SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
APOSTILA DE ESTUDO – URINÁLISE
SUMÁRIO DE URINA
A urinadeve seranalisadarapidamenteapósa coleta, de preferência em até 30 minutos após
a obtenção.Se istonão for possível deve serimediatamente refrigerada (a 4°C) e armazenada
por no máximo 12 horas. Urinas refrigeradas devem ser levadas à temperatura ambiente e
completamentehomogeneizadasantesdaanálise.A amostranãodeve sercongelada.Durante
o armazenamento, cilindros e células podem se desintegrar e o pH urinário pode se alterar.
Essas alterações são mais pronunciadas em tempos longos de armazenamento e em altas
temperaturas. Ademais, microrganismos podem continuar a replicação, sendo eles
contaminantesouagentesinfecciosos. A urinálise está dividida em três partes: exame físico,
exame químico e avaliação do sedimento urinário.
Coleta
Logo pela manhã, realizar primeiramente a higiene íntima dos genitais externos
cuidadosamente comáguae sabão. A amostra deverá ser a primeira urina do dia. Neste caso,
o jato inicial deverá ser desprezado, sendo colhido apenas o jato médio.
Dica: para coletar o jato médio basta apenas contar de 2 a 3 segundo logo após começar a
urinar e colher a amostra de urina após este período. Lembrando: A micção não deverá ser
interrompida para a coleta do material.
ANÁLISE FÍSICA
Cor
Coloração normal da urina:
As denominações amarelo-claro, amarelo, amarelo-escuro e âmbar são as mais utilizadas
pelos laboratórios para classificar a coloração normal das amostras de urina. A cor amarela E
caracterizada pela presença de pigmentos de urocromo, que E produto do metabolismo
endógenoe que E produzido em velocidade constante em condições normais. (STRASINGER,
2000) A quantidade de urocromo que será produzida dependerá do estado metabólico do
corpo; por exemplo, no caso de doenças envolvendo a tireóide e no estado de jejum, a
produção aumenta; (DRABKIN, 1927) aumenta também quando a urina permanece em
temperatura ambiente (OSTOW & PHILO, 1944) Em uma amostra recém eliminada, a
intensidadedacor amarela fornecerá a estimativa aproximada da concentração urinAria, isto
porque o urocromo é excretado constantemente. É importante lembrar que as variações no
estado de hidratação do organismo fazem com que haja pequenas variações na coloração
amarela da urina, de paciente para outro, o que é considerado completamente normal.
(STRASINGER, 2000)
Coloração anormal da urina:
Uma amostra com a coloração amarelo-escura ou âmbar nem sempre pode ser considerada
normal, pois esta coloração pode ser determinada pela presença anormal do pigmento
bilirrubina; este pigmento é detectado durante a análise química e quando aparecer uma
espuma amarelo ao agitar o tubo contendo a amostra. A bilirrubina é um fator muito
importante para diagnosticar caso seja identificado na urina, pois junto a este pigmento, é
normal encontrar o vírus da hepatite. (STRASINGER, 2000) É comum aparecer a coloração
amarelo-alaranjada que ocorre quando há administração de derivados de piridina para
combate a infecções urinárias, este pigmento interfere nas análises químicas baseadas em
reações cromáticas. A presença de derivados de piridina é facilmente confundida com a
presença de bilirrubina, pois se agitar a amostra também aparecerá uma espuma amarela,
como fazquandodesconfia-seapresençade bilirrubinanaurina.(STRASINGER, 2000; GUYTON
& HALL, 2002) A presençade sangue naurinaé uma das causasmais comunsde anormalidade
na sua coloração.Na maioria das vezes, o sangue tinge a urina de vermelho, mas pode variar
do rosadoao negro,dependendodaquantidade de sangue,dopHe a duração do contato:se a
urina possuir pH ácido e não for recente, possuirá coloração marrom-escura vinda da
conversão da hemoglobina em meta-hemoglobina; se a urina possuir esta coloração, mas
coletadarecentemente e contendo hemácias, há grandes chances de ser sinal de hemorragia
glomerular.(BERMAN,1977) A hemoglobinae amioglobinaproduzem urina vermelha e teste
positivo para presença de sangue; a urina na presença destas substâncias apresenta-se
vermelha e clara, já na presença de hemácias, vermelha e turva. Há como diferenciar a
hemoglobinúria da mioglobinúria: a hemoglobinúria altera a cor do plasma para vermelho,
devidoaocolapsodashemáciasinvivoe a mioglobinúria,produzidapelomúsculo-esquelético,
não interfere na coloração do plasma; as amostras de urina contendo porfirina também
possuem cor vermelha. Para amostras de cor marrom ou preta, quando em repouso e com
resultados negativos para sangue, são recomendados testes adicionais, pois podem conter
melanina e ácido homogentísico. (STRASINGER, 2000) Mas a coloração da urina não muda
apenas pela presença de fatores patogênicos no organismo, a ingestão de terminados
alimentos,medicaçõese vitaminastambémpoder provocar esta mudança; exemplo disso é a
ingestãode beterraba que tinge a urina de vermelho e algumas gomas de marcar que tinge a
urina de verde (EVANS, 1979; REIMAN,1979) 
Odor
A urina recém eliminada tem um leve odor de seus componentes aromáticos. O cheiro
característico da urina é denominado “sui generis”. Quando observa-se odores incomuns,
como emcasos de infecçõesbacterianas,estessãodenominados pútridos. Quando se deixa a
mostra repousar, o odor de amônia passa a ser predominante; este é, causado pela
degradaçãoda uréia,sendodenominado odor amoniacal/ “sui generis” acentuado. As causas
de odores anormais são: infecções bacterianas (causam cheiro forte e desagradável) e a
presença de corpos cetônicos do diabetes (provocam um odor adocicado ou de frutas). 
Aspecto(aparência):Refere-se a transparência da amostra de urina; no exame de urina tipo I
este fatoré determinadopelomodo mais simples possível, apenas pela observação visual da
amostra homogeneizada, contida em um recipiente transparente, em ambiente bem
iluminado. Os termos mais utilizados para descrever aparência são: transparente, opaca,
ligeiramente turva, turva, muito turva, leitosa. (STRASINGER, 2000) Aparência Normal: A
amostra consideradanormal é aquelaeliminadarecentemente é transparente, mas com certa
opacidade causada pela precipitação de fosfatos amorfos e carbonatos na forma de névoa
branca; a urina ácidanormal tambémapresentacertograu de opacidade devidoaprecipitação
de uratos amorfos, cristais de oxalato de cálcio ou de ácido úrico; principalmente em
mulheres, a presença de células epiteliais escamosas e muco pode ser considerado normal
apesar da opacidade. (STRASINGER, 2000)
Volume
No sumário de urina o volume não é analisado para diagnóstico de patologia, já que não é
observadoovolume total excretadopeloindivíduo.Relacionadoaosumáriode urinao volume
ideal é de 20 a 50 ml, que é o volume necessário para realização do exame.
Densidade
A densidade urináriaestárelacionada concentração da urina. Durante a análise física da urina
não há com o observarcom exatidão está densidade, portanto, deve está associada a análise
química da urina, relacionando a fita reativa e ao espectrofotômetro.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Apostila de estudo urinálise

dokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptx
dokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptxdokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptx
dokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptxgabrielabouchuid
 
38515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp02
38515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp0238515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp02
38515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp02Maria Jaqueline Mesquita
 
Análises da urina
Análises da urinaAnálises da urina
Análises da urinagiovani
 
Urinalise - 2010
Urinalise - 2010Urinalise - 2010
Urinalise - 2010rdgomlk
 
7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdf
7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdf7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdf
7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdfVictorSamuel64
 
Análises de Elementos Anormais e Sedimentos
Análises de Elementos Anormais e SedimentosAnálises de Elementos Anormais e Sedimentos
Análises de Elementos Anormais e SedimentosMario Gandra
 
Exame quimico da urina
Exame quimico da urinaExame quimico da urina
Exame quimico da urinaArley Melo
 
Apostila+espermograma
Apostila+espermogramaApostila+espermograma
Apostila+espermogramapuikow
 
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxAssistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxVeridyanaValverde1
 
Interpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urina
Interpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urinaInterpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urina
Interpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urinaAélida Canuto
 

Semelhante a Apostila de estudo urinálise (20)

Urinálise
UrináliseUrinálise
Urinálise
 
dokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptx
dokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptxdokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptx
dokumen.tips_urinalise-humana-slide.pptx
 
38515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp02
38515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp0238515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp02
38515565 bioquimica-da-urina-110512144604-phpapp02
 
80502431 urinalise
80502431 urinalise80502431 urinalise
80502431 urinalise
 
38515565 bioquimica-da-urina
38515565 bioquimica-da-urina38515565 bioquimica-da-urina
38515565 bioquimica-da-urina
 
urinalise
urinaliseurinalise
urinalise
 
Análises da urina
Análises da urinaAnálises da urina
Análises da urina
 
URINÁLISE.pptx
URINÁLISE.pptxURINÁLISE.pptx
URINÁLISE.pptx
 
Urinálise
UrináliseUrinálise
Urinálise
 
Urinalise - 2010
Urinalise - 2010Urinalise - 2010
Urinalise - 2010
 
7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdf
7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdf7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdf
7. Padronização do Exame Químico da Urina Rotina LC 1065.pdf
 
Análises de Elementos Anormais e Sedimentos
Análises de Elementos Anormais e SedimentosAnálises de Elementos Anormais e Sedimentos
Análises de Elementos Anormais e Sedimentos
 
URINA II.pptx
URINA II.pptxURINA II.pptx
URINA II.pptx
 
Exame quimico da urina
Exame quimico da urinaExame quimico da urina
Exame quimico da urina
 
uroanalise livro.pdf
uroanalise livro.pdfuroanalise livro.pdf
uroanalise livro.pdf
 
exames laboratoriais.pdf
exames laboratoriais.pdfexames laboratoriais.pdf
exames laboratoriais.pdf
 
Apostila+espermograma
Apostila+espermogramaApostila+espermograma
Apostila+espermograma
 
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptxAssistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
Assistência de Enfermagem às Afecções Urológicas (1).pptx
 
Urinalise 1
Urinalise 1Urinalise 1
Urinalise 1
 
Interpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urina
Interpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urinaInterpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urina
Interpretacao de exame_laboratoriais_o_exame_sumario_de_urina
 

Mais de Brendda Carvalho

Mais de Brendda Carvalho (10)

Apresentacao violencia ms (2)
Apresentacao violencia ms (2)Apresentacao violencia ms (2)
Apresentacao violencia ms (2)
 
Apostila de estudo urinálise
Apostila de estudo urináliseApostila de estudo urinálise
Apostila de estudo urinálise
 
Anemia hemolitica 2
Anemia hemolitica 2Anemia hemolitica 2
Anemia hemolitica 2
 
Anemia hemolitica 2
Anemia hemolitica 2Anemia hemolitica 2
Anemia hemolitica 2
 
A parábola do filho pródigo
A parábola do filho pródigoA parábola do filho pródigo
A parábola do filho pródigo
 
A parábola do filho pródigo
A parábola do filho pródigoA parábola do filho pródigo
A parábola do filho pródigo
 
Apostila50 s pdiversos
Apostila50 s pdiversosApostila50 s pdiversos
Apostila50 s pdiversos
 
A parábola do filho pródigo
A parábola do filho pródigoA parábola do filho pródigo
A parábola do filho pródigo
 
A bandeira gui
A bandeira guiA bandeira gui
A bandeira gui
 
Leucositose
LeucositoseLeucositose
Leucositose
 

Último

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 

Último (12)

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 

Apostila de estudo urinálise

  • 1. APOSTILA DE ESTUDO – URINÁLISE SUMÁRIO DE URINA A urinadeve seranalisadarapidamenteapósa coleta, de preferência em até 30 minutos após a obtenção.Se istonão for possível deve serimediatamente refrigerada (a 4°C) e armazenada por no máximo 12 horas. Urinas refrigeradas devem ser levadas à temperatura ambiente e completamentehomogeneizadasantesdaanálise.A amostranãodeve sercongelada.Durante o armazenamento, cilindros e células podem se desintegrar e o pH urinário pode se alterar. Essas alterações são mais pronunciadas em tempos longos de armazenamento e em altas temperaturas. Ademais, microrganismos podem continuar a replicação, sendo eles contaminantesouagentesinfecciosos. A urinálise está dividida em três partes: exame físico, exame químico e avaliação do sedimento urinário. Coleta Logo pela manhã, realizar primeiramente a higiene íntima dos genitais externos cuidadosamente comáguae sabão. A amostra deverá ser a primeira urina do dia. Neste caso, o jato inicial deverá ser desprezado, sendo colhido apenas o jato médio. Dica: para coletar o jato médio basta apenas contar de 2 a 3 segundo logo após começar a urinar e colher a amostra de urina após este período. Lembrando: A micção não deverá ser interrompida para a coleta do material. ANÁLISE FÍSICA Cor Coloração normal da urina: As denominações amarelo-claro, amarelo, amarelo-escuro e âmbar são as mais utilizadas pelos laboratórios para classificar a coloração normal das amostras de urina. A cor amarela E caracterizada pela presença de pigmentos de urocromo, que E produto do metabolismo endógenoe que E produzido em velocidade constante em condições normais. (STRASINGER, 2000) A quantidade de urocromo que será produzida dependerá do estado metabólico do corpo; por exemplo, no caso de doenças envolvendo a tireóide e no estado de jejum, a produção aumenta; (DRABKIN, 1927) aumenta também quando a urina permanece em temperatura ambiente (OSTOW & PHILO, 1944) Em uma amostra recém eliminada, a intensidadedacor amarela fornecerá a estimativa aproximada da concentração urinAria, isto porque o urocromo é excretado constantemente. É importante lembrar que as variações no estado de hidratação do organismo fazem com que haja pequenas variações na coloração amarela da urina, de paciente para outro, o que é considerado completamente normal. (STRASINGER, 2000) Coloração anormal da urina:
  • 2. Uma amostra com a coloração amarelo-escura ou âmbar nem sempre pode ser considerada normal, pois esta coloração pode ser determinada pela presença anormal do pigmento bilirrubina; este pigmento é detectado durante a análise química e quando aparecer uma espuma amarelo ao agitar o tubo contendo a amostra. A bilirrubina é um fator muito importante para diagnosticar caso seja identificado na urina, pois junto a este pigmento, é normal encontrar o vírus da hepatite. (STRASINGER, 2000) É comum aparecer a coloração amarelo-alaranjada que ocorre quando há administração de derivados de piridina para combate a infecções urinárias, este pigmento interfere nas análises químicas baseadas em reações cromáticas. A presença de derivados de piridina é facilmente confundida com a presença de bilirrubina, pois se agitar a amostra também aparecerá uma espuma amarela, como fazquandodesconfia-seapresençade bilirrubinanaurina.(STRASINGER, 2000; GUYTON & HALL, 2002) A presençade sangue naurinaé uma das causasmais comunsde anormalidade na sua coloração.Na maioria das vezes, o sangue tinge a urina de vermelho, mas pode variar do rosadoao negro,dependendodaquantidade de sangue,dopHe a duração do contato:se a urina possuir pH ácido e não for recente, possuirá coloração marrom-escura vinda da conversão da hemoglobina em meta-hemoglobina; se a urina possuir esta coloração, mas coletadarecentemente e contendo hemácias, há grandes chances de ser sinal de hemorragia glomerular.(BERMAN,1977) A hemoglobinae amioglobinaproduzem urina vermelha e teste positivo para presença de sangue; a urina na presença destas substâncias apresenta-se vermelha e clara, já na presença de hemácias, vermelha e turva. Há como diferenciar a hemoglobinúria da mioglobinúria: a hemoglobinúria altera a cor do plasma para vermelho, devidoaocolapsodashemáciasinvivoe a mioglobinúria,produzidapelomúsculo-esquelético, não interfere na coloração do plasma; as amostras de urina contendo porfirina também possuem cor vermelha. Para amostras de cor marrom ou preta, quando em repouso e com resultados negativos para sangue, são recomendados testes adicionais, pois podem conter melanina e ácido homogentísico. (STRASINGER, 2000) Mas a coloração da urina não muda apenas pela presença de fatores patogênicos no organismo, a ingestão de terminados alimentos,medicaçõese vitaminastambémpoder provocar esta mudança; exemplo disso é a ingestãode beterraba que tinge a urina de vermelho e algumas gomas de marcar que tinge a urina de verde (EVANS, 1979; REIMAN,1979)  Odor A urina recém eliminada tem um leve odor de seus componentes aromáticos. O cheiro característico da urina é denominado “sui generis”. Quando observa-se odores incomuns, como emcasos de infecçõesbacterianas,estessãodenominados pútridos. Quando se deixa a mostra repousar, o odor de amônia passa a ser predominante; este é, causado pela degradaçãoda uréia,sendodenominado odor amoniacal/ “sui generis” acentuado. As causas de odores anormais são: infecções bacterianas (causam cheiro forte e desagradável) e a presença de corpos cetônicos do diabetes (provocam um odor adocicado ou de frutas).  Aspecto(aparência):Refere-se a transparência da amostra de urina; no exame de urina tipo I este fatoré determinadopelomodo mais simples possível, apenas pela observação visual da amostra homogeneizada, contida em um recipiente transparente, em ambiente bem iluminado. Os termos mais utilizados para descrever aparência são: transparente, opaca, ligeiramente turva, turva, muito turva, leitosa. (STRASINGER, 2000) Aparência Normal: A amostra consideradanormal é aquelaeliminadarecentemente é transparente, mas com certa
  • 3. opacidade causada pela precipitação de fosfatos amorfos e carbonatos na forma de névoa branca; a urina ácidanormal tambémapresentacertograu de opacidade devidoaprecipitação de uratos amorfos, cristais de oxalato de cálcio ou de ácido úrico; principalmente em mulheres, a presença de células epiteliais escamosas e muco pode ser considerado normal apesar da opacidade. (STRASINGER, 2000) Volume No sumário de urina o volume não é analisado para diagnóstico de patologia, já que não é observadoovolume total excretadopeloindivíduo.Relacionadoaosumáriode urinao volume ideal é de 20 a 50 ml, que é o volume necessário para realização do exame. Densidade A densidade urináriaestárelacionada concentração da urina. Durante a análise física da urina não há com o observarcom exatidão está densidade, portanto, deve está associada a análise química da urina, relacionando a fita reativa e ao espectrofotômetro.