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NOÇÕES DE ARQUIVÍSTICA E
ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS
HISTÓRICOS
AULA I
HISTÓRIA, ARQUIVO, DOCUMENTO
CONCEPÇÃO:
CACILDA MAESIMA – CDPH/DH/UEL
EDSON JOSÉ HOLTZ LEME - CDPH /DH/UEL
JOSÉ MIGUEL ARIAS NETO – DH/UEL
HISTÓRIA E ARQUIVO
 Lat. archivum, - 'palácio, tribunal, arquivo, lugar
onde se guardam papéis e documentos antigos,
cartório‘.
 Greg. arkheîon 'residência dos principais
magistrados, onde se guardavam os arquivos de
Atenas‘.
 Conjunto de documentos manuscritos, gráficos, fotográficos etc.
produzidos, recebidos e acumulados no decurso das atividades de uma
entidade pública ou privada, us. inicialmente como instrumentos de
trabalho e posteriormente conservados como prova e evidência do
passado, para fins de direito dessa entidade ou de terceiros, ou ainda
para fins culturais e informativos.
 Conjunto de documentos relativos à história de um país, região, cidade,
instituição, família, pessoa etc.
 Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o
processamento técnico, a conservação e o acesso a documentos.
 Recinto onde se guardam esses documentos.
 Móvel de escritório que facilita a guarda sistemática de documentos ou
papéis.
 Informática :conjunto de dados digitalizados que pode ser gravado em
um dispositivo de armazenamento e tratado como ente único [Arquivos
podem conter representações de documentos, figuras estáticas ou em
movimentos, sons e quaisquer outros elementos capazes de serem
digitalizados.]
(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa; Dicionário Brasileiro de
Terminologia Arquivística, 2005.)
Relação social
Compreensão histórica
Diferentes Funções e Usos
Informação
ANTIGUIDADE
Relação
História – Arquivos
Não linear – complexa
Antiguidade Oriental
Antiguidade Ocidental
ANTIGUIDADE ORIENTAL
Biblioteca de Assurbanipal : 22 mil tabuletas de argila
escapadas ao incêndio de Nínive
 Proclamações reais
 Despachos diplomáticos
 Leis
 Decisões judiciárias
 Contratos
 Narrativas legendárias
 Coletâneas de provérbios
Ugarit ( Síria)
 Narrativa do Dilúvio
 Três depósitos de arquivos administrativos,
diplomáticos e financeiros
Mari
 20 mil tabuletas de arquivos diplomáticos
Antiguidade Oriental: essencialmente arquivos
privados = convenções comerciais e jurídicas entre
particulares, constituem a maior parte das 750 mil
tabuletas reunidas nas coleções contemporâneas
ANTIGUIDADE OCIDENTAL
 Grécia e Roma – Arquivos Imperiais, destruídos
pelas invasões “bárbaras”.
 Métodos e regras de registro e conservação
transferidas aos mosteiros e estados medievais.
 Pesquisa histórica: arqueologia e literatura
Pouca valorização dos arquivos pelos historiadores
 Heródoto: Histórias -narra Guerras Pérsicas – salvar
do esquecimento ações de gregos e
bárbaros(estrangeiros: persas).
 Tucídides: História da Guerra do Peloponeso – narra
guerras entre os gregos : História é Política
Epistemologia: Ver – Ouvir
Operação contra o tempo destruidor
História do Presente
 Outro tipo de pesquisador : Antiquário
 Antiguidade: crítico, erudito, filólogo, gramático,
literato : archaiologo
 Pesquisa de arquivos: monografias regionais
ESTADO INCA
ARQUIVOS ADMINISTRATIVOS: QUIPOS
CONFEDERAÇÃO ASTECA: CÓDICES
Códice Florentino Códice Mendoza
EUROPA OCIDENTAL
RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS
RENASCIMENTO
 Bibliotecas de Príncipes ( Sforza em Milão, Médici em
Florença, Este em Módena e Ferrara)
 Coleções de Arte, textos literários
ABSOLUTISMO
 Reino de Nápoles, Inglaterra e França ( século XIV)
 Felipe II : Século XVI –administração do império
espanhol ( que abarcava Europa, África, Ásia e América)
Característica central – Arquivos Secretos
Arquivos “privados” já que visavam preservar
documentação que subsidiasse pretensões
dinásticas e religiosas, “direitos” territoriais.
Direitos “privados” das elites. Não há possibilidade
de acesso público.
Documento: prova de veracidade
Privilégio - lat. privilegìum,ìi 'lei excepcional
concernente a um particular ou a poucas pessoas;
privilégio, favor, graça'; ver privilegi-; f.hist. sXIII
privilegio, sXIV priuylegyos, sXV preuilegi )
REFORMA
 Questionamento dos dogmas católicos e pretensões da
Igreja
 Estimulo à crítica erudita – Contra Reforma : Jesuítas –
Critica documental ou filológica
 Estimulo à pesquisa de arquivo pelos historiadores
 Valorização social dos arquivos / Notas de rodapé
surgimento da crítica histórica ( erudito-
filológica)
pesquisa antiquaria: vestígios das civilizações
antigas.
SÉCULOS XVIII E XIX
 Transição do Antigo Regime para a República
mais longo que supõe a historiografia
 Revoluções Americanas e Francesa – início e
não conclusão dos processos
 Início de transformação epistemológica nas
Ciências Morais e Políticas ( Ciências Humanas) :
História, Sociologia, Antropologia, Arquivologia,
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Político: Revoluções e Nações
 Novo estatuto jurídico aos homens. Igualdade
civil. Emerge a concepção de gestão das coisas de
todos por todos: Res publica.
 Fim dos “direitos privados na administração do
Estado” a publicização dos arquivos significou a
saída dos atos do Estado do campo do segredo, da
obscuridade para a nova “esfera da liberdade
pública”.
 Bens Nacionais: Antigas Bibliotecas Reais, Arquivos,
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(Confisco das propriedades aristocráticas e eclesiásticas).
Bibliotecas, Arquivos e Museus Nacionais.
1793 – Durante a Revolução o Louvre é aberto à visitação pública como Museu.
Função política e pedagógica: apropriação pela nação dos bens da Monarquia.
 História científica – nacionalismos, identidades
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 Arquivo Público: administração pública e história
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do historiador: École de Chartes
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populações: econômicos e sociais. Produção de
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Desenvolvimento tecnológico – ampliação da
necessidade e da capacidade de gerar ilimitadamente
documentação. Novos tipos, como por exemplo, som e
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Problemas para os Arquivos: conservação, organização,
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NATUREZA E OBJETIVOS
DOS ARQUIVOS MODERNOS
Padrões internacionais de:
Acolhida da documentação;
Conservação (métodos e técnicas);
Classificação;
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Disponibilização e reprodução;
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Cultura Organizacional de Gestão Arquivística
ARQUIVO PÚBLICO
Administração privada e pública;
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Arquivo : Relação Social /Inter(ação)
Centro de Cultura
CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO
Instituição ou serviço responsável pela centralização de documentos e
disseminação de informações” (Dicionário Brasileiro de Terminologia
Arquivística)
 Reúne documentos (compra, permuta, doação ou recolhimento
obrigatório) com características das outras entidades;
 Órgão colecionador e/ou referenciador;
 Finalidades: informação cultural, científica, funcional, jurídica ou social
especializada;
 Objetivos: informar, instruir e provar;
 Forma de organização: segundo a natureza do documento;
 Descrição: de acordo com as especificidades do acervo:
biblioteconômica ou arquivística.
CDPH – CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO
E PESQUISA HISTÓRICA - UEL
 Definição Institucional: Departamento de História
 Tema: História das Américas
 Organização do acervo
 Política de descrição documental
 Conservação e Reprodução: microfilmagem e
digitalização
 Disponibilização e consulta: analógica e
informatizada
 Especialização do corpo técnico
 Centro de cultura
BIBLIOTECA
Edifício onde se instala coleção de livros e documentos congêneres,
organizada para estudo, leitura e consulta. ( Dic. Aurélio)
 Documentos originados das atividades culturais e pesquisa científica,
reunidos artificialmente;
 Documentos múltiplos;
 Órgão colecionador (compra, permuta ou doação);
 Finalidades: educativas, científicas e culturais;
 Objetivo: informar para instruir;
 Forma de organização: Sistemas pré-determinados e universais
(CDU/CDD);
 Descrição: documento isolado.
MUSEU
Estabelecimento permanente criado para conservar, estudar, valorizar pelos
mais diversos modos, e sobretudo expor para deleite e educação do
público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico ( Dic. Aurélio)
 Objetos bi/tridimensionais (origem: atividade humana ou da natureza);
 exemplar único, reunidos artificialmente, sob a forma de coleção
(conteúdo ou função);
 Finalidades: educativa, cultural e científica;
 Objetivos: informar visualmente para instruir e entreter;
 Forma de organização: segundo a natureza do material e finalidade
específica do Museu;
 Descrição: Peça a peça.
ARQUIVOS, MUSEUS, BIBLIOTECAS, CENTROS DE
DOCUMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEOS
ARQUIVOS, MUSEUS, BIBLIOTECAS, CENTROS DE
DOCUMENTAÇÃO
ESPAÇOS DE DISSONÂNCIAS
IDENTIDADES MÚLTIPLAS
REPÚBLICA MULTICULTURAL
HISTÓRIA E DOCUMENTO
 História: discursos políticos e filosóficos.
 Pesquisa Antiquária: vestígios materiais =
documentos, cultura material = Arqueólogo,
Arquivista, Antiquário, Livreiro, Cientista,
Astrônomo, Cartógrafo, Filólogo.
 Historia = investigação
 Heródoto: historiador cosmopolita; narrativas
culturais
 Tucídides: política, factual e cronológica
 Antiquários: Organizavam Catálogos, Coleções,
Monumentas Documentais, Descrições, etc.
 Duas tradições separadas e até mesmo opostas:
pesquisa contemporânea – objeto/pesquisa
( rodapé – prova/história da pesquisa)
Concepção de História: França é o ápice da evolução da
civilização. Ao contrário do Renascimento, a Antiguidade
deixa de ser um modelo e passa ser uma “Introdução” à
história européia e francesa.
 Surgimento da concepção linear de História na França e
na Prússia com a emergência da Escola Metódica:
Antiguidade – I. Média – I. Moderna – I. Contemporânea
Epistemologia: Idéia de progresso/ tempo linear :
passado é introdução ao presente– Herança cultural
 Documentos das elites: direitos privados para
suportes das narrativas sobre o “nascimento da
nação”.
 École de Chartes ( antiquário).
 Incorpora ao trabalho do historiador a ars
antiquaria.
 Ideal cientificista: método científico para a História.
 Crítica erudita, imparcialidade na análise e a
isenção do julgamento.
 Critérios para “seleção” dos documentos que
confeririam realidade e identidade à Nação.
 Selecionar porque o documento é visto e concebido
como representação, como versão.
 Recorte documento das “elites” , mas submetidos a
uma análise marcada pelo problema principal
destes historiadores que é conferir uma
longevidade e continuidade ( elementos da
identidade) a algo novo: Nação.
 Marcos constitutivos: Heróis ( que servem de
modelo pedagógico de cidadania aos tempos
presentes); Batalhas que configuram os territórios
nacionais; Reis que espelham e encarnam ( outro
modelo) a nação e mais do que isto, atestam sua
antiguidade.
 Historicização do mundo: novas disciplinas são
antes de tudo históricas:
Ex: Arquivística, Museologia, Biblioteconomia;
Geografia, Política, Patrimônio Nacional = Auxiliares
da História na constituição de espaços e narrativas
nacionais ( Atlas Histórico, Caráter do Povo)
 Numismática, filologia, heráldica, etc: Auxiliares da
História na constituição do discurso do nacional;
 Filosofia do Iluminismo: o progresso, o nascimento
da nação.
 Liberal-aristocrático, principalmente após 1848,
quando o pânico das revoluções socialistas
provocam uma remobilização do Ancién Régime.
 Decididamente Imperial, Nacional e Aristocrático
após 1870 quando o surgimento da Alemanha
redesenha a engenharia política traçada desde
1815, isto é, do Congresso de Viena.
 Crise Geral e Guerra: 1914-1945;
 Ruptura epistemológica. Fim do modelo
nacionalista: identidades plurais, grupos sociais;
 Revolução documental;
 História, Arquivo, Museu, Biblioteca = estilhaçados
na sua perspectiva nacional, hoje redimensionados
 Documento(s), monumento(s): desconstruções e
reconstruções;
 Sucessivos deslocamentos da Memória e da História
 Múltiplos grupos, múltiplas narrativas, múltiplos
suportes= República Multicultural.
BIBLIOGRAFIA
ARENDT, Hannah. Da Revolução. São Paulo: Ática, 1990
_______________. O conceito de História – Antigo e Moderno. In Entre o passado e o
futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 69-126.
AYALA, Felipe Guaman Poma de. Nueva crónica y buen gobierno. Madrid: Siglo XXI, 1987.
BACELLAR, Carlos. Fontes documentais: uso e mau uso dos arquivos.In PINSKY, Carla B
(org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005.
FURET, François. A oficina da história. Lisboa: Gradiva, s/d
GLÉNISSON, Jean. Iniciação aos estudos históricos. São Paulo: DIFEL, 1979.
HARTOG, François. O século XIX e a História: o caso Fustel de Coulanges. Rio de Janeiro:
Editora UFRJ, 2003.
HOLANDA, Sérgio B. O atual e o inatual em Leopold von Ranke. In HOLANDA, Sérgio B.
Leopold von Ranke. São Paulo: Ática,1979, p.7-61.
LEFORT, Claude. A invenção democrática: os limites da dominação totalitária. São Paulo:
Brasiliense, 1983.
MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru: EDUSC,
2004.
SILVA, Glaydson J. (Org.) A escola metódica.Campinas: UNICAMP, 1990.

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aula1_ArquivisticaJNETO.ppt

  • 1.
  • 2. NOÇÕES DE ARQUIVÍSTICA E ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS HISTÓRICOS AULA I HISTÓRIA, ARQUIVO, DOCUMENTO
  • 3. CONCEPÇÃO: CACILDA MAESIMA – CDPH/DH/UEL EDSON JOSÉ HOLTZ LEME - CDPH /DH/UEL JOSÉ MIGUEL ARIAS NETO – DH/UEL
  • 4. HISTÓRIA E ARQUIVO  Lat. archivum, - 'palácio, tribunal, arquivo, lugar onde se guardam papéis e documentos antigos, cartório‘.  Greg. arkheîon 'residência dos principais magistrados, onde se guardavam os arquivos de Atenas‘.
  • 5.  Conjunto de documentos manuscritos, gráficos, fotográficos etc. produzidos, recebidos e acumulados no decurso das atividades de uma entidade pública ou privada, us. inicialmente como instrumentos de trabalho e posteriormente conservados como prova e evidência do passado, para fins de direito dessa entidade ou de terceiros, ou ainda para fins culturais e informativos.  Conjunto de documentos relativos à história de um país, região, cidade, instituição, família, pessoa etc.  Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o acesso a documentos.  Recinto onde se guardam esses documentos.  Móvel de escritório que facilita a guarda sistemática de documentos ou papéis.  Informática :conjunto de dados digitalizados que pode ser gravado em um dispositivo de armazenamento e tratado como ente único [Arquivos podem conter representações de documentos, figuras estáticas ou em movimentos, sons e quaisquer outros elementos capazes de serem digitalizados.] (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa; Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística, 2005.)
  • 7. ANTIGUIDADE Relação História – Arquivos Não linear – complexa Antiguidade Oriental Antiguidade Ocidental
  • 8. ANTIGUIDADE ORIENTAL Biblioteca de Assurbanipal : 22 mil tabuletas de argila escapadas ao incêndio de Nínive  Proclamações reais  Despachos diplomáticos  Leis  Decisões judiciárias  Contratos  Narrativas legendárias  Coletâneas de provérbios
  • 9. Ugarit ( Síria)  Narrativa do Dilúvio  Três depósitos de arquivos administrativos, diplomáticos e financeiros Mari  20 mil tabuletas de arquivos diplomáticos Antiguidade Oriental: essencialmente arquivos privados = convenções comerciais e jurídicas entre particulares, constituem a maior parte das 750 mil tabuletas reunidas nas coleções contemporâneas
  • 10. ANTIGUIDADE OCIDENTAL  Grécia e Roma – Arquivos Imperiais, destruídos pelas invasões “bárbaras”.  Métodos e regras de registro e conservação transferidas aos mosteiros e estados medievais.  Pesquisa histórica: arqueologia e literatura
  • 11. Pouca valorização dos arquivos pelos historiadores  Heródoto: Histórias -narra Guerras Pérsicas – salvar do esquecimento ações de gregos e bárbaros(estrangeiros: persas).  Tucídides: História da Guerra do Peloponeso – narra guerras entre os gregos : História é Política Epistemologia: Ver – Ouvir Operação contra o tempo destruidor História do Presente
  • 12.  Outro tipo de pesquisador : Antiquário  Antiguidade: crítico, erudito, filólogo, gramático, literato : archaiologo  Pesquisa de arquivos: monografias regionais
  • 14. CONFEDERAÇÃO ASTECA: CÓDICES Códice Florentino Códice Mendoza
  • 15. EUROPA OCIDENTAL RENASCIMENTO E REFORMAS RELIGIOSAS RENASCIMENTO  Bibliotecas de Príncipes ( Sforza em Milão, Médici em Florença, Este em Módena e Ferrara)  Coleções de Arte, textos literários ABSOLUTISMO  Reino de Nápoles, Inglaterra e França ( século XIV)  Felipe II : Século XVI –administração do império espanhol ( que abarcava Europa, África, Ásia e América) Característica central – Arquivos Secretos
  • 16. Arquivos “privados” já que visavam preservar documentação que subsidiasse pretensões dinásticas e religiosas, “direitos” territoriais. Direitos “privados” das elites. Não há possibilidade de acesso público. Documento: prova de veracidade Privilégio - lat. privilegìum,ìi 'lei excepcional concernente a um particular ou a poucas pessoas; privilégio, favor, graça'; ver privilegi-; f.hist. sXIII privilegio, sXIV priuylegyos, sXV preuilegi )
  • 17. REFORMA  Questionamento dos dogmas católicos e pretensões da Igreja  Estimulo à crítica erudita – Contra Reforma : Jesuítas – Critica documental ou filológica  Estimulo à pesquisa de arquivo pelos historiadores  Valorização social dos arquivos / Notas de rodapé surgimento da crítica histórica ( erudito- filológica) pesquisa antiquaria: vestígios das civilizações antigas.
  • 18. SÉCULOS XVIII E XIX  Transição do Antigo Regime para a República mais longo que supõe a historiografia  Revoluções Americanas e Francesa – início e não conclusão dos processos  Início de transformação epistemológica nas Ciências Morais e Políticas ( Ciências Humanas) : História, Sociologia, Antropologia, Arquivologia, Patrimônio, Ciência Política, Geografia
  • 19. Político: Revoluções e Nações  Novo estatuto jurídico aos homens. Igualdade civil. Emerge a concepção de gestão das coisas de todos por todos: Res publica.  Fim dos “direitos privados na administração do Estado” a publicização dos arquivos significou a saída dos atos do Estado do campo do segredo, da obscuridade para a nova “esfera da liberdade pública”.
  • 20.  Bens Nacionais: Antigas Bibliotecas Reais, Arquivos, Documentos e Palácios transformados em Museus (Confisco das propriedades aristocráticas e eclesiásticas). Bibliotecas, Arquivos e Museus Nacionais. 1793 – Durante a Revolução o Louvre é aberto à visitação pública como Museu. Função política e pedagógica: apropriação pela nação dos bens da Monarquia.
  • 21.  História científica – nacionalismos, identidades nacionais  Arquivo Público: administração pública e história  Atividades do antiquário introduzidas no trabalho do historiador: École de Chartes  Documento: prova de verdade administrativa, e prova de direitos do cidadão
  • 22. REVOLUÇÃO DOCUMENTAL Emergência das sociedades republicanas e democráticas – interesse sobre vários aspectos da vida das populações: econômicos e sociais. Produção de documentos: inventários, relatórios, entrevistas, etc. Desenvolvimento tecnológico – ampliação da necessidade e da capacidade de gerar ilimitadamente documentação. Novos tipos, como por exemplo, som e imagem em vários suportes: papel, magnético e digital. Problemas para os Arquivos: conservação, organização, classificação e difusão das informações
  • 23. NATUREZA E OBJETIVOS DOS ARQUIVOS MODERNOS Padrões internacionais de: Acolhida da documentação; Conservação (métodos e técnicas); Classificação; Descrição documental; Disponibilização e reprodução; Preservação; Arte da destruição controlada. Cultura Organizacional de Gestão Arquivística
  • 24. ARQUIVO PÚBLICO Administração privada e pública; Difusão da informação; Direitos individuais e sociais; Arquivo : Relação Social /Inter(ação) Centro de Cultura
  • 25. CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO Instituição ou serviço responsável pela centralização de documentos e disseminação de informações” (Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística)  Reúne documentos (compra, permuta, doação ou recolhimento obrigatório) com características das outras entidades;  Órgão colecionador e/ou referenciador;  Finalidades: informação cultural, científica, funcional, jurídica ou social especializada;  Objetivos: informar, instruir e provar;  Forma de organização: segundo a natureza do documento;  Descrição: de acordo com as especificidades do acervo: biblioteconômica ou arquivística.
  • 26. CDPH – CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA HISTÓRICA - UEL
  • 27.  Definição Institucional: Departamento de História  Tema: História das Américas  Organização do acervo  Política de descrição documental  Conservação e Reprodução: microfilmagem e digitalização  Disponibilização e consulta: analógica e informatizada  Especialização do corpo técnico  Centro de cultura
  • 28. BIBLIOTECA Edifício onde se instala coleção de livros e documentos congêneres, organizada para estudo, leitura e consulta. ( Dic. Aurélio)  Documentos originados das atividades culturais e pesquisa científica, reunidos artificialmente;  Documentos múltiplos;  Órgão colecionador (compra, permuta ou doação);  Finalidades: educativas, científicas e culturais;  Objetivo: informar para instruir;  Forma de organização: Sistemas pré-determinados e universais (CDU/CDD);  Descrição: documento isolado.
  • 29. MUSEU Estabelecimento permanente criado para conservar, estudar, valorizar pelos mais diversos modos, e sobretudo expor para deleite e educação do público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico ( Dic. Aurélio)  Objetos bi/tridimensionais (origem: atividade humana ou da natureza);  exemplar único, reunidos artificialmente, sob a forma de coleção (conteúdo ou função);  Finalidades: educativa, cultural e científica;  Objetivos: informar visualmente para instruir e entreter;  Forma de organização: segundo a natureza do material e finalidade específica do Museu;  Descrição: Peça a peça.
  • 30. ARQUIVOS, MUSEUS, BIBLIOTECAS, CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO CONTEMPORÂNEOS ARQUIVOS, MUSEUS, BIBLIOTECAS, CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO ESPAÇOS DE DISSONÂNCIAS IDENTIDADES MÚLTIPLAS REPÚBLICA MULTICULTURAL
  • 31. HISTÓRIA E DOCUMENTO  História: discursos políticos e filosóficos.  Pesquisa Antiquária: vestígios materiais = documentos, cultura material = Arqueólogo, Arquivista, Antiquário, Livreiro, Cientista, Astrônomo, Cartógrafo, Filólogo.
  • 32.  Historia = investigação  Heródoto: historiador cosmopolita; narrativas culturais  Tucídides: política, factual e cronológica  Antiquários: Organizavam Catálogos, Coleções, Monumentas Documentais, Descrições, etc.  Duas tradições separadas e até mesmo opostas: pesquisa contemporânea – objeto/pesquisa ( rodapé – prova/história da pesquisa)
  • 33. Concepção de História: França é o ápice da evolução da civilização. Ao contrário do Renascimento, a Antiguidade deixa de ser um modelo e passa ser uma “Introdução” à história européia e francesa.  Surgimento da concepção linear de História na França e na Prússia com a emergência da Escola Metódica: Antiguidade – I. Média – I. Moderna – I. Contemporânea Epistemologia: Idéia de progresso/ tempo linear : passado é introdução ao presente– Herança cultural
  • 34.  Documentos das elites: direitos privados para suportes das narrativas sobre o “nascimento da nação”.  École de Chartes ( antiquário).  Incorpora ao trabalho do historiador a ars antiquaria.  Ideal cientificista: método científico para a História.  Crítica erudita, imparcialidade na análise e a isenção do julgamento.  Critérios para “seleção” dos documentos que confeririam realidade e identidade à Nação.
  • 35.  Selecionar porque o documento é visto e concebido como representação, como versão.  Recorte documento das “elites” , mas submetidos a uma análise marcada pelo problema principal destes historiadores que é conferir uma longevidade e continuidade ( elementos da identidade) a algo novo: Nação.
  • 36.  Marcos constitutivos: Heróis ( que servem de modelo pedagógico de cidadania aos tempos presentes); Batalhas que configuram os territórios nacionais; Reis que espelham e encarnam ( outro modelo) a nação e mais do que isto, atestam sua antiguidade.  Historicização do mundo: novas disciplinas são antes de tudo históricas: Ex: Arquivística, Museologia, Biblioteconomia; Geografia, Política, Patrimônio Nacional = Auxiliares da História na constituição de espaços e narrativas nacionais ( Atlas Histórico, Caráter do Povo)
  • 37.  Numismática, filologia, heráldica, etc: Auxiliares da História na constituição do discurso do nacional;  Filosofia do Iluminismo: o progresso, o nascimento da nação.  Liberal-aristocrático, principalmente após 1848, quando o pânico das revoluções socialistas provocam uma remobilização do Ancién Régime.  Decididamente Imperial, Nacional e Aristocrático após 1870 quando o surgimento da Alemanha redesenha a engenharia política traçada desde 1815, isto é, do Congresso de Viena.
  • 38.  Crise Geral e Guerra: 1914-1945;  Ruptura epistemológica. Fim do modelo nacionalista: identidades plurais, grupos sociais;  Revolução documental;  História, Arquivo, Museu, Biblioteca = estilhaçados na sua perspectiva nacional, hoje redimensionados  Documento(s), monumento(s): desconstruções e reconstruções;  Sucessivos deslocamentos da Memória e da História  Múltiplos grupos, múltiplas narrativas, múltiplos suportes= República Multicultural.
  • 39. BIBLIOGRAFIA ARENDT, Hannah. Da Revolução. São Paulo: Ática, 1990 _______________. O conceito de História – Antigo e Moderno. In Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 69-126. AYALA, Felipe Guaman Poma de. Nueva crónica y buen gobierno. Madrid: Siglo XXI, 1987. BACELLAR, Carlos. Fontes documentais: uso e mau uso dos arquivos.In PINSKY, Carla B (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005. FURET, François. A oficina da história. Lisboa: Gradiva, s/d GLÉNISSON, Jean. Iniciação aos estudos históricos. São Paulo: DIFEL, 1979. HARTOG, François. O século XIX e a História: o caso Fustel de Coulanges. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003. HOLANDA, Sérgio B. O atual e o inatual em Leopold von Ranke. In HOLANDA, Sérgio B. Leopold von Ranke. São Paulo: Ática,1979, p.7-61. LEFORT, Claude. A invenção democrática: os limites da dominação totalitária. São Paulo: Brasiliense, 1983. MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru: EDUSC, 2004. SILVA, Glaydson J. (Org.) A escola metódica.Campinas: UNICAMP, 1990.