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As práticas de recrutamento e
selecção em Portugal
Organização - colaborador
Os indivíduos precisam
das organizações, e
estas por sua vez
precisam dos indivíduos,
num processo contínuo,
interactivo e aberto
sofrendo constantes
mudanças perante as
características das
ofertas e das procuras
do mundo laboral.
Recrutamento de pessoal
• É um processo que visa atrair candidatos
potencialmente qualificados para ocupar uma
vaga dentro de uma determinada organização,
baseando – se num sistema de informação
através do qual a organização divulga e
disponibiliza ao mercados das relações
humanos oportunidades de emprego
(Chiavenato, 1989).
Meios de Recrutamento
• Recrutamento externo - a organização procura
preencher a vaga com potenciais colaboradores
externos atraídos pelas técnicas de recrutamento;
• Recrutamento interno - a vaga pode ser
preenchida por movimentações quer horizontais,
verticais ou diagonais dos seus empregados;
• Recrutamento misto -poderá ser de três
categorias: inicialmente o recrutamento externo,
seguido do recrutamento interno; o recrutamento
interno seguido do recrutamento externo; ou os dois
recrutamentos concomitantemente.
Selecção de pessoal
• Depois de recrutar os candidatos potencias é
preciso analisar e decidir sobre quais os que
melhor se qualificam para a função pretendida,
surgindo assim a selecção de pessoal. Para
melhor adequar o colaborador certo ao cargo,
sendo eficiente e eficaz tendo em atenção aos
requisitos do cargo e as características dos
candidatos que se apresentam (Chiavenato,
1989).
Selecção de pessoal (cont.)
• Chiavenato (1989) explica que a decisão sobre
quais os melhores candidatos para a função é
da responsabilidade da linha e função de staff,
sendo que este modelo comporta três nódulos
do comportamento: o modelo da colocação, o
modelo da selecção e o modelo da
classificação.
Técnicas de selecção
• Para melhor adequar o colaborador certo
à função pretendida é necessário utilizar
técnicas de selecção através (Chiavenato,
1989):
– análise do cargo;
– aplicação da técnica dos incidentes críticos;
– análise da requisição de empregado e do
cargo no mercado;
– hipótese de trabalho.
Técnicas de selecção (cont.)
• Entrevistas de
selecção;
• Provas de
conhecimento ou de
capacidade;
• Testes psicométricos;
• Testes de
personalidade;
• Técnicas de
simulação.
Testes
• Os testes são instrumentos de medida que
investigam amostras de comportamento e
devem ser capazes de auxiliar na identificação
de características de sujeitos, com parâmetros
psicométricos bem definidos e estabelecidos
(Anastasi & Urbina, 2000)
Sistemas de selecção
• Selecção de estágio único;
• Selecção sequencial de dois estágios;
• Selecção sequencial de três estágios.
Estudo: conhecer as
“práticas de
recrutamento e selecção
em Portugal”
Metodologia
• Objectivo – conhecer as práticas de
recrutamento e selecção mais utilizadas em 560
organizações;
• Amostra – 71 organizações, situadas na
região Lisboa/Setúbal;
• Tipo de organização:
– Pública: 18%
– Privado: 82%
Procedimento
• Enviados por correio, questionários aos
responsáveis pela área dos recursos
humanos;
• Questionários enviados e recebidos
entre Junho e Agosto de 2000;
Instrumento
Para recolher a informação foi
construído um questionário, que incluía:
• Perguntas sobre a organização;
• Área de recrutamento e selecção (várias
fases do processo e as necessidades
sentidas pelos responsáveis nas diversas
organizações em relação à avaliação dos
candidatos).
Resultados
Processo R&S- fase prévia ao recrutamento
• A análise da função metodologia utilizada
para descrever a função em relação a
tarefas e conteúdos das actividades e
definir o perfil a requerer ao sujeito, de
forma a existir um adequado desempenho
da função
– 44% dos casos, a análise de função é
efectuada através da colaboração entre o
técnico de R&S e a chefia directa.
Resultados (cont.)
• Métodos mais
utilizados na análise
de função:
– Entrevista com a
chefia
directa/responsável da
área (45%);
– Entrevista com o
colaborador (31%).
Resultados (cont.)
• Processo R&S- fontes de recrutamento
– Técnicas de recrutamento mais utilizadas:
– Anúncios (67,8%)
– Candidaturas espontâneas (62, 8%)
– referências (57,1%)
Resultados (cont.)
• Métodos de selecção:
– Entrevista com o responsável da área que
requisitou o serviço (87,9%);
– Análise curricular (85,7%);
– Entrevista com o técnico dos recursos
humanos (65,3%);
– Referências de outros empregos (54%).
Resultados (cont.)
• Participação da chefia no processo R&S:
– Entrevista final (78,9%);
– Análise da função (76,1%);
– Análise curricular (60,6%).
Apenas 26,8% das organizações referem a participação
da chefia nas provas de selecção.
– A não – participação ocorre em 5,6% dos casos.
Resultados (cont.)
• Processo R&S – fase após a selecção,
informação aos candidatos não admitidos:
– Respondem a todos os candidatos (73%);
– Respondem ás vezes (24%);
– Nunca dão resposta (3%).
Resultados (cont.)
• Seguimento dos candidatos admitidos:
– 53,5% segue de forma planeada;
– 43,7% segue informalmente;
– 2,8% não efectua follow-up.
Resultados (cont.)
• Novos instrumentos de avaliação
(criação e/ou modificação de métodos e
técnicas de R&S na organização):
– 46,2% não fazem nenhum tipo de estudos e/ou
investigações;
– 32,3% afirmam criar novos instrumentos;
– 26,2% recorrem a empresas de R&S;
– 23,1% efectuam estudos ou investigações.
Resultados (cont.)
• Necessidade de novos instrumentos:
– 76,1% gostaria de dispor de novos instrumentos
• Características mais procuradas nos
candidatos:
– Motivação (64,2%);
– Trabalho de equipa (59,7%);
– Liderança (49,3%).
Resultados (cont.)
• Critérios que influenciam a escolha dos
instrumentos:
– Validade dos preditores (66,7%);
– Adaptação a população portuguesa (43,2%);
– Factores económicos (41,7%).
Conclusão
• Desfasamento entre as práticas actuais de R&S e
as investigações mais recentes
• Embora refiram que necessitam de dispor de mais e
novos instrumentos de avaliação e que um dos
critérios que mais influência a escolha dos
instrumentos é a validade preditiva, verifica-se que
não utilizam os métodos mais adequados.
Conclusão (cont.)
• Estabelece aqui a hipótese que uma maior relação com
instituições de ensino superior será a solução para esse
desfasamento.
• A entrevista (apesar dos coeficientes de predição
obtidos serem bastante fracos), aparece como um dos
métodos mais utilizados na selecção pelas nossas
organizações.
Conclusão (cont.)
• Realça-se também a fraca utilização de testes de
aptidões e de personalidade por parte das
organizações, já que quando associados a critérios
preditivos, atingem resultados muito satisfatórios.
• Em relação a amostra, a autora conclui que 55%
das organizações não possuem uma área de R&S e
que a maioria realiza os processos sem psicólogos
(65%).
Conclusão (cont.)
• Refere que tanta a inadequada formação dos
técnicos de R&S, a sua falta de qualificação ou de
competências específicas e o custo de utilização,
serão as principais razoes para os métodos de R&S
optados pelas nossas organizações.
• A melhoria das praticas de recrutamento e selecção
em Portugal depende da tomada de consciência
destas problemáticas, sobretudo por parte das
empresas.
Conclusão (cont.)
• Vê como necessário a coordenação entre as
instituições de ensino superior e as empresas para
que problemas essências sejam discutidos, como a
deontologia do recrutamento, a formação das
técnicas e a elaboração de programas de
investigação e a melhor qualificação dos técnicos
de R&S.
Trabalho realizado por:
•Carla Nascimento
•Cláudia Pinheiro
•Júlio Martins
•Tiago Carvalho

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As práticas de recrutamento e selecção em Portugal

  • 1. As práticas de recrutamento e selecção em Portugal
  • 2. Organização - colaborador Os indivíduos precisam das organizações, e estas por sua vez precisam dos indivíduos, num processo contínuo, interactivo e aberto sofrendo constantes mudanças perante as características das ofertas e das procuras do mundo laboral.
  • 3. Recrutamento de pessoal • É um processo que visa atrair candidatos potencialmente qualificados para ocupar uma vaga dentro de uma determinada organização, baseando – se num sistema de informação através do qual a organização divulga e disponibiliza ao mercados das relações humanos oportunidades de emprego (Chiavenato, 1989).
  • 4. Meios de Recrutamento • Recrutamento externo - a organização procura preencher a vaga com potenciais colaboradores externos atraídos pelas técnicas de recrutamento; • Recrutamento interno - a vaga pode ser preenchida por movimentações quer horizontais, verticais ou diagonais dos seus empregados; • Recrutamento misto -poderá ser de três categorias: inicialmente o recrutamento externo, seguido do recrutamento interno; o recrutamento interno seguido do recrutamento externo; ou os dois recrutamentos concomitantemente.
  • 5. Selecção de pessoal • Depois de recrutar os candidatos potencias é preciso analisar e decidir sobre quais os que melhor se qualificam para a função pretendida, surgindo assim a selecção de pessoal. Para melhor adequar o colaborador certo ao cargo, sendo eficiente e eficaz tendo em atenção aos requisitos do cargo e as características dos candidatos que se apresentam (Chiavenato, 1989).
  • 6. Selecção de pessoal (cont.) • Chiavenato (1989) explica que a decisão sobre quais os melhores candidatos para a função é da responsabilidade da linha e função de staff, sendo que este modelo comporta três nódulos do comportamento: o modelo da colocação, o modelo da selecção e o modelo da classificação.
  • 7. Técnicas de selecção • Para melhor adequar o colaborador certo à função pretendida é necessário utilizar técnicas de selecção através (Chiavenato, 1989): – análise do cargo; – aplicação da técnica dos incidentes críticos; – análise da requisição de empregado e do cargo no mercado; – hipótese de trabalho.
  • 8. Técnicas de selecção (cont.) • Entrevistas de selecção; • Provas de conhecimento ou de capacidade; • Testes psicométricos; • Testes de personalidade; • Técnicas de simulação.
  • 9. Testes • Os testes são instrumentos de medida que investigam amostras de comportamento e devem ser capazes de auxiliar na identificação de características de sujeitos, com parâmetros psicométricos bem definidos e estabelecidos (Anastasi & Urbina, 2000)
  • 10. Sistemas de selecção • Selecção de estágio único; • Selecção sequencial de dois estágios; • Selecção sequencial de três estágios.
  • 11. Estudo: conhecer as “práticas de recrutamento e selecção em Portugal”
  • 12. Metodologia • Objectivo – conhecer as práticas de recrutamento e selecção mais utilizadas em 560 organizações; • Amostra – 71 organizações, situadas na região Lisboa/Setúbal; • Tipo de organização: – Pública: 18% – Privado: 82%
  • 13. Procedimento • Enviados por correio, questionários aos responsáveis pela área dos recursos humanos; • Questionários enviados e recebidos entre Junho e Agosto de 2000;
  • 14. Instrumento Para recolher a informação foi construído um questionário, que incluía: • Perguntas sobre a organização; • Área de recrutamento e selecção (várias fases do processo e as necessidades sentidas pelos responsáveis nas diversas organizações em relação à avaliação dos candidatos).
  • 15. Resultados Processo R&S- fase prévia ao recrutamento • A análise da função metodologia utilizada para descrever a função em relação a tarefas e conteúdos das actividades e definir o perfil a requerer ao sujeito, de forma a existir um adequado desempenho da função – 44% dos casos, a análise de função é efectuada através da colaboração entre o técnico de R&S e a chefia directa.
  • 16. Resultados (cont.) • Métodos mais utilizados na análise de função: – Entrevista com a chefia directa/responsável da área (45%); – Entrevista com o colaborador (31%).
  • 17. Resultados (cont.) • Processo R&S- fontes de recrutamento – Técnicas de recrutamento mais utilizadas: – Anúncios (67,8%) – Candidaturas espontâneas (62, 8%) – referências (57,1%)
  • 18. Resultados (cont.) • Métodos de selecção: – Entrevista com o responsável da área que requisitou o serviço (87,9%); – Análise curricular (85,7%); – Entrevista com o técnico dos recursos humanos (65,3%); – Referências de outros empregos (54%).
  • 19. Resultados (cont.) • Participação da chefia no processo R&S: – Entrevista final (78,9%); – Análise da função (76,1%); – Análise curricular (60,6%). Apenas 26,8% das organizações referem a participação da chefia nas provas de selecção. – A não – participação ocorre em 5,6% dos casos.
  • 20. Resultados (cont.) • Processo R&S – fase após a selecção, informação aos candidatos não admitidos: – Respondem a todos os candidatos (73%); – Respondem ás vezes (24%); – Nunca dão resposta (3%).
  • 21. Resultados (cont.) • Seguimento dos candidatos admitidos: – 53,5% segue de forma planeada; – 43,7% segue informalmente; – 2,8% não efectua follow-up.
  • 22. Resultados (cont.) • Novos instrumentos de avaliação (criação e/ou modificação de métodos e técnicas de R&S na organização): – 46,2% não fazem nenhum tipo de estudos e/ou investigações; – 32,3% afirmam criar novos instrumentos; – 26,2% recorrem a empresas de R&S; – 23,1% efectuam estudos ou investigações.
  • 23. Resultados (cont.) • Necessidade de novos instrumentos: – 76,1% gostaria de dispor de novos instrumentos • Características mais procuradas nos candidatos: – Motivação (64,2%); – Trabalho de equipa (59,7%); – Liderança (49,3%).
  • 24. Resultados (cont.) • Critérios que influenciam a escolha dos instrumentos: – Validade dos preditores (66,7%); – Adaptação a população portuguesa (43,2%); – Factores económicos (41,7%).
  • 25. Conclusão • Desfasamento entre as práticas actuais de R&S e as investigações mais recentes • Embora refiram que necessitam de dispor de mais e novos instrumentos de avaliação e que um dos critérios que mais influência a escolha dos instrumentos é a validade preditiva, verifica-se que não utilizam os métodos mais adequados.
  • 26. Conclusão (cont.) • Estabelece aqui a hipótese que uma maior relação com instituições de ensino superior será a solução para esse desfasamento. • A entrevista (apesar dos coeficientes de predição obtidos serem bastante fracos), aparece como um dos métodos mais utilizados na selecção pelas nossas organizações.
  • 27. Conclusão (cont.) • Realça-se também a fraca utilização de testes de aptidões e de personalidade por parte das organizações, já que quando associados a critérios preditivos, atingem resultados muito satisfatórios. • Em relação a amostra, a autora conclui que 55% das organizações não possuem uma área de R&S e que a maioria realiza os processos sem psicólogos (65%).
  • 28. Conclusão (cont.) • Refere que tanta a inadequada formação dos técnicos de R&S, a sua falta de qualificação ou de competências específicas e o custo de utilização, serão as principais razoes para os métodos de R&S optados pelas nossas organizações. • A melhoria das praticas de recrutamento e selecção em Portugal depende da tomada de consciência destas problemáticas, sobretudo por parte das empresas.
  • 29. Conclusão (cont.) • Vê como necessário a coordenação entre as instituições de ensino superior e as empresas para que problemas essências sejam discutidos, como a deontologia do recrutamento, a formação das técnicas e a elaboração de programas de investigação e a melhor qualificação dos técnicos de R&S.
  • 30. Trabalho realizado por: •Carla Nascimento •Cláudia Pinheiro •Júlio Martins •Tiago Carvalho