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Educação Antirracista – desafios e práticas
1.4.1 Atualizar-se sobre as políticas de educação, os
programas educacionais, a legislação e a profissão docente,
nos âmbitos nacional, estadual e municipal;
Habilidades Docentes
(BRASIL, 2020)
2a.4.1 Promover o respeito e a participação de
todos os alunos nas ações educativas,
considerando a diversidade étnica, de gênero,
cultural, religiosa e socioeconômica.
• Compreender as dimensões da Educação Antirracista e sua importância;
• Subsidiar o desenvolvimento de ações na perspectiva de
uma Educação Antirracista.
Objetivos
Fonte: SOUZA, 2015.
PARA PENSAR NO ASSUNTO
• Lembre-se de seu percurso na educação básica, desde os anos iniciais até
Imagine que você está andando por alguns lugares e coloca o pescoço para dentro
destes espaços:
até o final do ensino médio: Você se lembra dos seus professores?
A maioria deles eram pessoas brancas ou negras? Quem eram as
pessoas negras de quem você se recorda?
• Pensando em escolas particulares: olhe para dentro das salas e
conte quantos alunos negros/as há. Aproveite e conte quantos
professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão.
PARA PENSAR NO ASSUNTO
• Agora pense quando você frequentou a faculdade. Naquele
ambiente, de todos as/os professoras/es, quantos destas/es
são negras/os? E as/os alunas/os? E as/os funcionárias/os
do admin
administrativo? E as/os funcionárias/os da
limpeza e da segurança?
• Em seu ambiente de trabalho: Você vê mais
pessoas brancas ou negras? Em quais
funções ou cargos elas estão?
Fonte: SOUZA, 2015.
PARA PENSAR NO ASSUNTO
• Nos programas de TV, conte quantos apresentadores,
jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de
estrelato são negros. Onde as crianças negras se veem
representadas?
Fonte: SOUZA, 2015.
• No seu cotidiano e vivências, quem são as
pessoas que ocupam lugares de destaque e
liderança?
Observemos
Observemos
Raça e racismo
• Kabengele Munanga – desigualdade – Raça e Etnia
• Silvio Almeida - A tese central é a de que o racismo é sempre estrutural. -
Racismo Científico. (p. 23) ▶Imperialismo e neocolonialismo. (p. 23)
▶Antropologia –sec. XX –a raça é um elemento essencialmente politico. (p.
24) ▶Preconceito, racismo e discriminação. (p. 25) ▶Discriminação positiva.
(p. 26) Três concepções de racismo: individualista, institucional e estrutural.
(p. 27) ▶ A questão racista não se limita à representatividade. (p. 37 e 38) ▶
O racismo é estrutural. (p. 38) ▶ Dizer que o racismo é estrutural nos isenta
de alguma forma? ▶ Existe racismo reverso?
Analise o quadro
“A Redenção de Cam”
(1895),
de Modesto Brocos
Joseph A. de Gobineau
1816 - 1911
TEORIAS CIENTÍFICAS
OBRA: ENSAIO SOBRE A DESIGUALDADE DAS RAÇAS HUMANAS:
MESTIÇO ERA O EXEMPLO DA DEGENERAÇÃO
ESTEVE NO BRASIL ENTRE 1869 e 1870-
“Trata-se de uma população totalmente mulata , viciada
no sangue e no espírito e assustadoramente feia”
OBRA: CANTOS POPULARES DO BRASIL (1883)
A obra de transformação das raças ainda está muito
longe se ser completada... Só nos séculos que se hão
de seguir a assimilação se completará”
OBRA:AS RAÇAS HUMANAS E A RESPONSABILIDADE PENAL NO
BRASIL (1894)
A reponsabilidade penal das raças inferiores não podia
ser tratada como igual ou equivalente a das raças
brancas civilizadas
Sílvio Romero
1851-1914
Raimundo Nina Rodrigues
1862 - 1906
João Batista de Lacerda
1846-1915
Congresso Universal das Raças Paris- 1911
“A população mista do Brasil deverá ter pois, no
intervalo de um século, um aspecto bem
diferente do atual. As correntes de imigração
europeia, aumentando a cada dia mais o
elemento branco desta população, acabarão,
depois de certo tempo, por sufocar os elementos
nos quais poderia persistir ainda alguns traços
do negro.”
Ciências:
Antropometria: estuda as medidas e dimensões das diversas
partes do corpo humano.
Frenologia: determinar o caráter, características da personalidade,
e grau de criminalidade pela forma da cabeça
Discursos racistas XIX e XX
Francis Galton
(1822-1911)
Eugenia
Arthur de
Garbineau
(1816-1882)
Arianismo
Hebert Spencer
(1820-1903)
Darwinismo
Social
Cesare Lombroso
(1835-1909)
Criminologia
João Batista Lacerda
(1846-1915)
Embranquecimento
Renato Khel
(1889-1974)
Eugenia no Brasil
Nina
Rodrigues
(1862-1906)
Mestiçagem
MITO DA DEMOCRACIA RACIAL
OBRA: CASA GRANDE E SENZALA (1933)
“Todo brasileiro, mesmo o alvo de cabelo louro,
traz na alma, quando não na alma e no corpo, assombra
ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro”
Mestiço vira nacional
Escola de Samba – Deixa Falar RJ 1929
Nossa Senhora Aparecida proclamada rainha e padroeira
do Brasil - 1930
Feijoada – incorporação cultural 1930
Futebol vira esporte associado aos negros - 1933
Capoeira - legalizada em 1937
Candomblé descriminalizado – 1938
Malandragem Zé Carioca – Walt Disney - 1943
GILBERTO FREYRE
1900-1987
Letramento Racial
• O conceito de racial literacy foi criado pela socióloga
americana France Winddance Twine em 2003 e a primeira
tradução para o português é atribuída à psicóloga Lia Vaine
Schucman.
• De acordo com Schucman, o letramento racial está
relacionado com a necessidade de desconstruir formas de
pensar e agir que foram naturalizadas. Para isso, ela propõe
os seguintes passos:
Os 5 passos do Letramento Racial
• Reconhecimento da branquitude
No Brasil, as pessoas brancas são beneficiadas pela falsa
ideia de superioridade reforçada desde os tempos da
colonização. Isso faz com que esse grupo ocupe posições
privilegiadas, que facilitam o acesso a espaços de decisão.
• Racismo não está no passado
Estatísticas e dados comprovam que a população preta é
predominante nos índices de vulnerabilidade social.
Políticas públicas e ações afirmativas são importantes para
construir alternativas para esse cenário de desigualdades.
• Racismo é aprendido
Uma criança não nasce dominando uma linguagem, ela passa por um processo
de alfabetização e de letramento para assimilá-la. O mesmo acontece com o
racismo, que é reforçado por meio de códigos e relações aprendidas ao longo
da vida.
• Vocabulário racial
Expressões como “inveja branca” e “a coisa tá preta” são estereótipos
associados a pessoas brancas e pretas que perpetuam discursos racistas. A
primeira é associada à bondade e a segunda tem conotação negativa. Ao
substituí-las por sinônimos, o vocabulário rompe o ciclo.
• Interpretação de códigos racistas
Uma vez desconstruído o mito da democracia racial, interpretar códigos racistas
em diversos contextos fica mais fácil. Dessa forma, pessoas pretas e brancas
serão capazes de pensar soluções que contemplem as necessidades de todos
os cidadãos.
Lembrando...
• Em gramática, o letramento é um estágio posterior à
alfabetização. Depois de decodificar a linguagem a ponto de
ler e escrever, o aprendiz está apto a compreender que ela é,
ao mesmo tempo, produto e produtora da realidade.
• Logo, o letramento racial é um conjunto de práticas que nos
ensina a enxergar como as relações raciais modelam o
mundo e como elas são modeladas por ele. Trata-se,
portanto, de um elemento crucial para uma (re)educação
antirracista.
EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA
©Pixabay
O que é uma educação antirracista?
Aplicação das legislações e
normativas
Reconhecimento do racismo
estrutural e seus impactos
Práticas que desconstruam
preconceitos e discriminações
Valorização da diversidade
Educação antirracista: Características
Reconhecer as desigualdades raciais;
Uma educação antirracista precisa:
Refletir de forma contínua sobre o racismo e seus derivados no
ambiente escolar;
Repudiar atitudes preconceituosas e
discriminatórias, tanto na sociedade quanto nos
espaços escolares;
Cuidar para que as relações entre adultos e
crianças, negros e brancos, sejam sempre
respeitosas; Fonte: CAVALLEIRO, 2021, p.
158.
©Pixabay
Educação antirracista: Características
Valorizar a diversidade e promover a igualdade no cotidiano da
escola;
Abordar uma visão crítica da história sobre os diferentes grupos que
constituem a nossa história;
Utilizar materiais que contemplem a diversidade
racial e a temática das relações étnico-raciais;
Educar para o reconhecimento positivo da
diversidade racial;
Fonte: CAVALLEIRO, 2021, p. 158.
Desenvolver práticas que fortaleçam a autoestima
dos estudantes pertencentes a grupos
discriminados.
Uma educação antirracista precisa:
©Pixabay
EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E A EDUCAÇÃO
DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: NORMATIVAS
©Pixabay
• Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática da história e cultura afro-
brasileira e indígena.
• Alteraram a Lei de Diretrizes e Bases.
LEI 10.639/2003 E LEI 11.645/2008
©Pixabay
• Incluir [...] o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação
da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e
política, pertinentes à história do Brasil.
LEI 10.639/2003 E LEI 11.645/2008
(BRASIL, 2003)
• Ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas
áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
(BRASIL, 2008)
Objetivo: Regulamentar a alteração trazida à Lei
9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação
10.639/2000.
©Pixabay
(BRASIL, 2004)
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A
EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O
ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA (2004)
Princípios:
• Consciência política e histórica da diversidade;
(BRASIL, 2004)
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A
EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O
ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA (2004)
• Fortalecimento de identidades
e de direitos;
• Ações educativas de combate
ao racismo e a discriminações.
Este princípio deve conduzir:
[...]
• À superação da indiferença, injustiça e desqualificação
negros, os povos indígenas e também as classes
negros, no geral, pertencem, são comumente tratados;
• À desconstrução, por meio de questionamentos e
objetivando eliminar conceitos, ideias,
ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia
mal fazem a negros e brancos.
©Pixabay
(BRASIL, 2004)
Consciência política e histórica da
diversidade
Este princípio deve conduzir:
• O desencadeamento de processo de afirmação de
historicidade negada ou distorcida;
• O rompimento com imagens negativas forjadas por
meios de comunicação, contra os negros e os povos
• Os esclarecimentos a respeito de equívocos quanto
identidade humana universal.
(BRASIL, 2004)
©Pixabay
Fortalecimento de identidades e de direitos
Ações educativas de combate ao racismo e
a discriminações
Este princípio deve conduzir:
• A crítica pelos coordenadores pedagógicos, orientadores
educacionais, professores, das representações dos negros
e de outras minorias nos textos, materiais didáticos, bem
como providências para corrigi-las;
• A Educação patrimonial, aprendizado a partir do
patrimônio cultural afro-brasileiro, visando a preservá-lo e
a difundi-lo; – o cuidado para que se dê um sentido
construtivo à participação dos diferentes grupos sociais,
étnico-raciais, na construção da nação brasileira, aos elos
culturais e históricos entre diferentes grupos étnico-
raciais, às alianças sociais.
©Pixabay
(BRASIL, 2004)
PRINCIPAIS DESAFIOS
Questão racial colocada como algo específico
para o dia 20 de novembro (Dia da Consciência
Negra) e não como um conteúdo transversal
presente na escola nos diferentes componentes e
ao longo de todo o ano letivo.
EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS É CURRÍCULO!
©Pixabay
PEDAGOGIA DE EVENTOS
PRINCIPAIS DESAFIOS
(GOMES,
2012)
Visão conservadora e
autoritária de alguns
profissionais e/ou
comunidade escola.
Resistência verificada
em alguns
profissionais e/ou
comunidade escolar.
Intolerância religiosa.
Práticas
individualizadas
restritas apenas aos
diretamente
envolvidos.
Ausência da temática
na formação inicial.
PRINCIPAIS DESAFIOS
(GOMES, 2012)
Experiências escassas
e não coordenadas de
formação continuada.
Desconhecimento
acerca da temática e
das legislações.
Não transversalização da temática em
diferentes componentes, sobretudo aqueles
como matemática, química, geografia,
biologia etc.
EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS E CURRÍCULO
Imagens:
©Pixabay
“O resgate da memória coletiva e da história da comunidade
negra não interessa apenas aos alunos de ascendência negra.
ascendência negra. Interessa também aos alunos de outras
ascendências étnicas, principalmente branca, [...] essa memória
não pertence somente aos negros. Ela pertence a todos [...].”
Incorporação da diversidade étnico-racial
nos currículos e nas práticas educativas
©Pixabay
(MUNANGA, 2005, p. 16)
(MATTOS, 2003, p. 231)
Construção de uma memória social própria.
Avaliação crítica da memória social herdada pela
supremacia branca, reproduzida e reiterada nas
relações sociais, baseada na inferioridade.
Rever nosso passado a partir de um “[...] projeto
político e civilizacional contemporâneo, ao mesmo
tempo emancipador e antirracista”.
©Pixabay
Valores civilizatórios afro-brasileiros
Apagamento histórico
Visão
eurocêntrica
Desvalorização
da diversidade
étnica e
cultural
humana
Falta de
reconheciment
o identitário e
de
pertencimento
Dandara dos Palmares
Participou de decisões
políticas e militares em prol
da luta pela abolição da
escravatura e assumiu o
compromisso de lutar pela
liberdade das cerca de 30
mil pessoas que chegaram a
compor o quilombo.
Líder feminina do Quilombo dos Palmares,
Dandara era companheira de Zumbi dos
Palmares.
Elaborado por Priscila Lourenço.
Milton Santos
Apelidado de "Cidadão do mundo", Milton Santos
recebeu vinte títulos de Doutor Honoris Causa de
universidades da América Latina e da Europa,
publicou mais de 40 livros e mais de 300 artigos
científicos.
Precursor da pesquisa geográfica. Na década de 1990, tornou-
se o único pesquisador brasileiro a ganhar o Prêmio Vautrin Lud,
considerado o Nobel de Geografia.
Carolina Maria de Jesus
Publicou Quarto de Despejo:
Diário de uma Favelada, obra
que vendeu mais de 100 mil
exemplares em 40 países e
foi traduzida em 13 línguas.
Foi uma das primeiras escritoras negras do
Brasil e é considerada uma das mais
relevantes para a literatura nacional.
Carolina Maria de Jesus, 1960. Acervo Arquivo Nacional. Domínio Público/Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carolina_Maria_de_Jesus,_1960.tif. Acesso em: 19 ago. 2021.
André Rebouças
Abolicionista e monarquista, partiu para o
exílio, juntamente com a família imperial,
após
Foi um engenheiro e inventor brasileiro.
André Pinto Rebouças. Coleção do Museu Histórico Nacional. Domínio Público/Wikimedia Commons. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Andr%C3%A9_Pinto_Rebou%C3%A7as,_da_cole%C3%A7%C3%A3o_Museu_Hist%C3%B3rico_Nacional.
jpg?uselang=pt-br. Acesso em: 19 ago. 2021.
após a Proclamação da
República, em 15 de
novembro de 1889. Passou
os seis últimos anos de sua
vida trabalhando pelo
desenvolvimento de países
africanos.
Abdias do Nascimento
Fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN)
para confrontar
Ator, teatrólogo e ativista, também foi deputado
federal pelo Rio de Janeiro e senador, sempre
com a plataforma da luta contra o racismo.
Senador Abdias do Nascimento. Acervo Senado
The Commons/Flickr. Disponível em:
https://www.flickr.com/photos/senadothecommo
ns/15407367461/in/album-
72157647838073938/. Acesso em: 20 ago. 2021.
confrontar a falta de
representatividade e dignidade
do negro nas artes cênicas
nacionais. A companhia
encenou textos estrangeiros de
destaque e propiciou a criação
de uma dramaturgia própria
afro-brasileira.
Aída dos Santos Menezes
Participou de duas edições dos Jogos Olímpicos.
Em Tóquio 1964, ficou em quarto lugar no salto
em altura.
Atleta brasileira, especialista no salto em altura.
Aída dos Santos nos Jogos Panamericanos de
1971. Domínio Público/Acervo Arquivo
Nacional. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A%
C3%ADda_dos_Santos_nos_Jogos_Panamerica
nos_de_1971.tif?uselang=pt-br. Acesso em:
19 ago. 2021.
altura. Naquela edição dos
Jogos, Aída foi a única mulher
da delegação brasileira, e a
única do atletismo.
Transformou-se na primeira
mulher do Brasil a disputar uma
final olímpica.
LEITURA GUIADA 2: DISCUSSÃO EM GRUPOS
Texto: O trato pedagógico da questão racial no cotidiano escolar
Perguntas norteadoras para a discussão:
• Como tratar a questão racial como conteúdo inter e
multidisciplinar durante todo o ano letivo,
estabelecendo um diálogo permanente entre o tema
étnico-racial e os demais conteúdos trabalhados na
escola?
Sistematização da Discussão
● Reconhecimento de que historicamente o
racismo e as desigualdades sociais
contribuíram e contribuem para a exclusão de
grande parcela da população afrodescendente
dos bens construídos socialmente.
● Reflexão crítica acerca da postura propositiva
e questionadora que todos devemos ter em
relação ao enfrentamento do racismo e das
desigualdades sociais como um todo.
Pontos Importantes:
Sistematização da Discussão
● Sensibilização da comunidade escolar quanto à mudança de
comporta
Pontos Importantes:
comportamentos, a fim de minimizar as
atitudes de descaso e desrespeito à
diversidade étnica e cultural da sociedade
brasileira.
● Participação efetiva da comunidade escolar
nas lutas antirracistas.
Considerações Finais
• Visão conservadora e autoritária de alguns profissionais e/ou
comunidade escolar;
Desafios
• Resistência verificada em alguns profissionais
e/ou comunidade escolar;
• Práticas individualizadas restritas apenas aos
diretamente envolvidos;
• Desconhecimento acerca da temática e das
legislações.
Considerações Finais
• Envolvimento dos profissionais;
• Apoio e suporte da gestão e/ou coordenação;
• Ações conjuntas e projetos interdisciplinares;
• Conhecimento acerca da temática e das legislações;
• Sensibilização para o trabalho com a temática.
Pontos facilitadores:
SANKOFA: “Aprender com o Passado”
“Retornar ao passado para ressignificar o
presente e construir o futuro”
Imagens: Leonard Ellom Quist, CA
In the Adinkra Symbols and Icons Collection
(CC BY-NC-ND 2.0), The Noun Project.
Fonte: https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/abdias-
nascimento/sankofa/. Acesso em: 24 de ago. de 2021.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria Especial de Políticas da promoção da Igualdade Social. Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, 2004. Disponível em:
https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-diversas/temas-interdisciplinares/diretrizes-
curriculares-nacionais-para-a-educacao-das-relacoes-etnico-raciais-e-para-o-ensino-de-historia-e-cultura-afro-brasileira-e-africana.
Acesso em: 19 ago. 2021.
________. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá
outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 19 ago. 2021.
_______. Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações
e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais, 2006. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf. Acesso em: 19 ago. 2021.
______. Ministério da Educação. Contribuições para implementação da lei 10.639/2003: Proposta de plano
nacional de implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10.639/2003. Brasília: MEC/UNESCO,
2008.
BRASIL. Ministério da Educação/ Conselho Nacional da Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro
de 2020. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da
Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação
Básica (BNC-Formação Continuada). Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-
1-de-27-de-outubro-de-2020-285609724. Acesso em: 19 ago. 2021.
CAVALLEIRO, Eliane. Educação antirracista: compromisso indispensável para um mundo melhor. In: _______.
(Org.). Racismo e antirracismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2021.
Referências
MATTOS, Wilson Roberto de. Valores civilizatórios afro-brasileiros, políticas educacionais e currículos escolares. In:
Educação contemporaneidade. v.12, n.19, p. 231, jan./jun. 2003.
https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/issue/view/238/137. Acesso em: 20 ago. 2021.
MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: MEC–SECAD, 2005.
NASCIMENTO, Daniele Galvani do. A Lei 10639/03 entre a teoria e a prática escolar:
história e cultura afro-brasileira e africana em uma escola no município de Franca/SP.
Dissertação (Mestrado em Planejamento e Análise de Políticas Públicas) – Faculdade de
Ciências Humanas e Sociais. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 2018.
PONTE, Gina Vieira. ENTREVISTA | Gina Vieira Ponte. [Entrevista concedida a] Mariana
Niederauer. Correio Braziliense, 2018. Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/escolhaaescola/2017/entrevista-e-artigos/.
Acesso em: 24 ago. 2021.
SOUZA, Luh de. Quer saber se ainda o racismo existe no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e
descubra. GELEDÉS Instituto da Mulher Negra, 2015. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/quer-saber-se-ainda-o-racismo-existe-no-brasil-faca-o-
teste-pescoco-parte-ii/#ixzz3ZBGnGRpC. Acesso em: 20 ago. 2021.

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  • 1. Educação Antirracista – desafios e práticas
  • 2. 1.4.1 Atualizar-se sobre as políticas de educação, os programas educacionais, a legislação e a profissão docente, nos âmbitos nacional, estadual e municipal; Habilidades Docentes (BRASIL, 2020) 2a.4.1 Promover o respeito e a participação de todos os alunos nas ações educativas, considerando a diversidade étnica, de gênero, cultural, religiosa e socioeconômica.
  • 3. • Compreender as dimensões da Educação Antirracista e sua importância; • Subsidiar o desenvolvimento de ações na perspectiva de uma Educação Antirracista. Objetivos
  • 4. Fonte: SOUZA, 2015. PARA PENSAR NO ASSUNTO • Lembre-se de seu percurso na educação básica, desde os anos iniciais até Imagine que você está andando por alguns lugares e coloca o pescoço para dentro destes espaços: até o final do ensino médio: Você se lembra dos seus professores? A maioria deles eram pessoas brancas ou negras? Quem eram as pessoas negras de quem você se recorda? • Pensando em escolas particulares: olhe para dentro das salas e conte quantos alunos negros/as há. Aproveite e conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o chão.
  • 5. PARA PENSAR NO ASSUNTO • Agora pense quando você frequentou a faculdade. Naquele ambiente, de todos as/os professoras/es, quantos destas/es são negras/os? E as/os alunas/os? E as/os funcionárias/os do admin administrativo? E as/os funcionárias/os da limpeza e da segurança? • Em seu ambiente de trabalho: Você vê mais pessoas brancas ou negras? Em quais funções ou cargos elas estão? Fonte: SOUZA, 2015.
  • 6. PARA PENSAR NO ASSUNTO • Nos programas de TV, conte quantos apresentadores, jornalistas ou âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato são negros. Onde as crianças negras se veem representadas? Fonte: SOUZA, 2015. • No seu cotidiano e vivências, quem são as pessoas que ocupam lugares de destaque e liderança?
  • 9. Raça e racismo • Kabengele Munanga – desigualdade – Raça e Etnia • Silvio Almeida - A tese central é a de que o racismo é sempre estrutural. - Racismo Científico. (p. 23) ▶Imperialismo e neocolonialismo. (p. 23) ▶Antropologia –sec. XX –a raça é um elemento essencialmente politico. (p. 24) ▶Preconceito, racismo e discriminação. (p. 25) ▶Discriminação positiva. (p. 26) Três concepções de racismo: individualista, institucional e estrutural. (p. 27) ▶ A questão racista não se limita à representatividade. (p. 37 e 38) ▶ O racismo é estrutural. (p. 38) ▶ Dizer que o racismo é estrutural nos isenta de alguma forma? ▶ Existe racismo reverso?
  • 10. Analise o quadro “A Redenção de Cam” (1895), de Modesto Brocos
  • 11. Joseph A. de Gobineau 1816 - 1911 TEORIAS CIENTÍFICAS OBRA: ENSAIO SOBRE A DESIGUALDADE DAS RAÇAS HUMANAS: MESTIÇO ERA O EXEMPLO DA DEGENERAÇÃO ESTEVE NO BRASIL ENTRE 1869 e 1870- “Trata-se de uma população totalmente mulata , viciada no sangue e no espírito e assustadoramente feia” OBRA: CANTOS POPULARES DO BRASIL (1883) A obra de transformação das raças ainda está muito longe se ser completada... Só nos séculos que se hão de seguir a assimilação se completará” OBRA:AS RAÇAS HUMANAS E A RESPONSABILIDADE PENAL NO BRASIL (1894) A reponsabilidade penal das raças inferiores não podia ser tratada como igual ou equivalente a das raças brancas civilizadas Sílvio Romero 1851-1914 Raimundo Nina Rodrigues 1862 - 1906
  • 12. João Batista de Lacerda 1846-1915 Congresso Universal das Raças Paris- 1911 “A população mista do Brasil deverá ter pois, no intervalo de um século, um aspecto bem diferente do atual. As correntes de imigração europeia, aumentando a cada dia mais o elemento branco desta população, acabarão, depois de certo tempo, por sufocar os elementos nos quais poderia persistir ainda alguns traços do negro.” Ciências: Antropometria: estuda as medidas e dimensões das diversas partes do corpo humano. Frenologia: determinar o caráter, características da personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça
  • 13. Discursos racistas XIX e XX Francis Galton (1822-1911) Eugenia Arthur de Garbineau (1816-1882) Arianismo Hebert Spencer (1820-1903) Darwinismo Social Cesare Lombroso (1835-1909) Criminologia João Batista Lacerda (1846-1915) Embranquecimento Renato Khel (1889-1974) Eugenia no Brasil Nina Rodrigues (1862-1906) Mestiçagem
  • 14. MITO DA DEMOCRACIA RACIAL OBRA: CASA GRANDE E SENZALA (1933) “Todo brasileiro, mesmo o alvo de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo, assombra ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro” Mestiço vira nacional Escola de Samba – Deixa Falar RJ 1929 Nossa Senhora Aparecida proclamada rainha e padroeira do Brasil - 1930 Feijoada – incorporação cultural 1930 Futebol vira esporte associado aos negros - 1933 Capoeira - legalizada em 1937 Candomblé descriminalizado – 1938 Malandragem Zé Carioca – Walt Disney - 1943 GILBERTO FREYRE 1900-1987
  • 15. Letramento Racial • O conceito de racial literacy foi criado pela socióloga americana France Winddance Twine em 2003 e a primeira tradução para o português é atribuída à psicóloga Lia Vaine Schucman. • De acordo com Schucman, o letramento racial está relacionado com a necessidade de desconstruir formas de pensar e agir que foram naturalizadas. Para isso, ela propõe os seguintes passos:
  • 16. Os 5 passos do Letramento Racial • Reconhecimento da branquitude No Brasil, as pessoas brancas são beneficiadas pela falsa ideia de superioridade reforçada desde os tempos da colonização. Isso faz com que esse grupo ocupe posições privilegiadas, que facilitam o acesso a espaços de decisão. • Racismo não está no passado Estatísticas e dados comprovam que a população preta é predominante nos índices de vulnerabilidade social. Políticas públicas e ações afirmativas são importantes para construir alternativas para esse cenário de desigualdades.
  • 17. • Racismo é aprendido Uma criança não nasce dominando uma linguagem, ela passa por um processo de alfabetização e de letramento para assimilá-la. O mesmo acontece com o racismo, que é reforçado por meio de códigos e relações aprendidas ao longo da vida. • Vocabulário racial Expressões como “inveja branca” e “a coisa tá preta” são estereótipos associados a pessoas brancas e pretas que perpetuam discursos racistas. A primeira é associada à bondade e a segunda tem conotação negativa. Ao substituí-las por sinônimos, o vocabulário rompe o ciclo. • Interpretação de códigos racistas Uma vez desconstruído o mito da democracia racial, interpretar códigos racistas em diversos contextos fica mais fácil. Dessa forma, pessoas pretas e brancas serão capazes de pensar soluções que contemplem as necessidades de todos os cidadãos.
  • 18. Lembrando... • Em gramática, o letramento é um estágio posterior à alfabetização. Depois de decodificar a linguagem a ponto de ler e escrever, o aprendiz está apto a compreender que ela é, ao mesmo tempo, produto e produtora da realidade. • Logo, o letramento racial é um conjunto de práticas que nos ensina a enxergar como as relações raciais modelam o mundo e como elas são modeladas por ele. Trata-se, portanto, de um elemento crucial para uma (re)educação antirracista.
  • 20. O que é uma educação antirracista? Aplicação das legislações e normativas Reconhecimento do racismo estrutural e seus impactos Práticas que desconstruam preconceitos e discriminações Valorização da diversidade
  • 21. Educação antirracista: Características Reconhecer as desigualdades raciais; Uma educação antirracista precisa: Refletir de forma contínua sobre o racismo e seus derivados no ambiente escolar; Repudiar atitudes preconceituosas e discriminatórias, tanto na sociedade quanto nos espaços escolares; Cuidar para que as relações entre adultos e crianças, negros e brancos, sejam sempre respeitosas; Fonte: CAVALLEIRO, 2021, p. 158. ©Pixabay
  • 22. Educação antirracista: Características Valorizar a diversidade e promover a igualdade no cotidiano da escola; Abordar uma visão crítica da história sobre os diferentes grupos que constituem a nossa história; Utilizar materiais que contemplem a diversidade racial e a temática das relações étnico-raciais; Educar para o reconhecimento positivo da diversidade racial; Fonte: CAVALLEIRO, 2021, p. 158. Desenvolver práticas que fortaleçam a autoestima dos estudantes pertencentes a grupos discriminados. Uma educação antirracista precisa: ©Pixabay
  • 23. EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: NORMATIVAS ©Pixabay
  • 24. • Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática da história e cultura afro- brasileira e indígena. • Alteraram a Lei de Diretrizes e Bases. LEI 10.639/2003 E LEI 11.645/2008 ©Pixabay
  • 25. • Incluir [...] o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. LEI 10.639/2003 E LEI 11.645/2008 (BRASIL, 2003) • Ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (BRASIL, 2008)
  • 26. Objetivo: Regulamentar a alteração trazida à Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação 10.639/2000. ©Pixabay (BRASIL, 2004) DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA (2004)
  • 27. Princípios: • Consciência política e histórica da diversidade; (BRASIL, 2004) DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA (2004) • Fortalecimento de identidades e de direitos; • Ações educativas de combate ao racismo e a discriminações.
  • 28. Este princípio deve conduzir: [...] • À superação da indiferença, injustiça e desqualificação negros, os povos indígenas e também as classes negros, no geral, pertencem, são comumente tratados; • À desconstrução, por meio de questionamentos e objetivando eliminar conceitos, ideias, ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia mal fazem a negros e brancos. ©Pixabay (BRASIL, 2004) Consciência política e histórica da diversidade
  • 29. Este princípio deve conduzir: • O desencadeamento de processo de afirmação de historicidade negada ou distorcida; • O rompimento com imagens negativas forjadas por meios de comunicação, contra os negros e os povos • Os esclarecimentos a respeito de equívocos quanto identidade humana universal. (BRASIL, 2004) ©Pixabay Fortalecimento de identidades e de direitos
  • 30. Ações educativas de combate ao racismo e a discriminações Este princípio deve conduzir: • A crítica pelos coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, professores, das representações dos negros e de outras minorias nos textos, materiais didáticos, bem como providências para corrigi-las; • A Educação patrimonial, aprendizado a partir do patrimônio cultural afro-brasileiro, visando a preservá-lo e a difundi-lo; – o cuidado para que se dê um sentido construtivo à participação dos diferentes grupos sociais, étnico-raciais, na construção da nação brasileira, aos elos culturais e históricos entre diferentes grupos étnico- raciais, às alianças sociais. ©Pixabay (BRASIL, 2004)
  • 31. PRINCIPAIS DESAFIOS Questão racial colocada como algo específico para o dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra) e não como um conteúdo transversal presente na escola nos diferentes componentes e ao longo de todo o ano letivo. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS É CURRÍCULO! ©Pixabay PEDAGOGIA DE EVENTOS
  • 32. PRINCIPAIS DESAFIOS (GOMES, 2012) Visão conservadora e autoritária de alguns profissionais e/ou comunidade escola. Resistência verificada em alguns profissionais e/ou comunidade escolar. Intolerância religiosa. Práticas individualizadas restritas apenas aos diretamente envolvidos. Ausência da temática na formação inicial.
  • 33. PRINCIPAIS DESAFIOS (GOMES, 2012) Experiências escassas e não coordenadas de formação continuada. Desconhecimento acerca da temática e das legislações. Não transversalização da temática em diferentes componentes, sobretudo aqueles como matemática, química, geografia, biologia etc.
  • 34. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E CURRÍCULO Imagens: ©Pixabay
  • 35. “O resgate da memória coletiva e da história da comunidade negra não interessa apenas aos alunos de ascendência negra. ascendência negra. Interessa também aos alunos de outras ascendências étnicas, principalmente branca, [...] essa memória não pertence somente aos negros. Ela pertence a todos [...].” Incorporação da diversidade étnico-racial nos currículos e nas práticas educativas ©Pixabay (MUNANGA, 2005, p. 16)
  • 36. (MATTOS, 2003, p. 231) Construção de uma memória social própria. Avaliação crítica da memória social herdada pela supremacia branca, reproduzida e reiterada nas relações sociais, baseada na inferioridade. Rever nosso passado a partir de um “[...] projeto político e civilizacional contemporâneo, ao mesmo tempo emancipador e antirracista”. ©Pixabay Valores civilizatórios afro-brasileiros
  • 37. Apagamento histórico Visão eurocêntrica Desvalorização da diversidade étnica e cultural humana Falta de reconheciment o identitário e de pertencimento
  • 38. Dandara dos Palmares Participou de decisões políticas e militares em prol da luta pela abolição da escravatura e assumiu o compromisso de lutar pela liberdade das cerca de 30 mil pessoas que chegaram a compor o quilombo. Líder feminina do Quilombo dos Palmares, Dandara era companheira de Zumbi dos Palmares. Elaborado por Priscila Lourenço.
  • 39. Milton Santos Apelidado de "Cidadão do mundo", Milton Santos recebeu vinte títulos de Doutor Honoris Causa de universidades da América Latina e da Europa, publicou mais de 40 livros e mais de 300 artigos científicos. Precursor da pesquisa geográfica. Na década de 1990, tornou- se o único pesquisador brasileiro a ganhar o Prêmio Vautrin Lud, considerado o Nobel de Geografia.
  • 40. Carolina Maria de Jesus Publicou Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, obra que vendeu mais de 100 mil exemplares em 40 países e foi traduzida em 13 línguas. Foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais relevantes para a literatura nacional. Carolina Maria de Jesus, 1960. Acervo Arquivo Nacional. Domínio Público/Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carolina_Maria_de_Jesus,_1960.tif. Acesso em: 19 ago. 2021.
  • 41. André Rebouças Abolicionista e monarquista, partiu para o exílio, juntamente com a família imperial, após Foi um engenheiro e inventor brasileiro. André Pinto Rebouças. Coleção do Museu Histórico Nacional. Domínio Público/Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Andr%C3%A9_Pinto_Rebou%C3%A7as,_da_cole%C3%A7%C3%A3o_Museu_Hist%C3%B3rico_Nacional. jpg?uselang=pt-br. Acesso em: 19 ago. 2021. após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Passou os seis últimos anos de sua vida trabalhando pelo desenvolvimento de países africanos.
  • 42. Abdias do Nascimento Fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN) para confrontar Ator, teatrólogo e ativista, também foi deputado federal pelo Rio de Janeiro e senador, sempre com a plataforma da luta contra o racismo. Senador Abdias do Nascimento. Acervo Senado The Commons/Flickr. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/senadothecommo ns/15407367461/in/album- 72157647838073938/. Acesso em: 20 ago. 2021. confrontar a falta de representatividade e dignidade do negro nas artes cênicas nacionais. A companhia encenou textos estrangeiros de destaque e propiciou a criação de uma dramaturgia própria afro-brasileira.
  • 43. Aída dos Santos Menezes Participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. Em Tóquio 1964, ficou em quarto lugar no salto em altura. Atleta brasileira, especialista no salto em altura. Aída dos Santos nos Jogos Panamericanos de 1971. Domínio Público/Acervo Arquivo Nacional. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A% C3%ADda_dos_Santos_nos_Jogos_Panamerica nos_de_1971.tif?uselang=pt-br. Acesso em: 19 ago. 2021. altura. Naquela edição dos Jogos, Aída foi a única mulher da delegação brasileira, e a única do atletismo. Transformou-se na primeira mulher do Brasil a disputar uma final olímpica.
  • 44. LEITURA GUIADA 2: DISCUSSÃO EM GRUPOS Texto: O trato pedagógico da questão racial no cotidiano escolar Perguntas norteadoras para a discussão: • Como tratar a questão racial como conteúdo inter e multidisciplinar durante todo o ano letivo, estabelecendo um diálogo permanente entre o tema étnico-racial e os demais conteúdos trabalhados na escola?
  • 45. Sistematização da Discussão ● Reconhecimento de que historicamente o racismo e as desigualdades sociais contribuíram e contribuem para a exclusão de grande parcela da população afrodescendente dos bens construídos socialmente. ● Reflexão crítica acerca da postura propositiva e questionadora que todos devemos ter em relação ao enfrentamento do racismo e das desigualdades sociais como um todo. Pontos Importantes:
  • 46. Sistematização da Discussão ● Sensibilização da comunidade escolar quanto à mudança de comporta Pontos Importantes: comportamentos, a fim de minimizar as atitudes de descaso e desrespeito à diversidade étnica e cultural da sociedade brasileira. ● Participação efetiva da comunidade escolar nas lutas antirracistas.
  • 47. Considerações Finais • Visão conservadora e autoritária de alguns profissionais e/ou comunidade escolar; Desafios • Resistência verificada em alguns profissionais e/ou comunidade escolar; • Práticas individualizadas restritas apenas aos diretamente envolvidos; • Desconhecimento acerca da temática e das legislações.
  • 48. Considerações Finais • Envolvimento dos profissionais; • Apoio e suporte da gestão e/ou coordenação; • Ações conjuntas e projetos interdisciplinares; • Conhecimento acerca da temática e das legislações; • Sensibilização para o trabalho com a temática. Pontos facilitadores:
  • 49. SANKOFA: “Aprender com o Passado” “Retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro” Imagens: Leonard Ellom Quist, CA In the Adinkra Symbols and Icons Collection (CC BY-NC-ND 2.0), The Noun Project. Fonte: https://www.itaucultural.org.br/ocupacao/abdias- nascimento/sankofa/. Acesso em: 24 de ago. de 2021.
  • 50. Referências BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria Especial de Políticas da promoção da Igualdade Social. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, 2004. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-diversas/temas-interdisciplinares/diretrizes- curriculares-nacionais-para-a-educacao-das-relacoes-etnico-raciais-e-para-o-ensino-de-historia-e-cultura-afro-brasileira-e-africana. Acesso em: 19 ago. 2021. ________. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm. Acesso em: 19 ago. 2021. _______. Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf. Acesso em: 19 ago. 2021. ______. Ministério da Educação. Contribuições para implementação da lei 10.639/2003: Proposta de plano nacional de implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10.639/2003. Brasília: MEC/UNESCO, 2008. BRASIL. Ministério da Educação/ Conselho Nacional da Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada). Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n- 1-de-27-de-outubro-de-2020-285609724. Acesso em: 19 ago. 2021. CAVALLEIRO, Eliane. Educação antirracista: compromisso indispensável para um mundo melhor. In: _______. (Org.). Racismo e antirracismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2021.
  • 51. Referências MATTOS, Wilson Roberto de. Valores civilizatórios afro-brasileiros, políticas educacionais e currículos escolares. In: Educação contemporaneidade. v.12, n.19, p. 231, jan./jun. 2003. https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/issue/view/238/137. Acesso em: 20 ago. 2021. MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: MEC–SECAD, 2005. NASCIMENTO, Daniele Galvani do. A Lei 10639/03 entre a teoria e a prática escolar: história e cultura afro-brasileira e africana em uma escola no município de Franca/SP. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Análise de Políticas Públicas) – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 2018. PONTE, Gina Vieira. ENTREVISTA | Gina Vieira Ponte. [Entrevista concedida a] Mariana Niederauer. Correio Braziliense, 2018. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/escolhaaescola/2017/entrevista-e-artigos/. Acesso em: 24 ago. 2021. SOUZA, Luh de. Quer saber se ainda o racismo existe no Brasil? Faça o Teste do Pescoço e descubra. GELEDÉS Instituto da Mulher Negra, 2015. Disponível em: https://www.geledes.org.br/quer-saber-se-ainda-o-racismo-existe-no-brasil-faca-o- teste-pescoco-parte-ii/#ixzz3ZBGnGRpC. Acesso em: 20 ago. 2021.

Notas do Editor

  1. Orientação para professores: Template slide modelo básico Pontos de atenção: Informar, neste campo de anotações, as fontes (referências completas e/ou links) de todos os textos verbais, não verbais (imagem) e verbo-visuais (imagens, mapas, gráficos, tabelas, esquemas, infográficos, vídeos, animações etc.) de terceiros que foram incorporados na íntegra ou adaptados à aula, mesmo que esses materiais externos já tenham sido usados em outras aulas (cada aula é um ID independente). Informar, neste campo de anotações, a inclusão de materiais autorais, de outro/a professor/a ou de estudante na aula, pois os mesmos devem ser autorizados (cf. modelo de termo a ser preenchido com equipe de triagem).
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