A ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) apresentou os dados de consumo de café no Brasil 2023.
O país é o líder mundial na produção e o segundo maior na consumo de café, gerando trabalho, renda e progresso para a sociedade.
Mas o grão não é somente um produto econômico, ele também é um alimento funcional, que oferece benefícios para a saúde e o bem-estar.
Segundo a ABIC, o café é rico em antioxidantes, que lutam contra os radicais livres e evitam o envelhecimento precoce.
Além disso, ele também ativa o sistema nervoso central, melhora o humor, a concentração, a memória e o desempenho físico e mental.
Por isso, o café é um alimento de grande importância para os brasileiros e para a indústria nacional, que merece ser reconhecido e apreciado.
2. • Desde 1989, a ABIC realiza a análise do Consumo Interno de café no
Brasil.
• Executa periodicamente uma pesquisa quantitativa com seus associados
por meio da coleta de dados de produção industrial.
• Monitora o mercado e mantém um banco de dados atualizado de
empresas associadas e não-associadas
• Monitora as vendas no varejo, por meio de mais de 2 milhões de notas
fiscais/mês, coletadas em check-outs de todo o Brasil, com o sistema da
Horus.
METODOLOGIA
3. Consumo por região
8,0%
CentroOeste
8,6%
Norte
41,8%
Sudeste
14,7%
Sul
26,9%
Nordeste
Porte das indústrias
20% 51% 13% 6%
Pequena
51 a 1000 scs /mês
Média
Grande
acima de 5000 scs /mês
1001 a 5000 scs /mês
10%
Nano Micro
até 5 6 a 50 scs /mês
scs/mês
Produtos Certificados na Qualidade
Aumento de 61% no número de produtos certificados no
PQC totalizando 2.937 produtos.
Tradicional 37%
Extraforte 20%
Superior 16%
Gourmet 24%
Especial 0,01%
Cápsula 3%
Sustentável 4%
2023
81%
4. Participação no Volume de Produção por porte
Grupo
(Porte)
Sacas/Mês
2023
Variação % sobre o volume
do Grupo no ano anterior
% Participação do
volume Total
Nano 1-5 0% 0,01%
MPEs 6-1000 2,1% 4,37%
Média 1001-5000 -10,4% 8,54%
Grande Acima de 5000 3,7% 87,08%
Total
Associados
2,25% 100%
Considerando somente os cafés torrados e/ou moídos das indústrias associadas da ABIC.
5. CATEGORIA
ANO ANTERIOR ANO ATUAL VARIAÇÃO
%
(Nov/21 a Out/22)
(scs/ano)
(Nov/22 a Out/23)
(scs/ano)
Indústrias associadas 14.456.470 14.782.310 2,25
Indústrias não-associadas 5.871.690 5.842.920 -0,49
TOTAL DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO 20.328.160 20.625.230 1,46
Indústria de café solúvel 998.660 1.050.740 5,21
TOTAL NACIONAL DE CONSUMO DE CAFÉ (scs/ano) 21.326.820 21.675.960 1,64
PER CAPITA
Consumo per capita: café em grão cru (kg/hab.ano) 5,96 6,40 7,47
Consumo per capita: café torrado e moído (kg/hab.ano) 4,77 5,12 7,47
CONSUMO INTERNO DE CAFÉ
2023
6. 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
MM Sacas 6,4 8,2 10,1 13,2 13,6 14,0 13,7 14,9 15,5 16,3 17,1 17,7 18,4 19,1 19,7 20,3 20,1 20,3 20,5 21,2 22,0 21,0 20,9 21,2 21,5 21,3 21,7
kg café torrado / hab. ano 2,27 2,71 3,11 3,81 3,91 3,86 3,72 4,01 4,11 4,27 4,42 4,51 4,65 4,81 4,88 4,98 4,87 4,89 4,90 5,03 5,10 4,82 4,76 4,79 4,84 4,77 5,12
10,1
8,2
6,4
13,2
13,6
14,0 13,7
14,9
15,5
16,3
17,1
17,7
18,4
19,1
19,7
20,3 20,1 20,3 20,5
21,2
22,0
21,0 20,9 21,2 21,5 21,3
21,7
Milhões
de
sacas Evolução do consumo interno de café e consumo per capita no Brasil
Ano-período: novembro - outubro
Inclui Torrado e Moído (inds. associadas e inds. não associadas (estimado)), Solúvel
11. O Índice é formado por meio de cálculos originados de três avaliações de cada empresa
participante (voluntário):
a) "dificuldade de abastecimento" (quantidade disponível),
b) "dificuldade com qualidade" (qualidade desejada do produto oferecido) e
c) "dificuldade com a fonte" (vendedores tradicionais de cada indústria).
A atribuição de valor é feita periodicamente por cada indústria participante. Com esses
valores, é calculada a média ponderada das respostas (IOCI), o que indica desde o
"suprimento inviabilizado" até a "normalidade".
Sendo assim, e segundo a escala abaixo, quanto menor o valor, pior é a oferta de café verde.
Por outro lado, quanto maior o valor do IOCI, mais facilidade a indústria tem em efetuar as
suas compras de matéria-prima.
IOCI – ÍNDICE DE OFERTA DE CAFÉ PARA A INDÚSTRIA
14. 51,1%
35,4%
-1,8%
-13,5%
137,0%
-27,7%
2021 2022 2023
% VARIAÇÃO DO PREÇO
CAFÉ NO VAREJO X MATÉRIA-PRIMA
Café Trad. Varejo (R$/kg) Mat. Prima Arábica Bebida Dura Tipo 7 (R$/sc)
Nos últimos três anos, em média, a
matéria-prima aumentou 107% e o
café no varejo aumentou 73%.
2023
15. 15,4%
-1,6%
5,4%
-19,3%
-13,5%
Açúcar Leite Arroz Feijão Café Torrado
e Moído
-28,0%
Óleo de soja
VARIAÇÃO DE PREÇO AO CONSUMIDOR
(jan/23 a dez/23)
-5,0%
CESTA BÁSICA
MÉDIA DOS PRODUTOS
(Média de Açúcar, Leite, Arroz, Feijão e Óleo de Soja)
- 6,6%
2023
16. Consumo Brasil2023
21,7 mm/scs
Média Café Tradicional Varejo (R$/kg) 2023 Média Arábica Consumo interno (R$/sc) 2023
33,50 Principais Capitais 900,00 Bebida Dura
Média Conilon (R$/sc) 2023
700,00
VENDAS PREÇO CAFÉ VAREJO X MAT. PRIMA (2023)
17. PESQUISA SOBRE COMPRAS
DE CAFÉS NO VAREJO
A ABIC monitora as vendas no varejo, por meio de mais de 2 milhões de notas fiscais
coletadas mensalmente em check outs de todo o Brasil, com o sistema da Horus.
18. TICKET MÉDIO (R$)
Gasto Médio poí compía dc
caré ⭲asccstas c caííi⭲kos.
CESTA DE CONSUMO -
BRASIL
19. T
ICKET
M
ÉDIO POR CANAL
Atacarejo (C&C) apresentou maior ticket
médio de café ao fechar o ano, acima do
pequeno e grande varejo.
POR TIPO DE CAFÉ
O maior valor de ticket médio no
Brasil é de cápsulas.
18,33
18,80
19,25
17,63
22,54
21,14
AS 1 - 4 AS 5+ C&C
dez/22 dez/23
20,34
19,66
20,94
19,54
27,24 25,52
Café em grãos Café em pó Café em cápsulas
dez/22 dez/23
AS 1-4 = Até 4 checkout
AS 5+ - = 5 ou + checkout
C&C – = Cash and Carry | Atacarejo
20. T
ICKET
M
ÉDIO
POR REGIÃO
O maior valor de ticket médio foi na
região Centro-Oeste, seguido do
Sudeste e do Sul.
POR NÍVEL SOCIOECONÔMICO
As classes AB foram as que mais gastaram
com café por carrinho/cesta.
19,95
19,67
20,06
18,97
AB C DE
dez/22 dez/23
19,43
15,83
18,11
21,23 22,09
21,16 20,43
21,14 21,09 20,19
18,25
16,09
SU SE NO NE CO
dez/22 dez/23
21. PREÇO MÉDIO
PONDERADO
CESTA DE CONSUMO -
BRASIL
(HORUS SHOPPER)
Valoí médio cm ícais pago pclo skoppcí poí
dctcími⭲ado píod"to, "ma íclação c⭲tíc as
:c⭲das cm :aloí c cm "⭲idadcs. O pícço
médio po⭲dcíado pcla q"a⭲tidadc dc :c⭲das.
23. PARľICIPAÇÃO% DAS VENDAS POR CAľEGORIA
(Acumulado Ano Anterior x Atual)
A participação aumentou para gourmet, especial, cápsulas e solúvel.
jan a dez/22 jan a dez/23
87,16%
85,52%
3,96%
3,70%
0,91%
1,73%
0,03%
0,08%
2,51%
3,10%
5,43%
5,87%
Tradic./ Extraforte Superior Gourmet Especial Cápsulas Solúvel
24. RESUMO
Aumento significativo na busca por certificação de qualidade da ABIC. Crescimento de
61% nos produtos certificados pela qualidade. Um dos efeitos da portaria SDA 570 e do
intenso trabalho de comunicação da ABIC conscientizando a indústria e o setor.
Com a retomada do consumo fora do lar, preços no varejo mais atrativos e inovações
como cafés gelados e prontos para beber, registramos um aumento no consumo
interno de 1,64%. O café segue com sua importância na cesta básica e presença em
98% dos lares do Brasil.
O consumo per capita foi de 5,12 kg por ano de café torrado e moído, um
crescimento de 7,47% em relação ao mesmo período do ano anterior, justificado pela
base populacional do IBGE, que não cresceu. O brasileiro consome em média 1.430
xícaras/ano.
O preço do café no varejo teve uma queda de - 13,5% na gôndola, abaixo da média
da cesta básica que foi de -5% . Isso revela o respeito e a parceria com o consumidor.
25. No varejo, atacarejo segue sendo destaque como o maior canal de venda.
Cápsulas seguem com maior Ticket Médio. Todas as categorias tiveram queda de
preço no varejo, exceto o café especial.
A migração do consumo para a qualidade é uma realidade. E a criação do Selo Especial para
Cafés Torrados da ABIC vem para fortalecer o compromisso com a melhoria contínua da
qualidade e da sustentabilidade.
RESUMO
No perfil dos associados, merece destaque a presença das pequenas, micros e nano
torrefações (81% do quadro associativo). Demonstra que a instituição representa e dá
suporte às torrefações de todos os portes, inclusive cafeterias e agroindústria.