,2 10.699 0,6 58,9 13.619 0,6 45,9
Rural - Zona rural
exclusive
aglomerado rural
1.982.198 48,8 100,0 677.023 41,1 100,0 1.305.175 54,1 100,0
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.412.484 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Contribuição à Previdência
Como a maior parte dos assalariados rurais está na condição de trabalhadores
informais, a média de contribuintes para o instituto de previdência é de apenas 43,6%, ou seja,
a cada 10 empregados, somente quatro contribuem. Entre os informais, somente 5,1%
recolhem à previdência (Tabela 4).
17. TABELA 4
Assalariados rurais, segundo contribuição para instituto de previdência
(pessoas de 10 anos ou mais de idade) - Brasil - 2013
absoluto Em % Nº
absoluto Em % Nº
absoluto Em %
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
17
Situação
Empregados Rurais
Empregados Rurais
Com Carteira
Assinada
Empregados Rurais
Sem Carteira
Assinada
Em nº
absolutos Em % Em nº
absolutos Em % Em nº
absolutos Em %
Contribuinte 1.770.930 43,6 1.647.023 100,0 123.907 5,1
Não contribuinte 2.288.577 56,4 0,0 2.288.577 94,9
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100 2.412.484 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Associação a Sindicato
Dos 4,0 milhões de assalariados rurais, apenas 591 mil (14,6%) declararam ser sócios
de algum sindicato. Entre os assalariados rurais formais, essa cifra sobe para 18,5%,
percentual que se reduz para 11,9%, quando o trabalhador está informalmente inserido no
mercado de trabalho.
A condição informal do trabalhador naturalmente o distancia do sindicato, fazendo
com que fique desprotegido das conquistas, por exemplo, de convenções e/ou acordos
coletivos de trabalho. Entre outros motivos, contribuem para o afastamento do sindicato a
frequente migração, o fato de o trabalhador se alojar longe da entidade sindical, ter ocupação
de curta duração, intermitente, além da pouca presença dos trabalhadores em situação de
informalidade nos sindicatos de rurais.
TABELA 5
Assalariados rurais segundo associação a algum sindicato
(pessoas de 10 anos ou mais de idade) - Brasil - 2013
Situação
Empregados Rurais
Empregados Rurais
Com Carteira
Assinada
Empregados Rurais
Sem Carteira
Assinada
Nº
Sim 591.191 14,6 304.098 18,5 287.093 11,9
Não 3.468.316 85,4 1.342.925 81,5 2.125.391 88,1
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.412.484 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
18. absoluto Em % Em %
cumulativo
absoluto Em % Em %
cumulativo
absoluto Em % Em %
cumulativo
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
18
Escolaridade
Quanto ao nível de instrução, 39,3% dos trabalhadores não têm nenhum ou têm, no
máximo, três anos de estudo, o que soma 1,6 milhão de assalariados em situação de
analfabetismo ou com baixíssima escolaridade. Considerando apenas os informais, a parcela
de trabalhadores com até 3 anos de escolaridade sobe para 45,8%, percentual que se reduz a
29,7% entre os trabalhadores com carteira. No conjunto dos trabalhadores rurais, a grande
maioria tem baixa escolaridade (72,3% possuem até sete anos de estudo, percentual que sobe
para 79,4% entre os informais), o que dificulta o processo de qualificação e a conquista de
melhores postos de trabalho.
TABELA 6
Assalariados rurais segundo grupos de anos de estudo
(pessoas de 10 anos ou mais de idade) - Brasil - 2013
Situação
Empregados Rurais Empregados Rurais com
Carteira assinada
Empregados Rurais sem
Carteira assinada
Nº
Nº
Nº
Sem
instrução e
menos de 1
ano
805.774 19,8 19,8 208.605 12,7 12,7 597.169 24,8 24,8
1 a 3 anos 787.903 19,4 39,3 280.147 17,0 29,7 507.756 21,0 45,8
4 a 7 anos 1.340.636 33,0 72,3 529.513 32,1 61,8 811.123 33,6 79,4
8 a 10 anos 628.423 15,5 87,8 314.003 19,1 80,9 314.420 13,0 92,5
11 a 14 anos 428.954 10,6 98,3 277.914 16,9 97,8 151.040 6,3 98,7
15 anos ou
mais 56.367 1,4 99,7 35.028 2,1 99,9 21.339 0,9 99,6
Não
determinados 11.450 0,3 100,0 1.813 0,1 100,0 9.637 0,4 100,0
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.412.484 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Rendimento
Baixa escolaridade aliada à situação de informalidade traduz-se, quase sempre, em
baixa remuneração13 e, por consequência, em pobreza. Entre os trabalhadores assalariados
informais, 30,5% tinham rendimento de zero a meio salário mínimo (SM), enquanto 72,3%
auferiam rendimento médio mensal de até 1 SM. No caso dos trabalhadores com carteira, a
situação é melhor, mas, mesmo assim, 26,7% recebem até 1 SM mensal.
13Estudos indicam a estreita ligação entre a melhora no nível de escolaridade e a diminuição da informalidade.
Ver, por exemplo, Barbosa Filho e R. Moura (2012).
19. Somente o fato de estar na formalidade, ou seja, ter a carteira de trabalho assinada, já
garante ao trabalhador o SM como base do rendimento, para uma jornada de 44 horas
semanais. Como nos últimos anos o piso nacional tem apresentado ganhos reais significativos,
isso tem elevado também o poder aquisitivo destes trabalhadores. A formalidade, como
também ocorre no caso do assalariado urbano, garante ao trabalhador rural um melhor
rendimento. Lembrando que o Salário Mínimo, em 2013, era de R$ 678,00, enquanto o
trabalhador rural formal recebia salário médio mensal de R$ 1.120,79, que estava na
informalidade ganhava apenas R$ 579,20 (51,7% do salário médio dos formais). Quando
comparado com o trabalhador assalariado não agrícola, com rendimento médio mensal do
trabalho principal de R$ 1.472,97, o assalariado rural recebe, em média, 54,2% (R$ 797,87)
do rendimento daquele.
TABELA 7
Assalariados rurais - segundo faixa de rendimento mensal do trabalho principal (pessoas de
10 anos ou mais de idade) - Brasil - 2013
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
19
Faixas em Salário
Mínimo (R$ 678,00)
Empregados Rurais Empregados Rurais com
Carteira assinada
Empregados Rurais sem
Carteira assinada
Nº
absoluto Em %
Em %
cumulativ
o
Nº
absoluto Em %
Em %
cumulativ
o
Nº
absoluto Em %
Em %
cumulativ
o
Até 0,5 SM (Até R$
339,00) 727.447 18,2 18,2 0,0 0,0 727.447 30,5 30,5
0,51 a 1 SM (R$ 339,01 a
R$ 678,00) 1.426.491 35,7 53,9 431.288 26,7 26,7 995.203 41,8 72,3
1,01 a 1,5 SM (R$ 678,01
a R$ 1.017,00) 1.016.171 25,4 79,3 564.439 35,0 61,7 451.632 18,9 91,2
1,51 a 2 SM (R$ 1.017,01
a R$ 1.356,00) 427.688 10,7 90,0 300.635 18,6 80,4 127.053 5,3 96,6
2,01 a 3 SM (R$ 1.356,01
a R$ 2.034,00) 287.745 7,2 97,2 227.082 14,1 94,5 60.663 2,5 99,1
> de 3,01 SM (> R$
2.034,01) 110.948 2,8 100 89.473 5,5 100,0 21.475 0,9 100,0
Total 3.996.490 100,0 1.612.917 98,2 2.383.473 96,7
Rendimento médio
mensal do trabalho
R$ 797,87 R$ 1.120,79 R$ 579,20
principal
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Rendimento domiciliar (per capita)
As estatísticas são ainda mais contundentes, quando se analisa o rendimento dos
assalariados rurais em seus domicílios, visto que é nesse espaço que a remuneração auferida
traduz-se em melhor ou pior qualidade de vida do trabalhador, pois será dividida por todos
que ali residem. Enquanto o rendimento médio dos empregados rurais, em 2013, era de R$
20. 797,87 (Tabela 7), o rendimento médio domiciliar per capita era de R$ 550,65 (Tabela 8). O
valor ainda se reduz quando o trabalhador está na informalidade, situação em que o
rendimento médio domiciliar per capita era de R$ 469,83 ou 30,0% menor que o rendimento
médio domiciliar per capita de um trabalhador rural com carteira de trabalho assinada (R$
671,11).
Na data da pesquisa o salário mínimo era de R$ 678,00. Assim, um rendimento
domiciliar per capita de R$ 469,83 representa menos de 70% do salário mínimo. A Tabela 8
mostra ainda que metade (49,9%) dos trabalhadores sem carteira assinada estão inseridos em
domicílios com rendimento médio domiciliar per capita de até meio salário mínimo (R$
339,00), rendimento esse que colocaria boa parte dos trabalhadores em situação de pobreza, e
os milhares que estão bem abaixo dessa média, em situação de pobreza extrema.
Apesar da diminuição da pobreza no Brasil nos últimos anos, a Nota Técnica do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com base nos dados do
Censo Demográfico de 2010, mostra que o contingente de pessoas em situação de extrema
pobreza (renda de até R$ 70,00 per capita ou ¼ do salário mínimo da época) totalizava 16,27
milhões de pessoas, 46,7% delas residentes no setor rural. Segundo a nota, “de um total de
29,83 milhões de brasileiros residentes no campo, praticamente um em cada quatro se
encontra em extrema pobreza (25,5%), perfazendo um total de 7,59 milhões de pessoas”.14
14 Disponível em:
<http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2011/maio/11.05.02_Nota_Tecnica_Perfil_A.doc> Acesso em
18/006/2014).
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
20
21. TABELA 8
Assalariados rurais - segundo grupos de rendimento domiciliar per capita
(pessoas de 10 anos ou mais de idade) - Brasil – 2013
absoluto Em % Nº
absoluto Em % Nº
absoluto Em %
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
21
Faixas em Salário
Mínimo (R$ 678,00)
Empregados Rurais Empregados Rurais com
Carteira assinada
Empregados Rurais sem
Carteira assinada
Nº
absoluto Em %
Em %
cumulat
ivo
Nº
absoluto Em %
Em %
cumulat
ivo
Nº
absoluto Em %
Em %
cumulat
ivo
Até 0,5 SM (Até R$
339,00) 1.570.765 40,0 40,0 399.305 25,3 25,3 1.171.460 49,9 49,9
0,51 a 1 SM (R$ 339,01 a
R$ 678,00) 1.364.995 34,8 74,8 602.913 38,3 63,6 762.082 32,4 82,3
1,01 a 1,5 SM (R$ 678,01
a R$ 1.017,00) 606.821 15,5 90,3 331.982 21,1 84,7 274.839 11,7 94,0
1,51 a 2 SM (R$ 1.017,01
a R$ 1.356,00) 215.976 5,5 95,8 130.962 8,3 93,0 85.114 3,6 97,6
2,01 a 3 SM (R$ 1.356,01
a R$ 2.034,00) 118.924 3,0 98,8 77.179 4,9 97,9 41.745 1,8 99,4
> de 3,01 SM (> R$
2.034,01) 47.199 1,2 100,0 33.262 2,1 100,0 13.937 0,6 100,0
Total 3.924.680 100,0 1.575.603 100,0 2.349.177 100,0
Rendimento médio do
assalariado quando
inserido em seu
R$ 550,65 R$ 671,11 R$ 469,83
domicílio
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Sexo, cor/raça e idade
As mudanças no perfil da ocupação rural são frutos da combinação de diversos fatores,
como o êxodo rural, mudanças tecnológicas e busca por melhores ocupações. Nesse contexto,
o perfil da mão de obra é composto praticamente de homens, negros/pardos e adultos e com
forte queda na participação de jovens no total de ocupados.
Em 2013, 88,9% do total de trabalhadores assalariados rurais eram do sexo masculino
e 11,1% do sexo feminino. Quando se consideram somente os assalariados formais, essa
composição se altera, com maior participação relativa de mulheres (13,1%). No caso dos que
estão na informalidade, a presença feminina se reduz para 9,7% (Tabela 9).
TABELA 9
Assalariados rurais segundo sexo (pessoas de 10 anos ou mais de idade)
Brasil - 2013
Gênero
Empregados Rurais
Empregados Rurais
Com Carteira
Assinada
Empregados Rurais
Sem Carteira
Assinada
Nº
Masculino 3.609.914 88,9 1.430.973 86,9 2.178.941 90,3
Feminino 449.593 11,1 216.050 13,1 233.543 9,7
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.412.484 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
22. Quando se observam todas as posições na ocupação rural - e não somente os
assalariados -, a presença da mulher representa 29,8% do total, sendo majoritária em duas das
atividades características da agricultura familiar: elas representam 54,4% dos trabalhadores na
produção para o próprio consumo e 56,9% dos não remunerados. Em relação aos
trabalhadores por conta própria, outra posição normalmente associada à organização familiar
da produção, apenas 14,2% são mulheres (Tabela 1).
Essa significativa menor presença feminina na ocupação rural decorre tanto da
predominância da família tradicional com chefia masculina, no caso da agricultura familiar,
quanto da exigência de maior força física (geralmente associada aos homens), em várias
atividades cuja remuneração do trabalho é feita por produção. Apesar disso, algumas
atividades, como a fruticultura, a horticultura e floricultura, têm mão de obra assalariada
predominantemente feminina.
Quanto à cor/raça, os assalariados rurais são, na maioria, pretos ou pardos,
representando 68,7% do total. Os brancos são 30,8% e os indígenas e amarelos representam
0,2% cada (Tabela 10). Considerando apenas os sem carteira, o percentual de pretos e pardos
sobe para 72,5% do total de empregados nessa condição, enquanto o de brancos diminui a
participação para 26,8% do total. Existem mais pretos e pardos na informalidade do que no
emprego formal como um todo.
TABELA 10
Assalariados rurais, por cor/raça (pessoas de 10 anos ou mais de idade)
Brasil - 2013
absoluto Em % Nº
absoluto Em % Nº
absoluto Em %
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
22
Faixa etária (anos)
Empregados Rurais
Empregados Rurais
Com Carteira
Assinada
Empregados Rurais
Sem Carteira
Assinada
Nº
Branca 1.251.904 30,8 603.088 36,6 648.816 26,8
Preta/Parda 2.789.741 68,7 1.035.624 62,9 1.754.117 72,5
Indígena 8.193 0,2 3.020 0,2 8.193 0,3
Amarela 9.669 0,2 5.291 0,3 9.669 0,4
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.420.795 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2012
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Quanto à faixa etária, a maioria (58,0%) dos trabalhadores tem até 39 anos de idade.
Essa concentração evidencia um fenômeno que vários especialistas têm observado: os postos
de trabalho rurais são ocupados cada vez mais por trabalhadores mais jovens. Isso é dado
23. principalmente pela elevada exigência de força física para exercer o trabalho no campo. Basta
ver o corte da cana-de-açúcar, em que, ao longo do tempo, o volume de cana cortada por um
trabalhador passou de três ou quatro para 10, 12 ou mais toneladas ao dia, exigindo vigor
físico só encontrado entre os mais jovens (Tabela 11).
TABELA 11
Assalariados rurais - segundo faixa etária (pessoas de 10 anos ou mais de idade)
Brasil - 2013
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
23
Faixa etária
(anos)
Empregados Rurais Empregados Rurais Com
Carteira Assinada
Empregados Rurais Sem
Carteira Assinada
Nº absoluto Em
%
Em %
cumulativo Nº absoluto Em
%
Em %
cumulativo Nº absoluto Em
%
Em %
cumulativo
10 a 15 53.619 1,3 1,3 1.084 0,1 0,1 52.535 2,1 2,1
16 a 17 110.674 2,7 4,0 4.801 0,3 0,4 105.873 4,3 6,4
18 a 25 735.231 18,1 22,2 281.142 17,1 17,4 454.089 18,4 24,8
26 a 32 738.208 18,2 40,3 335.544 20,4 37,8 402.664 16,3 41,2
33 a 39 715.508 17,6 58,0 326.481 19,8 57,6 389.027 15,8 56,9
40 a 49 862.410 21,2 79,2 378.448 23,0 80,6 483.962 19,6 76,6
50 a 59 639.518 15,8 95,0 265.918 16,1 96,7 373.600 15,1 91,7
60 ou mais 204.339 5,0 100,0 53.605 3,3 100,0 204.339 8,3 100,0
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.466.089 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Tipo de contratação
Um aspecto singular do mercado de trabalho assalariado no meio rural é dado pela
sazonalidade da produção. O fato de as culturas terem seus períodos de plantio, tratos e
colheita diferenciados faz com que grande parte dos trabalhadores sejam contratados para
etapas diferentes desse processo, o que torna as contratações temporárias ou de curta duração
algo comum ao mercado de trabalho rural. Pela Tabela 12, nota-se que 31,9% dos
assalariados estão em empregos temporários, sendo que, nessa situação, estão 47,2% dos
empregados sem carteira assinada, contra 9,5% dos com carteira.
24. TABELA 12
Assalariados rurais - segundo tipo de contratação
(pessoas de 10 anos ou mais de idade) - Brasil - 2013
absoluto Em % Nº
absoluto Em % Nº
absoluto Em %
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
24
Posição na ocupação
Empregados Rurais
Empregados Rurais
Com Carteira
Assinada
Empregados Rurais
Sem Carteira
Assinada
Nº
Empregado permanente 2.764.643 68,1 1.490.023 90,5 1.274.620 52,8
Empregado temporário 1.294.864 31,9 157.000 9,5 1.137.864 47,2
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.412.484 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
O maior percentual de empregados temporários (47,2%) entre os trabalhadores
informais parece estar diretamente ligado aos prazos dos contratos: quanto mais curtos, mais
informais. É como se pudesse haver - o que não é verdade - uma associação entre o tempo de
duração do trabalho e a necessidade ou não de assinar a carteira do empregado, o que
contribui para o elevado grau de informalidade no país. Como a sazonalidade da produção é
algo inerente ao processo produtivo rural, é necessária uma forte atuação fiscalizatória dos
órgãos competentes, concomitante a processos simplificados e ágeis, sem perda de direitos,
para o cumprimento das obrigações trabalhistas15.
Tipo de atividade agropecuária
Quando se verifica a distribuição por atividade econômica (Tabela 13), nota-se que a
lavoura temporária, cujo nome traduz a temporalidade da cultura e, por consequência, do
trabalho, emprega em torno de 30% dos assalariados rurais, tanto entre os formais (32%)
quanto entre os informais (30%). A categoria “produção mista lavoura e pecuária” é a
segunda atividade que mais emprega assalariados (21,8%), com 22,0% do emprego informal e
21,6% dos empregados formais. Em seguida, aparece a lavoura permanente, que emprega
16,4% dos assalariados rurais (15,9% do total de empregados formais e 16,7% dos
empregados informais), e os serviços relacionados à pecuária e à agricultura, com 12,8% da
mão de obra assalariada empregada no campo (14,7% do total de empregados formais e
11,5% dos empregados informais).
15A Lei 11.718/2008, neste aspecto, representa um avanço, ao criar o contrato de trabalhador rural por pequeno
prazo, assegurando-lhe todos os direitos trabalhistas, calculados a partir dos dias trabalhados e pagos mediante
recibo. Em conjunto com o E-Social, projeto do governo federal cujo objetivo é unificar o envio de informações
pelo empregador em relação aos empregados (www.esocial.gov.br), há possibilidades de se efetivarem
concretamente as promessas de melhoria e simplificação dos procedimentos, com vistas à difusão de práticas de
legalização das relações de trabalho no setor rural.
25. TABELA 13
Assalariados rurais - segundo grupos de atividades econômicas
(pessoas de 10 anos ou mais de idade) - Brasil - 2013
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
25
Faixa etária (anos)
Empregados Rurais
Empregados Rurais
Com Carteira
Assinada
Empregados Rurais
Sem Carteira Assinada
Nº absoluto Em % Nº
absoluto Em % Nº absoluto Em %
Lavoura temporária 1.250.297 30,8 526.438 32,0 723.859 30,0
Produção mista: lavoura e
pecuária 886.640 21,8 355.243 21,6 531.397 22,0
Lavoura permanente 664.286 16,4 261.390 15,9 402.896 16,7
Serviços 518.846 12,8 242.384 14,7 276.462 11,5
Criação de aves 221.393 5,5 55.034 3,3 166.359 6,9
Horticultura / Floricultura 239.090 5,9 68.334 4,1 170.756 7,1
Pecuária 211.059 5,2 120.342 7,3 90.717 3,8
Pesca/Aquicultura 60.903 1,5 12.215 0,7 48.688 2,0
Silvicultura e exploração florestal 4.315 0,1 3.765 0,2 550 0,0
Cultivos agrícolas mal
especificados 2.678 0,1 1.878 0,1 800 0,0
Total 4.059.507 100,0 1.647.023 100,0 2.412.484 100,0
Fonte: IBGE. Pnad 2013
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Precarização do trabalho
Apesar de alguns indicadores apresentarem, nos últimos anos, melhora na qualidade
do emprego rural (aumento da proporção de empregados com carteira de trabalho assinada,
aumento da taxa de sindicalização, diminuição da proporção de trabalhadores rurais com
jornada acima de 44 horas e diminuição do trabalho infantil), ainda persistem condições
bastante precárias em relação aos ocupados rurais em geral. A elevada informalidade, a
inserção intermitente em diferentes etapas do processo produtivo, a segmentação dos
trabalhadores segundo diversas formas de contratação, a dificuldade de organização nos locais
de trabalho, a rotatividade por diferentes culturas, entre outros, acabam por contribuir muito
para acentuar a precarização do trabalho.
A terceirização da mão de obra é um fenômeno antigo no meio rural e a figura do
“gato”, agenciador de mão de obra, a faceta mais conhecida. Historicamente presente no
campo, a terceirização da mão de obra é símbolo de trabalho precário e geralmente associado
à informalidade, à subcontratação, ao trabalho escravo e a outros problemas relativos ao
mundo do trabalho rural. Essa forma de exploração do trabalho consiste sempre na violação
direta ao sistema de proteção social do trabalhador.
No Brasil, a terceirização está presente dos pequenos negócios rurais às grandes
empresas. Atividades como a silvicultura (carvoejamento, florestamento e reflorestamento), a
26. cultura de cana-de-açúcar (produção e fornecimento de mudas de cana-de-açúcar) e usina de
álcool (corte e plantio da cana-de-açúcar) e a indústria de celulose (plantio, adubação, capina
manual, capina química e aplicação de formicida, corte utilizando máquinas manuais, baldeio
e corte de eucalipto) são exemplos atuais de terceirização na atividade-fim das empresas,
apurados pela Justiça do Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho16.
O trabalho escravo, por exemplo, é uma realidade em pleno século XXI. De 1995 a
2014 (até maio), foram realizadas 1.587 operações de fiscalização para erradicação do
trabalho escravo, em que foram inspecionados 3.773 estabelecimentos e resgatados 46.588
trabalhadores - 44% desse total no meio rural (Gráfico 5). As principais atividades
econômicas do meio rural com maior número de resgatados são: lavouras (temporárias e
permanentes), pecuária, reflorestamento, carvão vegetal, extrativismo, cana-de-açúcar e
desmatamento.
16 Ministério Público do Trabalho. Disponível em:
<http://portal.mpt.gov.br/wps/wcm/connect/ed3f7e004528d2e48ae6bb80327b9f6b/Tercerizacao+da+A
tividade+Fim_completo.pdf?MOD=AJPERES> Acesso em: 19/08/2014.
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
26
27. GRÁFICO 5
Trabalhadores resgatados nas operações de fiscalização para erradicação do trabalho escravo
SIT/SRTE - Brasil 1995 a 2014
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
27
Fonte: MTE. SIT/SRTE
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
Nota: *Até maio
Ademais, são ainda muito elevados os números de acidentes de trabalho, como a
intoxicação humana por agrotóxicos. Segundo a Fiocruz (Sinitox/Fiocruz/Sinan), em média,
há cerca de seis mil casos registrados por ano de intoxicação humana por esse tipo de
produtos. A elevação do consumo de agrotóxicos no campo tende a tornar a situação ainda
mais grave. O excesso de esforço, fruto do trabalho por produção, é outra causa de acidentes,
doenças e mortes no meio rural.
As campanhas salariais
As campanhas de negociações coletivas são outro aspecto importante do mercado de
trabalho rural. Entre os fatores que tornam complexas as campanhas salariais no meio rural
estão as acentuadas diferenças entre os períodos de safra e entressafra (sazonalidade da
produção), as formas variáveis de remuneração do trabalho (trabalho por produção) e a
elevada rotatividade da mão de obra (trabalho temporário), além da elevada informalidade.
28. A sazonalidade, por exemplo, dificulta a negociação conjunta dos trabalhadores de
uma mesma cultura, visto que os períodos de safra e entressafra diferem de uma região para
outra. Os métodos de pagamentos são outra particularidade das negociações rurais, visto que
estão diretamente ligados às especificidades de cada cultura. Há pagamentos por produção nas
safras (caixas, tonéis, arroba, ladas, compasso, quadras fechadas, metro cúbico etc.), ou por
diárias, nas entressafras. Em algumas culturas, como o corte da cana-de-açúcar, a colheita da
laranja e do café, é estabelecido um piso mínimo que garante o valor da diária em caso de
intempéries ou de outros impedimentos às atividades dos trabalhadores, mas o pagamento é
por produção. Já em atividades como a pecuária, o cultivo de frutas e o reflorestamento
predominam pagamentos fixos, mas também com metas de produção estabelecidas. Todo esse
rol de características torna as negociações rurais muito difíceis e complexas.
Apesar dessas características, que conformam o contexto em que se dão as
negociações rurais, questões como jornada de trabalho, hora in itnere17, equipamentos de
segurança, salário e remuneração (como pisos, reajustes, salário por produção), relações de
trabalho (contrato de safra, comprovante de pagamentos, licenças) e relações sindicais (como
acesso do sindicato aos locais de trabalho, representantes nos locais de trabalho, dias parados,
data-base, mecanismos de solução de conflitos), entre outros, são exemplos de cláusulas que
compõem grande parte dos documentos de negociação coletiva recorrentes no mundo rural.
Apesar dos avanços e conquistas obtidos, os salários ainda continuam muito baixos.
Os pisos salariais negociados pouco ultrapassam o valor de um salário mínimo. Entre 2007 e
2013, por exemplo, a média dos valores negociados pouco variou: em 2008, atingiu 1,16
salário mínimo, enquanto em 2013 representou 1,10 salário mínimo (Tabela 15).
17 Hora in itinere é o pagamento pelo empregador do período que o trabalhador leva no trajeto até o local de
trabalho, quando considerado de difícil acesso ou não servido por transporte público.
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
28
29. TABELA 15
Menor, maior e média do piso salarial, em
múltiplo de salário mínimo vigente na data-base
Brasil - 2007 a 2013
Ano Menor Maior Média
2007 1,00 1,42 1,14
2008 1,00 1,81 1,16
2009 1,00 1,76 1,14
2010 1,00 1,76 1,13
2011 1,00 1,93 1,15
2012 1,01 1,93 1,13
2013 1,01 1,29 1,10
Fonte: DIEESE. SAS-DIEESE – Sistema de Acompanhamento de Salário
Elaboração: DIEESE. Subseção Contag
A aproximação dos valores do piso salarial com o salário mínimo nacional não
necessariamente significou perda do poder de compra do primeiro. Isso porque o SM tem
obtido sempre reajustes superiores à inflação, em função da política para valorização desta
remuneração, negociada entre as Centrais Sindicais e o governo, que há vários anos vem
garantindo ganhos reais. Além disso, algumas unidades da Federação18 têm pisos salariais
estaduais acima do valor do mínimo nacional, o que garante o poder aquisitivo dos pisos da
categoria.
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
29
Conclusão
As distintas transformações ocorridas na sociedade e no modo de produção, com
modernas técnicas de produção e de gerenciamento, aliadas ao crescimento econômico e ao
papel estratégico que o Brasil tem adquirido no contexto mundial de produção de alimentos e
bioenergia, vem provocando grandes mudanças na população e na ocupação no meio rural do
país. Apesar da diminuição da ocupação rural, tanto no assalariamento quanto nas demais
formas de inserção, o setor continua um dos que mais empregam mão de obra na economia
brasileira.
As transformações no processo produtivo, com a introdução de tecnologias em
praticamente todas as etapas da produção, têm afetado muito a vida do trabalhador,
principalmente dos assalariados rurais: exigência de maior rendimento nas tarefas geralmente
pagas por produção; ganho de produtividade não transformado em remuneração; mudanças
nas formas e nos ritmos das tarefas; e, entre outras, exigência de cada vez mais escolarização,
sem a contrapartida de aumento salarial.
18 Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
30. Ademais, há elevado número de trabalhadores rurais sem qualquer proteção ou garantias
legais de um posto de trabalho formal (com carteira de trabalho assinada). Como evidenciado
neste estudo, os assalariados rurais sem carteira de trabalho assinada encontram-se em
condições piores que os trabalhadores com vínculo formal. Essas desvantagens reforçam a
necessidade da busca incessante pela redução acelerada dos vínculos informais de trabalho no
meio rural.
Os compromissos tripartites, as certificações, o aumento da fiscalização, entre outros
fatores que contribuem para diminuir a informalidade, têm méritos nessa redução, mas,
aparentemente, contribuem pouco em cenário de destruição em massa de postos de trabalho.
Por outro lado, os postos de trabalho restantes certamente demandam mão de obra mais
qualificada e escolarizada. A baixa escolaridade e o analfabetismo agravam a situação desses
trabalhadores.
Políticas específicas que sirvam de suporte e alavanca aos trabalhadores em situação de
informalidade se fazem necessárias para romper o círculo vicioso causado, em grande medida,
pelo processo da informalidade. As políticas de moradia, saúde, educação e qualificação são
de difícil acesso para os assalariados rurais.
Nesse sentido, a geração de emprego deve se pautar pela qualidade do posto de
trabalho, coberto pela seguridade e respeitando normas técnicas de segurança, preservando a
vida e a saúde do trabalhador, tendo como ponto de partida as especificidades e o perfil dos
trabalhadores rurais brasileiros. As políticas públicas devem estar voltadas para os interesses
dos trabalhadores, como instrumento essencial para a construção de uma sociedade igualitária,
solidária e justa.
Desse diagnóstico, reiteram-se os desafios que se colocam tanto para a sociedade
quanto para o movimento sindical rural. São ações e políticas que, para o contexto atual,
compõem um programa com foco no assalariado rural: garantia da política de valorização do
salário mínimo; exigência de contrapartidas sociais e de emprego na concessão de
financiamento com recursos públicos; combate à informalidade no mercado de trabalho;
fortalecimento das campanhas salariais e negociações coletivas de trabalho; entre outras.
Cenário este que requer também um novo rearranjo dos movimentos sindicais na
representação dos trabalhadores assalariados rurais.
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
30
31. O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
31
Referências bibliográficas
BARBOSA FILHO, Fernando Holanda; MOURA, Rodrigo Leandro. Evolução recente da
informalidade no Brasil: uma análise segundo características da oferta e demanda de
trabalho. São Paulo: IBRE/FGV, ago. 2012. (Texto para discussão, 17). Disponível em:
<http://portalibre.fgv.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=8A7C82C53945A9810139
4E3A5F0F1715>. Acesso em: 23 ago 2014.
BUAINAIN, A. M.; DEDECCA, C. S. Introdução: emprego e trabalho na agricultura
brasileira. In: BUAINAIN, A. M; DEDECCA, C. S. (Orgs.). Emprego e trabalho na
agricultura brasileira, Brasília: IICA, 2008.
DIEESE. A situação do trabalho no Brasil na primeira década dos anos 2000. São Paulo,
2012.
DIEESE. Os desafios à ação sindical decorrentes das mudanças na população: o que
mudou, o que está mudando, o que vai mudar e o que ainda não mudou. São Paulo, jun. 2013.
(Nota Técnica, 127).
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censos Demográficos de 1960, 1970,
1980, 1991, 2000 e 2010. Rio de Janeiro. Disponível em: <www.biblioteca.ibge.gov.br>.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios de 2004 a 2009 e 2011 a 2012. Rio de Janeiro. Disponível em:
<www.biblioteca.ibge.gov.br>.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. Terceirização de atividade-fim na silvicultura
e outros setores da iniciativa privada: 50 exemplos de ações para proteção do emprego na
atividade-fim da empresa. Brasília: MPT. Disponível em:
<http://portal.mpt.gov.br/wps/wcm/connect/ed3f7e004528d2e48ae6bb80327b9f6b/Tercerizac
ao+da+Atividade+Fim_completo.pdf?MOD=AJPERES> Acesso em: 19 ago. 2014.
PITTA, F.; MENDONÇA, M. O capital financeiro e a especulação com terras no Brasil.
Mural Internacional, v.5, n. 1, jan-jun, 2014. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.
uerj.br/index.php/muralinternacional/article/view/11304/9210>. Acesso em: 18
Ago. 2014.
POCHMANN, Márcio. O trabalho na crise econômica no Brasil: primeiros sinais. Estudos
Avançados, São Paulo, v..23, n.66, p. 41-52. 2009.
PORTUGAL, Alberto Duque. O desafio da agricultura familiar. Brasília: Embrapa, dez.
2004.
32. Rua Aurora, 957 – 1º andar
CEP 05001-900 São Paulo, SP
Telefone (11) 3874-5366 / fax (11) 3874-5394
E-mail: en@dieese.org.br
www.dieese.org.br
Direção Executiva
Presidente: Antônio de Sousa – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de
Material Elétrico de Osasco e Região - SP
Vice Presidente: Alberto Soares da Silva – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de
Campinas - SP
Secretária Executiva: Zenaide Honório – APEOESP - Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado
de São Paulo - SP
Diretor Executivo: Alceu Luiz dos Santos – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de
Máquinas Mecânicas de Material Elétrico de Veículos e Peças Automotivas da Grande Curitiba - PR
Diretor Executivo: Josinaldo José de Barros – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas
Mecânicas e de Materiais Elétricos de Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel - SP
Diretor Executivo: José Carlos Souza – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São
Paulo - SP
Diretor Executivo: Luís Carlos de Oliveira – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas
Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região - SP
Diretora Executiva: Mara Luzia Feltes – Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramentos
Perícias Informações Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul - RS
Diretora Executiva: Maria das Graças de Oliveira – Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de
Pernambuco - PE
Diretora Executiva: Marta Soares dos Santos – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região - SP
Diretor Executivo: Paulo de Tarso Guedes de Brito Costa – Sindicato dos Eletricitários da Bahia - BA
Diretor Executivo: Roberto Alves da Silva – Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e
Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo - SP
Diretor Executivo: Ângelo Máximo de Oliveira Pinho – Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - SP
Direção Técnica
Diretor técnico: Clemente Ganz Lúcio
Coordenadora executiva: Patrícia Pelatieri
Coordenadora administrativa e financeira: Rosana de Freitas
Coordenador de educação: Nelson de Chueri Karam
Coordenador de relações sindicais: José Silvestre Prado de Oliveira
Coordenador de atendimento técnico sindical: Airton Santos
Coordenadora de estudos e desenvolvimento: Angela Maria Schwengber
Técnico responsável:
Júnior César Dias
Revisão técnica e crítica:
Carlindo Rodrigues de Oliveira
José Álvaro Cardoso
Lilian Arruda Marques
Max Leno de Almeida
Thomaz Ferreira Jensen
O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
32
33. O mercado de trabalho assalariado rural brasileiro
33