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As Perguntas Mais
Frequentes sobre
os Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável (ODS)?
ERRADICAÇÃO
DAPOBREZA
FOMEZERO
EAGRICULTURA
SUSTENTÁVEL
SAÚDE E
BEM-ESTAR QUALIDADE
EDUCAÇÃODE
DEGÊNERO
IGUALDADE
ESANEAMENTO
ÁGUAPOTÁVE L
ENERGIALIMPA
EACESSÍVEL
TRABALHODE CENTE
ECRESCIMENTO
ECONÔMICO
INDÚSTRIA,INOVAÇÃO
EINFRAESTRUTURA
REDUÇÃODAS
DESIGUALDADES
CIDADESE
COMUNIDADES
SUSTENTÁVEIS
CONSUMO E
PRODUÇÃO
RESPONSÁVEI S
AÇÃOCONTRA A
MUDANÇAGLOBAL
DOCLIMA
VIDANA
ÁGUA
VIDA
TERRESTRE
PAZ,JUSTIÇA E
INSTITUIÇÕE S
EFICAZES
PARCERIASEMEIOS
DEIMPLEMENTAÇÃO
Em setembro de 2015, chefes de Estado,
de Governo e altos representantes da Or-
ganização das Nações Unidas reuniram-­se
em Nova York e adotaram a Agenda 2030
para o Desenvolvimento Sustentável, a
qual inclui os Objetivos de Desenvolvi-
mento Sustentável (ODS). A nova Agen-
da de desenvolvimento propõe uma ação
mundial coordenada entre os governos, as
empresas, a academia e a sociedade civil
para alcançar os 17 ODS e suas 169 metas,
de forma a erradicar a pobreza e promover
vida digna para todos, dentro dos limites
do planeta. As informações apresentadas
a seguir esclarecem as principais dúvidas
que surgem quando falamos dos ODS: o
processo de formatação dos novos Obje-
tivos, a necessidade de continuar o traba-
lho iniciado pelos Objetivos de Desenvol-
vimento do Milênio (ODM) e as formas de
implementação e acompanhamento dos
novos Objetivos. Ao oferecer uma melhor
compreensão dos ODS, o PNUD Brasil re-
força que o desenvolvimento sustentável
só será alcançado mediante o envolvimen-
to, compromisso e ação de todos.
AsPerguntasMais
Frequentessobre
osObjetivosde
Desenvolvimento
Sustentável(ODS)?
Perguntas Mais Frequentes
Quais são os
elementos
subjacentes
dos Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável? 12
? 5
Como os Objetivos
de Desenvolvimento
Sustentável serão
acompanhados? 15
? 8
A sociedade civil
participou do
processo de
negociação da
nova Agenda de
desenvolvimento
sustentável. Como
podemos quantificar
sua contribuição para
o documento final? 13
? 6
Quanto custará
a implementação
da nova agenda de
desenvolvimento
sustentável? 16
? 9
Como serão
implementados
os Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável? 14
? 7
O que é
Desenvolvimento
Sustentável? 06
? 1
O que são os Objetivos
de Desenvolvimento
Sustentável? 07
? 2
Quando começam e
terminam os Objetivos
de Desenvolvimento
Sustentável? 10
? 3
Os Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável
são legalmente
vinculantes? 11
? 4
Como a mudança
do clima é
relacionada com o
desenvolvimento
sustentável? 17
? 10
Por quenovos
Objetivos foram
adotados em
2015? 18
? 11
Por que os ODS são
tão abrangentes em
comparação com os
ODM, os quais eram
muito específicos? 19
? 12
Como os ODS
diferenciam-se
dos ODM? 20
? 13
O que os ODM
alcançaram
globalmente? 21
? 14
Quais as lacunas
deixadas
pelos ODM
globalmente? 22
? 15
Quais as principais
conquistas em
relação aos ODMs no
Brasil?* 23
? 16
Por que as pessoas
e as organizações
devem se importar
com os ODS? 25
? 17
6
1. O que é Desenvolvimento
Sustentável?
O desenvolvimento sustentável é defi-
nido como o desenvolvimento que procu-
ra satisfazer as necessidades da geração
atual, sem comprometer a capacidade das
futuras gerações de satisfazerem as suas
próprias necessidades.
Desenvolvimento sustentável demanda
um esforço conjunto para a construção de
um futuro inclusivo, resiliente e sustentá-
vel para todas as pessoas e todo o planeta.
Para que o desenvolvimento sustentável
seja alcançado, é crucial harmonizar três
elementos centrais: crescimento econô-
mico, inclusão social e proteção ao meio
ambiente. Esses elementos são interliga-
dos e fundamentais para o bem-estar dos
indivíduos e das sociedades.
Erradicar a pobreza em todas as suas
formas e dimensões é um requisito indis-
pensável para o desenvolvimento susten-
tável. Para esse fim, deve haver a promoção
de um crescimento econômico sustentável,
inclusivo e equitativo, criando melhores
oportunidades para todos, reduzindo as
desigualdades, elevando padrões básicos
de vida, estimulando a inclusão e o desen-
volvimento social justo, e promovendo o
gerenciamento integrado e sustentável dos
recursos naturais e dos ecossistemas.
7
2. O que são os
Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável?
Os 193 países-membros das Nações Uni-
das adotaram oficialmente a nova agenda
de desenvolvimento sustentável, intitulada
“Transformando Nosso Mundo: A Agenda
2030 para o Desenvolvimento Sustentá-
vel”, na Cúpula de Desenvolvimento Sus-
tentável, realizada na sede da ONU em Nova
York, em setembro de 2015. Essa agenda
contém 17 Objetivos e 169 metas:
Acabar com a pobreza em todas as suas
formas, em todos os lugares.
--------------------------------------
Acabar com a fome, alcançar a segurança
alimentar e melhoraria da nutrição e pro-
mover a agricultura sustentável.
Assegurar a educação inclusiva e equitativa
de qualidade e promover oportunidades de
aprendizagem ao longo da vida para todos.
--------------------------------------
Assegurar a educação inclusiva e equitativa
de qualidade, e promover oportunidades de
aprendizagem ao longo da vida para todos.
--------------------------------------
Alcançar a igualdade de gênero e empode-
rar todas as mulheres e meninas.
--------------------------------------
Assegurar a disponibilidade e gestão sus-
tentável da água e saneamento para todos.
--------------------------------------
Asseguraratodosoacessoconfiável,susten-
tável, moderno e a preço acessível à energia.
erradicação da
pobreza
fome zero e
agricultura
sustentável
saúde e
bem estar
educação de
qualidade
igualdade de
gênero
água potável
e saneamento
energia limpa e
acessível
01
02
03
04
05
06
07
8
Tomar medidas urgentes para combater a
mudança do clima e os seus impactos (*).
--------------------------------------
Conservar e usar sustentavelmente os
oceanos, mares e os recursos marinhos,
para o desenvolvimento sustentável.
--------------------------------------
Proteger, recuperar e promover o uso susten-
tável dos ecossistemas terrestres, gerir de
forma sustentável as florestas, combater a
desertificação, deter e reverter a degradação
da terra, e deter a perda da biodiversidade.
--------------------------------------
Promover sociedades pacíficas e inclusi-
vas para o desenvolvimento sustentável,
proporcionar o acesso à justiça para todos
e construir instituições eficazes, respon-
sáveis e inclusivas em todos os níveis.
Promover o crescimento econômico susten-
tado, inclusivo e sustentável, emprego pleno
e produtivo e trabalho decente para todos.
--------------------------------------
Construir infraestruturas resilientes, pro-
mover a industrialização inclusiva e sus-
tentável e fomentar a inovação.
--------------------------------------
Reduzir a desigualdade dentro dos países
e entre eles.
--------------------------------------
Tornar as cidades e assentamentos huma-
nos inclusivos, seguros, resilientes e sus-
tentáveis.
--------------------------------------
Assegurar padrões de produção e de con-
sumo sustentáveis.
trabalho
descente e
crescimento
econômico
ação contra a
mudança global
do clima
vida na água
vida terrestre
paz, justiça e
instituições
eficazes
indústria,
inovação e
infraestrutura
redução de
desigualdades
cidades e
comunidades
sustentáveis
consumo e
produção
responsável
08 13
14
15
16
09
10
11
12
(*) Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas so-
bre Mudança do Clima é o fórum internacional intergovernamental
primário para negociar a resposta global à mudança do clima.
9
Fortalecer os meios de implementação e
revitalizar a parceria global para o desen-
volvimento sustentável.
--------------------------------------
A lista completa dos Objetivos e metas
está disponível no link:
http://www.pnud.org.br/ODS.aspx.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável está disponível em:
http://www.pnud.org.br/Docs/genda2030
completo_PtBR.pdf.
Essa agenda universal, integrada e
transformadora visa estimular ações que
porão fim à pobreza e construirão um
mundo mais sustentável nos próximos 15
anos. Essa agenda baseia-se nos êxitos
dos Objetivos de Desenvolvimento do Mi-
lênio (ODM), os quais foram adotados no
ano 2000 e orientaram as ações de desen-
volvimento nos últimos 15 anos. Os ODM
provaram que objetivos globais podem
tirar milhões de pessoas da pobreza. Por
meio dos ODM, aprendemos que o estabe-
lecimento de objetivos é o melhor meca-
nismo para alcançar melhores resultados
de desenvolvimento e que esses compro-
missos serão acompanhados pela ação.
Objetivos claros geram resultados.
parcerias e meios
de implementação17
Os novos Objetivos são parte de uma agen-
da ambiciosa e ousada para o desenvolvi-
mento sustentável, que terá foco nos três
elementos interligados do desenvolvimento
sustentável: crescimento econômico, inclu-
são social e proteção ao meio ambiente.
Os Objetivos e metas de Desenvolvi-
mento Sustentável (ODS) são globais em
sua natureza e universalmente aplicáveis,
levando em conta diferentes realidades
nacionais, capacidades e níveis de desen-
volvimento, bem como respeitando políti-
cas e prioridades nacionais. Eles não são
independentes entre si – eles precisam ser
implementados de uma forma integrada.
Os ODS são o resultado de um processo
transparente de três anos de duração, in-
clusivo e participativo com todas as partes
interessadas. Eles representam um acordo
sem precedentes em torno das prioridades
de desenvolvimento sustentável entre os
193 Estados Membros da ONU. Eles têm re-
cebido apoio global de sociedade civil, se-
tor privado, parlamentares e outros atores.
A decisão de se lançar um processo para a
definição de um conjunto de ODS foi feita
pelos Estados Membros das Nações Unidas
na Conferência de Desenvolvimento Sus-
tentável (Rio+20), realizada na cidade do
Rio de Janeiro em junho de 2012.
10
3. Quando começam e
terminam os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável?
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) entraram em vigor em 1º de janei-
ro de 2016 e espera-se que sejam cumpridos até 31 de dezembro de 2030. Entretanto,
há a expectativa de que algumas metas, baseadas em acordos internacionais, se cum-
pram antes do prazo estabelecido.
11
4. Os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável
são legalmente vinculantes?
Não. Os Objetivos de Desenvolvimen-
to Sustentável (ODS) não são legalmente
vinculantes.
Entretanto, espera-se que os países se
apropriem da agenda e estabeleçam um
arcabouço nacional para alcançarem os
17 Objetivos.
A implementação e o sucesso depende-
rão das políticas, planos e programas de
desenvolvimento sustentável dos países.
Os países têm a responsabilidade pri-
mária de acompanhar e revisar - a nível
nacional, regional e global – os progressos
feitos para a implementação dos Objetivos
e metas nos próximos 15 anos.
Ações em âmbito nacional para moni-
torar o progresso exigirão a pronta coleta
de dados de qualidade e acessíveis, bem
como acompanhamento e revisão em âm-
bito regional.
12
5. Quais são os elementos
subjacentes dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável?
Os Objetivos e metas estimularão as
ações nos próximos 15 anos em áreas de
fundamental importância: pessoas, pla-
neta, prosperidade, paz e parceria.
Pessoas – para acabar com a pobreza
e a fome, em todas as suas formas e di-
mensões, e garantir que todos os seres
humanos possam realizar o seu potencial
em matéria de dignidade e igualdade, em
um ambiente saudável.
Planeta – para proteger o planeta da
degradação, inclusive por meio do consu-
mo e da produção sustentáveis, da gestão
sustentável dos seus recursos naturais
e de medidas urgentes para combater a
mudança global do clima, para que seja
possível atender as necessidades das ge-
rações presentes e futuras.
Prosperidade – para assegurar que to-
dos os seres humanos possam desfrutar
de uma vida próspera e de plena realiza-
ção pessoal, e que o progresso econômi-
co, social e tecnológico ocorra em harmo-
nia com a natureza.
Paz – para promover sociedades pací-
ficas, justas e inclusivas, livres de medo e
da violência. Não poderá haver desenvolvi-
mento sustentável sem paz, e não há paz
sem desenvolvimento sustentável.
Parcerias – para mobilizar os meios ne-
cessários para a implementar esta Agen-
da por meio de uma Parceria Global para
o Desenvolvimento Sustentável revitaliza-
da, com base no espírito da solidariedade
global fortalecida, com ênfase especial
nas necessidades particulares dos mais
pobres e mais vulneráveis, e com a partici-
pação de todos os países, todos os grupos
interessados e todas as pessoas.
13
6. A sociedade civil participou
do processo denegociação da
nova Agenda de desenvolvimento
sustentável. Como podemos
quantificar sua contribuição
para o documento final?
O processo de negociação dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS) en-
volveu a participação sem precedentes da
sociedade civil e outros grupos interessa-
dos, como o setor privado e governos locais.
Durante as negociações, a sociedade civil
e outros grupos interessados puderam dia-
logar diretamente com os representantes
de governos.
Vários jovens também foram envolvidos
desde o começo nas plataformas de redes
sociais e por meio da pesquisa global das
Nações Unidas, “Meu Mundo”, que recebeu
mais de sete milhões de votos de todas as
partes do planeta, com aproximadamente
75% dos participantes com idade abaixo
dos 30 anos.
14
7. Como serão implementados os
Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável?
A Agenda de Ação de Adis Abeba, resul-
tado da Terceira Conferência Internacional
sobre o Financiamento para o Desenvolvi-
mento, forneceu orientações para a ado-
ção de políticas e ações concretas para
apoiar a implementação da nova Agenda.
A implementação e o sucesso da Agenda
dependerão de políticas, planos e progra-
mas de desenvolvimento, os quais serão
de responsabilidade dos países e guiados
por eles. Os Objetivos de Desenvolvimen-
to Sustentável (ODS) servirão como guia
para alinhar os planos dos países aos seus
compromissos globais.
Estratégias de desenvolvimento susten-
tável nacionalmente apropriadas e con-
duzidas pelos próprios países em âmbito
nacional exigirão mobilização de recursos
e estratégias de financiamento.
Espera-se a contribuição de todos os
grupos interessados: governos, sociedade
civil, setor privado, entre outros, para o al-
cance da nova Agenda.
Uma parceria global fortalecida em âm-
bito mundial é necessária para apoiar es-
forços nacionais, conforme reconhecida
na Agenda 2030.
Parcerias entre grupos interessados têm
sido reconhecidas como um importante
componente de estratégias que procuram
mobilizar a todos em torno da nova Agenda.
15
8. Como os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável
serão acompanhados?
Em âmbito global, os 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169
metas da nova Agenda serão acompa-
nhados e revisados por meio de um con-
junto de indicadores globais. O quadro de
indicadores globais foi desenvolvido pelo
Grupo Interagencial e de Peritos sobre os
Indicadores dos Objetivos de Desenvolvi-
mento Sustentável (GIPI-ODS). Em março
de 2016, a Comissão de Estatística das
Nações Unidas decidiu que o quadro de
indicadores apresentados pelo GIPI-ODS
constituía um bom ponto de partida prá-
tico para os trabalhos do Conselho Econô-
mico e Social das Nações Unidas (ECOSOC)
e a Assembleia Geral. Nesse sentido, reno-
vou e atualizou o mandato do IAEG – SDG,
a fim de buscar um aprimoramento dos
indicadores globais, suas metodologias,
definições e padrões.
Chefes de estatística dos Estados-
Membros estão trabalhando na identifi-
cação de dois indicadores para o acompa-
nhamento em âmbito global de cada meta.
O quadro de indicadores apresentado pelo
GIPI-ODS em março de 2016 contém, atu-
almente, 230 indicadores: 150 “verdes”,
para os quais há consenso; e 80 “cinzas”,
ainda em discussão.
O processo de acompanhamento e revi-
são será informado anualmente pelo Rela-
tório do Progresso dos ODS, a ser prepara-
do pelo Secretário-Geral.
As reuniões anuais do Fórum Político de
Alto Nível sobre Desenvolvimento Susten-
tável terão um papel central na revisão do
progresso dos ODS no âmbito global. Os
meios de implementação dos ODS serão
acompanhados e revisados conforme a
Agenda de Ação de Adis Abeba, documento
final da Terceira Conferência Internacional
sobre o Financiamento para o Desenvolvi-
mento, para garantir que recursos finan-
ceiros sejam mobilizados de forma efetiva
para apoiar a nova agenda de desenvolvi-
mento sustentável.
Governos também desenvolverão os
próprios indicadores nacionais para aju-
dar a acompanhar o progresso dos obje-
tivos e metas.
16
9. Quanto custará a
implementação da nova agenda de
desenvolvimento sustentável?
Os meios de implementação – incluindo a
forma de mobilização de recursos financei-
ros para o cumprimento da agenda de de-
senvolvimento sustentável – são recursos
centrais para a nova agenda.
A fim de alcançar os Objetivos de Desen-
volvimento Sustentável (ODS), investimen-
tos substantivos serão necessários, tanto
nos países desenvolvidos qunato nos paí-
ses em desenvolvimento. Essa agenda exi-
girá a mobilização significativa de recursos
– na casa de trilhões de dólares.
Mas esses recursos já existem. Há pou-
pança mais do que suficiente para o finan-
ciamento da nova Agenda. A questão sobre
como direcionar investimentos que apoiem
o desenvolvimento sustentável será crucial
para o alcance dos Objetivos Globais.
Os recursos devem ser mobilizados de
fontes domésticas e internacionais, assim
como do setor público e do setor privado.
A Assistência Oficial ao Desenvolvimento
(AOD) ainda é necessária para ajudar os pa-
íses mais necessitados, incluindo os países
de menor desenvolvimento relativo, para
alcançar o desenvolvimento sustentável.
17
10. Como a mudança do
clima é relacionada com o
desenvolvimento sustentável?
A mudança do clima já impacta a saú-
de pública, segurança alimentar e hídrica,
migração, paz e segurança. A mudança do
clima, se não for controlada, reduzirá os
ganhos de desenvolvimento alcançados
nas últimas décadas e impedirá possíveis
ganhos futuros.
Investimentos em desenvolvimento
sustentável contribuirão para o combate
à mudança do clima com a redução das
emissões de gases de efeito estufa e no
fortalecimento da resiliência.
Por outro lado, ações relacionadas à
mudança do clima darão impulso ao de-
senvolvimento sustentável.
Combater a mudança do clima e promo-
ver o desenvolvimento sustentável refor-
çam mutuamente os dois lados da mesma
moeda; desenvolvimento sustentável não
pode ser alcançado sem ações em favor
do clima. Por outro lado, muitos dos ODS
abordam elementos causadores da mu-
dança do clima.
18
11. Por quenovos Objetivos foram
adotados em 2015?
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milê-
nio (ODM), lançados em 2000, estabeleceram
2015 como o ano-limite. A comunidade inter-
nacional começou a pensar, em 2010, em um
arcabouço de trabalho para suceder os ODM.
Em 2012, na Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+ 20), países concordaram em esta-
belecer um grupo aberto de trabalho para
desenvolver um conjunto de objetivos de
desenvolvimento sustentável a serem con-
siderados e tomar a ação apropriada.
Alguns meses após a Rio+ 20, países-
membros da ONU concordaram que deveria
haver somente uma agenda a ser discutida
– uma agenda de desenvolvimento susten-
tável, baseada em objetivos de desenvolvi-
mento sustentável.
Em julho de 2014, depois de mais de um
ano de negociações, o Grupo de Trabalho
Aberto apresentou suas recomendações
em relação a 17 Objetivos de Desenvolvi-
mento Sustentável (ODS).
No começo de agosto de 2015, os 193
países-membros das Nações Unidas che-
garam a um consenso sobre o documento
final da nova agenda: “Transformando Nos-
so Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvol-
vimento Sustentável”.
Países-membros adotaram a nova agen-
da de desenvolvimento sustentável, com
ênfase principal nos ODS, na Cúpula das
Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável, realizada em Nova York, entre
os dias 25 e 27 de setembro de 2015.
Os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio adotados em 2000.
ODM 1: ACABAR COM A FOME E A MISÉRIA.
ODM 2: EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE PARA TODOS.
ODM 3: IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E VALORIZAÇÃO DA MULHER.
ODM 4: REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL.
ODM 5: MELHORAR A SAÚDE DAS GESTANTES.
ODM 6: COMBATER A AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS.
ODM 7: QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE.
ODM 8: TODO MUNDO TRABALHANDO PELO DESENVOLVIMENTO.
19
12. Por que os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável são
tão abrangentes em comparação com
os Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio, os quais eram muito
específicos?
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), com 169 metas, de fato
contrastam com os oito Objetivos de De-
senvolvimento do Milênio (ODM), com 21
metas. Os complexos desafios existentes
no mundo atual demandam que seja abor-
dada uma grande variedade de questões. É
também fundamental uma abordagem so-
bre as causas dos problemas, e não apenas
os sintomas. O mundo mudou significativa-
mente desde 2000, e esses objetivos for-
necem uma base para lidar com os antigos
desafios que se intensificaram, bem como
as novas complexidades que surgiram nos
tempos atuais, incluindo a erradicação da
pobreza, o fim da mudança global do clima,
o combate ao desemprego e o enfrenta-
mento da desigualdade de gênero.
Os ODS são o resultado de um processo de
negociação que envolveu 193 países-mem-
bros da ONU, o qual teve também a partici-
pação sem precedentes da sociedade civil
e outros grupos interessados. Isso levou à
representação de uma grande variedade de
interesses e perspectivas. Por outro lado,
os ODM foram produzidos por um grupo de
especialistas “a portas fechadas”.
Os ODS são mais amplos em seu alcance,
pois abordam os elementos interligados do
desenvolvimento sustentável: crescimento
econômico, inclusão social e proteção ao
meio ambiente. Os ODM tinham como ênfa-
se a agenda social.
Os ODM tinham como prioridade os pa-
íses em desenvolvimento, particularmente
os mais pobres, enquanto os ODS aplicam-
se a todos os países, desenvolvidos ou em
desenvolvimento.
20
13. Como os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável
diferenciam-se dos ODM?
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sus-
tentável (ODS), com 169 metas, são mais
amplos em seu alcance e vão além dos
ODM, abordando as causas originárias da
pobreza e as necessidades universais para
o desenvolvimento. Os Objetivos abordam
as três dimensões do desenvolvimento
sustentável: crescimento econômico, in-
clusão social e proteção ambiental.
Baseados no sucesso e no momento po-
lítico dos ODM, os novos Objetivos Globais
são mais abrangentes e ambiciosos, com
vistas a abordar questões como desigual-
dade, crescimento econômico, trabalho
decente, cidades e assentamentos huma-
nos, industrialização, oceanos, ecossiste-
mas, consumo e produção sustentáveis,
paz e justiça.
Os novos Objetivos são universais e apli-
cam-se a todos os países, enquanto os
ODM foram direcionados somente para
ações em países em desenvolvimento.
Uma característica central dos ODS é a
grande ênfase nos meios de implemen-
tação – a mobilização de recursos finan-
ceiros, desenvolvimento de capacidades e
tecnologia, bem como a geração de dados
e fortalecimento de instituições.
Os novos Objetivos reconhecem que
combater a mudança global do clima é es-
sencial ao desenvolvimento sustentável e
a erradicação da pobreza. O ODS 13 visa à
promoção de uma ação urgente para com-
bater a mudança do clima e seus impactos.
21
14. O que os ODM alcançaram
globalmente?
Os ODM produziram o mais bem-suce-
dido movimento de redução da pobreza da
história e serviram como ponto de partida
para a nova agenda de desenvolvimento
sustentável.
Fome e pobreza: há apenas duas déca-
das, quase metade do mundo em desen-
volvimento vivia na extrema pobreza. O
número de pessoas que vivem atualmente
na extrema pobreza diminuiu mais da me-
tade, reduzindo de 1,9 bilhão de pessoas
em 1990, para 836 milhões em 2015.
Igualdade de gênero: a paridade de
gênero na escola primária foi alcançada
na maioria dos países. Atualmente, mais
meninas estão nas escolas, e mulheres
conquistaram espaço na representati-
vidade parlamentar nos últimos 20 anos
em mais de 90% dos 174 países com da-
dos disponíveis.
Mortalidade infantil: globalmente, a taxa
de mortalidade de crianças com menos de
cinco anos caiu de 90 para 43 mortes por
1000 nascimentos, entre 1990 e 2015.
Saúde materna: a taxa de mortalidade
materna mostra um declínio de 45% em
todo o mundo, sendo que a maior parte da
redução ocorreu a partir do ano 2000.
Combate a doenças: novas taxas de in-
fecção de HIV caíram aproximadamente
em 40%, entre 2000 e 2013. Mais de 6,2
milhões de mortes por malária foram evi-
tadas entre 2000 e 2015, enquanto a pre-
venção, o diagnóstico e o tratamento de
tuberculose salvaram 37 milhões de vidas,
estimadas entre 2000 e 2013.
Saneamento: mundialmente, 2,1 bilhões
de pessoas tiveram acesso a melhorias no
saneamento, e a proporção de pessoas
que praticam defecação a céu aberto caiu
quase pela metade desde 1990.
Parceria global: a assistência oficial ao
desenvolvimento dos países desenvolvi-
dos para países em desenvolvimento teve
um aumento real de 66% do ano 2000 até
2014, chegando a U$ 135,2 bilhões.
22
15. Quais as lacunas deixadas
pelos ODM globalmente?
Cerca de 800 milhões de pessoas ainda
vivem em situação de pobreza extrema, e
795 milhões ainda sofrem com a fome.
Entre 2000 e 2015, o número de crian-
ças fora da escola caiu quase pela metade.
No entanto, ainda existem 57 milhões de
crianças para as quais o direito à educação
primária é negado.
A desigualdade de gênero persiste apesar
do progresso em diversas áreas, incluindo
o aumento da representatividade das mu-
lheres em parlamentos e o aumento do nú-
mero de meninas frequentando as escolas.
Mulheres continuam a enfrentar discrimi-
nação no acesso ao trabalho, na remunera-
ção, para o alcance aos bens econômicos e
participação em relação à tomada de deci-
são nos âmbitos público e privado.
Desigualdades econômicas continuarão
existindo entre famílias pobres e ricas, e
áreas urbanas e rurais. Crianças prove-
nientes das residências 20% mais pobres
têm duas vezes mais chances de ficarem
subnutridas do que as crianças mais ricas,
e também têm quatros vezes mais chances
de não frequentarem a escola. Instalações
de saneamento de qualidade atendem so-
mente metade da população rural, ao con-
trário de 82% das áreas urbanas.
Enquanto a taxa de mortalidade de crian-
ças com menos de cinco anos caiu 53% en-
tre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças
continua cada vez mais concentrada nas
regiões mais pobres e durante primeiro
mês de vida.
23
16.	Quais as principais conquistas
em relação aos ODMs no Brasil?*
Fome e pobreza: as metas internacionais
e nacionais foram alcançadas em 2012. A
pobreza extrema caiu de 25%, em 1990,
para 3%, em 2013.
Educação básica: a desigualdade do
acesso à escola pelas crianças de 7 a 14
anos foi superada graças às sucessivas po-
líticas de universalização do ensino. Quanto
aos jovens de 15 a 24 anos com pelo menos
seis anos completos de estudo, a percenta-
gem passou de 59,9% em 1990, para 84%
em 2012.
Igualdade de gênero: atualmente, as
mulheres brasileiras têm maior acesso à
educação que os homens. Também houve
progresso quanto à participação feminina
no mercado de trabalho e à representação
política das mulheres.
Mortalidade infantil: a meta foi alcançada,
com redução para 17,7 óbitos por mil nasci-
dos vivos em 2011, com tendência progres-
siva de melhora.
Saúde materna: a taxa de mortalidade
materna brasileira caiu em 55%, de 1990
a 2011. Intensificou-se o acompanhamen-
to da gestante, sendo que 99% dos partos
ocorrem em estabelecimentos de saúde.
Combate a doenças: a taxa de detecção
de AIDS manteve-se estável nos últimos 10
anos, em torno de 20 por 100 mil habitan-
tes por ano de diagnóstico, e o coeficiente
de mortalidade por AIDS também diminuiu.
Quanto à malária, a incidência parasitária
anual caiu de 3,9 para 1,3 casos por mil ha-
bitantes, e a de tuberculose de 51,8 para 37
casos por 100 mil habitantes
*Dados disponíveis no 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, publicado em 2014.
24
Meio ambiente: em 2012, as porcenta-
gens de pessoas sem acesso à água e sem
acesso ao esgotamento sanitário caíram
abaixo da metade do nível de 1990 e as ta-
xas de moradia inadequada para a popula-
ção urbana caiu para 36,6% em 2012. Hou-
ve redução do desmatamento na Amazônia
de 27.772 km2, em 2004, para 4.848 km2,
em 2014.
Parcerias: quanto a parcerias, ressalta-se
participação no G20, apoio financeiro à As-
sociação Internacional de Desenvolvimento
(AID), participação na Rodada de Doha e for-
te atuação na Cooperação Sul-Sul.
Como o Brasil é um exemplo mundial da
bem-sucedida implementação dos ODM –
com políticas de proteção social e de pre-
servação do meio ambiente que se apre-
sentam como boas práticas que podem ser
replicadas em vários países do mundo –,
ele tem tudo para ser também um líder na
mobilização em torno da agenda dos ODS.
25
17. Por que as pessoas e as
organizações devem se importar
com os ODS?
Trabalhar para alcançar os Objetivos
Globais tornará o mundo melhor para as
gerações futuras – o mundo que elas vive-
rão. Devemos aproveitar essa oportunidade
para mudar nosso mundo para melhor. En-
tendemos o que podemos e devemos fazer
para erradicar a extrema pobreza, a fome
e o sofrimento desnecessário, e podemos
construir uma comunidade mundial que
provê a todos os seus cidadãos o direito
igual para viverem suas vidas em plenitude
– tudo isso sem prejudicar o planeta.
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ODS 17 perguntas

  • 1. As Perguntas Mais Frequentes sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)?
  • 2. ERRADICAÇÃO DAPOBREZA FOMEZERO EAGRICULTURA SUSTENTÁVEL SAÚDE E BEM-ESTAR QUALIDADE EDUCAÇÃODE DEGÊNERO IGUALDADE ESANEAMENTO ÁGUAPOTÁVE L ENERGIALIMPA EACESSÍVEL TRABALHODE CENTE ECRESCIMENTO ECONÔMICO INDÚSTRIA,INOVAÇÃO EINFRAESTRUTURA REDUÇÃODAS DESIGUALDADES CIDADESE COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS CONSUMO E PRODUÇÃO RESPONSÁVEI S AÇÃOCONTRA A MUDANÇAGLOBAL DOCLIMA VIDANA ÁGUA VIDA TERRESTRE PAZ,JUSTIÇA E INSTITUIÇÕE S EFICAZES PARCERIASEMEIOS DEIMPLEMENTAÇÃO
  • 3. Em setembro de 2015, chefes de Estado, de Governo e altos representantes da Or- ganização das Nações Unidas reuniram-­se em Nova York e adotaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a qual inclui os Objetivos de Desenvolvi- mento Sustentável (ODS). A nova Agen- da de desenvolvimento propõe uma ação mundial coordenada entre os governos, as empresas, a academia e a sociedade civil para alcançar os 17 ODS e suas 169 metas, de forma a erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta. As informações apresentadas a seguir esclarecem as principais dúvidas que surgem quando falamos dos ODS: o processo de formatação dos novos Obje- tivos, a necessidade de continuar o traba- lho iniciado pelos Objetivos de Desenvol- vimento do Milênio (ODM) e as formas de implementação e acompanhamento dos novos Objetivos. Ao oferecer uma melhor compreensão dos ODS, o PNUD Brasil re- força que o desenvolvimento sustentável só será alcançado mediante o envolvimen- to, compromisso e ação de todos. AsPerguntasMais Frequentessobre osObjetivosde Desenvolvimento Sustentável(ODS)?
  • 4. Perguntas Mais Frequentes Quais são os elementos subjacentes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? 12 ? 5 Como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável serão acompanhados? 15 ? 8 A sociedade civil participou do processo de negociação da nova Agenda de desenvolvimento sustentável. Como podemos quantificar sua contribuição para o documento final? 13 ? 6 Quanto custará a implementação da nova agenda de desenvolvimento sustentável? 16 ? 9 Como serão implementados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? 14 ? 7 O que é Desenvolvimento Sustentável? 06 ? 1 O que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? 07 ? 2 Quando começam e terminam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? 10 ? 3 Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são legalmente vinculantes? 11 ? 4
  • 5. Como a mudança do clima é relacionada com o desenvolvimento sustentável? 17 ? 10 Por quenovos Objetivos foram adotados em 2015? 18 ? 11 Por que os ODS são tão abrangentes em comparação com os ODM, os quais eram muito específicos? 19 ? 12 Como os ODS diferenciam-se dos ODM? 20 ? 13 O que os ODM alcançaram globalmente? 21 ? 14 Quais as lacunas deixadas pelos ODM globalmente? 22 ? 15 Quais as principais conquistas em relação aos ODMs no Brasil?* 23 ? 16 Por que as pessoas e as organizações devem se importar com os ODS? 25 ? 17
  • 6. 6 1. O que é Desenvolvimento Sustentável? O desenvolvimento sustentável é defi- nido como o desenvolvimento que procu- ra satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas próprias necessidades. Desenvolvimento sustentável demanda um esforço conjunto para a construção de um futuro inclusivo, resiliente e sustentá- vel para todas as pessoas e todo o planeta. Para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado, é crucial harmonizar três elementos centrais: crescimento econô- mico, inclusão social e proteção ao meio ambiente. Esses elementos são interliga- dos e fundamentais para o bem-estar dos indivíduos e das sociedades. Erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões é um requisito indis- pensável para o desenvolvimento susten- tável. Para esse fim, deve haver a promoção de um crescimento econômico sustentável, inclusivo e equitativo, criando melhores oportunidades para todos, reduzindo as desigualdades, elevando padrões básicos de vida, estimulando a inclusão e o desen- volvimento social justo, e promovendo o gerenciamento integrado e sustentável dos recursos naturais e dos ecossistemas.
  • 7. 7 2. O que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Os 193 países-membros das Nações Uni- das adotaram oficialmente a nova agenda de desenvolvimento sustentável, intitulada “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentá- vel”, na Cúpula de Desenvolvimento Sus- tentável, realizada na sede da ONU em Nova York, em setembro de 2015. Essa agenda contém 17 Objetivos e 169 metas: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. -------------------------------------- Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoraria da nutrição e pro- mover a agricultura sustentável. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. -------------------------------------- Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. -------------------------------------- Alcançar a igualdade de gênero e empode- rar todas as mulheres e meninas. -------------------------------------- Assegurar a disponibilidade e gestão sus- tentável da água e saneamento para todos. -------------------------------------- Asseguraratodosoacessoconfiável,susten- tável, moderno e a preço acessível à energia. erradicação da pobreza fome zero e agricultura sustentável saúde e bem estar educação de qualidade igualdade de gênero água potável e saneamento energia limpa e acessível 01 02 03 04 05 06 07
  • 8. 8 Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e os seus impactos (*). -------------------------------------- Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, mares e os recursos marinhos, para o desenvolvimento sustentável. -------------------------------------- Proteger, recuperar e promover o uso susten- tável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, e deter a perda da biodiversidade. -------------------------------------- Promover sociedades pacíficas e inclusi- vas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, respon- sáveis e inclusivas em todos os níveis. Promover o crescimento econômico susten- tado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. -------------------------------------- Construir infraestruturas resilientes, pro- mover a industrialização inclusiva e sus- tentável e fomentar a inovação. -------------------------------------- Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. -------------------------------------- Tornar as cidades e assentamentos huma- nos inclusivos, seguros, resilientes e sus- tentáveis. -------------------------------------- Assegurar padrões de produção e de con- sumo sustentáveis. trabalho descente e crescimento econômico ação contra a mudança global do clima vida na água vida terrestre paz, justiça e instituições eficazes indústria, inovação e infraestrutura redução de desigualdades cidades e comunidades sustentáveis consumo e produção responsável 08 13 14 15 16 09 10 11 12 (*) Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas so- bre Mudança do Clima é o fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima.
  • 9. 9 Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desen- volvimento sustentável. -------------------------------------- A lista completa dos Objetivos e metas está disponível no link: http://www.pnud.org.br/ODS.aspx. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável está disponível em: http://www.pnud.org.br/Docs/genda2030 completo_PtBR.pdf. Essa agenda universal, integrada e transformadora visa estimular ações que porão fim à pobreza e construirão um mundo mais sustentável nos próximos 15 anos. Essa agenda baseia-se nos êxitos dos Objetivos de Desenvolvimento do Mi- lênio (ODM), os quais foram adotados no ano 2000 e orientaram as ações de desen- volvimento nos últimos 15 anos. Os ODM provaram que objetivos globais podem tirar milhões de pessoas da pobreza. Por meio dos ODM, aprendemos que o estabe- lecimento de objetivos é o melhor meca- nismo para alcançar melhores resultados de desenvolvimento e que esses compro- missos serão acompanhados pela ação. Objetivos claros geram resultados. parcerias e meios de implementação17 Os novos Objetivos são parte de uma agen- da ambiciosa e ousada para o desenvolvi- mento sustentável, que terá foco nos três elementos interligados do desenvolvimento sustentável: crescimento econômico, inclu- são social e proteção ao meio ambiente. Os Objetivos e metas de Desenvolvi- mento Sustentável (ODS) são globais em sua natureza e universalmente aplicáveis, levando em conta diferentes realidades nacionais, capacidades e níveis de desen- volvimento, bem como respeitando políti- cas e prioridades nacionais. Eles não são independentes entre si – eles precisam ser implementados de uma forma integrada. Os ODS são o resultado de um processo transparente de três anos de duração, in- clusivo e participativo com todas as partes interessadas. Eles representam um acordo sem precedentes em torno das prioridades de desenvolvimento sustentável entre os 193 Estados Membros da ONU. Eles têm re- cebido apoio global de sociedade civil, se- tor privado, parlamentares e outros atores. A decisão de se lançar um processo para a definição de um conjunto de ODS foi feita pelos Estados Membros das Nações Unidas na Conferência de Desenvolvimento Sus- tentável (Rio+20), realizada na cidade do Rio de Janeiro em junho de 2012.
  • 10. 10 3. Quando começam e terminam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) entraram em vigor em 1º de janei- ro de 2016 e espera-se que sejam cumpridos até 31 de dezembro de 2030. Entretanto, há a expectativa de que algumas metas, baseadas em acordos internacionais, se cum- pram antes do prazo estabelecido.
  • 11. 11 4. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são legalmente vinculantes? Não. Os Objetivos de Desenvolvimen- to Sustentável (ODS) não são legalmente vinculantes. Entretanto, espera-se que os países se apropriem da agenda e estabeleçam um arcabouço nacional para alcançarem os 17 Objetivos. A implementação e o sucesso depende- rão das políticas, planos e programas de desenvolvimento sustentável dos países. Os países têm a responsabilidade pri- mária de acompanhar e revisar - a nível nacional, regional e global – os progressos feitos para a implementação dos Objetivos e metas nos próximos 15 anos. Ações em âmbito nacional para moni- torar o progresso exigirão a pronta coleta de dados de qualidade e acessíveis, bem como acompanhamento e revisão em âm- bito regional.
  • 12. 12 5. Quais são os elementos subjacentes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Os Objetivos e metas estimularão as ações nos próximos 15 anos em áreas de fundamental importância: pessoas, pla- neta, prosperidade, paz e parceria. Pessoas – para acabar com a pobreza e a fome, em todas as suas formas e di- mensões, e garantir que todos os seres humanos possam realizar o seu potencial em matéria de dignidade e igualdade, em um ambiente saudável. Planeta – para proteger o planeta da degradação, inclusive por meio do consu- mo e da produção sustentáveis, da gestão sustentável dos seus recursos naturais e de medidas urgentes para combater a mudança global do clima, para que seja possível atender as necessidades das ge- rações presentes e futuras. Prosperidade – para assegurar que to- dos os seres humanos possam desfrutar de uma vida próspera e de plena realiza- ção pessoal, e que o progresso econômi- co, social e tecnológico ocorra em harmo- nia com a natureza. Paz – para promover sociedades pací- ficas, justas e inclusivas, livres de medo e da violência. Não poderá haver desenvolvi- mento sustentável sem paz, e não há paz sem desenvolvimento sustentável. Parcerias – para mobilizar os meios ne- cessários para a implementar esta Agen- da por meio de uma Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável revitaliza- da, com base no espírito da solidariedade global fortalecida, com ênfase especial nas necessidades particulares dos mais pobres e mais vulneráveis, e com a partici- pação de todos os países, todos os grupos interessados e todas as pessoas.
  • 13. 13 6. A sociedade civil participou do processo denegociação da nova Agenda de desenvolvimento sustentável. Como podemos quantificar sua contribuição para o documento final? O processo de negociação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) en- volveu a participação sem precedentes da sociedade civil e outros grupos interessa- dos, como o setor privado e governos locais. Durante as negociações, a sociedade civil e outros grupos interessados puderam dia- logar diretamente com os representantes de governos. Vários jovens também foram envolvidos desde o começo nas plataformas de redes sociais e por meio da pesquisa global das Nações Unidas, “Meu Mundo”, que recebeu mais de sete milhões de votos de todas as partes do planeta, com aproximadamente 75% dos participantes com idade abaixo dos 30 anos.
  • 14. 14 7. Como serão implementados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? A Agenda de Ação de Adis Abeba, resul- tado da Terceira Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvi- mento, forneceu orientações para a ado- ção de políticas e ações concretas para apoiar a implementação da nova Agenda. A implementação e o sucesso da Agenda dependerão de políticas, planos e progra- mas de desenvolvimento, os quais serão de responsabilidade dos países e guiados por eles. Os Objetivos de Desenvolvimen- to Sustentável (ODS) servirão como guia para alinhar os planos dos países aos seus compromissos globais. Estratégias de desenvolvimento susten- tável nacionalmente apropriadas e con- duzidas pelos próprios países em âmbito nacional exigirão mobilização de recursos e estratégias de financiamento. Espera-se a contribuição de todos os grupos interessados: governos, sociedade civil, setor privado, entre outros, para o al- cance da nova Agenda. Uma parceria global fortalecida em âm- bito mundial é necessária para apoiar es- forços nacionais, conforme reconhecida na Agenda 2030. Parcerias entre grupos interessados têm sido reconhecidas como um importante componente de estratégias que procuram mobilizar a todos em torno da nova Agenda.
  • 15. 15 8. Como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável serão acompanhados? Em âmbito global, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas da nova Agenda serão acompa- nhados e revisados por meio de um con- junto de indicadores globais. O quadro de indicadores globais foi desenvolvido pelo Grupo Interagencial e de Peritos sobre os Indicadores dos Objetivos de Desenvolvi- mento Sustentável (GIPI-ODS). Em março de 2016, a Comissão de Estatística das Nações Unidas decidiu que o quadro de indicadores apresentados pelo GIPI-ODS constituía um bom ponto de partida prá- tico para os trabalhos do Conselho Econô- mico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) e a Assembleia Geral. Nesse sentido, reno- vou e atualizou o mandato do IAEG – SDG, a fim de buscar um aprimoramento dos indicadores globais, suas metodologias, definições e padrões. Chefes de estatística dos Estados- Membros estão trabalhando na identifi- cação de dois indicadores para o acompa- nhamento em âmbito global de cada meta. O quadro de indicadores apresentado pelo GIPI-ODS em março de 2016 contém, atu- almente, 230 indicadores: 150 “verdes”, para os quais há consenso; e 80 “cinzas”, ainda em discussão. O processo de acompanhamento e revi- são será informado anualmente pelo Rela- tório do Progresso dos ODS, a ser prepara- do pelo Secretário-Geral. As reuniões anuais do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Susten- tável terão um papel central na revisão do progresso dos ODS no âmbito global. Os meios de implementação dos ODS serão acompanhados e revisados conforme a Agenda de Ação de Adis Abeba, documento final da Terceira Conferência Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvi- mento, para garantir que recursos finan- ceiros sejam mobilizados de forma efetiva para apoiar a nova agenda de desenvolvi- mento sustentável. Governos também desenvolverão os próprios indicadores nacionais para aju- dar a acompanhar o progresso dos obje- tivos e metas.
  • 16. 16 9. Quanto custará a implementação da nova agenda de desenvolvimento sustentável? Os meios de implementação – incluindo a forma de mobilização de recursos financei- ros para o cumprimento da agenda de de- senvolvimento sustentável – são recursos centrais para a nova agenda. A fim de alcançar os Objetivos de Desen- volvimento Sustentável (ODS), investimen- tos substantivos serão necessários, tanto nos países desenvolvidos qunato nos paí- ses em desenvolvimento. Essa agenda exi- girá a mobilização significativa de recursos – na casa de trilhões de dólares. Mas esses recursos já existem. Há pou- pança mais do que suficiente para o finan- ciamento da nova Agenda. A questão sobre como direcionar investimentos que apoiem o desenvolvimento sustentável será crucial para o alcance dos Objetivos Globais. Os recursos devem ser mobilizados de fontes domésticas e internacionais, assim como do setor público e do setor privado. A Assistência Oficial ao Desenvolvimento (AOD) ainda é necessária para ajudar os pa- íses mais necessitados, incluindo os países de menor desenvolvimento relativo, para alcançar o desenvolvimento sustentável.
  • 17. 17 10. Como a mudança do clima é relacionada com o desenvolvimento sustentável? A mudança do clima já impacta a saú- de pública, segurança alimentar e hídrica, migração, paz e segurança. A mudança do clima, se não for controlada, reduzirá os ganhos de desenvolvimento alcançados nas últimas décadas e impedirá possíveis ganhos futuros. Investimentos em desenvolvimento sustentável contribuirão para o combate à mudança do clima com a redução das emissões de gases de efeito estufa e no fortalecimento da resiliência. Por outro lado, ações relacionadas à mudança do clima darão impulso ao de- senvolvimento sustentável. Combater a mudança do clima e promo- ver o desenvolvimento sustentável refor- çam mutuamente os dois lados da mesma moeda; desenvolvimento sustentável não pode ser alcançado sem ações em favor do clima. Por outro lado, muitos dos ODS abordam elementos causadores da mu- dança do clima.
  • 18. 18 11. Por quenovos Objetivos foram adotados em 2015? Os Objetivos de Desenvolvimento do Milê- nio (ODM), lançados em 2000, estabeleceram 2015 como o ano-limite. A comunidade inter- nacional começou a pensar, em 2010, em um arcabouço de trabalho para suceder os ODM. Em 2012, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+ 20), países concordaram em esta- belecer um grupo aberto de trabalho para desenvolver um conjunto de objetivos de desenvolvimento sustentável a serem con- siderados e tomar a ação apropriada. Alguns meses após a Rio+ 20, países- membros da ONU concordaram que deveria haver somente uma agenda a ser discutida – uma agenda de desenvolvimento susten- tável, baseada em objetivos de desenvolvi- mento sustentável. Em julho de 2014, depois de mais de um ano de negociações, o Grupo de Trabalho Aberto apresentou suas recomendações em relação a 17 Objetivos de Desenvolvi- mento Sustentável (ODS). No começo de agosto de 2015, os 193 países-membros das Nações Unidas che- garam a um consenso sobre o documento final da nova agenda: “Transformando Nos- so Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvol- vimento Sustentável”. Países-membros adotaram a nova agen- da de desenvolvimento sustentável, com ênfase principal nos ODS, na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, realizada em Nova York, entre os dias 25 e 27 de setembro de 2015. Os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio adotados em 2000. ODM 1: ACABAR COM A FOME E A MISÉRIA. ODM 2: EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE PARA TODOS. ODM 3: IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E VALORIZAÇÃO DA MULHER. ODM 4: REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL. ODM 5: MELHORAR A SAÚDE DAS GESTANTES. ODM 6: COMBATER A AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS. ODM 7: QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE. ODM 8: TODO MUNDO TRABALHANDO PELO DESENVOLVIMENTO.
  • 19. 19 12. Por que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são tão abrangentes em comparação com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, os quais eram muito específicos? Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com 169 metas, de fato contrastam com os oito Objetivos de De- senvolvimento do Milênio (ODM), com 21 metas. Os complexos desafios existentes no mundo atual demandam que seja abor- dada uma grande variedade de questões. É também fundamental uma abordagem so- bre as causas dos problemas, e não apenas os sintomas. O mundo mudou significativa- mente desde 2000, e esses objetivos for- necem uma base para lidar com os antigos desafios que se intensificaram, bem como as novas complexidades que surgiram nos tempos atuais, incluindo a erradicação da pobreza, o fim da mudança global do clima, o combate ao desemprego e o enfrenta- mento da desigualdade de gênero. Os ODS são o resultado de um processo de negociação que envolveu 193 países-mem- bros da ONU, o qual teve também a partici- pação sem precedentes da sociedade civil e outros grupos interessados. Isso levou à representação de uma grande variedade de interesses e perspectivas. Por outro lado, os ODM foram produzidos por um grupo de especialistas “a portas fechadas”. Os ODS são mais amplos em seu alcance, pois abordam os elementos interligados do desenvolvimento sustentável: crescimento econômico, inclusão social e proteção ao meio ambiente. Os ODM tinham como ênfa- se a agenda social. Os ODM tinham como prioridade os pa- íses em desenvolvimento, particularmente os mais pobres, enquanto os ODS aplicam- se a todos os países, desenvolvidos ou em desenvolvimento.
  • 20. 20 13. Como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável diferenciam-se dos ODM? Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sus- tentável (ODS), com 169 metas, são mais amplos em seu alcance e vão além dos ODM, abordando as causas originárias da pobreza e as necessidades universais para o desenvolvimento. Os Objetivos abordam as três dimensões do desenvolvimento sustentável: crescimento econômico, in- clusão social e proteção ambiental. Baseados no sucesso e no momento po- lítico dos ODM, os novos Objetivos Globais são mais abrangentes e ambiciosos, com vistas a abordar questões como desigual- dade, crescimento econômico, trabalho decente, cidades e assentamentos huma- nos, industrialização, oceanos, ecossiste- mas, consumo e produção sustentáveis, paz e justiça. Os novos Objetivos são universais e apli- cam-se a todos os países, enquanto os ODM foram direcionados somente para ações em países em desenvolvimento. Uma característica central dos ODS é a grande ênfase nos meios de implemen- tação – a mobilização de recursos finan- ceiros, desenvolvimento de capacidades e tecnologia, bem como a geração de dados e fortalecimento de instituições. Os novos Objetivos reconhecem que combater a mudança global do clima é es- sencial ao desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza. O ODS 13 visa à promoção de uma ação urgente para com- bater a mudança do clima e seus impactos.
  • 21. 21 14. O que os ODM alcançaram globalmente? Os ODM produziram o mais bem-suce- dido movimento de redução da pobreza da história e serviram como ponto de partida para a nova agenda de desenvolvimento sustentável. Fome e pobreza: há apenas duas déca- das, quase metade do mundo em desen- volvimento vivia na extrema pobreza. O número de pessoas que vivem atualmente na extrema pobreza diminuiu mais da me- tade, reduzindo de 1,9 bilhão de pessoas em 1990, para 836 milhões em 2015. Igualdade de gênero: a paridade de gênero na escola primária foi alcançada na maioria dos países. Atualmente, mais meninas estão nas escolas, e mulheres conquistaram espaço na representati- vidade parlamentar nos últimos 20 anos em mais de 90% dos 174 países com da- dos disponíveis. Mortalidade infantil: globalmente, a taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos caiu de 90 para 43 mortes por 1000 nascimentos, entre 1990 e 2015. Saúde materna: a taxa de mortalidade materna mostra um declínio de 45% em todo o mundo, sendo que a maior parte da redução ocorreu a partir do ano 2000. Combate a doenças: novas taxas de in- fecção de HIV caíram aproximadamente em 40%, entre 2000 e 2013. Mais de 6,2 milhões de mortes por malária foram evi- tadas entre 2000 e 2015, enquanto a pre- venção, o diagnóstico e o tratamento de tuberculose salvaram 37 milhões de vidas, estimadas entre 2000 e 2013. Saneamento: mundialmente, 2,1 bilhões de pessoas tiveram acesso a melhorias no saneamento, e a proporção de pessoas que praticam defecação a céu aberto caiu quase pela metade desde 1990. Parceria global: a assistência oficial ao desenvolvimento dos países desenvolvi- dos para países em desenvolvimento teve um aumento real de 66% do ano 2000 até 2014, chegando a U$ 135,2 bilhões.
  • 22. 22 15. Quais as lacunas deixadas pelos ODM globalmente? Cerca de 800 milhões de pessoas ainda vivem em situação de pobreza extrema, e 795 milhões ainda sofrem com a fome. Entre 2000 e 2015, o número de crian- ças fora da escola caiu quase pela metade. No entanto, ainda existem 57 milhões de crianças para as quais o direito à educação primária é negado. A desigualdade de gênero persiste apesar do progresso em diversas áreas, incluindo o aumento da representatividade das mu- lheres em parlamentos e o aumento do nú- mero de meninas frequentando as escolas. Mulheres continuam a enfrentar discrimi- nação no acesso ao trabalho, na remunera- ção, para o alcance aos bens econômicos e participação em relação à tomada de deci- são nos âmbitos público e privado. Desigualdades econômicas continuarão existindo entre famílias pobres e ricas, e áreas urbanas e rurais. Crianças prove- nientes das residências 20% mais pobres têm duas vezes mais chances de ficarem subnutridas do que as crianças mais ricas, e também têm quatros vezes mais chances de não frequentarem a escola. Instalações de saneamento de qualidade atendem so- mente metade da população rural, ao con- trário de 82% das áreas urbanas. Enquanto a taxa de mortalidade de crian- ças com menos de cinco anos caiu 53% en- tre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças continua cada vez mais concentrada nas regiões mais pobres e durante primeiro mês de vida.
  • 23. 23 16. Quais as principais conquistas em relação aos ODMs no Brasil?* Fome e pobreza: as metas internacionais e nacionais foram alcançadas em 2012. A pobreza extrema caiu de 25%, em 1990, para 3%, em 2013. Educação básica: a desigualdade do acesso à escola pelas crianças de 7 a 14 anos foi superada graças às sucessivas po- líticas de universalização do ensino. Quanto aos jovens de 15 a 24 anos com pelo menos seis anos completos de estudo, a percenta- gem passou de 59,9% em 1990, para 84% em 2012. Igualdade de gênero: atualmente, as mulheres brasileiras têm maior acesso à educação que os homens. Também houve progresso quanto à participação feminina no mercado de trabalho e à representação política das mulheres. Mortalidade infantil: a meta foi alcançada, com redução para 17,7 óbitos por mil nasci- dos vivos em 2011, com tendência progres- siva de melhora. Saúde materna: a taxa de mortalidade materna brasileira caiu em 55%, de 1990 a 2011. Intensificou-se o acompanhamen- to da gestante, sendo que 99% dos partos ocorrem em estabelecimentos de saúde. Combate a doenças: a taxa de detecção de AIDS manteve-se estável nos últimos 10 anos, em torno de 20 por 100 mil habitan- tes por ano de diagnóstico, e o coeficiente de mortalidade por AIDS também diminuiu. Quanto à malária, a incidência parasitária anual caiu de 3,9 para 1,3 casos por mil ha- bitantes, e a de tuberculose de 51,8 para 37 casos por 100 mil habitantes *Dados disponíveis no 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, publicado em 2014.
  • 24. 24 Meio ambiente: em 2012, as porcenta- gens de pessoas sem acesso à água e sem acesso ao esgotamento sanitário caíram abaixo da metade do nível de 1990 e as ta- xas de moradia inadequada para a popula- ção urbana caiu para 36,6% em 2012. Hou- ve redução do desmatamento na Amazônia de 27.772 km2, em 2004, para 4.848 km2, em 2014. Parcerias: quanto a parcerias, ressalta-se participação no G20, apoio financeiro à As- sociação Internacional de Desenvolvimento (AID), participação na Rodada de Doha e for- te atuação na Cooperação Sul-Sul. Como o Brasil é um exemplo mundial da bem-sucedida implementação dos ODM – com políticas de proteção social e de pre- servação do meio ambiente que se apre- sentam como boas práticas que podem ser replicadas em vários países do mundo –, ele tem tudo para ser também um líder na mobilização em torno da agenda dos ODS.
  • 25. 25 17. Por que as pessoas e as organizações devem se importar com os ODS? Trabalhar para alcançar os Objetivos Globais tornará o mundo melhor para as gerações futuras – o mundo que elas vive- rão. Devemos aproveitar essa oportunidade para mudar nosso mundo para melhor. En- tendemos o que podemos e devemos fazer para erradicar a extrema pobreza, a fome e o sofrimento desnecessário, e podemos construir uma comunidade mundial que provê a todos os seus cidadãos o direito igual para viverem suas vidas em plenitude – tudo isso sem prejudicar o planeta.
  • 26. 26
  • 27.
  • 28. !