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Relatório do
Café Solúvel do Brasil
www.abics.com.br
Análise mensal de oferta de
matéria-prima e exportação
Novembro de 2016
Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br2
Novembro de 2016
Relatório do
Café Solúvel do Brasil
Oferta de matéria-prima
Com o desabastecimento e novos patamares históricos de preços, as ofertas de café conilon se
mantêm escassas. De acordo com o indicador CEPEA/ESALQ, no dia 11 de novembro, o tipo 6,
peneira 13 acima, apontou cotação a R$ 550,63/sc 60 kg, equivalente a US$ 161,57/sc.
Os recordes de exportações de conilon em 2014 e 2015 somados às quebras das safras no Es-
pírito Santo, em 2015 e 2016, e às incertezas da safra de 2017, já comprometida pela crise hídri-
ca, criaram um cenário até então inimaginável no Brasil. O maior
país produtor do mundo não produziu conilon suficiente para
atender à sua demanda doméstica para as indústrias de torre-
fação e de café solúvel, que exportam para mais de 130 países.
O desconhecimento dos volumes dos estoques remanescentes
e a compreensível resistência dos produtores capixabas, que,
para administrar as sérias dificuldades a que foram e estão sen-
do submetidos, relutam em disponibilizar ao mercado o seu hoje
valioso ativo, fizeram com que os preços disparassem a ponto
de baterem quase que diariamente recordes históricos e, o mais
inusitado das previsões, que o conilon ultrapassasse a cotação
do arábica, o que até então nunca havia ocorrido na história da
cafeicultura brasileira e mundial.
Hoje é praticamente impossível comprar lotes de maior volume de café conilon. Quando disponi-
bilizados, os preços são proibitivos, inviáveis para as indústrias brasileiras de solúvel concorrerem
com as indústrias internacionais, que acessam matéria-prima em nações produtoras concorrentes.
O Brasil é competitivo na produção de conilon quando comparados os preços aos dos nossos
principais concorrentes, com destaque para o Vietnã, maior produtor mundial de robusta e prin-
cipal competidor. A última vez que os cafés robustas vietnamitas estiveram mais baratos que o
conilon brasileiro, considerando-os colocados no Porto de Santos, foi em fevereiro de 2012. Essa
situação se inverte dramaticamente a partir de setembro deste ano e, em 1º de novembro, a
diferença de preço do conilon nacional, quando comparado ao preço simulado do robusta viet-
namita colocado no Porto de Santos, alcançou incríveis US$ 22 por saca.
80%
dos blends e processados de
café solúvel é composto de
café conilon
Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br3
Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil
O conilon é essencial na fabricação de café solúvel, sendo utilizado na proporção de até 80%. O seu
rendimento industrial de extração de sólidos solúveis e carboidratos é, em média, superior em até
30% comparado aos cafés arábicas. Do ponto de vista econômico, é inviável a substituição do coni-
lon pelos arábicas. O uso dessa última variedade significaria o fim anunciado das exportações nacio-
nais e até o encerramento de atividade de algumas das seis indústrias hoje em operação no Brasil.
Para manter o fornecimento e a competitividade, volta à tona a discussão sobre a necessidade
de importações do café conilon, porém em regime de drawback, quando a importação é isenta
de impostos e há a obrigatoriedade de ser unicamente utilizada para fabricação e exportação – o
uso de cafés importados é proibido no mercado doméstico em regime de drawback –, caso con-
trário a legislação impõe a aplicação de impostos e multas pesadas pela Receita Federal, além
de suspensão dos direitos da indústria solicitar novas importações com isenções.
Para a indústria de café solúvel brasileira, importar é a última e trabalhosa solução, no entanto
inevitável diante do inusitado quadro de desabastecimento. É, portanto, providência vital para
manter e ampliar o market share existente e atingir as metas estabelecidas pela ABICS em 2015,
cujo desafio é aumentar as exportações em 50% nos próximos 10 anos.
A importação de café conilon em regime de drawback passa por um grande acordo com os
produtores e demais segmentos da cadeia. Um pacto de caráter pontual, que permita compras
em quantidades mensais prefixadas, por períodos determinados, e suspensas em épocas de
colheita. Não deve afetar a expectativa de preços aos produtores, mas sim permitir a remunera-
ção necessária de seus estoques remanescentes e possibilitar a preservação da sua capacidade
produtiva. A ABICS entende que essa ferramenta deve proporcionar o fluxo de cafés em volume
suficiente que a permita se manter ativa e competitiva junto aos clientes internacionais.
Pactuada de forma inteligente, a importação, de ameaça, torna-se oportunidade para produtores
e indústria. Em breve, a produção capixaba voltará ao normal e, tendo o Brasil seu potencial pre-
servado, é garantia de que todos serão ganhadores.
O tamanho do problema
4,8 a 8,7 mil sacas de déficit de conilon em 2016
1
menos solúvel / 2
previsão
Fonte MAPA, ABICS, Cecafé, Aliceweb
Sacas
60 kg
Indústria de torrefação
Indústria de
café solúvel
Exportações Total demanda Produção Estoques Projeção de déficit
Ano
Consumo
interno1
Uso
conilon Consumo
interno e
exportação
Conilon
Café verde
conilon
Projeção
A
Projeção
B
Safras ?
Projeção
A Acumu-
lado
Projeção
B Acumu-
lado
30% 40% 80% min 30%
máx
40%
min 30%
máx
40%
2013 19,1 5,7 7,6 4,7 3,7 1,3 10,8 12,7 10,9 ? 0,1 -1,8
2014 19,3 5,8 7,7 4,6 3,7 3,5 12,9 14,8 13,0 ? 0,1 0,2 -0,8 -3,6
2015 19,5 5,9 7,8 4,8 3,8 4,2 13,9 15,8 11,2 ? -2,7 -2,6 -4,6 -6,4
20162
20,0 6,0 8,0 4,9 3,9 0,5 10,4 12,4 8,4 ? -2,1 -4,8 -4,1 -8,7
Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br4
Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil
Exportações
De janeiro a outubro de 2016, o resultado acumu-
lado das exportações de café solúvel, extratos e
concentrados foi de 73.438 mil toneladas, equiva-
lentes a 3.182.864 sacas de café, implicando ex-
pressivo crescimento de 6,8% em relação a igual
período de 2015.
As receitas cambiais somaram US$ 266.413.873,
com pequena queda de 1% quando também
comparadas ao mesmo período do ano passado.
O crescimento de 6,8% nas exportações de so-
lúvel se contrapõe ao resultado das exportações
de café verde, arábica e conilon, que, no acumu-
lado entre janeiro e outubro, teve queda de 10,7%,
com 24.355.319 sacas.
Exportações brasileiras de café - ano civil
Período: janeiro a outubro de 2016 - Volume em sacas de 60 kg
Café Verde Café Industrializado
Ano Robusta Arábica
Total Café
Verde
Torrado &
Moído
Solúvel
Total Café
Industrializado
2012 1.009.295 18.816.568 19.825.863 34.485 2.880.741 2.915.226
2013 1.141.067 21.829.079 22.970.146 22.939 2.972.882 2.995.821
2014 2.539.582 24.562.178 27.101.760 23.898 2.930.246 2.954.144
2015 3.810.098 23.456.630 27.266.728 25.194 2.979.664 3.004.858
2016 539.236 23.816.143 24.355.379 24.254 3.182.821 3.207.075
Variação %
2016 x 2015
-85,8% 1,5% -10,7% -3,7% 6,8% 6,7%
Fonte Cecafé
Torrado
e moído
0,1%
Solúvel
11,5%
Robusta
2,0%
Arábica
86,4%
Participação % por tipos nas exportações
brasileiras de café
Período: janeiro a outubro de 2016
Fonte Cecafé
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Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil
As oscilações cambiais até outubro, com as constantes valorizações do real frente ao dólar, foram
aspecto de grande preocupação em relação à perda de competitividade. No entanto, nas primei-
ras semanas de novembro, as esperanças se renovam com a desvalorização do real, trazendo um
pouco de alento a um mercado já bastante agravado pelo desabastecimento.
As exportações de janeiro a outubro de 2016 tiveram como destino 109 países. Os 20 principais
importadores corresponderam a 81,9% do volume exportado e a 79,9% das receitas.
Comparando a igual período de 2015, os destaques de crescimento, em volume, foram: Arábia Sau-
dita (194%), Reino Unido (70%), Canadá (32%), Rússia (31%), Polônia (22%) e Japão (16%). Já as maiores
quedas foram observadas nas remessas para Myanmar (-23%), Turquia e Coreia do Sul (-7%), Hun-
gria e Peru (-6%) e EUA e Cingapura (-5%).
Sacas 60 kg Receita cambial US$
2016 2015 Variação 2016 2015 Variação
Janeiro 268.959 216.983 24% 40.594.671 37.812.325 7%
Fevereiro 313.358 260.763 20% 45.913.408 47.310.866 -3%
Março 330.186 313.080 5% 47.886.172 53.945.005 -11%
Abril 272.495 323.780 -16% 40.963.796 55.200.789 -26%
Maio 297.979 296.517 0% 45.568.877 49.520.230 -8%
Junho 350.768 328.768 7% 50.871.203 54.021.783 -6%
Julho 314.841 328.813 -4% 47.854.455 51.809.720 -8%
Agosto 344.924 310.231 11% 54.281.315 49.269.641 10%
Setembro 361.245 278.362 30% 56.384.661 44.319.636 27%
Outubro 328.109 322.367 2% 54.561.473 48.810.299 12%
Novembro
Dezembro
Total 3.182.864 2.979.664 7% 484.880.030 492.020.294 -1%
Exportações Mensais de Café Solúvel
Período: janeiro a outubro de 2016 - Data de alfândega
Fonte ABICS
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Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil
Equivalente em sacas 60 kg Receita cambial US$
País de destino 2016 2015 Variação 2016 2015 Variação
EUA 474.829 500.139 -5% 64.625.641 73.625.951 -12%
Rússia 420.037 321.403 31% 65.359.397 52.509.058 24%
Japão 266.264 229.538 16% 48.119.407 41.531.533 16%
Argentina 195.723 201.377 -3% 22.033.282 26.214.708 -16%
Ucrania 160.858 157.559 2% 21.797.317 22.692.754 -4%
Indonésia 157.823 157.172 0% 21.545.436 23.424.746 -8%
Alemanha 99.067 101.733 -3% 16.548.184 16.512.683 0%
Cingapura 89.463 93.842 -5% 15.967.269 16.325.281 -2%
Reino Unido 86.740 51.154 70% 11.128.970 8.072.653 38%
Hungria 81.123 86.433 -6% 13.424.866 16.067.489 -16%
Canadá 80.298 60.980 32% 10.153.828 9.579.862 6%
Polônia 80.169 65.509 22% 10.290.389 8.561.520 20%
Turquia 66.393 71.143 -7% 10.879.108 12.793.048 -15%
Coreia do Sul 63.708 68.839 -7% 11.198.641 13.276.733 -16%
Arábia Saudita 61.505 20.886 194% 11.418.143 4.808.043 137%
Myanmar (Birmania) 52.883 68.547 -23% 6.429.504 9.692.302 -34%
Peru 49.394 52.738 -6% 10.090.217 10.859.351 -7%
Malásia 47.267 41.025 15% 5.747.101 5.974.305 -4%
Sérvia 38.822 37.270 4% 5.779.628 6.068.411 -5%
Romênia 37.088 36.014 3% 4.728.665 4.668.756 1%
Exportações de Café Solúvel por Destino
Período: janeiro a outubro de 2016 - Data de alfândega
Fonte ABICS
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Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil
ABICS
Av. Paulista, 1.313 – 9º andar - conj. 904, São Paulo – SP, Brasil - CEP 01311-923
Telefone: (11) 3251 2883 – E-mail: secretaria@abics.com.br
União Europeia
O setor ainda está na expectativa do resultado das negociações entre Mercosul e União Europeia,
aguardando a ‘desgravação’ imediata da tarifa de importação aplicada por ambos os blocos sobre
café solúvel, extratos e concentrados. Atualmente, a taxação aplicada pela UE é de 9% para ingres-
so dos produtos brasileiros em seu território.
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Total 766.539 584.571 638.352 648.713 810.338 565.088 501.306 575.800 474.392
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
Exportações Anuais de Caé Solúvel para União Europeia
Período: janeiro a outubro de 2016 - Sacas de 60 kg
Fonte ABICS

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Relatorio café soluvel do brasil abics nov.2016

  • 1. Relatório do Café Solúvel do Brasil www.abics.com.br Análise mensal de oferta de matéria-prima e exportação Novembro de 2016
  • 2. Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br2 Novembro de 2016 Relatório do Café Solúvel do Brasil Oferta de matéria-prima Com o desabastecimento e novos patamares históricos de preços, as ofertas de café conilon se mantêm escassas. De acordo com o indicador CEPEA/ESALQ, no dia 11 de novembro, o tipo 6, peneira 13 acima, apontou cotação a R$ 550,63/sc 60 kg, equivalente a US$ 161,57/sc. Os recordes de exportações de conilon em 2014 e 2015 somados às quebras das safras no Es- pírito Santo, em 2015 e 2016, e às incertezas da safra de 2017, já comprometida pela crise hídri- ca, criaram um cenário até então inimaginável no Brasil. O maior país produtor do mundo não produziu conilon suficiente para atender à sua demanda doméstica para as indústrias de torre- fação e de café solúvel, que exportam para mais de 130 países. O desconhecimento dos volumes dos estoques remanescentes e a compreensível resistência dos produtores capixabas, que, para administrar as sérias dificuldades a que foram e estão sen- do submetidos, relutam em disponibilizar ao mercado o seu hoje valioso ativo, fizeram com que os preços disparassem a ponto de baterem quase que diariamente recordes históricos e, o mais inusitado das previsões, que o conilon ultrapassasse a cotação do arábica, o que até então nunca havia ocorrido na história da cafeicultura brasileira e mundial. Hoje é praticamente impossível comprar lotes de maior volume de café conilon. Quando disponi- bilizados, os preços são proibitivos, inviáveis para as indústrias brasileiras de solúvel concorrerem com as indústrias internacionais, que acessam matéria-prima em nações produtoras concorrentes. O Brasil é competitivo na produção de conilon quando comparados os preços aos dos nossos principais concorrentes, com destaque para o Vietnã, maior produtor mundial de robusta e prin- cipal competidor. A última vez que os cafés robustas vietnamitas estiveram mais baratos que o conilon brasileiro, considerando-os colocados no Porto de Santos, foi em fevereiro de 2012. Essa situação se inverte dramaticamente a partir de setembro deste ano e, em 1º de novembro, a diferença de preço do conilon nacional, quando comparado ao preço simulado do robusta viet- namita colocado no Porto de Santos, alcançou incríveis US$ 22 por saca. 80% dos blends e processados de café solúvel é composto de café conilon
  • 3. Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br3 Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil O conilon é essencial na fabricação de café solúvel, sendo utilizado na proporção de até 80%. O seu rendimento industrial de extração de sólidos solúveis e carboidratos é, em média, superior em até 30% comparado aos cafés arábicas. Do ponto de vista econômico, é inviável a substituição do coni- lon pelos arábicas. O uso dessa última variedade significaria o fim anunciado das exportações nacio- nais e até o encerramento de atividade de algumas das seis indústrias hoje em operação no Brasil. Para manter o fornecimento e a competitividade, volta à tona a discussão sobre a necessidade de importações do café conilon, porém em regime de drawback, quando a importação é isenta de impostos e há a obrigatoriedade de ser unicamente utilizada para fabricação e exportação – o uso de cafés importados é proibido no mercado doméstico em regime de drawback –, caso con- trário a legislação impõe a aplicação de impostos e multas pesadas pela Receita Federal, além de suspensão dos direitos da indústria solicitar novas importações com isenções. Para a indústria de café solúvel brasileira, importar é a última e trabalhosa solução, no entanto inevitável diante do inusitado quadro de desabastecimento. É, portanto, providência vital para manter e ampliar o market share existente e atingir as metas estabelecidas pela ABICS em 2015, cujo desafio é aumentar as exportações em 50% nos próximos 10 anos. A importação de café conilon em regime de drawback passa por um grande acordo com os produtores e demais segmentos da cadeia. Um pacto de caráter pontual, que permita compras em quantidades mensais prefixadas, por períodos determinados, e suspensas em épocas de colheita. Não deve afetar a expectativa de preços aos produtores, mas sim permitir a remunera- ção necessária de seus estoques remanescentes e possibilitar a preservação da sua capacidade produtiva. A ABICS entende que essa ferramenta deve proporcionar o fluxo de cafés em volume suficiente que a permita se manter ativa e competitiva junto aos clientes internacionais. Pactuada de forma inteligente, a importação, de ameaça, torna-se oportunidade para produtores e indústria. Em breve, a produção capixaba voltará ao normal e, tendo o Brasil seu potencial pre- servado, é garantia de que todos serão ganhadores. O tamanho do problema 4,8 a 8,7 mil sacas de déficit de conilon em 2016 1 menos solúvel / 2 previsão Fonte MAPA, ABICS, Cecafé, Aliceweb Sacas 60 kg Indústria de torrefação Indústria de café solúvel Exportações Total demanda Produção Estoques Projeção de déficit Ano Consumo interno1 Uso conilon Consumo interno e exportação Conilon Café verde conilon Projeção A Projeção B Safras ? Projeção A Acumu- lado Projeção B Acumu- lado 30% 40% 80% min 30% máx 40% min 30% máx 40% 2013 19,1 5,7 7,6 4,7 3,7 1,3 10,8 12,7 10,9 ? 0,1 -1,8 2014 19,3 5,8 7,7 4,6 3,7 3,5 12,9 14,8 13,0 ? 0,1 0,2 -0,8 -3,6 2015 19,5 5,9 7,8 4,8 3,8 4,2 13,9 15,8 11,2 ? -2,7 -2,6 -4,6 -6,4 20162 20,0 6,0 8,0 4,9 3,9 0,5 10,4 12,4 8,4 ? -2,1 -4,8 -4,1 -8,7
  • 4. Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br4 Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil Exportações De janeiro a outubro de 2016, o resultado acumu- lado das exportações de café solúvel, extratos e concentrados foi de 73.438 mil toneladas, equiva- lentes a 3.182.864 sacas de café, implicando ex- pressivo crescimento de 6,8% em relação a igual período de 2015. As receitas cambiais somaram US$ 266.413.873, com pequena queda de 1% quando também comparadas ao mesmo período do ano passado. O crescimento de 6,8% nas exportações de so- lúvel se contrapõe ao resultado das exportações de café verde, arábica e conilon, que, no acumu- lado entre janeiro e outubro, teve queda de 10,7%, com 24.355.319 sacas. Exportações brasileiras de café - ano civil Período: janeiro a outubro de 2016 - Volume em sacas de 60 kg Café Verde Café Industrializado Ano Robusta Arábica Total Café Verde Torrado & Moído Solúvel Total Café Industrializado 2012 1.009.295 18.816.568 19.825.863 34.485 2.880.741 2.915.226 2013 1.141.067 21.829.079 22.970.146 22.939 2.972.882 2.995.821 2014 2.539.582 24.562.178 27.101.760 23.898 2.930.246 2.954.144 2015 3.810.098 23.456.630 27.266.728 25.194 2.979.664 3.004.858 2016 539.236 23.816.143 24.355.379 24.254 3.182.821 3.207.075 Variação % 2016 x 2015 -85,8% 1,5% -10,7% -3,7% 6,8% 6,7% Fonte Cecafé Torrado e moído 0,1% Solúvel 11,5% Robusta 2,0% Arábica 86,4% Participação % por tipos nas exportações brasileiras de café Período: janeiro a outubro de 2016 Fonte Cecafé
  • 5. Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br5 Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil As oscilações cambiais até outubro, com as constantes valorizações do real frente ao dólar, foram aspecto de grande preocupação em relação à perda de competitividade. No entanto, nas primei- ras semanas de novembro, as esperanças se renovam com a desvalorização do real, trazendo um pouco de alento a um mercado já bastante agravado pelo desabastecimento. As exportações de janeiro a outubro de 2016 tiveram como destino 109 países. Os 20 principais importadores corresponderam a 81,9% do volume exportado e a 79,9% das receitas. Comparando a igual período de 2015, os destaques de crescimento, em volume, foram: Arábia Sau- dita (194%), Reino Unido (70%), Canadá (32%), Rússia (31%), Polônia (22%) e Japão (16%). Já as maiores quedas foram observadas nas remessas para Myanmar (-23%), Turquia e Coreia do Sul (-7%), Hun- gria e Peru (-6%) e EUA e Cingapura (-5%). Sacas 60 kg Receita cambial US$ 2016 2015 Variação 2016 2015 Variação Janeiro 268.959 216.983 24% 40.594.671 37.812.325 7% Fevereiro 313.358 260.763 20% 45.913.408 47.310.866 -3% Março 330.186 313.080 5% 47.886.172 53.945.005 -11% Abril 272.495 323.780 -16% 40.963.796 55.200.789 -26% Maio 297.979 296.517 0% 45.568.877 49.520.230 -8% Junho 350.768 328.768 7% 50.871.203 54.021.783 -6% Julho 314.841 328.813 -4% 47.854.455 51.809.720 -8% Agosto 344.924 310.231 11% 54.281.315 49.269.641 10% Setembro 361.245 278.362 30% 56.384.661 44.319.636 27% Outubro 328.109 322.367 2% 54.561.473 48.810.299 12% Novembro Dezembro Total 3.182.864 2.979.664 7% 484.880.030 492.020.294 -1% Exportações Mensais de Café Solúvel Período: janeiro a outubro de 2016 - Data de alfândega Fonte ABICS
  • 6. Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br6 Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil Equivalente em sacas 60 kg Receita cambial US$ País de destino 2016 2015 Variação 2016 2015 Variação EUA 474.829 500.139 -5% 64.625.641 73.625.951 -12% Rússia 420.037 321.403 31% 65.359.397 52.509.058 24% Japão 266.264 229.538 16% 48.119.407 41.531.533 16% Argentina 195.723 201.377 -3% 22.033.282 26.214.708 -16% Ucrania 160.858 157.559 2% 21.797.317 22.692.754 -4% Indonésia 157.823 157.172 0% 21.545.436 23.424.746 -8% Alemanha 99.067 101.733 -3% 16.548.184 16.512.683 0% Cingapura 89.463 93.842 -5% 15.967.269 16.325.281 -2% Reino Unido 86.740 51.154 70% 11.128.970 8.072.653 38% Hungria 81.123 86.433 -6% 13.424.866 16.067.489 -16% Canadá 80.298 60.980 32% 10.153.828 9.579.862 6% Polônia 80.169 65.509 22% 10.290.389 8.561.520 20% Turquia 66.393 71.143 -7% 10.879.108 12.793.048 -15% Coreia do Sul 63.708 68.839 -7% 11.198.641 13.276.733 -16% Arábia Saudita 61.505 20.886 194% 11.418.143 4.808.043 137% Myanmar (Birmania) 52.883 68.547 -23% 6.429.504 9.692.302 -34% Peru 49.394 52.738 -6% 10.090.217 10.859.351 -7% Malásia 47.267 41.025 15% 5.747.101 5.974.305 -4% Sérvia 38.822 37.270 4% 5.779.628 6.068.411 -5% Romênia 37.088 36.014 3% 4.728.665 4.668.756 1% Exportações de Café Solúvel por Destino Período: janeiro a outubro de 2016 - Data de alfândega Fonte ABICS
  • 7. Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel www.abics.com.br7 Novembro de 2016Relatório do Café Solúvel do Brasil ABICS Av. Paulista, 1.313 – 9º andar - conj. 904, São Paulo – SP, Brasil - CEP 01311-923 Telefone: (11) 3251 2883 – E-mail: secretaria@abics.com.br União Europeia O setor ainda está na expectativa do resultado das negociações entre Mercosul e União Europeia, aguardando a ‘desgravação’ imediata da tarifa de importação aplicada por ambos os blocos sobre café solúvel, extratos e concentrados. Atualmente, a taxação aplicada pela UE é de 9% para ingres- so dos produtos brasileiros em seu território. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total 766.539 584.571 638.352 648.713 810.338 565.088 501.306 575.800 474.392 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 Exportações Anuais de Caé Solúvel para União Europeia Período: janeiro a outubro de 2016 - Sacas de 60 kg Fonte ABICS