[1] Três jovens hebreus se recusam a adorar uma estátua de ouro erguida por Nabucodonozor e são condenados à morte na fornalha ardente. [2] Eles confiam que Deus pode livrá-los, mas não cederão à idolatria. [3] Dentro da fornalha, aparece um quarto homem e os protege das chamas, mostrando o poder de Deus em livrar os fiéis.
2. O mais importante não é viver, mas ser fiel a Deus e obedecê-LO
Esta era a frase que ecoava dentro dos corações dos amigos de
Daniel e do próprio Daniel !
Pessoas comprometidas com Deus resistem ao pecado até o fim
e estão sempre dispostas a morrer do que pecar. Em Daniel 03
veremos algumas verdades que nos chamam a atenção. Que o
Espírito Santo de Deus grave estas verdades em seu coração!
3. Em primeiro lugar: tome cuidado, pois a sede pelo poder ou
sucesso pode tornar você cego e louco. Nabucodonozor era um
homem assim, ficou embriagado pelo poder. Ficou cego em sua
própria glória e por isso afundou. Ele não se contentou em ser
um rei poderoso, queria ser muito mais, queria ser um “deus”
reverenciado e adorado por todos!
Em segundo lugar: tenha muito cuidado com a síndrome de
dono do mundo. Ela causa em você uma falsa sensação que
todas as coisas giram em torno de sua vontade. Nabucodonozor
constrói uma estátua de ouro com 30 metros de altura e ordena
que todos a adorem. Pessoas tomadas por esta síndrome
sempre tentaram obrigar você a fazer o que elas querem.
4. Terceiro lugar: os poderes deste mundo esbarram na fidelidade
dos servos de Deus. Os poderosos deste mundo sempre
encontram limites em pessoas fiéis a Deus. A verdade é
inegociável para nós. Um cristão verdadeiro é intransigente (no
bom sentido), não vende sua consciência e seus absolutos
(naquilo que crê de todo coração). Prefere a morte do que ser
infiel. Estão sempre prontos a morrer não a pecar!
5. Outras cinco lições:
A prova (Vs. 01-07) – Nabucodonozor esta embriago pelo poder.
Seu coração se engrandeceu (01-05) e quis ser adorado como
Deus. Diante da revelação de seu sonho, não se humilhou, mas
exaltou-se ainda mais. Ele instituiu culto a si mesmo, todos
deveriam reverenciá-lo, usou a força política para consolidar uma
religião opressora (islamismo). Esta religião obrigava as pessoas a
prestar lealdade e culto ao rei. Ele não conquista por amor seus
súditos, mas pela força. As pessoas se curvam por medo e não
por devoção. É um culto ao terror, ao medo. Quem não obedecia
era condenado à morte na fornalha ardente. Quando a religião se
desvia da verdade, torna-se intolerante e opressiva.
6. A acusação (vs. 08-12): Pessoas ingratas têm memória curta.
Todos aqueles que haviam sido salvos pela intervenção de
Daniel e seus amigos agora os acusam de desobediência ao rei.
Nunca se esqueça: ingratidão é uma atitude que fere demais as
pessoas e entristece o coração de Deus. Outro detalhe: pessoas
invejosas sempre são ingratas e traiçoeiras. A inveja é um mal
terrível – destrói não só a própria pessoa, mas tenta destruir as
pessoas que estão ao seu redor. A inveja foi o pecado que levou
Lúcifer a ser um querubim descontente mesmo no céu onde
habitava. A inveja provoca brigas, contendas, críticas, mortes e
desastres. Mesmo assim aqueles jovens não temeram. A
principal lição deste capítulo não é o grande livramento de
Deus, mas a fidelidade inegociável.
7. A fidelidade incondicional não é uma barganha com Deus. Muitas
vezes nossa fidelidade a Deus nos levará às fornalhas desta vida, à
covas de leões, à prisões, à sermos rejeitados, despedidos e
humilhados. Nosso compromisso não é com homens ou com o
sucesso, mas com a fidelidade a Deus!
Ceder à pressão da maioria pode destruir sua vida mais que o fogo
da fornalha. Muitos são tentados a ceder hoje em dia. O mundo
tem sua própria fornalha ardente à espera daqueles que não se
dobram aos ídolos destes dias. Os chamados “fiéis” a Cristo são
ridicularizados e chamados de retrógrados ou fanáticos. Cuidado
com a opinião da maioria... Via de regra ela está errada!
8. A firmeza (vs. 13-18) - é importante entender que não somos
chamados para sermos advogados de Deus, mas Suas
testemunhas. Os três jovens não ficaram discutindo, eles não
precisavam provar para o rei quem Deus é, eles apenas
testemunhavam mostrando que estavam prontos a
morrer, mas, não ser infiéis a Deus. O rei tenta intimidá-los
dizendo que nenhum deus poderia livrá-los de suas mãos e de
uma fornalha sete vezes mais quente que o normal. Mas os três
jovens não tentam defender a reputação de Deus, procuram
apenas obedece- Lo (vs. 16-17). É importante notar também
que a fé daqueles jovens não era arrogante.
9. Os três jovens disseram que Deus poderia livrá-los, mas, não
dizem que Deus obrigatoriamente o faria. Eles não são donos da
agenda de Deus. Eles não decretam nada, apenas deixam a
vontade de Deus prevalecer. As vezes Deus livra seus servos da
morte, outras vezes não. Não importa, pois “se vivemos para
Deus vivemos, ou se morremos para Deus, morremos. De sorte
quer vivamos ou morramos, somos do Senhor” – Rom. 14:08.
Somos fiéis a Deus não apenas pelas coisas que Ele faz, mas por
quem Ele é. Aqueles jovens serviam a Deus não por causa dos
benefícios, mas por causa do caráter de Deus. Hoje é justamente
o contrário: as pessoas querem as bênçãos, mas não o Deus das
bênçãos. Viver não é preciso, mas andar com Deus sim!
10. A liberdade (vs. 19-25) – O rei ficou irritadíssimo. Uma pessoa
assim sempre cometes atos insanos, impensados. Irritação e
ódio sempre nos levam à loucura. Nabucodonozor desafiou o
DEUS VIVO. Mandou aquecer a fornalha sete vezes mais.
Lembre-se: Deus não nos livra de problemas, mas nos
problemas. Deus não impediu a fabricação da imagem, da fúria
do rei, da fornalha sete vezes mais poderosa, das acusações de
insubordinação. Deus transformou o instrumento de morte em
instrumento de livramento. O fogo só queimos as amarras e
libertou os três servos de Deus. Eles foram amarrados, mas
saíram livres! Quando todos os recursos da terra
acabam, encontramos livramento no quarto Homem, ainda que
em meio à fornalha (vs. 24-25).
11. Queridos:
Só temos duas escolhas nesta vida: ou ficamos fora da
fornalha com Nabucodonozor (mundo) ou dentro dela
com Cristo. O lugar do calor da prova é o mesmo lugar
da comunhão íntima com Deus. O “quarto Homem”
sempre vem ao nosso encontro, pois Ele prometeu:
“Eis que estou convosco todos os dias até a
consumação dos séculos” – Mateus 28:20
Perceberam quem é o quarto Homem?
12. A promoção (vs. 26-30) – Quando você honra a Deus Ele honra
você (Vs. 26). O mesmo rei que ficou transtornado agora os
chamou reverentemente de “servos do Deus Altíssimo”. O
mesmo rei que decretou a morte agora os faz prosperar. Quem
pode fazer isso senão o Deus Todo Poderoso? Quando você é fiel
a Deus, o nome de Deus é exaltado. Que a igreja destes dias
responda às pressões deste mundo com uma fidelidade
inegociável. Muitos homens já haviam passado por “fornalhas”:
Abraão, Jacó, José e Davi. Muitos depois também passaram:
Paulo, Pedro e João em Patmos. Todos estes também
experimentaram a presença consoladora e libertadora do
“quarto Homem”. Ele sempre vem ao nosso encontro quando os
recursos acabam e nossas chances desaparecem. Ele sempre
caminhará conosco no meio do fogo da dor, da doença, do
abandono, da solidão e da morte.