SlideShare uma empresa Scribd logo
Bruna Silva de Oliveira
 O controle é parte integrante e essencial de qualquer processo de
produção de bens e serviços. A sua principal função deve ser a busca
de melhores resultados por parte das organizações que integra. O
controle precisa atuar concomitantemente às diversas etapas do
processo de produção, detectando desvios e anomalias em tempo
compatível com a introdução oportuna dos aperfeiçoamentos e
correções que se fizerem necessários. A questão da oportunidade é
crucial: o controle somente pode ser caracterizado como tal quando
contribui tempestivamente para a consecução dos objetivos da
organização.
Nem todo ato de má gestão constitui um ato ilícito, que requer, em prol da
segurança jurídica, prolongadas demonstrações de responsabilidade. Pelo
contrário, todo empreendimento, mesmo aqueles patrocinados pelo poder
público, envolve riscos
Na prática, contudo, as ações de controle exibem inúmeras deficiências. O
acompanhamento físico da execução dos projetos públicos é limitado. As
prestações de contas, por sua vez, são analisadas à luz dos papéis apresentados,
com ênfase nos aspectos formais. Já os trabalhos técnicos são, com frequência,
produzidos sob bases frágeis, pobres em evidências, carentes de validação
técnica específica
Efetivamente, a interação com o ambiente externo é fundamental para que o TCU possa cumprir
com eficácia a sua missão institucional, sendo primordial que as expectativas das partes
interessadas no controle externo, especialmente o Congresso Nacional e a sociedade civil, sejam
identificadas corretamente.
Em pesquisa conduzida pelo TCU, foram identificadas várias oportunidades para a atuação
da corte de contas da União. Seguem algumas.
• A crescente demanda por serviços públicos, cuja prestação por empresas concessionárias
requer acompanhamento.
• As expectativas de que o TCU desenvolva ações que possam orientar e prevenir erros.
• As demandas por avaliações dos resultados das ações públicas.
Por outro lado, o TCU também entende que deve estar atento a várias restrições, em
especial as que seguem.
• a inconstância na estrutura da administração pública, principalmente do sistema de
controle interno.
• a concorrência com o Ministério Público da União e com outras entidades de auditoria.
• a demanda superior à capacidade de atendimento.
• o desgaste da imagem institucional.
• a profusão normativa
Já no que se refere ao ambiente intrainstitucional, o TCU entende que possui
prerrogativas que podem auxiliar na melhora do desempenho do controle externo,
destacando-se estas.
 O poder sancionador.
 O processo decisório compartilhado.
 A autonomia e independência institucionais.
 O assessoramento técnico ao Congresso Nacional.
 O poder normativo referente às matérias de sua competência
Por outro lado, a própria corte de contas da União reconhece que vários aspectos
internos precisam ser aprimorados, para que o desempenho do controle externo não
continue sendo prejudicado.
• Predomínio do controle reativo.
• Planejamento estratégico pouco efetivo.
• Reduzida especialização em áreas temáticas.
• Reduzida cobertura de recursos fiscalizados.
• Poder sancionador pouco reconhecido pela sociedade.
• Ausência de critérios de seletividade na execução da atividade de controle.
• Ausência de indicadores de desempenho que favoreçam a tempestividade, a eficácia e
a efetividade do controle externo.
• Política de recursos humanos e estruturas organizacionais pouco flexíveis para atender
às constantes mudanças do ambiente externo.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Bases constitucionais e legais do controle externo

Autonomia e Especialização Técnica no TCU
Autonomia e Especialização Técnica no TCUAutonomia e Especialização Técnica no TCU
Autonomia e Especialização Técnica no TCU
Alexandre A. Rocha
 
Material 01 aula_01_auditoria_reg
Material 01 aula_01_auditoria_regMaterial 01 aula_01_auditoria_reg
Material 01 aula_01_auditoria_reg
rodriguessusu
 
Apostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE MG.pdf
Apostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE       MG.pdfApostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE       MG.pdf
Apostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE MG.pdf
mattoso1970
 
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamentalApostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
osatoas
 
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamentalApostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
mattoso1970
 
Estruturando o controle interno modelo coso
Estruturando o controle interno modelo cosoEstruturando o controle interno modelo coso
Estruturando o controle interno modelo coso
TvSaj
 
Auditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdf
Auditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdfAuditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdf
Auditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdf
RogerJaeger
 
Outsourcing Controlo Interno ApresentaçãO
Outsourcing Controlo Interno ApresentaçãOOutsourcing Controlo Interno ApresentaçãO
Outsourcing Controlo Interno ApresentaçãO
Nuno Saraiva
 
Controle dos Contratos Terceirizados
Controle dos Contratos TerceirizadosControle dos Contratos Terceirizados
Controle dos Contratos Terceirizados
Editora Fórum
 
Proj Mercio Arcanjo
Proj Mercio ArcanjoProj Mercio Arcanjo
Proj Mercio Arcanjo
Mercio Arcanjo
 
Auditoria interna vs auditoria externa
Auditoria interna vs auditoria externaAuditoria interna vs auditoria externa
Auditoria interna vs auditoria externa
AnaCabral64
 
Auditoria – divisão e campo de atuação
Auditoria – divisão e campo de atuaçãoAuditoria – divisão e campo de atuação
Auditoria – divisão e campo de atuação
Prof. Antônio Martins de Almeida Filho
 
conceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.ppt
conceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.pptconceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.ppt
conceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.ppt
AlexandreAmaral78
 
Auditoria interna e o controle interno
Auditoria interna e o controle internoAuditoria interna e o controle interno
Auditoria interna e o controle interno
Universidade Pedagogica
 
Auditoria apostila jorge
Auditoria apostila jorgeAuditoria apostila jorge
Auditoria apostila jorge
Thiago De Lima
 
13 slideshare auditoria de processos para controle de estoque mai 2014
13 slideshare  auditoria de processos para controle de estoque  mai 201413 slideshare  auditoria de processos para controle de estoque  mai 2014
13 slideshare auditoria de processos para controle de estoque mai 2014
delano chaves gurgel do amaral
 
Exercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - GabaritosExercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - Gabaritos
GJ MARKETING DIGITAL
 
Controle aula 0
Controle aula 0Controle aula 0
Controle aula 0
J M
 
GESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight Memorável
GESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight MemorávelGESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight Memorável
GESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight Memorável
Memora S.A.
 
Gestão das Aquisições - Insight Memorável
Gestão das Aquisições - Insight MemorávelGestão das Aquisições - Insight Memorável
Gestão das Aquisições - Insight Memorável
Humberto Ribeiro
 

Semelhante a Bases constitucionais e legais do controle externo (20)

Autonomia e Especialização Técnica no TCU
Autonomia e Especialização Técnica no TCUAutonomia e Especialização Técnica no TCU
Autonomia e Especialização Técnica no TCU
 
Material 01 aula_01_auditoria_reg
Material 01 aula_01_auditoria_regMaterial 01 aula_01_auditoria_reg
Material 01 aula_01_auditoria_reg
 
Apostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE MG.pdf
Apostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE       MG.pdfApostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE       MG.pdf
Apostila-controle-interno-e-auditoria-governamental-CGE MG.pdf
 
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamentalApostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
 
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamentalApostila controle-interno-e-auditoria-governamental
Apostila controle-interno-e-auditoria-governamental
 
Estruturando o controle interno modelo coso
Estruturando o controle interno modelo cosoEstruturando o controle interno modelo coso
Estruturando o controle interno modelo coso
 
Auditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdf
Auditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdfAuditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdf
Auditoria Governamental (planejamento de auditorias) TCE RJ.pdf
 
Outsourcing Controlo Interno ApresentaçãO
Outsourcing Controlo Interno ApresentaçãOOutsourcing Controlo Interno ApresentaçãO
Outsourcing Controlo Interno ApresentaçãO
 
Controle dos Contratos Terceirizados
Controle dos Contratos TerceirizadosControle dos Contratos Terceirizados
Controle dos Contratos Terceirizados
 
Proj Mercio Arcanjo
Proj Mercio ArcanjoProj Mercio Arcanjo
Proj Mercio Arcanjo
 
Auditoria interna vs auditoria externa
Auditoria interna vs auditoria externaAuditoria interna vs auditoria externa
Auditoria interna vs auditoria externa
 
Auditoria – divisão e campo de atuação
Auditoria – divisão e campo de atuaçãoAuditoria – divisão e campo de atuação
Auditoria – divisão e campo de atuação
 
conceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.ppt
conceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.pptconceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.ppt
conceituac3a7c3a3o-normas-e-tipos-de-auditoria-ufba-final.ppt
 
Auditoria interna e o controle interno
Auditoria interna e o controle internoAuditoria interna e o controle interno
Auditoria interna e o controle interno
 
Auditoria apostila jorge
Auditoria apostila jorgeAuditoria apostila jorge
Auditoria apostila jorge
 
13 slideshare auditoria de processos para controle de estoque mai 2014
13 slideshare  auditoria de processos para controle de estoque  mai 201413 slideshare  auditoria de processos para controle de estoque  mai 2014
13 slideshare auditoria de processos para controle de estoque mai 2014
 
Exercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - GabaritosExercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - Gabaritos
 
Controle aula 0
Controle aula 0Controle aula 0
Controle aula 0
 
GESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight Memorável
GESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight MemorávelGESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight Memorável
GESTÃO DAS AQUISIÇÕES - Insight Memorável
 
Gestão das Aquisições - Insight Memorável
Gestão das Aquisições - Insight MemorávelGestão das Aquisições - Insight Memorável
Gestão das Aquisições - Insight Memorável
 

Último

Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Mary Alvarenga
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
sthefanydesr
 
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Centro Jacques Delors
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
Pastor Robson Colaço
 
socialização faculdade uniasselvi 2024 matea
socialização faculdade uniasselvi 2024 mateasocialização faculdade uniasselvi 2024 matea
socialização faculdade uniasselvi 2024 matea
ILDISONRAFAELBARBOSA
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
cmeioctaciliabetesch
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
JulianeMelo17
 
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdfCADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
NatySousa3
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
andressacastro36
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
DeuzinhaAzevedo
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
djincognito
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 

Último (20)

Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
 
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)
 
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdfO que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
O que é um Ménage a Trois Contemporâneo .pdf
 
socialização faculdade uniasselvi 2024 matea
socialização faculdade uniasselvi 2024 mateasocialização faculdade uniasselvi 2024 matea
socialização faculdade uniasselvi 2024 matea
 
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdflivro ciclo da agua educação infantil.pdf
livro ciclo da agua educação infantil.pdf
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
 
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdfCADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
 
Funções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prismaFunções e Progressões - Livro completo prisma
Funções e Progressões - Livro completo prisma
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 

Bases constitucionais e legais do controle externo

  • 1. Bruna Silva de Oliveira
  • 2.  O controle é parte integrante e essencial de qualquer processo de produção de bens e serviços. A sua principal função deve ser a busca de melhores resultados por parte das organizações que integra. O controle precisa atuar concomitantemente às diversas etapas do processo de produção, detectando desvios e anomalias em tempo compatível com a introdução oportuna dos aperfeiçoamentos e correções que se fizerem necessários. A questão da oportunidade é crucial: o controle somente pode ser caracterizado como tal quando contribui tempestivamente para a consecução dos objetivos da organização.
  • 3. Nem todo ato de má gestão constitui um ato ilícito, que requer, em prol da segurança jurídica, prolongadas demonstrações de responsabilidade. Pelo contrário, todo empreendimento, mesmo aqueles patrocinados pelo poder público, envolve riscos
  • 4. Na prática, contudo, as ações de controle exibem inúmeras deficiências. O acompanhamento físico da execução dos projetos públicos é limitado. As prestações de contas, por sua vez, são analisadas à luz dos papéis apresentados, com ênfase nos aspectos formais. Já os trabalhos técnicos são, com frequência, produzidos sob bases frágeis, pobres em evidências, carentes de validação técnica específica
  • 5. Efetivamente, a interação com o ambiente externo é fundamental para que o TCU possa cumprir com eficácia a sua missão institucional, sendo primordial que as expectativas das partes interessadas no controle externo, especialmente o Congresso Nacional e a sociedade civil, sejam identificadas corretamente. Em pesquisa conduzida pelo TCU, foram identificadas várias oportunidades para a atuação da corte de contas da União. Seguem algumas. • A crescente demanda por serviços públicos, cuja prestação por empresas concessionárias requer acompanhamento. • As expectativas de que o TCU desenvolva ações que possam orientar e prevenir erros. • As demandas por avaliações dos resultados das ações públicas.
  • 6. Por outro lado, o TCU também entende que deve estar atento a várias restrições, em especial as que seguem. • a inconstância na estrutura da administração pública, principalmente do sistema de controle interno. • a concorrência com o Ministério Público da União e com outras entidades de auditoria. • a demanda superior à capacidade de atendimento. • o desgaste da imagem institucional. • a profusão normativa
  • 7. Já no que se refere ao ambiente intrainstitucional, o TCU entende que possui prerrogativas que podem auxiliar na melhora do desempenho do controle externo, destacando-se estas.  O poder sancionador.  O processo decisório compartilhado.  A autonomia e independência institucionais.  O assessoramento técnico ao Congresso Nacional.  O poder normativo referente às matérias de sua competência
  • 8. Por outro lado, a própria corte de contas da União reconhece que vários aspectos internos precisam ser aprimorados, para que o desempenho do controle externo não continue sendo prejudicado. • Predomínio do controle reativo. • Planejamento estratégico pouco efetivo. • Reduzida especialização em áreas temáticas. • Reduzida cobertura de recursos fiscalizados. • Poder sancionador pouco reconhecido pela sociedade. • Ausência de critérios de seletividade na execução da atividade de controle. • Ausência de indicadores de desempenho que favoreçam a tempestividade, a eficácia e a efetividade do controle externo. • Política de recursos humanos e estruturas organizacionais pouco flexíveis para atender às constantes mudanças do ambiente externo.