SlideShare uma empresa Scribd logo
Processos e tecnologias na
agroindústria da carne
ovina
Med. Vet. Hellen Almeida
Msc. em Ciência e Tec. dos
Alimentos
Curso de Sistema de Produção de Ovinos de Corte
Fase de Recria e Terminação
Introdução
0Crescimento dos rebanhos
0 Desenvolvimento e aperfeiçoamento
do recursos genéticos
0Mercado interno comprador
Introdução
0Carne uruguaia: ↓ preço ↓ qualidade
02000: 5 mil t: Ovinos vivos
6 mil t Cortes
0Possibilidades de conquistar mercados
internacionais
0Qualidade nutricional
Nordeste
56,9%
Sudeste
4,56%
Norte
3,25%
Centro-Oeste
6,68%
Sul
28,34%
BA – 33,34%
CE – 12,30%
PI – 15,47%
PE – 13,52%
PB – 4,41%
Fonte: IBGE, Pesquisa Pecuária Municipal (2008)
Efetivo ovino no Brasil
Histórico
0Sul (1970): Alternativa para lã – Texel
0 1992: Grande crise: Suffolk, Hampshire Down e Ile
de France
0 Década de 90: Expansão
0Nordeste: raças deslanadas –melhorador
0 Criações de subsistência, extensivas
0 Comercialização de matrizes
090-00: Construção de abatedouros
0Fragilidade da cadeia
Histórico
080 a 90% da produção nacional abatida em
estabelecimentos sem inspeção oficial
0Ausência de regularidade e volume
0Produto desuniforme no mercado
0Oferta de animais não apropriados
0Tabus alimentares.
O que é necessário fazer para
a cadeia avançar em direção
ao processo?
Iniciando a produção
0O que vender?
0Pra quem?
0O que o consumidor espera?
0O que é qualidade para o consumidor?
0Aparência; composição e sensorial
0Forma do pedaço (Conformação), Massa do
corte (Peso) e coloração (Cor)
Iniciando a produção
Técnicas claras e práticas para se
obter caracteres desejáveis
relacionados com a
QUALIDADE DA CARNE
Ouvindo o mercado...
0Há necessidade de uma carcaça maior ou
menor?
0Vender cortes → Carcaças pequenas - O
caso do ‘Peru de Natal’
0Vender para churrascarias → Carcaças
maiores
Suffolk
↑ ganho de peso
Tardia
Texell
↓ ganho de peso
Precoce
Consumidor
Indústria e
mercado varejista
Produtor e
intermediários
Aparência
Composição
Fatores
organolépticos
Economicidade Custo/Benefício
Animais padronizados;
Carcaças de qualidade
- Abastecer mercado
- Mercado Gourmet
Animais de descarte
Uso na produção de
derivados cárneos
Obtenção da carne in natura
Abate
Cortes Padronizados
Controle da qualidade
O abate
0Processo de insensibilização, sangria,
evisceração e separação das partes da
carcaça para consumo humano.
Falta de cuidados no procedimento que
antecedem o abate e durante este pode
causar efeitos indesejáveis na carne,
prejudicar o bem-estar animal, alterar
padrões de comportamento e respostas
imunológicas que influenciarão nas
características do músculo como um todo
(MIRANDA DE LA LAMA et al., 2008).
O pré-abate
0Começa na fazenda
0Evitar stress dos animais
0Transporte: Importante fator de perda de
peso
0 Respeito às densidades
0 Manejo realizado nas horas mais amenas do
dia
Nutrição
Transporte Manejo
Estresse
Glicogênio
5 ovinos por m² (< 55kg)
Lanados: 25% a mais
O pré-abate
0Cuidados no desembarque
0Cuidados na separação dos lotes
0Respeitar período de jejum e restrição
hídrica
0Observação dos animais
Movimentação tranquila no
descarregamento, na condução até a
sala de abate
Atordoamento
Sangria
0Içar animal em até 1 minuto (RIISPOA);
0Venossecção do pescoço (Morte por anóxia);
0Expulsão de 60% do volume de sangue
(Vida de prateleira)
0Abate Kosher e Halal
0 Esfola
0 Evisceração
0 Corte e toalete
0 Estimulação elétrica da carcaça
0 Contrações durante o abate: acelerando a glicólise
anaeróbica e a queda do pH, reduzindo o período
para o estabelecimento do rigor
0 Necessidades: Estudos para se estabelecer
voltagens e exposições ideias à estimulação elétrica
sobre as características sensoriais
0 No Brasil: Bovinos e suínos
Pós-abate
Transformação em carne
0 Condição orgânica que favorece a qualidade da
carne no momento do abate
0 Carne: Rigor mortis
0 Reações químicas a nível celular relacionadas a
maciez
0 Stress leva a queima da reserva do glicogênio
0 Glicogênio é fundamental na redução do pH –
pouco propensa ao crescimento bacteriano; mais
macia.
Refrigeração
Todo cuidado em todas as etapas do
abate acompanhamento do médico
veterinário
Sanidade
0Linfadenite caseosa
0Pneumonia
0Congestão pulmonar
0Nefrite
0Aspiração de sangue
Cortes especiais
0 Mercado internacional demanda cortes diferenciados
(Marshall, 2002)
0 Cortes anatômicos distintos:
0 Agregar valor aos produtos;
0 Destacar os melhores conjuntos de carne e osso;
0 Oferecer opções gastronômicas ao consumidor
0 Objeto de pesquisa de diferentes grupos: UFPel e
Embrapa Caprinos e Ovinos
Diferenças regionais
(Perfil do consumidor)
Anatomia da carcaça
Perna
Coluna vertebral Costelas
Pescoço Paleta
Músculos abdominais
Lombo
longissimus dorsi
5a costela até ultima lombar
Pescoço (Neck)
Paleta Membro anterior
(entre 6ª e 7ª costela)
Inteiro ou chuletado
Com ou sem garrão
Coluna
T-bone
(lombo com osso e filet migon)
Carré francês
Carré francês
Coroa
Filé mignon
Psoas maior
Peso: 100-200g
Perna
Picanha
Entre o ísquio e o Íleo
Garrão
Osso buco, stinco
Costela
Ripa
Fralda
Conservação
0Entraves à refrigeração
0Uso de novas tecnologias
0 Atmosfera modificada
0 Uso de óleos essenciais
0 Irradiação
O quinto quarto
0Pele: 10-20% do valor do animal abatido
0Fígado e Gordura
0Possibilidade de beneficiamento
0Segurança alimentar
Possíveis produtos
0 Carne de charque
0 Carne de sol
0 Lombo temperado e defumado
0 Pertences de feijoada
0 Paio defumado
0 Mortadela
0 Apresuntado
0 Lingüiça frescal e defumada
0 Hamburguer
0 Buchada (semi-industrial)
Legislação
0 Regulamento da Inspeção Sanitária de Produtos de
Origem Animal (RIISPOA - Decreto Nº 30691, 1952)
0 Normas Técnicas de Instalações e Equipamentos para
Abate
0 Regulamento técnico de métodos de insensibilização
para o abate humanitário de animais de açougue
(Instrução normativa nº 3, 2000)
0 Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico
Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para
Estabelecimentos Elaboradores e Industrializadores
de Alimentos (Portaria nº 368, 1997)
Carcaça: Corpo do animal abatido, sangrado,
esfolado, eviscerado, decapitado e amputado das
patas, da cauda, do pênis e testículos nos machos e da
glândula mamária nas fêmeas
Oferecer ao mercado um produto de
qualidade!
Avalia-se a carcaça, mas se come a carne
Animal gordo ≠ Animal terminado
O QUE É UM OVINO
TERMINADO ?
É o animal que apresenta as
características sensoriais em grau
máximo de satisfação do consumidor.
Fatores determinantes da
qualidade da carcaça
Raça
Sexo
Idade
Alimentação
Sistema de
criação
Sanidade
Conformação
Engorduramento
Peso da Carcaça
Idade
Qualitativas
Quantitativas
Características quantitativas
0 Peso corporal
0 Peso da carcaça
0 Peso componentes regionais
0 Perdas por refrigeração
0 Perdas por cocção
Características qualitativas
0 Velocidade de queda, curva e pH final
0 Atributos químicos e físico-químico
0 Perfil lipídico
0 Atributos sensoriais
Peso
(tamanho)
do
animal
→
Idade do animal →
Concepção
Nascimento
Puberdade
Maturidade
Abate
Importância da avaliação
0 ↑ PV ↑ PCarcaça : Compacidade, conformação,
marmoreio
0 Utilizar o peso vivo como fator de decisão parta o
momento do abate
0 Proporção de osso diminui; carne permanece
constante e a de gordura aumenta
0 Avaliação da carcaça é o fator de avaliação do
sistema
Bem
alimentado
Nervos Ossos Músculos Gordura
Alimentação
moderada
Mal
alimentado
Avaliação de carcaças
0 Análise subjetiva da conformação e das
medições lineares objetivas.
0 Grau de deposição da gordura subcutânea, a
conformação e aspecto
0 Graus de conformação: Ligados à
musculosidade do animal
0 Avaliação na carcaça e AOL
Forma curta, larga
e compacta
Forma comprida,
estreita e pouco
compacta
Conformação superior
Proporção músculo:osso com
maior distribuição nos cortes
nobres
Carcaça convexa (Traseiro)
Ideal
Carcaça côncava
Desenv. Muscular precário
Avaliação de carcaças
0 Graus de engorduramento: Ligados à
precocidade de terminação do animal
0 Avaliação visual na carcaça juntamente com
conformação
0 Marmoreio e EGS: Avaliado juntamente com
AOL
5 3 1 4 2
0 Avaliação indireta da qualidade da carne in vivo:
Ultrassonografia (US) e análise de imagens (VIA)
0 Facilita a classificação pré-abate e estabelecimento
de faixas de preço diferenciadas
0 US: AOL, GS, Marmoreio
0 VIA: Nova Zelândia e do Reino Unido (JOPSON et al.,
2005; RIUS-VILARRASA et al., 2009)
0 Tomada de imagens para classificar e distribuir
carcaças com acurácia satisfatória
Avaliação de Carcaças
Onde podemos chegar?
0Avanços na pesquisa
0Pagamento diferenciado
0Certificações de qualidade
0Certificações de origem
Denominações Específicas de
Carnes de Qualidade
0Indicação Geográfica Protegida
0Instrumento de agregação de valor
0Modo uniforme de produção delimitado
geograficamente
0Fatores naturais (solo, clima) e/ou humanos
(tradição, cultura)
Denominações de qualidade
0 Portugal: “borrego Serra da Estrela”, “borrego da
Beira”, “cordeiro Bragançano”
0 Espanha: “ternasco de Aragón” e “lechal de
Churra”
0 Argentina: “cordero patagón”.
0 Brasil: Cordeiro Herval Premium e Carne de
Cordeiro Santa Fé
0 “Cordeiro do Cariri” e “Manta de Tauá”
Hellen Almeida

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a AULA_15_PROCESSOS_TECNOLOGIAS_AGROINDUSTRIA_CARNE_OVINA.pdf

Saúde, nutrição e bem estar animal
Saúde, nutrição e bem estar animalSaúde, nutrição e bem estar animal
Saúde, nutrição e bem estar animal
LarissaFerreira258
 
Manejo nutricional de ovinos de corte e leite
Manejo nutricional de ovinos de corte e leiteManejo nutricional de ovinos de corte e leite
Manejo nutricional de ovinos de corte e leite
Marília Gomes
 
Zootecnia dos suinos da categoria engorda segundo Ivomboa
Zootecnia dos suinos da categoria engorda segundo IvomboaZootecnia dos suinos da categoria engorda segundo Ivomboa
Zootecnia dos suinos da categoria engorda segundo Ivomboa
Ivaristo Americo
 
Tipos morfológicos
Tipos morfológicosTipos morfológicos
Tipos morfológicos
Gioto Ghiarone Terto
 
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]Pbsmal
 
Distribuição de suínos .pptx
Distribuição de suínos .pptxDistribuição de suínos .pptx
Distribuição de suínos .pptx
GernimoDaElizabethNi
 
Manejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptx
Manejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptxManejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptx
Manejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptx
GabrielMirandaMacamb
 
AULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdf
AULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdfAULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdf
AULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdf
JaksonAlmeida5
 
Produção de novilho precoce no Brasil
Produção de novilho precoce no BrasilProdução de novilho precoce no Brasil
Produção de novilho precoce no Brasil
Alice Melo Candido
 
Obesidade em felinos
Obesidade em felinosObesidade em felinos
Obesidade em felinos
Carolina Trochmann
 
Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2
Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2
Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2
Cristian Carla de Campos
 
Fisiologia e bovinos de leite e corte.pdf
Fisiologia e bovinos de leite e corte.pdfFisiologia e bovinos de leite e corte.pdf
Fisiologia e bovinos de leite e corte.pdf
natanael lopes da trindade
 
metabolismo_gorduras.ppt
metabolismo_gorduras.pptmetabolismo_gorduras.ppt
metabolismo_gorduras.ppt
Leonardo Pimenta
 
Características gerais
Características geraisCaracterísticas gerais
Características geraisSuellenk2
 
E-book-Bem-Estar-Animal.pdf
E-book-Bem-Estar-Animal.pdfE-book-Bem-Estar-Animal.pdf
E-book-Bem-Estar-Animal.pdf
Deborah689757
 
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da GuabiManual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Sérgio Amaral
 

Semelhante a AULA_15_PROCESSOS_TECNOLOGIAS_AGROINDUSTRIA_CARNE_OVINA.pdf (20)

Saúde, nutrição e bem estar animal
Saúde, nutrição e bem estar animalSaúde, nutrição e bem estar animal
Saúde, nutrição e bem estar animal
 
Manejo nutricional de ovinos de corte e leite
Manejo nutricional de ovinos de corte e leiteManejo nutricional de ovinos de corte e leite
Manejo nutricional de ovinos de corte e leite
 
Zootecnia dos suinos da categoria engorda segundo Ivomboa
Zootecnia dos suinos da categoria engorda segundo IvomboaZootecnia dos suinos da categoria engorda segundo Ivomboa
Zootecnia dos suinos da categoria engorda segundo Ivomboa
 
Tipos morfológicos
Tipos morfológicosTipos morfológicos
Tipos morfológicos
 
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
 
Distribuição de suínos .pptx
Distribuição de suínos .pptxDistribuição de suínos .pptx
Distribuição de suínos .pptx
 
Manejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptx
Manejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptxManejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptx
Manejo de Cabras em Lactaçãoxxxxxxxx.pptx
 
AULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdf
AULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdfAULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdf
AULA - PIRAMIDE ALIMENTAR.pdf
 
Produção de novilho precoce no Brasil
Produção de novilho precoce no BrasilProdução de novilho precoce no Brasil
Produção de novilho precoce no Brasil
 
Obesidade em felinos
Obesidade em felinosObesidade em felinos
Obesidade em felinos
 
Intro
IntroIntro
Intro
 
Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2
Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2
Manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2
 
Inspeção de bovinos.curso
Inspeção de bovinos.cursoInspeção de bovinos.curso
Inspeção de bovinos.curso
 
Fisiologia e bovinos de leite e corte.pdf
Fisiologia e bovinos de leite e corte.pdfFisiologia e bovinos de leite e corte.pdf
Fisiologia e bovinos de leite e corte.pdf
 
metabolismo_gorduras.ppt
metabolismo_gorduras.pptmetabolismo_gorduras.ppt
metabolismo_gorduras.ppt
 
Características gerais
Características geraisCaracterísticas gerais
Características gerais
 
Razões de uma dieta vegetariana
Razões de uma dieta vegetarianaRazões de uma dieta vegetariana
Razões de uma dieta vegetariana
 
E-book-Bem-Estar-Animal.pdf
E-book-Bem-Estar-Animal.pdfE-book-Bem-Estar-Animal.pdf
E-book-Bem-Estar-Animal.pdf
 
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da GuabiManual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
Manual de Confinamento de Bovinos de Corte da Guabi
 
Bovinos2008 2009
Bovinos2008 2009Bovinos2008 2009
Bovinos2008 2009
 

AULA_15_PROCESSOS_TECNOLOGIAS_AGROINDUSTRIA_CARNE_OVINA.pdf

  • 1. Processos e tecnologias na agroindústria da carne ovina Med. Vet. Hellen Almeida Msc. em Ciência e Tec. dos Alimentos Curso de Sistema de Produção de Ovinos de Corte Fase de Recria e Terminação
  • 2. Introdução 0Crescimento dos rebanhos 0 Desenvolvimento e aperfeiçoamento do recursos genéticos 0Mercado interno comprador
  • 3. Introdução 0Carne uruguaia: ↓ preço ↓ qualidade 02000: 5 mil t: Ovinos vivos 6 mil t Cortes 0Possibilidades de conquistar mercados internacionais 0Qualidade nutricional
  • 4. Nordeste 56,9% Sudeste 4,56% Norte 3,25% Centro-Oeste 6,68% Sul 28,34% BA – 33,34% CE – 12,30% PI – 15,47% PE – 13,52% PB – 4,41% Fonte: IBGE, Pesquisa Pecuária Municipal (2008) Efetivo ovino no Brasil
  • 5. Histórico 0Sul (1970): Alternativa para lã – Texel 0 1992: Grande crise: Suffolk, Hampshire Down e Ile de France 0 Década de 90: Expansão 0Nordeste: raças deslanadas –melhorador 0 Criações de subsistência, extensivas 0 Comercialização de matrizes 090-00: Construção de abatedouros 0Fragilidade da cadeia
  • 6. Histórico 080 a 90% da produção nacional abatida em estabelecimentos sem inspeção oficial 0Ausência de regularidade e volume 0Produto desuniforme no mercado 0Oferta de animais não apropriados 0Tabus alimentares.
  • 7. O que é necessário fazer para a cadeia avançar em direção ao processo?
  • 8. Iniciando a produção 0O que vender? 0Pra quem? 0O que o consumidor espera? 0O que é qualidade para o consumidor? 0Aparência; composição e sensorial 0Forma do pedaço (Conformação), Massa do corte (Peso) e coloração (Cor)
  • 9. Iniciando a produção Técnicas claras e práticas para se obter caracteres desejáveis relacionados com a QUALIDADE DA CARNE
  • 10. Ouvindo o mercado... 0Há necessidade de uma carcaça maior ou menor? 0Vender cortes → Carcaças pequenas - O caso do ‘Peru de Natal’ 0Vender para churrascarias → Carcaças maiores
  • 11. Suffolk ↑ ganho de peso Tardia Texell ↓ ganho de peso Precoce
  • 12. Consumidor Indústria e mercado varejista Produtor e intermediários Aparência Composição Fatores organolépticos Economicidade Custo/Benefício
  • 13.
  • 14. Animais padronizados; Carcaças de qualidade - Abastecer mercado - Mercado Gourmet Animais de descarte Uso na produção de derivados cárneos
  • 15. Obtenção da carne in natura Abate Cortes Padronizados Controle da qualidade
  • 16. O abate 0Processo de insensibilização, sangria, evisceração e separação das partes da carcaça para consumo humano.
  • 17.
  • 18. Falta de cuidados no procedimento que antecedem o abate e durante este pode causar efeitos indesejáveis na carne, prejudicar o bem-estar animal, alterar padrões de comportamento e respostas imunológicas que influenciarão nas características do músculo como um todo (MIRANDA DE LA LAMA et al., 2008).
  • 19. O pré-abate 0Começa na fazenda 0Evitar stress dos animais 0Transporte: Importante fator de perda de peso 0 Respeito às densidades 0 Manejo realizado nas horas mais amenas do dia
  • 21.
  • 22.
  • 23. 5 ovinos por m² (< 55kg) Lanados: 25% a mais
  • 24. O pré-abate 0Cuidados no desembarque 0Cuidados na separação dos lotes 0Respeitar período de jejum e restrição hídrica 0Observação dos animais
  • 25. Movimentação tranquila no descarregamento, na condução até a sala de abate
  • 27.
  • 28. Sangria 0Içar animal em até 1 minuto (RIISPOA); 0Venossecção do pescoço (Morte por anóxia); 0Expulsão de 60% do volume de sangue (Vida de prateleira) 0Abate Kosher e Halal
  • 29. 0 Esfola 0 Evisceração 0 Corte e toalete
  • 30. 0 Estimulação elétrica da carcaça 0 Contrações durante o abate: acelerando a glicólise anaeróbica e a queda do pH, reduzindo o período para o estabelecimento do rigor 0 Necessidades: Estudos para se estabelecer voltagens e exposições ideias à estimulação elétrica sobre as características sensoriais 0 No Brasil: Bovinos e suínos Pós-abate
  • 31. Transformação em carne 0 Condição orgânica que favorece a qualidade da carne no momento do abate 0 Carne: Rigor mortis 0 Reações químicas a nível celular relacionadas a maciez 0 Stress leva a queima da reserva do glicogênio 0 Glicogênio é fundamental na redução do pH – pouco propensa ao crescimento bacteriano; mais macia.
  • 32.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. Todo cuidado em todas as etapas do abate acompanhamento do médico veterinário
  • 39.
  • 40. Cortes especiais 0 Mercado internacional demanda cortes diferenciados (Marshall, 2002) 0 Cortes anatômicos distintos: 0 Agregar valor aos produtos; 0 Destacar os melhores conjuntos de carne e osso; 0 Oferecer opções gastronômicas ao consumidor 0 Objeto de pesquisa de diferentes grupos: UFPel e Embrapa Caprinos e Ovinos
  • 41.
  • 43.
  • 44. Anatomia da carcaça Perna Coluna vertebral Costelas Pescoço Paleta Músculos abdominais Lombo longissimus dorsi 5a costela até ultima lombar
  • 46. Paleta Membro anterior (entre 6ª e 7ª costela) Inteiro ou chuletado Com ou sem garrão
  • 48.
  • 49. T-bone (lombo com osso e filet migon)
  • 52. Coroa
  • 54. Perna
  • 55.
  • 59. Ripa
  • 61. Conservação 0Entraves à refrigeração 0Uso de novas tecnologias 0 Atmosfera modificada 0 Uso de óleos essenciais 0 Irradiação
  • 62.
  • 63. O quinto quarto 0Pele: 10-20% do valor do animal abatido 0Fígado e Gordura 0Possibilidade de beneficiamento 0Segurança alimentar
  • 64. Possíveis produtos 0 Carne de charque 0 Carne de sol 0 Lombo temperado e defumado 0 Pertences de feijoada 0 Paio defumado 0 Mortadela 0 Apresuntado 0 Lingüiça frescal e defumada 0 Hamburguer 0 Buchada (semi-industrial)
  • 65. Legislação 0 Regulamento da Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA - Decreto Nº 30691, 1952) 0 Normas Técnicas de Instalações e Equipamentos para Abate 0 Regulamento técnico de métodos de insensibilização para o abate humanitário de animais de açougue (Instrução normativa nº 3, 2000) 0 Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores e Industrializadores de Alimentos (Portaria nº 368, 1997)
  • 66.
  • 67. Carcaça: Corpo do animal abatido, sangrado, esfolado, eviscerado, decapitado e amputado das patas, da cauda, do pênis e testículos nos machos e da glândula mamária nas fêmeas
  • 68. Oferecer ao mercado um produto de qualidade! Avalia-se a carcaça, mas se come a carne Animal gordo ≠ Animal terminado
  • 69. O QUE É UM OVINO TERMINADO ? É o animal que apresenta as características sensoriais em grau máximo de satisfação do consumidor.
  • 70. Fatores determinantes da qualidade da carcaça Raça Sexo Idade Alimentação Sistema de criação Sanidade Conformação Engorduramento Peso da Carcaça Idade Qualitativas Quantitativas
  • 71. Características quantitativas 0 Peso corporal 0 Peso da carcaça 0 Peso componentes regionais 0 Perdas por refrigeração 0 Perdas por cocção
  • 72. Características qualitativas 0 Velocidade de queda, curva e pH final 0 Atributos químicos e físico-químico 0 Perfil lipídico 0 Atributos sensoriais
  • 73. Peso (tamanho) do animal → Idade do animal → Concepção Nascimento Puberdade Maturidade Abate
  • 74. Importância da avaliação 0 ↑ PV ↑ PCarcaça : Compacidade, conformação, marmoreio 0 Utilizar o peso vivo como fator de decisão parta o momento do abate 0 Proporção de osso diminui; carne permanece constante e a de gordura aumenta 0 Avaliação da carcaça é o fator de avaliação do sistema
  • 75. Bem alimentado Nervos Ossos Músculos Gordura Alimentação moderada Mal alimentado
  • 76. Avaliação de carcaças 0 Análise subjetiva da conformação e das medições lineares objetivas. 0 Grau de deposição da gordura subcutânea, a conformação e aspecto 0 Graus de conformação: Ligados à musculosidade do animal 0 Avaliação na carcaça e AOL
  • 77. Forma curta, larga e compacta Forma comprida, estreita e pouco compacta
  • 78. Conformação superior Proporção músculo:osso com maior distribuição nos cortes nobres Carcaça convexa (Traseiro) Ideal Carcaça côncava Desenv. Muscular precário
  • 79.
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83. Avaliação de carcaças 0 Graus de engorduramento: Ligados à precocidade de terminação do animal 0 Avaliação visual na carcaça juntamente com conformação 0 Marmoreio e EGS: Avaliado juntamente com AOL
  • 84. 5 3 1 4 2
  • 85.
  • 86.
  • 87.
  • 88.
  • 89.
  • 90. 0 Avaliação indireta da qualidade da carne in vivo: Ultrassonografia (US) e análise de imagens (VIA) 0 Facilita a classificação pré-abate e estabelecimento de faixas de preço diferenciadas 0 US: AOL, GS, Marmoreio 0 VIA: Nova Zelândia e do Reino Unido (JOPSON et al., 2005; RIUS-VILARRASA et al., 2009) 0 Tomada de imagens para classificar e distribuir carcaças com acurácia satisfatória Avaliação de Carcaças
  • 91.
  • 92.
  • 93. Onde podemos chegar? 0Avanços na pesquisa 0Pagamento diferenciado 0Certificações de qualidade 0Certificações de origem
  • 94. Denominações Específicas de Carnes de Qualidade 0Indicação Geográfica Protegida 0Instrumento de agregação de valor 0Modo uniforme de produção delimitado geograficamente 0Fatores naturais (solo, clima) e/ou humanos (tradição, cultura)
  • 95. Denominações de qualidade 0 Portugal: “borrego Serra da Estrela”, “borrego da Beira”, “cordeiro Bragançano” 0 Espanha: “ternasco de Aragón” e “lechal de Churra” 0 Argentina: “cordero patagón”. 0 Brasil: Cordeiro Herval Premium e Carne de Cordeiro Santa Fé 0 “Cordeiro do Cariri” e “Manta de Tauá”
  • 96.