1) O documento descreve as causas das crises político-militares na Guiné-Bissau, incluindo a luta armada contra os portugueses e as divisões internas no PAIGC após a independência;
2) Após a independência, o PAIGC cometeu violações de direitos humanos contra opositores e aqueles acusados de colaborar com os portugueses;
3) Em 1980, Nino Vieira depôs o governo do PAIGC através de um golpe, expondo as violações de direitos human
O documento descreve vários planos da PIDE/DGS para assassinar Amílcar Cabral entre 1967 e 1973, incluindo o recrutamento de mercenários e o apoio a conspirações internas no PAIGC. Em janeiro de 1973, membros do PAIGC liderados por figuras ligadas à PIDE executaram um golpe e assassinaram Cabral e outros líderes, embora a maioria dos conspiradores não tivesse ligações diretas à PIDE.
Este documento apresenta dois pontos de vista sobre o 25 de Abril de 1974: o de Pedro, que vivia em Portugal, e o de Angelina, que vivia em Angola. Pedro descreve a ditadura em Portugal e como o 25 de Abril trouxe liberdade, enquanto Angelina descreve como a independência das colônias a deixou sem nada. O autor atua como mediador, reconhecendo a necessidade da liberdade mas criticando como a descolonização foi mal gerida, deixando os colonos abandonados.
O documento descreve como a imprensa brasileira lidou com a censura imposta pela ditadura militar após o AI-5 de 1968, que endureceu o regime autoritário. Ele também discute como alguns veículos de comunicação, como o Jornal do Brasil e o semanário Opinião, encontraram formas sutis de driblar a censura. Além disso, o texto sugere que parte da mídia apoiou o golpe militar de 1964 que derrubou o governo democraticamente eleito.
Jornal 188. Edição Histórica de 31 de março de 1964Lucio Borges
Este documento relata os eventos que levaram ao golpe militar de 1964 no Brasil. A situação política no país estava caótica, com greves, saques e violência política. O presidente João Goulart estava cada vez mais alinhado com a esquerda e comunistas, frustrando setores militares e da sociedade. Após vários confrontos entre forças leais e rebeldes, em 31 de março as tropas de Minas Gerais se rebelaram e marcharam para o Rio de Janeiro e Brasília sem resistência, iniciando o golpe militar.
As crises político-militares na Guiné-BissauCantacunda
O documento discute as causas das crises político-militares recorrentes na Guiné-Bissau, desde a resistência à ocupação colonial até os golpes de estado modernos. Aponta que a violência se espalhou após a luta armada do PAIGC e que as disputas internas, como o assassinato de Amílcar Cabral, exacerbaram as tensões. Além disso, o documento argumenta que o primeiro governo após a independência desperdiçou ajuda externa em projetos inviáveis, contribuindo para a instabilidade atual
O documento discute a censura à música popular brasileira durante a ditadura militar no Brasil. Em especial, destaca como Chico Buarque foi um dos artistas mais perseguidos pelo regime, tendo várias de suas músicas censuradas ou proibidas. Sua música "Apesar de Você" teve todos os discos destruídos após revelar-se que fazia referência ao presidente Médici. Seu álbum "Calabar" também sofreu diversas censuras nas letras e capa. A censura demonstrava o
Revolução de 30 e dois primeiros governos vargas.Marcelo Ferro
1) O documento descreve o período da Presidência de Washington Luís (1926-1930) e os fatores que levaram à Revolução de 1930, incluindo a crise econômica de 1929 e a insatisfação popular.
2) A revolução teve início após o assassinato de João Pessoa, candidato derrotado à vice-presidência, e levou Getúlio Vargas ao poder em 3 de novembro de 1930, dando início ao seu governo provisório.
3) O texto analisa os principais acontecimentos políticos e
O documento descreve vários planos da PIDE/DGS para assassinar Amílcar Cabral entre 1967 e 1973, incluindo o recrutamento de mercenários e o apoio a conspirações internas no PAIGC. Em janeiro de 1973, membros do PAIGC liderados por figuras ligadas à PIDE executaram um golpe e assassinaram Cabral e outros líderes, embora a maioria dos conspiradores não tivesse ligações diretas à PIDE.
Este documento apresenta dois pontos de vista sobre o 25 de Abril de 1974: o de Pedro, que vivia em Portugal, e o de Angelina, que vivia em Angola. Pedro descreve a ditadura em Portugal e como o 25 de Abril trouxe liberdade, enquanto Angelina descreve como a independência das colônias a deixou sem nada. O autor atua como mediador, reconhecendo a necessidade da liberdade mas criticando como a descolonização foi mal gerida, deixando os colonos abandonados.
O documento descreve como a imprensa brasileira lidou com a censura imposta pela ditadura militar após o AI-5 de 1968, que endureceu o regime autoritário. Ele também discute como alguns veículos de comunicação, como o Jornal do Brasil e o semanário Opinião, encontraram formas sutis de driblar a censura. Além disso, o texto sugere que parte da mídia apoiou o golpe militar de 1964 que derrubou o governo democraticamente eleito.
Jornal 188. Edição Histórica de 31 de março de 1964Lucio Borges
Este documento relata os eventos que levaram ao golpe militar de 1964 no Brasil. A situação política no país estava caótica, com greves, saques e violência política. O presidente João Goulart estava cada vez mais alinhado com a esquerda e comunistas, frustrando setores militares e da sociedade. Após vários confrontos entre forças leais e rebeldes, em 31 de março as tropas de Minas Gerais se rebelaram e marcharam para o Rio de Janeiro e Brasília sem resistência, iniciando o golpe militar.
As crises político-militares na Guiné-BissauCantacunda
O documento discute as causas das crises político-militares recorrentes na Guiné-Bissau, desde a resistência à ocupação colonial até os golpes de estado modernos. Aponta que a violência se espalhou após a luta armada do PAIGC e que as disputas internas, como o assassinato de Amílcar Cabral, exacerbaram as tensões. Além disso, o documento argumenta que o primeiro governo após a independência desperdiçou ajuda externa em projetos inviáveis, contribuindo para a instabilidade atual
O documento discute a censura à música popular brasileira durante a ditadura militar no Brasil. Em especial, destaca como Chico Buarque foi um dos artistas mais perseguidos pelo regime, tendo várias de suas músicas censuradas ou proibidas. Sua música "Apesar de Você" teve todos os discos destruídos após revelar-se que fazia referência ao presidente Médici. Seu álbum "Calabar" também sofreu diversas censuras nas letras e capa. A censura demonstrava o
Revolução de 30 e dois primeiros governos vargas.Marcelo Ferro
1) O documento descreve o período da Presidência de Washington Luís (1926-1930) e os fatores que levaram à Revolução de 1930, incluindo a crise econômica de 1929 e a insatisfação popular.
2) A revolução teve início após o assassinato de João Pessoa, candidato derrotado à vice-presidência, e levou Getúlio Vargas ao poder em 3 de novembro de 1930, dando início ao seu governo provisório.
3) O texto analisa os principais acontecimentos políticos e
O general reformado Francisco Batista Torres de Melo respondeu a um artigo da jornalista Miriam Leitão, discordando da afirmação dela de que os militares brasileiros antigos rasgavam as leis e feriam a ordem. Ele argumenta que, ao longo da história do Brasil no século XX, foram os políticos civis, e não os militares, que causaram desordem e desrespeitaram as leis.
Este documento fornece uma introdução sobre Che Guevara e apresenta algumas contradições entre sua vida e a admiração que ele inspira atualmente. O texto argumenta que Che lutou contra bandeiras como a paz, os direitos humanos e o bem-estar dos mais pobres, apesar de ser amplamente admirado por esses ideais.
Este documento descreve três assassinatos cometidos por grupos terroristas de esquerda no Brasil entre 1968-1970: 1) O assassinato do capitão americano Charles Chandler em 1968. 2) A execução do tenente Mendes em 1970 depois de se render. 3) O assassinato do tenente Mendes após um "tribunal revolucionário" o condenar à morte.
1) O documento descreve o caso emblemático da Guerrilha de Três Passos, ocorrida em 1965, quando um grupo de militares e civis liderados por Jefferson Cardim se levantou contra a ditadura militar no Rio Grande do Sul.
2) Muitos dos envolvidos na guerrilha sofreram tortura após sua captura, como Cardim que foi espancado e humilhado publicamente.
3) A repressão após o levante permitiu que os militares mapeassem redes de apoio a Leonel Brizola
Este documento discute a história da Revolução Cubana de 1959. Primeiro, descreve a situação política e econômica de Cuba após a independência em 1902, caracterizada por violência, corrupção e intervenção dos EUA. Em seguida, detalha os eventos que levaram à revolução, como o assalto ao Quartel Moncada em 1953 e a luta de guerrilha de Fidel Castro na Sierra Maestra entre 1956-1959 que derrubou o ditador Fulgencio Batista. Por fim, aborda os desdobramentos da revolução, incl
O documento descreve os principais acontecimentos políticos e sociais do período da República Velha no Brasil, entre 1889 e 1930. Inclui a proclamação da República em 1889, os governos militares iniciais de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, a política do café-com-leite e o sistema oligárquico que se estabeleceu, além da Revolução de 1930 que depôs Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder.
O documento descreve os acontecimentos da Revolução dos Cravos em Portugal em 25 de Abril de 1974, quando militares derrubaram o regime autoritário de Estado Novo através de um golpe sem derramamento de sangue. Grupos de militares ocuparam alvos estratégicos em Lisboa e no Porto durante a noite e no dia seguinte, forçando a renúncia do primeiro-ministro Marcelo Caetano. Este evento pôs fim a décadas de ditadura e abriu caminho para a democracia em Portugal.
LA VERDADERA HISTORIA DE UN ASESINO LLAMADO "CHE" GUEVARA. https://fundacioncontraelterrorismo2013.blogspot.com/2013/02/la-verdadera-historia-de-un-asesino.html
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 na Bahia entre o Exército Brasileiro e um movimento liderado por Antônio Conselheiro. O movimento surgiu devido à pobreza e seca na região e acreditava em uma salvação divina. O Exército foi derrotado em três expedições antes de finalmente destruir Canudos na quarta expedição, resultando em cerca de 25 mil mortes.
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 no interior da Bahia entre o Exército da República e um movimento liderado por Antônio Conselheiro. O Exército saiu derrotado de três expedições iniciais contra a comunidade de Canudos. Uma quarta expedição com bombardeio acabou destruindo Canudos e matando cerca de 25 mil pessoas.
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 no interior da Bahia entre o Exército da República e um movimento liderado por Antônio Conselheiro. O Exército saiu derrotado de três expedições iniciais contra a comunidade de Canudos. Uma quarta expedição em 1897 destruiu Canudos após meses de combates, resultando em cerca de 25 mil mortes.
Cd56 1� ten al juliana farias co�lho c�marajuliozary
Ten Cel médico Bonifácio Antônio Borba;
-
Batalhão de Saúde: Comandante Ten Cel médico João Maliceski Júnior;
-
Seção de Enfermeiras: Chefe a Capitão Enfermeira Maria de Lourdes
-
Seção de Dentistas: Chefe o Capitão Dentista José de Almeida;
-
Seção de Veterinários: Chefe o Capitão Veterinário José de Almeida;
-
Seção de Farmacêuticos: Chefe o Capitão Farmacê
Este documento descreve a Revolução de 1930 no Brasil. Resume os principais eventos que levaram ao golpe, incluindo a crise econômica mundial de 1929, a formação da Aliança Liberal contra o governo de Washington Luiz, as eleições de 1929 e o assassinato do candidato a vice-presidente João Pessoa. Conclui com os militares e políticos liberais iniciando o movimento que derrubou a República Velha no Brasil.
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 na Bahia entre a população marginalizada do interior e o exército brasileiro. Liderados por Antônio Conselheiro, os habitantes de Canudos acreditavam que ele traria igualdade social. Após três derrotas militares, tropas federais massacraram os habitantes, matando cerca de 25 mil pessoas e destruindo totalmente a povoação.
A Revolução Cubana derrubou o ditador Fulgêncio Batista em 1959 após dois anos de guerrilha liderada por Fidel Castro. Batista fugiu de Cuba na véspera do Ano Novo de 1959, deixando os rebeldes tomarem o controle. Embora Cuba tenha adotado um governo socialista, os EUA impuseram um embargo econômico que dura até hoje.
O documento descreve a Guerra de Canudos ocorrida no interior da Bahia entre 1896-1897, quando tropas do governo atacaram o povoado de Canudos liderado por Antônio Conselheiro. A guerra resultou da recusa dos habitantes de Canudos em pagar impostos e seguir as leis, assim como das críticas de Conselheiro ao sistema republicano. Após três ataques fracassados, tropas federais massacraram os habitantes, matando cerca de 25 mil pessoas.
O documento trata de três tópicos principais:
1) A queda da monarquia no Brasil e o início da República.
2) Resistências e conflitos na Primeira República, incluindo o coronelismo e fraudes eleitorais.
3) Reformas urbanas no Rio de Janeiro na época, que levaram à Revolta da Vacina e favelização.
Os presidentes Obama e Raúl Castro anunciaram a retomada das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba após mais de 50 anos de rompimento, embora o bloqueio econômico dos EUA contra Cuba continue em vigor. O documento descreve a história das relações entre os dois países desde a Revolução Cubana de 1959.
Este documento apresenta a introdução da edição revista da biografia de Che Guevara escrita por Jon Lee Anderson. Ele descreve como sua pesquisa o levou a Cuba e à Bolívia para entrevistar pessoas que conheceram Che e participaram de sua guerrilha, desvendando mistérios sobre sua morte. Sua entrevista com um general boliviano revelou detalhes chocantes sobre o destino do corpo de Che após sua morte.
O documento discute o 1o Congresso Brasil Paralelo, um evento de informação independente com 240 horas de conteúdo sobre os problemas atuais do Brasil produzido por grandes intelectuais brasileiros. O objetivo é contextualizar a situação do Brasil desde sua descoberta até os dias atuais e trazer reflexões para melhorar o país.
Simbólica de pindjiguiti na óptica libertária da guinéCantacunda
O documento discute a complexidade da história da guerra colonial e da luta pela libertação na Guiné-Bissau, destacando vários eventos que contribuíram para o desenvolvimento do nacionalismo guineense ao longo do século XX, culminando no Massacre de Pindjiguiti. A resistência ao domínio colonial português data do final do século XIX. Acontecimentos como a Segunda Guerra Mundial também influenciaram o crescimento do sentimento nacionalista. O Massacre de Pindjiguiti em 1959 foi um marco na luta
A Revolução dos Cravos derrubou o regime ditatorial de Salazar em Portugal em 1974 através de um golpe pacífico liderado pelas Forças Armadas. A senha para o início do movimento foi a música "Grândola Vila Morena", proibida pela censura. Após os militares tomarem posições em Lisboa, o ditador rendeu-se e fugiu, dando início a um período democrático no país.
O general reformado Francisco Batista Torres de Melo respondeu a um artigo da jornalista Miriam Leitão, discordando da afirmação dela de que os militares brasileiros antigos rasgavam as leis e feriam a ordem. Ele argumenta que, ao longo da história do Brasil no século XX, foram os políticos civis, e não os militares, que causaram desordem e desrespeitaram as leis.
Este documento fornece uma introdução sobre Che Guevara e apresenta algumas contradições entre sua vida e a admiração que ele inspira atualmente. O texto argumenta que Che lutou contra bandeiras como a paz, os direitos humanos e o bem-estar dos mais pobres, apesar de ser amplamente admirado por esses ideais.
Este documento descreve três assassinatos cometidos por grupos terroristas de esquerda no Brasil entre 1968-1970: 1) O assassinato do capitão americano Charles Chandler em 1968. 2) A execução do tenente Mendes em 1970 depois de se render. 3) O assassinato do tenente Mendes após um "tribunal revolucionário" o condenar à morte.
1) O documento descreve o caso emblemático da Guerrilha de Três Passos, ocorrida em 1965, quando um grupo de militares e civis liderados por Jefferson Cardim se levantou contra a ditadura militar no Rio Grande do Sul.
2) Muitos dos envolvidos na guerrilha sofreram tortura após sua captura, como Cardim que foi espancado e humilhado publicamente.
3) A repressão após o levante permitiu que os militares mapeassem redes de apoio a Leonel Brizola
Este documento discute a história da Revolução Cubana de 1959. Primeiro, descreve a situação política e econômica de Cuba após a independência em 1902, caracterizada por violência, corrupção e intervenção dos EUA. Em seguida, detalha os eventos que levaram à revolução, como o assalto ao Quartel Moncada em 1953 e a luta de guerrilha de Fidel Castro na Sierra Maestra entre 1956-1959 que derrubou o ditador Fulgencio Batista. Por fim, aborda os desdobramentos da revolução, incl
O documento descreve os principais acontecimentos políticos e sociais do período da República Velha no Brasil, entre 1889 e 1930. Inclui a proclamação da República em 1889, os governos militares iniciais de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, a política do café-com-leite e o sistema oligárquico que se estabeleceu, além da Revolução de 1930 que depôs Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder.
O documento descreve os acontecimentos da Revolução dos Cravos em Portugal em 25 de Abril de 1974, quando militares derrubaram o regime autoritário de Estado Novo através de um golpe sem derramamento de sangue. Grupos de militares ocuparam alvos estratégicos em Lisboa e no Porto durante a noite e no dia seguinte, forçando a renúncia do primeiro-ministro Marcelo Caetano. Este evento pôs fim a décadas de ditadura e abriu caminho para a democracia em Portugal.
LA VERDADERA HISTORIA DE UN ASESINO LLAMADO "CHE" GUEVARA. https://fundacioncontraelterrorismo2013.blogspot.com/2013/02/la-verdadera-historia-de-un-asesino.html
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 na Bahia entre o Exército Brasileiro e um movimento liderado por Antônio Conselheiro. O movimento surgiu devido à pobreza e seca na região e acreditava em uma salvação divina. O Exército foi derrotado em três expedições antes de finalmente destruir Canudos na quarta expedição, resultando em cerca de 25 mil mortes.
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 no interior da Bahia entre o Exército da República e um movimento liderado por Antônio Conselheiro. O Exército saiu derrotado de três expedições iniciais contra a comunidade de Canudos. Uma quarta expedição com bombardeio acabou destruindo Canudos e matando cerca de 25 mil pessoas.
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 no interior da Bahia entre o Exército da República e um movimento liderado por Antônio Conselheiro. O Exército saiu derrotado de três expedições iniciais contra a comunidade de Canudos. Uma quarta expedição em 1897 destruiu Canudos após meses de combates, resultando em cerca de 25 mil mortes.
Cd56 1� ten al juliana farias co�lho c�marajuliozary
Ten Cel médico Bonifácio Antônio Borba;
-
Batalhão de Saúde: Comandante Ten Cel médico João Maliceski Júnior;
-
Seção de Enfermeiras: Chefe a Capitão Enfermeira Maria de Lourdes
-
Seção de Dentistas: Chefe o Capitão Dentista José de Almeida;
-
Seção de Veterinários: Chefe o Capitão Veterinário José de Almeida;
-
Seção de Farmacêuticos: Chefe o Capitão Farmacê
Este documento descreve a Revolução de 1930 no Brasil. Resume os principais eventos que levaram ao golpe, incluindo a crise econômica mundial de 1929, a formação da Aliança Liberal contra o governo de Washington Luiz, as eleições de 1929 e o assassinato do candidato a vice-presidente João Pessoa. Conclui com os militares e políticos liberais iniciando o movimento que derrubou a República Velha no Brasil.
A Guerra de Canudos foi um conflito entre 1896-1897 na Bahia entre a população marginalizada do interior e o exército brasileiro. Liderados por Antônio Conselheiro, os habitantes de Canudos acreditavam que ele traria igualdade social. Após três derrotas militares, tropas federais massacraram os habitantes, matando cerca de 25 mil pessoas e destruindo totalmente a povoação.
A Revolução Cubana derrubou o ditador Fulgêncio Batista em 1959 após dois anos de guerrilha liderada por Fidel Castro. Batista fugiu de Cuba na véspera do Ano Novo de 1959, deixando os rebeldes tomarem o controle. Embora Cuba tenha adotado um governo socialista, os EUA impuseram um embargo econômico que dura até hoje.
O documento descreve a Guerra de Canudos ocorrida no interior da Bahia entre 1896-1897, quando tropas do governo atacaram o povoado de Canudos liderado por Antônio Conselheiro. A guerra resultou da recusa dos habitantes de Canudos em pagar impostos e seguir as leis, assim como das críticas de Conselheiro ao sistema republicano. Após três ataques fracassados, tropas federais massacraram os habitantes, matando cerca de 25 mil pessoas.
O documento trata de três tópicos principais:
1) A queda da monarquia no Brasil e o início da República.
2) Resistências e conflitos na Primeira República, incluindo o coronelismo e fraudes eleitorais.
3) Reformas urbanas no Rio de Janeiro na época, que levaram à Revolta da Vacina e favelização.
Os presidentes Obama e Raúl Castro anunciaram a retomada das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba após mais de 50 anos de rompimento, embora o bloqueio econômico dos EUA contra Cuba continue em vigor. O documento descreve a história das relações entre os dois países desde a Revolução Cubana de 1959.
Este documento apresenta a introdução da edição revista da biografia de Che Guevara escrita por Jon Lee Anderson. Ele descreve como sua pesquisa o levou a Cuba e à Bolívia para entrevistar pessoas que conheceram Che e participaram de sua guerrilha, desvendando mistérios sobre sua morte. Sua entrevista com um general boliviano revelou detalhes chocantes sobre o destino do corpo de Che após sua morte.
O documento discute o 1o Congresso Brasil Paralelo, um evento de informação independente com 240 horas de conteúdo sobre os problemas atuais do Brasil produzido por grandes intelectuais brasileiros. O objetivo é contextualizar a situação do Brasil desde sua descoberta até os dias atuais e trazer reflexões para melhorar o país.
Simbólica de pindjiguiti na óptica libertária da guinéCantacunda
O documento discute a complexidade da história da guerra colonial e da luta pela libertação na Guiné-Bissau, destacando vários eventos que contribuíram para o desenvolvimento do nacionalismo guineense ao longo do século XX, culminando no Massacre de Pindjiguiti. A resistência ao domínio colonial português data do final do século XIX. Acontecimentos como a Segunda Guerra Mundial também influenciaram o crescimento do sentimento nacionalista. O Massacre de Pindjiguiti em 1959 foi um marco na luta
A Revolução dos Cravos derrubou o regime ditatorial de Salazar em Portugal em 1974 através de um golpe pacífico liderado pelas Forças Armadas. A senha para o início do movimento foi a música "Grândola Vila Morena", proibida pela censura. Após os militares tomarem posições em Lisboa, o ditador rendeu-se e fugiu, dando início a um período democrático no país.
O artigo descreve a experiência de um ex-escravo chamado Hipólito Xavier Ribeiro que testemunhou importantes eventos da história brasileira como a abolição da escravidão em 1888. No entanto, apesar da liberdade, os descendentes de escravos não conquistaram a cidadania de fato. As elites tentaram apagar o passado escravista e substituíram a discriminação institucionalizada no lugar da escravidão.
O documento resume a Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974 em Portugal, que pôs fim a décadas de regime ditatorial. A revolução foi liderada pelo Movimento das Forças Armadas e resultou na queda do governo de Marcelo Caetano sem derramamento de sangue. A revolução estabeleceu as bases para a democracia e liberdade em Portugal.
O documento discute a Lei de Anistia no Brasil pós-ditadura militar de 1964, que completou 30 anos em 2009. A lei foi sancionada pelo então Presidente João Figueiredo para diminuir a tensão entre movimentos sociais e a ala dura do exército.
O CONTROVERSO E FORJADO MEMORANDO DA CIA - artigo do historiador coronel Cláu...Lucio Borges
1) O documento discute um memorando controverso da CIA sobre a ditadura militar no Brasil que foi divulgado pela Rede Globo. 2) O autor argumenta que o memorando é falso e faz parte de uma campanha política contra os militares e a favor da esquerda. 3) Muitos especialistas citados no texto também acreditam que o memorando é falso e sua divulgação prejudicou injustamente a imagem dos militares e do governo da época.
A Revolução dos Cravos de 1974 no Portugal pôs fim à ditadura de 48 anos do Estado Novo e iniciou a transição para a democracia. Antes da revolução, o regime opressivo de Salazar e Marcelo Caetano reprimiu os direitos e liberdades dos portugueses. Oficiais militares organizaram um golpe que derrubou o governo em 25 de Abril, usando sinais de rádio previamente acordados. A revolução abriu caminho para uma nova constituição e eleições livres em Portugal.
A Inconfidência Mineira foi uma tentativa de revolta em 1789 na capitania de Minas Gerais contra a execução de impostos e o domínio português. Foi um importante movimento pela liberdade do povo brasileiro contra a opressão portuguesa no período colonial.
O documento discute o golpe de estado militar na Guiné-Bissau e a resposta da CEDEAO e da comunidade internacional. Inicialmente, a CEDEAO condenou fortemente o golpe, mas depois alterou sua posição e legitimou tacitamente a ação dos militares ao apoiar uma solução de transição de um ano que afasta os governantes eleitos. Isso abala a confiança na ordem internacional e legitima a força como meio de alterar a vontade popular.
Jânio Quadros renunciou à presidência do Brasil em 25 de agosto de 1961 após apenas sete meses no cargo. Sua renúncia surpreendeu o país e levou à crise política conhecida como "renúncia de Jânio". Leonel Brizola liderou o movimento "Campanha da Legalidade" para garantir a posse do vice-presidente João Goulart e impedir um golpe militar. A renúncia de Jânio marcou o início de um período de instabilidade política que culminou no golpe militar de 1964.
1) Paulo Correia foi demitido do cargo de vice-presidente do Conselho de Estado da Guiné-Bissau e acusado de tentar derrubar o presidente Nino Vieira através de um golpe de estado fracassado.
2) Vários outros indivíduos foram presos e acusados de envolvimento no golpe, incluindo o assessor de imprensa de Nino Vieira.
3) O julgamento de Paulo Correia e outros acusados começou, porém observadores internacionais acreditam que o processo judicial é enviesado a
O documento descreve o período de 1945-1964 no Brasil, conhecido como Redemocratização. Durante este período, o país teve dois governos presidenciais: o governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1950) e o segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954). O documento detalha os principais acontecimentos políticos e econômicos durante estes governos.
Inconfidência nº 224 de 29 de fevereiroLucio Borges
O jornal defende a Revolução de 1964 e critica o comunismo. Promoverá evento em comemoração aos 52 anos do golpe militar. Também publica artigos defendendo uma revolução no Brasil e criticando o ex-presidente Lula.
O documento resume os principais acontecimentos políticos e econômicos do Brasil entre as décadas de 1960 e 1980, marcadas pela ditadura militar. Inicialmente, houve grande agitação política e organização social até o golpe de 1964, que deu início a 21 anos de ditadura repressiva. Apesar do "Milagre Econômico" inicial, a economia entrou em crise na década de 1970, enfraquecendo o regime militar e levando a uma gradual abertura política até a redemocratização em 1985.
A revolução dos cravos derrubou o regime autoritário em Portugal em 1974 sem resistência. Os militares liderados por oficiais intermediários puseram fim à ditadura e às guerras coloniais, iniciando um período de democratização e independência das colônias. A revolução recebeu o nome de "Cravos" por causa das flores vermelhas distribuídas no dia da revolta.
O documento descreve a confissão de Fernando Farinha Simões sobre seu envolvimento na operação Camarate em 1980, que resultou na morte do primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro e de outras autoridades. Simões detalha suas conexões com a CIA e como foi recrutado para realizar uma "tarefa importante" em Portugal, que envolvia remover obstáculos ao tráfico de armas, incluindo Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa. A operação Camarate custou entre 750.000 e 1 milh
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Discurso da Ministra Carmelita Pires na abertura solene do Ano Judicial de 2015Novas da Guiné Bissau
O documento resume o discurso da Ministra da Justiça na abertura do ano judicial 2015. Ela destaca os principais desafios do setor como a morosidade, a necessidade de atualizar registros e a legislação obsoleta. A Ministra também propõe a criação de uma Autoridade da Memória e Justiça e defende maior transparência e combate à corrupção no sistema judicial.
O documento relata sobre o primeiro encontro do Comitê Acadêmico dos Estudantes Guineenses no Estado do Ceará, Brasil. O evento contou com palestras sobre a importância do terceiro setor na administração pública guineense, prevenção do câncer de mama, compromisso entre capital e trabalho na função pública guineense, e a importância da informática no ensino básico e profissional na Guiné-Bissau. O encontro reuniu estudantes de diferentes áreas e níveis acadêmicos para debater questões
O documento discute como a linguagem políticamente correta tem alterado o português ao longo dos anos, substituindo termos considerados ofensivos por eufemismos. Exemplos incluem "afro-americanos" em vez de "pretos", "empregadas domésticas" em vez de "criadas", e "interrupção voluntária da gravidez" em vez de "aborto". O autor argumenta que essas mudanças estão tornando o português mais complicado e levando as pessoas a terem mais estresse.
O documento analisa a dependência da Guiné-Bissau nas importações de arroz, seu principal alimento básico. Apresenta dados mostrando que o país importa a maior parte do arroz da Ásia, especialmente do Vietnã, e possui um déficit comercial de 20,5 bilhões de Fcfa. Discute o Plano Nacional de Investimento Agrário, que visa alcançar a soberania alimentar em arroz, mas argumenta que os investimentos do governo na agricultura são insuficientes para cumprir esses objetivos.
Discurso de- sua-excelência-o-primeiro-ministro-engº-domingos-simões-pereira-...Novas da Guiné Bissau
O primeiro-ministro apresenta o programa do IX Governo Constitucional da Guiné-Bissau, definindo quatro eixos principais: consolidação do Estado democrático, promoção do crescimento econômico, desenvolvimento dos recursos humanos e integração regional. O programa tem como objetivos transformar o país em um local atrativo para investimentos, gerando emprego e renda para as famílias. O primeiro-ministro também destaca a importância do diálogo nacional e da participação de todos os setores da sociedade no desenvolvimento do país.
Artigo 19 é importante pensar a fileira do turismo - algumas sugestõesNovas da Guiné Bissau
O documento discute a importância de desenvolver o turismo na Guiné-Bissau através da criação de um Plano Nacional de Turismo e um Plano Operacional. Ele destaca os recursos naturais e culturais do país, como parques nacionais e fortes históricos, que poderiam atrair turistas, e analisa as infraestruturas e oferta hoteleira existentes, que precisam ser melhoradas.
A Unilab abrirá inscrições entre 1 e 12 de setembro para 450 vagas em cursos de graduação, oferecendo 165 vagas para ingresso em fevereiro de 2015 e 285 vagas para junho de 2015. Os candidatos estrangeiros selecionados devem entregar documentos nas embaixadas brasileiras até 15 de setembro e farão provas entre 1 e 8 de outubro.
OPINIÃO : Artigo 19 um olhar sobre os programas de apoio ao desenvolvimentoNovas da Guiné Bissau
1. O documento discute a importância da prestação de contas ("accountability") nos programas de desenvolvimento financiados por parceiros internacionais, notando que poucos projetos tiveram resultados práticos devido a erros de concepção e execução.
2. Também argumenta que os projetos devem ser desenhados de acordo com a visão de desenvolvimento do país, em vez de serem definidos pelos doadores.
3. Defende a criação de uma agência para o desenvolvimento na Guiné-Bissau para coordenar os projetos e assegurar a
O documento discute vários problemas na função pública da Guiné-Bissau, incluindo a falta de reforma administrativa, recrutamento político e corrupção, clientelismo e improdutividade generalizada. Argumenta que uma reforma abrangente é necessária para tornar a função pública mais eficiente e responsiva aos cidadãos.
O documento discute três aspectos fundamentais do processo de formação do governo na Guiné-Bissau: 1) A inclusão de vários partidos políticos no governo demonstra humildade e espírito de unidade; 2) A escolha de membros de outros partidos para o governo mostra abertura ao diálogo, mas também preocupações sobre heterogeneidade; 3) A ampla participação requer um debate cordial e honesto no parlamento para garantir a democracia.
1) Portugal era rota usada por redes de tráfico de menores nigerianas, que usavam pedidos de asilo como estratégia para explorá-las sexualmente na Europa. 2) Mais de 20 menores foram traficadas desta forma entre 2012-2014, sendo levadas para prostituição após regularização. 3) Uma operação policial desmantelou esta rede, detendo sete pessoas e apreendendo documentos sobre transferências financeiras.
O documento lista os deputados eleitos para a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau em julho de 2014, divididos por partido político. O PAIGC obteve 55 mandatos, o PRS 41 mandatos, o PCD 2 mandatos, o PND 1 mandato e a UM 1 mandato, totalizando 100 deputados.
Discurso da tomada de posse do presidente da república josé mário vazNovas da Guiné Bissau
1) José Mário Vaz assume o cargo de Presidente da República da Guiné-Bissau após o período de transição política.
2) Ele promete lutar contra a pobreza, que é o principal problema do país, através de parcerias estratégicas e reformas para estimular o crescimento econômico.
3) O novo presidente também enfatiza a importância da unidade nacional entre os guineenses.
Carlos lopes o meu objectivo foi agitar consciências (Em entrevista ao Jorna...Novas da Guiné Bissau
1) Carlos Lopes criticou três questões fracturantes em Cabo Verde: a democracia lenta, o excesso de tradição jurídica e a descentralização desmedida.
2) Ele apontou que Cabo Verde precisa integrar mais os debates e oportunidades econômicas em África para aproveitar seu potencial de crescimento.
3) Lopes defendeu que Cabo Verde deve adotar uma abordagem pragmática em relação à África, focando em cada pólo econômico estratégico separadamente.
Novo Artigo de Luís Vicente "A reinvenção do modelo económico ao serviço da ...Novas da Guiné Bissau
1) O documento discute a necessidade de reformas estruturais e mudanças no modelo econômico da Guiné-Bissau, incluindo atrair investimento privado, reduzir dívidas e déficit, e promover emprego e produtividade.
2) Ele fornece nove áreas prioritárias para foco de políticas econômicas: agricultura, pesca, turismo, processamento de caju, portos, petróleo e minerais, economia do mar, atração de investimento, e reforma institucional.
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Em nome do dinheiro governo vende floresta às empresas exportadoras de tronco...Novas da Guiné Bissau
O documento descreve a devastação das florestas na Guiné-Bissau por empresas madeireiras, com o apoio do governo e chefes locais. Empresas chinesas e nacionais cortam grandes quantidades de madeira nobre, como pau-de-sangue, pagando pequenas somas aos chefes das aldeias. Isso levou a invasão das florestas por populações locais em busca de lucro, ameaçando o meio ambiente.
Artigo novo de Luís Vicente "O poder local como fator de estabilização polít...Novas da Guiné Bissau
O documento discute a importância do poder local e das autarquias locais para a estabilidade política e desenvolvimento da nação. Defende que as autarquias locais devem ser dotadas de competências e recursos para fornecer bens públicos essenciais como saneamento, educação e saúde. A experiência do município de Rio Maior é usada como exemplo de como as autarquias locais podem modernizar a infraestrutura e serviços de uma comunidade.
Jomav recebeu 340.349 votos e N. Nabian recebeu 214.966 votos nos resultados preliminares da eleição presidencial, indicando que Jomav será o próximo Presidente da República.
Sem fiscalização, desmatamento ilegal é milionário na Guiné-Bissau Reportagem...Novas da Guiné Bissau
1) O desmatamento ilegal na Guiné-Bissau está crescendo e gerando milhões de euros, com a China como principal destino da madeira extraída.
2) A extração ilegal de madeira, especialmente do pau-de-sangue, está acontecendo sem fiscalização e ameaçando meio ambiente e comunidades locais.
3) Autoridades reconhecem o problema mas culpam moradores e falta de controle, enquanto habitantes locais sofrem consequências e temem represálias.
O documento discute a importância da formação e qualificação de recursos humanos para o desenvolvimento de uma nação. A formação é vista como uma ferramenta essencial para aperfeiçoar a sociedade e permitir que os povos se adaptem às novas realidades. Defende que os governos devem investir na educação, formação e qualificação de quadros para modernizar o estado e impulsionar o crescimento econômico e social de forma sustentável.
Artigo qualificação, formação e capacitação da nação
As crises político na Guiné Bissau
1. As crises Político-Militares na Guiné-Bissau: Causas,
problemas e Soluções
APRESENTADO RECENTEMENTE NA PRAIA, NUM ENCONTRO SOBRE AS CRISES NA
GUINE-BISSAU.
O golpe de Estado na Guiné-Bissau do passado dia 12 de Abril (mais um), não surpreendeu
verdadeiramente ninguém minimamente avisado porque fora anunciado (insinuado) na
véspera, por Kumba Yalá à cabeça dos Cinco - os que contestaram os resultados das eleições
presidenciais - na sua conferência de imprensa então realizada.
Ao reiterar o que antes afirmara da sua não participação na 2ª volta (eleições presidenciais)
Kumba Yalá disse expressamente que não haveria a 2ª volta, deixando entender que o
processo eleitoral seria interrompido.
Na sequência desse golpe, as reacções não se fizeram esperar. Registe-se o forte e
contundente comunicado da CPLP que deu o mote às demais organizações internacionais,
para a condenação inequívoca do golpe ao mesmo tempo que exigiam todas - organizações
internacionais - o regresso imediato à ordem constitucional. No mesmo sentido, e com a
mesma veemência, antecipando as próprias resoluções do Conselho de Segurança, foi a voz
do Secretário-Geral das Nações Unidas Ban-Ki Moon. A CEDEAO, com a ambiguidade e a
inconsequência que se lhe conhecem, "condena" o golpe mas presta-se de seguida a legitimá-
la através de negociações generosas sempre em benefício e impunidade dos golpistas
sustentadas com o argumento de que é preciso evitar "banhos de sangue". No fundo a
CEDEAO não tem moral para condenar quaisquer golpes porque com mais ou menos
"nuances" ela se edifica sob fundações golpistas.
De entre as inúmeras reacções populares e dispersas por todos os cantos em que exista um
guineense, e não só, pois até a longínqua e poderosa China se manifestou por mais de uma
vez, destaco uma que se realizou no Centro de Estudos e Estratégia do Ministério dos
Negócios Estrangeiros sob a forma de um debate subordinado ao tema "As Crises Político-
Militares na Guiné-Bissau: Causas, problemas e Soluções" para o qual fui convidado como
"Animador do Debate". Levei à letra o meu papel e propus-me apresentar à audiência o quadro
em que se desenrolava toda a espiral de violência que grassa a Guiné-Bissau desde os
primórdios da ocupação do seu território, até os nossos dias, com especial ênfase para estes
últimos anos, pretendendo desta forma descrever o cenário em que se deveria processar o
debate.
Da cronologia dos acontecimentos que tem início com a chegada dos portugueses - meados do
século XV - salientei os marcos mais relevantes da História recente da Guiné-Bissau no quadro
da violência, detendo-me para uma análise mais cuidada naqueles que, em meu entender, são
mais representativos para a compreensão do fenómeno.
Da resistência "armada" à ocupação colonial, de carácter étnico (papeis, balantas, beafadas,
felupes e outras) e circunscrito ao chão de cada etnia que termina nos finas dos anos 30 do
século passado passando pela resistência política em que foram precursores a Liga Guineense
(1910 - 1915), o Partido Socialista (1948) e o MING (1955) mas também protagonizada por um
enxame de partidos políticos nacionais:
(FLING (Frente de Libertação para a Independência Nacional da Guiné Portuguesa)
FNLG (Frente de Libertação da Guiné)
MLG (Movimento de Libertação da Guiné)
PDG (Partido Democrático da Guiné-Bissau)
PELUNDENSE (formado apenas por manjacos de Pelundo)
PLG (Partido de Libertação da Guiné)
UNGP (União dos Naturais da Guiné Portuguesa)
UPG (União Popular da Guiné)
UPLG (União Popular de Libertação da Guiné Portuguesa)
e supranacionais:
FGICV (Federação da Guiné e das Ilhas de Cabo Verde)
2. FLGC (Frente de Libertação da Guiné e Cabo Verde)
FUL (Frente Unida de Libertação da Guiné e Cabo Verde)
MLGC (Movimento de Libertação da Guiné e Cabo Verde)
MLGCV (Movimento de Libertação da Guiné e Cabo Verde)
PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde)
a maior parte de vida muito efémera, mas todos afastados da luta para a independência pelo
génio diplomático de Amílcar de Cabral que acaba por fazer reconhecer pela comunidade
internacional o PAIGC como o único e legítimo representante dos povos da Guiné e Cabo
Verde. O PAIGC torna-se deste modo no alfa e no ómega da questão. É no PAIGC que
nascem as causas e estou convencido de que é com o PAIGC que se encontrará a solução. Se
não, vejamos:
1. Em 1963, o PAIGC dá início à luta armada. E, pela primeira vez na história da Guiné, um
balanta, um papel, um mandinga, um fula, um felupe ou um anónimo qualquer de qualquer
outra etnia está disposto a lutar e a morrer não especificamente pelo seu "chão" mas por toda a
Guiné, pelo "chão" do outro, pelo chão comum.
2. A luta armada conduzida pelo PAIGC ao pôr em mãos impreparadas e mentes pouco
esclarecidas um instrumento de matar permitiu que o terror, o abuso de autoridade, o
desrespeito e mesmo o barbarismo se espalhassem de forma tão epidémica que Amílcar
Cabral teve necessidade urgente de convocar uma reunião de quadros conhecida por
"Congresso de Cassacá", para pôr cobro aos desmandos dos então senhores da guerra que se
apresentaram nessa reunião fortemente armados e escoltados. Teve AC de fazer apelo à toda
a sua diplomacia para evitar que ali mesmo se operasse um banho de sangue. Dessa reunião,
para além da criação das FARP, uma forma de controlar, disciplinar e balizar a violência,
saíram importantes orientações que determinaram o rumo do PAIGC. O pós-congresso gerou
ajustes de contas e um banho de sangue, até então sem precedentes.
3. A violência não terminou porque a luta armada é, de per se, uma violência. Processos
sumários continuaram e condenações à morte por fuzilamento não eram raras.
4. O PAIGC era minado por intrigas e conspiraçõezitas internas, é bom reafirmá-lo, que
culminaram com o assassínio de Amílcar Cabral em 1973.
5. O assassínio de Amílcar Cabral espoletou uma vaga de execuções sumárias de carácter
sangrento e generalizado com denúncias seguidas logo de execuções, sem julgamentos, para
evitar, ao que se diz, o seu (das denúncias) efeito boomerang. O envolvimento de dirigentes de
topo, da Guiné, era de tal forma abrangente que, falam rumores sustentados, que foi preciso a
intervenção do arguto e atento Presidente Samora Machel que tinha na comissão de inquérito,
o seu braço direito Aquino Bragança, a alertar que se se continuasse com as execuções ficar-
se-ia sem gente para continuar a luta tal era a abrangência dos implicados. Isto fez com que
muitos dos eventuais "implicados" fossem ignorados para não decepar a estrutura da luta
armada.
6. Ainda no ano de 1973, mais propriamente a 24 de Setembro, a Guiné-Bissau declara a sua
independência que será reconhecida de jure pela potência colonizadora em Setembro de 1974
depois de dezenas de outros países já o terem o feito. Foi a 1ª vez em África, pelo menos na
ao Sul de Sahara, que uma independência não é "concedida" mas sim reconhecida pela
potência colonizadora.
7. Em 25 de Abril de 1974 acontece o Golpe de Estado em Portugal que ficou conhecido pela
Revolução dos Cravos pondo fim a uma ditadura que durava quase 50 anos.
8. Pouco tempo depois do Golpe de 25 de Abril, o PAIGC instala-se oficiosamente em Bissau,
e assiste-se a uma onda de "raptos" seguidos de fuzilamentos no mato de indivíduos que
haviam abandonado o PAIGC, e se encontravam em Bissau, e de outros que eram acusados
de colaborar com o "colon". Nem sequer havia julgamentos. Uma "brigada" composta por uma
suposta gente na clandestinidade ávida de mostrar serviço apontava-os e localizava-os não se
sabe com que critério. Eram levados e fuzilados. Quando se perguntava por um fulano, que se
3. supunha nessa situação, a resposta era: Partido lêba'l! (O Partido levou-o!) As coisas
passavam-se à calada da noite e sob a cumplicidade silenciosa de todos. Tudo era permitido
ao PAIGC, inclusive tirar vida aos seus concidadãos, por simples decisão dos seus dirigentes e
sem que tenha de prestar quaisquer justificações públicas.
9. A entrada do PAIGC após o reconhecimento de jure fora deveras triunfal. O mundo inteiro
rendia-se à gesta dos obreiros da independência. E os guineenses orgulhosos dos seus
combatentes reverenciavam-se humilde e generosamente perante eles. Entregaram-se de
alma lavada e de corpo inteiro ao anunciado projecto da (re)construção nacional. Acreditaram
todos, com raríssimas excepções, que aqueles que foram capazes de levar de vencida, com
todo o brilhantismo que se lhes reconhece, um exército europeu, também poderiam ser
competentes para gerir o País. Tanto mais que anunciavam em grandes parangonas a
chegada do "Homem Novo forjado na luta" prenhe de virtudes e convicções nacionalistas.
10. O sucesso da luta embriagou o PAIGC e cegou os seus dirigentes. Declaram guerra à uma
indefesa e descuidada (politicamente) sociedade de "civis" e não só decretaram o seu
desaparecimento, como arrogantemente dispensaram a sua participação como cidadãos de
pleno direito no processo da (re)construção nacional. Um amigo meu, a este propósito, e
comentando um artigo que eu escrevera, disse:
"Para o cúmulo disso tudo, o que está a atrasar o país é que introduziram na vida social
guineense um elemento perturbador que é a divisão entre os que fizeram a luta, «os melhores
filhos», que a si arrogam tudo, e os que já cá estavam que lhes devem prestar vassalagem e a
nada têm direito."
11. O governo instalou-se em Bissau após o reconhecimento de jure por parte de Portugal. Os
ministros eram chamados "comissários" e ao primeiro-ministro "comissário principal". Logo nos
primeiros sinais verificamos que estávamos perante gente incapaz e incompetente para gerir
um país. Arrogantes e com tiques autistas para esconder as enormes insuficiências e total
impreparação; e a culminar uma moral muito duvidosa dado o comportamento perante a
sociedade.
12. O período desse governo foi de seis anos (1974 - 1980). Teve o privilégio e o benefício de
ter sido o governo que maior ajuda per capita recebeu no mundo inteiro. Desbaratou-a
completamente em projectos megalómanos decididos de forma acéfala e autocrática. Sobre
este período escrevi num artigo de opinião:
"O novo poder que se instalou em Bissau (1974), não escondia o seu carácter repressivo,
autoritarista, intimidatório e revanchista. O medo e a intolerância instalaram-se. O ajuste de
contas havia já substituído a reconciliação mesmo antes da sua instalação (do poder) com
desaparecimentos misteriosos e execuções sumárias. Algumas ocorrências e mortes,
designadamente a do Primeiro-Ministro Francisco Mendes (Chico Té) encontram-se até hoje
envoltas em profundos enigmas e mistérios. A debandada dos quadros e de toda uma
administração com o seu "know how" processava-se de forma assustadora criando um
negligenciado vazio real na Administração do Estado, de efeitos não devidamente
dimensionados e sopesados e, por isso, arrogantemente desprezados pelas novas
autoridades. Os projectos megalómanos pontificavam-se como verdadeiros elefantes brancos
desbaratando a eito toda a ajuda da cooperação internacional; sinais exteriores de riqueza
exibiam-se denunciando na mesma medida um certo novo-riquismo e o despontar
despudorado da corrupção; os bens essenciais escasseavam; o peso, moeda nacional,
depreciava-se a um ritmo acelerado agravando o já muito débil poder de compra; e a economia
degradava-se a uma taxa galopante. A insatisfação era total."
13. Perante o cenário descrito, que talvez peque por defeito, pois funções de director-geral de
importantes empresas públicas chegaram a ser exercidas por autênticos analfabetos cujo
único curriculum era ter participado na luta para a independência, rumores permanentes
percorriam toda a cidade de Bissau sobre a iminência de um golpe de estado. O que variava
era apenas a identidade do seu eventual autor que oscilava entre 2 a 3 nomes;
14. A 14 de Novembro de 1980, Nino Vieira consuma aquilo que todos esperavam pondo fim a
4. esse governo, do qual ele era primeiro-ministro, através daquilo a que chamou "Movimento
Reajustador". Suspende a Assembleia Nacional e cria o "Conselho da Revolução".
15. Foi na sequência desse golpe que aparecem as valas comuns com algumas centenas de
cadáveres, pondo a descoberto a máscara humanística do PAIGC e que pela sua gravidade e
dimensão humana e no quadro do sistema de funcionamento do PAIGC - estrutura marxista-
leninista - não se podem alhear, como bem o tentaram, os seus dirigentes de topo (ainda em
Unidade) em Cabo Verde e na Guiné-Bissau. Todos "sabiam" e foram igualmente
responsáveis. A este respeito um outro articulista depois de confirmar o quadro descrito no
ponto 12, acrescentava:
"O que não sabíamos (nem podíamos imaginar) era que nessa altura o regime já tinha
embarcado num projecto criminoso para o qual não havia volta. Nesse preciso momento
Guineenses estavam a matar Guineenses e a enterrá-los em valas comuns
em Jugudul,Cumeré, e outros sítios, num genocídio que nem os colonialistas nos seus mais
criminosos sonhos ousaram apenas imaginar."(Fim de transcrição)
16. Com o golpe de 14 de Novembro na Guiné, Cabo Verde apressou-se, num gesto pleno de
oportunismo e imediatismo, a romper com o processo de Unidade que tantas vítimas gerara na
Guiné e em Cabo Verde tendo até estado nas especulações quanto às causas próximas do
assassínio de Amílcar Cabral. De ambos os lados, as congratulações superaram de longe as
lamentações que não passaram, na maior parte dos casos, de algum decoro e de puras
formalidades.
17. O chamado "Movimento Reajustador" mostrou logo a sua verdadeira face e fez desvanecer
toda a esperança que nele se havia depositado de promover a concórdia nacional e "reajustar"
aquilo que se considerava desvio da linha orientadora do PAIGC. Liberto da ala cabo-verdiana
do PAIGC, o que foi fortemente aclamado pelos quadros "lutistas" ávidos de afirmação num
ambiente de vazio, nasce um corpo de "nacionalistas guineístas" que se apressa a depurar a já
muito débil administração do estado através de autêntica caça às bruxas com o beneplácito do
poder instituído e dos seus acólitos. O aparelho repressivo é aperfeiçoado e a debandada dos
quadros técnicos, sobretudo, de origem cabo-verdiana é praticamente geral. A incompetência e
a iliteracia tomam conta do próprio governo; a desilusão e a decepção regressam com o
mesmo fulgor dos primórdios da independência.
18. Nino Vieira tendo enveredado pelo mesmo caminho do seu antecessor, e temendo que lhe
acontecesse o que ele próprio havia feito, engendrou a sua eternização no poder, com a
eliminação de todos aqueles que com o prestígio também de antigos combatentes, fonte da
sua legitimação, lhe podiam fazer frente. Uma figura despontava e impunha-se pela sua
postura de discrição, honestidade, fino trato, sensatez e clarividência, tanto entre aqueles que
de perto trabalharam e trabalhavam com ele, como em toda a sociedade guineense - Paulo
Correia.
19. É assim, que:
i. A 17 de Outubro de 1985, uma alegada intentona "balanta" para derrubar Nino Vieira foi
atribuída a Paulo Correia que no seu seguimento foi "julgado" e condenado à morte com mais 5
(Binhanquerem na Tchuda, Braima Bangura, N'Baná Sambú, Pedro Ramos, e Viriato Pam) de
entre mais de meia centena de acusados. Outros 5 terão perdido a vida na prisão (Agostinho
Gomes, B'nhate na Biate, Foré na ‘Mbitna, João da Silva e Zacarias António Pereira).
Processa-se a partir desta data uma autêntica antropofagia entre os dirigentes do PAIGC que
se vêem privados por eliminação física dos seus mais proeminentes quadros da luta armada.
ii. A 7 de Junho de 1997 uma tentativa de golpe de estado levada a cabo por uma "Junta
Militar" chefiada por Ansumane Mané, ex-CEMGFA, deposto uma semana antes por alegado
envolvimento no tráfico de armas com os rebeldes de Casamança, gera uma guerra civil.
iii. A 7 de Maio de 1999 Nino Vieira é deposto. Parte para o exílio depois de obrigado a
renunciar o cargo de PR que é assumido interinamente, nos termos da Constituição, pelo
Presidente da ANP, Malam Bacai Sanhá pondo fim a uma guerra civil de 11 meses.
5. iv. Em Julho de 1999, processam-se importantes emendas na Constituição: Abolição da pena
de morte; limitação de mandatos de presidente da república a dois; estabelecimento de que os
principais titulares de cargos de estado têm que ser guineenses, filhos de pais guineenses. [ii]
v. A 16 de Janeiro de 2000, Kumba Yalá, do PRS, vence as eleições presidenciais contra o
candidato do PAIGC, Malam Bacai Sanhá. Com a eleição de Kumbá Yalá as funções
presidenciais perderam dignidade e respeito devido a postura histriónica do presidente
potenciada com actos caricatos e indignos para a imagem interna e externa do País. Mas o
mais grave é a tentativa de "balantização" do exército com a elevação a patentes de comando
de muitos militares.
vi. O acto de promoção por parte do PR desagradou o então CEMGFA, Ansumane Mané, que
numa atitude pública e mediática provocatória, insensata e humilhante para os protagonistas
processou de forma arrogante a retirada, pelas suas próprias mãos, das patentes que tinham
sido conferidas a esses militares.
vii. A 30 de Novembro de 2000 é assassinado Ansumane Mané, de forma bárbara, ao que
parece depois de ele se ter entregado, estando ainda por desvendar os autores e as
verdadeiras razões do seu assassínio.
viii. A 14 de Setembro de 2003, Kumba Yalá, através de um golpe comandado por Veríssimo
Seabra, então CEMGFA, à frente de um "Comité Militar", é deposto. Renuncia formalmente 3
dias depois, tendo sido substituído pelo empresário Henrique Pereira Rosa.
ix. A 6 de Outubro de 2004, Veríssimo Seabra, CEMGFA, é assassinado supostamente por um
levantamento dos militares que tinham estado na Libéria como força de interposição,
aparentemente, por corrupção ligada à questão salarial.
x. A 24 de Julho de 2005 Nino Vieira volta ao poder através de eleições, demite o governo de
Carlos Gomes, Jr. (discricionariedade que gera polémica constitucional) e nomeia em seu lugar
Aristides Gomes (1 de Novembro de 2005) que é deposto através de uma moção de censura
em 19 de Março de 2007. Carlos Gomes regressa ao poder em Dezembro de 2008 através de
eleições ganhas pelo PAIGC com larga maioria.
xi. A 1 de Março de 2009, Tagma na Waié, CEMGFA, é assassinado através de um atentado
bombista que, dadas a sofisticação, técnica e precisão utilizadas, dizem uns, ter a assinatura
dos narcotraficantes estrangeiros não obstante também ele, Tagma, ser acusado de controlar
uma das várias redes militares de narcotráfico; dizem outros, que é obra de especialistas
militares estrangeiros. Acontece que Tagma na Waié previa o seu assassínio e apontava o seu
futuro autor, pelo menos moral. Tinha deixado uma mensagem aos seus camaradas de armas:
"Se ele me matar de manhã, matem-no à noite". A este propósito um amigo meu escreveu:
"Talvez tenha sido a primeira vez que um morto mata um vivo."
xii. A 2 de Março de 2009, cumpria-se rigorosamente as ordens de ex-CEMGFA, com o
assassínio de Nino Vieira que se diz ter sido uma mistura de tiros e catanadas da forma mais
selvagem e bárbara que se possa imaginar. Dizem uns, por gente ligada a Zamora Induta a
mando do PM Carlos Gomes, Jr. e outros que a operação fora levado a cabo por membros do
Batalhão de Mansôa que se encontrava sob o comando de António Injai que:
"Uma semana antes Indjai assinara em Bissau, perante uma comissão composta pelo Primeiro-
ministro, Carlos Gomes Júnior, CEMGFA, Zamora Induta, Procurador-Geral da República e o
Presidente, um documento onde reconhecia estar envolvido numa operação de narcotráfico
que ocorrera no aeródromo de Cufar, sul da Guiné, desmantelada «in extremis» pelos militares
de Zamora Induta. Na mesma ocasião ficou estabelecido que António Indjai seria
automaticamente exonerado do cargo de número dois das forças armadas e partiria para Cuba,
oficialmente, em «tratamentos médicos»." (Fim de transcrição)
xiii. A 5 de Junho de 2009 são assassinados Baciro Dabó, candidato às presidenciais e Helder
Proença (Político dinâmico, ex-Ministro da Defesa de Nino Vieira). Sobre o assassínio de
6. Baciro Dabó, escreve um analista num artigo intitulado "Figuras de Narcotráfico na Guiné-
Bissau:
"Pedra basilar de todo o fenómeno do narcotráfico na Guiné-Bissau foi Baciro Dabó,
assassinado na madrugada de 5 de Junho de 2009 em mais uma alegada tentativa de Golpe
de Estado a assolar a ex-colónia portuguesa. Baciro Dabó ocupou entre 2006 e 2008 as pastas
de Secretário de Estado da Ordem Pública e posteriormente de Ministro da Administração
Interna. Em final de 2008, e não obstante o avolumar de suspeitas internacionais de
envolvimento no narcotráfico, Baciro foi nomeado Ministro da Administração Territorial."
Mais adiante, continua o mesmo articulista:
"Mas a transformação da Guiné - Bissau em Narco-Estado não foi trabalho exclusivo de Baciro
Dabó. Apesar do lugar central que desempenhou, Baciro teve a conivência e o apoio das
principais figuras do Estado Guineense, desde políticos, militares a empresários e deputados,
alguns deles ainda em funções.
Nino Vieira, o ex- Presidente da República Guineense assassinado a 2 de Março de 2009,
ocupou um lugar central em todo este processo."
xiv. Bacai Sanhá é eleito Presidente da República a 28 de Junho de 2009 vencendo Kumba
Yalá numa 2ª volta.
xv. A 1 de Abril de 2010, uma tentativa de golpe de estado conduzida pelo vice-CEMGFA, Gen.
António Injai e pelo Alm. Bubo na Tchuto, detém o PM Carlos Gomes, Jr. com ameaça de
morte, caso houvesse reacção popular de apoio bem como o seu CEMGFA, Alm. Zamora
Induta. O silêncio inicial do então-Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, foi notória e a
sua condenação tímida e tardia foi grave, sobretudo ao classificar a ocorrência como um
"pequeno problema entre militares". Mas mais grave ainda foi o facto do autor do atentado ter
sido, por ele, nomeado no seguimento do seu acto a CEMGFA tal como reivindicava apesar do
aviso americano através de um comunicado transmitido da sua embaixada em Dakar:
"É impossível para os EUA contribuir para o processo de reforma da segurança e da defesa se
essas pessoas, ou outros implicados no tráfico de estupefacientes, forem nomeados ou
permanecerem em postos de responsabilidade nas forças armadas", acrescentando em outro
passo:
É "imperativo" que o chefe das Forças Armadas - que deve ser nomeado em breve pelo
Presidente da República, Malam Bacai Sanhá - não esteja "implicado nos acontecimentos de
01 de Abril", evocando implicitamente o major-general António Indjai.
Mais tarde, num despacho da Lusa lê-se:
"O governo americano espera trabalhar com as autoridades guineenses para desalojar as
pessoas que ocupam funções oficiais e que se servem do seu poder para facilitar o tráfico de
estupefacientes".
Ainda no decorrer deste caso e sobre o Alm. Bubo na Tchuto, seu cúmplice, escreve um
analista:
"No dia 1 de Abril, soldados leais a Bubo Na Tchuto entraram no edifício da ONU e resgataram-
no[iii], enquanto detinham o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o Chefe do Estado-Maior
General, almirante Zamora Induta.
"Bubo Na Tchuto é a força por trás de todas as outras forças", disse à reportagem o director
político da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Abdel Fatau
Musah. "O facto de ele estar a controlar as coisas é muito desagradável".
xvi. Malam Bacai Sanhá morre em França a 9 de Janeiro de 2012 e as eleições presidenciais
para a sua substituição têm lugar a 18 de Março de 2012, data que buscava o cumprimento de
um preceito constitucional e tinha a concordância de todos os partidos e de todos os putativos
candidatos avisados da desatualização dos Cadernos Eleitorais e da impossibilidade de os
7. regularizar nesse lapso de tempo.
xvii. O decorrer das eleições e os resultados da 1ª volta não deixaram qualquer dúvida aos
observadores internacionais que se pronunciaram e a diferença de votos entre os candidatos
também não deixava espaço para a reclamação posteriormente engendrada. O peso das
eventuais irregularidades, seria insignificante para alterar o curso normal das eleições. E a
existirem seria mais fácil encontrarem-se entre o 2º e o 3º classificados do que entre o 1º e os
outros. (vide quadro)
xviii. A iminência de uma derrota anunciada na 2ª volta por parte da oposição levou que o seu
mais bem classificado candidato, por coincidência da etnia balanta, um ex-presidente, eterno
contestatário e pertencente ao maior partido da oposição "manipulasse" - só assim se
compreende - os outros que se lhe seguiam e os levasse de forma absolutamente
inconsequente a se lhe juntarem no coro de protestos.
xix. No dia 11 de Abril os 5 candidatos mais votados depois de Carlos Gomes, Jr, encabeçados
por Kumba Yalá, seu porta-voz, dão uma conferência de imprensa, em que o porta-voz afirma
que não só ele não compareceria à 2ª volta, como ela, a 2ª volta, não se iria realizar, num
anúncio claro de interrupção do processo eleitoral.
xx. No dia 12 de Abril, dá-se o golpe de estado, com a detenção de PR interino, Raimundo
Pereira, e do candidato Carlos Gomes, Jr. (PM com funções suspensas e destacado 1º
classificado na 1ª volta) de entre outros importantes membros do Governo.
20. Registe-se que esta onda de violência que vem desde o início da luta armada, não pode
ser atribuída a este ou aquele actor político-militar em especial, mas a uma cultura de violência
interiorizada e que se manifestou na luta pelo poder.
21. O mais estranho é que os que matam são do PAIGC e os que morrem também o são num
ritual de antropofagia sem precedentes. O PAIGC ontem, um partido de heróis; o PAIGC hoje
um partido de assassinos. É uma triste e deprimente constatação.
22. O sonho de Cabral do seu PAIGC gerar um "homem novo forjado na luta" com princípios e
valores bem sintonizados com o respeito pela dignidade do Homem e defesa do humanismo e
da humanidade foi completamente defraudado pela metamorfose que esse homem sonhado e
idealizado terá sofrido, surgindo como o mais acabado homo belicus, perito na arte de matar.
23. E Amílcar Cabral, homem inteligente e arguto, tinha plena consciência da limitação e
incapacidade dos seus homens para o exercício de tarefas fora do contexto "militarista". E
advertiu-os, embora sem sucesso, que a luta não era um investimento em proveito próprio, ao
preconizar o encontro de Ensalmá da forma como o faz:
"A Luta que levamos a cabo com a arma na mão para tirar os tugas do nosso chão, para a
nossa Independência, é o programa mínimo que estamos a cumprir. Não pensem que vamos
todos mandar em Bissau. Para aquele que era mecânico, electricista, pescador, agricultor
quando entrou na Luta, irão ser criadas condições para ele continuar a sua actividade e viver o
seu estatuto de combatente da liberdade da pátria. A nossa Independência termina em
Ensalmá. Ela vai ser entregue à gente que virá ao nosso encontro para a assumir. Essa gente
é que irá começar a cumprir o Programa Maior que é compor a terra, tarefa maior e mais
complicada." (O negrito é meu)
24. Cabral falhou redondamente na formação do "Homem Novo". E tinha a consciência do
"monstro" que estava a criar. Os seus sucessores mostraram-se medíocres, mesquinhos,
estreitos de espírito (narrow mind) e algo oportunista tirando proveito da parte mais superficial
da sua filosofia que era a incitação ao cumprimento de um programa mínimo - Independência
dos territórios da Guiné e de Cabo Verde - que exigia sobretudo engenho militar e mais não era
do que uma etapa mínima da luta de libertação no qual ainda continuamos fortemente
empenhados e como ele diz, não podia ser feita nem liderada só pelos participantes da 1ª
etapa que para tal faltava-lhes o "know how".
8. 25. A ganância, a arrogância e um certo autismo apoiados apenas e tão-somente no poder
das armas falaram mais alto.
26. E enquanto o Encontro de Ensalmá não acontecer para que interiorização da força do
saber e da razão suceda à força das armas, os golpes não pararão. E só o PAIGC pode operar
esta inversão porque foi ele que o criou. Todos os principais protagonistas, em todos os golpes
ou tentativas, são do PAIGC. Um outro importante denominador comum é a encorajadora
IMPUNIDADE de que os autores dos golpes e das tentativas sempre se beneficiaram. E é
sobre este aspecto que alguém num longo trabalho tipo ensaio deixa as seguintes
interrogações:
"Quem foram os assassinos de Robalo, Nicandro Pereira Barreto, Ansumane Mané, Veríssimo
Correia Seabra, Domingos Barros, Lamine Sanha e outros? Quem foram os responsáveis pela
vala comum descoberta após golpe de 1980 que derrubou Luis Cabral? Quem foram os
traficantes de armas que deram origem à guerra civil na Guiné-Bissau? Quando é que serão
julgados os políticos e militares suspeitos de Narcotráfico? Porque Bubo na Tchuto não foi
julgado pela acusação de tráfico de droga e pela acusação da tentativa de golpe de estado?
Porque é que Intchami Yalá não foi julgado pela tentativa de golpe? Quem foi o responsável
pelo desaparecimento de 500 quilos de cocaína apreendidos e guardados no tesouro Público?
Quem foram os assassinos de Tagma na Waié e João Bernardo Vieira? (Fim de trancrição).
27. O último golpe, o de 12 de Abril, merece uma atenção mais cuidada, embora não caiba
nesta minha tarefa - animar o debate - analisá-lo em pormenor. Vamos retomá-lo - o golpe de
12 de Abril - para continuar o que no início dissemos:
i. Os autores do golpe, não conseguem justificá-lo. Atribuem-no à presença das forças
angolanas - um pequeno contingente de cerca de 200 homens - no território, como ameaça
para as forças armadas (mais de 4.000 homens) e a uma carta da qual só apresentam uma
eventual minuta, do PM para o Secretário-Geral das Nações Unidas solicitando uma força de
interposição (estabilização).
ii. A 1ª justificação visava obter o apoio popular através do apelo ao sentimento nacionalista
contra um "invasor" estrangeiro (funcionou outrora) e a 2ª que se tratava de "agressão" contra
as FA, ameaçadas de controlo e extinção, feita nas suas costas e contra a sua vontade porque,
justificam, a Guiné não está em guerra.
iii. As verdadeiras motivações continuam por "desvendar" uma vez que as apresentadas não
colheram. E um dado imediato é o impedimento da realização da 2ª volta das eleições
presidenciais na data aprazada.
iv.Reivindicam para o "regresso" aos quartéis, a criação de um Conselho Nacional de
Transição; nomeação de um novo Presidente da República e de um novo Primeiro-Ministro;
Eleições legislativas e presidenciais, em simultâneo, num prazo de dois anos; manutenção,
obviamente, das chefias militares; recusa de qualquer solução que inclua o regresso de
Raimundo Pereira e Carlos Gomes, Jr. às suas funções de Presidente da República interino e
Primeiro-Ministro, respectivamente. Regresso dos militares às casernas.
v. Pergunta-se: Que legitimidade têm os militares para interromper a ordem constitucional
democraticamente instalada e impor a sua vontade?
vi. As reacções internas e externas não se fizeram esperar.
vii. Tiveram, os golpistas, um tímido mas declarado apoio inicial da parte dos cinco candidatos
que contestavam os resultados eleitorais de que falamos atrás - depois deram o dito por não
dito - bem como de algumas forças políticas da oposição e condenação de toda a população e
das organizações internacionais e de todo o mundo, destacando-se a veemência e
contundência da CPLP, da União africana, do Secretário-Geral das Nações Unidas, do
Conselho de Segurança, da União Europeia que exigiram o retorno imediato e incondicional à
ordem constitucional e sanções aos golpistas. A CEDEAO condenou-o ao mesmo tempo que
9. se apressava em pactuar ao propor negociar uma solução.
viii. O Governo da Guiné-Bissau falava em todos os fóruns com a legitimidade e a autoridade
que a legalidade internacional lhe conferia, através do seu representante para política externa -
Ministro das Relações Externas. Um erro que os golpistas cometeram e que lhes custou a
veemência, a firmeza e a constância do discurso de condenação em todas as frentes bem
como a inquestionável solidariedade internacional.
ix. A solução encontrada pela CEDEAO, que se tem mostrado incapaz de todo, de resolver
este tipo de problema, não representava nem de perto nem de longe, a tolerância zero
estipulada pela organização, pois contemplava os interesses dos golpistas ignorando o
governo legítimo, democraticamente eleito e indo mais longe ao cercear, para agradar os
golpistas, o acesso ao poder de alguns dirigentes do PAIGC ao invocar que o presidente e o
PM interinos não poderiam candidatar-se às eleições que ela (CEDEAO) preconizava. Em
conclusão: Não há memória da CEDEAO ter resolvido um golpe de estado em que os golpistas
não fiquem incólumes e o golpe, de forma directa ou encoberta, legitimado.
x. Como era de esperar, o PAIGC, uma vez mais firme nas suas posições de reposição da
ordem constitucional, rejeitou liminarmente a recomendação proposta pela CEDEAO, pois
representava na realidade legitimação do golpe e um pacto com os golpistas para os quais não
havia sanções.
xi. Os interesses que gravitam à volta da CEDEAO são vários e de vária índole. Por
comodidade e algum decoro apenas os caracterizamos como sendo uns de carácter endógeno,
outros exógenos em relação à própria região. Quer uns quer outros, todos à volta daquilo que
podemos sintetizar como interesses hegemónicos na região e de passagem algum
ressabiamento.
xii. A UA e UE tomaram medidas concretas. A primeira suspendendo de imediato a Guiné-
Bissau da Organização enquanto a segunda fechava as suas fronteiras aos golpistas, ambas
exigindo o retorno à ordem constitucional.
xiii. A firmeza do PAIGC tem sido nota dominante. Não abdicar minimamente dos seus direitos
constitucionais. A procissão ainda vai no adro e é nesta firmeza e defesa de princípios que, a
meu ver, estará a solução política, não direi definitiva mas duradoura, dos golpes de estado.
Deverão ser procurados procedimentos complementares. A luta armada terminou há 40 anos.
Uns poucos, muito poucos, são os militares ainda vivos, com verdadeiro e legítimo estatuto de
antigos combatentes para a independência nacional, isto é, oriundos da luta armada. E é para
eles, só para eles, que se deve procurar afincadamente uma saída militar, diria, humanista,
condigna.
xiv. A questão do narcotráfico deve ser vista e tratada numa óptica global. Só a Guiné-Bissau
por si só, não tem meios, nem humanos, nem materiais nem financeiros para resolver o
problema.
xv. Feita esta panorâmica da espiral de violência na Guiné-Bissau, que vem desde os tempos
da luta armada, penso que estão criadas condições minimalistas para um debate sobre As
Crises Político-Militares na Guiné-Bissau: Causas, problemas e Soluções, tema proposto pelo
Centro de Estudo e Estratégias do MNE. Não se trata, obviamente, de uma palestra que
exigiria uma outra abordagem, mas sim de uma nota introdutória, de um auxiliar de memória,
dos parâmetros que devem nortear o debate. Não há posições acabadas, mas apenas tópicos
para reflexão.
Armindo Ferreira
[i] Tema do debate para o qual fui convidado para "Animador"
[ii] Amilcar não poderia exercer nenhum cargo do poder de estado na Guiné-Bissau sendo filho
de pais cabo-verdianos.
[iii] Bubo na Tchuto encontrava-se escondido nas instalações da Representação das NU em
10. Bissau depois de ter regressado da Gâmbia para onde fugira para não ser preso por acusação
de narcotráfico.