O documento apresenta 4 casos de estudantes que desenvolveram projetos inovadores: 1) Um site para venda-relâmpago de produtos e serviços de empresas; 2) O uso do bambu na construção de embarcações; 3) Um site seguro para crianças aprenderem sobre finanças; 4) Um banco de dados de DNA de microrganismos da biodiversidade brasileira.
2. Site Ippon
Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp)
Maria Alice Cabral Maia
Um dos maiores problemas das empresas que oferecem produtos e serviços é atingir seu ponto de equilíbrio –
quando a receita cobre os custos fixos e variáveis. Essa situação pode ocorrer por diversas razões, e foi pensando
nisso que Maria Alice Cabral Maia, de 20 anos, aluna da FGV-Eaesp, idealizou, há seis meses, o Ippon. Trata-se de
um site para divulgação de vendas-relâmpago de empresas que não atingiram seu ponto de equilíbrio. As ofertas
seriam postadas de acordo com a necessidade da companhia, visariam a um público-alvo específico e ficariam no
ar por poucas horas. “O Ippon tem por objetivo a sustentabilidade financeira de negócios, e a venda-relâmpago é
um meio de alcançar isso, cobrindo os custos ou maximizando o lucro das empresas parceiras”, conta a aluna.
3. Embarcações em bambu
Marcelo Cadori
Universidade do Vale do Itajaí (Univali)
O alto custo das madeiras nobres e o longo ciclo de crescimento delas levaram Marcelo Cadori, de 41 anos, aluno
do curso de Tecnologia em Construção Naval da Univali, a estudar alternativas para a construção de embarcações
de lazer – aquelas com até 5 metros de comprimento, como canoas e caiaques. Ele identificou, então, o bambu
como substituto da madeira. “Enquanto o cedro necessita de,no mínimo, 12 anos para o corte, o bambu gigante
permite seu primeiro corte após seis anos. Além disso, não precisa ser replantado, e todos os anos são colhidos
vários colmos maduros na mesma planta”, explica o estudante. Ele também conta que o bambu é muito utilizado
na China, onde é altamente valorizado, e que oferece material de qualidade mecânica e
estética tão eficiente quanto as madeiras nobres. Para a construção, são usados laminados de bambu
processados a partir de uma máquina de marcenaria. “O uso do bambu colabora para o desenvolvimento
sustentável da sociedade”, finaliza.
4. Site BrinqueLink
Luciana Alves de Lima Maniá
Universidade de São Paulo (USP)
Criar um site para as crianças aprenderem a lidar com o dinheiro e deixar os pais tranqüilos em relação ao
conteúdo. Esse é o principal objetivo de Luciana Alves de Lima Maniá, de 26 anos, que cursa MBA em Gestão e
Engenharia de Produtos e Serviços na Escola Politécnica da USP. “Trata-se do primeiro buscador voltado
exclusivamente para o público Infantojuvenil. É uma opção de entretenimento seguro para as crianças, aliada ao
desenvolvimento de sua capacidade de negócios”, conta a pós-graduanda. Pelo site, crianças de 6 a 12 anos terão
uma conta, por meio do pagamento de uma assinatura, na qual os pais poderão depositar uma mesada. Quando
for efetuar a compra do produto em uma loja virtual parceira, a criança seleciona a opção de pagar com seu
cartão da BrinqueLink e o site repassa o valor do produto para a empresa. Os pais receberão relatórios periódicos
sobre o acesso do filho.
5. Banco de dados da biodiversidade brasileira
Marcos Oliveira de Carvalho
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Marcos Oliveira de Carvalho, de 32 anos, doutorando de pós-graduação em Genética e Biologia Molecular da
UFRGS, e o mestrando Luiz Felipe Valter de Oliveira, da mesma instituição, criaram um projeto que consiste em
produzir um banco de dados de DNA de genes presentes em microrganismos de locais de grande biodiversidade
no Brasil. O ponto de partida seria a análise metagenômica – técnica que estuda o ambiente dos microrganismos
– e depois, por meio de softwares, analisar cada genoma individualmente, para descobrir espécies. “Hoje,
perdemos a oportunidade de fazer novas pesquisas porque não temos os microrganismos identificados. Esse
material tem um valor incrível. Além de catalogarmos, nós vamos agregar informações técnicas para auxiliar a
pesquisa”, analisa Marcos. Posteriormente, esse banco de dados seria comercializado com as empresas
interessadas em obter essas informações. “Os dados serão nossos e vamos fazer uma espécie de aluguel da
informação”, diz. A proposta é pioneira porque fornece dados biotecnológicos em larga escala com potencial
comercial utilizando tecnologia genômica a partir da biodiversidade brasileira.