Trabalho da EEFE-USP

1. EXERCÍCIO
FÍSICO, ETNIA
E SOCIEDADE
Dimensões Sociológicas da E.F.- Profª Ana Lucia Padrão
01/12/2023
EEFE-USP

2. INTEGRANTES:
MICHELE
ALLAN
ROGÉRIO
RENATA
RICARDO

3. GLOSSÁRIO
• EXERCÍCIO FÍSICO
• Conforme as diretrizes da Carta de Ottawa orienta:
exercício físico refere-se a qualquer atividade física
planejada, estruturada e repetitiva que visa melhorar
ou manter a aptidão física de um indíviduo.
Carta de Ottawa foi desenvolvida durante a Primeira Conferência
Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá;
1986.

4. HEGEL E MARX
• HEGEL
• Filósofo alemão do século XIX que desenvolveu enfatizou que
a participação nas instituições sociais é fundamental para o
desenvolvimento pessoal.
• KARL MARX
• Filósofo e economista alemão do século XIX e co-criador da
teoria comunista que focou nas relações de classe e nas
estruturas econômicas como determinantes da sociedade.

5. GLOSSÁRIO
• SOCIEDADE
• Para Hegel, a sociedade é um componente fundamental do
desenvolvimento dialético do espírito humano. Evoluindo ao
longo do tempo por meio de contradições e conflitos de forma
orgânica.
• Já Karl Marx, definia a sociedade a partir da luta de classes,
com os modos de produção e as relações sociais
determinando a estrutura social e as ideias dominantes.

6. GLOSSÁRIO
• IDENTIDADE
• Para Hegel, identidade é a nossa história e como ela se desenvolve
em vida, onde descobrimos quem somos ao compartilhar
momentos com os outros, do qual a auto realização é fator central.
• Já Karl Marx, parte da perspectiva do qual os indivíduos se sentem
separados e desconectados de seu verdadeiro eu devido às
condições sociais e econômicas. O capitalismo e suas relações eram
responsáveis por usurpar a verdadeira essência dos seres humano.

7. GLOSSÁRIO
• SILVIO ALMEIDA
• Silvio Luiz de Almeida é filósofo,
professor, advogado e escritor
brasileiro formado pela USP,
conhecido por suas contribuições
ao debate sobre racismo e
desigualdades no meio acadêmico.
• Atual titular do Ministério dos
Direitos Humanos e Cidadania do
governo Lula.
Foto: Posse do Ministério. 2023.

8. • RAÇA
• Raça não é uma categoria biológica, mas sim uma construção
social. A nomenclatura existe para fins sociais e econômicos.
GLOSSÁRIO
• RACISMO
• Refere-se a atitudes, comportamentos e preconceitos de
indivíduos em relação a outras pessoas, como por exemplo:
estereotipos, discriminação, insultos. A atitude racista, de fato.

9. • RACISMO INSTITUCIONAL
• Envolve práticas, políticas e padrões dentro de instituições sociais que
perpetuam a desigualdade racial. Exemplos: o baixo ou a inexistência de
profissionais negros em uma empresa; práticas policiais desiguais.
• O racismo institucional muitas vezes não é intencional, mas é resultado
sociocultural histórico do Brasil.
GLOSSÁRIO
• RACISMO ESTRUTURAL
• Refere-se a padrões mais amplos e profundamente enraizados na
estrutura da sociedade, que perpetuam a desigualdade racial.
• Inclui a análise das relações econômicas, políticas e sociais que
contribuem para a manutenção de hierarquias raciais.

10. • RACISMO CIENTÍFICO
• O filósofo destaca como certas teorias científicas foram
historicamente distorcidas e manipuladas para justificar ideias
racistas.
• Eugenia: seleção dos seres humanos com base em suas
características hereditárias com objetivo de melhorar as gerações
futuras.
• Destaque: Alemanha Nazista que visava eliminar deficientes físicos e
mentais por meio de políticas públicas
• Ápice do movimento: início do Século XX.
GLOSSÁRIO

11. • Lei 7.716/89: Lei do
Racismo.
• Lei 11.645/08: Ensino
de “História e Cultura
Afro-Brasileira e
Indígena”.
• Lei 10.639/03:
Conteúdo de Matriz
africana nas aulas de E.F.
• Diversidade de práticas
corporais nas diferentes
culturas e etnias.
BRASIL: MISCIGENAÇÃO X RACISMO
ESTRUTURAL

12. POVOS INDÍGENAS • GRUPOS: indígenas, caiçaras,
amerindios, deficientes físicos,
etc
JOGOS:
• associados a rituais (colheita,
guerra e celebração religiosa)
• Sem limite de idade
• - Ganhadores nem premiação e +
prestigio/experiência
• Etnia Kadiwéu e a "força
guerreira"
• Mente, corpo e sociedade se
integram.
Estudo da FEF-
UNICAMP

13. OS JOGOS

14. BRANCOS/PRETOS/PARDOS
• Gina Paola Mosquera Andrade,
abordou a dificuldade para
implementar as práticas de matriz
africana nas aulas de E.F.
• Má formação dos
docentes;
• BNCC com poucas
informações sobre;
• Racismo Estrutural.
PROBLEMAS:
ESTUDO DE MESTRANDA DA EEFE

15. PRÁTICAS DE MATRIZ AFRICANA
• Maracatu e Maculelê
(origem: Brasil - afro-
indígena-brasileira);
• Brincadeiras como Terra-
Mar e Matacuzana (origem:
Moçambique/Africa);
• Capoeira (origem:
Angola/Africa) e Mancala
(origem: Egito/Africa);
• Ubuntu: filosofia africana
que significa “humanidade
para com os outros”,
Escola Floriano-
Piauí

16. POVOS QUILOMBOLAS
• Quilombo: conjunto de negros escravizados fugidos,
com diversos mecanismos de resistência cultural/social.
• As práticas corporais passadas de geração em
geração.
• Jogos, danças tradicionais, cantigas de roda, etc
• Pesca como prática corporal tradicional.
Comunidades quilombolas, práticas corporais e
educação física.

17. DANÇAS QUILOMBOLAS
• Lundu- originada do batuque africano, 1780. • Festa da Ramada- feita no barraco da
comunidade.
“Dançar como sinônimo de existir, de pertencimento e manifestação de uma identidade ancestral.”

18. POVOS CAIÇARAS
• Caiçaras: Mistura de povos indígenas já extintos, europeus e negros
quilombolas retirados do interior.
• Região: Sul do Paraná até o centro do RJ.
• Práticas: A dança da fita, congada, festa do divino, chiba, dança de
São Gonçalo/ fandango como trilha
• Risco de extinção.
OUTROS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS:
• Andirobeiras
• Apanhadores de
Sempre-vivas
• Caatingueiros
• Castanheiras
• Catadores de Mangaba
• Ciganos
• Cipozeiros
• Extrativistas
• Faxinalenses
• Fundo e Fecho de Pasto
• Geraizeiros
• Ilhéus
• Morroquianos
• Pantaneiros
• Pescadores Artesanais
• Piaçaveiros
• Pomeranos
• Povos de Terreiro
• Quebradeiras de Coco Babaçu
• Retireiros
• Ribeirinhos
• Seringueiros
• Vazanteiros
• Veredeiros

20. altera a Lei de Diretrizes e Bases para que
conteúdos de História e Cultura Afro-
Brasileiras estejam obrigatoriamente nas
escolas de ensino fundamental e médio;
DA ESQUERDA PARA A DIREITA: ZUMBI DOS PALMARES, DANDARA, AQUALTUNE, MACHADO DE ASSIS, ALEIJADINHO, TEREZA DE BENGUELA, LUIS GAMA, LAUDELINA DE CAMPOS MELO
E ESTEVÃO ROBERTO DA SILVA - PERSONALIDADES NEGRAS BRASILEIRAS QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO PAÍS - ARTE SOBRE FOTOS DE MARCOS SANTOS/USP IMAGENS
UMA PRÁXIS EDUCACIONAL QUE REFORCE A IDENTIDADE DE
JOVENS NEGROS E NEGRAS DESCONSTRUINDO POSSÍVEIS
IMAGENS NEGATIVAS QUE POSSAM TER DE SI EM RELAÇÃO
AO MUNDO - DADA A POLÍTICA COLONIALISTA RACISTA E
AGRESSORA QUE ESTRUTUROU O PAÍS E AINDA SE
MANIFESTA EM DIVERSAS VIOLÊNCIAS;

21. • Cultura Corporal do Movimento;
• Formação de professores para práticas
pedagógicas emancipatórias;
• reafricainizar nossa leitura eurocentrada
de mundo
• experienciar diferentes culturas corporais;
• educação antirracista e inclusiva;
• E.F. para o lazer - trabalhar a carência de projetos que
abram a escola para a comunidade ao fins de semana,
como acontece nos CEUS;
• evitar o trabalho repetitivo DE modalidades esportivas
(“quarteto fantástico)
Fotomontagem de Jornal da USP com imagens Flaticon
A EDUCAÇÃO FÍSICA DEVE DESPERTAR NO ALUNO A PERCEPÇÃO QUE EXISTEM
FORMAS DE COMUNICAÇÃO QUE ULTRAPASSAM A LINGUAGEM FALADA.
ATRAVÉS DA LINGUAGEM CORPORAL DE PRÁTICAS VINCULADAS
A DIFERENTES GRUPOS ÉTNICOS TEMOS
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS IMPORTANTES PARA ENTENDERMOS MELHOR O MUNDO
EM
QUE ESTAMOS INSERIDOS (BRAVALHERI, 2020, P.7).

22. EXPRESSÃO CULTURAL QUE RESGATA O
HISTÓRICO DE LUTA E RESISTÊNCIA DOS
AFRICANOS E AFRODESCENDENTES NO BRASIL
• DANÇA
• LUTA
• RITMO (GINGA, MÚSICA, CANTO)
• PERCUSSÃO (ATABAQUE, PANDEIRO, RECO-
RECO, BERIMBAU)
• COLETIVIDADE (ATENÇÃO COM O OUTRO NO
JOGO E NA RODA)
• HISTÓRIA
• ANCESTRALIDADE
• MANDINGA
• MALANDRAGEM E MALÍCIA
USAR CORPO E PRÁTICAS CORPORAIS AO MESMO TEMPO COMO OBJETOS
E MEIOS DE ENSINO DE VALORES, DA HISTÓRIA E CULTURA NEGRA
EVITAR ABORDAGEM ESPORTIVA DA
CAPOEIRA

23. “APRENDEMOS DESDE CEDO QUE NOSSA DEVOÇÃO AO
ESTUDO, À VIDA DO INTELECTO, ERA UM ATO CONTRA-
HEGEMÔNICO, UM MODO FUNDAMENTAL DE RESISTIR A
TODAS AS ESTRATÉGIAS BRANCAS DE COLONIZAÇÃO
RACISTA. EMBORA NÃO DEFINISSEM NEM FORMULASSEM
ESSAS PRÁTICAS EM TERMOS TEÓRICOS, MINHAS
PROFESSORAS PRATICAVAM UMA PEDAGOGIA
REVOLUCIONÁRIA DE RESISTÊNCIA, UMA PEDAGOGIA
PROFUNDAMENTE ANTICOLONIAL.”
BELL HOOKS

24. ELEMENTOS
IMPORTANTES
PARA A
FORMAÇÃO DO
PROFISSIONAL
DE SAÚDE SABER QUAIS DOENÇAS SÃO
MAIS PREVALENTES EM
POPULAÇÕES NEGRAS OU
INDÍGENAS, POR EXEMPLO, E
ENTENDER TODO O CONTEXTO
NÃO APENAS TER O
CONHECIMENTO, MAS SABER
AGIR CONTRA PRECONCEITOS E
À FAVOR DA JUSTIÇA SOCIAL
CONHECER MAIS SOBRE AS
DIRETRIZES CURRICULARES
NACIONAIS DOS CURSOS DE
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
FÍSICA NO PAÍS
CONHECER POLÍTICAS DE
SAÚDE DESTINADAS ÀS
DIFERENTES POPULAÇÕES

25. DIRETRIZES CURRICULARES
NACINAIS DOS CURSOS DE
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
FÍSICA

26. MSP4080: FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE
SAÚDE E COMBATE AO RACISMO
Fonte: Slides do professor Caio Portela, professor da disciplina MSP4080
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE
OMS, Comissão de Determinantes Sociais de Saúde, 2005

27. Fonte: Slides do professor Caio Portela, professor da disciplina MSP4080

28. Fonte: Slides do professor Caio Portela, professor da disciplina MSP4080

29. Fonte: Slides do professor Caio Portela, professor da disciplina MSP4080

30. Fonte: Slides do professor Caio Portela, professor da disciplina MSP4080

31. "A PARTIR DA PUBLICAÇÃO DESSA POLÍTICA,
O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECONHECE E
ASSUME A NECESSIDADE DA INSTITUIÇÃO DE
MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA E DO
ENFRENTAMENTO AO RACISMO INSTITUCIONAL
NO SUS, COM VISTAS À SUPERAÇÃO DAS
BARREIRAS ESTRUTURAIS E COTIDIANAS QUE
INCIDEM NEGATIVAMENTE NOS INDICADORES
DE SAÚDE DESSA POPULAÇÃO."

32. EXPANDIR O ACESSO DA POPULAÇÃO NEGRA E
DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS (QUILOMBOLAS
E TERREIROS) AOS SERVIÇOS DE SAÚDE DA
ATENÇÃO BÁSICA, EM TEMPO ADEQUADO AO
ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DE SAÚDE,
CONFORME A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
BÁSICA – PNAB, EM ESPECIAL À ESTRATÉGIA DE
SAÚDE DA FAMÍLIA.
FORTALECER A INSERÇÃO DA TEMÁTICA
étnico-racial nos processos de
educação permanente das equipes de
atenção básica e dos trabalhadores /
profissionais de saúde do SUS.
OBJETIVOS DA PNSIPN:

33. DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA (DSEI)
FONTE: INFOSUS/UFSCAR
CONHEÇAM TAMBÉM...

34. CONHEÇAM TAMBÉM...

36. Geneticamente determinadas:
• Anemia falciforme e deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase
Dependentes de elevada frequência de genes responsáveis pela doença ou a ela
associadas:
• Hipertensão arterial
• Diabetes Mellitus
De evolução agravada ou de tratamento dificultado:
• Hipertensão arterial
• Diabetes Mellitus
• Coronariopatias
• Insuficiência renal crônica
• Câncer
• Mioma
DOENÇAS
ESPECIALMENTE
IMPORTANTES
PARA PROFISSIONAIS
DE EDUCAÇÃO FÍSICA!

37. Adquiridas, derivadas de condições socioeconômicas
desfavoráveis:
• Desnutrição
• Mortes violentas
• Mortalidade infantil elevada
• Abortos sépticos
• Anemia ferropriva
• DST/AIDS
• Doenças do trabalho
• Transtornos Mentais resultantes da exposição ao racismo
• Transtornos derivados do abuso de substâncias psicoativas
Condições fisiológicas alteradas por condições socioeconômicas:
• Crescimento, gravidez, parto e envelhecimento
FONTE: ARTIGO “VOZES QUE ECOAM: RACISMO, VIOLÊNCIA E SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA”
RAQUEL RODRIGUES DA SILVA BARBOSA; CRISTIANE SOUZA DA SILVA; ARTHUR ALVES PEREIRA SOUSA

38. https://www.youtube.com/watch?v=uJkJzsdKMek
O VIDEO:

39. https://www.youtube.com/watch?v=uJkJzsdKMekhttps://www.youtube.com/watch?v=F25mz3HQcxE

40. “O cuidado é determinado por
um contexto social e histórico, e
para exercê-lo na saúde é
necessário ter repertórios
individuais e coletivos que
contemplem essas condições a
fim de que não se apaguem as
diferenças entre os sujeitos.”
Monique França

41. QUE NÓS POSSAMOS:
COMPREENDER A DIVERSIDADE CULTURAL DO NOSSO PAÍS,
RECONHECER NOSSA PRÓPRIA IDENTIDADE,
IDENTIFICAR E LUTAR CONTRA O RACISMO NAS DIVERSAS INSTITUIÇÕES,
E DENTRO DE NÓS TAMBÉM!
QUE SAIBAMOS LIDAR COM AS DIFERENÇAS ENTRE AS PESSOAS, SEM PRECONCEITOS,
E CONHECER DIVERSAS PRÁTICAS E POSSIBILIDADES DE MOVIMENTAÇÃO CORPORAL
PARA AJUDAR O MÁXIMO DE PESSOAS A SE MOVIMENTAR, TER SAÚDE, TER
CONHECIMENTO E SE SENTIR BEM!

42. Werneck, Jurema. Racismo institucional e saúde da
população negra. Saúde e Sociedade [online]. 2016, v. 25, n. 3
Souza, C. E. F. de, Silva, C. L. da, Godoy, J. B. de, & Aguiar, T. B. de.
(2022). Questões Étnico-Raciais, Educação Física Escolar e
Educação para o Lazer. LICERE - Revista Do Programa De Pós-
graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 24(4), 66–86.
MEIRELLES, Renata. Giramundo e outros brinquedos e
brincadeiras do Brasil. são paulo: Editora Terceiro Nome , 2007.
MEIRELLES, RENATA; REEKS, DAVID. TERRITÓRIO DO BRINCAR.
DISPONÍVEL EM:
<HTTP://WWW.TERRITORIODOBRINCAR.COM.BR/O-PROJETO>.
Barbosa R.R.S, Silva C.S.S, Sousa A.A.P. Vozes que ecoam: racismo,
violência e saúde da população negra. Rev Katálysis 2021.