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COCRIAÇÃO E NEGÓCIOS DE MÍDIA: ESTUDO DE CASOS
MÚLTIPLOS SOB A ÓTICA DA LÓGICA DOMINANTE DO
SERVIÇO EM MARKETING
Acadêmica: Ana Flávia Hantt
Orientador: Prof. Dr. Flávio Régio Brambilla
DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA
• Cenário de crise e disrupção nos veículos de comunicação impressa;
• Abordagem estratégica em nível de gestão, considerando também o
branding;
• Lógica Dominante do Serviço em Marketing e cocriação;
 Problema: Como ocorrem os processos cocriativos entre veículos de
comunicação impressa e empresas anunciantes no desenvolvimento de
novos modelos de negócio?
OBJETIVOS
Objetivo geral
• Compreender como veículos de comunicação impressa desenvolvem
soluções cocriativas para seus clientes.
Objetivos específicos
• Analisar sob a perspectiva da cocriação, modelos de negócios que têm
sido adotados por veículos de comunicação impressa;
• Verificar semelhanças e diferenças na relação cocriativa que veículos de
comunicação impressa, com diferentes escopos de atuação, mantêm com
clientes;
• Apontar caminhos que possam ser adotados por veículos de comunicação
impressa na busca por um novo modelo de negócio.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
• Subsídio dos veículos de comunicação impressa em uma perspectiva histórica; e jornalismo
pós-industrial; Bahia (2009), Rüdiger (2003), Marcondes Filho (2000), Fonseca (2008), Soster
(2007), Anderson, Bell e Shirky (2013);
• Modelo de negócio dos veículos de comunicação impressa; Santos (2004), Costa (2014),
Karimi e Walter (2016), Covaleski (2010) ;
• Lógica Dominante do Serviço em Marketing (LDS); Vargo e Lusch (2004), Gummesson e
Grönroos (2012), Lusch e Vargo (2014), Vargo e Lusch (2016), Wieland, Koskela-Huotari e
Vargo (2015), Greer, Lusch e Vargo (2016);
• Cocriação de valor e valor de marca; Prahalad e Ramaswamy (2004), Vargo, Maglio e Akaka
(2008), Payne, Storbacka e Frow (2008), Ramaswamy (2009), Merz, He e Vargo (2009),
Ramaswamy e Gouillart (2010), Chandler e Vargo (2011), Brambilla e Damacena (2011),
Grönroos e Voima (2013), Ramaswamy e Ozcan (2013), Akaka e Vargo (2015);
• Gestão de veículos de comunicação impressa no contexto da Lógica Dominante do Serviço
em Marketing;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Subsídio dos veículos de comunicação impressa em três fases:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Lógica Dominante do Serviço
em Marketing:
• Serviço = aplicação de recursos
para o benefício de outro ator ou
dele próprio;
• A LDS propõe uma narrativa
baseada em integração de
recursos, provisão de serviço
recíproca, com atores cocriando
valor de forma holística. As
experiências ocorrem em
aninhados e sobrepostos
ecossistemas de serviço, os quais
são regidos e avaliados por meio
de arranjos institucionais;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Cocriação de valor:
• Valor-em-uso e valor-no-contexto;
• Meta-camadas: mercado não pode ser
analisado de forma isolada;
• DART; modelo conceitual de Payne,
Storbacka e Frow;
• Valor de marca também é cocriado;
comunidade de marca;
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Gestão de veículos de comunicação impressa no contexto da Lógica
Dominante do Serviço em Marketing:
• Quadro relacionando fases do subsídio jornalístico, eras do marketing e branding;
• Ecossistema de serviço – relação B2B entre veículo e anunciante;
• Axiomas da LDS analisadas no contexto estudado no trabalho;
• Conceito de cocriação de valor B2B em um veículo de comunicação impressa;
MÉTODO
• Pesquisa qualitativa-exploratória;
• Ferramenta = estudo de casos múltiplos
• Revisão bibliográfica
• Escolha dos objetos de estudo
• Entrevista em profundidade semi-aberta
• Análise documental e de artefatos físicos
• Observação participante (dados
secundários)
• Triangulação de dados
ANÁLISE – SAVE THE SUNDAY
• Caderno Na Pilha! + Unisc + Sicredi
• Proposição de valor do caderno Na Pilha! (relacionamento com a audiência e
parceiros para a provisão de serviço);
• Instituições compartilhadas;
• Decisões e resolução de problemas em
conjunto;
• Criação de valor: integração de recursos
(e provisão de serviço) para a realização de
um evento em conjunto, para
relacionamento com o público-alvo (anunciantes = dificuldade em realizar sozinhos);
ANÁLISE – PRODUTOS LICENCIADOS DONNA
• Unidade de negócios Donna (side business)
• Modelo de negócio baseado na divisão do lucro
• #MyBagDonna by Bruna Rassier
Desenvolvimento da linha de bolsas; solução
de problemas;
• Donna by Charlie Brownie
Desenvolvimento de kits presenteáveis; valor superior
na parceria em relação ao modelo tradicional;
Integração de recursos para cocriar valor sob
instituições dinamicamente compartilhadas. Como
resultado, a agregação de novos stakeholders,
geração de receita para ambas as empresas,
e envolvimento da comunidade de marca.
ANÁLISE – PRODUTOS LICENCIADOS DONNA
• Cocriação de valor entre Donna e Bruna Rassier:
ANÁLISE – BRANDED CONTENT REVISTA GLAMOUR
• Revista Glamour e branded content – demanda sentida do mercado publicitário;
• Ecossistema complexo, com diversas redes de atores e instituições compartilhadas;
• Cadeia de valor clássica em um veículo de comunicação impressa;
• Fabiana Milazzo + Cravo & Canela
Glamour integra expertise em produção de
conteúdo para audiência qualificada. Parceiros
integram seu próprio conhecimento no
segmento de moda, e também a provisão
de serviço, para criar valor. A cocriação
ocorre habilitada por instituições
compartilhadas, especialmente o conceito
de luxo acessível, o qual é comum
a todas as instituições.
ANÁLISE – BRANDED CONTENT REVISTA GLAMOUR
• Fluxo de integração de recursos entre Glamour e Cravo & Canela
CONCLUSÃO
• Modelos de negócios que têm sido adotados por veículos de comunicação impressa,
sob a perspectiva da cocriação:
1) Os veículos de comunicação impressa buscam empresas parceiras que compartilhem
das mesmas instituições, seja a missão da organização, seja um público-alvo em
comum;
2) A integração de recursos em um mesmo ecossistema de serviço busca evidenciar a
expertise de cada ator, mas ainda existem indícios de uma abordagem centrada em
entrega de valor por parte do veículo de comunicação para a empresa anunciante;
3) O envolvimento de todos os stakeholders, especialmente profissionais do veículo de
comunicação, é fundamental para a cocriação de valor;
4) O aprendizado tem sido absorvido para a qualificação do processo.
CONCLUSÃO
• Semelhanças e diferenças na relação cocriativa que veículos de comunicação
impressa, com diferentes escopos de atuação, mantêm com clientes:
1) Quanto maior é o escopo de atuação, mais oportunidades de negócios, e mais
possibilidades de direcionar esforços de forma exclusiva;
2) O aspecto local influencia nas instituições compartilhadas, especialmente
conhecimento de marca;
3) Quanto maior é a rede de atores de um ecossistema de serviço, maior é a
complexidade das relações.
CONCLUSÃO
• Caminhos que podem ser adotados por veículos de comunicação impressa na busca
por um novo modelo de negócio:
Independente do modelo, importante compreender o conceito:
‘O veículo (ator A) integra seu conhecimento de produção de conteúdo e público receptor
qualificado; a empresa anunciante (ator B) integra seu conhecimento especializado em
um segmento de mercado, e opcionalmente a provisão de serviço (recursos), para gerar
benefício para si e para o outro. Essa relação diádica ocorre em um complexo ecossistema
permeado por outros atores (fornecedores, funcionários, comunidade de marca),
habilitado e constrangido por instituições e arranjos institucionais’.
1) Proposição de valor além do espaço publicitário;
2) A adoção de uma série de fontes de receita;
3) Criação do valor de marca e cobranding.
CONCLUSÃO
Implicações acadêmicas e gerenciais:
• Contribuição com a LDS = conceitos sugeridos genericamente pela teoria, foram
aplicados de forma objetiva ao contexto estudado;
• Contribuição com áreas de cocriação de valor, do valor de marca e cobranding;
• Proposição de um conceito para a cocriação de valor B2B em veículos de comunicação
impressa;
• Contribuição com o Jornalismo = sistematização de como ocorreu o subsídio
jornalístico ao longo da história;
• Contribuição com estudos sobre o jornalismo pós-industrial;
• Sugestão de medidas que podem ser adotadas em nível gerencial;
CONCLUSÃO
Limitações do trabalho e sugestões de pesquisas futuras:
• Os resultados encontrados limitam-se às situações investigadas, não sendo permitida
a generalização;
Ampliação dos estudos:
• Contexto de cocriação B2B entre veículos de comunicação impressa e empresas
anunciantes (investigações qualitativas e quantitativas).
• A participação de outros atores no ecossistema de serviço, como a audiência, os
consumidores finais de produtos, fornecedores, entre outros stakeholders.
• Outras plataformas midiáticas, como televisão, rádio e sites, poderiam contribuir com
resultados alternativos e/ou complementares.
• Aprofundamento do estudo, relacionando as soluções cocriativas oferecidas pelos
veículos de comunicação impressa às empresas anunciantes, com a cocriação do valor
de marca e o cobranding.
Muito obrigada!
Ana Flávia Hantt
ana.hantt@gmail.com

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Cocriação entre veículos de comunicação e empresas

  • 1. COCRIAÇÃO E NEGÓCIOS DE MÍDIA: ESTUDO DE CASOS MÚLTIPLOS SOB A ÓTICA DA LÓGICA DOMINANTE DO SERVIÇO EM MARKETING Acadêmica: Ana Flávia Hantt Orientador: Prof. Dr. Flávio Régio Brambilla
  • 2. DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA • Cenário de crise e disrupção nos veículos de comunicação impressa; • Abordagem estratégica em nível de gestão, considerando também o branding; • Lógica Dominante do Serviço em Marketing e cocriação;  Problema: Como ocorrem os processos cocriativos entre veículos de comunicação impressa e empresas anunciantes no desenvolvimento de novos modelos de negócio?
  • 3. OBJETIVOS Objetivo geral • Compreender como veículos de comunicação impressa desenvolvem soluções cocriativas para seus clientes. Objetivos específicos • Analisar sob a perspectiva da cocriação, modelos de negócios que têm sido adotados por veículos de comunicação impressa; • Verificar semelhanças e diferenças na relação cocriativa que veículos de comunicação impressa, com diferentes escopos de atuação, mantêm com clientes; • Apontar caminhos que possam ser adotados por veículos de comunicação impressa na busca por um novo modelo de negócio.
  • 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA • Subsídio dos veículos de comunicação impressa em uma perspectiva histórica; e jornalismo pós-industrial; Bahia (2009), Rüdiger (2003), Marcondes Filho (2000), Fonseca (2008), Soster (2007), Anderson, Bell e Shirky (2013); • Modelo de negócio dos veículos de comunicação impressa; Santos (2004), Costa (2014), Karimi e Walter (2016), Covaleski (2010) ; • Lógica Dominante do Serviço em Marketing (LDS); Vargo e Lusch (2004), Gummesson e Grönroos (2012), Lusch e Vargo (2014), Vargo e Lusch (2016), Wieland, Koskela-Huotari e Vargo (2015), Greer, Lusch e Vargo (2016); • Cocriação de valor e valor de marca; Prahalad e Ramaswamy (2004), Vargo, Maglio e Akaka (2008), Payne, Storbacka e Frow (2008), Ramaswamy (2009), Merz, He e Vargo (2009), Ramaswamy e Gouillart (2010), Chandler e Vargo (2011), Brambilla e Damacena (2011), Grönroos e Voima (2013), Ramaswamy e Ozcan (2013), Akaka e Vargo (2015); • Gestão de veículos de comunicação impressa no contexto da Lógica Dominante do Serviço em Marketing;
  • 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Subsídio dos veículos de comunicação impressa em três fases:
  • 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Lógica Dominante do Serviço em Marketing: • Serviço = aplicação de recursos para o benefício de outro ator ou dele próprio; • A LDS propõe uma narrativa baseada em integração de recursos, provisão de serviço recíproca, com atores cocriando valor de forma holística. As experiências ocorrem em aninhados e sobrepostos ecossistemas de serviço, os quais são regidos e avaliados por meio de arranjos institucionais;
  • 7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Cocriação de valor: • Valor-em-uso e valor-no-contexto; • Meta-camadas: mercado não pode ser analisado de forma isolada; • DART; modelo conceitual de Payne, Storbacka e Frow; • Valor de marca também é cocriado; comunidade de marca;
  • 8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Gestão de veículos de comunicação impressa no contexto da Lógica Dominante do Serviço em Marketing: • Quadro relacionando fases do subsídio jornalístico, eras do marketing e branding; • Ecossistema de serviço – relação B2B entre veículo e anunciante; • Axiomas da LDS analisadas no contexto estudado no trabalho; • Conceito de cocriação de valor B2B em um veículo de comunicação impressa;
  • 9. MÉTODO • Pesquisa qualitativa-exploratória; • Ferramenta = estudo de casos múltiplos • Revisão bibliográfica • Escolha dos objetos de estudo • Entrevista em profundidade semi-aberta • Análise documental e de artefatos físicos • Observação participante (dados secundários) • Triangulação de dados
  • 10. ANÁLISE – SAVE THE SUNDAY • Caderno Na Pilha! + Unisc + Sicredi • Proposição de valor do caderno Na Pilha! (relacionamento com a audiência e parceiros para a provisão de serviço); • Instituições compartilhadas; • Decisões e resolução de problemas em conjunto; • Criação de valor: integração de recursos (e provisão de serviço) para a realização de um evento em conjunto, para relacionamento com o público-alvo (anunciantes = dificuldade em realizar sozinhos);
  • 11. ANÁLISE – PRODUTOS LICENCIADOS DONNA • Unidade de negócios Donna (side business) • Modelo de negócio baseado na divisão do lucro • #MyBagDonna by Bruna Rassier Desenvolvimento da linha de bolsas; solução de problemas; • Donna by Charlie Brownie Desenvolvimento de kits presenteáveis; valor superior na parceria em relação ao modelo tradicional; Integração de recursos para cocriar valor sob instituições dinamicamente compartilhadas. Como resultado, a agregação de novos stakeholders, geração de receita para ambas as empresas, e envolvimento da comunidade de marca.
  • 12. ANÁLISE – PRODUTOS LICENCIADOS DONNA • Cocriação de valor entre Donna e Bruna Rassier:
  • 13. ANÁLISE – BRANDED CONTENT REVISTA GLAMOUR • Revista Glamour e branded content – demanda sentida do mercado publicitário; • Ecossistema complexo, com diversas redes de atores e instituições compartilhadas; • Cadeia de valor clássica em um veículo de comunicação impressa; • Fabiana Milazzo + Cravo & Canela Glamour integra expertise em produção de conteúdo para audiência qualificada. Parceiros integram seu próprio conhecimento no segmento de moda, e também a provisão de serviço, para criar valor. A cocriação ocorre habilitada por instituições compartilhadas, especialmente o conceito de luxo acessível, o qual é comum a todas as instituições.
  • 14. ANÁLISE – BRANDED CONTENT REVISTA GLAMOUR • Fluxo de integração de recursos entre Glamour e Cravo & Canela
  • 15. CONCLUSÃO • Modelos de negócios que têm sido adotados por veículos de comunicação impressa, sob a perspectiva da cocriação: 1) Os veículos de comunicação impressa buscam empresas parceiras que compartilhem das mesmas instituições, seja a missão da organização, seja um público-alvo em comum; 2) A integração de recursos em um mesmo ecossistema de serviço busca evidenciar a expertise de cada ator, mas ainda existem indícios de uma abordagem centrada em entrega de valor por parte do veículo de comunicação para a empresa anunciante; 3) O envolvimento de todos os stakeholders, especialmente profissionais do veículo de comunicação, é fundamental para a cocriação de valor; 4) O aprendizado tem sido absorvido para a qualificação do processo.
  • 16. CONCLUSÃO • Semelhanças e diferenças na relação cocriativa que veículos de comunicação impressa, com diferentes escopos de atuação, mantêm com clientes: 1) Quanto maior é o escopo de atuação, mais oportunidades de negócios, e mais possibilidades de direcionar esforços de forma exclusiva; 2) O aspecto local influencia nas instituições compartilhadas, especialmente conhecimento de marca; 3) Quanto maior é a rede de atores de um ecossistema de serviço, maior é a complexidade das relações.
  • 17. CONCLUSÃO • Caminhos que podem ser adotados por veículos de comunicação impressa na busca por um novo modelo de negócio: Independente do modelo, importante compreender o conceito: ‘O veículo (ator A) integra seu conhecimento de produção de conteúdo e público receptor qualificado; a empresa anunciante (ator B) integra seu conhecimento especializado em um segmento de mercado, e opcionalmente a provisão de serviço (recursos), para gerar benefício para si e para o outro. Essa relação diádica ocorre em um complexo ecossistema permeado por outros atores (fornecedores, funcionários, comunidade de marca), habilitado e constrangido por instituições e arranjos institucionais’. 1) Proposição de valor além do espaço publicitário; 2) A adoção de uma série de fontes de receita; 3) Criação do valor de marca e cobranding.
  • 18. CONCLUSÃO Implicações acadêmicas e gerenciais: • Contribuição com a LDS = conceitos sugeridos genericamente pela teoria, foram aplicados de forma objetiva ao contexto estudado; • Contribuição com áreas de cocriação de valor, do valor de marca e cobranding; • Proposição de um conceito para a cocriação de valor B2B em veículos de comunicação impressa; • Contribuição com o Jornalismo = sistematização de como ocorreu o subsídio jornalístico ao longo da história; • Contribuição com estudos sobre o jornalismo pós-industrial; • Sugestão de medidas que podem ser adotadas em nível gerencial;
  • 19. CONCLUSÃO Limitações do trabalho e sugestões de pesquisas futuras: • Os resultados encontrados limitam-se às situações investigadas, não sendo permitida a generalização; Ampliação dos estudos: • Contexto de cocriação B2B entre veículos de comunicação impressa e empresas anunciantes (investigações qualitativas e quantitativas). • A participação de outros atores no ecossistema de serviço, como a audiência, os consumidores finais de produtos, fornecedores, entre outros stakeholders. • Outras plataformas midiáticas, como televisão, rádio e sites, poderiam contribuir com resultados alternativos e/ou complementares. • Aprofundamento do estudo, relacionando as soluções cocriativas oferecidas pelos veículos de comunicação impressa às empresas anunciantes, com a cocriação do valor de marca e o cobranding.
  • 20. Muito obrigada! Ana Flávia Hantt ana.hantt@gmail.com