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Luiz Murilo Rocha Câmara
Engº Agrônomo
É a produção do composto
(adubo) orgânico formado por
matéria orgânica (Mo)
humidificada, obtida a partir da
transformação (decomposição
biológica) de restos orgânicos
(sobras de culturas, frutas,
verduras, dejetos de animais,
etc.) pela ação microbiana do
solo.
 É o resultado final da
decomposição adequada
dos materiais orgânicos
sobre o solo, um
composto que apresenta
estrutura fofa, cheiro
agradável, temperatura
ambiente, pH próximo
de 7, livre de agentes
patogênicos e de
sementes de ervas
daninhas.
 Dejetos de animais (estercos de
galinha, gado, porco e carneiro);
 Cascas, bagaços de frutas e caroços
não comercializados;
 Resíduos de culturas (cascas de
arroz, palha de milho, vagem seca
de feijão, casca seca de café e
outros);
 Folhas e ramos de mandioca,
bananeira;
 Serragem;
 Restos de capim (colonião, elefante,
brachiara e outros).
 Plásticos
 Vidros
 Madeira
 Metais
 Couros
 Tecidos
 Isopor
 Materiais ricos em CARBONO
 Materiais vegetais (palhas, folhas, restos de
alimentos e sobras de plantas)
 Materiais ricos em NITROGÊNIO
 Materiais de origem animal (principalmente
estrumes de vaca, galinha, cabra e outros)
 Materiais ricos em CARBONO
 3-4 porções
 Materiais ricos em NITROGÊNIO
 1 porção
 Outros materiais
 5% terra
 15% composto já preparado
• Monte cada leira da composteira em formato
piramidal ou trapezoidal, com uma base de 1,20
metro a 1,50 metro. A altura pode variar entre um
metro e 1,20 metro. É importante não diminuir
este tamanho para não prejudicar a temperatura e
a umidade do composto, uma vez que uma leira
baixa perde calor. Coloque as leiras uma ao lado
da outra, deixando entre elas um espaço para
circulação.
• Coloque uma camada de 20 centímetros de
palha e 5 centímetros de composto. Repita esta
operação até chegar a altura de 1,20 metro.
Mantenha sempre a leira umedecida com água.
A pilha depois de pronta, deve ser coberta com
folhas de bananeira, para proteger das
intemperies (chuvas, vento, insolação, etc.) e
reduzir a evaporação.
 Local
 O local para montagem das pilhas de matéria prima
deve ser limpo e ligeiramente inclinado para facilitar
o escoamento de águas de chuvas. Deve ter área
suficiente para a construção das pilhas e espaço para
revolvimento das mesmas.
 Qualidade dos resíduos agrícolas
 A princípio, todos os resíduos agrícolas podem ser
compostados. No entanto, para se obter um composto
de boa qualidade em menos tempo é necessário que os
resíduos apresentem um conteúdo apropriado de
nitrogênio e carbono, favorecendo o crescimento e a
atividade das colônias de microrganismos envolvidos no
processo.
 Tamanho das partículas dos resíduos agrícolas
 Os resíduos a serem compostados não devem ser
em partículas muito pequenas para evitar a
compactação durante o processo de compostagem,
comprometendo a aeração (exemplo, serragem). Por
outro lado, resíduos com colmos inteiros retardam a
decomposição por reterem pouca umidade e
apresentarem menor superfície de contato com os
microrganismos (exemplo, colmos de milho).
Restos de culturas de soja e feijão, gramas
folhas, por exemplo, podem ser compostados
inteiros.
 Umidade
 A melhor umidade para o material ser compostado situase
entre 40% e 60%. Abaixo de 35%, a atividade microbiana é
afetada e acima de 65% começa a haver comprometimento da
aeração da massa, provocando condições anaeróbicas e com
conseqüente liberação de odores desagradáveis.
 Em caso de falta de água, deve-se irrigar uniformemente o
material em compostagem uma ou duas vezes por semana e
quando em excesso (após chuvas), deve-se fazer o
revolvimento do material para provocar a evaporação.
 Na operação de controle da umidade é importante que
todas as camadas do material em compostagem tenham
igual teor de água, portanto, ao revolvê-lo deve-se misturar
as camadas externas mais secas, com as internas mais úmidas.
 Aeração
 O oxigênio é de vital importância para a oxidação biológica do carbono dos
resíduos orgânicos, para que ocorra produção de energia necessária aos
microrganismos que realizam a decomposição. Parte dessa energia é utilizada no
metabolismo dos microrganismos e o restante é liberado na forma de calor.
 O arejamento evita a formação de maus odores e a presença de moscas, o que é
importante tanto para o processo como para o meio ambiente. Para se obter o
adequado suprimento de oxigênio deve-se realizar revolvimentos do material,
que podem ser feitos utilizando-se garfos, enxadas e ancinhos.
 Recomenda-se que se faça o primeiro revolvimento duas ou três semanas após
o início do processo, período em que se exige a maior aeração possível. O
segundo revolvimento deve ser feito aproximadamente três semanas após o
primeiro, ocasião em que se inicia o abaixamento lento da temperatura, indicando o
início da estabilização do processo de compostagem.
 Na décima semana após o início do processo faz-se um terceiro revolvimento
para uma incorporação final de oxigênio. É provável que nessa oportunidade
não esteja mais ocorrendo liberação de calor, pois a matéria orgânica não estará
mais sofrendo decomposição e os elementos fertilizantes poderão ser
conservados sem perdas.
 Temperatura
 Para verificar se o processo está ocorrendo normalmente, deve-
se fazer o monitoramento da temperatura freqüentemente.
Para isso, basta introduzir algumas barras de ferro
(vergalhões) até o fundo das pilhas dos materiais a serem
compostados, tão logo estejam prontas. Essas barras
deverão ser retiradas para verificação da temperatura a cada
dois ou três dias até o primeiro revolvimento, passando a uma
vez por semana a partir de então, até o final do processo.
 A temperatura deve ser verificada tocando-se com a palma
da mão a parte da barra de ferro que estava introduzida na pilha
dos materiais em compostagem, podendo ocorrer três
situações:
 Temperatura
 a) a barra de ferro apresenta-se quente, porém o contato com a mão é
suportável. São indícios de que o processo está ocorrendo normalmente;
 b) a barra de ferro está muito quente não sendo suportável o contato com a
palma da mão. Nesse caso, está havendo excesso de temperatura e o
material dever ser revolvido se estiver muito úmido, ou umedecido se estiver
seco;
 c) a barra de ferro se encontra morna ou fria. Nesse caso, deve-se
considerar o tempo em que está ocorrendo o processo, ou seja; se ainda
não tiver sido feito o primeiro revolvimento, provavelmente está faltando
umidade na pilha ou ela não foi construída com as dimensões corretas
(preparo das pilhas). Se o processo já estiver ocorrendo há mais de sete
semanas, com dois ou mais revolvimentos, a baixa temperatura indica que
a decomposição está estabilizada, portanto, o composto está pronto.
 O composto estabilizado, além de ter temperatura igual à ambiente,
apresenta-se quebradiço quando seco, moldável quando úmido, não atrai
moscas e não tem cheiro desagradável.
 Rendimento
 O rendimento final da compostagem é
de 1/3 a ½ do volume inicial,
dependendo do material de origem e do
teor de umidade.
 Melhora em 3 condições os solos:
 Físicas
Solo mais fofo e arejado, facilitando a
presença de ar e de água e de
microtúneis que ajudam o
crescimento das raízes e das plantas.
 Químicas
A matéria orgânica e o húmus contém
inúmeras substâncias químicas e
também microorganismos (bactérias,
fungos, algas microscópicas etc.) que
atuam sobre os minerais da terra,
tornando-os mais disponíveis para as
plantas e também ajudam a reduzir a
acidez do solo.
 Biológicas
Aumentos sobretudo a população de
microorganismo, principalmente, fungos
e bactérias responsáveis por inúmeras
reações importantes para agriculturas; e
interfere positivamente na vida de outro
organismos, como as minhocas que são
verdadeiros arados biológicos.
 A utilização do adubo orgânico é feita através da sua
incorporação no solo, em cobertura ou em covas entre
linhas da plantação. A aplicação deve ser de 1 5 a 20 dias
antes do plantio, nas covas ou nas entrelinhas dos
cultivos permanentes, duas vezes por ano. A quantidade
aplicada varia de 1 0 a 1 5 toneladas por hectare/ano,
dependendo do total de adubo preparado na
propriedade.
Ausência de
cobertura vegetal,
superfície exposta ao
Sol erosão provocada
pelo impacto direto
das gotas de chuva,
torrões de faces retas,
sem poros,
impermeáveis à água e
o ar, quase sem vida.
Cobertura vegetal rica,
terra fofa, porosa,
permeável à água e ao
ar, umidade
permanente, grande
diversidade de raízes
(policultura), muitas
matéria orgânicas,
intensa atividade
biológica.
 CAMPBELL, Stu. Manual de compostagem para hortas e
jardins: como aproveitar bem o lixo orgânico doméstico. São
Paulo: Nobel, 1999. 149p.
 COSTA, Carlos Augusto Cordeiro; BRASIL, Heliana Maria Silva.
Faça o adubo para suas plantas. Belém: FCAP, 2000. 15p. (Serviço
de Documentação e Informação)
 KIEHL, Edmar José. Preparo do composto na fazenda. Brasília:
EMBRAPA/SNAP, 1980. 15p.
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Aula 02 compostagem

  • 1. Luiz Murilo Rocha Câmara Engº Agrônomo
  • 2. É a produção do composto (adubo) orgânico formado por matéria orgânica (Mo) humidificada, obtida a partir da transformação (decomposição biológica) de restos orgânicos (sobras de culturas, frutas, verduras, dejetos de animais, etc.) pela ação microbiana do solo.
  • 3.  É o resultado final da decomposição adequada dos materiais orgânicos sobre o solo, um composto que apresenta estrutura fofa, cheiro agradável, temperatura ambiente, pH próximo de 7, livre de agentes patogênicos e de sementes de ervas daninhas.
  • 4.  Dejetos de animais (estercos de galinha, gado, porco e carneiro);  Cascas, bagaços de frutas e caroços não comercializados;  Resíduos de culturas (cascas de arroz, palha de milho, vagem seca de feijão, casca seca de café e outros);  Folhas e ramos de mandioca, bananeira;  Serragem;  Restos de capim (colonião, elefante, brachiara e outros).
  • 5.
  • 6.
  • 7.  Plásticos  Vidros  Madeira  Metais  Couros  Tecidos  Isopor
  • 8.  Materiais ricos em CARBONO  Materiais vegetais (palhas, folhas, restos de alimentos e sobras de plantas)  Materiais ricos em NITROGÊNIO  Materiais de origem animal (principalmente estrumes de vaca, galinha, cabra e outros)
  • 9.  Materiais ricos em CARBONO  3-4 porções  Materiais ricos em NITROGÊNIO  1 porção  Outros materiais  5% terra  15% composto já preparado
  • 10.
  • 11.
  • 12. • Monte cada leira da composteira em formato piramidal ou trapezoidal, com uma base de 1,20 metro a 1,50 metro. A altura pode variar entre um metro e 1,20 metro. É importante não diminuir este tamanho para não prejudicar a temperatura e a umidade do composto, uma vez que uma leira baixa perde calor. Coloque as leiras uma ao lado da outra, deixando entre elas um espaço para circulação.
  • 13.
  • 14. • Coloque uma camada de 20 centímetros de palha e 5 centímetros de composto. Repita esta operação até chegar a altura de 1,20 metro. Mantenha sempre a leira umedecida com água. A pilha depois de pronta, deve ser coberta com folhas de bananeira, para proteger das intemperies (chuvas, vento, insolação, etc.) e reduzir a evaporação.
  • 15.
  • 16.  Local  O local para montagem das pilhas de matéria prima deve ser limpo e ligeiramente inclinado para facilitar o escoamento de águas de chuvas. Deve ter área suficiente para a construção das pilhas e espaço para revolvimento das mesmas.  Qualidade dos resíduos agrícolas  A princípio, todos os resíduos agrícolas podem ser compostados. No entanto, para se obter um composto de boa qualidade em menos tempo é necessário que os resíduos apresentem um conteúdo apropriado de nitrogênio e carbono, favorecendo o crescimento e a atividade das colônias de microrganismos envolvidos no processo.
  • 17.  Tamanho das partículas dos resíduos agrícolas  Os resíduos a serem compostados não devem ser em partículas muito pequenas para evitar a compactação durante o processo de compostagem, comprometendo a aeração (exemplo, serragem). Por outro lado, resíduos com colmos inteiros retardam a decomposição por reterem pouca umidade e apresentarem menor superfície de contato com os microrganismos (exemplo, colmos de milho). Restos de culturas de soja e feijão, gramas folhas, por exemplo, podem ser compostados inteiros.
  • 18.  Umidade  A melhor umidade para o material ser compostado situase entre 40% e 60%. Abaixo de 35%, a atividade microbiana é afetada e acima de 65% começa a haver comprometimento da aeração da massa, provocando condições anaeróbicas e com conseqüente liberação de odores desagradáveis.  Em caso de falta de água, deve-se irrigar uniformemente o material em compostagem uma ou duas vezes por semana e quando em excesso (após chuvas), deve-se fazer o revolvimento do material para provocar a evaporação.  Na operação de controle da umidade é importante que todas as camadas do material em compostagem tenham igual teor de água, portanto, ao revolvê-lo deve-se misturar as camadas externas mais secas, com as internas mais úmidas.
  • 19.  Aeração  O oxigênio é de vital importância para a oxidação biológica do carbono dos resíduos orgânicos, para que ocorra produção de energia necessária aos microrganismos que realizam a decomposição. Parte dessa energia é utilizada no metabolismo dos microrganismos e o restante é liberado na forma de calor.  O arejamento evita a formação de maus odores e a presença de moscas, o que é importante tanto para o processo como para o meio ambiente. Para se obter o adequado suprimento de oxigênio deve-se realizar revolvimentos do material, que podem ser feitos utilizando-se garfos, enxadas e ancinhos.  Recomenda-se que se faça o primeiro revolvimento duas ou três semanas após o início do processo, período em que se exige a maior aeração possível. O segundo revolvimento deve ser feito aproximadamente três semanas após o primeiro, ocasião em que se inicia o abaixamento lento da temperatura, indicando o início da estabilização do processo de compostagem.  Na décima semana após o início do processo faz-se um terceiro revolvimento para uma incorporação final de oxigênio. É provável que nessa oportunidade não esteja mais ocorrendo liberação de calor, pois a matéria orgânica não estará mais sofrendo decomposição e os elementos fertilizantes poderão ser conservados sem perdas.
  • 20.  Temperatura  Para verificar se o processo está ocorrendo normalmente, deve- se fazer o monitoramento da temperatura freqüentemente. Para isso, basta introduzir algumas barras de ferro (vergalhões) até o fundo das pilhas dos materiais a serem compostados, tão logo estejam prontas. Essas barras deverão ser retiradas para verificação da temperatura a cada dois ou três dias até o primeiro revolvimento, passando a uma vez por semana a partir de então, até o final do processo.  A temperatura deve ser verificada tocando-se com a palma da mão a parte da barra de ferro que estava introduzida na pilha dos materiais em compostagem, podendo ocorrer três situações:
  • 21.  Temperatura  a) a barra de ferro apresenta-se quente, porém o contato com a mão é suportável. São indícios de que o processo está ocorrendo normalmente;  b) a barra de ferro está muito quente não sendo suportável o contato com a palma da mão. Nesse caso, está havendo excesso de temperatura e o material dever ser revolvido se estiver muito úmido, ou umedecido se estiver seco;  c) a barra de ferro se encontra morna ou fria. Nesse caso, deve-se considerar o tempo em que está ocorrendo o processo, ou seja; se ainda não tiver sido feito o primeiro revolvimento, provavelmente está faltando umidade na pilha ou ela não foi construída com as dimensões corretas (preparo das pilhas). Se o processo já estiver ocorrendo há mais de sete semanas, com dois ou mais revolvimentos, a baixa temperatura indica que a decomposição está estabilizada, portanto, o composto está pronto.  O composto estabilizado, além de ter temperatura igual à ambiente, apresenta-se quebradiço quando seco, moldável quando úmido, não atrai moscas e não tem cheiro desagradável.
  • 22.  Rendimento  O rendimento final da compostagem é de 1/3 a ½ do volume inicial, dependendo do material de origem e do teor de umidade.
  • 23.  Melhora em 3 condições os solos:  Físicas Solo mais fofo e arejado, facilitando a presença de ar e de água e de microtúneis que ajudam o crescimento das raízes e das plantas.
  • 24.  Químicas A matéria orgânica e o húmus contém inúmeras substâncias químicas e também microorganismos (bactérias, fungos, algas microscópicas etc.) que atuam sobre os minerais da terra, tornando-os mais disponíveis para as plantas e também ajudam a reduzir a acidez do solo.
  • 25.  Biológicas Aumentos sobretudo a população de microorganismo, principalmente, fungos e bactérias responsáveis por inúmeras reações importantes para agriculturas; e interfere positivamente na vida de outro organismos, como as minhocas que são verdadeiros arados biológicos.
  • 26.  A utilização do adubo orgânico é feita através da sua incorporação no solo, em cobertura ou em covas entre linhas da plantação. A aplicação deve ser de 1 5 a 20 dias antes do plantio, nas covas ou nas entrelinhas dos cultivos permanentes, duas vezes por ano. A quantidade aplicada varia de 1 0 a 1 5 toneladas por hectare/ano, dependendo do total de adubo preparado na propriedade.
  • 27.
  • 28.
  • 29. Ausência de cobertura vegetal, superfície exposta ao Sol erosão provocada pelo impacto direto das gotas de chuva, torrões de faces retas, sem poros, impermeáveis à água e o ar, quase sem vida.
  • 30. Cobertura vegetal rica, terra fofa, porosa, permeável à água e ao ar, umidade permanente, grande diversidade de raízes (policultura), muitas matéria orgânicas, intensa atividade biológica.
  • 31.  CAMPBELL, Stu. Manual de compostagem para hortas e jardins: como aproveitar bem o lixo orgânico doméstico. São Paulo: Nobel, 1999. 149p.  COSTA, Carlos Augusto Cordeiro; BRASIL, Heliana Maria Silva. Faça o adubo para suas plantas. Belém: FCAP, 2000. 15p. (Serviço de Documentação e Informação)  KIEHL, Edmar José. Preparo do composto na fazenda. Brasília: EMBRAPA/SNAP, 1980. 15p.