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A Mediunidade, da Antiguidade aos Dias
                    Atuais
                                                                                  Warwick Mota

Allan Kardec no cap. XIV de O Livro dos Médiuns, fala que todo aquele que sente em qualquer
grau a presença dos espíritos é por isso mesmo médium. Para nós espíritas é ponto pacifico
afirmar, que a mediunidade, é uma faculdade natural, inerente ao ser humano, que independe
da crença religiosa e se fez presente em todas as épocas da humanidade, sendo inúmeras vezes,
confundida e deturpada pelos homens ao longos dos séculos.
Nas antigas civilizações do oriente no Egito, na Pérsia, na Síria e nas do ocidente na Grécia e em
Roma, citada também nos vedas e nos livros sagrados de outras religiões, a mediunidade era
tida como crença geral, e os médiuns vistos como seres privilegiados pelos deuses, e por esse
fato semi-deuses. Denominados como pítons, pitonisas, oráculos, magos, sacerdotes, etc., eram
avidamente consultados em busca das mais variadas informações que atendessem aos diversos
interesses daqueles que os procuravam.
Os relatos, inclusive os citados na bíblia, referem-se a aparição de anjos, demônios e possessões
variadas que marcaram a fenomenologia da época, sedimentando conceitos atávicos e
ritualísticos, que ainda fazem parte dos nossos dias. Era comum na Grécia antiga e em outros
povos os médiuns atuarem como conselheiros do reis, como também era comum, os retiros do
homem para a natureza ou para o insulamento em monastérios buscando o estudo e a prática da
filosofia, como fazia Platão, que galgava a montanha do Imec, buscando lá o refúgio e
tranqüilidade para suas conjecturas, ou mesmo Moisés, que subiu ao monte Sinai no intuito de
obter respostas que atendessem às suas necessidades espirituais mais prementes.
Mas é com o Cristo, que a mediunidade adquire um maior substrato moral e vem orientada pela
disciplina que a sua condição de médium de Deus proporciona, visto que, Ele confabulava
diretamente com Deus, e que, esse fato por si só, já era suficiente para promover uma nova
disposição moral nas atitudes e no comportamento do homem, em função da aplicação da Lei do
Amor, inquestionavelmente traduzida em seus ensinamentos.
A ignorância, no que se refere a mediunidade e os interesses espúrios que o fanatismo religioso
produzia, detonaram perseguições implacáveis aos médiuns, tanto ao tempo de Jesus quanto na
Idade Média, quando ela é tachada de intervenção demoníaca e os médiuns levados ao martírio
da fogueira como ocorreu com Joana D’arc, por não abjurar de suas vozes, que revelavam a
sobrevivência da alma e a comunicabilidade da mesma.
Os acontecimentos de Hydesville em 1848 nos EUA, e em seguida os fenômenos das mesas
girantes que invadiram a Europa, que inicialmente servia a fins fúteis, trouxeram novos
enfoques sobre a mediunidade, pois os fatos como sabemos, estavam obedecendo uma previa
programação do mundo espiritual, tanto que, em 1854, chegam ao conhecimento do Insigne
professor, Hyppolyte Leon Denizard Rivail, em Paris, que após análise rigorosa, se propõe
aprofundar as investigações sobre o tema, comparando, observando e julgando, para apresentar
ao mundo a mediunidade como uma faculdade de natureza orgânica inerente ao ser humano,
que se exterioriza pela ação dos espíritos. Inquestionavelmente a prudência e o bom senso de
Kardec, resultaram em uma pesquisa refinada, de rara qualidade, que nos deixou como grande
legado sua maravilhosa obra.
A obra de Kardec despertou um interesse bombástico pelo assunto, e isso descambou em
grandes pesquisas, como as de César Lombroso, Ernesto Bozzano, Gabriel Dellane, e tantos
outros pesquisadores de renome que contribuíram de forma magnífica para o enriquecimento
da Doutrina nesse contexto.
De Kardec aos nossos dias muito se tem estudado acerca da mediunidade, embora alguns,
teimem em manter vivos conceitos atávicos oriundos de outros tempos, em virtude da falta de
estudo. Contudo, a espiritualidade maior não descansa nos ensinamentos e a Providência Divina
não nos deixa órfãos de missionários que alavanquem o nosso crescimento espiritual, se
atentarmos para a grande produção mediúnica no campo literário, através de Chico Xavier,
Divaldo Pereira Franco, Ivone A. Pereira e tantos outros espíritas sérios, perceberemos que o
nosso conhecimento sobre a mediunidade é ainda ínfimo, diante desse manancial de luz.
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A história da mediunidade através dos tempos

  • 1. A Mediunidade, da Antiguidade aos Dias Atuais Warwick Mota Allan Kardec no cap. XIV de O Livro dos Médiuns, fala que todo aquele que sente em qualquer grau a presença dos espíritos é por isso mesmo médium. Para nós espíritas é ponto pacifico afirmar, que a mediunidade, é uma faculdade natural, inerente ao ser humano, que independe da crença religiosa e se fez presente em todas as épocas da humanidade, sendo inúmeras vezes, confundida e deturpada pelos homens ao longos dos séculos. Nas antigas civilizações do oriente no Egito, na Pérsia, na Síria e nas do ocidente na Grécia e em Roma, citada também nos vedas e nos livros sagrados de outras religiões, a mediunidade era tida como crença geral, e os médiuns vistos como seres privilegiados pelos deuses, e por esse fato semi-deuses. Denominados como pítons, pitonisas, oráculos, magos, sacerdotes, etc., eram avidamente consultados em busca das mais variadas informações que atendessem aos diversos interesses daqueles que os procuravam. Os relatos, inclusive os citados na bíblia, referem-se a aparição de anjos, demônios e possessões variadas que marcaram a fenomenologia da época, sedimentando conceitos atávicos e ritualísticos, que ainda fazem parte dos nossos dias. Era comum na Grécia antiga e em outros povos os médiuns atuarem como conselheiros do reis, como também era comum, os retiros do homem para a natureza ou para o insulamento em monastérios buscando o estudo e a prática da filosofia, como fazia Platão, que galgava a montanha do Imec, buscando lá o refúgio e tranqüilidade para suas conjecturas, ou mesmo Moisés, que subiu ao monte Sinai no intuito de obter respostas que atendessem às suas necessidades espirituais mais prementes. Mas é com o Cristo, que a mediunidade adquire um maior substrato moral e vem orientada pela disciplina que a sua condição de médium de Deus proporciona, visto que, Ele confabulava diretamente com Deus, e que, esse fato por si só, já era suficiente para promover uma nova disposição moral nas atitudes e no comportamento do homem, em função da aplicação da Lei do Amor, inquestionavelmente traduzida em seus ensinamentos. A ignorância, no que se refere a mediunidade e os interesses espúrios que o fanatismo religioso produzia, detonaram perseguições implacáveis aos médiuns, tanto ao tempo de Jesus quanto na Idade Média, quando ela é tachada de intervenção demoníaca e os médiuns levados ao martírio da fogueira como ocorreu com Joana D’arc, por não abjurar de suas vozes, que revelavam a sobrevivência da alma e a comunicabilidade da mesma. Os acontecimentos de Hydesville em 1848 nos EUA, e em seguida os fenômenos das mesas girantes que invadiram a Europa, que inicialmente servia a fins fúteis, trouxeram novos enfoques sobre a mediunidade, pois os fatos como sabemos, estavam obedecendo uma previa programação do mundo espiritual, tanto que, em 1854, chegam ao conhecimento do Insigne professor, Hyppolyte Leon Denizard Rivail, em Paris, que após análise rigorosa, se propõe aprofundar as investigações sobre o tema, comparando, observando e julgando, para apresentar ao mundo a mediunidade como uma faculdade de natureza orgânica inerente ao ser humano, que se exterioriza pela ação dos espíritos. Inquestionavelmente a prudência e o bom senso de Kardec, resultaram em uma pesquisa refinada, de rara qualidade, que nos deixou como grande legado sua maravilhosa obra. A obra de Kardec despertou um interesse bombástico pelo assunto, e isso descambou em grandes pesquisas, como as de César Lombroso, Ernesto Bozzano, Gabriel Dellane, e tantos outros pesquisadores de renome que contribuíram de forma magnífica para o enriquecimento da Doutrina nesse contexto.
  • 2. De Kardec aos nossos dias muito se tem estudado acerca da mediunidade, embora alguns, teimem em manter vivos conceitos atávicos oriundos de outros tempos, em virtude da falta de estudo. Contudo, a espiritualidade maior não descansa nos ensinamentos e a Providência Divina não nos deixa órfãos de missionários que alavanquem o nosso crescimento espiritual, se atentarmos para a grande produção mediúnica no campo literário, através de Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, Ivone A. Pereira e tantos outros espíritas sérios, perceberemos que o nosso conhecimento sobre a mediunidade é ainda ínfimo, diante desse manancial de luz. Brasília - DF