Este documento discute os conceitos básicos de sistemas elétricos e eletrônicos, incluindo geradores e receptores, bons e maus condutores elétricos, corrente elétrica, resistência elétrica, lei de Ohm, potência elétrica, ímanes, indução eletromagnética, produção e distribuição de eletricidade, componentes eletrônicos, reóstatos e os principais efeitos da corrente elétrica.
2. Índice
-Geradores e Receptores
-Bons e Maus Condutores Eléctricos
-Corrente Eléctrica
-Amperímetro e Voltímetro nos Circuitos Eléctricos
-Resistência Eléctrica
-Lei de Ohm
-Factores de que Depende a Resistência Eléctrica de um Condutor
-Potência Eléctrica
-Ímanes e Agulhas Magnéticas
-Indução Electromagnética
-Produção, Transporte e distribuição de Electricidade
-Componentes Electrónicos
-Reóstatos
-Efeitos da Corrente Eléctrica
-Efeito Fisiológico do Corpo Humano
-Efeito Químico
-Efeito Magnético
-Efeito Luminoso
-Efeito Térmico
2
3. Geradores e Receptores
Os geradores ou fontes de energia criam uma corrente eléctrica num
circuito eléctrico. Os receptores, por sua vez, recebem energia do
gerador e transferem-na para a vizinhança, na forma de luz, calor, som
ou movimento. Para que haja corrente eléctrica num circuito tem de
existir, obrigatoriamente, um percurso fechado. É por isso que todos os
componentes de um circuito têm dois terminais para estabelecer as
ligações (Fig. 1 e 2).
Fig. 1 – Pilha – Lâmpada Fig. 2 – Pilha – Resistência
3
4. Bons e Maus Condutores Eléctricos
Todos os materiais através dos quais a corrente eléctrica consegue
passar são bons condutores eléctricos. Da mesma forma, os materiais
através dos quais a corrente eléctrica não consegue passar são maus
condutores eléctricos, ou isoladores.
4
5. Corrente Eléctrica
No nosso dia-a-dia falamos muitas vezes de corrente eléctrica. Diz-
se, de uma forme geral, que a corrente eléctrica é um movimento
orientado de partículas com carga eléctrica – electrões ou iões –
através de um meio (Fig. 3 e 4).
Fig. 3 – Corrente Eléctrica Fig. 4 – Corrente Eléctrica
5
6. Alessandro Volta (1745 -1827), professor de Física da Universidade de
Pavia, inventou a pilha (Fig. 5 e 6).
Luigi Galvani (1737 – 1798) observou que as coxas das rãs, ao tocarem
em metais contraíam-se: estavam a ser atravessadas por corrente
eléctrica (Fig. 7).
Fig. 5 – Alessandro Volta e a sua pilha Fig. 7 – Luigi Galvani e a sua observação
Fig. 6 – Pilha de Volta
6
7. Sentido real e convencional da corrente (Fig. 8):
Fig. 8 – Sentido real e convencional da corrente
7
8. Amperímetros e Voltímetros nos Circuitos Eléctricos
Para medir a intensidade da corrente eléctrica é essencial instalar
correctamente um amperímetro num circuito eléctrico. De igual
modo, para medir a tensão ou diferença de potencial, é essencial
instalar correctamente um voltímetro num circuito eléctrico (Fig. 9, 10 e
11).
Fig. 9 – Intensidade de Corrente Fig. 10 – André-Marie Ampère
Fig. 11 – Amperímetros no Circuitos
8
9. A tensão ou diferença de potencial relaciona-se com a energia que
um gerador pode fornecer ao circuito por cada unidade de carga que
o atravessa (Fig. 12 e 13).
Fig. 12 – Alessandro Volta Fig. 13 – Voltímetros no Circuito
9
10. Resistência Eléctrica
Circuitos alimentados pela mesma tensão podem ter correntes
eléctricas com intensidades muito diferentes. Isto deve-se às diferentes
resistências dos condutores À passagem de corrente eléctrica.
A resistência eléctrica de um condutor traduz a maior ou menor
oposição que esse condutor oferece à passagem de corrente eléctrica
(Fig. 14 e 15).
Fig. 14 – Resistência Eléctrica Fig. 15 – Georg Simon Ohm
10
11. Pode-se medir a resistência eléctrica através de dois processos, directo
ou indirecto (Fig. 16).
Medição directa de uma resistência: multímetro digital a funcionar
como ohmímetro (Fig. 17).
Medição indirecta de uma resistência: a partir da intensidade de
corrente e da tensão (Fig. 18).
Fig. 16 – Medição da Resistência
Fig. 17 – Processo Directo Fig. 18 – Processo Indirecto
11
12. Lei de Ohm
A diferença de potencial nos terminais que qualquer condutor
metálico filiforme e homogéneo, a temperatura constante, é
directamente proporcional à intensidade da corrente que o percorre.
Condutores óhmicos, a resistência não depende da tensão
aplicada, ou seja, é constante (Fig. 19).
Condutores não - óhmicos, a resistência depende da tensão
aplicada, ou seja, não é constante (Fig. 20).
Fig. 19 – Condutores Óhmicos Fig. 20 – Condutores Não - Óhmicos
12
13. Factores de que Depende a Resistência Eléctrica de
um Condutor
A resistência eléctrica de um condutor, uma grandeza física cujo
símbolo é R, traduz a maior ou menor oposição que o condutor oferece
ao movimento das respectivas partículas com carga
eléctrica, responsável pela corrente eléctrica.
13
14. Potência Eléctrica
Sempre que um receptor de energia está em funcionamento, existe
uma diferença de potencial entre os seus terminais e é percorrido por
corrente eléctrica com uma certa intensidade. O produto da diferença
de potencial nos terminais de um receptor pela intensidade de corrente
que o percorre é igual ao valor da potência desse receptor.
14
15. Ímanes e Agulhas Magnéticas
Uma agulha magnética pode rodar facilmente em torno de um eixo.
Quando a agulha é colocada próximo de um íman, pólo norte da
agulha é atraído pelo pólo sul do íman e o pólo sul da agulha é atraído
pelo pólo norte do íman.
Na região à volta do íman há um campo magnético que se manifesta
pelas forças magnéticas ou magnetizáveis que actuam sobre os
materiais.
15
16. Indução Electromagnética
Produz-se uma corrente induzida quando um íman se aproxima ou se
afasta de uma bobina fixa, ou, então, uma bobina se aproxima ou se
afasta de um íman fixo. O sentido da corrente depende do sentido do
movimento do íman (ou da bobina). Se o movimento for feito ora num
sentido ora noutro, a corrente muda periodicamente de sentido – gerar-
se-á corrente alternada.
16
17. Produção, Transporte e Distribuição de Electricidade
A corrente eléctrica tem de percorrer grandes distâncias desde as
centrais eléctricas até às nossas casa e instalações industriais, havendo
perdas de energia por efeito Joule. Para as evitar é necessário diminuir a
intensidade de corrente (Fig. 21 e 22).
Fig. 21 – Central Hidroeléctrica Fig. 22 – Central Termoeléctrica
17
19. Componentes Electrónicos
Os componentes electrónicos são dispositivos muito pequenos que
funcionam normalmente com corrente contínua de baixa intensidade e
baixa diferença de potencial. Convém conhecer estes
componentes, qual a sua função e como se instalam correctamente
nos circuitos.
19
20. Reóstatos
A resistência de um condutor relaciona-se com a tensão nos seus
terminais e com a intensidade de corrente que o atravessa.
Os reóstatos são dispositivos cujo funcionamento se baseia na variação
da resistência dos condutores com o seu comprimento.
20
21. Efeitos da Corrente Eléctrica
É fundamental conhecer os diferentes efeitos provocados pela
passagem de corrente eléctrica em meios condutores, uma vez que
estes efeitos têm aplicações importantes no nosso dia-a-dia.
21
22. Efeito Fisiológico no Corpo Humano
O efeito da corrente eléctrica no corpo humano depende (Fig. 24):
- da duração do choque;
- do percurso da corrente;
- do tipo de corrente;
- da frequência da corrente alternada.
Uma corrente eléctrica que atravessa o corpo humano pode (Fig. 25):
- danificar tecidos;
- provocar coágulos sanguíneos;
- paralisar a respiração e os músculos.
Fig. 24 – Efeito Fig. 25 – Efeito
22
23. Efeito Químico
A corrente eléctrica pode provocar reacções químicas.
Electrólise: decomposição de uma substância composta nas
respectivas substâncias simples por acção da corrente eléctrica (Fig.
26).
Fig. 26 – Efeito Químico
23
24. Efeito Magnético
Efeito magnético da corrente eléctrica: cria-se um campo magnético
à volta de um fio percorrido por corrente eléctrica.
O efeito magnético, evidenciado pelo desvio da agulha
magnética, está na base do funcionamento da vários aparelhos
eléctricos (Fig. 27).
Fig. 27 – Efeito Magnético
24
25. Efeito Luminoso
O efeito luminoso da corrente eléctrica manifesta-se na iluminação
(Fig. 28).
Fig. 28 – Efeito Luminoso
25
26. Efeito Térmico
Efeito Joule – um material condutor eléctrico aquece quando é
percorrido por corrente eléctrica (Fig. 29).
Fig. 29 – Efeito Térmico
26