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Anatomia de superfície e palpatória
do braço e cotovelo
http://www.imagingonline.com.br/
Esse capítulo descreve a anatomia de superfície e procedimentos
palpatórios simples aplicados ao braço e cotovelo.
2010
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi
Apoio: Instituto de Imagem em Saúde - CIMAS
27/10/2010
Ilustração do membro superior, evidenciando os músculos do braço e a articulação do
cotovelo. Fonte: http://www.sketchbookcoalition.com/2009/03/arm-studies.html
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 2
2. BRAÇO
Segmento do membro superior entre o ombro e o cotovelo. Contém o úmero, e dois
compartimentos: anterior (músculos flexores: coracobraquial, bíceps braquial e braquial) e
posterior (músculos extensores: tríceps braquial e ancôneo). Os músculos do compartimento
anterior são inervados pelo n. musculocutâneo e, no compartimento posterior a inervação é
proveniente do n. radial. Todos os músculos do braço são palpáveis, entretanto, daremos
atenção para os mm. bíceps e tríceps braquial.
2.1. MÚSCULO BÍCEPS BRAQUIAL
O m. bíceps braquial possui duas cabeças: longa, com origem no tubérculo supraglenoidal da
escápula e; curta, com origem no processo coracóide da escápula. Ambas as cabeças se unem
na região distal do braço, para se inserir na tuberosidade do rádio.
Estratégia para palpação: para evidenciar as porções do m. bíceps braquial é necessário
posicionar o cotovelo do paciente em semi-flexão, com o antebraço em supinação. Peça para
que o paciente mantenha a posição e, aplique na região anterior e distal do antebraço uma
resistência. Com a outra mão, palpe o tendão cilíndrico na fossa cubital e o ventre carnoso do
bíceps braquial na região distal do braço. Na porção proximal do braço é possível separa a
cabeça longa (posicionada lateralmente) da cabeça curta (posicionada medialmente) (figs. 20 e
21).
Fig. 20 – Palpação do m. bíceps braquial, separando as cabeças longa (1) e curta (2). Fig. 21 – 1- ventre do m.
bíceps braquial. Palpação do tendão do m. bíceps braquial (2).
20 21
[LN1] Comentário: Seu tendão ocpua
o sulco intertubercular do úmero e
perfura a cápsula articular do ombro,
inserindo-se proximalmente no
tubérculo supraglenoidal. Durante a
abdução do braço, o tendão da cabeça
longa do bíceps braquial facilita o
deslizamento distal da cabeça do úmero
na cavidade glenoidal.
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 3
2.2. ARTÉRIA BRAQUIAL
Continuação da a. axilar (abaixo da margem inferior do m. redondo maior), a a. braquial
termina na fossa cubital, separada da veia intermédia do cotovelo(vaso superficial), pela
aponeurose do m. bíceps braquial. Pode ser palpada na margem medial do m. bíceps braquial
(fig.21).
Fig. 21 – Palpação da artéria braquial. 1- M. bíceps braquial (cabeça curta).
2.3. MÚSCULO TRÍCEPS BRAQUIAL:
O m. tríceps braquial possui três cabeças: longa, com origem no tubérculo infraglenoidal da
escápula; lateral, inserida na face posterior e proximal do úmero (acima do sulco do n. radial)
e; medial, inserida na face posterior do úmero na região medial e distal (abaixo do sulco do n.
radial). A inserção comum das cabeças é no olecrano.
Estratégia para palpação: com o membro superior pendente ao lado do tronco, solicite ao
paciente uma extensão do antebraço. A cabeça longa é visível medialmente, começando
lateralmente à prega axilar posterior. Entre a cabeça longa e lateral é possível visualizar um
sulco e, a cabeça medial localiza-se na região distal e medial da parte posterior do braço.
1
[LN2] Comentário: A fossa cubital é
uma área triangular e côncava na face
anterior do cotovelo. Limitada
superiormente por uma linha que liga os
epicôndilos (medial e lateral) do úmero;
medialmente pelo m. pronador redondo
e lateralmente pelo m. braquiorradial.
[N3] Comentário: Veia comumente
utilizada para o processo de venopunção
superficial.
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 4
2.3.1. Nervo axilar: ramo do fascículo posterior do plexo braquial. Inerva os músculos:
deltóide e redondo menor, além de suprir a pele da face súpero-lateral do braço. O n. axilar
não é palpável, entretanto o estudante deve ter idéia da localização do nervo através da pele e
as estruturas que o reveste. O n. axilar contorna o colo cirúrgico do úmero (após atravessar o
espaço quadrangular da axila com a a. circunflexa posterior do úmero), local onde pode ser
lesado por fraturas da região. Na superfície do corpo utilizamos o m. deltóide como guia para
sua localização. Localize a margem inferior da porção espinal do m. deltóide. O ponto de
junção da margem inferior da porção espinal do m. deltóide e o úmero é o local de projeção
superficial do n. axilar.
2.3.2. Nervo radial: ramo do fascículo posterior do plexo braquial inerva todos os m.
extensores do braço, antebraço, punho e dedos (inclusive o m. braquiorradial, que apesar de
atuar na flexão do cotovelo, é inervado pelo n. radial). O n. radial não é palpável, mas devemos
saber sua localização através da pele. Aqui será descrito a parte do n. radial encontrado no
braço. O nervo radial passa posteriormente ao úmero, (junto da a. profunda do braço), entre
as cabeças lateral e medial do m. tríceps braquial, no sentido de: proximal-medial, para distal-
lateral (entre as cabeças do m. tríceps), localizando-se anteriormente ao epicôndilo lateral do
úmero.
2.4. ARTICULAÇÃO DO COTOVELO
A articulação do cotovelo é formada por três ossos (úmero, rádio e ulna), classificada como
articulação sinovial do tipo gínglimo (dobradiça). As projeções ósseas no cotovelo são
evidentes e de fácil acesso.
2.4.1. Epicôndilo medial: localizado na região distal e medial do úmero.
Estratégia para palpação: a palpação é facilitada se o cotovelo estiver flexionado (90°). Após
esse posicionamento, deslize o dedo na região medial e distal do úmero (fig. 22).
[LN4] Comentário: Inserção comum
dos músculos flexores do carpo e dedos
e cabeça umeral do m. pronador
redondo.
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 5
Fig. 22 – Palpação do epicôndilo medial do úmero. Vista medial.
2.4.2. Epicôndilo lateral: localizado na região distal e lateral do úmero, porém menos saliente
que o epicôndilo medial.
Estratégia para a palpação: a palpação é facilitada se o cotovelo estiver flexionado a 90°. Após
esse posicionamento, deslize o dedo na região lateral e distal do úmero (fig.23).
Fig. 23 – Palpação do epicôndilo lateral do úmero. Vista lateral.
2.4.3. Cristas supraepicondilares medial e lateral: localizadas proximalmente aos seus
respectivos epicôndilos. Local de inserções musculares e dos septos medial e lateral do braço
(os septos medial e lateral do braço são prolongamentos fasciais, que dividem o
compartimento anterior e posterior do braço. O n. ulnar perfura o septo medial).
[LN5] Comentário: Inserção comum
dos músculos extensores do carpo e, dos
dedos (do segundo ao quinto dedo).
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 6
Estratégia para a palpação: localize o epicôndilo medial e deslize o dedo proximalmente para
acessar a crista supraepicondilar medial; localizando o epicôndilo lateral, deslize o dedo
proximalmente para palpar a crista supraepicondilar lateral.
2.4.5. Fossa do olécrano: uma escavação localizada na região distal da face posterior do
úmero. Essa fossa é ocupada pelo olécrano durante o movimento de extensão do cotovelo.
Estratégia para a palpação: sustente o membro superior do paciente com apoio na face medial
do cotovelo. Flexione 90º a articulação do cotovelo e solicite ao paciente o relaxamento da
musculatura. Observando como referência o epicôndilo lateral, deslize o dedo em sentido
medial, partido do epicôndilo lateral, até encontrar a fossa do olécrano (fig. 24).
Fig. 24 – Palpação da fossa do olécrano. 1- epicôndilo lateral, 2- m. tríceps braquial.
2
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 7
2.4.6. Olécrano: projeção óssea da epífise proximal da ulna. Forma a ponta do cotovelo.
Estratégia para a palpação: o olécrano é facilmente visualizado e palpado. Flexione
totalmente a articulação do cotovelo, a projeção no cotovelo é formada pelo olecrano (fig.
25).
Fig. 25 – Palpação do olécrano da ulna.
2.4.7. Sulco do nervo ulnar e nervo ulnar: o sulco do nervo ulnar é encontrado na epífise
distal do úmero. Localizado posteriormente ao epicôndilo medial. O n. ulnar ocupa o sulco
do nervo ulnar. Em seu trajeto no cotovelo é acompanhado pela a. colateral ulnar superior
no seu trajeto pelo braço.
Estratégia para a palpação: o sulco do nervo ulnar pode ser encontrado no ponto médio
entre o epicôndilo medial e o olécrano. Após encontrar o sulco do nervo ulnar, palpe o nervo
ulnar e, faça-o rolar abaixo dos seus dedos, o nervo ulnar pode ser deslocado como um
cordão (fig. 26).
[N6] Comentário: ramo terminal do
fascículo medial do plexo braquial.
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 8
Fig. 26 – Palpação do sulco do nervo ulnar e do n. ulnar. 1- epicôndilo medial, 2- olécrano.
2.4.8. Capítulo do úmero: localiza-se na epífise distal e lateral do úmero. Articula-se com a
fóvea articular da cabeça do rádio (formando a articulação umerorradial).
Estratégia para a palpação: posicione o cotovelo em flexão. Após localizar o epicôndilo
lateral, deslize o dedo distalmente e inferiormente na direção do capítulo do úmero.
2.4.9. Cabeça do rádio: se articula com o capítulo do úmero e com a incisura radial da ulna
(formando as articulações umerorradial e radioulnar proximal, respectivamente).
Estratégia para a palpação: posicione o cotovelo em flexão. Após localizar o capítulo do
úmero, deslize o dedo levemente em sentido distal na direção do rádio, até sentir uma
elevação arredondada, a cabeça do rádio. Os movimentos de pronação e supinação auxiliam
na identificação da cabeça do rádio (fig. 27).
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 9
Fig. 27 – Palpação da cabeça do rádio. 1- epicôndilo lateral.
2.4.10. Fossa cubital: é uma área triangular e côncava na face anterior do cotovelo. Limitada
superiormente por uma linha que liga os epicôndilos (medial e lateral) do úmero; medialmente pelo
m. pronador redondo e lateralmente pelo m. braquiorradial. O conteúdo da fossa cubital é: a
parte terminal da a. braquial, o n. mediano e o tendão do m. bíceps braquial.
O tendão do m. bíceps se posiciona lateralmente, o n. mediano em posição medial e, a a.
braquial é intermédia.
O pulso da artéria braquial pode ser aferido na fossa cubital, medialmente ao tendão do
m.bíceps braquial. (fig.28). [LN7] Comentário: Na fossa cubital,
lateral ao tendão do m. bíceps braquial
está localizado o n. radial.
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 10
Fig.28 – Fossa cubital. O polegar do examinador está palpando o tendão do m. bíceps braquial. Seta - indica o
local da a. braquial. Linha indica o local do n. mediano, na fossa cubital.
2.4.11. Estruturas superficiais da fossa cubital: a aponeurose do m. bíceps braquial separa o
conteúdo da fossa cubital, das estruturas superficiais, sendo:
- Veia intermédia do cotovelo: comunica a v. cefálica com a v. basílica. A v. intermédia do
cotovelo cruza a fossa cubital, no sentido proximal-medial, e é separada da a. braquial pela
aponeurose bicipital. É visível superficialmente na fossa cubital.
- O nervo radial: após atravessar posteriormente a diáfise do úmero, dirige-se anteriormente
ao epicôndilo lateral do úmero e, se divide em ramos: superficial (que tem o trajeto
profundo ao m. braquiorradial); e profundo (que inerva os músculos do compartimento
posterior do antebraço). O nervo radial não é visível e não é possível sua palpação.
2.4.12. Tendão comum dos músculos extensores do carpo e dedos: os músculos extensores
estão no compartimento posterior do antebraço e são inervados pelo n. radial. Os músculos
são: braquiorradial, extensores radial longo e curto do carpo, extensor ulnar do carpo e
extensores dos dedos. Os extensores radial curto e ulnar do carpo e, o extensor dos dedos
estão inseridos no epicôndilo lateral do úmero, enquanto que os mm. braquiorradial e
extensor radial longo do carpo estão inseridos na crista supraepicondilar lateral do úmero.
[LN8] Comentário: É um músculo do
compartimento posterior, inervado pelo
n. radial, porém, realiza a flexão do
cotovelo.
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 11
Estratégia para a palpação: posicione o cotovelo do paciente com flexão de 90° e pronação
do antebraço. Segure o dorso da mão do paciente. Solicite que ele faça uma extensão do
punho, e então, resista o movimento. Os tendões de origem (na crista supraepicondilar
lateral e no epicôndilo lateral, tornam-se evidentes) (Fig. 29).
Fig. 29 – 1- Localização do ventre dos músculos extensores do carpo e dedos, 2- epicôndilo lateral do úmero.
2
1
Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo
Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 12
2.5. REFERÊNCIAS
DI DIO, John Alphonse Liberato. Tratado de Anatomia Sistêmica Aplicada. São Paulo: Atheneu, 2002.
BACKHOUSE, Kenneth M.; HUTCHINGS, Ralph T. Atlas colorido de Anatomia de Superfície Clínica e
Aplicada. São Paulo: Manole,1989.
DRAKE, Richard L; VOGL, Wayne; MITCHELL, Adam W. M. Gray: anatomia para estudantes. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2005.
GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J; O´RAHILLY, Ronan. Anatomia: estudo regional do corpo humano.
4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
GOSS, Charles Mayo. Gray Anatomia. 29.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F. Clinically Oriented Anatomy. 5.ed. Toronto: Lippincott Williams &
Wilkins, 2006.
TIXA, Serge. Atlas de anatomia palpatória. 3.ed. volume 1. São Paulo: Manole, 2009.
AGRADECIMENTOS:
Agradeço ao Prof. Me. Fábio Redivo Lodi, pelo auxílio prestado na preparação e aquisição das fotos e,
aos modelos que participaram do projeto.
AUTOR
Prof. Me. Leandro Nobeschi
Fisioterapeuta – Universidade do Grande ABC (UniABC)
Tecnólogo em Radiologia – Centro Universitário Anhanguera de Santo André
(UniA)
Mestre em Morfologia – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
E-mail: nobeschi@institutocimas.com.br

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Anatomia braço cotovelo músculos nervos artérias

  • 1. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo http://www.imagingonline.com.br/ Esse capítulo descreve a anatomia de superfície e procedimentos palpatórios simples aplicados ao braço e cotovelo. 2010 Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Apoio: Instituto de Imagem em Saúde - CIMAS 27/10/2010 Ilustração do membro superior, evidenciando os músculos do braço e a articulação do cotovelo. Fonte: http://www.sketchbookcoalition.com/2009/03/arm-studies.html
  • 2. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 2 2. BRAÇO Segmento do membro superior entre o ombro e o cotovelo. Contém o úmero, e dois compartimentos: anterior (músculos flexores: coracobraquial, bíceps braquial e braquial) e posterior (músculos extensores: tríceps braquial e ancôneo). Os músculos do compartimento anterior são inervados pelo n. musculocutâneo e, no compartimento posterior a inervação é proveniente do n. radial. Todos os músculos do braço são palpáveis, entretanto, daremos atenção para os mm. bíceps e tríceps braquial. 2.1. MÚSCULO BÍCEPS BRAQUIAL O m. bíceps braquial possui duas cabeças: longa, com origem no tubérculo supraglenoidal da escápula e; curta, com origem no processo coracóide da escápula. Ambas as cabeças se unem na região distal do braço, para se inserir na tuberosidade do rádio. Estratégia para palpação: para evidenciar as porções do m. bíceps braquial é necessário posicionar o cotovelo do paciente em semi-flexão, com o antebraço em supinação. Peça para que o paciente mantenha a posição e, aplique na região anterior e distal do antebraço uma resistência. Com a outra mão, palpe o tendão cilíndrico na fossa cubital e o ventre carnoso do bíceps braquial na região distal do braço. Na porção proximal do braço é possível separa a cabeça longa (posicionada lateralmente) da cabeça curta (posicionada medialmente) (figs. 20 e 21). Fig. 20 – Palpação do m. bíceps braquial, separando as cabeças longa (1) e curta (2). Fig. 21 – 1- ventre do m. bíceps braquial. Palpação do tendão do m. bíceps braquial (2). 20 21 [LN1] Comentário: Seu tendão ocpua o sulco intertubercular do úmero e perfura a cápsula articular do ombro, inserindo-se proximalmente no tubérculo supraglenoidal. Durante a abdução do braço, o tendão da cabeça longa do bíceps braquial facilita o deslizamento distal da cabeça do úmero na cavidade glenoidal.
  • 3. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 3 2.2. ARTÉRIA BRAQUIAL Continuação da a. axilar (abaixo da margem inferior do m. redondo maior), a a. braquial termina na fossa cubital, separada da veia intermédia do cotovelo(vaso superficial), pela aponeurose do m. bíceps braquial. Pode ser palpada na margem medial do m. bíceps braquial (fig.21). Fig. 21 – Palpação da artéria braquial. 1- M. bíceps braquial (cabeça curta). 2.3. MÚSCULO TRÍCEPS BRAQUIAL: O m. tríceps braquial possui três cabeças: longa, com origem no tubérculo infraglenoidal da escápula; lateral, inserida na face posterior e proximal do úmero (acima do sulco do n. radial) e; medial, inserida na face posterior do úmero na região medial e distal (abaixo do sulco do n. radial). A inserção comum das cabeças é no olecrano. Estratégia para palpação: com o membro superior pendente ao lado do tronco, solicite ao paciente uma extensão do antebraço. A cabeça longa é visível medialmente, começando lateralmente à prega axilar posterior. Entre a cabeça longa e lateral é possível visualizar um sulco e, a cabeça medial localiza-se na região distal e medial da parte posterior do braço. 1 [LN2] Comentário: A fossa cubital é uma área triangular e côncava na face anterior do cotovelo. Limitada superiormente por uma linha que liga os epicôndilos (medial e lateral) do úmero; medialmente pelo m. pronador redondo e lateralmente pelo m. braquiorradial. [N3] Comentário: Veia comumente utilizada para o processo de venopunção superficial.
  • 4. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 4 2.3.1. Nervo axilar: ramo do fascículo posterior do plexo braquial. Inerva os músculos: deltóide e redondo menor, além de suprir a pele da face súpero-lateral do braço. O n. axilar não é palpável, entretanto o estudante deve ter idéia da localização do nervo através da pele e as estruturas que o reveste. O n. axilar contorna o colo cirúrgico do úmero (após atravessar o espaço quadrangular da axila com a a. circunflexa posterior do úmero), local onde pode ser lesado por fraturas da região. Na superfície do corpo utilizamos o m. deltóide como guia para sua localização. Localize a margem inferior da porção espinal do m. deltóide. O ponto de junção da margem inferior da porção espinal do m. deltóide e o úmero é o local de projeção superficial do n. axilar. 2.3.2. Nervo radial: ramo do fascículo posterior do plexo braquial inerva todos os m. extensores do braço, antebraço, punho e dedos (inclusive o m. braquiorradial, que apesar de atuar na flexão do cotovelo, é inervado pelo n. radial). O n. radial não é palpável, mas devemos saber sua localização através da pele. Aqui será descrito a parte do n. radial encontrado no braço. O nervo radial passa posteriormente ao úmero, (junto da a. profunda do braço), entre as cabeças lateral e medial do m. tríceps braquial, no sentido de: proximal-medial, para distal- lateral (entre as cabeças do m. tríceps), localizando-se anteriormente ao epicôndilo lateral do úmero. 2.4. ARTICULAÇÃO DO COTOVELO A articulação do cotovelo é formada por três ossos (úmero, rádio e ulna), classificada como articulação sinovial do tipo gínglimo (dobradiça). As projeções ósseas no cotovelo são evidentes e de fácil acesso. 2.4.1. Epicôndilo medial: localizado na região distal e medial do úmero. Estratégia para palpação: a palpação é facilitada se o cotovelo estiver flexionado (90°). Após esse posicionamento, deslize o dedo na região medial e distal do úmero (fig. 22). [LN4] Comentário: Inserção comum dos músculos flexores do carpo e dedos e cabeça umeral do m. pronador redondo.
  • 5. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 5 Fig. 22 – Palpação do epicôndilo medial do úmero. Vista medial. 2.4.2. Epicôndilo lateral: localizado na região distal e lateral do úmero, porém menos saliente que o epicôndilo medial. Estratégia para a palpação: a palpação é facilitada se o cotovelo estiver flexionado a 90°. Após esse posicionamento, deslize o dedo na região lateral e distal do úmero (fig.23). Fig. 23 – Palpação do epicôndilo lateral do úmero. Vista lateral. 2.4.3. Cristas supraepicondilares medial e lateral: localizadas proximalmente aos seus respectivos epicôndilos. Local de inserções musculares e dos septos medial e lateral do braço (os septos medial e lateral do braço são prolongamentos fasciais, que dividem o compartimento anterior e posterior do braço. O n. ulnar perfura o septo medial). [LN5] Comentário: Inserção comum dos músculos extensores do carpo e, dos dedos (do segundo ao quinto dedo).
  • 6. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 6 Estratégia para a palpação: localize o epicôndilo medial e deslize o dedo proximalmente para acessar a crista supraepicondilar medial; localizando o epicôndilo lateral, deslize o dedo proximalmente para palpar a crista supraepicondilar lateral. 2.4.5. Fossa do olécrano: uma escavação localizada na região distal da face posterior do úmero. Essa fossa é ocupada pelo olécrano durante o movimento de extensão do cotovelo. Estratégia para a palpação: sustente o membro superior do paciente com apoio na face medial do cotovelo. Flexione 90º a articulação do cotovelo e solicite ao paciente o relaxamento da musculatura. Observando como referência o epicôndilo lateral, deslize o dedo em sentido medial, partido do epicôndilo lateral, até encontrar a fossa do olécrano (fig. 24). Fig. 24 – Palpação da fossa do olécrano. 1- epicôndilo lateral, 2- m. tríceps braquial. 2
  • 7. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 7 2.4.6. Olécrano: projeção óssea da epífise proximal da ulna. Forma a ponta do cotovelo. Estratégia para a palpação: o olécrano é facilmente visualizado e palpado. Flexione totalmente a articulação do cotovelo, a projeção no cotovelo é formada pelo olecrano (fig. 25). Fig. 25 – Palpação do olécrano da ulna. 2.4.7. Sulco do nervo ulnar e nervo ulnar: o sulco do nervo ulnar é encontrado na epífise distal do úmero. Localizado posteriormente ao epicôndilo medial. O n. ulnar ocupa o sulco do nervo ulnar. Em seu trajeto no cotovelo é acompanhado pela a. colateral ulnar superior no seu trajeto pelo braço. Estratégia para a palpação: o sulco do nervo ulnar pode ser encontrado no ponto médio entre o epicôndilo medial e o olécrano. Após encontrar o sulco do nervo ulnar, palpe o nervo ulnar e, faça-o rolar abaixo dos seus dedos, o nervo ulnar pode ser deslocado como um cordão (fig. 26). [N6] Comentário: ramo terminal do fascículo medial do plexo braquial.
  • 8. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 8 Fig. 26 – Palpação do sulco do nervo ulnar e do n. ulnar. 1- epicôndilo medial, 2- olécrano. 2.4.8. Capítulo do úmero: localiza-se na epífise distal e lateral do úmero. Articula-se com a fóvea articular da cabeça do rádio (formando a articulação umerorradial). Estratégia para a palpação: posicione o cotovelo em flexão. Após localizar o epicôndilo lateral, deslize o dedo distalmente e inferiormente na direção do capítulo do úmero. 2.4.9. Cabeça do rádio: se articula com o capítulo do úmero e com a incisura radial da ulna (formando as articulações umerorradial e radioulnar proximal, respectivamente). Estratégia para a palpação: posicione o cotovelo em flexão. Após localizar o capítulo do úmero, deslize o dedo levemente em sentido distal na direção do rádio, até sentir uma elevação arredondada, a cabeça do rádio. Os movimentos de pronação e supinação auxiliam na identificação da cabeça do rádio (fig. 27).
  • 9. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 9 Fig. 27 – Palpação da cabeça do rádio. 1- epicôndilo lateral. 2.4.10. Fossa cubital: é uma área triangular e côncava na face anterior do cotovelo. Limitada superiormente por uma linha que liga os epicôndilos (medial e lateral) do úmero; medialmente pelo m. pronador redondo e lateralmente pelo m. braquiorradial. O conteúdo da fossa cubital é: a parte terminal da a. braquial, o n. mediano e o tendão do m. bíceps braquial. O tendão do m. bíceps se posiciona lateralmente, o n. mediano em posição medial e, a a. braquial é intermédia. O pulso da artéria braquial pode ser aferido na fossa cubital, medialmente ao tendão do m.bíceps braquial. (fig.28). [LN7] Comentário: Na fossa cubital, lateral ao tendão do m. bíceps braquial está localizado o n. radial.
  • 10. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 10 Fig.28 – Fossa cubital. O polegar do examinador está palpando o tendão do m. bíceps braquial. Seta - indica o local da a. braquial. Linha indica o local do n. mediano, na fossa cubital. 2.4.11. Estruturas superficiais da fossa cubital: a aponeurose do m. bíceps braquial separa o conteúdo da fossa cubital, das estruturas superficiais, sendo: - Veia intermédia do cotovelo: comunica a v. cefálica com a v. basílica. A v. intermédia do cotovelo cruza a fossa cubital, no sentido proximal-medial, e é separada da a. braquial pela aponeurose bicipital. É visível superficialmente na fossa cubital. - O nervo radial: após atravessar posteriormente a diáfise do úmero, dirige-se anteriormente ao epicôndilo lateral do úmero e, se divide em ramos: superficial (que tem o trajeto profundo ao m. braquiorradial); e profundo (que inerva os músculos do compartimento posterior do antebraço). O nervo radial não é visível e não é possível sua palpação. 2.4.12. Tendão comum dos músculos extensores do carpo e dedos: os músculos extensores estão no compartimento posterior do antebraço e são inervados pelo n. radial. Os músculos são: braquiorradial, extensores radial longo e curto do carpo, extensor ulnar do carpo e extensores dos dedos. Os extensores radial curto e ulnar do carpo e, o extensor dos dedos estão inseridos no epicôndilo lateral do úmero, enquanto que os mm. braquiorradial e extensor radial longo do carpo estão inseridos na crista supraepicondilar lateral do úmero. [LN8] Comentário: É um músculo do compartimento posterior, inervado pelo n. radial, porém, realiza a flexão do cotovelo.
  • 11. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 11 Estratégia para a palpação: posicione o cotovelo do paciente com flexão de 90° e pronação do antebraço. Segure o dorso da mão do paciente. Solicite que ele faça uma extensão do punho, e então, resista o movimento. Os tendões de origem (na crista supraepicondilar lateral e no epicôndilo lateral, tornam-se evidentes) (Fig. 29). Fig. 29 – 1- Localização do ventre dos músculos extensores do carpo e dedos, 2- epicôndilo lateral do úmero. 2 1
  • 12. Anatomia de superfície e palpatória do braço e cotovelo Autor: Prof. Me. Leandro Nobeschi Página 12 2.5. REFERÊNCIAS DI DIO, John Alphonse Liberato. Tratado de Anatomia Sistêmica Aplicada. São Paulo: Atheneu, 2002. BACKHOUSE, Kenneth M.; HUTCHINGS, Ralph T. Atlas colorido de Anatomia de Superfície Clínica e Aplicada. São Paulo: Manole,1989. DRAKE, Richard L; VOGL, Wayne; MITCHELL, Adam W. M. Gray: anatomia para estudantes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J; O´RAHILLY, Ronan. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. GOSS, Charles Mayo. Gray Anatomia. 29.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988. MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F. Clinically Oriented Anatomy. 5.ed. Toronto: Lippincott Williams & Wilkins, 2006. TIXA, Serge. Atlas de anatomia palpatória. 3.ed. volume 1. São Paulo: Manole, 2009. AGRADECIMENTOS: Agradeço ao Prof. Me. Fábio Redivo Lodi, pelo auxílio prestado na preparação e aquisição das fotos e, aos modelos que participaram do projeto. AUTOR Prof. Me. Leandro Nobeschi Fisioterapeuta – Universidade do Grande ABC (UniABC) Tecnólogo em Radiologia – Centro Universitário Anhanguera de Santo André (UniA) Mestre em Morfologia – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) E-mail: nobeschi@institutocimas.com.br