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©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
ECONOMIA
E
GESTÃO
Teresa
Ponce
de
Leão
/
Jorge
Pinho
de
Sousa
FEUP
Outubro
2003
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Projectos
de
investimento
Investimento
•
conjunto
de
despesas
para
adquirir
activos
imobilizados
+
encargos
a
suportar
decorrentes
da
decisão
de
aquisição
IDEIA
•
o
sucesso
da
ideia
depende
em
grande
parte
da
motivação
e
do
espírito
empreendedor
do
indivíduo
•
a
ideia
deve
corresponder:
•
a
uma
necessidade
não
satisfeita,
ou
•
satisfazer
melhor
uma
necessidade
existente
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
A
ideia
de
investimento
depende
de
vários
factores:
•
concepção
novo,
novos
materiais,
design,
com
vantagens
comparativas
•
tecnologia
inovadora,
redução
de
custos
de
produção,
melhor
qualidade
•
custos
tecnologia,
organização
e
gestão,
processo
produtivo,
"lay-out"
•
comercialização
circuitos
de
distribuição,
tipo
de
embalagem,
assistência
pós
venda
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Fontes
de
detecção
de
ideias
Observação
•
Sinais
e
indícios
proporcionados
pelo
quotidiano
•
Viagens,
conversas
•
Observação
efectiva
Contactos
pessoais
•
Fornecedores
clientes,
feiras,
salões
Fontes
documentais
•
Estatísticas,
patentes,
jornais,
instituições
(IAPMEI,
IEFP,
...)
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Algumas
recomendações
•
desconfiar
da
"descoberta
da
pólvora"
sem
nunca
esquecer
que
alguém
a
descobriu
•
quanto
mais
óbvio
parece
o
potencial
do
sucesso
de
uma
ideia,
maior
o
cuidado
a
por
na
sua
análise
•
seleccionar
e
avançar
apenas
com
uma
ideia
dentro
das
que
parecem
mais
interessantes
•
definida
a
ideia,
o
criador
não
deve
precipitar-se
na
sua
concretização:
deve
amadurecer
a
ideia
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
O
desenvolvimento
da
ideia
1.
O
PRODUTO
•
em
que
consiste
•
para
que
serve,
como
funciona
•
respeito
de
normas
e
regulamentos
em
vigor
•
aspectos
da
propriedade
industrial
•
vantagens
comparativas:
•
melhor
qualidade
•
maior
funcionalidade
•
maior
segurança
•
mais
duradouro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
O
desenvolvimento
da
ideia
2.
OS
MATERIAIS
E
A
TECNOLOGIA
•
tipo
de
actividade:
fabrico
ou
montagem
de
componentes
subcontratados
•
origem
dos
materiais
•
tecnologia
e
equipamentos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
O
desenvolvimento
da
ideia
3.
AS
INSTALAÇÕES
•
compra
ou
arrendamento
•
instalação
em
parques
industriais
•
área
do
terreno
•
áreas
de
construção
•
“layout”
•
estimativas
de
consumos
de
água,
electricidade,
combustíveis
•
condições
de
abastecimento
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
O
desenvolvimento
da
ideia
4.
OS
RECURSOS
HUMANOS
•
quantidade
•
recrutamento
•
qualificação
•
funções
•
habilitações
•
formação
profissional
•
custos
com
o
pessoal
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
O
desenvolvimento
da
ideia
5.
O
MERCADO
•
somente
30
a
50%
dos
criadores
de
empresas
afirmam
ter
efectuado
um
estudo
pormenorizado
do
mercado
•
ño
entanto,
a
percentagem
dos
que
indicam
já
ter
um
conhecimento
profissional
do
tipo
de
actividade
é
bastante
elevada
•
a
não
realização
de
estudos
de
mercado
explica
muitas
das
vezes
a
apreciável
taxa
de
insucesso
dos
projectos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Plano
de
investimentos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Plano
de
investimentos
Quantificação
do
investimento
definição
de
parâmetros
básicos
•
capital
investido
•
receitas
e
despesas
de
exploração
•
período
de
vida
útil
•
valor
residual
•
custo
do
capital
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Plano
de
investimentos
Quantificação
do
investimento
Investimentos
financeiros
•
aquisições
de
activos
financeiros
–
participações
em
capital,
titulos
de
rendimentos,
edifícios
ou
terrenos
Investimentos
não
directamente
produtivos
•
activos
imobilizados
corpóreos
ou
incorpóreos
que
não
se
incorporam
directamente
no
processo
produtivo
Investimentos
de
substituição
Investimentos
de
expansão
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
1.
Estudo
de
mercado
2.
Estudo
técnico
3.
Estudo
financeiro
Plano
de
investimentos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
tem
como
principal
objectivo
conhecer
a
capacidade
que
a
empresa
tem
de
colocar
o
produto
junto
de
clientes
potenciais
•
deve
incluir
implicitamente
a
incerteza
e
o
risco
(análise
probabilística,
cenários,
...)
•
deve
permitir:
•
definir
objectivos
comerciais
•
precisar
e
qualificar
a
clientela
potencial
•
traçar
uma
política
de
produto
e
de
preços
•
definir
política
de
promoção
e
distribuição
Estudo
de
mercado
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
define
a
base
tecnológica
e
adapta
a
tecnologia
às
necessidades
da
empresa
•
localização
e
interligação
entre
o
meio
produtivo
e
o
meio
ambiente
•
legislação,
programas
de
apoio
e
incentivos
Estudo
técnico
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
visa
garantir
a
obtenção
de
fundos
para
fazer
face
aos
encargos
necessários
ao
sucesso
do
projecto
•
empréstimos
para
aquisição
de
bens
•
capital
para
concessão
de
crédito
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
deve
estender-se
às
diversas
fases
da
vida
do
projecto:
estudo,
decisão,
preparação,
gestação,
arranque,
ritmo
de
cruzeiro
e
termo
da
vida
útil
•
com
o
objectivo
de
garantir
a
existência
de:
•
CAPITAL
FIXO
corpóreo
e
incorpóreo
•
CAPITAL
CIRCULANTE
PERMANENTE
•
IMPREVISTOS
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
CAPITAL
FIXO
•
Imobilizações
Corpóreas
•
terrenos
e
recursos
naturais
•
edifícios
e
outras
construções
•
equipamentos
básicos
e
outras
máquinas
e
instalações
•
ferramentas
e
utensílios
•
equipamentos
administrativos
e
sociais
e
mobiliário
diverso
•
peças
de
reserva
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
CAPITAL
FIXO
•
Imobilizações
Incorpóreas
•
trespasses
•
propriedade
industrial
e
outros
direitos
•
gastos
de
instalação
e
expansão
•
gastos
em
projectos
de
investigação
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
CAPITAL
CIRCULANTE
PERMANENTE
•
destinado
a
financiar
o
Ciclo
da
produção
(existências)
e
o
Ciclo
comercial
(crédito
concedido)
•
estas
necessidades
são
em
parte
atenuadas
pelo
crédito
obtidos
dos
fornecedores
e
outros
credores
da
empresa
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
NECESSIDADES
EM
CAPITAL
CIRCULANTE
•
A
diferença
entre
as
necessidades
de
financiamento
do
ciclo
da
produção
e
comercial
e
os
recursos
obtidos
junto
dos
credores
é
o
FUNDO
DE
MANEIO
•
[DISPONIBILIDADES
•
+
CRÉDITO
MÉDIO
CONCEDIDO
(clientes)
•
+
STOCKS
MÍNIMOS
•
-
CREDITO
OBTIDO
(fornecedores)]
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
NECESSIDADES
EM
CAPITAL
CIRCULANTE
EXEMPLO
Vendas
100
000
euros
Compras
e
subcontratação
40%
de
vendas
Prazo
médio
de
pagamento
60
dias
Prazo
médio
de
recebimento
60
dias
Stocks
mínimos
10%
de
vendas
Disponibilidades
mínimas
5
000
euros
IVA
17%
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
EXEMPLO
1.
Recursos
postos
à
disposição
pelos
fornecedores
40%
*
100.000
*
1,17
*
60/360
=
7.800
2.
Crédito
a
conceder
aos
clientes
60/360*100.000*1,17
=
19.500
3.
Fundos
para
stocks
10%*100.000
=
10.000
4.
Disponibilidades
mínimas
5.000
contos
Necessidades
de
capital
circulante:
(2
+
3
+
4)
-
1
19.500
+
10.000
+
5.000
–
7.800
=
26.700
contos
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
IMPREVISTOS
•
deve
ser
SEMPRE
considerada
um
verba
para
salvaguardar
eventuais
desvios
que
não
são
previsíveis
aquando
do
levantamento
das
despesas
de
investimento
•
[sugestão
deve
ser
considerado
um
valor
entre
3
a
5%
do
total
das
despesas
de
investimento]
Estudo
financeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Imobilizações
existentes
Preços
-
correntes
ou
constantes
•
os
proveitos
e
os
custos
provisionais
não
são
influenciados
pela
eventual
alteração
da
inflação
ou
flutuações
da
moeda
•
os
únicos
parâmetros
que
variam
são
de
natureza
técnico
produtiva
(quantidades)
•
maior
facilidade
e
aparente
objectividade
•
não
é
recomendável
em
períodos
de
intensa
inflação
Aspectos
específicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Aspectos
específicos
Imprevistos
•
prever
sempre
uma
verba
destinada
a
atenuar
o
efeito
dos
desvios
na
estimativa
das
despesas
e
proteger
o
projecto
contra
efeitos
negativos
da
inflação
e
de
desvalorização
da
moeda
Decisão
económica
•
estudada
com
base
no
pressuposto
que
o
financiamento
é
exclusiva
e
integralmente
garantido
por
capitais
próprios
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Valor
residual
•
montante
que
se
espera
recuperar
no
termo
da
vida
útil
de
análise
do
projecto.
[sugestão:
valor
líquido
contabilístico
das
imobilização
e
do
fundo
de
maneio
no
termo
da
vida
útil]
Ritmo
de
cruzeiro
•
atingido
quando
o
projecto
industrial
atinge
a
sua
capacidade
normal
de
produção
ou
quando
o
projecto
comercial
alcança
os
efeitos
normais
esperados
Aspectos
específicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
PLANO
DE
FINANCIAMENTO
REGRA
DO
EQUILIBRIO
FINANCEIRO
MÍNIMO
“Os
capitais
utilizados
por
uma
empresa
para
financiar
uma
imobilização,
uma
existência
ou
outro
activo,
devem
permanecer
à
sua
disposição
durante
um
período
de
tempo
que
corresponda,
pelo
menos,
à
duração
dessa
imobilização,
existência
ou
outro
activo"
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Cash-flow
•
meios
financeiros
que
a
empresa
liberta
•
diferença
entre
pagamentos
e
recebimentos
excepto
variações
de
imobilizado
Cash-flow
=
resultados
líquidos
+
amortizações
+
provisões
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
conceito
que
surge
em
1863
nos
EUA
•
ganha
importância
nos
anos
70
•
significa
Fluxo
de
Caixa
•
é
uma
medida
de
natureza
financeira
e
consiste,
como
o
nome
indica,
nos
fluxos
de
Tesouraria
ocorridos
durante
um
determinado
período
de
tempo
•
compreende:
•
recebimentos
-
cash
inflows
•
pagamentos
-
cash
outflows
Cash-flow
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
OS
MEIOS
LIBERTOS
DO
PROJECTO
•
identificam-se
com
os
recursos
financeiros
periódicos
excedentários
gerados
pela
actividade
normal
e
durante
toda
a
vida
útil
do
projecto.
•
satisfação
dos
acréscimos
anuais
do
fundo
de
maneio
•
remuneração
ou
reembolso
dos
capitais
alheios
•
remuneração
dos
capitais
próprios
•
constituição
de
reservas
de
segurança
de
tesouraria
Cash-flow
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
PRESSUPOSTOS
•
financiamento
integral
do
projecto
por
capitais
próprios
•
todos
os
custos
e
proveitos
são
aceites
fiscalmente
•
não
existência
de
crédito
do
Estado
em
relação
aos
impostos
sobre
lucros
Cash-flow
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Avaliação
da
decisão
económica
de
investimentos
Fonte
principal:
Jorge
Bento
Farinha,
“Análise
de
Projectos
de
Investimento”,
EGP
–
Escola
de
Gestão
do
Porto,
UP
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Avaliação
da
decisão
económica
dos
investimentos
Métodos
empíricos
•
não
recorrem
à
actualização
das
séries
periódicas
dos
recebimentos
e
pagamentos,
ou
seja
dos
cash
flow
•
mais
utilizados
na
pré
selecção
dos
projectos
de
investimento
•
utilizam-se
valores
médios,
normais
ou
em
cruzeiro
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
“científicos”
•
têm
em
conta
o
factor
TEMPO
e
do
valor
do
dinheiro
em
diferentes
período
•
torna-se
necessário
fazer
a
actualização
dos
fluxos
financeiros
futuros
para
o
período
de
realização
do
investimento
Avaliação
da
decisão
económica
dos
investimentos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
empíricos
ano
t
cash
flows
esperados
cash
flows
esperados
Projecto
L
Projecto
S
0
-
1000
-
1000
2
400
300
3
300
400
4
100
600
1
500
100
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
empíricos
PERIODO
DE
RECUPERAÇÃO
DO
INVESTIMENTO
[pay-back
period]
•
número
de
anos
em
que
a
empresa
espera
recuperar
o
seu
investimento
inicial
a
partir
dos
cash-flows
gerados
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
empíricos
CÁLCULO
DOS
PAY-BACKS
pay-back
de
S
=
2
+
100/300
=
2.33
anos
pay-back
de
L
=
3
+
200/600
=
3.33
anos
ano
t
cash
flows
acumulados
cash
flows
acumulados
Projecto
L
Projecto
S
0
-
1000
-
1000
2
-
100
-
600
3
200
-
200
4
300
400
1
-
500
-
900
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
empíricos
...
calcular
o
pay-back
a
partir
de
cash-flows
actualizados:
[pay-back
period]
•
número
de
anos
em
que
a
empresa
demoraria
a
recuperar
o
valor
do
investimento
inicial
a
partir
dos
cash-flows
actualizados
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
empíricos
CÁLCULO
DOS
PAY-BACKS
(seja
i=10%)
pay-back
de
S
=
2
+
214/225
=
2.95
anos
pay-back
de
L
=
3
+
360/410
=
3.88
anos
ano
t
cash
flows
actualizados
cash
flows
act.
acumulados
Projecto
S
0
-
1000
-
1000
2
331
-
214
3
225
11
4
68
79
1
455
-
545
cash
flows
actualizados
cash
flows
act.
acumulados
Projecto
L
-
1000
-
1000
248
-
661
301
-
360
410
50
91
-
909
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
empíricos
Outros
procedimentos
...
ROI
Return
on
Investment
•
Resultados
líquidos
/
Despesas
de
investimento
RENTABILIDADE
DOS
CAPITAIS
PRÓPRIOS
•
Resultados
líquidos
/capitais
próprios
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
científicos
1.
VAL
–
valor
actualizado
líquido
2.
TIR
–
taxa
interna
de
rentabilidade
3.
IR
–
índice
de
rentabilidade
do
projecto
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
Métodos
científicos
Problema
a
escolha
da
taxa
de
actualização
(TA)
que
deve
reflectir:
•
TI
-
remuneração
desejada
para
os
capitais
próprios
•
T2
-
riscos
económicos
e
financeiros
do
projecto
•
T3
-
taxa
de
inflação
esperada
TA
=
((1+T1)
*
(1+T2)
*
(1+T3))
-
1
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
VAL
-
VALOR
ACTUALIZADO
LÍQUIDO
•
somatório
das
receitas,
custos
de
exploração
e
investimentos
actualizados,
ou
descontados,
para
o
momento
de
arranque
do
projecto
(
)
=
+
=
n
t
t
t
k
CF
VAL
0
1
CF
t
cash-flow
esperado
no
período
t
k
taxa
de
actualização
Métodos
científicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
VAL
-
VALOR
ACTUALIZADO
LÍQUIDO
VAL
S
=
(-1000
/
1.1
0
)
+
(500
/
1.1
1
)
+
(400
/
1.1
2
)
+
(300
/
1.1
3
)
+
(100
/
1.1
4
)
=
78.82
VAL
L
=
49.18
Métodos
científicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
VAL
-
interpretação
•
se
o
Val
de
S
é
78.82
mil
euros,
tal
significa
que
a
implementação
de
um
investimento
de
1000
mil
euros
no
momento
zero
vai
permitir:
•
remunerar
esse
valor
à
taxa
de
10%
/
ano
•
reembolsar
o
seu
montante
•
e
ainda
libertar
um
excedente
cujo
valor
actual
(com
base
na
mesma
taxa
de
actualização)
é
hoje
de
78.82
Métodos
científicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
VAL
-
interpretação
•
em
termos
de
avaliação
de
empresas,
o
VAL
poderá
ser
entendido
como
o
valor
da
diferença
entre
o
“preço
do
investimento”
(os
cash-flows
negativos
do
período
inicial
do
investimento)
e
o
“valor
intrínseco”
do
investimento
(os
cash-flows
positivos
do
investimento
durante
a
vida
útil
do
investimento)
Métodos
científicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
...
uma
outra
interpretação
•
se
VAL
>
O
•
verifica-se
integral
recuperação
e
adequada
remuneração
dos
capitais
investidos
•
cobertura
dos
riscos
assumidos
•
criação
de
excedentes
de
tesouraria
•
se
VAL
=
0
•
o
projecto
continua
a
ser
interessante,
no
entanto
recomenda-se
a
re-análise
dos
pressupostos
assumidos
•
se
VAL
<
0
•
o
projecto
não
é
interessante
[pressuposto:
os
cash
flow
são
reinvestidos
à
taxa
de
actualização
considerada]
Métodos
científicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
TIR
–
TAXA
INTERNA
DE
RENTABILIDADE
•
a
taxa
de
actualização
que
possibilita
a
igualdade
entre
o
valor
actual
dos
cash-inflows
(entradas
de
dinheiro)
de
um
projecto
com
o
valor
actual
dos
seus
cash-outflows
(saídas
de
dinheiro
)
(
)
=
=
+
n
t
t
t
TIR
CF
1
0
1
Métodos
científicos
resolver
a
equação...
por
tentativa
e
erro,
processo
iterativo,
graficamente...
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
TIR
–
TAXA
INTERNA
DE
RENTABILIDADE
TIR
S
=
14.5
%
TIR
L
=
11.8
%
Métodos
científicos
Se
a
TIR
excede
o
custo
dos
fundos
utilizados
para
financiar
o
projecto,
sobrará
um
excedente
depois
de
reembolsado
e
remunerado
o
capital
investido
No
exemplo,
se
o
custo
do
capital
for
10
%,
ambos
os
projectos
deveriam
ser
aceites.
Se
eles
forem
mutuamente
exclusivos,
então
S
apresenta-se
como
o
mais
favorável.
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
IR
-
ÍNDICE
DE
RENTABILIDADE
DO
PROJECTO
valor
actual
dos
proveitos
(cash-flows
positivos)
/
valor
actual
dos
custos
(cash-flows
negativos)
(
)
(
)
=
−
=
−
+
+
=
n
t
t
t
n
t
t
t
k
COF
k
CIF
IR
0
0
1
1
Métodos
científicos
IR(S)
=
1.079
IR(L)
=
1.049
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
IR
-
ÍNDICE
DE
RENTABILIDADE
DO
PROJECTO
•
matematicamente,
o
VAL,
a
TIR
e
o
IR
deverão
sempre
conduzir
às
mesmas
conclusões
em
termos
de
aceitação
ou
rejeição
para
projectos
independentes
se
um
projecto
apresenta
um
VAL
positivo,
a
sua
TIR
deverá
exceder
o
seu
custo
de
capital,
e
o
seu
IR
deverá
ser
superior
a
1
•
no
entanto,
o
VAL,
a
TIR
e
o
IR
poderão
dar
lugar
a
diferentes
rankings
de
pares
de
projectos,
o
que
pode
levar
a
conflitos
entre
os
métodos
quando
se
esteja
perante
projectos
mutuamente
exclusivos
Métodos
científicos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
é
talvez
a
fase
mais
importante
no
processo
de
Análise
de
Investimentos,
envolvendo
muitos
indivíduos
e
departamentos
da
empresa:
•
previsões
de
vendas,
em
quantidades
e
preços
–
departamento
comercial
ou
de
marketing
(conhecimento
sobre
elasticidade
preço
da
procura,
efeitos
da
publicidade,
conjuntura
económica,
reacções
dos
concorrentes,
tendências
dos
gostos,
...)
•
despesas
de
investimento
–
departamento
de
engenharia,
produção
ou
I&D
•
custos
exploração
–
departamento
de
contabilidade,
peritos
da
produção
e
dos
aprovisionamentos,
...
Cash-flows
relevantes:
identificação
e
estimativa
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
está
associada
à
determinação
da
incerteza
inerente
aos
fluxos
de
tesouraria
(free
cash-flows)
•
esta
análise
pode
envolver:
•
juízos
informais
e
subjectivos
•
análises
económicas
e
estatísticas
•
modelos
(do
tipo
IO)
e
algoritmos
Análise
de
riscos
em
projectos
de
investimentos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
1.
Análise
de
sensibilidade
•
indica
de
que
modo
o
VAL
de
um
projecto
se
alterará
com
alterações
de
um
dado
parâmetro,
mantendo-se
constantes
os
restantes
•
parte-se
de
uma
dada
situação,
fazendo-se
variar
cada
parâmetro
acima
e
abaixo
do
valor-base
(não
variando
os
outros)
e
calculando
o
VAL
respectivo
•
representações
gráficas
são
úteis
•
questões:
interdependência
entre
parâmetros,
probabilidades
ignoradas
Análise
de
riscos
em
projectos
de
investimentos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
2.
Ponto
crítico
(break-even)
•
quanto
é
que,
por
exemplo,
as
vendas
podem
piorar
antes
do
projecto
começar
a
tornar-se
não
rentável
Análise
de
riscos
em
projectos
de
investimentos
Valor
actual
(VA)
Vendas
VA
outflows
VA
inflows
VAL
=
0
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
3.
Análise
de
cenários
•
são
estabelecidas
“situações”
de
referência,
em
que
alguns
ou
todos
os
parâmetros
mudam,
mas
de
uma
forma
consistente,
definindo
por
exemplo,
cenários:
•
pessimista
•
optimista
•
realista
•
questões:
probabilidades
dos
cenários,
risco
(situações
limite),
...
Análise
de
riscos
em
projectos
de
investimentos
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
4.
Simulação
(“monte-carlo”)
•
o
método
é
baseado
na
geração
aleatória
de
sequências
de
valores
(neste
caso,
correspondendo
aos
diferentes
cenários)
de
acordo
com
a
distribuição
de
probabilidades
desses
cenários
Análise
de
riscos
em
projectos
de
investimentos
random
numbers
U[0,1]
©2003
T
Ponce
de
Leão
/
Jorge
P
Sousa
•
complementaridade
das
abordagens
•
lógica
“aberta”
e
multi-critério
•
necessidade
de
considertar
explicitamente
os
factores
não
económicos
ambientais,
sociais,
pessoais,
...)
fim-do-documento
Questões
e
perspectivas

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