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Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




                                             1
Material Elaborado para o Seminário:
                      “Classes C, D e E: Como atender as necessidades e desenvolver
                        produtos para o consumidor dos segmentos de baixa renda”

                                                REALIZAÇÃO: INTERNEWS

                                               DIA: 02 de Fevereiro de 2010

                               LOCAL: Hampton Park Residence Hotel – São Paulo – SP




A Organizzare Consulting elabora análise de cenários econômicos, setoriais e mercadológicos e,
desenvolve projetos de gestão e planejamento para o setor público e privado.
Fundada em 2003, há 4 anos também estrutura soluções financeiras para o setor imobiliário e
viabiliza projetos de funding empresarial, inclusive como consultora em processos de due dilligence.
A Organizzare Consulting já desenvolveu projetos junto aos setores de varejo, construção civil, automotivo, tecnologia da
informação, agrobusiness, financeiro e imobiliário.




                Mauricio Faganelo
                Mestrando em Geografia Econômica pela PUC-SP, MBA em Marketing pela ESPM, Economista formado pela
PUC-            PUC-SP, com especialização em Business Management pela Melbourne College of Technology – Austrália.
                Diretor executivo da Organizzare Consulting e Professor Associado do Departamento de Ciências Gerenciais
                da Universidade Nove de Julho – UNINOVE.
Profissional com mais de 15 anos de atuação nas áreas de desenvolvimento de novos negócios, planejamento estratégico,
pesquisa e análise de mercado e gerenciamento de projetos em empresas como Gerdau, IBM e TRW Automotive.

                                                                                                                            2
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




CONJUNTURA ECONÔMICA E SOCIAL




                                               3
Como é que essa “tal” de Economia” funciona ?
Aposentadorias , Programas Assistenciais,                                          Pagamento pelos Bens e Serviços
Salários, etc                                          Governo




                               Pagamento pelos Bens e Serviços de Consumo

                                            Bens e Serviços de Consumo

         Familias                                                                                 Empresas
                               Terra, Capital, Trabalho, Capacidade Empresarial

                                            Salários, Aluguel, Juros e Lucros



                           Produtos Financeiros                            Produtos Financeiros


  Poupança                                                                                        Investimento
                                                Sistema Financeiro e
                                                     Monetário
                                                                                                                     4
PIB % a.a.
10.0

 8.0                                          7.9 7.5

 6.0                                                                                                                 5.9                                                                            5.7                     5.7
                                      5.4                                                                                                                                                                                           5.1 5.0
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 4.0                                                                                                                                                                                                                4.0
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       1981

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                                                                              1990

                                                                                      1991

                                                                                              1992

                                                                                                      1993

                                                                                                              1994

                                                                                                                      1995

                                                                                                                              1996

                                                                                                                                      1997

                                                                                                                                              1998

                                                                                                                                                      1999

                                                                                                                                                             2000

                                                                                                                                                                     2001

                                                                                                                                                                             2002

                                                                                                                                                                                     2003

                                                                                                                                                                                             2004

                                                                                                                                                                                                     2005

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                                                                                                                                                                                                                     2007

                                                                                                                                                                                                                             2008
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6
O que irá impulsionar o PIB Brasileiro no Curto / Médio Prazo ?


         ELEIÇÕES                                                COPA 2014
                                                                 - Obras de infraestrutura irão melhorar a qualidade de
         - Impossível contabilizar essas
                                                                 vida nas cidades sede (legado)
         receitas
                                                                 -Na Alemanha os investimentos de U$10bi impactaram 0,5
         - Mercado Publicitário, Agências
                                                                 ponto percentual nos anos que precederam o evento.
         de Marketing, Gráfico e Imprensa
         tem as maiores movimentações.                           - No caso brasileiro o impacto será mais elevado pois as
                                                                 necessidades serão maiores.


         COPA 2010                                               BOLSA FAMILIA
         -A     Copa     representa   um                         - O último aumento foi de 9.68% no valor do benefício.
         acréscimo de 0,7% no PIB do                             - Segundo o Insper-SP, um aumento de 10% no repasse
         vitorioso                                               do benefício leva a uma expansão de 0,6% do PIB, no ano
         -       Alimentos e Bebidas,                            que ocorre e no ano seguinte.
         Eletroeletrônicos são os setores
         mais beneficiados


                                  RETOMADA DE INVESTIMENTOS
                                  - As empresas que interromperam seus projetos de
                                  investimentos agora voltaram a atuar no mercado
                                  - So no BNDES a linha de aquisição de máquinas e
                                  equipamento     bateu o       recorde    histórico de
                                  financiamentos.


                                                                                                                            7
8
9
AUMENTO DA RENDA MÉDIA per capita FAMILIAR – 2001 a 2008




                                                           10
Variação no Índice de Gini
2003 a 2008                     2007 a 2008




                                              11
Nos últimos 6 anos houve uma redução da pobreza e ampliação da classe média
simultaneamente à melhoria nos índices de concentração e desigualdade de renda.

A pobreza e a desigualdade reduziram porque:

• A renda do trabalho aumentou;

• O acesso a educação melhorou;

• O acesso a bens de consumo melhorou;

• O custo dos alimentos reduziram;

• Os programas de transferência de renda incrementaram o consumo das familias;


A QUEDA DA POBREZA E DA EXTREMA POBREZA REDUZIU A DESIGUALDADE
SOCIAL, AUMENTANDO INCLUSIVE A RENDA DE CLASSES SUPERIORES.

                                                                                  12
Qual a contribuição dos programas como o Bolsa Família?

• 20% da redução da desigualdade
• 12% à redução das desigualdades de renda devidas à educação.
• 8% aumento do salário mínimo que aumentou os valores das aposentadorias
• 2% redução no desemprego

Somados, estes fatores dariam conta de 42% da redução da desigualdade, ficando mais da
metade, portanto, por ser explicada por outros fatores não identificados.


   PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DA RENDA DO BOLSA FAMILIA NA RENDA TOTAL
               2003                            2007                                2008




                                                                                          13
PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NAS CLASSES ABC
2003                      2007                       2008




       PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NA MISÉRIA (CLASSE E)
2003                      2007                       2008




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15
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




    AS CLASSES SOCIAIS




                                             16
• As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista.
• Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilegio e de desvantagens
entre os indivíduos.
• As divisões em classes se da na forma que o individuo esta situado economicamente e socio-
politicamente em sua sociedade.
• No capitalismo, quem tinha condições para a dominação e a apropriação, eram os ricos, quem
trabalhavam para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os principais
denominadores de desigualdade social.




                                                                                                 17
Dentre os domicílios diagnosticados pela PNAD em 2007,
       98% possuíam acesso a energia elétrica,
       84% a água,
       88% a coleta de lixo,
       52% a esgotamento sanitário,
       77% a telefone,
       32% telefones celulares,
       27% a microcomputadores.
       20% a internet e
       95% a TV.

No que refere à inserção racial, entre os 20 milhões de novos membros da classe média,
       12% são brancos minoria
       27% são pardos
       30% negros.

                                                                                         18
• Metade da população brasileira ganha de R$ 1.000,00 a R$ 4.591,00

• Sozinha, este segmento corresponte a ¼ do poder de consumo nacional e é o maior potencial
de consumo dentre todas as classes sociais

• O crescimento da economia mundial e da estabilidade econômica vivenciada no Brasil tem
provocado um aumento muito rápido e consistente na população classe C.

• Fenômeno mundial ocorrido em países em desenvolvimento, como China e Índia

• Também chamada de clásse média baixa, possui um perfil bem diferente da imagem da classe
média a que estamos acostumados (60% das pessoas dessa faixa social são egressos das clases
D e E)

• A principal fonte de renda familiar é a proveniente do trabalho

• A segunda, é a proveniente das aposentadorias e pensões (que beneficiam sobretudo a
metade mais rica das famílias)

• A terceira categoria é a de “juros e outros rendimentos”, como o bolsa família.

• Executam funções de trabalho sem tanto prestígio, moram em bairros pobres, consomem em
parcelas a perder de vista e valorizam o estudo como meio de progresso social.
                                                                                              19
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




COMPORTAMENTOS DE CONSUMO




                                              20
CARACTERÍSTICAS DO CONSUMIDOR DE BAIXA RENDA

 • Valores e conservadorismo;
 • Gosto pela Fartura;
 • Baixa auto estima;
 • Dignidade;
 • Preferência por lojas da vizinhança;
 • Flexibilidade no crédito;
 • Fidelidade a marcas;
 • O paradoxo do poder e frustração no processo de compra ;
 • Exclusivo versus Inclusivo;
 • Contato Face a Face;
 • Redes de Contato;
                                                              21
Modelo do Processo de Compra com Base nas Percepções de Valor




                                                                22
Processo de compra fragmentado e caracterizado por sensibilidade e preço

                                                                Seleção
                                  Locomoção                                               Pagamento &
   Planejamento                                                Dentro da
                                   (de / para)                                            Pós Compra
                                                                 Loja

A dona        de    casa   Forma de transporte varia   Processo de compra serve      Preferem pagar a vista, mas
geralmente controla o      de acordo com o tipo de     de     entretenimento    –    aproveitam oferta e crédito
orçamento e efetua a       compra                      fascinação e entusiasmo       independente da necessidade
maioria das compras                                    com a experiência de          / ocasião
                                 A pé para compras     comprar em grandes redes
Comparação de preços é           rotineiras                                           Preferem economizar na
mais importante que                                    Embalagens menores são        seleção do que tirar itens do
outras   rotinas   pré           Locomoção para        frequentemente                carrinho na frente de caixa;
compra;    listas  são           “grandes” compras     selecionadas como meio de     vergonha; constrangimento
normalmente        “de           pode ocorrer de       controlar despesas, atender
memória”                         carro, ônibus ou      necessidades diárias, poder
                                 taxi                  pagar por “marcas e
Custos de transporte são                               pequenos prazeres”
considerados no “custo           Baixa Penetração
total da compra”                 de Veículos           Aversão a gastar mais do
                                                       que podem – agirá por
 Comparação de preços                                  impulso dependendo de
exaustiva: a maioria dos                               quem estiver presente, mas
consumidores possuem                                   sabe qual é o limite
vários benchmarks

                                                                                                                     23
Percepção de Preços – Consumidor Classe C, D e E




                                                   24
• A dona de casa realiza visitas freqüentes, muitas vezes diárias, ao varejo de
alimentos.

• YES, WE CAN - A provedora do lar, experimenta uma sensação de poder, uma
vez que com um orçamento limitado consegue fazer as compras e cumprir sua
missão

• Essa sensação muitas vezes é contrabalançada com a impossibilidade da
realização da compra devido à limitação financeira. Surge, então, a sensação de
frustração. É o momento do NO, WE CANNOT

• O prazer induzido pelo ambiente de loja parece ser uma causa importante para
que os consumidores fiquem mais tempo na loja e gastem mais dinheiro do que o
pretendido.

• O varejo de bairro proporciona uma sensação de confiança mútua que conforta
o consumidor pois suscita o sentimento de que “é um dos nossos, eu confio
nele”, sendo assim difícil imaginar que os preços praticados nessa loja sejam mais
altos.


                                                                                     25
• Uma loja extremamente despojada remete ao conceito de pobreza que já é
vivido na realidade cotidiana. Um ambiente acolhedor pode transmitir uma
imagem de pertencimento e de inclusão social que é exatamente a aspiração
deste segmento da população.

• As visitas constantes aos supermercados fazem com que a consumidora sinta-se
“expert” em compras e a imposição financeira de comprar sempre mais por
menos cria uma percepção para a consumidora de que é impossível realizar
melhor essa tarefa do que ela própria.

• Admitir que não é apenas preço que determina a escolha poderia desmoronar
suas crenças e abalar a sensação de que ela é uma dona de casa competente
(nas pesquisas elas sempre diz que preço é o fator mais importante).




                                                                                 26
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40
Curadores do Consumo!!
   A necessidade de curadores cada vez mais experientes dizendo aos consumidores o que fazer, vestir,
  comer, comprar e que experiências seguir, nunca esteve tão em alta. Porque às vezes os consumidores
  não têm tempo para pesquisar o melhor dos melhores, ou o mais barato dos mais baratos. Às vezes não
   se impressionam pela grande oferta, pois eles não sabem mais por onde começar e em quem confiar.




  Ranking Ranqueen – Loja que só vende os melhores produtos (top 3, 5 ou 10) de cada categoria. Os produtos são rankeados com base nas informações de
Time is the new venda da cadeia de lojas da Tokyu, uma loja de departamentos em Tóquio, e por pesquisas independentes.
                currency!                                                                                                                    41
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




       ESTUDO DE CASO:
COMPORTAMENTOS DE CONSUMO DE
 ELETRODOMÉSTICOS – CLASSE C




                                               42
Perfil dos Entrevistados




                           43
Cotidiano
• A maioria sai de casa cedo e só volta a noite
• Alguns entrevistados trabalham com bicos para complementar a renda familiar
• No final de semana não sobra muito dinheiro para atividades de lazer. Quando sobra, gostam de sair
com amigos
• A maioria tem filhos em idade escolar e leva os filhos para a escola pela manhã


                                  Valores e Visão de Mundo
• Acham que o estudo dos filhos é importante, e se possível compram computadores para que os filhos
tenham acesso
• Gostam muito de comprar algumas coisas que vêem na “casa da patroa”. Vários citaram TV de tela
plana e de tamanho grande como sonho de consumo
• Todos querem sempre o melhor para suas famílias, querem ver os filhos “encaminhados” e melhorar
de vida
• Os entrevistados acham que o importante é ser honesto na vida


                               Limitações Materiais Sofridas
• A maioria não tem dinheiro para atividades ligadas ao lazer
• A maioria não compra as marcas prediletas por serem mais caras
• Geralmente a compra é feita somente quando surge a necessidade por conta de estragos ou outros
motivos
                                                                                                       44
45
46
Processo de Compra
• 41% aspiram comprar eletrodomésticos em 2010

• Se preocupam mais com o valor das prestações do que com o valor total a pagar

• Normalmente consomem marcas mais consolidadas de mercado por serem
mais sucetíveis a propagandas de massa. (ex.: um dos entrevistado citou a
Brastemp como a melhor marca, mesmo sem ter tido um produto da marca)

• Para uma compra de R$ 250,00 em um eletrodoméstico, o consumidor já
realizou pesquisa de compra. Preferem dividir entre 6 a 12 vezes, ou quanto
maior o período, melhor. Geralmente é solicitado comprovante de renda e em
algumas ocasiões o número de parcelas é aumentado para que o cliente possa
adquirir um outro produto no mesmo momento;

• No caso de bens de consumo duráveis, como TV por exemplo, os consumidores
na sua grande maioria vão acompanhados dos filhos e é bastante frequente que
visitem a loja por diversas vezes até efetuar a compra.

                                                                                  47
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




   PERFIL DO CONSUMIDOR:

             CLASSE AB




                                             48
Participação da Classe AB – PNAD / IBGE




                                          49
Ranking por Estados – Classe AB – PNAD / IBGE




                                                50
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




   PERFIL DO CONSUMIDOR:

              CLASSE C




                                             51
Participação da Classe C – PNAD / IBGE




                                         52
Ranking por Estados – Classe C – PNAD / IBGE




                                               53
Ranking por Regiões – Classe C – PNAD / IBGE




                                               54
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




   PERFIL DO CONSUMIDOR:

              CLASSE D




                                             55
Informações Relevantes – Classes D e E

   Cada produto abandonado pela classe C será abraçado pelas classes que
estão abaixo e que passam a ter acesso”, de acordo com estudos do IPEA
   Foram as classes D e E, que puxaram o crescimento das vendas de alimentos
e artigos de higiene nos supermercados nos primeiros seis meses do ano de
2009
   3% foi o aumento das vendas em no primeiro semestre 2009 / 2008 e somente
a classes D e E contribuíram com 50% da variação no período.
  Durante a crise internacional ampliaram a frequência ao supermercado em 4%
e gastaram 5% a mais nas compras durante o período da pesquisa, sendo que a
média de crescimento do setor foi de 3%.
  A classe E, por exemplo, não compra um computador, mas sim a sua comida
em um mercado onde o dono é da classe C, B ou A

                                                                               56
Informações Relevantes – Classes D e E
Mercado de Telefonia Móvel

Característica predominante do uso do celular nas classes D e E:
       aparelhos pré-pagos,
       sem acesso à internet,
       compartilhado com outras pessoas e
       basicamente são usados para fazer e receber chamadas e/ou mensagens de texto.
       o celular acaba sendo a porta para a inclusão dessas pessoas no mundo moderno
       não façam questão de usufruir todas as funcionalidades disponíveis
       têm pouca familiaridade com outros serviços e funcionalidades.
       45% dos participantes do estudo possuem celular
       54% já usaram um aparelho do tipo.
       Telefonia fixa tem 12% de penetração
       65,6% levam pelo menos cinco anos para trocar de aparelho devido à baixa renda e
     ao desconhecimento das inovações tecnológicas.

                                                                                          57
Participação da Classe D – PNAD / IBGE




                                         58
Ranking por Estados – Classe D – PNAD / IBGE




                                               59
Ranking por Regiões – Classe D – PNAD / IBGE




                                               60
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




   PERFIL DO CONSUMIDOR:

              CLASSE E




                                             61
Participação da Classe E – PNAD / IBGE




                                         62
Ranking por Estados – Classe E – PNAD / IBGE




                                               63
Ranking por Regiões – Classe E – PNAD / IBGE




                                               64
65
66
Taxa Anual de Redução da Pobreza – Classe E

  1993 a 1995                   2003 a 2008




                                              67
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda




        Muito Obrigado




                 Contato:
            Mauricio Faganelo
              (11) 78319611
  faganelo@organizzareconsulting.com.br
     www.organizzareconsulting.com.br
                                             68
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda

                     Fontes utilizadas para a elaboração deste material

Revista CONJUNTURA Social, Rendas e reflexões ‘pnadianas’, Marcelo Neri –EPGE/FGV,
Novembro 2009
Revista EXAME, Diversas edições
O comportamento de compra do consumidor da classe C, Josiane Wengrzynek, Eliane Rodrigues do Carmo
Jornal O Estado de Minas, editorial de economia, 2009
Mercados Pouco Explorados: Descobrindo a Classe C, Março 2002, Boston Consulting Group
Atlas de Bolso dos Brasileiros, FGV, Coordenação Geral: Marcelo Cortes Neri, Setembro 2009,
Versão 1.0
Alves, Carlos, Comportamento do Consumidor, 1.º edição, Escolar Editora, Junho 2002
O Varejo de Alimentos para Consumidores de Baixa Renda no Brasil, Relatório de Pesquisa
16/2008, Juracy Gomes Parente, FGV-EAESP/GVPESQUISA
Reportagem Jornal O Estado de São Paulo, Marcia De Chiara, 30/3/2008
Revista Época – Pesquisa FGV. 11/08/2009
Tendências de Consumo, Eriana Castro, 2008, eriana@uol.com.br
Culture & Consumer Behaviour, Dr. Rohit Vishal Kumar, Reader,
Department of Marketing, Xavier Institute of Social Service, Jharkhand, India
Comportamento do Consumidor de Baixa Renda, Prof. Edgard Barki,
Centro de Excelência em Varejo FGV


                                                                                                     69

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Comportamento consumidor baixa renda

  • 1. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda 1
  • 2. Material Elaborado para o Seminário: “Classes C, D e E: Como atender as necessidades e desenvolver produtos para o consumidor dos segmentos de baixa renda” REALIZAÇÃO: INTERNEWS DIA: 02 de Fevereiro de 2010 LOCAL: Hampton Park Residence Hotel – São Paulo – SP A Organizzare Consulting elabora análise de cenários econômicos, setoriais e mercadológicos e, desenvolve projetos de gestão e planejamento para o setor público e privado. Fundada em 2003, há 4 anos também estrutura soluções financeiras para o setor imobiliário e viabiliza projetos de funding empresarial, inclusive como consultora em processos de due dilligence. A Organizzare Consulting já desenvolveu projetos junto aos setores de varejo, construção civil, automotivo, tecnologia da informação, agrobusiness, financeiro e imobiliário. Mauricio Faganelo Mestrando em Geografia Econômica pela PUC-SP, MBA em Marketing pela ESPM, Economista formado pela PUC- PUC-SP, com especialização em Business Management pela Melbourne College of Technology – Austrália. Diretor executivo da Organizzare Consulting e Professor Associado do Departamento de Ciências Gerenciais da Universidade Nove de Julho – UNINOVE. Profissional com mais de 15 anos de atuação nas áreas de desenvolvimento de novos negócios, planejamento estratégico, pesquisa e análise de mercado e gerenciamento de projetos em empresas como Gerdau, IBM e TRW Automotive. 2
  • 3. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda CONJUNTURA ECONÔMICA E SOCIAL 3
  • 4. Como é que essa “tal” de Economia” funciona ? Aposentadorias , Programas Assistenciais, Pagamento pelos Bens e Serviços Salários, etc Governo Pagamento pelos Bens e Serviços de Consumo Bens e Serviços de Consumo Familias Empresas Terra, Capital, Trabalho, Capacidade Empresarial Salários, Aluguel, Juros e Lucros Produtos Financeiros Produtos Financeiros Poupança Investimento Sistema Financeiro e Monetário 4
  • 5. PIB % a.a. 10.0 8.0 7.9 7.5 6.0 5.9 5.7 5.7 5.4 5.1 5.0 4.7 4.4 4.3 4.0 4.0 3.5 3.2 3.4 3.2 2.7 2.0 2.2 1.8 1.0 1.3 1.2 0.8 0.0 -0.1 0.0 0.3 -0.5 2009E 2010E 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 -2.0 -2.9 -4.0 -4.3 -4.4 -6.0 5
  • 6. 6
  • 7. O que irá impulsionar o PIB Brasileiro no Curto / Médio Prazo ? ELEIÇÕES COPA 2014 - Obras de infraestrutura irão melhorar a qualidade de - Impossível contabilizar essas vida nas cidades sede (legado) receitas -Na Alemanha os investimentos de U$10bi impactaram 0,5 - Mercado Publicitário, Agências ponto percentual nos anos que precederam o evento. de Marketing, Gráfico e Imprensa tem as maiores movimentações. - No caso brasileiro o impacto será mais elevado pois as necessidades serão maiores. COPA 2010 BOLSA FAMILIA -A Copa representa um - O último aumento foi de 9.68% no valor do benefício. acréscimo de 0,7% no PIB do - Segundo o Insper-SP, um aumento de 10% no repasse vitorioso do benefício leva a uma expansão de 0,6% do PIB, no ano - Alimentos e Bebidas, que ocorre e no ano seguinte. Eletroeletrônicos são os setores mais beneficiados RETOMADA DE INVESTIMENTOS - As empresas que interromperam seus projetos de investimentos agora voltaram a atuar no mercado - So no BNDES a linha de aquisição de máquinas e equipamento bateu o recorde histórico de financiamentos. 7
  • 8. 8
  • 9. 9
  • 10. AUMENTO DA RENDA MÉDIA per capita FAMILIAR – 2001 a 2008 10
  • 11. Variação no Índice de Gini 2003 a 2008 2007 a 2008 11
  • 12. Nos últimos 6 anos houve uma redução da pobreza e ampliação da classe média simultaneamente à melhoria nos índices de concentração e desigualdade de renda. A pobreza e a desigualdade reduziram porque: • A renda do trabalho aumentou; • O acesso a educação melhorou; • O acesso a bens de consumo melhorou; • O custo dos alimentos reduziram; • Os programas de transferência de renda incrementaram o consumo das familias; A QUEDA DA POBREZA E DA EXTREMA POBREZA REDUZIU A DESIGUALDADE SOCIAL, AUMENTANDO INCLUSIVE A RENDA DE CLASSES SUPERIORES. 12
  • 13. Qual a contribuição dos programas como o Bolsa Família? • 20% da redução da desigualdade • 12% à redução das desigualdades de renda devidas à educação. • 8% aumento do salário mínimo que aumentou os valores das aposentadorias • 2% redução no desemprego Somados, estes fatores dariam conta de 42% da redução da desigualdade, ficando mais da metade, portanto, por ser explicada por outros fatores não identificados. PARTICIPAÇÃO PERCENTUAL DA RENDA DO BOLSA FAMILIA NA RENDA TOTAL 2003 2007 2008 13
  • 14. PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NAS CLASSES ABC 2003 2007 2008 PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO NA MISÉRIA (CLASSE E) 2003 2007 2008 14
  • 15. 15
  • 16. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda AS CLASSES SOCIAIS 16
  • 17. • As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. • Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilegio e de desvantagens entre os indivíduos. • As divisões em classes se da na forma que o individuo esta situado economicamente e socio- politicamente em sua sociedade. • No capitalismo, quem tinha condições para a dominação e a apropriação, eram os ricos, quem trabalhavam para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os principais denominadores de desigualdade social. 17
  • 18. Dentre os domicílios diagnosticados pela PNAD em 2007, 98% possuíam acesso a energia elétrica, 84% a água, 88% a coleta de lixo, 52% a esgotamento sanitário, 77% a telefone, 32% telefones celulares, 27% a microcomputadores. 20% a internet e 95% a TV. No que refere à inserção racial, entre os 20 milhões de novos membros da classe média, 12% são brancos minoria 27% são pardos 30% negros. 18
  • 19. • Metade da população brasileira ganha de R$ 1.000,00 a R$ 4.591,00 • Sozinha, este segmento corresponte a ¼ do poder de consumo nacional e é o maior potencial de consumo dentre todas as classes sociais • O crescimento da economia mundial e da estabilidade econômica vivenciada no Brasil tem provocado um aumento muito rápido e consistente na população classe C. • Fenômeno mundial ocorrido em países em desenvolvimento, como China e Índia • Também chamada de clásse média baixa, possui um perfil bem diferente da imagem da classe média a que estamos acostumados (60% das pessoas dessa faixa social são egressos das clases D e E) • A principal fonte de renda familiar é a proveniente do trabalho • A segunda, é a proveniente das aposentadorias e pensões (que beneficiam sobretudo a metade mais rica das famílias) • A terceira categoria é a de “juros e outros rendimentos”, como o bolsa família. • Executam funções de trabalho sem tanto prestígio, moram em bairros pobres, consomem em parcelas a perder de vista e valorizam o estudo como meio de progresso social. 19
  • 20. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda COMPORTAMENTOS DE CONSUMO 20
  • 21. CARACTERÍSTICAS DO CONSUMIDOR DE BAIXA RENDA • Valores e conservadorismo; • Gosto pela Fartura; • Baixa auto estima; • Dignidade; • Preferência por lojas da vizinhança; • Flexibilidade no crédito; • Fidelidade a marcas; • O paradoxo do poder e frustração no processo de compra ; • Exclusivo versus Inclusivo; • Contato Face a Face; • Redes de Contato; 21
  • 22. Modelo do Processo de Compra com Base nas Percepções de Valor 22
  • 23. Processo de compra fragmentado e caracterizado por sensibilidade e preço Seleção Locomoção Pagamento & Planejamento Dentro da (de / para) Pós Compra Loja A dona de casa Forma de transporte varia Processo de compra serve Preferem pagar a vista, mas geralmente controla o de acordo com o tipo de de entretenimento – aproveitam oferta e crédito orçamento e efetua a compra fascinação e entusiasmo independente da necessidade maioria das compras com a experiência de / ocasião A pé para compras comprar em grandes redes Comparação de preços é rotineiras Preferem economizar na mais importante que Embalagens menores são seleção do que tirar itens do outras rotinas pré Locomoção para frequentemente carrinho na frente de caixa; compra; listas são “grandes” compras selecionadas como meio de vergonha; constrangimento normalmente “de pode ocorrer de controlar despesas, atender memória” carro, ônibus ou necessidades diárias, poder taxi pagar por “marcas e Custos de transporte são pequenos prazeres” considerados no “custo Baixa Penetração total da compra” de Veículos Aversão a gastar mais do que podem – agirá por Comparação de preços impulso dependendo de exaustiva: a maioria dos quem estiver presente, mas consumidores possuem sabe qual é o limite vários benchmarks 23
  • 24. Percepção de Preços – Consumidor Classe C, D e E 24
  • 25. • A dona de casa realiza visitas freqüentes, muitas vezes diárias, ao varejo de alimentos. • YES, WE CAN - A provedora do lar, experimenta uma sensação de poder, uma vez que com um orçamento limitado consegue fazer as compras e cumprir sua missão • Essa sensação muitas vezes é contrabalançada com a impossibilidade da realização da compra devido à limitação financeira. Surge, então, a sensação de frustração. É o momento do NO, WE CANNOT • O prazer induzido pelo ambiente de loja parece ser uma causa importante para que os consumidores fiquem mais tempo na loja e gastem mais dinheiro do que o pretendido. • O varejo de bairro proporciona uma sensação de confiança mútua que conforta o consumidor pois suscita o sentimento de que “é um dos nossos, eu confio nele”, sendo assim difícil imaginar que os preços praticados nessa loja sejam mais altos. 25
  • 26. • Uma loja extremamente despojada remete ao conceito de pobreza que já é vivido na realidade cotidiana. Um ambiente acolhedor pode transmitir uma imagem de pertencimento e de inclusão social que é exatamente a aspiração deste segmento da população. • As visitas constantes aos supermercados fazem com que a consumidora sinta-se “expert” em compras e a imposição financeira de comprar sempre mais por menos cria uma percepção para a consumidora de que é impossível realizar melhor essa tarefa do que ela própria. • Admitir que não é apenas preço que determina a escolha poderia desmoronar suas crenças e abalar a sensação de que ela é uma dona de casa competente (nas pesquisas elas sempre diz que preço é o fator mais importante). 26
  • 27. 27
  • 28. 28
  • 29. 29
  • 30. 30
  • 31. 31
  • 32. 32
  • 33. 33
  • 34. 34
  • 35. 35
  • 36. 36
  • 37. 37
  • 38. 38
  • 39. 39
  • 40. 40
  • 41. Curadores do Consumo!! A necessidade de curadores cada vez mais experientes dizendo aos consumidores o que fazer, vestir, comer, comprar e que experiências seguir, nunca esteve tão em alta. Porque às vezes os consumidores não têm tempo para pesquisar o melhor dos melhores, ou o mais barato dos mais baratos. Às vezes não se impressionam pela grande oferta, pois eles não sabem mais por onde começar e em quem confiar. Ranking Ranqueen – Loja que só vende os melhores produtos (top 3, 5 ou 10) de cada categoria. Os produtos são rankeados com base nas informações de Time is the new venda da cadeia de lojas da Tokyu, uma loja de departamentos em Tóquio, e por pesquisas independentes. currency! 41
  • 42. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda ESTUDO DE CASO: COMPORTAMENTOS DE CONSUMO DE ELETRODOMÉSTICOS – CLASSE C 42
  • 44. Cotidiano • A maioria sai de casa cedo e só volta a noite • Alguns entrevistados trabalham com bicos para complementar a renda familiar • No final de semana não sobra muito dinheiro para atividades de lazer. Quando sobra, gostam de sair com amigos • A maioria tem filhos em idade escolar e leva os filhos para a escola pela manhã Valores e Visão de Mundo • Acham que o estudo dos filhos é importante, e se possível compram computadores para que os filhos tenham acesso • Gostam muito de comprar algumas coisas que vêem na “casa da patroa”. Vários citaram TV de tela plana e de tamanho grande como sonho de consumo • Todos querem sempre o melhor para suas famílias, querem ver os filhos “encaminhados” e melhorar de vida • Os entrevistados acham que o importante é ser honesto na vida Limitações Materiais Sofridas • A maioria não tem dinheiro para atividades ligadas ao lazer • A maioria não compra as marcas prediletas por serem mais caras • Geralmente a compra é feita somente quando surge a necessidade por conta de estragos ou outros motivos 44
  • 45. 45
  • 46. 46
  • 47. Processo de Compra • 41% aspiram comprar eletrodomésticos em 2010 • Se preocupam mais com o valor das prestações do que com o valor total a pagar • Normalmente consomem marcas mais consolidadas de mercado por serem mais sucetíveis a propagandas de massa. (ex.: um dos entrevistado citou a Brastemp como a melhor marca, mesmo sem ter tido um produto da marca) • Para uma compra de R$ 250,00 em um eletrodoméstico, o consumidor já realizou pesquisa de compra. Preferem dividir entre 6 a 12 vezes, ou quanto maior o período, melhor. Geralmente é solicitado comprovante de renda e em algumas ocasiões o número de parcelas é aumentado para que o cliente possa adquirir um outro produto no mesmo momento; • No caso de bens de consumo duráveis, como TV por exemplo, os consumidores na sua grande maioria vão acompanhados dos filhos e é bastante frequente que visitem a loja por diversas vezes até efetuar a compra. 47
  • 48. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda PERFIL DO CONSUMIDOR: CLASSE AB 48
  • 49. Participação da Classe AB – PNAD / IBGE 49
  • 50. Ranking por Estados – Classe AB – PNAD / IBGE 50
  • 51. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda PERFIL DO CONSUMIDOR: CLASSE C 51
  • 52. Participação da Classe C – PNAD / IBGE 52
  • 53. Ranking por Estados – Classe C – PNAD / IBGE 53
  • 54. Ranking por Regiões – Classe C – PNAD / IBGE 54
  • 55. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda PERFIL DO CONSUMIDOR: CLASSE D 55
  • 56. Informações Relevantes – Classes D e E Cada produto abandonado pela classe C será abraçado pelas classes que estão abaixo e que passam a ter acesso”, de acordo com estudos do IPEA Foram as classes D e E, que puxaram o crescimento das vendas de alimentos e artigos de higiene nos supermercados nos primeiros seis meses do ano de 2009 3% foi o aumento das vendas em no primeiro semestre 2009 / 2008 e somente a classes D e E contribuíram com 50% da variação no período. Durante a crise internacional ampliaram a frequência ao supermercado em 4% e gastaram 5% a mais nas compras durante o período da pesquisa, sendo que a média de crescimento do setor foi de 3%. A classe E, por exemplo, não compra um computador, mas sim a sua comida em um mercado onde o dono é da classe C, B ou A 56
  • 57. Informações Relevantes – Classes D e E Mercado de Telefonia Móvel Característica predominante do uso do celular nas classes D e E: aparelhos pré-pagos, sem acesso à internet, compartilhado com outras pessoas e basicamente são usados para fazer e receber chamadas e/ou mensagens de texto. o celular acaba sendo a porta para a inclusão dessas pessoas no mundo moderno não façam questão de usufruir todas as funcionalidades disponíveis têm pouca familiaridade com outros serviços e funcionalidades. 45% dos participantes do estudo possuem celular 54% já usaram um aparelho do tipo. Telefonia fixa tem 12% de penetração 65,6% levam pelo menos cinco anos para trocar de aparelho devido à baixa renda e ao desconhecimento das inovações tecnológicas. 57
  • 58. Participação da Classe D – PNAD / IBGE 58
  • 59. Ranking por Estados – Classe D – PNAD / IBGE 59
  • 60. Ranking por Regiões – Classe D – PNAD / IBGE 60
  • 61. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda PERFIL DO CONSUMIDOR: CLASSE E 61
  • 62. Participação da Classe E – PNAD / IBGE 62
  • 63. Ranking por Estados – Classe E – PNAD / IBGE 63
  • 64. Ranking por Regiões – Classe E – PNAD / IBGE 64
  • 65. 65
  • 66. 66
  • 67. Taxa Anual de Redução da Pobreza – Classe E 1993 a 1995 2003 a 2008 67
  • 68. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda Muito Obrigado Contato: Mauricio Faganelo (11) 78319611 faganelo@organizzareconsulting.com.br www.organizzareconsulting.com.br 68
  • 69. Comportamento do Consumidor de Baixa Renda Fontes utilizadas para a elaboração deste material Revista CONJUNTURA Social, Rendas e reflexões ‘pnadianas’, Marcelo Neri –EPGE/FGV, Novembro 2009 Revista EXAME, Diversas edições O comportamento de compra do consumidor da classe C, Josiane Wengrzynek, Eliane Rodrigues do Carmo Jornal O Estado de Minas, editorial de economia, 2009 Mercados Pouco Explorados: Descobrindo a Classe C, Março 2002, Boston Consulting Group Atlas de Bolso dos Brasileiros, FGV, Coordenação Geral: Marcelo Cortes Neri, Setembro 2009, Versão 1.0 Alves, Carlos, Comportamento do Consumidor, 1.º edição, Escolar Editora, Junho 2002 O Varejo de Alimentos para Consumidores de Baixa Renda no Brasil, Relatório de Pesquisa 16/2008, Juracy Gomes Parente, FGV-EAESP/GVPESQUISA Reportagem Jornal O Estado de São Paulo, Marcia De Chiara, 30/3/2008 Revista Época – Pesquisa FGV. 11/08/2009 Tendências de Consumo, Eriana Castro, 2008, eriana@uol.com.br Culture & Consumer Behaviour, Dr. Rohit Vishal Kumar, Reader, Department of Marketing, Xavier Institute of Social Service, Jharkhand, India Comportamento do Consumidor de Baixa Renda, Prof. Edgard Barki, Centro de Excelência em Varejo FGV 69