O documento descreve o ciclo PDCA, uma técnica de gestão da qualidade que consiste em quatro etapas: planejar (P), fazer (D), verificar (C) e agir/ajustar (A). O PDCA foi criado por Walter Shewhart em 1930 e popularizado por William Edwards Deming, sendo uma abordagem eficaz para resolução de problemas e melhoria contínua dos processos empresariais. O texto explica cada etapa do ciclo e por que as empresas devem usá-lo.
4. “Trata-se de uma técnica de gestão
interativa que visa melhorar os
processos de uma empresa de forma
contínua por meio de quatro etapas:
plan (planejar); do (fazer); check
(verificar) e act/adjust (agir/ajustar).
5. QUEM CRIOU?
O ciclo PDCA é uma ferramenta de gestão criada em 1930
pelo físico e engenheiro estadunidense Walter Shewhart.
Porém, só se tornou mundialmente conhecida devido às
palestras ministradas em 1950 pelo estatístico e professor
universitário William Edwards Deming, considerado o “guru
da gestão de qualidade”.
6. #NOTA
UMA ABORDAGEM EFICAZ PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E
GERALMENTE É ASSOCIADO AOS FUNDAMENTOS DEFENDIDOS PELA
FILOSOFIA KAIZEN, TÉCNICA JAPONESA BASEADA NA IDEIA DE MELHORIA
CONTÍNUA DA VIDA PESSOAL, FAMILIAR, SOCIAL E PROFISSIONAL.
8. Primeiramente, é preciso compreender que a
metodologia PDCA é construída de forma cíclica. Ou seja,
as etapas não possuem intervalos ou interrupções, os
processos são contínuos e as atividades precisam ser
recorrentes e planejadas.
Outro ponto importante é a disciplina que o gestor deve
possuir para seguir a ordem proposta pela sigla. Isso fará
com que o passo seguinte não seja prejudicado.
9. Os esforços de melhoria devem partir do planejamento (P),
momento em que toda a parte estratégica é elaborada. Depois,
deve-se colocar em prática tudo o que foi planejado (D) e
mensurar os resultados obtidos, averiguando e checando as
ações (C). Finalmente, parte-se para a etapa em que são tomadas
medidas para ajustar ou corrigir falhas e divergências
encontradas ao longo do processo (A).
Além disso, é importante montar uma equipe para a
implementação do ciclo PDCA e escolher quais profissionais irão
liderar cada etapa do processo.
10. 1 – PLAN (PLANEJAR)
Por ser o primeiro passo, o planejamento deve ser elaborado de
maneira correta para que não ocorram falhas ou perdas de
tempo ao longo das outras etapas do PDCA.
Mas não se desespere! Existe uma técnica que pode ser usada
para minimizar as falhas e aumentar a clareza das informações
levantadas e analisadas. Basta seguir as três fases fundamentais
para a elaboração de um planejamento eficaz.
Primeiramente, deve-se estabelecer de maneira clara quais
serão os objetivos do ciclo. Evite a definição de objetivos muito
amplos, pois, isso dificultará a compreensão por parte da equipe
envolvida. A segunda fase é definir como esses objetivos serão
alcançados. E, por último, escolher quais os métodos mais
adequados para isso.
Feito isso, é hora de partir para a prática!
11. 2 – DO (FAZER)
A segunda etapa é o momento de colocar as mãos na massa e
começar a execução do planejamento.
Porém, não é só sair fazendo! Essa é uma das etapas mais
importantes do ciclo PDCA da qualidade, por isso necessita de
dedicação e atenção especial.
É necessário que a equipe receba um treinamento de
preparação para a utilização correta do método definido. Além
disso, é importante que essa etapa seja monitorada
constantemente para evitar desvios do que foi planejado.
12. 3 – CHECK (VERIFICAR)
Nessa etapa, todos os dados coletados e os resultados
alcançados são analisados e comparados ao que foi
determinado no planejamento. O principal objetivo é detectar
falhas, erros ou desvios de foco ocorridos durante a execução.
Após a comparação, será possível determinar se o objetivo foi
atingido e se os métodos definidos foram usados corretamente
pela equipe.
13. 4 – ACT/ADJUST (AÇÃO/AJUSTE)
A última etapa é a implementação de ações corretivas para a
resolução de erros identificados na verificação. É importante
que as causas dessas falhas tenham sido bem definidas para
que as ações de correção sejam mais focadas.
Além disso, ações preventivas podem ser aplicadas como
forma de apoio à equipe e para evitar que futuras falhas
ocorram durante a aplicação da metodologia.
15. O trabalho do ciclo PDCA é semelhante ao processo de círculo virtuoso.
Ou seja, é uma sequência cíclica de ações que desencadeiam em outras
mais positivas e claras. Ainda, podemos dizer que ele é a exemplificação
precisa do ditado “a prática leva à perfeição”.
Concluiu a última etapa?
Comece tudo de novo!
Pode parecer trabalhoso para algumas pessoas, mas retomar ao início
do ciclo é essencial para o aprimoramento das etapas. Somente assim,
as práticas e os processos poderão ser melhorados continuamente.
17. Apesar de ser útil para a identificação e solução de problemas, é
importante salientar que essa técnica requer mais paciência do gestor
e de sua equipe, pois, sua abordagem é mais lenta e focada no passo-a-
passo metódico. Ou seja, em situações emergenciais o ciclo PDCA
pode não ser o mais adequado.
Porém, essa característica pode fazer com que as equipes reflitam sobre
aquela situação e concluam se ela realmente é uma emergência ou se
pode ser solucionada com mais calma.
O ciclo PDCA pode ser usado para implementação de mudanças
reversíveis ou irreversíveis dentro de uma organização.
18. As mudanças reversíveis são aquelas que podem ser desfeitas a
qualquer momento, ou seja, é possível retornar ao seu estado original.
Um exemplo são as alterações feitas em um determinado procedimento
interno da empresa.
Já as irreversíveis não podem ser desfeitas facilmente. Por exemplo,
alterações na estrutura organizacional da empresa.
Por isso os tomadores de decisão precisam identificar qual tipo de
mudança será implementada antes de iniciar o ciclo.
20. EXISTEM DIVERSOS MOTIVOS PARA INVESTIR NA
TÉCNICA PDCA E TODOS ELES ESTÃO RELACIONADOS À
IDEIA DE MELHORIA CONTÍNUA DOS PROCESSOS DE UMA
EMPRESA.
1 - Identificação de melhorias
adicionais
Com o ciclo PDCA, a empresa pode
identificar formas diferenciadas de
solucionar determinado problema.
Isso ocorre porque as etapas serão
aplicadas continuamente de forma
cíclica e, em cada novo ciclo, novas
formas de melhoria serão
identificadas e implementadas.
2 – Evita a tomada de decisão por
impulso
A necessidade de seguir todas as etapas
na ordem correta transforma o ato de
tomar decisões menos impulsivo.
Assim, os gestores são educados a
serem mais pacientes durante um
processo de melhoria. Isso torna todo o
processo mais natural e menos
estressante.
21. 3 – Evita o desperdício de
recursos
A reflexão que é feita nas
etapas iniciais e o
processo de melhoria
contínua impedem que
mudanças inadequadas
sejam feitas. Isso evita
que os recursos da
empresa sejam
desperdiçados com a
aplicação de soluções
ineficientes.
4 – Prioriza a medição
Como dito pelo guru da
administração, Peter
Drucker, “o que não se pode
medir, não se pode
gerenciar”. Ou seja, para
uma boa gestão é essencial a
mensuração de dados e
resultados, o que é
priorizado no ciclo PDCA da
qualidade.
5 – Ampla possibilidade de
uso
O ciclo PDCA pode ser
aplicado em qualquer setor
de uma empresa, criando
uma espécie de integração
entre os departamentos, e
até na vida pessoal.
Sabe aquela dieta que você
está planejando desde o
início do ano? Com o ciclo
PDCA ficará mais fácil
colocá-la em prática.
22. CUIDADOS NECESSÁRIOS
É importante que a equipe e os líderes tenham alguns cuidados durante o ciclo.
Como por exemplo a escolha de profissionais adequados para compor a equipe e o
investimento em treinamentos constantes para a dominação e atualização dos
métodos usados ao longo do processo.
Além disso, não quebrar o ciclo é imprescindível! Não adianta nada fazer um belo
trabalho e depois deixar de lado. O planejamento, execução, ação, verificação e
ajuste devem ser constantes e sem interrupções.
25. O ciclo PDCA garante às empresas a transformação de problemas em
oportunidades de melhoria. Desse modo, o estresse criado pela aflição
diante de uma dificuldade é substituído pela vontade de melhorar
constantemente.
Além disso, o ciclo envolve gestores e colaboradores em geral na busca
de soluções. Isso transforma a empresa em uma só equipe, tornando-a
responsável pela qualidade contínua de um processo específico.
Até mais!