SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 62
Baixar para ler offline
PALESTRANTE:
KELLY RAMOS DE LIMA
(ENGENHEIRA CIVIL / MESTRE EM HABITAÇÃO)
Mini currículo:
• Experiência de 23 anos em uma Construtora de Alto Padrão na Cidade de São Paulo.
• Mestrado em Habitação, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) – Tema
Dissertação: Estudo de Eficácia de Soluções para Atenuação de Ruído em Instalações de
Esgoto Sanitário.
• Pós-Graduação em Patologia das Edificações, pelo Instituto IDD Curitiba.
• Pós-Graduação em Gestão de Projetos, pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
• Graduação em Engenharia Civil, pela Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes
(UNISANTA).
• No momento atuando na Empresa Vistum Consultoria, como Diretora Técnica.
VEDAÇÃO INTERNA E EXTERNA
COM ÊNFASE EM ACÚSTICA
ABORDAGEM DA PARTE 4 -
NORMA DE DESEMPENHO NBR 15.575
ABORDAGEM
• Introdução;
• Ruído;
• Mapa de Ruído;
• Norma de desempenho 15.575/2013 – Parte 4 – Vedação
Interna e Externa;
• Case – Estudo comparativo para Vedação Interna e Externa.
DIFERENÇA ENTRE SOM E RUÍDO
Fisicamente não existe qualquer
diferença entre o som e o
ruído.
O SOM é uma percepção sensorial
e o RUÍDO é visto como sendo
um som indesejado.
RUÍDO
Som
Ruído
É um som
não
desejável
DECIBEL / NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
Bel [Bel] é uma unidade logarítmica que indica a proporção de
uma realidade física em relação a um nível de referência.
1 (um) dB é a mínima variação da potência sonora detectável
pelo sistema auditivo, denominado unidade de sensação.
O nível de pressão sonora é a medida física preferencial
para caracterizar a sensação subjetiva da intensidade dos
sons.
Alexander Graham Bell (1847-
1922)
COMO IDENTIFICAR EM DECIBEL, CADA
TIPO DE SOM OU RUÍDO?
RUÍDO EM EDIFICAÇÕES
Tais ruídos podem ser transmitidos pela estrutura e paredes divisórias,
quando, por exemplo, ocorre a movimentação de elevadores; há o
acionamento de bombas; usuários caminham; objetos caem; móveis são
arrastados. Há, ainda, os ruídos gerados pelas instalações hidrossanitárias
(IH) embutidas na alvenaria, sob as lajes e em shafts.
Tipos de ruídos:
• Ruído aéreo – transmissão de ruído entre duas Unidades habitacionais sobrepostas
em uma edificação. Esse se produz através do próprio piso, elementos laterais ou
paredes.
• Ruído de impacto – transmissão de ruído entre duas Unidades habitacionais
sobrepostas em uma edificação, que se produz através do próprio sistema de piso.
• Ruído de equipamento – sons provenientes de equipamentos de uso coletivo em
uma edificação, como bombas de recalque e circulação, ventilação mecânica,
aquecedores de água, elevadores e portões de garagem, entre outros, que são
transmitidos por via aérea e estrutural.
TRANSMISSÃO DE RUÍDO AÉREO
Fonte: Pró Acústica – Manual sobre a Norma de Desempenho
A transmissão entre duas unidades habitacionais
sobrepostas, se produz através do próprio
sistema de piso (1 via de transmissão direta) e os
elementos laterais ou paredes (12 vias de
transmissão indireta).
Devido a isso, o desempenho de isolamento ao
ruído aéreo entre dois ambientes separados por
um sistema de pisos de um edifício (DnT,W) é
geralmente inferior ao desempenho do mesmo
sistema de piso ensaiado em laboratório (Rw).
Rw - Índice de redução sonora ponderado (laboratório);
DnT, W - Diferença padronizada de nível ponderada (Vedações verticais e horizontais internas,
em edificações).
FORMAS DE TRANSMISSÃO DE RUÍDOS
a) transmissões diretas - aquelas em que o
som passa diretamente por uma parede
que divide dois ambientes;
b) transmissões indiretas ou laterais - as que
ocorrem quando o som passa de um
ambiente a outro por estruturas da
edificação que não uma parede divisória;
a) transmissões parasitas - as transmissões
devidas a falhas/defeitos em determinados
locais e que ocorrem, em geral, devido a
uma falta de vedação correta, como em
fissuras em paredes ou falhas na
instalação de janelas e similares.
Fonte: Litwinczik (2013)
TRANSMISSÃO SONORA ENTRE ESPAÇOS
Fonte: Pró Acústica – Manual sobre a Norma de Desempenho
MAPA DE RUÍDO
O QUE É ?
É uma representação gráfica da distribuição
espacial dos níveis de ruído ambiente exterior,
constituindo-se como um meio de diagnóstico,
revelador em detalhe das emissões sonoras, da
influência das diferentes fontes e da população
exposta a este.
IMPORTÂNCIA DO MAPA DE RUÍDO
• Organizar a expansão da cidade, evitando novos pontos de
problemas;
• Avaliar as populações afetadas, criar estatísticas e elaborar
planos de ação;
• Estudar os impactos causados pela poluição sonora;
• Promover ações para gestão e redução desses impactos;
• Melhorar o planejamento do espaço urbano, ou corrigir
problemas de poluição sonora, facilitando avaliações de
projetistas e consultores da área.
MAPA DE RUÍDO DA CIDADE DE FORTALEZA
(CE)
Orla da praia de Fortaleza
Mapa de Ruído sem paredão e com paredão
Fonte: blog poluição sonora em Fortaleza
MAPA DE RUÍDO DA CIDADE DE BELÉM (PA)
Fonte: blog geopará
Cidade de Belém
Mapa de Ruído
LEI N. 16.499 DE 20 DE JULHO DE 2016
Dispõe sobre a elaboração do Mapa do Ruído Urbano da Cidade
de São Paulo e dá outras providências;
Art. 1º Fica o Poder Executivo Municipal obrigado a elaborar o
Mapa do Ruído Urbano da Cidade de São Paulo, conforme
diretrizes fixadas nesta lei.
Art. 2º O Mapa do Ruído Urbano é uma ferramenta de apoio às
decisões para o planejamento e ordenamento urbano com vistas
à gestão de ruído na cidade, com identificação de áreas
prioritárias para redução de ruídos e preservação de zonas com
níveis sonoros apropriados.
NORMA DESEMPENHO NBR 15.575
(PARTE 4)
Desempenho acústico
A Parte 4 da Norma, apresenta requisitos e critérios para a
verificação do isolamento acústico entre os meios externos
e internos, entre as unidades autônomas e entre as
dependências de uma unidade e áreas comuns.
MÉTODOS DISPONÍVEIS PARA VERIFICAÇÃO
Método de precisão realizado em laboratório:
• esse método determina a isolação sonora de componentes
e elementos construtivos (parede, janela, porta e outros),
fornecendo valores de referência para cálculo de projetos,
descrito conforme a ISO 10140-2.
MEDIÇÃO DE R E RW EM LABORATÓRIO
Fonte: Vittorino - IPT
MÉTODOS DISPONÍVEIS PARA VERIFICAÇÃO
Método de Engenharia realizado em campo:
• para SVVE (fachadas) – determina de forma rigorosa, o
isolamento sonoro global da vedação externa (conjunto fachada e
cobertura, no caso de casas térreas e sobrados, e somente fachada
nos edifícios multipiso), caracterizando de forma direta o
comportamento acústico do sistema, descrito conforme a ISO 140-
5;
• para SVVI (paredes) - determina de forma rigorosa, o isolamento
sonoro global entre unidades autônomas e entre uma unidade e
áreas comuns, caracterizando de forma direta o comportamento
acústico do sistema, descrito conforme a ISO 140-4.
DIFERENÇAS LABORATÓRIO X CAMPO
Laboratório:
• as montagens são feitas com mais cuidado e os métodos mais
rigorosos que os métodos de campo;
Campo:
• Reboco com camadas mas finas do que as recomendadas;
• Juntas mal preenchidas ou frestas nas vedações;
• Encontros entre esquadrias de alumínio e madeira;
• Especificações de blocos ou tijolos menos densos e/ou espessuras
menores;
• Aberturas de alvenaria para instalações elétricas e hidráulicas.
Exigência para Rw maior do que para DnT,w.
ENSAIO DE CAMPO – RUÍDO AÉREO
Fonte: Autora
VEDAÇÕES INTERNAS E EXTERNAS
Fonte: Autora
ALTERAÇÕES DE VEDAÇÕES
Fonte: autora
ALTERAÇÕES DE VEDAÇÕES
Fonte: autora
PADRÃO DE CAIXILHOS DE ALUMÍNIO
Fonte: autora
JUNTAS MAL EXECUTADAS
Fonte: IPT
PARÂMETROS ACÚSTICOS DE VERIFICAÇÃO –
ABNT NBR 15.575-PARTE 4
Tabela 16 – Parâmetros acústicos de verificação
Fonte: ABNT NBR 15.575-Parte 4 (pág.30)
RUÍDO NO AMBIENTE INTERNO
A Tabela 1 a seguir demonstra a influência da DnT, W sobre a inteligibilidade da
fala para ruído no ambiente interno em torno de 35 dB a 40 dB
DnT, W - Diferença padronizada de nível ponderada
CONFORTO ACÚSTICO
• Nível de ruído adequado, garantindo a privacidade de
cada usuário;
• Ambiente tempo de reverberação adequado (eco);
• Não permitir tonais audíveis (assobio, zumbidos);
• Não permitir variações bruscas de nível perceptíveis ao
longo do tempo (passagem de automóveis, aviões,
elevadores, motores, etc.);
• Distribuição uniforme do som ao longo do espaço.
ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO DE SISTEMAS
DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS (SVVI)
Fonte: Pró Acústica
Tabela 2 – Parâmetros determinados pela Norma
ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO DE SISTEMAS
DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS (SVVI)
• Paredes entre unidades habitacionais autônomas (paredes de
geminação) nas situações onde não haja ambientes
dormitórios (≥ 40 dB).
• Paredes entre unidades habitacionais autônomas (paredes de
geminação) no caso de pelo menos um dos ambientes ser
dormitório (≥ 45 dB).
• Paredes cega de salas e cozinhas entre uma unidade
habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, tais como
corredores e escadarias nos pavimentos (≥ 30 dB).
ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO DE SISTEMAS
DE VEDAÇÕES EXTERNAS FACHADAS (SVVE)
Fonte: Pró Acústica
Tabela 3 – Parâmetros determinados pela Norma
COMO ISOLAR OS RUÍDOS AÉREOS
O isolamento a sons aéreos (sons transmitidos através do
elemento separador) depende das caraterísticas do elemento
separador, nomeadamente da massa, da rigidez e do
amortecimento interno.
A caraterização deste desempenho é feita pelo índice de
isolamento a sons aéreos (Rw) calculado segundo a norma EN
ISO 717-1:2013.
O efeito isolante do elemento separador provoca uma perda de
pressão sonora que varia consoante a frequência do ruído em
questão.
VEDAÇÕES
A vedação vertical é responsável pelo fechamento da edificação e também
pela compartimentação dos ambientes internos.
A compartimentação dos ambientes internos, pode ser executado através
da vedação convencional com blocos de concreto, cerâmico ou fechamento
dos ambientes com gesso acartonado (dry-wall).
VEDAÇÕES INTERNAS
De acordo com Thomaz et al., os resultados obtidos com
ensaios de laboratório, a aplicação de revestimentos em
argamassa ou gesso pode melhorar substancialmente o
desempenho das alvenarias frente à ação do fogo, isolação
térmica e acústica, conforme demonstrado na tabela a seguir:
TABELA 4 - RESISTÊNCIA TÉRMICA, ISOLAÇÃO ACÚSTICA E RESISTÊNCIA AO FOGO DE
ALVENARIAS DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS
Thomaz et al.
COMPOSIÇÃO DOS ENSAIOS REALIZADOS
NA TABELA 4
(*) Alvenaria revestida nas duas faces, camada de 1,5 cm
com traço 1:2:9 (cimento, cal hidratada e areia media
lavada, em volume).
Argamassa de assentamento dos blocos com resistência à
compressão ≥ 5 Mpa, mãos-francesas de sustentação de
peças suspensas fixadas.
QUADRO RESUMO – TABELA 4
DESEMPENHO ACÚSTICO EM UMA EDIFICAÇÃO
O desempenho acústico de um elemento de uma edificação
depende especificações e características dos materiais
constituintes, espessuras e execução, sendo alterada pela
qualidade das interfaces com outros elementos construtivos e
pelas esquadrias, como também pelos componentes de
fechamento de aberturas nela contida.
ESTUDO DE CASO – CASE PORTUGAL
INTRODUÇÃO
O trabalho apresentou um conjunto de soluções construtivas de isolamento a
ruído aéreo disponíveis no mercado internacional (Portugal).
Elaborando um comparativo de materiais, composições e custo, para serem
utilizados em paredes de edifícios de habitação (transmissão horizontal) e aos
seus elementos heterogéneos, como portas e janelas.
Para o isolamento a ruído aéreo de pavimentos (transmissão vertical), uma vez
que a maioria das soluções de pavimento utilizadas em Portugal, são soluções
de pavimento pesado, as quais fornecem, em geral, suficiente isolamento a
ruído aéreo, optou-se por estudar apenas as soluções com forro de gesso.
VEDAÇÕES INTERNAS
Tipo de blocos utilizados para dissertação:
Nesta dissertação consideram-se, como referência, as
alvenarias simples de tijolo furado de barro vermelho com
espessuras de 7, 11, 15 e 20 cm.
RESULTADOS COM ALVENARIA INTERNA
(TABELA 5) – RESULTADOS EM (RW)
Fonte: Ferreira (Lisboa)
GRÁFICO DA TABELA 5
No gráfico a seguir, são apresentados os espectros de redução sonora medidos em
laboratório para todas as soluções exceto da solução AS.5.
Espectros de redução sonora medidos, em ensaio de laboratório, para paredes simples
[W.2, W.5, W.15].
VEDAÇÕES EXTERNA
As paredes duplas são formadas por dois painéis simples com
uma caixa de ar entre elas.
A caixa de ar pode estar total ou parcialmente preenchida por
material absorvente sonoro.
As paredes duplas podem ser divididas em três tipos
principais:
• Paredes duplas de alvenaria: pano de alvenaria + caixa de ar
+ pano de alvenaria;
• Paredes duplas mistas: pano de alvenaria + caixa de ar +
painel leve;
• Tabique: painel leve + caixa de ar + painel leve.
PAREDE DUPLA
Materiais de absorção sonora e amortecimento para aplicação em
paredes Duplas:
Como materiais para absorção acústica destacam-se as superfícies
rígidas sobre um suporte rígido, e ainda, os materiais absorventes
clássicos
MATERIAIS ABSORVENTES
Estes materiais admitem passagem de fluxo de ar (materiais de
célula aberta) e podem ser porosos ou fibrosos.
Relativamente aos materiais porosos, a energia sonora é
dissipada sob a forma de calor por múltiplas reflexões das ondas
sonoras nos poros dos materiais.
Como exemplo de materiais de célula aberta, citam-se as
mantas de lã mineral, a espuma rígida ou flexível de poliuretano
e o poliestireno expandido.
GRÁFICO: COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS
ABSORVENTES
Fonte: Ferreira (Lisboa)
MATERIAIS ABSORVENTES
Atualmente os materiais com maior consumo para aplicação em
caixas de ar em paredes duplas são:
• lã mineral;
• lã de vidro; e
• lã de rocha.
A lã de rocha é composta por partículas de rocha basálticas ou
outras, e a lã de vidro é feita a partir da sílica.
RESULTADOS COM ALVENARIA EXTERNA
Tabela 6, serão apresentados um resumo das soluções
tecnológicas de parede dupla em alvenaria, com caixa de ar
total ou parcialmente preenchida por material absorvente
sonoro, analisadas na dissertação.
RESUMO TABELA 6 – ALVENARIA DE 110 E 150
Fonte: Ferreira (Lisboa)
RESULTADOS – TABELA 6
As soluções com Rw < 55 dB, destaca-se a parede AD.10, com a
melhor relação preço-qualidade. Nesta solução, de alvenaria dupla
de tijolo furado de 70 mm e 110 mm de espessura,
rebocada em ambas as faces, é utilizado como material absorvente o
produto ISOVER ARENA ENVOLVENTE constituído por painéis de lã de
rocha com uma folha de alumínio numa da faces, a qual
funciona como barreira de vapor.
Esta solução apresenta um índice de redução sonora acima da média
para uma espessura e custo claramente abaixo da média das soluções
analisadas.
FIGURA – PAREDE DUPLA DE ALVENARIA
RW COM 55 DECIBELS
Fonte: Ferreira (Lisboa)
CONCLUSÃO
As paredes simples não possuem um leque tão variado de soluções,
pelo que se trata de um campo de aplicação com menor número de
soluções tecnológicas disponíveis e, portanto, com maior
possibilidade de expansão e investigação.
Tal como para as paredes simples de alvenaria, também as soluções
de parede dupla de alvenaria analisadas apresentaram uma grande
variabilidade de espessuras, massas superficiais e custo total.
REFERÊNCIAS
_________. NBR 15575-4: desempenho de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos ─
parte 4: instalações hidrossanitárias. Rio de Janeiro, 2013. 31 p.
BARING, J. G. de A. Isolação Sonora de Paredes e Divisórias. A Construção São Paulo, São Paulo,
SP, n.º 1937, ed. de 25.3.85.
BISTAFA, S. R. Acústica Aplicada ao Controle de Ruído. In: BISTAFA, S.R. (Ed.). Acústica Aplicada
ao Controle de Ruído. São Paulo: Blucher, 2011
BLOCO cerâmico. 1 il. color. Disponível em:
<http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_vedacao_produtos_9cm_01.html>. Acesso em: 12
set. 2016
ISO. ISO 10052 Acoustics ‒ Field measurements of airborne and sound insulation and of service equipment
sound ‒ Survey method. 2004.
ISO. ISO 16032 Acoustics ‒ Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings.
Engineering method. 2004.
REFERÊNCIAS
LIMA, Kelly Ramos de; DOURADO, Janaina Borges; OLIVEIRA, Larissa Barbara de. Estudo Comparativo de Sistemas de
Redução de Ruídos em Tubulações de Esgoto. 2012. 113 f. TCC (Pós Graduação) ‒ Curso de Patologia na Construção
Civil, Pós Graduação, Instituto Idd, São Paulo, 2012
LIMA, K. R. de;. Estudo de Eficácia de Soluções para Atenuação de Ruído em Instalações de Esgoto Sanitário. 2016. 166 f.
Dissertação (Mestrado) ‒ Curso de Habitação, IPT, São Paulo, 2016
PIERRARD, J. F.; AKKERMAN, D. Manual Pró Acústica sobre a Norma de Desempenho. São Paulo: Pró Acústica Associação
Brasileira Para A Qualidade Acústica, 2013. 32 slides, color, 25 cm x 19 cm
PIERRARD, J. F.; AKKERMAN, D. Manual PróAcústica para Classe de Ruído das Edificações Habitacionais.
São Paulo: Pró Acústica Associação Brasileira Para A Qualidade Acústica, 2013. 32 slides, color, 25 cm x 19 cm
Ferreira, A.R.P.C – Dissertação em Soluções Técnicas para Isolamento Sonoro de Edifícios de
Habitação – outubro, 2007 (Lisboa, PT)
Fonte: Sinfonia Nº. 9 (Beethoven) – 4º movimento
OBRIGADA
Palestrante:
M.Sc. Eng.ª Kelly Ramos de Lima
kelly@vistum.net
Cel 11 98104-7024
Tel 11 5016-1045
Deus seja louvado

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a vedacoes Norma brasileira regulamentadora.pdf

Treinamento boas práticas de instalação rev02-2011
Treinamento boas práticas de instalação   rev02-2011Treinamento boas práticas de instalação   rev02-2011
Treinamento boas práticas de instalação rev02-2011Renan Amicuchi
 
Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...
Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...
Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...Paulo Robherto
 
Prova infra redes
Prova infra redesProva infra redes
Prova infra redesxitocnn
 
Planejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado V
Planejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado VPlanejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado V
Planejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado VlBanana
 
Atenuação acustica de um sistema de ventilação industrial
Atenuação acustica de um sistema de ventilação industrialAtenuação acustica de um sistema de ventilação industrial
Atenuação acustica de um sistema de ventilação industrialJupira Silva
 
Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2
Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2
Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2Djair Felix
 
Etapas da obra construcao civil m2 obras
Etapas da obra construcao civil m2 obrasEtapas da obra construcao civil m2 obras
Etapas da obra construcao civil m2 obrascalcularobra
 
Construções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdf
Construções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdfConstruções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdf
Construções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdfAntonio Batista Bezerra Neto
 
Teleco.com cabeamentoestruturado1
Teleco.com cabeamentoestruturado1Teleco.com cabeamentoestruturado1
Teleco.com cabeamentoestruturado1robertowa
 
Saídas de emergência
Saídas de emergênciaSaídas de emergência
Saídas de emergênciaIsa Riciopo
 
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios
NBR 9077 Saídas de emergência em edifíciosNBR 9077 Saídas de emergência em edifícios
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícioslaisavss
 
Gb2011 roberto martinsconceição_dupont brasil
Gb2011 roberto martinsconceição_dupont brasilGb2011 roberto martinsconceição_dupont brasil
Gb2011 roberto martinsconceição_dupont brasilGalvabrasil
 
Relatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústicaRelatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústicaLeandro Ribeiro
 
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em EdificiosNBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em EdificiosIZAIAS DE SOUZA AGUIAR
 
Ok nbr 09077 2001 - saídas de emergência em edifícios
Ok nbr 09077   2001 - saídas de emergência em edifíciosOk nbr 09077   2001 - saídas de emergência em edifícios
Ok nbr 09077 2001 - saídas de emergência em edifíciosjessicaCristianne
 
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios IZAIAS DE SOUZA AGUIAR
 

Semelhante a vedacoes Norma brasileira regulamentadora.pdf (20)

Treinamento boas práticas de instalação rev02-2011
Treinamento boas práticas de instalação   rev02-2011Treinamento boas práticas de instalação   rev02-2011
Treinamento boas práticas de instalação rev02-2011
 
Estudo de caso em acústica
Estudo de caso em acústica Estudo de caso em acústica
Estudo de caso em acústica
 
Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...
Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...
Panorama - Vila Mariana - Corretor Saladyno (11) 8255-5058 E: saladyno.imovei...
 
Prova infra redes
Prova infra redesProva infra redes
Prova infra redes
 
Nbr 15696
Nbr 15696Nbr 15696
Nbr 15696
 
Planejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado V
Planejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado VPlanejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado V
Planejamento - Trabalho de Atelie de Projeto Integrado V
 
Atenuação acustica de um sistema de ventilação industrial
Atenuação acustica de um sistema de ventilação industrialAtenuação acustica de um sistema de ventilação industrial
Atenuação acustica de um sistema de ventilação industrial
 
Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2
Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2
Aula 1-instalacoes-hidraulicas-2
 
Etapas da obra construcao civil m2 obras
Etapas da obra construcao civil m2 obrasEtapas da obra construcao civil m2 obras
Etapas da obra construcao civil m2 obras
 
Construções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdf
Construções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdfConstruções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdf
Construções Especiais - Aula 1 - introdução e revisão cobertura.pdf
 
Teleco.com cabeamentoestruturado1
Teleco.com cabeamentoestruturado1Teleco.com cabeamentoestruturado1
Teleco.com cabeamentoestruturado1
 
Auditório da puc
Auditório da pucAuditório da puc
Auditório da puc
 
Saídas de emergência
Saídas de emergênciaSaídas de emergência
Saídas de emergência
 
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios
NBR 9077 Saídas de emergência em edifíciosNBR 9077 Saídas de emergência em edifícios
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios
 
Gb2011 roberto martinsconceição_dupont brasil
Gb2011 roberto martinsconceição_dupont brasilGb2011 roberto martinsconceição_dupont brasil
Gb2011 roberto martinsconceição_dupont brasil
 
Relatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústicaRelatório de vibrações acústica
Relatório de vibrações acústica
 
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em EdificiosNBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificios
 
Ok nbr 09077 2001 - saídas de emergência em edifícios
Ok nbr 09077   2001 - saídas de emergência em edifíciosOk nbr 09077   2001 - saídas de emergência em edifícios
Ok nbr 09077 2001 - saídas de emergência em edifícios
 
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios
NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios
 
9077-2001
9077-20019077-2001
9077-2001
 

vedacoes Norma brasileira regulamentadora.pdf

  • 1. PALESTRANTE: KELLY RAMOS DE LIMA (ENGENHEIRA CIVIL / MESTRE EM HABITAÇÃO) Mini currículo: • Experiência de 23 anos em uma Construtora de Alto Padrão na Cidade de São Paulo. • Mestrado em Habitação, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) – Tema Dissertação: Estudo de Eficácia de Soluções para Atenuação de Ruído em Instalações de Esgoto Sanitário. • Pós-Graduação em Patologia das Edificações, pelo Instituto IDD Curitiba. • Pós-Graduação em Gestão de Projetos, pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). • Graduação em Engenharia Civil, pela Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes (UNISANTA). • No momento atuando na Empresa Vistum Consultoria, como Diretora Técnica.
  • 2. VEDAÇÃO INTERNA E EXTERNA COM ÊNFASE EM ACÚSTICA ABORDAGEM DA PARTE 4 - NORMA DE DESEMPENHO NBR 15.575
  • 3. ABORDAGEM • Introdução; • Ruído; • Mapa de Ruído; • Norma de desempenho 15.575/2013 – Parte 4 – Vedação Interna e Externa; • Case – Estudo comparativo para Vedação Interna e Externa.
  • 4. DIFERENÇA ENTRE SOM E RUÍDO Fisicamente não existe qualquer diferença entre o som e o ruído. O SOM é uma percepção sensorial e o RUÍDO é visto como sendo um som indesejado.
  • 6.
  • 7. DECIBEL / NÍVEL DE PRESSÃO SONORA Bel [Bel] é uma unidade logarítmica que indica a proporção de uma realidade física em relação a um nível de referência. 1 (um) dB é a mínima variação da potência sonora detectável pelo sistema auditivo, denominado unidade de sensação. O nível de pressão sonora é a medida física preferencial para caracterizar a sensação subjetiva da intensidade dos sons. Alexander Graham Bell (1847- 1922)
  • 8. COMO IDENTIFICAR EM DECIBEL, CADA TIPO DE SOM OU RUÍDO?
  • 9. RUÍDO EM EDIFICAÇÕES Tais ruídos podem ser transmitidos pela estrutura e paredes divisórias, quando, por exemplo, ocorre a movimentação de elevadores; há o acionamento de bombas; usuários caminham; objetos caem; móveis são arrastados. Há, ainda, os ruídos gerados pelas instalações hidrossanitárias (IH) embutidas na alvenaria, sob as lajes e em shafts. Tipos de ruídos: • Ruído aéreo – transmissão de ruído entre duas Unidades habitacionais sobrepostas em uma edificação. Esse se produz através do próprio piso, elementos laterais ou paredes. • Ruído de impacto – transmissão de ruído entre duas Unidades habitacionais sobrepostas em uma edificação, que se produz através do próprio sistema de piso. • Ruído de equipamento – sons provenientes de equipamentos de uso coletivo em uma edificação, como bombas de recalque e circulação, ventilação mecânica, aquecedores de água, elevadores e portões de garagem, entre outros, que são transmitidos por via aérea e estrutural.
  • 10. TRANSMISSÃO DE RUÍDO AÉREO Fonte: Pró Acústica – Manual sobre a Norma de Desempenho A transmissão entre duas unidades habitacionais sobrepostas, se produz através do próprio sistema de piso (1 via de transmissão direta) e os elementos laterais ou paredes (12 vias de transmissão indireta). Devido a isso, o desempenho de isolamento ao ruído aéreo entre dois ambientes separados por um sistema de pisos de um edifício (DnT,W) é geralmente inferior ao desempenho do mesmo sistema de piso ensaiado em laboratório (Rw). Rw - Índice de redução sonora ponderado (laboratório); DnT, W - Diferença padronizada de nível ponderada (Vedações verticais e horizontais internas, em edificações).
  • 11. FORMAS DE TRANSMISSÃO DE RUÍDOS a) transmissões diretas - aquelas em que o som passa diretamente por uma parede que divide dois ambientes; b) transmissões indiretas ou laterais - as que ocorrem quando o som passa de um ambiente a outro por estruturas da edificação que não uma parede divisória; a) transmissões parasitas - as transmissões devidas a falhas/defeitos em determinados locais e que ocorrem, em geral, devido a uma falta de vedação correta, como em fissuras em paredes ou falhas na instalação de janelas e similares. Fonte: Litwinczik (2013)
  • 12. TRANSMISSÃO SONORA ENTRE ESPAÇOS Fonte: Pró Acústica – Manual sobre a Norma de Desempenho
  • 13. MAPA DE RUÍDO O QUE É ? É uma representação gráfica da distribuição espacial dos níveis de ruído ambiente exterior, constituindo-se como um meio de diagnóstico, revelador em detalhe das emissões sonoras, da influência das diferentes fontes e da população exposta a este.
  • 14. IMPORTÂNCIA DO MAPA DE RUÍDO • Organizar a expansão da cidade, evitando novos pontos de problemas; • Avaliar as populações afetadas, criar estatísticas e elaborar planos de ação; • Estudar os impactos causados pela poluição sonora; • Promover ações para gestão e redução desses impactos; • Melhorar o planejamento do espaço urbano, ou corrigir problemas de poluição sonora, facilitando avaliações de projetistas e consultores da área.
  • 15. MAPA DE RUÍDO DA CIDADE DE FORTALEZA (CE) Orla da praia de Fortaleza Mapa de Ruído sem paredão e com paredão Fonte: blog poluição sonora em Fortaleza
  • 16. MAPA DE RUÍDO DA CIDADE DE BELÉM (PA) Fonte: blog geopará Cidade de Belém Mapa de Ruído
  • 17. LEI N. 16.499 DE 20 DE JULHO DE 2016 Dispõe sobre a elaboração do Mapa do Ruído Urbano da Cidade de São Paulo e dá outras providências; Art. 1º Fica o Poder Executivo Municipal obrigado a elaborar o Mapa do Ruído Urbano da Cidade de São Paulo, conforme diretrizes fixadas nesta lei. Art. 2º O Mapa do Ruído Urbano é uma ferramenta de apoio às decisões para o planejamento e ordenamento urbano com vistas à gestão de ruído na cidade, com identificação de áreas prioritárias para redução de ruídos e preservação de zonas com níveis sonoros apropriados.
  • 18. NORMA DESEMPENHO NBR 15.575 (PARTE 4) Desempenho acústico A Parte 4 da Norma, apresenta requisitos e critérios para a verificação do isolamento acústico entre os meios externos e internos, entre as unidades autônomas e entre as dependências de uma unidade e áreas comuns.
  • 19. MÉTODOS DISPONÍVEIS PARA VERIFICAÇÃO Método de precisão realizado em laboratório: • esse método determina a isolação sonora de componentes e elementos construtivos (parede, janela, porta e outros), fornecendo valores de referência para cálculo de projetos, descrito conforme a ISO 10140-2.
  • 20. MEDIÇÃO DE R E RW EM LABORATÓRIO Fonte: Vittorino - IPT
  • 21. MÉTODOS DISPONÍVEIS PARA VERIFICAÇÃO Método de Engenharia realizado em campo: • para SVVE (fachadas) – determina de forma rigorosa, o isolamento sonoro global da vedação externa (conjunto fachada e cobertura, no caso de casas térreas e sobrados, e somente fachada nos edifícios multipiso), caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema, descrito conforme a ISO 140- 5; • para SVVI (paredes) - determina de forma rigorosa, o isolamento sonoro global entre unidades autônomas e entre uma unidade e áreas comuns, caracterizando de forma direta o comportamento acústico do sistema, descrito conforme a ISO 140-4.
  • 22. DIFERENÇAS LABORATÓRIO X CAMPO Laboratório: • as montagens são feitas com mais cuidado e os métodos mais rigorosos que os métodos de campo; Campo: • Reboco com camadas mas finas do que as recomendadas; • Juntas mal preenchidas ou frestas nas vedações; • Encontros entre esquadrias de alumínio e madeira; • Especificações de blocos ou tijolos menos densos e/ou espessuras menores; • Aberturas de alvenaria para instalações elétricas e hidráulicas. Exigência para Rw maior do que para DnT,w.
  • 23. ENSAIO DE CAMPO – RUÍDO AÉREO Fonte: Autora
  • 24. VEDAÇÕES INTERNAS E EXTERNAS Fonte: Autora
  • 27. PADRÃO DE CAIXILHOS DE ALUMÍNIO Fonte: autora
  • 29. PARÂMETROS ACÚSTICOS DE VERIFICAÇÃO – ABNT NBR 15.575-PARTE 4 Tabela 16 – Parâmetros acústicos de verificação Fonte: ABNT NBR 15.575-Parte 4 (pág.30)
  • 30. RUÍDO NO AMBIENTE INTERNO A Tabela 1 a seguir demonstra a influência da DnT, W sobre a inteligibilidade da fala para ruído no ambiente interno em torno de 35 dB a 40 dB DnT, W - Diferença padronizada de nível ponderada
  • 31. CONFORTO ACÚSTICO • Nível de ruído adequado, garantindo a privacidade de cada usuário; • Ambiente tempo de reverberação adequado (eco);
  • 32. • Não permitir tonais audíveis (assobio, zumbidos); • Não permitir variações bruscas de nível perceptíveis ao longo do tempo (passagem de automóveis, aviões, elevadores, motores, etc.); • Distribuição uniforme do som ao longo do espaço.
  • 33. ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO DE SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS (SVVI) Fonte: Pró Acústica Tabela 2 – Parâmetros determinados pela Norma
  • 34. ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO DE SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS (SVVI) • Paredes entre unidades habitacionais autônomas (paredes de geminação) nas situações onde não haja ambientes dormitórios (≥ 40 dB). • Paredes entre unidades habitacionais autônomas (paredes de geminação) no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório (≥ 45 dB). • Paredes cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, tais como corredores e escadarias nos pavimentos (≥ 30 dB).
  • 35. ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO DE SISTEMAS DE VEDAÇÕES EXTERNAS FACHADAS (SVVE) Fonte: Pró Acústica Tabela 3 – Parâmetros determinados pela Norma
  • 36. COMO ISOLAR OS RUÍDOS AÉREOS O isolamento a sons aéreos (sons transmitidos através do elemento separador) depende das caraterísticas do elemento separador, nomeadamente da massa, da rigidez e do amortecimento interno. A caraterização deste desempenho é feita pelo índice de isolamento a sons aéreos (Rw) calculado segundo a norma EN ISO 717-1:2013. O efeito isolante do elemento separador provoca uma perda de pressão sonora que varia consoante a frequência do ruído em questão.
  • 37. VEDAÇÕES A vedação vertical é responsável pelo fechamento da edificação e também pela compartimentação dos ambientes internos. A compartimentação dos ambientes internos, pode ser executado através da vedação convencional com blocos de concreto, cerâmico ou fechamento dos ambientes com gesso acartonado (dry-wall).
  • 38. VEDAÇÕES INTERNAS De acordo com Thomaz et al., os resultados obtidos com ensaios de laboratório, a aplicação de revestimentos em argamassa ou gesso pode melhorar substancialmente o desempenho das alvenarias frente à ação do fogo, isolação térmica e acústica, conforme demonstrado na tabela a seguir:
  • 39. TABELA 4 - RESISTÊNCIA TÉRMICA, ISOLAÇÃO ACÚSTICA E RESISTÊNCIA AO FOGO DE ALVENARIAS DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS Thomaz et al.
  • 40. COMPOSIÇÃO DOS ENSAIOS REALIZADOS NA TABELA 4 (*) Alvenaria revestida nas duas faces, camada de 1,5 cm com traço 1:2:9 (cimento, cal hidratada e areia media lavada, em volume). Argamassa de assentamento dos blocos com resistência à compressão ≥ 5 Mpa, mãos-francesas de sustentação de peças suspensas fixadas.
  • 41. QUADRO RESUMO – TABELA 4
  • 42. DESEMPENHO ACÚSTICO EM UMA EDIFICAÇÃO O desempenho acústico de um elemento de uma edificação depende especificações e características dos materiais constituintes, espessuras e execução, sendo alterada pela qualidade das interfaces com outros elementos construtivos e pelas esquadrias, como também pelos componentes de fechamento de aberturas nela contida.
  • 43. ESTUDO DE CASO – CASE PORTUGAL
  • 44. INTRODUÇÃO O trabalho apresentou um conjunto de soluções construtivas de isolamento a ruído aéreo disponíveis no mercado internacional (Portugal). Elaborando um comparativo de materiais, composições e custo, para serem utilizados em paredes de edifícios de habitação (transmissão horizontal) e aos seus elementos heterogéneos, como portas e janelas. Para o isolamento a ruído aéreo de pavimentos (transmissão vertical), uma vez que a maioria das soluções de pavimento utilizadas em Portugal, são soluções de pavimento pesado, as quais fornecem, em geral, suficiente isolamento a ruído aéreo, optou-se por estudar apenas as soluções com forro de gesso.
  • 45. VEDAÇÕES INTERNAS Tipo de blocos utilizados para dissertação: Nesta dissertação consideram-se, como referência, as alvenarias simples de tijolo furado de barro vermelho com espessuras de 7, 11, 15 e 20 cm.
  • 46. RESULTADOS COM ALVENARIA INTERNA (TABELA 5) – RESULTADOS EM (RW) Fonte: Ferreira (Lisboa)
  • 47. GRÁFICO DA TABELA 5 No gráfico a seguir, são apresentados os espectros de redução sonora medidos em laboratório para todas as soluções exceto da solução AS.5. Espectros de redução sonora medidos, em ensaio de laboratório, para paredes simples [W.2, W.5, W.15].
  • 48. VEDAÇÕES EXTERNA As paredes duplas são formadas por dois painéis simples com uma caixa de ar entre elas. A caixa de ar pode estar total ou parcialmente preenchida por material absorvente sonoro. As paredes duplas podem ser divididas em três tipos principais: • Paredes duplas de alvenaria: pano de alvenaria + caixa de ar + pano de alvenaria; • Paredes duplas mistas: pano de alvenaria + caixa de ar + painel leve; • Tabique: painel leve + caixa de ar + painel leve.
  • 49. PAREDE DUPLA Materiais de absorção sonora e amortecimento para aplicação em paredes Duplas: Como materiais para absorção acústica destacam-se as superfícies rígidas sobre um suporte rígido, e ainda, os materiais absorventes clássicos
  • 50. MATERIAIS ABSORVENTES Estes materiais admitem passagem de fluxo de ar (materiais de célula aberta) e podem ser porosos ou fibrosos. Relativamente aos materiais porosos, a energia sonora é dissipada sob a forma de calor por múltiplas reflexões das ondas sonoras nos poros dos materiais. Como exemplo de materiais de célula aberta, citam-se as mantas de lã mineral, a espuma rígida ou flexível de poliuretano e o poliestireno expandido.
  • 51. GRÁFICO: COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS ABSORVENTES Fonte: Ferreira (Lisboa)
  • 52. MATERIAIS ABSORVENTES Atualmente os materiais com maior consumo para aplicação em caixas de ar em paredes duplas são: • lã mineral; • lã de vidro; e • lã de rocha. A lã de rocha é composta por partículas de rocha basálticas ou outras, e a lã de vidro é feita a partir da sílica.
  • 53. RESULTADOS COM ALVENARIA EXTERNA Tabela 6, serão apresentados um resumo das soluções tecnológicas de parede dupla em alvenaria, com caixa de ar total ou parcialmente preenchida por material absorvente sonoro, analisadas na dissertação.
  • 54.
  • 55. RESUMO TABELA 6 – ALVENARIA DE 110 E 150 Fonte: Ferreira (Lisboa)
  • 56. RESULTADOS – TABELA 6 As soluções com Rw < 55 dB, destaca-se a parede AD.10, com a melhor relação preço-qualidade. Nesta solução, de alvenaria dupla de tijolo furado de 70 mm e 110 mm de espessura, rebocada em ambas as faces, é utilizado como material absorvente o produto ISOVER ARENA ENVOLVENTE constituído por painéis de lã de rocha com uma folha de alumínio numa da faces, a qual funciona como barreira de vapor. Esta solução apresenta um índice de redução sonora acima da média para uma espessura e custo claramente abaixo da média das soluções analisadas.
  • 57. FIGURA – PAREDE DUPLA DE ALVENARIA RW COM 55 DECIBELS Fonte: Ferreira (Lisboa)
  • 58. CONCLUSÃO As paredes simples não possuem um leque tão variado de soluções, pelo que se trata de um campo de aplicação com menor número de soluções tecnológicas disponíveis e, portanto, com maior possibilidade de expansão e investigação. Tal como para as paredes simples de alvenaria, também as soluções de parede dupla de alvenaria analisadas apresentaram uma grande variabilidade de espessuras, massas superficiais e custo total.
  • 59. REFERÊNCIAS _________. NBR 15575-4: desempenho de edifícios habitacionais de até cinco pavimentos ─ parte 4: instalações hidrossanitárias. Rio de Janeiro, 2013. 31 p. BARING, J. G. de A. Isolação Sonora de Paredes e Divisórias. A Construção São Paulo, São Paulo, SP, n.º 1937, ed. de 25.3.85. BISTAFA, S. R. Acústica Aplicada ao Controle de Ruído. In: BISTAFA, S.R. (Ed.). Acústica Aplicada ao Controle de Ruído. São Paulo: Blucher, 2011 BLOCO cerâmico. 1 il. color. Disponível em: <http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_vedacao_produtos_9cm_01.html>. Acesso em: 12 set. 2016 ISO. ISO 10052 Acoustics ‒ Field measurements of airborne and sound insulation and of service equipment sound ‒ Survey method. 2004. ISO. ISO 16032 Acoustics ‒ Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings. Engineering method. 2004.
  • 60. REFERÊNCIAS LIMA, Kelly Ramos de; DOURADO, Janaina Borges; OLIVEIRA, Larissa Barbara de. Estudo Comparativo de Sistemas de Redução de Ruídos em Tubulações de Esgoto. 2012. 113 f. TCC (Pós Graduação) ‒ Curso de Patologia na Construção Civil, Pós Graduação, Instituto Idd, São Paulo, 2012 LIMA, K. R. de;. Estudo de Eficácia de Soluções para Atenuação de Ruído em Instalações de Esgoto Sanitário. 2016. 166 f. Dissertação (Mestrado) ‒ Curso de Habitação, IPT, São Paulo, 2016 PIERRARD, J. F.; AKKERMAN, D. Manual Pró Acústica sobre a Norma de Desempenho. São Paulo: Pró Acústica Associação Brasileira Para A Qualidade Acústica, 2013. 32 slides, color, 25 cm x 19 cm PIERRARD, J. F.; AKKERMAN, D. Manual PróAcústica para Classe de Ruído das Edificações Habitacionais. São Paulo: Pró Acústica Associação Brasileira Para A Qualidade Acústica, 2013. 32 slides, color, 25 cm x 19 cm Ferreira, A.R.P.C – Dissertação em Soluções Técnicas para Isolamento Sonoro de Edifícios de Habitação – outubro, 2007 (Lisboa, PT)
  • 61. Fonte: Sinfonia Nº. 9 (Beethoven) – 4º movimento
  • 62. OBRIGADA Palestrante: M.Sc. Eng.ª Kelly Ramos de Lima kelly@vistum.net Cel 11 98104-7024 Tel 11 5016-1045 Deus seja louvado