O documento descreve a história da expansão territorial dos Estados Unidos após a independência, citando fatores como a imigração, o desenvolvimento de ferrovias, a descoberta de ouro na Califórnia e a aquisição de terras de outros países. Também menciona a doutrina do Destino Manifesto e as consequências do processo de expansão.
2. A independência das Treze Colônias Ingleses na
América resultou no surgimento de um novo país,
com treze estados, chamado de Estados Unidos
da América.
Essa nova nação ocupava a costa leste,
compreendendo os seguintes estados:
Nova Hampshire; Massachusettts;
Nova York; Rhode Island;
Pensilvânia; Connecticut;
Nova Jersey; Delaware;
Maryland; Virgínia;
Carolina do Norte; Carolina do Sul;
Geórgia
3.
4. Do início até pouco mais da metade do
século XIX, a esses 13 estados se somaram
aproximadamente quatro dezenas mais,
fazendo com que, na atualidade, sejam 50
estados, com um território imensamente
maior que o inicial.
A questão que surge então é: quais foram os
fatores e os meios utilizados para que
tamanha expansão ocorresse? Quais as
principais consequências deste processo?
5.
6.
7. Intensa imigração – existia muita terra para
poucas pessoas, isso atraia muitos ingleses para
o novo país.
Outro fator para a imigração era a
industrialização acelerado na Inglaterra, pois ela
tornou a vida de muitos antigos artesãos
praticamente insustentável no outro continente.
Difusão do uso da locomotiva – auxiliou os
colonizadores a alcançarem com muito mais
rapidez e facilidade regiões antes consideradas
inviáveis economicamente, muito distantes ou
difíceis geograficamente.
8. O crescimento das ferrovias também facilitou o
escoamento da produção, que passou a ocorrer
de forma muito mais segura e rápida.
A descoberta de ouro na Califórnia – devido a
essa descoberta uma massa de exploradores se
dirigiu à região, levando consigo o sonho de
alcançar melhores condições de vida.
Muitos historiadores consideram este o fator
principal do povoamento do extremo oeste
norte-americano, região hoje considerada uma
das mais ricas do planeta, não mais pelo ouro,
mas devido ao grande número de empresas
produtoras de itens de alta tecnologia;
Incentivo governamental – o governo norte-
americano incentivava a imigração, visando ao
povoamento de terras a oeste das antigas Treze
Colônias.
9. A doutrina do Destino Manifesto – doutrina
segundo a qual Deus teria ―manifestado‖ aos
norte-americanos o Seu desejo de que eles
tomassem posse das terras entre a costa leste e a
oeste. Essa ideia encontra raízes ainda no período
colonial, quando alguns dentre os Pais Peregrinos
(Pilgrim Fathers) acredi-
tavam que o Novo Mundo
era a ―Terra Prometida‖ por
Deus a eles, onde poderiam
exercer sua religiosidade em
paz, sem pressões do gover-
no britânico, controlador da
religião oficial inglesa;
10. Conquistas de terras mexicanas – a maioria dos
estados do sul e sudoeste foi anexado através de
conflitos com o México.
Estima-se que 50% do território mexicano
original foram perdidos para os EUA em
conflitos.
Aquisição por meio de compra – dois exemplos
desse mecanismo de anexação foram a aquisição
dos Estados da Flórida e do Alasca, negociados
com a Espanha e com a Rússia.
Outros lugares comprados – Luisiana, Arkansas,
Dakota do Norte e Dakota do Sul (França)
11. Aquisição por meio da diplomacia – a região que
abrange os estados de Oregon, Washington e
Idaho foi negociada diplomaticamente e, com
uma simbólica quantia de dólares, passou ao
controle dos EUA.
Conquistas de terras indígenas – foi tomada à
força das mãos de seus mais antigos habitantes,
os índios.
Milhares de índios foram mortos pelas constantes
incursões do exército norte-americano. Tribos
inteiras desaparecem para dar lugar ao
estabelecimento de grandes latifúndios.
12. Acentuado desenvolvimento econômico;
Explosão demográfica;
Aprofundamento das diferenças econômicas
e políticas entre o norte e o sudeste.
13.
14. A Guerra da Secessão, ou Guerra Civil Americana, foi
um conflito envolvendo o norte o sul dos EUA, entre
1861 e 1865.
Podemos dizer que a guerra ocorreu por diferenças
econômicas entre o norte o sul dos EUA.
Estas diferenças começaram a se tornar evidentes
desde o processo de colonização, se intensificando
após a independência, em 1776.
O norte dos EUA tinha o clima temperado, economia
baseada na indústria e livre comércio, produção para
o mercado interno, trabalho livre, policultura,
minifúndio.
O sul dos EUA, por sua vez, tinha clima tropical,
economia baseada na agricultura, produção para
exportação, trabalho escravo, monocultura e
latifúndio.
15. O sul dependia da escravidão como forma de
mão-de-obra na lavoura. O norte, por sua vez,
desejava o fim da escravidão para aumentar o
mercado consumidor, fortalecendo a sua
indústria.
Além das visíveis diferenças entre a região norte
e sul do EUA, a eleição de Abraham Lincoln, em
1860, também foi determinante para o início da
guerra.
Isto porque Lincoln foi eleito pelo norte e tinha
uma postura antiescravagista, ou seja,
totalmente oposto aos interesses do sul.
Assim, alguns estados do sul resolveram criar um
estado independente. Foi o início da guerra.
16. A guerra em si ocorreu porque, enquanto o sul
desejava a separação, o norte lutou para manter
a unidade do país.
O exército do sul se autodeterminava
CONFEDERADOS, enquanto o norte era conhecido
como IANQUES.
Considera-se que a vitória do norte ocorreu,
entre outros motivos, devido à superioridade da
tecnologia bélica e a libertação dos escravos,
que desestabilizou as tropas do sul.
É considerada a primeira guerra moderna,
utilizando blindados, trincheiras, ferrovias e até
metralhadoras.
A guerra deixou um saldo de, aproximadamente,
600 mil mortos.
17. Podemos destacar algumas consequências
importantes desta guerra.
A escravidão foi abolida, em 1863, nos EUA,
o que intensificou a campanha abolicionista
em outros países, como o Brasil.
Foi criada a Ku-Klux-Klan, em 1867, uma
seita racista criada por fazendeiros do sul, e
que existe até hoje.
Iniciou-se um processo de industrialização
dos EUA, o que possibilitou a sua posterior
transformação em potência mundial, dentro
e fora da América.
18. O processo de formação dos países latino-americanos
foi marcado pela instabilidade política.
A substituição das antigas colônias espanholas por
nações independentes apresentou dois problemas
básicos: constituir Estados soberanos e organizá-los
em meio às mais variadas tendências políticas.
Além disso, o antigo império espanhol, agora
fragmentado em repúblicas independentes, continuou
a conhecer uma realidade socioeconômica e cultural
dividida.
Na maior parte da América Latina, onde predominava
uma estrutura latifundiária e as mais variadas formas
de semi-servidão, a independência pouco ou nada
veio alterar.
19. Nesse contexto, marcado por tantas diferenças,
surgem os antagonismos regionais entre as
lideranças do processo de emancipação, ao sabor
dos mais variados interesses.
Quanto à forma de organização dos Estados
nacionais, o republicanismo foi o princípio
político geral que norteou a formação dos
Estados nacionais latino-americanos.
Entretanto, a monarquia tinha seus defensores
entre muitos membros da elite criolla.
Essa tendência, além do Brasil, só seria
viabilizada no México com Augustin Itúrbide, e,
assim mesmo, por um curto espaço de tempo.
Com a opção pela república, impõem-se também
os interesses e as ambições relativas ao mando
local, transformando as disputas políticas em
violentas e sangrentas lutas.
20. Os Estados Unidos acompanharam o processo de
independência das colônias espanholas na América
sem um envolvimento mais direto. Contudo, diante
das ideias de unidade latino-americana, os norte-
americanos passaram a desenvolver uma ação política
mais atuante em relação às novas nações recém-
libertadas.
Dentro dessa nova ação política, os Estados Unidos,
em 1823, foram a primeira nação a reconhecer a
independência das novas nações, baseando-se
na Doutrina Monroe, que defendia o princípio da
América para os americanos.
A referida doutrina, estabelecida pelo presidente
James Monroe, estava ligada às preocupações dos
Estados Unidos com sua própria segurança, pois,
naquele momento, os norte-americanos se chocavam
com os ingleses pelo domínio do Oregon e se viam
ameaçados pelos russos, cujas pretensões territoriais
iam desde o Alasca até a Califórnia.
21. Sem contar que os Estados Unidos também temiam
uma eventual intervenção da Santa Aliança na
América, recuperando para suas metrópoles as
antigas colônias.
Mais do que isso, entretanto, essa doutrina
expressava a visão norte-americana do pan-
americanismo e se fundamentava no predomínio dos
Estados Unidos sobre os demais Estados da América
Latina.
Denominada monroísmo, essa política se opunha
frontalmente ao projeto unificador de Simón Bolívar.
A Inglaterra, por sua vez, manobrava no sentido da
criação de uma constelação de novos países fracos,
que garantiria a sua influência direta na América
Latina e, ao mesmo tempo, evitaria a formação de
um sistema americano liderado pelos Estados Unidos.
22. O surgimento do caudilhismo se dá no quadro do
processo de independência das antigas colônias
espanholas, marcado pelas disputas pelo poder,
que acabaram por gerar a instabilidade política.
Os caudilhos eram chefes políticos locais ou
regionais, lideres de verdadeiros exércitos
particulares — na época os Estados ainda não
haviam organizados exércitos próprios —, na sua
maioria, grandes proprietários rurais, cuja
autoridade pessoal era forte junto às camadas
populares.
Auto-intitulando-se militares de alta patente,
como generais, os caudilhos tinham um único
objetivo: o poder maior sobre nação.
23. Definida a forma de governo — república ou monarquia —, os problemas
dentro de cada nova nação se concentraram na forma de organização do
Estado, o que levou às lutas entre federalistas e centralistas.
Nessas lutas, as tendências das lideranças políticas — liberais e
conservadores —, típicas da época, passaram a ter pouca importância,
visto que o liberalismo era apenas de fachada, na defesa dos interesses
comuns, e o conservadorismo era o campo ideológico comum para
qualquer uma das acções envolvidas nas disputas.
O federalismo, princípio da autonomia em relação a um poder central, é
uma das expressões políticas do liberalismo. Contudo, os grandes
proprietários rurais, avessos ao liberalismo, surgiam como um dos seus
mais ferrenhos defensores, visto que a descentralização, típica do
federalismo, garantiria o seu predomínio local ou regional.
Por sua vez, o centralismo, uma das marcas do conservadorismo, era
propugnado pelos comerciantes dos grandes centros urbanos, como
Buenos Aires, uma vez que., através dele, se alcançaria a unidade
nacional, limitando. conseqüentemente, os localismos que
compartimentavam economicamente o país.
Liberais ou conservadores, federalistas ou centralistas, uma vez no poder,
essas lideranças caudilhescas governavam de forma ditatorial, seguindo
uma política nitidamente conservadora, mantendo longe das decisões as
camadas populares.
24. O Chile e o Paraguai foram os únicos países da América
Espanhola que não conheceram a instabilidade política
gerada pelo caudilhismo. No Chile, o Estado unitário e
fortemente centralizado constituiu-se precocemente,
denominado Estado Portalino, pela ação de José Portales.
O Paraguai, por sua vez, teve a sua independência
conduzida por José Gaspar Francia, el Supremo, que
instalou no poder um grupo oligárquico que governou o
país por décadas.
Na Argentina, Juan Manuel de Rosas tomou o poder em
1838 e, embora se declarasse federalista, governou de
forma centralizadora, até sua queda em 1852. Durante sua
gestão, tomou medidas protecionistas à economia
argentina, opondo-se à prática do livre-cambismo da
Inglaterra e defendendo a reconstrução do vice-reino do
Prata, entrando em choque com o Brasil.
25. No México, em seguida à queda do conservador
Sant’Anna(1855), em cujo governo os norte-
americanos se apossaram de um extenso território
mexicano. ascenderam os liberais sob a liderança
de Benito Juarez. Em seu governo, foram tomadas
medidas contra a Igreja. o que resultou em uma
guerra civil contra as forças reacionárias,
denominada Guerra da Reforma.
Nesse contexto, os conservadores aliados da Igreja
Católica apelaram para a intervenção francesa.
Assim. entre 1863 e 1867, o México tornou-se uma
monarquia governada por Fernando Maximiliano, da
Áustria. Em 1876, Porfírio Diaz deu um golpe de
Estado e estabeleceu uma ditadura de caráter
positivista, governando o México até 1911, quando
eclodiu a Revolução Mexicana. O longo período do
governo de Porfírio Diaz denominou- se Porfiriato.