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Chico Xavier

Um Homem Chamado Amor
A família de Chico Xavier
             Casal humilde típico do
               interior do Brasil.
             Ambos de fé católica;
               viviam cheios de
               filhos, de pobreza de
               harmonia, numa
               pequena casa térrea.
             Foi alí, que em
               2/4/1910, nasceu um
               menino, que recebeu
               o nome de Francisco.
O desencarne de D. Maria João de
             Deus
                  ‘Eu estava de pé, no pé da
                 cama, e o queixo encostado
                 na madeira. Na cabeceira do
                 leito, minha mãe me olhava. E
                 eu lhe disse palavras muito
                 duras para um menino: Por
                 que a senhora, mamãe, está
                 dando seus filhos para os
                 outros? Não quer mais seus
                 filhos, é isso?’

                 “Se qualquer pessoa falar que
                 eu morri, é mentira. Não
                 acredite. Vou ficar quieta,
                 dormindo, não responderei a
                 ninguém, mas não vou
                 morrer”.
Para onde vai o pequeno Chico?
Para casa da Madrinha, D.
Rita de Cássia, velha amiga
de sua mãe.

Ali começariam as
atribulações do menino, cuja
infância é curtida com os mais
atrozes castigos e
humilhações.

Chico estava destinado a altos
vôos: tornar-se um professor
de humildade, mas para
chegar até lá, precisava
passar no vestibular do
sofrimento. D. Rita seria uma
professora intransigente.
A vida com Dona Ritinha
“Ao me levantar, pela manhã, eu não me
aninava em tomar café; ficava esperando a
primeira surra do dia. Depois, sim, tomava meu
café com aquela alegria de já haver pago uma
parcela.”

“Esse menino está com o diabo no corpo”-
refrão constante a cada surra, e, obrigava o
menino a longos jejuns.

O sofrimento ia polindo o menimo.
Mas a capacidade de resistência de
     uma criança é limitada…
                   Um dia, angustiado e
                   com o corpo cheio de
                   vergões, Chico correu
                   para o fundo do quintal.

                   Ia refugiar-se à sombra
                   das bananeiras e
                   começou a orar.

                   Pouco depois, viu D.
                   Maria João a seu lado e
                   lembrou-se de suas
                   palavras de que não ia
                   morrer.
Orientações Maternas
“Quero ir embora daqui mamãe, só vivo
apanhando…”
A mãe recomendou-lhe paciência: “Quem
não sofre não aprende”.
“Minha madrinha diz que estou com o
diabo no corpo…”
“Não se importe. Tudo passa e, se tiver
paciência Jesus nos ajudará para
ficarmos sempre juntos.”
Depois desse dia, Chico nunca
       mais reclamou.
E nem mais chorou. Suportava tudo
calado, de olhos secos.
Ante essa reção, D. Rita, mudou o refrão:
“Chico é tão cínico que não chora nem
mesmo a pescoção.
Ele se defendia dizendo que toda vez que
suportava a surra sem chorar, via sua
mãe. A partir daí começaram a chamá-lo
de menino aluado.
A ferida de Moacir
Filho adotivo de D. Rita, nesta época
andava com 12 anos.
Há muito ele tinha uma ferida crônica na
perna. Não havia remédio capaz de sará-
la.
D. Rita recorreu a uma antiga curandeira
que naquele caso só uma simpatia daria
certo: uma criança deveria lamber a ferida
por 3 sextas-feiras seguidas em jejum.
“Durante três sextas-feiras seguidas, em jejum,
tive de fazer aquela coisa horrível. Fecheva os
olhos e pedia forças ao espírito de mamãe e
começava a lamber a perna do menino
 Foi duro. Na hora, tive muita raiva da minha
língua não ser maior, para acabar com o
suplício. Felizmente, a danada da ferida
começou a sarar na terceira sexta-feira, e eu
não precisei fazer mais aquilo.
E pedi para minha mãe para dar um jeito de
ninguém mais ter ferida , pelo menos em Pedro
Leopoldo”.
“Primeiro tratamento com carinho
        em dois anos…”
“Muito bem Chico. Você obedeceu
direitinho, louvado seja Deus!”
E durante uma semana o menino não
apanhou.
Mais alguns meses e ele estaria livre da
tirania da madrinha. Seu pai se casaria
novamente.
“Dona Rita foi minha educadora”.
A nova madrasta de Chico
          Dona Cidália
Era uma mulher de grande coração, que escondia sob a
sua simplicidade um espírito sagaz, carente apenas de
instrução.
Chico era uma criança estranha, vivia falando de suas
visões, contava como em sonhos se deslocava até
lugares de paisagens diferentes das de Pedro Leopoldo.
“Ela me disse que não entendia aquilo, mas que
acreditava em mim. E disse uma coisa que de não
esqueço : Olha , Chico, eu não entendo nada disso,
ninguém entende, mas você é um menino inocente e
está dizendo a verdade. Um dia, quem sabe? Vai
aparecer alguém que entenda e explique as suas visões
e as vozes que você ouve”.
Na escola
Muitas vezes, durante as
aulas, Chico ouvia vozes
de espirítos, ou sentia
mãos sobre as suas,
guiando-lhe os
movimentos na escrita,
sem que os demais
alunos percebessem.
“Isso me criava muitos
constrangimentos”.
O encontro de Chico Xavier com a
        Doutrina Espírita
 Em 1927, Chico já era um rapazinho, sua irmã
 mais nova, Maria da Conceição, caiu
 gravamente doente. Tinha violentos acessos de
 loucura.
 Os espíritas diziam que se tratava de um caso
 de obsessão. Tratada por diversos médicos, não
 apresentava nenhum sinal de melhora.
 E assim acabaram aceitando oferecimento de
 um casal de médiuns, Hermínio e Carmen
 Perácio.
 Graças a esta obsessão, a família Xavier
 começou a travar intimidade com o Espiritismo.
Novas diretrizes
Na primeira sessão realizada na casa de
João Cândido, reaparece a mãe de Chico,
através da mediunidade de D. Carmen,
dirigindo longa mensagem ao marido e
aos filhos, em especial a Chico,
comunicando-lhe os novos caminhos que
deveria percorrer.
Os três períodos na vida mediúnica
 “Primeiro, de completa
 incompreensão para mim, é
 aquele que com apenas 5
 anos via minha mãe;
 O segundo de 1928 a 31 no
 qual psicografei centenas de
 mensagens que os benfeitores
 mais tarde determinaram que
 fossem inutilizadas, pois eram
 apenas exercícios;
 Terceiro, começou com a
 presença de Emmanuel que
 assumiu o encargo de direção
 de todas atividades
 mediúnicas
Fundação de um Centro
Após um mês, os companheiros que estavam presentes
na primeira reunião em casa da família Xavier decidiram
fundar um Centro.

Restava escolher um presidente. Pensaram em Perácio,
mas ele residia a 100 km de Pedro Leopoldo.

Foi então que um companheiro de faces avermelhadas,
ofereceu-se para dirigir o Centro.

Surgia o Centro Espírita Luiz Gonzaga.
A primeira psicografia
“Obedeci ao conselho recebido e , de
imediato, um amigo espiritual, escreveu
17 pgs, usando minha mão, com grande
surpresa de minha parte, conquanto
registrasse fenômenos mediúncos em
minha experiência pessoal desde a
infância”. (08/07/1927).
Todo aprendizado é um exercício
         de paciência
O exercício era extenuante.

O médium tinha de se amoldar,
digamos , às mãos dos espíritos.
Pior que carregar pedra.

Chico sentia como se se um cinto
de ferro fosse lhe comprimindo a
cabeça aos poucos.

 O braço parecia se mineralizar,
virar uma barra de ferro, pesado,
mas arrastado por uma força
muito grande.

O estado psicológico oscilava
entre extremos de bom e mau
humor.
Haveria interferência do
 subconsciente do médium nas
    mensagens recebidas?
É possível. Tanto assim que, durante os
quatro primeiros anos que durou a
aprendizagem, os espíritos não
assinavam as mensagens.
Durante estes anos, Chico trabalhou firme
no Centro Luiz Gonzaga.
Visão simbólica da missão
Aos poucos, Chico foi aperfeiçoando sua
faculdade de psicografia.
Numa reunião de janeiro de 1929, dona
Carmem Perácio, teve uma visão: “
Afirmou nossa irmã que vira muitos livros
em torno de mim, trazidos por amigos
desencarnados. Eu não tinha qualquer
pensamento a respeito do assunto…”
Encontro com Emmanuel
            Em fins de 1931, o
            médium descansava
            debaixo de uma árvore,
            quando viu um espírito se
            aproximar
            Vestia-se com uma túnica
            semelhante a dos padres
            e indagou se ele estaria
            resolvido a utilizar sua
            mediunidade na difusão
            do Evangelho de Jesus.
Como passou a sua mediunidade
psicógrafa dessa fase de indesição
    para a segurança precisa?
Quando Emmanuel assumiu o
comando de minhas modestas
faculdades, tudo ficou mais
claro, mais firme.
Ele apareceu em minha vida
mediúnica assim como alguém
que viesse completar a minha
real visão da vida.
Até a chegada de Emmanuel,
minha tarefa mediúnica, era
semelhante a uma cerâmica
em fase de experiências, sem
um técnico eficiente na
direção.
Qual a metodologia que Emmanuel
tem seguido em seu desenvolvimento
            mediúnico?
Estudo e
trabalho, com
disciplina e
dever cumprido.
“Chico você conhece um
passarinho chamado sofrê?”
              “ A tentativa é desaconselhável e
              inoportuna, mas não desejamos
              que contraries teu pai. Ganharás
              experiências que muito
              necessitas.

              Não abandones a prática da
              oração. Estaremos contigo através
              da prece.

              Volte a P. Leopoldo e vamos
              trabalhar, vc ñ é um sofrê, mas
              precisa sofrer para aprender.”



              Janeiro de 1933, pouco após o
              Lançamento de Parnaso além Túmulo.
Chico Xavier e as críticas
“A princípio me afligi com essas críticas, mas o nosso
Emmanuel acalmou-me dizendo que dar muita resposta
sobre o caso, seria perder tempo. E acentuou que todos
os inimigos do Espiritismo, quando sinceros, mudam de
opinião depois de desencarnados.

Isso tem acontecido muito nestes pobres quarenta anos
de mediunidade. Muitos inimigos gratuitos de nossa
Doutrina, que tantas vezes nos ridicularizaram,me
visitam atualmente em espírito e me encorajam a servir
na obra de Emmanuel, fazendo-me, muitas vezes,
chorar de reconhecimento e emoção”.
Nunca foram as suas faculdades
    mediúnicas experimentadas em efeitos
                  físicos?
“Sim,de 1952 a 1953, cooperei
com alguns amigos íntimos em
diversas reuniões de efeitos
físicos, entretanto, após 2 anos
Emmanuel solicitou encerrácemos
essa fase de meus pobres
recursos psíquicos, para não
interromper os serviços do livro
mediúnico.

Alegou o caro mentor que o nosso
entusiasmo crescente pelos
fenômenos, estava a ponto de
descambar para a curiosidade
improdutiva e que isso ameaçava
o trabalho já instalado por ele e
outros benfeitores espirituais para
a formação dos livros espíritas.
E o trabalho de desobsessão é
   aprovado por Emmanuel?
“Ensina-me que é o
melhor meio de
harmonizar-me com
irmãos desencarnados
que não simpatizam
comigo e de obter a
tolerância daqueles
espíritos a quem ofendi
em minhas existências
passadas e que
naturalmente me
abservam ou seguem do
M. Esp. como
adversários
aparentemente gratuitos”.
Conseguiria você dizer em que matéria
Emmanuel é mais exigente com você, como
               educador?
 No trato para com os outros, porque diz ele que,
 no trato com o próximo, a Luz do Evangelho de
 Jesus, deve ser comunicada de quem fala para
 quem ouve.
 Quando converso com qualquer pessoa em voz
 áspera, com impaciência, com agressividade,
 com anotações de malidicência ou azedume,
 ele deixa passar os meus momentos infelizes
 e, depois, principalmente quando entro em
 meditações e preces da noite, ele me
 repreende severamente, lamentando as
 minhas faltas.
Médiuns e Privilégios

“ O senhor quer dizer que embora eu seja médium e veja o sr. ao
meu lado com tanta bondade, não posso esperar a intervenção do
plano em meu benefício próprio?”

“Porque você receberia privilégios por ser médium? A intervenção
do plano está operando em vosso favor sustentando as suas
forças, através do magnetismo curativo e orientando as ações dos
oculistas que nos amparam.

A condição de médium não exonera você da necessidade de lutar e
sofrer, em seu benefício próprio, como acontece às outras criaturas
que estão no plano físico.

(…) se formos esperar pela saúde perfeita a fim de trabalhar,
quando aprenderemos a cumprir os nossos deveres(…) no estado
de evolução deficitário em que nos encontramos(…)
O coração é nosso, o rosto é dos
           outros…
Qual a postura espírita
diante do sofrimento?

O médium experiente na
arte de enfrentar as dores
do mundo respondeu:
sabemos que o
sofrimento faz parte da
existência humana. Por
isso, o espírita consciente
chora escondido. Depois,
 lava o rosto e vai atender
sorrindo a multidão.
“Qual a sua maior alegria em sua
        vida mediúnica?”
Se verificou ao término do livro
“Paulo e Estevão”, em 1941,
quando os benfeitores esp.
permitiram contemplar quadros do
mundo espiritual que ficaram para
mim inesquecíveis.

Outra grande emoção foi a ida em
espírito, em companhia de
Emmanuel e André Luiz até região
de “Nosso Lar”, em 08/43, não por
merecimento de minha parte, mas
para que em minha ignorância, eu
não entravasse o trabalho de
André Luiz, por meu intermédio,
pois eu estava sentindo muita
perplexidade, no início da obra.
Um beijo de Amor Celeste na face
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Chico Xavier: o homem e sua mediunidade

  • 1. Chico Xavier Um Homem Chamado Amor
  • 2. A família de Chico Xavier Casal humilde típico do interior do Brasil. Ambos de fé católica; viviam cheios de filhos, de pobreza de harmonia, numa pequena casa térrea. Foi alí, que em 2/4/1910, nasceu um menino, que recebeu o nome de Francisco.
  • 3. O desencarne de D. Maria João de Deus ‘Eu estava de pé, no pé da cama, e o queixo encostado na madeira. Na cabeceira do leito, minha mãe me olhava. E eu lhe disse palavras muito duras para um menino: Por que a senhora, mamãe, está dando seus filhos para os outros? Não quer mais seus filhos, é isso?’ “Se qualquer pessoa falar que eu morri, é mentira. Não acredite. Vou ficar quieta, dormindo, não responderei a ninguém, mas não vou morrer”.
  • 4. Para onde vai o pequeno Chico? Para casa da Madrinha, D. Rita de Cássia, velha amiga de sua mãe. Ali começariam as atribulações do menino, cuja infância é curtida com os mais atrozes castigos e humilhações. Chico estava destinado a altos vôos: tornar-se um professor de humildade, mas para chegar até lá, precisava passar no vestibular do sofrimento. D. Rita seria uma professora intransigente.
  • 5. A vida com Dona Ritinha “Ao me levantar, pela manhã, eu não me aninava em tomar café; ficava esperando a primeira surra do dia. Depois, sim, tomava meu café com aquela alegria de já haver pago uma parcela.” “Esse menino está com o diabo no corpo”- refrão constante a cada surra, e, obrigava o menino a longos jejuns. O sofrimento ia polindo o menimo.
  • 6. Mas a capacidade de resistência de uma criança é limitada… Um dia, angustiado e com o corpo cheio de vergões, Chico correu para o fundo do quintal. Ia refugiar-se à sombra das bananeiras e começou a orar. Pouco depois, viu D. Maria João a seu lado e lembrou-se de suas palavras de que não ia morrer.
  • 7. Orientações Maternas “Quero ir embora daqui mamãe, só vivo apanhando…” A mãe recomendou-lhe paciência: “Quem não sofre não aprende”. “Minha madrinha diz que estou com o diabo no corpo…” “Não se importe. Tudo passa e, se tiver paciência Jesus nos ajudará para ficarmos sempre juntos.”
  • 8. Depois desse dia, Chico nunca mais reclamou. E nem mais chorou. Suportava tudo calado, de olhos secos. Ante essa reção, D. Rita, mudou o refrão: “Chico é tão cínico que não chora nem mesmo a pescoção. Ele se defendia dizendo que toda vez que suportava a surra sem chorar, via sua mãe. A partir daí começaram a chamá-lo de menino aluado.
  • 9. A ferida de Moacir Filho adotivo de D. Rita, nesta época andava com 12 anos. Há muito ele tinha uma ferida crônica na perna. Não havia remédio capaz de sará- la. D. Rita recorreu a uma antiga curandeira que naquele caso só uma simpatia daria certo: uma criança deveria lamber a ferida por 3 sextas-feiras seguidas em jejum.
  • 10. “Durante três sextas-feiras seguidas, em jejum, tive de fazer aquela coisa horrível. Fecheva os olhos e pedia forças ao espírito de mamãe e começava a lamber a perna do menino Foi duro. Na hora, tive muita raiva da minha língua não ser maior, para acabar com o suplício. Felizmente, a danada da ferida começou a sarar na terceira sexta-feira, e eu não precisei fazer mais aquilo. E pedi para minha mãe para dar um jeito de ninguém mais ter ferida , pelo menos em Pedro Leopoldo”.
  • 11. “Primeiro tratamento com carinho em dois anos…” “Muito bem Chico. Você obedeceu direitinho, louvado seja Deus!” E durante uma semana o menino não apanhou. Mais alguns meses e ele estaria livre da tirania da madrinha. Seu pai se casaria novamente. “Dona Rita foi minha educadora”.
  • 12. A nova madrasta de Chico Dona Cidália Era uma mulher de grande coração, que escondia sob a sua simplicidade um espírito sagaz, carente apenas de instrução. Chico era uma criança estranha, vivia falando de suas visões, contava como em sonhos se deslocava até lugares de paisagens diferentes das de Pedro Leopoldo. “Ela me disse que não entendia aquilo, mas que acreditava em mim. E disse uma coisa que de não esqueço : Olha , Chico, eu não entendo nada disso, ninguém entende, mas você é um menino inocente e está dizendo a verdade. Um dia, quem sabe? Vai aparecer alguém que entenda e explique as suas visões e as vozes que você ouve”.
  • 13. Na escola Muitas vezes, durante as aulas, Chico ouvia vozes de espirítos, ou sentia mãos sobre as suas, guiando-lhe os movimentos na escrita, sem que os demais alunos percebessem. “Isso me criava muitos constrangimentos”.
  • 14. O encontro de Chico Xavier com a Doutrina Espírita Em 1927, Chico já era um rapazinho, sua irmã mais nova, Maria da Conceição, caiu gravamente doente. Tinha violentos acessos de loucura. Os espíritas diziam que se tratava de um caso de obsessão. Tratada por diversos médicos, não apresentava nenhum sinal de melhora. E assim acabaram aceitando oferecimento de um casal de médiuns, Hermínio e Carmen Perácio. Graças a esta obsessão, a família Xavier começou a travar intimidade com o Espiritismo.
  • 15. Novas diretrizes Na primeira sessão realizada na casa de João Cândido, reaparece a mãe de Chico, através da mediunidade de D. Carmen, dirigindo longa mensagem ao marido e aos filhos, em especial a Chico, comunicando-lhe os novos caminhos que deveria percorrer.
  • 16. Os três períodos na vida mediúnica “Primeiro, de completa incompreensão para mim, é aquele que com apenas 5 anos via minha mãe; O segundo de 1928 a 31 no qual psicografei centenas de mensagens que os benfeitores mais tarde determinaram que fossem inutilizadas, pois eram apenas exercícios; Terceiro, começou com a presença de Emmanuel que assumiu o encargo de direção de todas atividades mediúnicas
  • 17. Fundação de um Centro Após um mês, os companheiros que estavam presentes na primeira reunião em casa da família Xavier decidiram fundar um Centro. Restava escolher um presidente. Pensaram em Perácio, mas ele residia a 100 km de Pedro Leopoldo. Foi então que um companheiro de faces avermelhadas, ofereceu-se para dirigir o Centro. Surgia o Centro Espírita Luiz Gonzaga.
  • 18. A primeira psicografia “Obedeci ao conselho recebido e , de imediato, um amigo espiritual, escreveu 17 pgs, usando minha mão, com grande surpresa de minha parte, conquanto registrasse fenômenos mediúncos em minha experiência pessoal desde a infância”. (08/07/1927).
  • 19. Todo aprendizado é um exercício de paciência O exercício era extenuante. O médium tinha de se amoldar, digamos , às mãos dos espíritos. Pior que carregar pedra. Chico sentia como se se um cinto de ferro fosse lhe comprimindo a cabeça aos poucos. O braço parecia se mineralizar, virar uma barra de ferro, pesado, mas arrastado por uma força muito grande. O estado psicológico oscilava entre extremos de bom e mau humor.
  • 20. Haveria interferência do subconsciente do médium nas mensagens recebidas? É possível. Tanto assim que, durante os quatro primeiros anos que durou a aprendizagem, os espíritos não assinavam as mensagens. Durante estes anos, Chico trabalhou firme no Centro Luiz Gonzaga.
  • 21. Visão simbólica da missão Aos poucos, Chico foi aperfeiçoando sua faculdade de psicografia. Numa reunião de janeiro de 1929, dona Carmem Perácio, teve uma visão: “ Afirmou nossa irmã que vira muitos livros em torno de mim, trazidos por amigos desencarnados. Eu não tinha qualquer pensamento a respeito do assunto…”
  • 22. Encontro com Emmanuel Em fins de 1931, o médium descansava debaixo de uma árvore, quando viu um espírito se aproximar Vestia-se com uma túnica semelhante a dos padres e indagou se ele estaria resolvido a utilizar sua mediunidade na difusão do Evangelho de Jesus.
  • 23. Como passou a sua mediunidade psicógrafa dessa fase de indesição para a segurança precisa? Quando Emmanuel assumiu o comando de minhas modestas faculdades, tudo ficou mais claro, mais firme. Ele apareceu em minha vida mediúnica assim como alguém que viesse completar a minha real visão da vida. Até a chegada de Emmanuel, minha tarefa mediúnica, era semelhante a uma cerâmica em fase de experiências, sem um técnico eficiente na direção.
  • 24. Qual a metodologia que Emmanuel tem seguido em seu desenvolvimento mediúnico? Estudo e trabalho, com disciplina e dever cumprido.
  • 25. “Chico você conhece um passarinho chamado sofrê?” “ A tentativa é desaconselhável e inoportuna, mas não desejamos que contraries teu pai. Ganharás experiências que muito necessitas. Não abandones a prática da oração. Estaremos contigo através da prece. Volte a P. Leopoldo e vamos trabalhar, vc ñ é um sofrê, mas precisa sofrer para aprender.” Janeiro de 1933, pouco após o Lançamento de Parnaso além Túmulo.
  • 26. Chico Xavier e as críticas “A princípio me afligi com essas críticas, mas o nosso Emmanuel acalmou-me dizendo que dar muita resposta sobre o caso, seria perder tempo. E acentuou que todos os inimigos do Espiritismo, quando sinceros, mudam de opinião depois de desencarnados. Isso tem acontecido muito nestes pobres quarenta anos de mediunidade. Muitos inimigos gratuitos de nossa Doutrina, que tantas vezes nos ridicularizaram,me visitam atualmente em espírito e me encorajam a servir na obra de Emmanuel, fazendo-me, muitas vezes, chorar de reconhecimento e emoção”.
  • 27. Nunca foram as suas faculdades mediúnicas experimentadas em efeitos físicos? “Sim,de 1952 a 1953, cooperei com alguns amigos íntimos em diversas reuniões de efeitos físicos, entretanto, após 2 anos Emmanuel solicitou encerrácemos essa fase de meus pobres recursos psíquicos, para não interromper os serviços do livro mediúnico. Alegou o caro mentor que o nosso entusiasmo crescente pelos fenômenos, estava a ponto de descambar para a curiosidade improdutiva e que isso ameaçava o trabalho já instalado por ele e outros benfeitores espirituais para a formação dos livros espíritas.
  • 28. E o trabalho de desobsessão é aprovado por Emmanuel? “Ensina-me que é o melhor meio de harmonizar-me com irmãos desencarnados que não simpatizam comigo e de obter a tolerância daqueles espíritos a quem ofendi em minhas existências passadas e que naturalmente me abservam ou seguem do M. Esp. como adversários aparentemente gratuitos”.
  • 29. Conseguiria você dizer em que matéria Emmanuel é mais exigente com você, como educador? No trato para com os outros, porque diz ele que, no trato com o próximo, a Luz do Evangelho de Jesus, deve ser comunicada de quem fala para quem ouve. Quando converso com qualquer pessoa em voz áspera, com impaciência, com agressividade, com anotações de malidicência ou azedume, ele deixa passar os meus momentos infelizes e, depois, principalmente quando entro em meditações e preces da noite, ele me repreende severamente, lamentando as minhas faltas.
  • 30. Médiuns e Privilégios “ O senhor quer dizer que embora eu seja médium e veja o sr. ao meu lado com tanta bondade, não posso esperar a intervenção do plano em meu benefício próprio?” “Porque você receberia privilégios por ser médium? A intervenção do plano está operando em vosso favor sustentando as suas forças, através do magnetismo curativo e orientando as ações dos oculistas que nos amparam. A condição de médium não exonera você da necessidade de lutar e sofrer, em seu benefício próprio, como acontece às outras criaturas que estão no plano físico. (…) se formos esperar pela saúde perfeita a fim de trabalhar, quando aprenderemos a cumprir os nossos deveres(…) no estado de evolução deficitário em que nos encontramos(…)
  • 31. O coração é nosso, o rosto é dos outros… Qual a postura espírita diante do sofrimento? O médium experiente na arte de enfrentar as dores do mundo respondeu: sabemos que o sofrimento faz parte da existência humana. Por isso, o espírita consciente chora escondido. Depois, lava o rosto e vai atender sorrindo a multidão.
  • 32. “Qual a sua maior alegria em sua vida mediúnica?” Se verificou ao término do livro “Paulo e Estevão”, em 1941, quando os benfeitores esp. permitiram contemplar quadros do mundo espiritual que ficaram para mim inesquecíveis. Outra grande emoção foi a ida em espírito, em companhia de Emmanuel e André Luiz até região de “Nosso Lar”, em 08/43, não por merecimento de minha parte, mas para que em minha ignorância, eu não entravasse o trabalho de André Luiz, por meu intermédio, pois eu estava sentindo muita perplexidade, no início da obra.
  • 33. Um beijo de Amor Celeste na face do Brasil