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Transcrição de: “Nossos cronistas”. In: MAZZONI, Thomaz. Almanach Esportivo 1928, pp. 283-
297 [AEL – R/1004]. Elton Frias Zanoni, 26/08/2005.
Nossos cronistas
[Marcados com asterisco (*) os nomes que aparecem de alguma forma ligados ao futebol]
Corrente colamo, damos aos leitores algumas notas crítico-biográficas de nossos
jornalistas desportivos – novos e velhos, aposentados e falecidos – em homenagem a esta classe
que, embora das mais modestas, humilde mesmo, tem sido o verdadeiro baluarte do crescendo
progresso do esporte entre nós. Não visamos enaltecer méritos não reconhecidos, ou mesmo
menosprezar a quem quer que seja. Fazemos, unicamente, justiça. É o que nos dita a consciência
– é a trilha que sempre seguimos.
Affonso Attadia – É cronista de atletismo do “Fanfulla”. Um dos melhores do gênero.
*Agenor U. Telles – Além de ótimo futebolista, foi uma pena brilhante na “Gazeta”. Suas
crônicas fizeram sucesso, dado seus conhecimentos das coisas futebolísticas.
*Álvaro de Campos (Prof.) – Apareceu na crônica esportiva de S. Paulo como auxiliar
da “Gazeta” – o verdadeiro viveiro de nossos cronistas – desde logo se impondo ao conceito
público, dada a elegância de seu estilo e, sobretudo, a sua imparcialidade, ao seu grande critério.
Muito entendedor de futebol, boxe e atletismo. Pertence ainda àquele vespertino, sendo também
um dos mais brilhantes redatores do “Combate”.
Alfredo Rodrigues – Veterano cronista de turfe. Militou em vários diários. Dirige,
atualmente, com brilho, a seção turfística do “Diario Nacional”.
*Americo Netto (dr.) – [inclui desenho] Redator-chefe da seção esportiva do “Estado”.
É, indiscutivelmente, uma das principais figuras da imprensa esportiva do país e quiçá da
América do Sul. Possui cultura esportiva e profundos conhecimentos técnicos. É especialista em
esportes atléticos e [p. 284] mecânicos. Foi um dos iniciadores do atletismo entre nós e tem
ocupado elevados cargos em nossas agremiações esportivas. Fez parte da embaixada do
Paulistano que visitou a Europa. Foi diretor da Ace.
Anhanguéra (Dr. Oscar da Motta Mello) – Um dos mais ardorosos entusiastas que
militam na crônica esportiva paulistana. Aguerrido e sempre disposto, é um dos espantalhos dos
colegas cariocas. Pertence, atualmente, à seção da “Platea”, aparecendo, porém, os seus
ponderados trabalhos, sob o popular pseudônimo de Anhanguéra, pelas colunas de outros jornais.
É dos da velha guarda...
Antonio Santos Figueiredo – No extinto “Estadinho” empregou sua atividade de um dos
mais lidos cronistas da época, possuindo uma legião de leitores.
Atualmente, milita em outras esferas do jornalismo.
*Anthonio Paes de Figueiredo Junior – Fez época no “Estado”, sendo considerado um
bom cronista de futebol. Seus comentários e notas sempre foram apreciados com interesse. Foi
diretor da Ace.
“Nossos cronistas”
1
Aranha (Adalberto de Souza) – [inclui foto] Indiscutivelmente é o príncipe dos nossos
cronistas de turfe. Veterano em nossa imprensa esportiva, é também um dos fundadores da
A.C.E. Dotado de conhecimentos técnicos do hipismo em geral, mantém no “Combate” talvez a
melhor seção de turfe no Brasil.
Armando Mondego – Figura popular em nosso prado. É dos mais abalizados cronistas de
turfe que muito tem batalhado em nossa imprensa esportiva. Dirige a “Vida Moderna”, desde
muitos anos, onde sempre foi admirado quer na qualidade de seu diretor, como de conhecedor das
coisas do turfe. Apaixonado como poucos por esse esporte. Foi vice-presidente da Ace.
*Armando Gomes de Araujo (Prof.) – Nos áureos tempos, foi um cronista de futebol
dos mais elegantes de S. Paulo. Pertencia ao “Estado”. O critério em pessoa. Argumentador
sóbrio, estilo apurado. Na Ace, foi seu 1º secretário durante longo tempo. Está afastado do
esporte. É diretor, e dos mais estimados, da Escola Normal do Brás.
Arne Enge – Este cronista consegui rápida carreira, sendo, além de um ótimo escritor de
assuntos [p. 285] esportivos, um esforçado dirigente, ocupando posto de relevo no nosso
atletismo. Pertence ao “Diario da Noite”.
*Astrojildo Sintra – Pena fulgurante e das mais lidas através das crônicas da “Gazeta” e
do “Combate”. Legítimo espírito da nova geração, fez-se admirar pelo seu estilo moderno na
qualidade de cronista de futebol. Atualmente, é um dos redatores do “Combate”, possuindo uma
legião de admiradores.
Barretinho (Dr. Julio Barreto Filho) – Fidalgo cronista de nosso turfe, que labuta no
“Estado” onde é figura saliente. Ocupa mui honrosamente a presidência da Ace.
*Batepé (Oswaldo da Sylveyra) – [inclui foto] Iniciou-se na “Gazeta”, em 1922. No ano
seguinte passou a dirigir o “S. Paulo Esportivo” que gozava então de grande prestígio. Passou
depois para as colunas do “Combate”, ao mesmo tempo que chefiava a seção esportiva do
“Badalo”.
Atualmente, secretaria o “Juca Pato”, do qual é ainda chefe da seção esportiva. Escritor
humorista, caricaturista e comentador ora picaresco e jovial, ora violento, criou uma literatura
esportiva que tem logrado enorme êxito.
A sua arma predileta é a sátira, que maneja com habilidade. Pratica o futebol, a natação e
o cestobol, escrevendo sobre qualquer assunto esportivo.
Baby (Horacio Barioni) – É um dos mais competentes cronistas de bola ao cesto.
Inúmeros são os jornais que possuem sua colaboração autorizada. Além disso, é campeão paulista
do cestobol.
Bilú (José Euclydes Mugnaini Filho) – Iniciou-se no “S. Paulo Esportivo” com Jatyr
Gomes. Sua carreira foi das mais porsepas [prósperas?], dedicando-se a todos os esportes. É
cronista de turfe do “Diario Popular” e ainda tem alto cargo na seção do “S. Paulo Jornal”.
“Nossos cronistas”
2
*Brito Brocca – Bateu bola em outros tempos. Hoje é apreciado cronista social da
“Gazeta”, onde começou as suas crônicas de futebol, no posto de cronista auxiliar. É um bonito
talento este Lauro Rosas [p. 286] (seu pseudônimo), movido por uma grande boa vontade de
vencer, e amparado por uma cultura intelectual que ele intensifica – dia a dia. Palavroso e
discutidor, o divergir é uma das suas melhores qualidades.
Brisola (Dr. Carlos Monteiro) – Militou, há tempos, no “Correio Paulistano” e no
“Jornal do Commercio”. Chronista inteligente e elegante. Atualmente é da redação do “Estado”.
*Capodaglio (Arthur) – Dirige com grande competência a seção esportiva de “Il
Piccolo”. É um dos que possuem estilo próprio, gozando de bom prestígio nos meios esportivos
da Paulicéia. Escreve sobre todos os esportes.
O simpático Capodaglio é um “tifoso” do clube “bianco-verde”, porém na qualidade de
crítico é dos mais severos, mesmo se tratando do clube de seu coração. Ex-diretor da Ace.
Carlito (Carlos de Campos Sobrinho) – É um dos jornalistas esportivos que mais
rapidamente conseguiram triunfar em nossa imprensa desportiva. Possui notável conhecimento
dos esportes aquáticos, onde também é um dos melhores campeões nacionais. Militou com rara
competência no “Estado” e, atualmente, é figura de destaque no “Diario da Noite”.
Caropreso (Bernardino) – [inclui desenho] Empregou suas atividades em diversos
órgãos dedicando-se a vários esportes. Atualmente faz parte das “Folhas”. Apreciado pela
maneira própria e sensata de seus trabalhos. Foi presidente da Confederação Paulista de Pingue-
Pongue. Fundou e dirige a Academia Paulista de Pugilismo, benemérita instituição de nosso boxe
amador.
D’Amato (Tommaso) – Brilhante redator do “Fanfulla”, é um dos nossos cronistas mais
em evidência. Criterioso e conhecedor das coisas desportivas nacionais e estrangeiras, fez-se
sempre admirar por seus leitores, pela autoridade de sua palavra.
D’Amato foi, durante a grande guerra capitão do heróico exército italiano.
*Dario C. de Barros – Pertence ao “Diario Paulista”, dirigindo com acerto e
imparcialidade a respectiva seção esportiva. Escreve sobre todos os esportes.
[p. 287]
Decio Ferraz Alvim (Dr.) – Foi um dos primeiros, senão o iniciador do crônica de
atletismo em São Paulo. Surgiu na “Gazeta”, em meados de 1916. Militou, com brilho, em vários
jornais, tendo deixado a imprensa esportiva depois que abriu banca de advocacia.
Dirceu de Miranda Rosa – Alma boa, quase cândida, era o Dirceu. Foi dos que
conheceram os grandes e ininterruptos combates da vida. Faleceu em plena juventude,
pertencendo à redação da “Folha”, exatamente quando, em posição todas as suas armas de
combate, ele estava, mais que nunca, apto para ser um vencedor.
*Dr. Luiz Pannaim – Conseguiu destacar-se, há tempos, entre os cronistas de futebol
colaborando com vários jornais. Foi diretor da Ace.
“Nossos cronistas”
3
Dr. Isidoro Romano – Veterano cronista de turfe do nosso prado. Militou por muito
tempo na “Vida Moderna” e outros jornais.
Edgard Nobre de Campos (Barão) – Esportista e cronista dos mais batalhadores. Foi
muito apreciado quando militou no “Correio Paulistano” onde se tornou um dos mais autorizados
escritores de turfe da época. Foi presidente da Apea e de grande prestígio.
*Edmundo Barreto (Dr.) – Faz parte do “Estado”, na qualidade de cronista de futebol.
Pertence à nova geração e já é um ótimo crítico.
Edú Bararó – Um dos mais imparciais de nossos cronistas esportivos. No “Fanfulla”
trabalhou por longo tempo, como competente chefe da seção esportiva, fazendo-se admirar por
seus leitores. Foi diretor da Ace.
*Ennio Juvenal Alves – [inclui foto] Secretário Geral da APEA, em cujo posto tanto se
evidenciou que lhe foi conferido o título de sócio benemérito. É o diretor-proprietário da
“Estamps” e possui um pendor particular pelo futebol. Tem visão dos fatos e é arguto. Quer como
esportista, quer como cronista, continua sendo uma das figuras mais em evidência do esporte
nacional. É figura de destaque da colônia portuguesa, ocupando o elevado cargo de chanceler do
Consulado de Portugal.
Eurico Penteado – Pertence à nova geração dos cronistas esportivos da Paulicéia.
Emprega seus esforços em prol da educação física na qualidade de cronista do “Diario da Noite”.
[p. 288]
Eurico Torres – Dirige a seção de náutica e atletismo do “Diario Popular”.
*Fernando Egydio (Dr.) – Um dos mais antigos jornalistas esportivos de S. Paulo. É
portador de profundos conhecimentos do futebol. Desde há muito tempo é redator principal de
esporte do “Correio Paulistano”. Pertence à distinta família de esportistas abnegados.
Ferruccio Ghenigatti – É o único fotógrafo esportivo oficial, pois faz parte da Ace e
dedica os seus serviços profissionais ao Jockey Clube. No seio da classe é um veterano.
Francisco Petinatti – Pertenceu ao “Fanfulla”, gozando de grande prestígio como crítico
imparcial e dos mais competentes. Prestou, na qualidade de cronista, bons serviços ao nosso
esporte. Foi tesoureiro da Ace.
Francisco Pompeu do Amaral – Cronista vitorioso do “Diario da Noite”, onde brilha na
seção de atletismo. É, ainda, um dos nossos campeões de corridas atléticas.
*Francisco Marrone – Dos mais antigos cronistas de todos os esportes. Esteve sempre
em evidência, sendo bastante estimado e apreciado. Trabalhou no “Diario Popular”.
*Francisco Laraya Filho (Dr.) – Pertenceu ao “Diario Popular” na qualidade de cronista
de futebol. Foi também jogador dedicado da A. A. Palmeiras.
“Nossos cronistas”
4
Furtado de Oliveira – Veterano santista. Sabe “ver” e escreve com certa violência.
Combativo. Vibrante. É um dos novos em S. Paulo. Dirige o “S. Paulo Sportivo”, na qualidade de
diretor-secretário.
Gabriel Sant’Anna – Moureja na redação do “Estado” e é dos cronistas mais proficientes
e conscientes do seu tempo. É um temperamento para o trabalho, cheio de vontade e de
dedicação. Tem tido revistas e é ponderado como um homem de setenta anos...
Genaro Rodrigues (Nage) – [inclui foto] Foi um dos iniciadores da “crônica
humorística”, nas seções esportivas dos nossos jornais. Começou na “Gazeta”. Espírito dos mais
inteligentes, tornou-se uma figura popular e muito apreciada. Colaborou em inúmeras
publicações, onde sempre obteve sucesso com suas crônicas impagáveis. Com o saudoso Jatyr
Gomes, foi fundador do “S. Paulo Sportivo”, semanário de grande aceitação e popularidade em
épocas passadas. É, atualmente, prestigioso presidente da A. A. Estrella de Ouro.
[p. 289]
G. Michelotti – Abalizado crítico de turfe do “Fanfulla”. É figura popular em nosso
prado.
*Gumercindo Fleury – Na Platéa, iniciou-se qual cronista de esporte, permanecendo por
longo tempo na qualidade de cronista de futebol.
*Hebert Levv – Jovem e criterioso cronista da nova geração. Conseguiu impor-se no seio
da classe desde quando assumiu o cargo de redator esportivo do “Diario Nacional” e “Bôa
Tarde”. Escreve todos os esportes. É dos mais futurosos.
Irmãos Ancona Lopez – Dirigiram com grande acerto o então popular “Brasil Esporte”
que fundaram com Americo Netto.
Jatyr Gomes – Fundador do “São Paulo Sportivo”, um dos órgãos mais populares do
Brasil em sua época. Foi a alma boa do esporte paulista, que encheu com suas crônicas altamente
proficientes. O Jatyr foi o sorriso da malícia, a gargalhada da “verve” dentro do nosso esporte, de
que ele possuía o melhor conhecimento. Foi um batalhador alegre, e com ele, na melhor e mais
gloriosa fase do “S. Paulo Sportivo”, militaram muitos dos novos. Faleceu em 1924.
*João Raymundo Ribeiro – [inclui foto] Foi abalizado cronista de todos os esportes,
tendo em várias ocasiões nos oferecido belas páginas de profundos conhecimentos técnicos.
Militou em vários periódicos, sendo especialista em atletismo, boxe e esportes aquáticos. Ocupou
a chefia interina da seção esportiva da “Gazeta” por ocasião do campeonato sul-americano de
1925, visto seu chefe, o sr. Leopoldo Sant’Anna, ter viajado para as repúblicas do Prata, tendo se
portado com brilhantismo. É, atualmente, um dos redatores de “O Correio Paulistano”.
José de Castro Carvalho (Barão) – [inclui foto] É conhecidíssimo o “Barão”, de cravo à
lapela. Faz de há longos anos a seção da “A Capital”. É dos cronistas mais populares e vota uma
[p. 290] paixãozinha... pela ACE. Entretanto, parece que escreve o esporte... mais por esporte que
por espírito de combate... É prestigioso juiz de paz da Liberdade e alto funcionário postal.
“Nossos cronistas”
5
José Maria dos Santos Filho – Por muito tempo foi cronista de turfe do “Jornal do
Commercio”. Atualmente é funcionário do Derby-Club.
João Domingues – Autorizado cronista do Diário Allemão. Manteve no “Combate” a
melhor seção de turfe do país. Vencedor em muitos concursos anuais de palpites, graças à sua
reputada competência e tirocínio de uma longa carreira na imprensa da capital.
Jorge Gomes Lima (Joréca) – Foi o primeiro cronista de boxe no Brasil. Colaborou em
muitos jornais quer em prol do pugilismo como também de outros esportes onde se revelou uma
pena brilhante.
Julio Francfort Filho – Há tempos nos deu belas crônicas de boxe e natação, sendo um
competente colaborador de vários jornais e redator esportivo da Agência Havas. Ultimamente,
afastou-se do esporte.
Juvenal Fagundes (Dr.) – Dirigiu a seção de turfe do “Combate”, durante longo tempo.
Foi dos melhores do seu tempo. Ex-diretor da A.C.E.
*Leopoldo Sant’Anna (Prof.) – Foi celebrizado centro médio nos verdes anos, em Rio
Claro, sua terra natal. Ingressado no jornalismo da capital, evidenciou-se pela maneira de
visualizar os acontecimentos e de focá-los. Todo ele é ponderação e equilíbrio, penetração e
imparcialidade. Deste fato, resultou sair o Leopoldo, com dedicação e pertinácia com que pelas
coisas do esporte nacional se interessa, ser o cultor máximo, nas letras esportivas, já em S. Paulo
e já no Rio. É conhecido tanto no Rio Grande como no Pará ou na Bahia, onde seus artigos e sua
opinião pesam e onde os seus livros se esgotam. Escreveu: “Veteranos e Campeões”, “O futebol
em S. Paulo”, “Supremacia e Decadencia do futebol paulista”, “Regras de Pingue-Pongue”,
“Regras de Futebol”, “Regras de Bola ao Cesto”. Faz mais da metade, ele só, da popularidade da
“Gazeta”, e no seu contato diário “doutoraram-se” numerosos cronistas que fazem figura por aí.
Chamam-nos [sic], com acerto, o “Príncipe dos Cronistas”. Ex-presidente da Ace.
[p. 291]
Luiz Corrêa Junior – [inclui foto] Forma com Aranha uma dupla cintilante em matéria
de turfe. Conhece coisas e fatos deste esporte com competência única, através de uma longa
carreira. Escreve crônicas e notas para vários jornais e agências.
Luiz Gonzaga Mendes de Almeida (Dr.) – Um dos fundadores da Ace e seu antigo vice-
presidente. Grande entendedor de turfe, era um cronista de valor extraordinário. Talentoso e
vibrante, fez época em São Paulo. Ultimamente era nosso vice-cônsul no Uruguai. Faleceu em
1927.
Luiz Sucupira (Dr.) – De nossos cronistas de náutica, foi um dos mais vibrantes.
Notabilizou-se pela veemência de suas considerações. Daí, as inúmeras polêmicas que manteve.
Militou, durante longo tempo, na “Gazeta”, e no “Jornal do Commercio”.
*Luiz Casserino – Em outros tempos militou no “Il Piccolo”. Suas crônicas brilharam
pela imparciabilidade e competência. Foi cronista na época de ouro do futebol paulista.
“Nossos cronistas”
6
Luiz de Lorenzi – Ótimo cronista de turfe, muito popular em nossos prados. Pertence ao
“Il Piccolo”.
Major Luiz Fonseca – Atual presidente da Câmara Municipal de S. Paulo, destacou-se
em tempos passados, no “Correio Paulistano” como uma pena das mais brilhantes, muito
contribuindo para o progresso do esporte paulista. Embora afastado da imprensa esportiva, é
ainda um apaixonado do esporte.
Mario Cardim (Dr.) – Há pouco tempo que deixou o labor diário em nossa imprensa, em
favor da cultura física. Conhecedor profundo do esporte em geral, sendo ainda um grande
organizador. – Dirigiu, com elevado brilho, a seção esportiva do “Estado”, onde se consagrou um
dos mais técnicos cronistas do país.
Maercio Munhoz (Dr.) – É o mais autorizado crítico brasileiro de tênis. Pertence ao
“Estado”, sendo ainda um dos nossos campeões da raqueta.
Manoel Pereira de Rezende – Pertenceu ao “Diario Popular”, batendo-se sempre em prol
do progresso da educação Física de nossa raça. Foi, em diversas ocasiões, diretor da Ace.
Mello Monteiro (José B. de) – [inclui foto] Dos mais em evidência no seio da classe. [p.
292] Criterioso e conhecedor dos vários esportes, tem brilhado muito na chefia da seção do
“Diario Popular” e ocupou com competência o cargo de secretário geral da Ace.
Morse (Antonio de Padua) – Estimado e veterano cronista de turfe, sobre o qual traça
comentário bastante apreciados [sic] em nossos meios turfistas. Dirige deste muito tempo a seção
da “Platéa”.
*Mourinha (José Moura) – Há pouco que milita na “Gazeta” na qualidade de auxiliar do
futebol. Possui ótimos predicados de cronista. É um elemento dos mais futurosos. Como
futebolista, promete, no posto de guardião.
Miguel Flexa – [inclui foto] Atual secretário da “Gazeta”, e um dos mais vitoriosos
jornalistas do momento. Dirigiu com rara competência a seção esportiva de diversos periódicos,
tendo sido um crítico autorizado das coisas do turfe. Durante longo tempo foi presidente da Ace.
Olavo Bueno (Dr.) – Competente cronista de turfe, atualmente, no “Jornal do
Commercio”. Militou ainda em vários outros jornais, onde conseguiu posto de destaque. Um dos
mais antigos cronistas de S. Paulo.
*Odilon Penteado do Amaral – Abalizado crítico de futebol. Fundou, com Jatyr e Nage,
o “S. Paulo Sportivo”. Militou mais tarde no “Combate”. [p. 293] Foi autor de diversos trabalhos
sobre o futebol.
Olival Costa – Foi, em épocas passadas, o mais autorizado cronista de turfe, tendo
publicado diversos trabalhos. Militou no “Estado”, e ocupou a presidência da Ace onde prestou
relevantes serviços. É, atualmente, um dos diretores das “Folhas” e presidente honorário da Ace.
“Nossos cronistas”
7
Paulo José da Costa (Dr.) – Apreciado cronista de turfe, diretor proprietário da revista
“Turfe Illustrado”, sendo dos mais competentes e estimados no seio da classe.
Pedro Monteleone (Dr.) – [inclui foto] Pertence à Agência Americana, por meio da qual,
em poucas horas, faz irradiar os acontecimentos mais palpitantes do esporte paulista. Espírito
brilhante, visão serena, temperamento moderado, organização superior. Deve-lhe a “Gazeta”,
como um dos seus velhos e dedicados elementos redatoriais, grandes serviços. É atualmente,
gerente do vitorioso vespertino e vice-presidente da Ace. Monteleone goza de merecido prestígio
e simpatia, isso quer na classe esportiva, quer na jornalística e acadêmica, porque, além de ser um
perfeito cavalheiro, é ainda um sincero amigo de todos os que por ventura têm a felicidade de o
conhecer.
Pedro Cunha – Atual diretor das “Folhas”. Ocupou durante muito tempo a chefia da
seção de turfe do “Estado”, merecendo no seio dos cronistas grande prestígio. Foi secretário da
Ace.
Pedro Nunes – Indiscutivelmente durante o pouco tempo que esteve entre nós, tendo
surgido na “Gazeta”, se revelou o mais original e profundo conhecedor das coisas de pugilismo.
Fez sucesso com suas críticas irônicas e, às vezes, mordazes.
*Plinio Mendes – Popularíssimo em outras épocas, entre os amantes do futebol. Foi
redator de vários órgãos, entre eles “A Platéa”, “São Paulo Sportivo”, “O Combate”, onde sempre
se houve com rara competência. Secretariou a Ace.
Plinio Salgado – Apareceu na “Gazeta” – essa “Gazeta” é um caso sério, em fazer
cronistas – com o Leopoldo. Literato e pensador, a ascendência que conquistou no jornalismo e
nas rodas beletristas o desviou para outros planos. Inteligência da mais alta culminância, ele é,
hoje, um ponto para o qual se voltam as expectativas de altos surtos.
[p. 294]
*Pepi (Dr. Nicolino) – [inclui foto] Foi diretor da “Estampa Esportiva”, onde se revelou
um ótimo jornalista esportivo. Atualmente, é um dos paredros mais em evidência em nosso
futebol, ocupando lugar de destaque quer na Apea, quer no seio do Palestra.
Raul Viloldo – Cronista de turfe da “Capital”, e auxiliar do “Diario Nacional”. É dos
bons.
*Ragognetti (Vicente) – Pertenceu ao “Fanfulla” e “Il Piccolo”. Tornou-se famoso
quando das polêmicas que o nosso futebol provocou em outros tempos.
Reis (Carlos) – Foi um dos primeiros redatores do “S. Paulo Sportivo” gozando muitas
simpatias no seio da nossa imprensa esportiva. Afastou-se em 1923 da direção do então brilhante
semanário.
Renato dos Santos – [inclui foto] Elemento de valor entre os cronistas paulistas. Iniciou-
se na “Gazeta”. Tem-se destacado muito na direção do “São Paulo Jornal”, onde as suas crônicas
“adamastorianas” têm obtido pleno sucesso. Escreve sobre todos os esportes. Ex-diretor da Ace.
“Nossos cronistas”
8
Rolando (Hernani A. Sant’Anna) – [inclui foto] O mais excêntrico dos cronistas de S.
Paulo. “Rolando”, seu popularíssimo nome de guerra, aparece subscrevendo crônicas suburbanas,
mas ele não se vê. Tem o costume de incorporar-se, sem prévio aviso, às maratonas e provas
atléticas que passam... É, sem dúvida, um dos maiores conhecedores de estatísticas de esporte de
todo o mundo, cujos tempos [p. 295] e nomes ele guarda como em filme. Errou: seria melhor
cronista de cinema, em que, talvez, fosse um príncipe, como o seu irmão, o Léo. Saiu da
“fornalha” da “Gazeta”.
Salatiel de Campos (Thylha) – Um dos diretores do “S. Paulo Sportivo”, tendo feito
parte da “Gazeta”. Pertence atualmente ao “Combate”, sobressaindo-se na crônica de vários
esportes, que o tornaram dos mais populares.
Salvador Costa – Em tempos, militou ao lado dos cronistas náuticos sendo da seção
esportiva da “Gazeta” e depois do “Combate”. Era muito criterioso.
Severino Goulart – Foi uma pena cintilante da crônica do turfe. Militou em vários jornais
e sua carreira de cronista foi destacada. Ex-tesoureiro da Ace.
Strata (Estevam) – [inclui foto] Muito tem labutado em prol do esporte em nossa
imprensa. Foi um dos primeiros que se especializou na bola ao cesto e brilhou na crônica dos
esportes aquáticos. Além de cronista militante.
Stopin (Armando Brussolo) – Um dos mais jovens da grei. Perambulou por vários
jornais e fixou-se no “Jornal do Commercio”, onde vai assentando o juízo. O Stopin – pois é [p.
296] ele o Stopin – dedica-se aos esportes atléticos, que conhece perfeitamente. Tem estilo bem
trabalhado, cor(...) e algo brilhante.
*Taciano de Oliveira (Dr.) – [inclui foto] Iniciou-se no “Estado de S. Paulo”.
Comentador elegante, consciencioso e fino, descamba por vezes para a mordacidade, sem, porém,
deixar a sua clássica linha de escritor sereno e comedido.
Escreve proficientemente sobre todos os esporte, especializando-se em futebol e
pugilismo. Atualmente é o chefe da seção esportiva da “Folha da Manhã” e “Folha da Noite”,
cujos artigos de combate são grandemente apreciados por sua linha severa e coerente. Exerce a
profissão de dentista há vários anos.
Em colaboração com o saudoso Dirceu de Miranda Rosa, publicou há tempos o
interessante livro “Pugilismo”, que alcançou êxito.
Foi secretário da Federação de Ciclismo, cargo que exerceu com brilhantismo.
É um dos cronistas mais acatados de S. Paulo e uma das melhores penas do Brasil
esportivo.
Theodoro de Figueiredo – Cronista de turfe, tendo labutado em vários jornais da capital.
Moço de talento e de grande critério. Ex-diretor da Ace.
Tuffy (Frederico Jorge Sobrinho) – Foi um prestante auxiliar da seção esportiva da
“Gazeta”, onde se fez em nosso meio esportivo, notadamente de 1918 a 1920. Escreveu, depois,
para outros jornais. Presentemente é tabelião no interior do Estado.
“Nossos cronistas”
9
*Vespasiano (Mario Macedo) – Está aqui um cronista popular. Entretanto, nunca
escreveu uma crônica ou uma simples notícia! Sua popularidade vem do fato de ser o cronista
que mais fala e mai notas (sic) toma em qualquer reunião esportiva. Tem ele, porém, a
inteligência de se cercar, em seu jornal – o “São Paulo Esportivo”, que foi fundado pelo talentoso
Jatyr Gomes – de competentes conhecedores de esporte. Assim, já militaram e escreveram para o
“S. Paulo Sportivo”, dentre outros, Leopoldo Sant’Anna, dr. Olavo Bueno, Alvaro de Campos,
Theodoro Figueiredo, dr. Americo Netto, Oswaldo Silveira, João Raymundo Ribeiro, Genaro
Rodrigues (Nege), Hernani Sant’Anna, (Rolando), e tantos outros, estando lá ainda Salathiel de
Campos e Furtado de Oliveira, e talvez mais alguns que são os secretários do tão [p. 297] popular
“cronista” que até por ocasião de sua viagem à Europa conseguiu, logo que embarcou em Santos,
excelente secretário – um dos mais brilhantes cronistas de S. Paulo, filho do norte, que fez parte
da comitiva do Paulistano. Por isso, publicou o “S. Paulo Sportivo” aquelas lindas crônicas com a
assinatura do nosso biografado, sem que ele tivesse escrito para seu jornal uma simples nota!
Conseguiu, em tempos, passados, filiação à A.C.E., na qualidade de cronista de uma
revista feminina!
*Vital de Paula Ribeiro (Cagliostro) – Nos áureos tempos foi um dos mais belos
ornamentos da imprensa esportiva de S. Paulo. Irônico, mordaz. Espírito combativo, manteve
polêmicas, notadamente com os cariocas, que fizeram época. Haja vista o famoso caso Altamiro,
que Cagliostro conseguiu tornar célebre em todo o país... Vital, que também praticou o esporte,
pertencia à turma futebolística do Paulistano. Faleceu em 1926.
Waldomiro Fleury – Destacou-se na crônica esportiva da “Platéa”, onde foi dos
melhores da época. – Combativo, enérgico, vibrante.
*Wenceslau de Arco e Flexa – Um dos mais antigos cronistas de futebol e turfe de S.
Paulo, tendo dirigido com grande competência a seção de esportes do “Jornal do Commercio” e
de outros órgãos esportivos. Foi diretor da A.C.E. Nos áureos tempos do nosso futebol, foi um
prestigioso paredro, ocupando lugar de destaque no seio da Liga Paulista e do Americano.
_ _
Registremos aqui um nome que no ano que finda se tornou conhecido na imprensa
nacional, notadamente paulista. É Pedro Belhot [?], essa figura simpática e atraente, que na
qualidade de correspondente do “Imparcial”, de Montevidéo, do qual por longo tempo foi
cronista, tem sido um verdadeiro elo da amizade esportiva brasileiro-uruguaiana. Moço
inteligente, batalhador, escreve com facilidade, com brilho e, além do mais, é orador que cativa,
que encanta.
Aqui, pois, nosso pleito de homenagem a esse nosso amigo leal distinto.
NOTA – Devido à premência do tempo, não conseguimos, como era nosso desejo,
estampar os clichês de todos nossos colegas. No próximo volume, isto é, no almanaque de 1929,
sanaremos, e com prazer essa involuntária falta. Por isso desde já, os confrades podem ir
preparando a pose.
“Nossos cronistas”
10

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Os cronistas esportivos de São Paulo na década de 1920

  • 1. Transcrição de: “Nossos cronistas”. In: MAZZONI, Thomaz. Almanach Esportivo 1928, pp. 283- 297 [AEL – R/1004]. Elton Frias Zanoni, 26/08/2005. Nossos cronistas [Marcados com asterisco (*) os nomes que aparecem de alguma forma ligados ao futebol] Corrente colamo, damos aos leitores algumas notas crítico-biográficas de nossos jornalistas desportivos – novos e velhos, aposentados e falecidos – em homenagem a esta classe que, embora das mais modestas, humilde mesmo, tem sido o verdadeiro baluarte do crescendo progresso do esporte entre nós. Não visamos enaltecer méritos não reconhecidos, ou mesmo menosprezar a quem quer que seja. Fazemos, unicamente, justiça. É o que nos dita a consciência – é a trilha que sempre seguimos. Affonso Attadia – É cronista de atletismo do “Fanfulla”. Um dos melhores do gênero. *Agenor U. Telles – Além de ótimo futebolista, foi uma pena brilhante na “Gazeta”. Suas crônicas fizeram sucesso, dado seus conhecimentos das coisas futebolísticas. *Álvaro de Campos (Prof.) – Apareceu na crônica esportiva de S. Paulo como auxiliar da “Gazeta” – o verdadeiro viveiro de nossos cronistas – desde logo se impondo ao conceito público, dada a elegância de seu estilo e, sobretudo, a sua imparcialidade, ao seu grande critério. Muito entendedor de futebol, boxe e atletismo. Pertence ainda àquele vespertino, sendo também um dos mais brilhantes redatores do “Combate”. Alfredo Rodrigues – Veterano cronista de turfe. Militou em vários diários. Dirige, atualmente, com brilho, a seção turfística do “Diario Nacional”. *Americo Netto (dr.) – [inclui desenho] Redator-chefe da seção esportiva do “Estado”. É, indiscutivelmente, uma das principais figuras da imprensa esportiva do país e quiçá da América do Sul. Possui cultura esportiva e profundos conhecimentos técnicos. É especialista em esportes atléticos e [p. 284] mecânicos. Foi um dos iniciadores do atletismo entre nós e tem ocupado elevados cargos em nossas agremiações esportivas. Fez parte da embaixada do Paulistano que visitou a Europa. Foi diretor da Ace. Anhanguéra (Dr. Oscar da Motta Mello) – Um dos mais ardorosos entusiastas que militam na crônica esportiva paulistana. Aguerrido e sempre disposto, é um dos espantalhos dos colegas cariocas. Pertence, atualmente, à seção da “Platea”, aparecendo, porém, os seus ponderados trabalhos, sob o popular pseudônimo de Anhanguéra, pelas colunas de outros jornais. É dos da velha guarda... Antonio Santos Figueiredo – No extinto “Estadinho” empregou sua atividade de um dos mais lidos cronistas da época, possuindo uma legião de leitores. Atualmente, milita em outras esferas do jornalismo. *Anthonio Paes de Figueiredo Junior – Fez época no “Estado”, sendo considerado um bom cronista de futebol. Seus comentários e notas sempre foram apreciados com interesse. Foi diretor da Ace. “Nossos cronistas” 1
  • 2. Aranha (Adalberto de Souza) – [inclui foto] Indiscutivelmente é o príncipe dos nossos cronistas de turfe. Veterano em nossa imprensa esportiva, é também um dos fundadores da A.C.E. Dotado de conhecimentos técnicos do hipismo em geral, mantém no “Combate” talvez a melhor seção de turfe no Brasil. Armando Mondego – Figura popular em nosso prado. É dos mais abalizados cronistas de turfe que muito tem batalhado em nossa imprensa esportiva. Dirige a “Vida Moderna”, desde muitos anos, onde sempre foi admirado quer na qualidade de seu diretor, como de conhecedor das coisas do turfe. Apaixonado como poucos por esse esporte. Foi vice-presidente da Ace. *Armando Gomes de Araujo (Prof.) – Nos áureos tempos, foi um cronista de futebol dos mais elegantes de S. Paulo. Pertencia ao “Estado”. O critério em pessoa. Argumentador sóbrio, estilo apurado. Na Ace, foi seu 1º secretário durante longo tempo. Está afastado do esporte. É diretor, e dos mais estimados, da Escola Normal do Brás. Arne Enge – Este cronista consegui rápida carreira, sendo, além de um ótimo escritor de assuntos [p. 285] esportivos, um esforçado dirigente, ocupando posto de relevo no nosso atletismo. Pertence ao “Diario da Noite”. *Astrojildo Sintra – Pena fulgurante e das mais lidas através das crônicas da “Gazeta” e do “Combate”. Legítimo espírito da nova geração, fez-se admirar pelo seu estilo moderno na qualidade de cronista de futebol. Atualmente, é um dos redatores do “Combate”, possuindo uma legião de admiradores. Barretinho (Dr. Julio Barreto Filho) – Fidalgo cronista de nosso turfe, que labuta no “Estado” onde é figura saliente. Ocupa mui honrosamente a presidência da Ace. *Batepé (Oswaldo da Sylveyra) – [inclui foto] Iniciou-se na “Gazeta”, em 1922. No ano seguinte passou a dirigir o “S. Paulo Esportivo” que gozava então de grande prestígio. Passou depois para as colunas do “Combate”, ao mesmo tempo que chefiava a seção esportiva do “Badalo”. Atualmente, secretaria o “Juca Pato”, do qual é ainda chefe da seção esportiva. Escritor humorista, caricaturista e comentador ora picaresco e jovial, ora violento, criou uma literatura esportiva que tem logrado enorme êxito. A sua arma predileta é a sátira, que maneja com habilidade. Pratica o futebol, a natação e o cestobol, escrevendo sobre qualquer assunto esportivo. Baby (Horacio Barioni) – É um dos mais competentes cronistas de bola ao cesto. Inúmeros são os jornais que possuem sua colaboração autorizada. Além disso, é campeão paulista do cestobol. Bilú (José Euclydes Mugnaini Filho) – Iniciou-se no “S. Paulo Esportivo” com Jatyr Gomes. Sua carreira foi das mais porsepas [prósperas?], dedicando-se a todos os esportes. É cronista de turfe do “Diario Popular” e ainda tem alto cargo na seção do “S. Paulo Jornal”. “Nossos cronistas” 2
  • 3. *Brito Brocca – Bateu bola em outros tempos. Hoje é apreciado cronista social da “Gazeta”, onde começou as suas crônicas de futebol, no posto de cronista auxiliar. É um bonito talento este Lauro Rosas [p. 286] (seu pseudônimo), movido por uma grande boa vontade de vencer, e amparado por uma cultura intelectual que ele intensifica – dia a dia. Palavroso e discutidor, o divergir é uma das suas melhores qualidades. Brisola (Dr. Carlos Monteiro) – Militou, há tempos, no “Correio Paulistano” e no “Jornal do Commercio”. Chronista inteligente e elegante. Atualmente é da redação do “Estado”. *Capodaglio (Arthur) – Dirige com grande competência a seção esportiva de “Il Piccolo”. É um dos que possuem estilo próprio, gozando de bom prestígio nos meios esportivos da Paulicéia. Escreve sobre todos os esportes. O simpático Capodaglio é um “tifoso” do clube “bianco-verde”, porém na qualidade de crítico é dos mais severos, mesmo se tratando do clube de seu coração. Ex-diretor da Ace. Carlito (Carlos de Campos Sobrinho) – É um dos jornalistas esportivos que mais rapidamente conseguiram triunfar em nossa imprensa desportiva. Possui notável conhecimento dos esportes aquáticos, onde também é um dos melhores campeões nacionais. Militou com rara competência no “Estado” e, atualmente, é figura de destaque no “Diario da Noite”. Caropreso (Bernardino) – [inclui desenho] Empregou suas atividades em diversos órgãos dedicando-se a vários esportes. Atualmente faz parte das “Folhas”. Apreciado pela maneira própria e sensata de seus trabalhos. Foi presidente da Confederação Paulista de Pingue- Pongue. Fundou e dirige a Academia Paulista de Pugilismo, benemérita instituição de nosso boxe amador. D’Amato (Tommaso) – Brilhante redator do “Fanfulla”, é um dos nossos cronistas mais em evidência. Criterioso e conhecedor das coisas desportivas nacionais e estrangeiras, fez-se sempre admirar por seus leitores, pela autoridade de sua palavra. D’Amato foi, durante a grande guerra capitão do heróico exército italiano. *Dario C. de Barros – Pertence ao “Diario Paulista”, dirigindo com acerto e imparcialidade a respectiva seção esportiva. Escreve sobre todos os esportes. [p. 287] Decio Ferraz Alvim (Dr.) – Foi um dos primeiros, senão o iniciador do crônica de atletismo em São Paulo. Surgiu na “Gazeta”, em meados de 1916. Militou, com brilho, em vários jornais, tendo deixado a imprensa esportiva depois que abriu banca de advocacia. Dirceu de Miranda Rosa – Alma boa, quase cândida, era o Dirceu. Foi dos que conheceram os grandes e ininterruptos combates da vida. Faleceu em plena juventude, pertencendo à redação da “Folha”, exatamente quando, em posição todas as suas armas de combate, ele estava, mais que nunca, apto para ser um vencedor. *Dr. Luiz Pannaim – Conseguiu destacar-se, há tempos, entre os cronistas de futebol colaborando com vários jornais. Foi diretor da Ace. “Nossos cronistas” 3
  • 4. Dr. Isidoro Romano – Veterano cronista de turfe do nosso prado. Militou por muito tempo na “Vida Moderna” e outros jornais. Edgard Nobre de Campos (Barão) – Esportista e cronista dos mais batalhadores. Foi muito apreciado quando militou no “Correio Paulistano” onde se tornou um dos mais autorizados escritores de turfe da época. Foi presidente da Apea e de grande prestígio. *Edmundo Barreto (Dr.) – Faz parte do “Estado”, na qualidade de cronista de futebol. Pertence à nova geração e já é um ótimo crítico. Edú Bararó – Um dos mais imparciais de nossos cronistas esportivos. No “Fanfulla” trabalhou por longo tempo, como competente chefe da seção esportiva, fazendo-se admirar por seus leitores. Foi diretor da Ace. *Ennio Juvenal Alves – [inclui foto] Secretário Geral da APEA, em cujo posto tanto se evidenciou que lhe foi conferido o título de sócio benemérito. É o diretor-proprietário da “Estamps” e possui um pendor particular pelo futebol. Tem visão dos fatos e é arguto. Quer como esportista, quer como cronista, continua sendo uma das figuras mais em evidência do esporte nacional. É figura de destaque da colônia portuguesa, ocupando o elevado cargo de chanceler do Consulado de Portugal. Eurico Penteado – Pertence à nova geração dos cronistas esportivos da Paulicéia. Emprega seus esforços em prol da educação física na qualidade de cronista do “Diario da Noite”. [p. 288] Eurico Torres – Dirige a seção de náutica e atletismo do “Diario Popular”. *Fernando Egydio (Dr.) – Um dos mais antigos jornalistas esportivos de S. Paulo. É portador de profundos conhecimentos do futebol. Desde há muito tempo é redator principal de esporte do “Correio Paulistano”. Pertence à distinta família de esportistas abnegados. Ferruccio Ghenigatti – É o único fotógrafo esportivo oficial, pois faz parte da Ace e dedica os seus serviços profissionais ao Jockey Clube. No seio da classe é um veterano. Francisco Petinatti – Pertenceu ao “Fanfulla”, gozando de grande prestígio como crítico imparcial e dos mais competentes. Prestou, na qualidade de cronista, bons serviços ao nosso esporte. Foi tesoureiro da Ace. Francisco Pompeu do Amaral – Cronista vitorioso do “Diario da Noite”, onde brilha na seção de atletismo. É, ainda, um dos nossos campeões de corridas atléticas. *Francisco Marrone – Dos mais antigos cronistas de todos os esportes. Esteve sempre em evidência, sendo bastante estimado e apreciado. Trabalhou no “Diario Popular”. *Francisco Laraya Filho (Dr.) – Pertenceu ao “Diario Popular” na qualidade de cronista de futebol. Foi também jogador dedicado da A. A. Palmeiras. “Nossos cronistas” 4
  • 5. Furtado de Oliveira – Veterano santista. Sabe “ver” e escreve com certa violência. Combativo. Vibrante. É um dos novos em S. Paulo. Dirige o “S. Paulo Sportivo”, na qualidade de diretor-secretário. Gabriel Sant’Anna – Moureja na redação do “Estado” e é dos cronistas mais proficientes e conscientes do seu tempo. É um temperamento para o trabalho, cheio de vontade e de dedicação. Tem tido revistas e é ponderado como um homem de setenta anos... Genaro Rodrigues (Nage) – [inclui foto] Foi um dos iniciadores da “crônica humorística”, nas seções esportivas dos nossos jornais. Começou na “Gazeta”. Espírito dos mais inteligentes, tornou-se uma figura popular e muito apreciada. Colaborou em inúmeras publicações, onde sempre obteve sucesso com suas crônicas impagáveis. Com o saudoso Jatyr Gomes, foi fundador do “S. Paulo Sportivo”, semanário de grande aceitação e popularidade em épocas passadas. É, atualmente, prestigioso presidente da A. A. Estrella de Ouro. [p. 289] G. Michelotti – Abalizado crítico de turfe do “Fanfulla”. É figura popular em nosso prado. *Gumercindo Fleury – Na Platéa, iniciou-se qual cronista de esporte, permanecendo por longo tempo na qualidade de cronista de futebol. *Hebert Levv – Jovem e criterioso cronista da nova geração. Conseguiu impor-se no seio da classe desde quando assumiu o cargo de redator esportivo do “Diario Nacional” e “Bôa Tarde”. Escreve todos os esportes. É dos mais futurosos. Irmãos Ancona Lopez – Dirigiram com grande acerto o então popular “Brasil Esporte” que fundaram com Americo Netto. Jatyr Gomes – Fundador do “São Paulo Sportivo”, um dos órgãos mais populares do Brasil em sua época. Foi a alma boa do esporte paulista, que encheu com suas crônicas altamente proficientes. O Jatyr foi o sorriso da malícia, a gargalhada da “verve” dentro do nosso esporte, de que ele possuía o melhor conhecimento. Foi um batalhador alegre, e com ele, na melhor e mais gloriosa fase do “S. Paulo Sportivo”, militaram muitos dos novos. Faleceu em 1924. *João Raymundo Ribeiro – [inclui foto] Foi abalizado cronista de todos os esportes, tendo em várias ocasiões nos oferecido belas páginas de profundos conhecimentos técnicos. Militou em vários periódicos, sendo especialista em atletismo, boxe e esportes aquáticos. Ocupou a chefia interina da seção esportiva da “Gazeta” por ocasião do campeonato sul-americano de 1925, visto seu chefe, o sr. Leopoldo Sant’Anna, ter viajado para as repúblicas do Prata, tendo se portado com brilhantismo. É, atualmente, um dos redatores de “O Correio Paulistano”. José de Castro Carvalho (Barão) – [inclui foto] É conhecidíssimo o “Barão”, de cravo à lapela. Faz de há longos anos a seção da “A Capital”. É dos cronistas mais populares e vota uma [p. 290] paixãozinha... pela ACE. Entretanto, parece que escreve o esporte... mais por esporte que por espírito de combate... É prestigioso juiz de paz da Liberdade e alto funcionário postal. “Nossos cronistas” 5
  • 6. José Maria dos Santos Filho – Por muito tempo foi cronista de turfe do “Jornal do Commercio”. Atualmente é funcionário do Derby-Club. João Domingues – Autorizado cronista do Diário Allemão. Manteve no “Combate” a melhor seção de turfe do país. Vencedor em muitos concursos anuais de palpites, graças à sua reputada competência e tirocínio de uma longa carreira na imprensa da capital. Jorge Gomes Lima (Joréca) – Foi o primeiro cronista de boxe no Brasil. Colaborou em muitos jornais quer em prol do pugilismo como também de outros esportes onde se revelou uma pena brilhante. Julio Francfort Filho – Há tempos nos deu belas crônicas de boxe e natação, sendo um competente colaborador de vários jornais e redator esportivo da Agência Havas. Ultimamente, afastou-se do esporte. Juvenal Fagundes (Dr.) – Dirigiu a seção de turfe do “Combate”, durante longo tempo. Foi dos melhores do seu tempo. Ex-diretor da A.C.E. *Leopoldo Sant’Anna (Prof.) – Foi celebrizado centro médio nos verdes anos, em Rio Claro, sua terra natal. Ingressado no jornalismo da capital, evidenciou-se pela maneira de visualizar os acontecimentos e de focá-los. Todo ele é ponderação e equilíbrio, penetração e imparcialidade. Deste fato, resultou sair o Leopoldo, com dedicação e pertinácia com que pelas coisas do esporte nacional se interessa, ser o cultor máximo, nas letras esportivas, já em S. Paulo e já no Rio. É conhecido tanto no Rio Grande como no Pará ou na Bahia, onde seus artigos e sua opinião pesam e onde os seus livros se esgotam. Escreveu: “Veteranos e Campeões”, “O futebol em S. Paulo”, “Supremacia e Decadencia do futebol paulista”, “Regras de Pingue-Pongue”, “Regras de Futebol”, “Regras de Bola ao Cesto”. Faz mais da metade, ele só, da popularidade da “Gazeta”, e no seu contato diário “doutoraram-se” numerosos cronistas que fazem figura por aí. Chamam-nos [sic], com acerto, o “Príncipe dos Cronistas”. Ex-presidente da Ace. [p. 291] Luiz Corrêa Junior – [inclui foto] Forma com Aranha uma dupla cintilante em matéria de turfe. Conhece coisas e fatos deste esporte com competência única, através de uma longa carreira. Escreve crônicas e notas para vários jornais e agências. Luiz Gonzaga Mendes de Almeida (Dr.) – Um dos fundadores da Ace e seu antigo vice- presidente. Grande entendedor de turfe, era um cronista de valor extraordinário. Talentoso e vibrante, fez época em São Paulo. Ultimamente era nosso vice-cônsul no Uruguai. Faleceu em 1927. Luiz Sucupira (Dr.) – De nossos cronistas de náutica, foi um dos mais vibrantes. Notabilizou-se pela veemência de suas considerações. Daí, as inúmeras polêmicas que manteve. Militou, durante longo tempo, na “Gazeta”, e no “Jornal do Commercio”. *Luiz Casserino – Em outros tempos militou no “Il Piccolo”. Suas crônicas brilharam pela imparciabilidade e competência. Foi cronista na época de ouro do futebol paulista. “Nossos cronistas” 6
  • 7. Luiz de Lorenzi – Ótimo cronista de turfe, muito popular em nossos prados. Pertence ao “Il Piccolo”. Major Luiz Fonseca – Atual presidente da Câmara Municipal de S. Paulo, destacou-se em tempos passados, no “Correio Paulistano” como uma pena das mais brilhantes, muito contribuindo para o progresso do esporte paulista. Embora afastado da imprensa esportiva, é ainda um apaixonado do esporte. Mario Cardim (Dr.) – Há pouco tempo que deixou o labor diário em nossa imprensa, em favor da cultura física. Conhecedor profundo do esporte em geral, sendo ainda um grande organizador. – Dirigiu, com elevado brilho, a seção esportiva do “Estado”, onde se consagrou um dos mais técnicos cronistas do país. Maercio Munhoz (Dr.) – É o mais autorizado crítico brasileiro de tênis. Pertence ao “Estado”, sendo ainda um dos nossos campeões da raqueta. Manoel Pereira de Rezende – Pertenceu ao “Diario Popular”, batendo-se sempre em prol do progresso da educação Física de nossa raça. Foi, em diversas ocasiões, diretor da Ace. Mello Monteiro (José B. de) – [inclui foto] Dos mais em evidência no seio da classe. [p. 292] Criterioso e conhecedor dos vários esportes, tem brilhado muito na chefia da seção do “Diario Popular” e ocupou com competência o cargo de secretário geral da Ace. Morse (Antonio de Padua) – Estimado e veterano cronista de turfe, sobre o qual traça comentário bastante apreciados [sic] em nossos meios turfistas. Dirige deste muito tempo a seção da “Platéa”. *Mourinha (José Moura) – Há pouco que milita na “Gazeta” na qualidade de auxiliar do futebol. Possui ótimos predicados de cronista. É um elemento dos mais futurosos. Como futebolista, promete, no posto de guardião. Miguel Flexa – [inclui foto] Atual secretário da “Gazeta”, e um dos mais vitoriosos jornalistas do momento. Dirigiu com rara competência a seção esportiva de diversos periódicos, tendo sido um crítico autorizado das coisas do turfe. Durante longo tempo foi presidente da Ace. Olavo Bueno (Dr.) – Competente cronista de turfe, atualmente, no “Jornal do Commercio”. Militou ainda em vários outros jornais, onde conseguiu posto de destaque. Um dos mais antigos cronistas de S. Paulo. *Odilon Penteado do Amaral – Abalizado crítico de futebol. Fundou, com Jatyr e Nage, o “S. Paulo Sportivo”. Militou mais tarde no “Combate”. [p. 293] Foi autor de diversos trabalhos sobre o futebol. Olival Costa – Foi, em épocas passadas, o mais autorizado cronista de turfe, tendo publicado diversos trabalhos. Militou no “Estado”, e ocupou a presidência da Ace onde prestou relevantes serviços. É, atualmente, um dos diretores das “Folhas” e presidente honorário da Ace. “Nossos cronistas” 7
  • 8. Paulo José da Costa (Dr.) – Apreciado cronista de turfe, diretor proprietário da revista “Turfe Illustrado”, sendo dos mais competentes e estimados no seio da classe. Pedro Monteleone (Dr.) – [inclui foto] Pertence à Agência Americana, por meio da qual, em poucas horas, faz irradiar os acontecimentos mais palpitantes do esporte paulista. Espírito brilhante, visão serena, temperamento moderado, organização superior. Deve-lhe a “Gazeta”, como um dos seus velhos e dedicados elementos redatoriais, grandes serviços. É atualmente, gerente do vitorioso vespertino e vice-presidente da Ace. Monteleone goza de merecido prestígio e simpatia, isso quer na classe esportiva, quer na jornalística e acadêmica, porque, além de ser um perfeito cavalheiro, é ainda um sincero amigo de todos os que por ventura têm a felicidade de o conhecer. Pedro Cunha – Atual diretor das “Folhas”. Ocupou durante muito tempo a chefia da seção de turfe do “Estado”, merecendo no seio dos cronistas grande prestígio. Foi secretário da Ace. Pedro Nunes – Indiscutivelmente durante o pouco tempo que esteve entre nós, tendo surgido na “Gazeta”, se revelou o mais original e profundo conhecedor das coisas de pugilismo. Fez sucesso com suas críticas irônicas e, às vezes, mordazes. *Plinio Mendes – Popularíssimo em outras épocas, entre os amantes do futebol. Foi redator de vários órgãos, entre eles “A Platéa”, “São Paulo Sportivo”, “O Combate”, onde sempre se houve com rara competência. Secretariou a Ace. Plinio Salgado – Apareceu na “Gazeta” – essa “Gazeta” é um caso sério, em fazer cronistas – com o Leopoldo. Literato e pensador, a ascendência que conquistou no jornalismo e nas rodas beletristas o desviou para outros planos. Inteligência da mais alta culminância, ele é, hoje, um ponto para o qual se voltam as expectativas de altos surtos. [p. 294] *Pepi (Dr. Nicolino) – [inclui foto] Foi diretor da “Estampa Esportiva”, onde se revelou um ótimo jornalista esportivo. Atualmente, é um dos paredros mais em evidência em nosso futebol, ocupando lugar de destaque quer na Apea, quer no seio do Palestra. Raul Viloldo – Cronista de turfe da “Capital”, e auxiliar do “Diario Nacional”. É dos bons. *Ragognetti (Vicente) – Pertenceu ao “Fanfulla” e “Il Piccolo”. Tornou-se famoso quando das polêmicas que o nosso futebol provocou em outros tempos. Reis (Carlos) – Foi um dos primeiros redatores do “S. Paulo Sportivo” gozando muitas simpatias no seio da nossa imprensa esportiva. Afastou-se em 1923 da direção do então brilhante semanário. Renato dos Santos – [inclui foto] Elemento de valor entre os cronistas paulistas. Iniciou- se na “Gazeta”. Tem-se destacado muito na direção do “São Paulo Jornal”, onde as suas crônicas “adamastorianas” têm obtido pleno sucesso. Escreve sobre todos os esportes. Ex-diretor da Ace. “Nossos cronistas” 8
  • 9. Rolando (Hernani A. Sant’Anna) – [inclui foto] O mais excêntrico dos cronistas de S. Paulo. “Rolando”, seu popularíssimo nome de guerra, aparece subscrevendo crônicas suburbanas, mas ele não se vê. Tem o costume de incorporar-se, sem prévio aviso, às maratonas e provas atléticas que passam... É, sem dúvida, um dos maiores conhecedores de estatísticas de esporte de todo o mundo, cujos tempos [p. 295] e nomes ele guarda como em filme. Errou: seria melhor cronista de cinema, em que, talvez, fosse um príncipe, como o seu irmão, o Léo. Saiu da “fornalha” da “Gazeta”. Salatiel de Campos (Thylha) – Um dos diretores do “S. Paulo Sportivo”, tendo feito parte da “Gazeta”. Pertence atualmente ao “Combate”, sobressaindo-se na crônica de vários esportes, que o tornaram dos mais populares. Salvador Costa – Em tempos, militou ao lado dos cronistas náuticos sendo da seção esportiva da “Gazeta” e depois do “Combate”. Era muito criterioso. Severino Goulart – Foi uma pena cintilante da crônica do turfe. Militou em vários jornais e sua carreira de cronista foi destacada. Ex-tesoureiro da Ace. Strata (Estevam) – [inclui foto] Muito tem labutado em prol do esporte em nossa imprensa. Foi um dos primeiros que se especializou na bola ao cesto e brilhou na crônica dos esportes aquáticos. Além de cronista militante. Stopin (Armando Brussolo) – Um dos mais jovens da grei. Perambulou por vários jornais e fixou-se no “Jornal do Commercio”, onde vai assentando o juízo. O Stopin – pois é [p. 296] ele o Stopin – dedica-se aos esportes atléticos, que conhece perfeitamente. Tem estilo bem trabalhado, cor(...) e algo brilhante. *Taciano de Oliveira (Dr.) – [inclui foto] Iniciou-se no “Estado de S. Paulo”. Comentador elegante, consciencioso e fino, descamba por vezes para a mordacidade, sem, porém, deixar a sua clássica linha de escritor sereno e comedido. Escreve proficientemente sobre todos os esporte, especializando-se em futebol e pugilismo. Atualmente é o chefe da seção esportiva da “Folha da Manhã” e “Folha da Noite”, cujos artigos de combate são grandemente apreciados por sua linha severa e coerente. Exerce a profissão de dentista há vários anos. Em colaboração com o saudoso Dirceu de Miranda Rosa, publicou há tempos o interessante livro “Pugilismo”, que alcançou êxito. Foi secretário da Federação de Ciclismo, cargo que exerceu com brilhantismo. É um dos cronistas mais acatados de S. Paulo e uma das melhores penas do Brasil esportivo. Theodoro de Figueiredo – Cronista de turfe, tendo labutado em vários jornais da capital. Moço de talento e de grande critério. Ex-diretor da Ace. Tuffy (Frederico Jorge Sobrinho) – Foi um prestante auxiliar da seção esportiva da “Gazeta”, onde se fez em nosso meio esportivo, notadamente de 1918 a 1920. Escreveu, depois, para outros jornais. Presentemente é tabelião no interior do Estado. “Nossos cronistas” 9
  • 10. *Vespasiano (Mario Macedo) – Está aqui um cronista popular. Entretanto, nunca escreveu uma crônica ou uma simples notícia! Sua popularidade vem do fato de ser o cronista que mais fala e mai notas (sic) toma em qualquer reunião esportiva. Tem ele, porém, a inteligência de se cercar, em seu jornal – o “São Paulo Esportivo”, que foi fundado pelo talentoso Jatyr Gomes – de competentes conhecedores de esporte. Assim, já militaram e escreveram para o “S. Paulo Sportivo”, dentre outros, Leopoldo Sant’Anna, dr. Olavo Bueno, Alvaro de Campos, Theodoro Figueiredo, dr. Americo Netto, Oswaldo Silveira, João Raymundo Ribeiro, Genaro Rodrigues (Nege), Hernani Sant’Anna, (Rolando), e tantos outros, estando lá ainda Salathiel de Campos e Furtado de Oliveira, e talvez mais alguns que são os secretários do tão [p. 297] popular “cronista” que até por ocasião de sua viagem à Europa conseguiu, logo que embarcou em Santos, excelente secretário – um dos mais brilhantes cronistas de S. Paulo, filho do norte, que fez parte da comitiva do Paulistano. Por isso, publicou o “S. Paulo Sportivo” aquelas lindas crônicas com a assinatura do nosso biografado, sem que ele tivesse escrito para seu jornal uma simples nota! Conseguiu, em tempos, passados, filiação à A.C.E., na qualidade de cronista de uma revista feminina! *Vital de Paula Ribeiro (Cagliostro) – Nos áureos tempos foi um dos mais belos ornamentos da imprensa esportiva de S. Paulo. Irônico, mordaz. Espírito combativo, manteve polêmicas, notadamente com os cariocas, que fizeram época. Haja vista o famoso caso Altamiro, que Cagliostro conseguiu tornar célebre em todo o país... Vital, que também praticou o esporte, pertencia à turma futebolística do Paulistano. Faleceu em 1926. Waldomiro Fleury – Destacou-se na crônica esportiva da “Platéa”, onde foi dos melhores da época. – Combativo, enérgico, vibrante. *Wenceslau de Arco e Flexa – Um dos mais antigos cronistas de futebol e turfe de S. Paulo, tendo dirigido com grande competência a seção de esportes do “Jornal do Commercio” e de outros órgãos esportivos. Foi diretor da A.C.E. Nos áureos tempos do nosso futebol, foi um prestigioso paredro, ocupando lugar de destaque no seio da Liga Paulista e do Americano. _ _ Registremos aqui um nome que no ano que finda se tornou conhecido na imprensa nacional, notadamente paulista. É Pedro Belhot [?], essa figura simpática e atraente, que na qualidade de correspondente do “Imparcial”, de Montevidéo, do qual por longo tempo foi cronista, tem sido um verdadeiro elo da amizade esportiva brasileiro-uruguaiana. Moço inteligente, batalhador, escreve com facilidade, com brilho e, além do mais, é orador que cativa, que encanta. Aqui, pois, nosso pleito de homenagem a esse nosso amigo leal distinto. NOTA – Devido à premência do tempo, não conseguimos, como era nosso desejo, estampar os clichês de todos nossos colegas. No próximo volume, isto é, no almanaque de 1929, sanaremos, e com prazer essa involuntária falta. Por isso desde já, os confrades podem ir preparando a pose. “Nossos cronistas” 10