1. Compreendendo e interpretando a história
AS BRINCADEIRAS AO LONGO DO HISTÓRIA
Quando você olha uma criança comos olhos grudados em frenteà TVmanejando um PlayStation
ou Xbox pode não imaginar quea infância já foi maisperigosa (ou divertida,dirãoalguns).Desde asprimeiras
brincadeiras de correr, como esconde-esconde, que perduraram por décadas até os robôs e óculos de
realidade virtual dos dias de hoje, a tecnologia sempre esteve aliado a uma experiência mais prazerosa para
os pequenos.
Com o tempo, a preocupação crescente com a segurança mudou a dinâmica das brincadeiras e
o maior acesso às tecnologias de ponta trouxe inovações mais rapidamente. Hoje jogos em rede como
Minecraft são febre e óculos de realidade virtual como o OculusRift são sonhos de consumo. Mas alguns
clássicos resistem aos anos e ainda fazem sucesso entre os pequenos, dos jogos de tabuleiro às bolas de
gude.
Segundo relatos registrados em diários de viagens dos portugueses no século XV, os índios que
viviam por aqui antes da chegada dos portugueses já praticavam um jogo que consistia em arremessar uma
trouxa de folhas cheia de pedras que eram amarradas em uma espiga de milho. Chamavam de Pe’teka, que
quer dizer “bater” em tupi.
No século XVII houve a influência ibérica e moura no Nordeste. Os jogos de reis e rainhas são
efeito direto dessa presença por aqui. O jogo da amarelinha, pedrinhas e cantigas de rodas são importações
da Europa. O badoque, popular primeiro no Sertão nordestino, é árabe. Foi usado como instrumento de
guerra na Espanha e Portugal até a criação da pólvora e ganhou uma versão “menos” inofensiva para
crianças.O “bococ” ou “baducca” tem duas cordas bem esticadasseparadaspor dois pedacinhos de madeira
e no meio há uma rede onde são colocados os projéteis, em geral, pedras. Bastante parecido, o estilingue
era quase igual, mas tinha uma base de madeira em formato de “Y”.
A bola é muito antiga: há relatos que os japoneses e chineses já se divertiam com bolas de
diversos materiais. Os gregos e romanos utilizavam bexiga de boi. Mas foi a bola dos ingleses que ficou
famosa no Brasil.
Na primeira metadedoséculoXX o maiscomum era ir para a rua brincar. Pesquisadoresapontam
como sendo dessa época jogos como “pula-carniça”, “queimada”, “garra de gavião”, “barra-bandeira”,
“pega-esconde”, “pega-pega”, “pega-congelou”.Na década de 70 do século XX, as bolas de gude, também
chamadas de bilucas, cabiçulinhas ou bolita, já existintes desde a Roma antiga, com materiais como ônux,
vidro, aço e argila tornou-se febre. Na década de 80, estão a mola colorida, o bate-bate, amoeba, aquaplay,
o Genius. Nos anos 1990 chegaram os Tazos, febre introduzida pela ElmaChips, o Pega-tazos, os tamagochis,
pirocóptero, iôiôs da Coca-Cola, os geloucos (também da Coca), pega-varetas.
Atualmente, as crianças brincam, porém, muitas vezes sozinhas, utilizando seus tablets e
smartphones e enclausurada dentro do quarto. As crianças contemporâneas são solitárias e sedentárias. No
passado as brincadeiras eram realizadas nas ruas e em grupo.
1- Qual é o título do texto? Quantos parágrafos tem o texto?
2- Sobre o que fala o texto?
3- Diga o brinquedo usado pelas crianças no:
a) Século XV:
b) Seculo XVII:
4- De acordo com o texto diga a brincadeira mais antiga no Brasil?
5- Leia o penúltimo parágrafo e diga as brincadeiras que você ainda realizada?
6- Se você pudesse entrar no túnel do tempo: Qual o brinquedo que você gostaria de brincar?
7- Após a leitura do texto: diferencie a criança do passado e a criança contemporânea.
8- Explique a frase: As crianças de hoje são solitárias e sedentárias. Justifique.
9- Pergunte aos pais. Quais eram as brincadeiras prediletas?
10- Quais são suas brincadeiras prediletas?