O documento discute os conceitos de Eurocentrismo e Afrocentricidade. Apresenta a trajetória do professor e teórico Molefi Kete Asante, que cunhou o termo "Afrocentricidade" em 1980 para defender uma visão que coloca os africanos como protagonistas da própria história, em contraposição à visão marginalizante do Eurocentrismo. Também aborda os movimentos de redescoberta das filosofias africanas e de afirmação da identidade negra.
2. EUROCENTRISMO: - A Grécia teria originado os europeus
- Visão da Grécia como o berço da civilização
A FILOSOFIA TERIA SE
ORIGINADO
NA GRÉCIA
EUROCENTRISMO:
PENSAMENTO COLONIAL
EUROPA NO CENTRO
=
DEMAIS CIVILIZAÇÕES
NA MARGEM
3. MOLEFI KETE ASANTE
Estado da Georgia (EUA)
Asante nasceu em 1942 e foi
registrado com o nome Arthur Lee
Smith Jr.
6. 1980 – livro: Afrocentricidade – a teoria de mudança social
Argumento Central:
A primeira coisa que se deve fazer é tornar
o seu povo ciente da sua contribuição
na civilização.
7. Na visão do Eurocentrismo, os demais povos não teriam
qualquer ideia de racionalidade, filosofia ou justiça.
EUROPA NO CENTRO
=
DEMAIS CIVILIZAÇÕES
NA MARGEM
8. "No Brasil e nos Estados Unidos, milhões de pessoas de herança
africana crescem acreditando que a África é uma realidade marginal
na civilização humana quando, de fato, África é o continente onde os
seres humanos ergueram-se pela primeira vez e onde os seres
humanos primeiro nomearam Deus." - Molefi Kete Asante.
Professor Mbanza Hamza (Angola)
Assistam ao vídeo do Professor
Mbanza Hamza, de Angola,
que explica com
propriedade o conceito de
Afrocentricidade
(link nas descrições)
9. A partir de Mulefi Asante, inicia-se um movimento
pela redescoberta das filosofias africanas:
Zera Yacob
(1599-1692)
Etiopia
Anton Amo
(1703-1755)
Gana
10.
11. "A Afrocentricidade emergiu como um repensar da caixa
conceitual que tinha aprisionado os africanos no paradigma
ocidental. Isso foi um Eurocentrismo que tinha finalmente
esgotado a si mesmo. Eu escrevi o livro :
𝐀𝐟𝐫𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐫𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
ç em 1980 como
𝐀 𝐭𝐞𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐧 𝐚 𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥 uma lança
no ventre do eurocentrismo que tinha estrangulado a
criatividade intelectual dos povos africanos em uma gaiola
do pensamento imperial ocidental (Asante, 1980).
Primeiro movimento da teoria da Afrocentricidade
=
Partir de uma crítica profunda ao Eurocentrismo.
12. Segundo movimento da teoria da Afrocentricidade
=
Consciência do exílio, do deslocamento forçado
dos africanos pelos europeus.
“Por causa do deslocamento físico dos africanos durante o
comércio europeu de escravos, fomos afastados de nossos
centros culturais, psicológicos, econômicos e espirituais e
colocados à força na cosmovisão e no contexto europeus."
"Africanos haviam sido expulsos ou arrancados de nossos
próprios lugares de sujeitos na história pelas políticas da Europa
de escravização e colonização, e essas condições criaram os
problemas políticos, conceituais, culturais e sociais encontrados
em muitas sociedades africanas no Ocidente.
13. “Tentei enfatizar o lugar dos africanos como agentes de ação,
mudança, transformação, ideias e cultura.”
“Assim, a Afrocentricidade é uma afirmação do lugar de
sujeito dos africanos dentro de sua própria história e
experiências, sendo ao mesmo tempo uma rejeição da
marginalidade e da alteridade, frequentemente expressas nos
paradigmas comuns da dominação conceitual europeia."
Terceiro movimento da teoria da Afrocentricidade
=
Afirmação do lugar de sujeitos dos africanos na civilização
Sujeitos; agentes; protagonistas x Coadjuvantes, marginais
15. Autoestima, autoconfiança – tudo isso
pode ser afetado na criança negra
habituada a enxergar personagens
negros serem retratados sempre de
forma negativa e inferiorizada. Ou
mesmo a não enxergar qualquer
personagem negro na ficção. A falta de
personagens negros nas histórias é um
golpe especialmente perverso, pois
fortalece essa noção de que pessoas
negras, apesar de serem a maioria no
país, são meras figurantes sem
importância. - Lara Vascouto in
http://nodeoito.com/classicos-infantis-racistas/
16.
17. Damiris Dantas (27), pivô da seleção brasileira de basquete feminino e
atleta da WNBA
“Tenho me posicionado mais agora e recebido
muitas mensagens. Um exemplo básico é meu
cabelo. Muitas meninas me olham e falam:
‘depois que você parou de alisar seu cabelo,
me senti representada e tenho parado de alisar
o meu também’.”