Este documento relata a conversa entre um contador de histórias e um homem que frequentemente promete fornecer um assunto para um conto, mas nunca o faz. Desta vez, o contador insiste para que o homem revele o assunto, o que ele finalmente faz, sugerindo uma história sobre uma herança falsa. O contador elogia o assunto e diz que irá usá-lo para seu próximo conto.
Este é um pequeno trabalho que eu fiz no 10ºano por iniciativa própria sobre Luís Vaz de Camões e a sua biografia condensada (muito mesmo). Se gostarem, comentem e partilhem!
Este é um pequeno trabalho que eu fiz no 10ºano por iniciativa própria sobre Luís Vaz de Camões e a sua biografia condensada (muito mesmo). Se gostarem, comentem e partilhem!
Machado de Assis foi o principal nome do Realismo brasileiro, o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras e um dos escritores mais aclamados
MATEMÁTICA FINANCEIRA - REGRA DE TRÊS SIMPLES / JUROS SIMPLESTulipa Zoá
Apostila de Matemática Financeira
Conteúdo:
1. Regra de Três Simples
Cálculos de Exemplo
Diretamente Proporcional
Inversamente Proporcional
2. Diferença entre Capital e Montante
3. Definição de Juros e Prazo
4. Transformação de Taxa
5. Interpretação
6. Juros Simples
Exercícios Resolvidos De Juros Simples
7. Exercícios
Regra de Três (10)
Juros Simples (20)
8. Gabaritos
1. ASSUNTO PARA UM CONTO
Artur Azevedo
Como sou um contador de histórias, e tenho que inventar um conto por semana, sendo, aliás,
menos infeliz que Scherazada, porque o público é um sultão Shariar menos exigente e menos
sanguinário que o das Mil e Urna Noites, sou constantemente abordado por indivíduos que
me oferecem assuntos, e aos quais não dou atenção, porque eles em geral não têm uma
idéia aproveitável.
Entre esses indivíduos há um funcionário aposentado, que na sua roda é tido por espirituoso,
o qual, todas as vezes que me encontra, obriga-me a parar, diz-me, invariavelmente, que
estou ficando muito preguiçoso, e, com um ar de proteção, o ar de um Mecenas desejoso de
prestar um serviço que aliás não lhe foi pedido, conclui, também invariavelmente:
- Deixe estar, que tenho um magnífico assunto para você escrever um conto! Qualquer dia
destes, quando eu estiver de maré, lá lh'o mandarei.
Há dias, tomando o bonde para ir ao Leme espairecer as idéias, sentei-me por acaso ao lado
do meu Mecenas, que na forma do costume começou por invectivar a minha preguiça, e
prosseguiu assim:
- Creio que já lhe disse que tenho um assunto para o amiguinho escrever um conto...
- Já m'o disse mais de vinte vezes!
- Qualquer dia lá lh'o mandarei.
- Não! Há de ser agora! O senhor tem me prometido esse assunto um rol de vezes, e não
cumpre a sua promessa. Nós vamos a Copacabana, estamos ao lado um do outro, temos
multo tempo... Venha o assunto!...
- Não; agora não!
- Pois há de ser agora, ou então convenço-me de que tal assunto não existe, e o senhor
mentiu todas as vezes que m'o prometeu!
- Ora essa!
- Sim, que o senhor tem feito como aquele cidadão que prometia ao Eduardo Garrido, todas
as vezes que o encontrava, um calembour para ser encaixado na primeira peça que ele
escrevesse. Até hoje o Garrido espera pelo calembour!
- Eu tenho o assunto do conto, explicou o Mecenas, mas queria escrevê-lo...
- Para quê? Basta que m'o exponha verbalmente.
- Então lá vai: é a história de uma herança falsa, um sujeito residente na Espanha escreve a
outro sujeito residente no Rio de Janeiro uma carta dizendo que morreu lá um homem podre
de rico, chamado, por exemplo, D. Ramon, e que esse homem não deixou herdeiros
conhecidos: a herança foi toda recolhida pela nação; mas o tal sujeito residente na Espanha,
que é um finório, manda dizer ao tal sujeito residente no Rio de Janeiro, que é um simplório,
que existem aqui herdeiros, cujos nomes ele não revelará ao simplório sem que este mande
pelo correio tantas mil pesetas. O simplório manda-lhe o dinheiro, e fica eternamente à espera
dos nomes dos herdeiros. - Que tal?
- Muito bom!
- Você não acha aproveitável este assunto?
- Acho-o magnífico, interessantíssimo, espirituoso! Tanto assim que vou escrever o conto e
publicá-lo no próximo número d'O Século!
- Ora, ainda bem! Quando lhe faltar assunto, venha bater-me à porta: o que não me falta é
imaginação!
- Muito obrigado; não me despeço do favor.
Como vê o leitor, aproveitei o assunto do imaginoso Mecenas.