A Revolução Verde aumentou significativamente a produção agrícola nos países em desenvolvimento nas décadas de 1960 e 1970 através do uso de sementes e técnicas agrícolas modernas financiadas pela Fundação Rockefeller. No entanto, a fome mundial não foi reduzida e a estrutura agrária foi alterada, desbancando o discurso humanitário da Revolução Verde.
2. A expressão Revolução Verde foi criada em
1966, em uma conferência em Washington,
por William Gown, que disse a um pequeno
grupo de pessoas interessadas no
desenvolvimento dos países com déficit de
alimentos “é a Revolução Verde, feita à base de
tecnologia, e não do sofrimento do povo”.
3. A implantação de novas técnicas agrícolas
iniciou-se no fim da década de 1940, porém os
resultados expressivos foram obtidos durante
as décadas de 1960 e 1970, onde países em
desenvolvimento aumentaram
significativamente sua produção agrícola.
Esse programa foi financiado pelo grupo
Rockefeller, sediado em Nova Iorque.
Utilizando um discurso ideológico de aumentar
a produção de alimentos para acabar com a
fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu
seu mercado consumidor, fortalecendo a
corporação com vendas de pacotes de insumos
agrícolas, principalmente para países em
desenvolvimento como Índia, Brasil e México.
O grupo patrocinou projetos em determinados
países criteriosamente selecionados, as nações
escolhidas foram: México, Filipinas, Estados
Unidos, e, em menores proporções, o Brasil.
4. As sementes modificadas e desenvolvidas nos
laboratórios possuem alta resistência a
diferentes tipos de pragas e doenças, seu
plantio, aliado à utilização de agrotóxicos,
fertilizantes, implementos agrícolas e
máquinas, aumenta significativamente a
produção agrícola.
Constatou-se um aumento extraordinário na
produção de alimentos. No México, as
experiências iniciais e mais significativas foram
realizadas com o trigo, que em sete anos
quadruplicou sua produção. Nas Filipinas, as
pesquisas foram realizadas com o arroz, o
resultado foi satisfatório, havendo um grande
aumento na produção e colheita.
Porém, a fome no mundo não reduziu, pois a
produção dos alimentos nos países em
desenvolvimento é destinada, principalmente,
a países ricos industrializados, como Estados
Unidos, Japão e Países da União Europeia.
5. A modernização no campo alterou a estrutura
agrária. Pequenos produtores que não
conseguiram se adaptar às novas técnicas de
produção, não atingiram produtividade
suficiente para competir com grandes
empresas agrícolas e se endividaram com
empréstimos bancários solicitados para a
mecanização das atividades, tendo como única
forma de pagamento a venda da propriedade
para outros produtores.
A Revolução Verde proporcionou tecnologias
que atingem maior eficiência na produção
agrícola, aumentando significativamente a
produção de alimentos, entretanto, a fome
mundial não foi solucionada, desbancando o
discurso humanitário de aumentar a produção
de alimentos para acabar com a fome nos
países em desenvolvimento.
9. A Biotecnologia iniciou sua presença perante a
humanidade com técnicas e resultados muito
gratificantes, como a criação de novos
medicamentos, o cultivo de células para a
produção de espécies vegetais ao consumo
humano, o tratamento do lixo produzido em
nossas atividades diárias, as novas técnicas
que revolucionaram a genética, a busca pela
cura de doenças, novos adubos menos
danosos ao ambiente e com menos impacto
sobre nossa saúde, logo esses avanços
implicam em melhorias na qualidade de vida
do ser humano, otimizando de uma maneira
racional a forma como se interage com a
natureza de modo a suprir as necessidades de
sobrevivência.
10. A biotecnologia tradicional foi
aquela estudada a dez anos atrás,
que também trouxe suas
novidades e surpreendeu a
humanidade, mais o destaque
atual é a biotecnologia moderna
vista como a fusão de resultados
das técnicas da engenharia
genética, em síntese seria, o
estudo complexo das moléculas
que diante de combinações
genéticas, geram os organismos
vivos modificados (OVMs), sendo
sua pioneira previsão
internacional o Protocolo de
Cartagena.
11. A Biotecnologia Moderna vem sendo muito
significativa na questão do patenteamento de
matéria viva, vindo a tomar corpo com os
anúncios do sequenciamento do genoma
humano, visto que é através do conhecimento
do código genético que pretende-se
revolucionar a ciência nos próximos anos. São
muitas as informações obtidas com a
determinação da seqüência do genoma
humano, como por exemplo, a evolução dos
diagnósticos de doenças a partir de amostras
de ácido desoxirribonucléico, bem como
diante do notável desenvolvimento de
medicamentos e também terapias para
combater danos sofridos a humanidade.
12. A evolução da biotecnologia fez as pessoas perceberem que se inicia uma nova
esfera de importância humana, destacando a busca pelas múltiplas inovações
relativas aos processos e formas de vida. Na verdade, atualmente a
biotecnologia invadiu os organismos viventes (animais, plantas e
microorganismos e outro material biológico) e seus subgrupos celulares, para
trabalhar a matéria viva e obter dela um resultado útil, para fabricação ou
modificação de produtos que implicam em melhorias na qualidade de vida do
ser humano, otimizando de uma maneira racional a forma como se interagem
com a natureza de modo a suprirem as necessidades de sobrevivência.
13. São muitos os setores que atingem o desenvolvimento através da biotecnologia,
como: os produtos farmacêuticos, o cultivo animal, a agricultura, os produtos
químicos especiais e até mesmo aplicações ao meio ambiente, desta forma começa o
desenvolvimento de um fluxo espetacular de produtos em diferentes áreas de
interesse para o homem;podemos citar como exemplos genéricos: a) na área da
saúde humana e animal: têm-se desenvolvido vacinas, reativos para diagnósticos e
fármacos; b) na área de produção vegetal, são desenvolvidas plantas com resistência a
pestes ao calor ou bem plantas com novas proteínas aptas para uma melhor nutrição
humana e animal; c) na área da produção animal, com o desenvolvimento de animais
híbridos e transgênicos; d) na área de tratamento de efluentes urbanos e industriais,
donde através da utilização de novos microorganismos se logra a contaminação de
redes fluviais.