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PROFª. DRA. ANADEIVA PORTELA
BIOSSEGURANÇA
1
Limpeza e Esterilização de
Artigos
INTRODUÇÃO
A higiene e a ordem dos procedimentos são decisivos
no controle de infecções cruzadas, pois as infecções
estão relacionadas a execução inadequada. Portanto,
é necessário o aperfeiçoamento dessas técnicas para
garantias de proteção ao trabalhador e ao cliente.
2
CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS
A limpeza e desinfecção e esterilização de materiais
deve ser feita obedecendo as recomendações de
processamento de produtos para a saúde, que devem
ser classificados segundo os riscos potenciais de
transmissão de infecções para os pacientes.
 Os artigos estão divididos em três categorias:
 Artigos críticos
 Artigos semi-criticos
 Artigos Não críticos
Artigos Críticos
 Artigos utilizados em procedimentos invasivos com
penetração de pele, mucosas, tecidos e sistema
vascular; Estes artigos devem ser limpos,
desinfectados e esterilizados.
Exemplo: Alicates, tesouras, etc.
Artigos Semi-críticos
 Artigos que entram em contato com mucosas
íntegras; Estes artigos devem sofrer limpeza,
desinfecção de alto nível ou esterilização.
Exemplo: Especulo vaginal, termômetro.....
Artigos Não-críticos
 Artigos que entram em contato com a pele íntegra.
Estes artigos devem sofrer processo de limpeza ou
desinfecção de baixo nível.
Exemplo: estetoscópio, termômetro,......
7
Métodos utilizados
• Limpeza
• Antissepsia
• Assepsia
 Desinfecção
 Esterilização
Limpeza de artigos
 Conceito: É a eliminação ou redução de matéria
orgânica e sujidades em superfícies e objetos.
Podem ser utilizados técnicas manuais ou
automatizadas por ação química de detergentes e
sabões.
8
Assepsia X Antissepsia
 Antissepsia: É o método através do qual se impede
a proliferação de microrganismos em tecidos vivos
com o uso de substância químicas (anti-sépticos)
usadas como bactericidas ou bacteriostáticos.
Ex: limpeza da pele antes da cirurgia.
 Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos
para reduzir o número de de microorganismos em
objetos e superfícies (uso de desinfectante)
 Desinfecção
 Esterilização
9
Desinfecção x Esterilização
Desinfecção: É o processo reduz o número de
microorganismos potencialmente patogênicos em
objetos e superfícies, sem ocorrer, necessariamente,
a destruição de certos vírus e esporos.
Esterilização: Através da ação de procedimentos
químicos e físicos, há a eliminação de TODOS os
microorganismos., inclusive vírus e esporos de
bactérias.
10
Importante!!
Os termos antissépticos, desinfetantes e germicidas
são empregados como sinônimos. Entretanto,
caracterizamos como:
Antisséptico - quando empregamos em tecidos
vivos
 Desinfetante - quando utilizamos em objetos
inanimados.
LIMPEZA
12
LIMPEZA
 É a remoção da sujidade de um artigo de forma manual
ou mecânica. Extremamente importante, precede os
processos de desinfecção e esterilização. É realizado
por meio da aplicação de energia:
 Química: limpeza por dissolução, lise, dispersão da
sujeira. Ex: sabão e detergentes.
 Mecânica: ação física aplicada na superfície para
remover a sujeira resistente à ação do produto químico.
Ex: Esfregar com esponjas, escova e panos, lavadouras,
etc.
 Térmica: Ação do calor para reduzir a viscosidade da
gordura para facilitar sua remoção por ação química.
Agentes químicos utilizados na limpeza
 Detergentes comuns (ionizantes): Torna a
solúveis em água substancias não solúveis ou de
baixa solubilidade. Agem principalmente sobre
gorduras.
 Detergentes enzimáticos: Possuem enzimas que
agem sobre proteínas (proteases), amido (amilases) e
gorduras (lipases). Processo semelhante a digestão
mais não danifica os utensílios. Usado para limpeza
de materiais críticos.
limpeza mecânica
 Realizada por meio de equipamentos que operam em
condições diversas de tempo e temperatura.
 Ex: Lavadoras em geral
Lavadora ultrassonica:
Há o bombeamento
pulsante da água, e a
máquina produz bolhas
por oscilação de ondas
ultrassônicas, que
implodem na superfície
dos artigos dissolvendo
os resíduos
Limpeza de superfícies
 Tipo de limpeza:
 Limpeza Concorrente: É aquela realizada
diariamente e logo após a exposição à sujidade.
Inclui recolhimento do lixo, limpeza do piso e das
superfícies do mobiliários geralmente uma vez por
semana turno, além da descontaminação imediata.
 Limpeza terminal: é aquela geral, realizada
semanal, quinzenal ou semanalmente conforme a
utilização e a possibilidade de contaminação de cada
superfície. Inclui escovação do piso, limpeza de teto,
luminárias, paredes, janelas e divisórias.
16
Limpeza de ambientes
 Técnica indicada: Técnica dos dois baldes
17
https://youtu.be/dcg2afw508w
Antissepsia
18
ANTISSEPSIA
 A descontaminação de tecidos vivos depende da
coordenação de dois processos:
 Degermação: remoção de detritos e impurezas na pele.
Os sabões e detergentes removem mecanicamente apenas
parte da flora microbiana transitória;
 Antissepsia: destruição de microorganismos transitórios
ou residentes da pele através da aplicação de um agente
germicida com ação contra microorganismos muito
frágeis como o Pneumococo, porém, são inativos para
Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras
bactérias Gram- negativas.
20
Desinfecção
21
Desinfecção
 É o processo que elimina os microorganismos
patogênicos ou não, exceto na sua forma esporulada.
Podem ser utilizados métodos:
 Químicos (uso de desinfetantes)
 Físicos (termodesinfectadora,pasteurizadora)
Desinfecção química
O desinfetante é classificado de acordo com sua capacidade de
eliminar microorganismos em:
 Alto nível: Destrói todas as bactérias vegetativas, microbactérias,
fungos, vírus e parte dos esporos. São usados peróxido de
hidrogênio, compostos iodados (PVPI), ;
 Nível intermediário: Viruscida, bactericida para formas
vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose. Não destrói
esporos. São usados álcool, hipoclorito de sódio 1%,;
 Baixo nível: É capaz de eliminar todas as bactérias na forma
vegetativa, não tem ação contra os esporos, vírus não lipídicos
nem contra o bacilo da tuberculose. São usados quaternário de
amônio (clorhexidina) e hipoclorito de sódio 0,2%
Antisséptico e desinfectante ideal:
 Estável por longo período de tempo.
 Amplo espectro de ação.
 Solúvel em água.
 Ativo em baixa concentração.
 Ação bactericida imediata.
 Não manchar a pele e vestuário.
 Eficaz à temperatura ambiente.
 Ação bacteriostática.
 Ausência de toxicidade e baixo custo
 Um antisséptico adequado deve exercer a
atividade germicida sobre a flora cutâneo-mucosa
em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem
irritar a pele ou as mucosas.
 Alcool etilico ou isopropílico
 Hipoclorito de sódio ou cálcio
 Peróxido de hidrogenio
 Polivinilpirrolidona iodada (PVPI)
 Glutaradeido
 Clorhexidina
Antisséptico e desinfectante ideal:
Agentes químicos utilizados como desinfectantes e antissépticos
Produto Conc. Ação Contra Nível de
desinfecção
Recomendações
Alcool 70 a
90%
Desnaturaçã
o de
proteínas
Fungos,
virus
bacilos
tuberculose
Médio e Alto
(semi-critico
e critico)
Não deve ser
usado em
borrachas e
alguns plásticos
Hipoclorito
de sódio ou
cloro
0,0025
a 0,1%
Inativação
de proteínas
e DNA
Fungos,
virus
bacilos
tuberculose
Médio
(não critico e
semicriticos
Danifica metais
e mármore
Peróxido de
hidrogênio
0,6 a
7,5%
radicias
livres
atacam
membrana e
DNA
Amplo
espectro
Alto Não recomenda
para metais
27
Produto Concent
ração
Ação Contra Nível de
desinfecção
Recomendações
PVPI Mini.
2%
Inativação
de
proteinas e
DNA
Amplo
espectro
(requer
maior
tempo)
Alto Não
recomendado
para material
poroso (cor)
Glutareido 2% Inativação
de
proteinas,
DNA e
RNA
Amplo
espectro
(elimina
esporos)
Alto (mat. que
não podem ser
autoclavados)
Precisa ser
retirado do
material depois
do processo
clorhexidina 0 a 4% Rompe
parede
celular e
destroi
enzimas
Bacterias
não
esporuladas
Medio ou
baixo (não
criticos)
Utilizado para
ambiente
hospitalar
Agentes químicos utilizados como desinfectantes e antissépticos
Esterilização
28
Esterilização
 Processo utilizado para completa destruição de
microorganismos, incluindo todas as formas,
inclusive as esporuladas, com a finalidade de
prevenir infecções.
29
Meios de esterilização
Físico
Calor seco
Estufa
Flambagem(chama)
Calor úmido
Fervura
Autoclave
Radiações
Raios alfa
Raios gama
Raios x
Químico: Desinfetantes
Calor
- Calor úmido (vapor sob
pressão) – Autoclave, maior
poder de penetração e
redução do número de
microrganismos.
- Calor seco - Incineração,
flambagem, ar quente (estufa)
Esterilização Física
AUTOCLAVE - Dispositivo selado que permite a entrada de
vapor sob pressão.
Esterilização Física por calor úmido
ESTUFA - Calor seco
Ação: desnaturação das proteínas microbiana
Esterilização física por calor seco
https://www.youtube.com/watch?v=4cTPzZUn9o8
Produtos Químicos – Desinfetantes e Esterilizantes
Esterilização
Glutaraldeido
Formaldeido
Acido paracético
EMBALAGEM
 Objetivo: deve manter a integridade do artigo até a
sua utilização
 Seleção da embalagem: considerar a
compatibilidade com o método de esterilização e
garantir a esterilidade do produto.
Critérios para escolha de embalagens
 Ter registro no Ministério da Saúde e ser usada de
acordo com as instruções do fabricante
 Apropriada ao produto e método de esterilização,
além de suportar as condições físicas do processo
 Prover integridade adequada
 Possuir data de validade
Tipos de embalagem
 Tecido de algodão
 Papel grau cirúrgico
 Papel crepado
 Contêineres rígidos
 Papel Kraft*
Tecido de algodão
 Dificuldade de monitorar o desgaste após as lavagens
 Baixa eficiência como barreira microbiana-34%
 Baixa vida útil devido ao desgaste das fibras
 Falta de garantias do fabricante- falta
regulamentação
 Não resiste à umidade
Papel grau cirúrgico
 Compatível com a maioria dos métodos de
esterilização
 Facilidade de visualização do artigo
 Fechamento hermético
 Resistência e alto poder de filtragem bacteriana
 Baixo efeito memória, favorecendo a abertura
asséptica
Papel grau cirúrgico
 Deve apresentar indicadores químicos
demonstrando que foi exposto ao processo de
esterilização
 Os rolos devem conter: nº lote; nome do fabricante;
indicador de processo; direção de abertura;
dimensões nominais e/ou código de identificação
Papel grau cirúrgico
 Permeável ao agente
esterilizante: propriedade
que a determina é a
porosidade
(permeância ao ar)
 Barreira microbiana:
propriedade que a
determina é chamada
diâmetro dos poros
 Selagem livre de rugas e
dobras, recomenda-se
selagem de 10mm e 3cm da
borda para permitir a
abertura asséptica.
Papel crepado
 É composto de 100% de celulose tratada, isto é,
polpa virgem de madeira branqueada
 Alta eficiência de filtragem de 98-99,8%, ótima
barreira microbiana
 Flexibilidade e facilidade para moldar-se; baixo
efeito de memória
 Baixa resistência mecânica
Papel crepado
 Biodegradável
 Ausência de toxicidade e incapacidade de causar
irritação
 Antiestática: capacidade de não atrair nem liberar
partículas, não favorece o acúmulo de poeira
 Hidrorrepelência: permite barreira eficaz contra a
penetração aquosa de bactérias
Contêineres rígidos
 É constituída de caixas de metal termorresistente,
plástico termorresistente ou alumínio anodizado. A
tampa contém um filtro microbiano de alta eficiência
e permeável ao agente esterilizante
 Estocagem por longos períodos
 Mantém a esterilidade durante o transporte
Contêineres rígidos
 Economia de espaço na armazenagem
 Possibilita a codificação e a agilidade na localização
dos produtos nas prateleiras – etiquetas coloridas
 Fácil abertura
 Segurança de inviolação por meio do sistema de
lacres
Contêineres rígidos
 Dispensa embalagem externa- uso de fitros de uso
único ou por tempo determinado
 Facilidade preparo do material e secagem uniforme
 É durável
 Requer investimento
Papel kraft*
 Está em desuso por conter
amido, microfuros, corantes e
produtos tóxicos
 Não resiste à umidade
 Irregularidades na gramatura-
microfuros
 Baixa resistência física
 Vulnerável com barreira
bacteriana após a esterilização
Tempo e Temperatura de Esterilização
 O processo de esterilização através do vapor saturado
sob pressão é obtido observando-se as
 seguintes condições:
 Exposição por 30 minutos em temperatura de 121ºC em
autoclave convencional (com uma atmosfera de pressão).
 Exposição por 15 minutos a uma temperatura de 132ºC em
autoclaves convencionais (com uma atmosfera de
pressão).
 Exposição por 4 minutos a uma temperatura de 132ºC em
autoclave de alto vácuo (diferença entre autoclave de alto
vácuo e convencional será vista quando tratarmos de
ciclos de esterilização).
48
Cuidados após a Esterilização
 Observar à completa despressurização da autoclave;
 Observar se todos os manômetros indicam o término
da operação;
 Retirar o material, fechado e lacrado e datá-lo;
 Verificar se há umidade nos pacotes, ela indica
defeito da autoclave ou inobservância, pelo operador
do tempo de secagem.
 Neste caso a esterilização deverá ser refeita;
 Olhar se o risco preto da fita para autoclave está
bem definido, caso negativo repetir o processo da
esterilização.
49
Monitoramento
 É o registro de dados relacionados ao
funcionamento da autoclave (temperatura, tempo
e material a ser esterilizado). É a validade do
processo. Para isso usam-se testes biológicos e
reagentes químicos.
 Controle Biológico: Utiliza-se um preparado
padronizado de Bacillus Stearothermophilus,
também conhecido como indicador biológico. O
indicador biológico deve ser colocado dentro do
pacote utilizado e deve ser o primeiro material a ser
esterilizado. Se o bacilo for destruído a autoclave está
funcionando com eficiência.
50

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AULA 01 - Completa de Lubrificação______
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Aula Biossegurança - Embalagem.pdf

  • 1. PROFª. DRA. ANADEIVA PORTELA BIOSSEGURANÇA 1 Limpeza e Esterilização de Artigos
  • 2. INTRODUÇÃO A higiene e a ordem dos procedimentos são decisivos no controle de infecções cruzadas, pois as infecções estão relacionadas a execução inadequada. Portanto, é necessário o aperfeiçoamento dessas técnicas para garantias de proteção ao trabalhador e ao cliente. 2
  • 3. CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS A limpeza e desinfecção e esterilização de materiais deve ser feita obedecendo as recomendações de processamento de produtos para a saúde, que devem ser classificados segundo os riscos potenciais de transmissão de infecções para os pacientes.  Os artigos estão divididos em três categorias:  Artigos críticos  Artigos semi-criticos  Artigos Não críticos
  • 4. Artigos Críticos  Artigos utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele, mucosas, tecidos e sistema vascular; Estes artigos devem ser limpos, desinfectados e esterilizados. Exemplo: Alicates, tesouras, etc.
  • 5. Artigos Semi-críticos  Artigos que entram em contato com mucosas íntegras; Estes artigos devem sofrer limpeza, desinfecção de alto nível ou esterilização. Exemplo: Especulo vaginal, termômetro.....
  • 6. Artigos Não-críticos  Artigos que entram em contato com a pele íntegra. Estes artigos devem sofrer processo de limpeza ou desinfecção de baixo nível. Exemplo: estetoscópio, termômetro,......
  • 7. 7 Métodos utilizados • Limpeza • Antissepsia • Assepsia  Desinfecção  Esterilização
  • 8. Limpeza de artigos  Conceito: É a eliminação ou redução de matéria orgânica e sujidades em superfícies e objetos. Podem ser utilizados técnicas manuais ou automatizadas por ação química de detergentes e sabões. 8
  • 9. Assepsia X Antissepsia  Antissepsia: É o método através do qual se impede a proliferação de microrganismos em tecidos vivos com o uso de substância químicas (anti-sépticos) usadas como bactericidas ou bacteriostáticos. Ex: limpeza da pele antes da cirurgia.  Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos para reduzir o número de de microorganismos em objetos e superfícies (uso de desinfectante)  Desinfecção  Esterilização 9
  • 10. Desinfecção x Esterilização Desinfecção: É o processo reduz o número de microorganismos potencialmente patogênicos em objetos e superfícies, sem ocorrer, necessariamente, a destruição de certos vírus e esporos. Esterilização: Através da ação de procedimentos químicos e físicos, há a eliminação de TODOS os microorganismos., inclusive vírus e esporos de bactérias. 10
  • 11. Importante!! Os termos antissépticos, desinfetantes e germicidas são empregados como sinônimos. Entretanto, caracterizamos como: Antisséptico - quando empregamos em tecidos vivos  Desinfetante - quando utilizamos em objetos inanimados.
  • 13. LIMPEZA  É a remoção da sujidade de um artigo de forma manual ou mecânica. Extremamente importante, precede os processos de desinfecção e esterilização. É realizado por meio da aplicação de energia:  Química: limpeza por dissolução, lise, dispersão da sujeira. Ex: sabão e detergentes.  Mecânica: ação física aplicada na superfície para remover a sujeira resistente à ação do produto químico. Ex: Esfregar com esponjas, escova e panos, lavadouras, etc.  Térmica: Ação do calor para reduzir a viscosidade da gordura para facilitar sua remoção por ação química.
  • 14. Agentes químicos utilizados na limpeza  Detergentes comuns (ionizantes): Torna a solúveis em água substancias não solúveis ou de baixa solubilidade. Agem principalmente sobre gorduras.  Detergentes enzimáticos: Possuem enzimas que agem sobre proteínas (proteases), amido (amilases) e gorduras (lipases). Processo semelhante a digestão mais não danifica os utensílios. Usado para limpeza de materiais críticos.
  • 15. limpeza mecânica  Realizada por meio de equipamentos que operam em condições diversas de tempo e temperatura.  Ex: Lavadoras em geral Lavadora ultrassonica: Há o bombeamento pulsante da água, e a máquina produz bolhas por oscilação de ondas ultrassônicas, que implodem na superfície dos artigos dissolvendo os resíduos
  • 16. Limpeza de superfícies  Tipo de limpeza:  Limpeza Concorrente: É aquela realizada diariamente e logo após a exposição à sujidade. Inclui recolhimento do lixo, limpeza do piso e das superfícies do mobiliários geralmente uma vez por semana turno, além da descontaminação imediata.  Limpeza terminal: é aquela geral, realizada semanal, quinzenal ou semanalmente conforme a utilização e a possibilidade de contaminação de cada superfície. Inclui escovação do piso, limpeza de teto, luminárias, paredes, janelas e divisórias. 16
  • 17. Limpeza de ambientes  Técnica indicada: Técnica dos dois baldes 17 https://youtu.be/dcg2afw508w
  • 19. ANTISSEPSIA  A descontaminação de tecidos vivos depende da coordenação de dois processos:  Degermação: remoção de detritos e impurezas na pele. Os sabões e detergentes removem mecanicamente apenas parte da flora microbiana transitória;  Antissepsia: destruição de microorganismos transitórios ou residentes da pele através da aplicação de um agente germicida com ação contra microorganismos muito frágeis como o Pneumococo, porém, são inativos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras bactérias Gram- negativas.
  • 20. 20
  • 22. Desinfecção  É o processo que elimina os microorganismos patogênicos ou não, exceto na sua forma esporulada. Podem ser utilizados métodos:  Químicos (uso de desinfetantes)  Físicos (termodesinfectadora,pasteurizadora)
  • 23. Desinfecção química O desinfetante é classificado de acordo com sua capacidade de eliminar microorganismos em:  Alto nível: Destrói todas as bactérias vegetativas, microbactérias, fungos, vírus e parte dos esporos. São usados peróxido de hidrogênio, compostos iodados (PVPI), ;  Nível intermediário: Viruscida, bactericida para formas vegetativas, inclusive contra o bacilo da tuberculose. Não destrói esporos. São usados álcool, hipoclorito de sódio 1%,;  Baixo nível: É capaz de eliminar todas as bactérias na forma vegetativa, não tem ação contra os esporos, vírus não lipídicos nem contra o bacilo da tuberculose. São usados quaternário de amônio (clorhexidina) e hipoclorito de sódio 0,2%
  • 24. Antisséptico e desinfectante ideal:  Estável por longo período de tempo.  Amplo espectro de ação.  Solúvel em água.  Ativo em baixa concentração.  Ação bactericida imediata.  Não manchar a pele e vestuário.  Eficaz à temperatura ambiente.  Ação bacteriostática.  Ausência de toxicidade e baixo custo
  • 25.  Um antisséptico adequado deve exercer a atividade germicida sobre a flora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.  Alcool etilico ou isopropílico  Hipoclorito de sódio ou cálcio  Peróxido de hidrogenio  Polivinilpirrolidona iodada (PVPI)  Glutaradeido  Clorhexidina Antisséptico e desinfectante ideal:
  • 26. Agentes químicos utilizados como desinfectantes e antissépticos Produto Conc. Ação Contra Nível de desinfecção Recomendações Alcool 70 a 90% Desnaturaçã o de proteínas Fungos, virus bacilos tuberculose Médio e Alto (semi-critico e critico) Não deve ser usado em borrachas e alguns plásticos Hipoclorito de sódio ou cloro 0,0025 a 0,1% Inativação de proteínas e DNA Fungos, virus bacilos tuberculose Médio (não critico e semicriticos Danifica metais e mármore Peróxido de hidrogênio 0,6 a 7,5% radicias livres atacam membrana e DNA Amplo espectro Alto Não recomenda para metais
  • 27. 27 Produto Concent ração Ação Contra Nível de desinfecção Recomendações PVPI Mini. 2% Inativação de proteinas e DNA Amplo espectro (requer maior tempo) Alto Não recomendado para material poroso (cor) Glutareido 2% Inativação de proteinas, DNA e RNA Amplo espectro (elimina esporos) Alto (mat. que não podem ser autoclavados) Precisa ser retirado do material depois do processo clorhexidina 0 a 4% Rompe parede celular e destroi enzimas Bacterias não esporuladas Medio ou baixo (não criticos) Utilizado para ambiente hospitalar Agentes químicos utilizados como desinfectantes e antissépticos
  • 29. Esterilização  Processo utilizado para completa destruição de microorganismos, incluindo todas as formas, inclusive as esporuladas, com a finalidade de prevenir infecções. 29
  • 30. Meios de esterilização Físico Calor seco Estufa Flambagem(chama) Calor úmido Fervura Autoclave Radiações Raios alfa Raios gama Raios x Químico: Desinfetantes
  • 31. Calor - Calor úmido (vapor sob pressão) – Autoclave, maior poder de penetração e redução do número de microrganismos. - Calor seco - Incineração, flambagem, ar quente (estufa) Esterilização Física
  • 32. AUTOCLAVE - Dispositivo selado que permite a entrada de vapor sob pressão. Esterilização Física por calor úmido
  • 33. ESTUFA - Calor seco Ação: desnaturação das proteínas microbiana Esterilização física por calor seco https://www.youtube.com/watch?v=4cTPzZUn9o8
  • 34. Produtos Químicos – Desinfetantes e Esterilizantes Esterilização Glutaraldeido Formaldeido Acido paracético
  • 35. EMBALAGEM  Objetivo: deve manter a integridade do artigo até a sua utilização  Seleção da embalagem: considerar a compatibilidade com o método de esterilização e garantir a esterilidade do produto.
  • 36. Critérios para escolha de embalagens  Ter registro no Ministério da Saúde e ser usada de acordo com as instruções do fabricante  Apropriada ao produto e método de esterilização, além de suportar as condições físicas do processo  Prover integridade adequada  Possuir data de validade
  • 37. Tipos de embalagem  Tecido de algodão  Papel grau cirúrgico  Papel crepado  Contêineres rígidos  Papel Kraft*
  • 38. Tecido de algodão  Dificuldade de monitorar o desgaste após as lavagens  Baixa eficiência como barreira microbiana-34%  Baixa vida útil devido ao desgaste das fibras  Falta de garantias do fabricante- falta regulamentação  Não resiste à umidade
  • 39. Papel grau cirúrgico  Compatível com a maioria dos métodos de esterilização  Facilidade de visualização do artigo  Fechamento hermético  Resistência e alto poder de filtragem bacteriana  Baixo efeito memória, favorecendo a abertura asséptica
  • 40. Papel grau cirúrgico  Deve apresentar indicadores químicos demonstrando que foi exposto ao processo de esterilização  Os rolos devem conter: nº lote; nome do fabricante; indicador de processo; direção de abertura; dimensões nominais e/ou código de identificação
  • 41. Papel grau cirúrgico  Permeável ao agente esterilizante: propriedade que a determina é a porosidade (permeância ao ar)  Barreira microbiana: propriedade que a determina é chamada diâmetro dos poros  Selagem livre de rugas e dobras, recomenda-se selagem de 10mm e 3cm da borda para permitir a abertura asséptica.
  • 42. Papel crepado  É composto de 100% de celulose tratada, isto é, polpa virgem de madeira branqueada  Alta eficiência de filtragem de 98-99,8%, ótima barreira microbiana  Flexibilidade e facilidade para moldar-se; baixo efeito de memória  Baixa resistência mecânica
  • 43. Papel crepado  Biodegradável  Ausência de toxicidade e incapacidade de causar irritação  Antiestática: capacidade de não atrair nem liberar partículas, não favorece o acúmulo de poeira  Hidrorrepelência: permite barreira eficaz contra a penetração aquosa de bactérias
  • 44. Contêineres rígidos  É constituída de caixas de metal termorresistente, plástico termorresistente ou alumínio anodizado. A tampa contém um filtro microbiano de alta eficiência e permeável ao agente esterilizante  Estocagem por longos períodos  Mantém a esterilidade durante o transporte
  • 45. Contêineres rígidos  Economia de espaço na armazenagem  Possibilita a codificação e a agilidade na localização dos produtos nas prateleiras – etiquetas coloridas  Fácil abertura  Segurança de inviolação por meio do sistema de lacres
  • 46. Contêineres rígidos  Dispensa embalagem externa- uso de fitros de uso único ou por tempo determinado  Facilidade preparo do material e secagem uniforme  É durável  Requer investimento
  • 47. Papel kraft*  Está em desuso por conter amido, microfuros, corantes e produtos tóxicos  Não resiste à umidade  Irregularidades na gramatura- microfuros  Baixa resistência física  Vulnerável com barreira bacteriana após a esterilização
  • 48. Tempo e Temperatura de Esterilização  O processo de esterilização através do vapor saturado sob pressão é obtido observando-se as  seguintes condições:  Exposição por 30 minutos em temperatura de 121ºC em autoclave convencional (com uma atmosfera de pressão).  Exposição por 15 minutos a uma temperatura de 132ºC em autoclaves convencionais (com uma atmosfera de pressão).  Exposição por 4 minutos a uma temperatura de 132ºC em autoclave de alto vácuo (diferença entre autoclave de alto vácuo e convencional será vista quando tratarmos de ciclos de esterilização). 48
  • 49. Cuidados após a Esterilização  Observar à completa despressurização da autoclave;  Observar se todos os manômetros indicam o término da operação;  Retirar o material, fechado e lacrado e datá-lo;  Verificar se há umidade nos pacotes, ela indica defeito da autoclave ou inobservância, pelo operador do tempo de secagem.  Neste caso a esterilização deverá ser refeita;  Olhar se o risco preto da fita para autoclave está bem definido, caso negativo repetir o processo da esterilização. 49
  • 50. Monitoramento  É o registro de dados relacionados ao funcionamento da autoclave (temperatura, tempo e material a ser esterilizado). É a validade do processo. Para isso usam-se testes biológicos e reagentes químicos.  Controle Biológico: Utiliza-se um preparado padronizado de Bacillus Stearothermophilus, também conhecido como indicador biológico. O indicador biológico deve ser colocado dentro do pacote utilizado e deve ser o primeiro material a ser esterilizado. Se o bacilo for destruído a autoclave está funcionando com eficiência. 50