O documento descreve as fundações da religião egípcia antiga, incluindo suas crenças politeístas, deuses principais como Ré, Osíris e Ísis, e rituais importantes como a mumificação e o julgamento da alma no tribunal de Osíris.
2. Introdução
• Com este trabalho pretendemos
aprofundar os nossos conhecimentos
relativos a esta religião e devidas
fundações e princípios tal como os
Deuses que veneravam e devida
relação com o povo egípcio
3. Fundações da
Religião Egípcia
• No Egipto Antigo, as pessoas
seguiam uma religião politeísta, ou
seja, acreditavam em vários deuses.
• Estas divindades possuíam algumas
características sobre-humanas.
Poderiam, por exemplo, estar
presente em vários locais ao
mesmo tempo, assumir várias
formas (até mesmo de animais) e
interferir directamente nos
fenómenos da natureza.
4. Fundações da
Religião Egípcia
• A influência da religião no povo
egípcio é evidente no nome do país
em si. Egipto resulta da junção de
“Egi”+”Ptah”, ou seja a casa de
Ptah, deus abordado mais à frente.
5. Fundações da
Religião Egípcia
• As crenças religiosas dos antigos
egípcios tiveram uma grande
influência no desenvolvimento da
sua cultura, embora nunca tenha
existido entre eles uma verdadeira
religião, consistente e aceite por
todos, no sentido de um sistema
teológico unificado.
6. Fundações da
Religião Egípcia
• A fé egípcia baseava-se na
acumulação desorganizada de
antigos mitos, culto á natureza e
inúmeras divindades, tendo portanto
várias origens que acabaram por
convergir numa religião unificada,
se com algumas variações em
termos de deuses venerados.
7. Fundações da
Religião Egípcia
• As cidades do Egipto Antigo
possuíam um deus protector, que
recebia oferendas e pedidos da
população local, estando
frequentemente associado às
riquezas ou actividades mais
importantes da região.
8. Fundações da
Religião Egípcia
• Na crença egípcia, o ser humano era
composto por 9 partes:
- O corpo = khet
- A personalidade espiritual= ka
- A alma = ba
- A sombra= khait bit
- O espírito = akh
- O coração= ib
- A energia espiritual = sekem
- O nome = ren
- O corpo espiritual = sakh
• Ao violarem qualquer juramentos ou
maldições/ condições que lhe fossem
impostas perderiam alguns destes
constituintes, nomeadamente a alma-ba .
9. Deuses
• Como já foi referido os Egípcios eram politeístas, deduzindo a existência
de determinados deuses a partir, normalmente da Natureza e como
resultado geral das suas observações.
• Gheb (ou Geb ou Seb) é o deus egípcio da terra,
sendo que era também um dos Ennead, uma das
Enéades (grupo de nove ou menos deuses). É o pai
de Osíris, Hórus, Ísis, Seth e Néftis e marido de Nut
10. Deuses
• Nut é a deusa egípcia que
representa o céu e era
frequentemente invocada como
a mãe dos deuses, adoptando
várias formas.
Nut, deusa do Céu e Gheb representado
com cabeça de serpente
11. Deuses
• Ré( ou Rá) é o Deus egípcio do Sol,
frequentemente confundido com Hórus, sendo o
seu culto mais praticado na cidade de Heliópolis.
Durante o Período de Amarna, Akhenaton
reprimiu o culto de Rá em favor de outra
divindade solar, Aton, trasformando a religão
egípcia numa religião monoteísta, ainda que
apenas temporariamente.
• Rá (lado esquerdo) até ao meio dia e Ré(lado
direito) depois do meio dia.
12. Deuses
• Hórus é o deus egípcio do céu, filho de
Osíris. Tem cabeça de falcão e os olhos
representavam o Sol e a Lua, tendo morto
Seth por vingança pela morte do pai, e
posteriormente tornado no rei dos vivos no
Egipto.
13. Deuses
• Amón ( ou Amun) é um deus egípcio visto
como o rei dos deuses possuindo o poder
de criar vida. Era o deus local de Karnak
formando uma tríáde com a sua esposa
Mut e o seu filho Khonsu.
14. Deuses
• Mut é, na mitologia egípcia, a esposa de
Amon e a mãe adotiva de Khonsu, sendo
considerada uma deusa bastante poderosa
(sem ser associada directamente ao ser
humano ou Natureza) , nomeadamente
após o Deus Amon se ter tornado popular.
15. Deuses
• Khnum, é o deus egípcio que criou o ser
humano no seu torno de oleiro. O seu
nome em si significa “O modelador”. A sua
origem remonta à época pré-dinástica,
representando vários aspectos artísticos,
tendo-se considerado, por um certo
período de tempo, que controlava as
águas do Nilo.
16. Deuses
• Anúbis é o deus associado á mumificação,
á vida após a morte e ao submundo, sendo
mais famoso pela mumificação de Osíris e
posteriormente de vários faraós. Na língua
egípcia era conhecido como Inpu, tendo
sido o mais importante deus dos mortos
até ser substituído por Osíris.
17. Deuses
• A sua esposa é a deusa Afnut, e a sua
filha, a deusa Kebechet
• Anúbis guiava os mortos até ao tribunal de
Osíris, e ajudava a pesar o coração do
morto, sendo no entanto, estas as suas
principais tarefas no decorrer da vida após
morte.
18. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Tot é o deus egípcio associado à criação
da escrita, ao conhecimento e magia
• O deus possui cabeça de Íbis, uma ave
considerada bastante inteligente.
19. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Ísis é a deusa egípcia associada à magia,
sendo a esposa de Osíris, tendo-o
ressuscitado com a ajuda de Hórus,
representando o modelo de esposa e mãe
ideais. Por outro lado, também é a
defensora da Natureza, a protectora dos
escravos, pescadores e artesãos sendo
também considerada a deusa da
simplicidade e das crianças.
20. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Em mitos mais antigos considerava-se que
as cheias do rio Nilo se deviam às suas
lágrimas derramadas pela tristeza
provocada pela morte do seu marido
21. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Hator é a deusa egípcia que personifica os
princípios do amor, beleza, música, dança,
maternidade, alegria, terras estrangeiras e
fertilidade sendo uma das mais
importantes divindades, venerada tanto
pela realeza como pela população comum.
É frequentemente descrita como a
“Senhora do Ocidente”
22. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• É uma das deusas mais antigas,
remontando a sua origem ao período pré-
dinástico.
• Esta deusa é frequentemente confundida
com a deusa Bastet.
23. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Osíris é o deus egípcio associado à
vegetação e à vida no além.
• Marido de Ísis e pai de Hórus, era ele que
julgava os mortos na “Sala das Duas
Verdades”, onde se procedia á pesagem
do coração ou psicostasia.
• A fama deste Deus deve-se á (de acordo
com o mito) sua morte cruel que
assegurou a felicidade e vida eternas dos
egípcios, favorecendo também a
prosperidade das terras egípcias,
assombradas pela seca.
24. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Ptah é o deus associado às construções
em pedra, ao contrário de Seker (deus
funerário e criador dos ossos do soberano)
• Ápis era seu oráculo.
• É o marido de Sekhmet e, por vezes,
de Bastet. .
• Nas artes, é representado como um
homem mumificado com as mãos
segurando um ceptro enfeitado
com ankh, was e djed (símbolos da vida,
força e estabilidade, respectivamente).
25. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Sekhmet é a deusa da vingança e das
doenças, representando também o
símboloda punição de Rá, que a enviara
para destruir os humanos que
conspirassem contra eles e punir os
pecadores.
26. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Aton é deus do disco solar, adorado como
o grande deus, criado pelo faraó
Akhenatom, que chegou a impor o seu
único culto, proibindo o culto dos antigos
egípcios. Em resposta o povo reagiu
agressivamente e após a sua morte a
teologia egípcia voltou ao politeísmo.
27. Deuses
• Tot é o deus egípcio associ.
Deuses
• Ammut, apesar de não se tratar de um
Deus, é uma criatura mitológica de grande
importância.
• Ammut representava a punição dos que
praticavam o mal, devorando o coração
dos indignos.
28. Origem
• A religião egípcia oferecia várias explicações sobre a origem dos Deuses
e da religião em si, sendo o seguinte mito o mais vulgarmente aceite.
29. Origem
• De acordo com o tradicional
relato egípcio da criação, no
início só existia o oceano.
Posteriormente, Rá, o Sol,
surgiu de um ovo ( segundo
outras versões de uma flor),
á superfície da água deste
único oceano.
30. Origem
• Rá teve quatro filhos, os deuses Shu e Geb, e as deusas Tefnet(ou Tefnut) e
Nut. Shu e Tefnet deram origem á atmosfera, e aproveitaram-se de Geb, ao
convertê-la na terra. Elevaram também Nut, que se converteu no céu. Rá regia
todas as coisas.
TefnetShuNut
Geb
31. Origem
• Geb e Nut, por sua vez
tiveram dois filhos, Set
Osíris, e duas filhas, Ísis e
Neftis. Osíris sucedeu a
Rá como rei da terra
ajudado por Ísis, sua
esposa e irmã. Set odiava
o seu irmão, e por isso,
matou-o.
32. Origem
• Ísis embalsamou o corpo
do seu esposo com a
ajuda do deus Anúbis,
que desta forma tornou-se
o deus do embalsamento.
Os poderosos feitiços de
Ísis ressuscitaram Osíris,
que se tornou deus do
submundo, a terra dos
mortos.
33. Origem
• Hórus, filho de Osíris e Ísis,
derrotou Set ( que se
tornara rei do Egito) numa
grande batalha, tornando-
se rei da terra. Durante esta
batalha Hórus perde um
olho, que Ísis ajuda a
reaver. O olho de Hórus
passa então a ser um
amuleto.
34. Origem
• Deste mito, surgiu a
concepção de enéade,
grupo de nove divindades,
e da tríade, formada por
um pai, uma mãe e um
filho divinos. Cada Templo
local tinha a sua própria
enéade e tríade, sendo
que a enéade mais
importante foi a de Rá
com os seus filhos e
netos.
35. Origem
• As grandes descrepâncias visíveis na religião e até mesmo nas diversas formas
de construção devem-se ás grandes diferenças entre períodos históricos: o
Império Antigo , o Império Médio e o Império Novo.
36. Origem
• A teologia egípcia foi visivelmente afetado pelos três grandes períodos: o Império
Antigo, o Império Médio e o Império Novo .
Estátua de Sesótris,
um dos mais importante
faraós do Império Médio.
Estátua de Sesótris,
um dos mais importante
faraós do Império Médio.
37. Rituais Sagrados
• Os egípcios viam também a necessidade de enaltecer e venerar as várias
entidades divinas, sendo esta devoção demonstrada através de vários
rituais religiosos e outras práticas religiosas, geralmente realizados nos
templos, cada um dedicado a um determinado Deus. Podiam também
realizar venerações mais indirectas, como os seguintes exemplos:
38. Rituais Sagrados
• O tribunal de Osíris
• No antigo Egito era crença genérica que os mortos, para terem acesso á vida eterna,
tinham que enfrentar um " tribunal" - presidido por Osíris, e as suas irmãs Ísis e
Neftis. A um canto da sala, a deusa da justiça Maat introduzia o morto . Ao centro,
havia uma grande balança na qual o coração seria pesado, ao comparar o seu peso
com o de uma pluma de avestruz, símbolo da verdade. Faziam a pesagem Hórus e
Anúbis (que também conduzia o morto até ao tribunal). O deus Tot anotava o
resultado.
39. Rituais Sagrados
• Estavam presentes 42 juízes, correspondendo às 42 províncias egípcias.
Diante o tribunal, o candidato teria de se confessar inocente de vários pecados e
faltas. Se a conclusão fosse a favor do responsável, Hórus conduzia-o ao trono de
Osíris, que lhe indicava um lugar no reino do além. Em caso contrário, o coração do
morto ( e o morto) era aniquilado por um monstro híbrido: o "devorador do poente"
(Ammut).
40. Rituais Religiosos
• Um dos mais famosos rituais é, de longe, a mumificação ( associada a Anúbis).
Um dos seus objectivos era preservar e eternizar o corpo de um determinado
indivíduo. Para tal procedia-se á desidratação e á conservação num local seco. De
modo a atingir tal propósito procedia-se á remoção de todos os orgãos internos e
cobria-se o corpo interior e exteriormente com uma mistura salina, que após cerca
de 40 dias absorvera toda a humidade do corpo.
41. Rituais Religiosos
• Os orgãos eram secos à parte e colocados em urnas próprias ou, por vezes, de
novo dentro do corpo. As múmias eram ainda enchidas com serradura antes de
serem tratadas com óleos naturalmente antibacterianos e envoltas em camadas
de resina pegajosa e linha. Apesar de nem sempre funcionar, se devidamente
realizada, pele e ossos eram preservados durante anos. Os egípcios
desenvolveram estes métodos ao observar a Natureza.