1. A posição da Igreja em relação aos métodos contraceptivos
2. “Ninguém pode ter a Deus por Pai que não tenha a Igreja por mãe” (São Cipriano). Como uma mãe dedicada, a Igreja nos orienta, alimenta e forma. Longe de ser a madrasta que o mundo tenta pintar, ela é acolhedora e quer apenas o nosso bem. O problema é que muitas vezes não queremos aceitar o bem por bem, e acabamos por considerá-lo um mal. Transmitir a vida é um dos dons que Deus deu ao homem. Porém, se faz necessário programar essa mesma transmissão, de maneira responsável e consciente. Esse tem sido um desafio aos casais que, muitas vezes por ignorância, adoptam métodos que são causadores de incompreensões, falta de diálogo e ainda trazem consequências terríveis à saúde.
3. Ponto de vista da igreja sobre os métodos contraceptivos Em vista a todos esses conceitos e definições, podemos concluir que a única via legítima para a regulação dos nascimentos são os métodos naturais, pois apenas eles conduzem o casal à verdadeira paternidade responsável.O relacionamento conjugal é fruto do amor e tudo o que é amor toca directamente o coração de Jesus e, portanto, interessa imediatamente à Igreja, enquanto esposa de Cristo. A Igreja intervém, então, como guardiã do amor. Quando ela recomenda a seus fiéis que não utilizem a pílula ou qualquer instrumento que interrompa a concepção, mostra isso como contrário à ordem da sabedoria de Deus.
4. Infelizmente, ao ouvirmos sobre os métodos naturais de controle da natalidade, logo nos vem uma rejeição, fruto da desinformação e de comentários infiéis. Na verdade, não podemos falar sobre o que não conhecemos e, por desconhecimento, somos alvo fácil da propaganda enganosa a respeito dos métodos naturais.O trio contracepção – esterilização – aborto é uma indústria multinacional, multimilionária, ao passo que o planeamento familiar natural é gratuito. Todos os casais têm o direito de, pelo menos, conhecer os métodos para fazerem livremente sua escolha. VS.
5. Métodos contraceptivos Muitos são os métodos anticoncepcionais. Os métodos artificiais de contracepção mais conhecidos e utilizados são: pílula, preservativo e DIU (Dispositivo Intra-uterino) e os naturais: tabela, temperatura, sintotérmico, billings e coito interrompido.
6. Métodos artificiais A Pílula Produz três resultados: 1) Tende a suprimir a ovulação, ou seja, esteriliza. Acarreta, portanto, muito mais que um efeito de carácter ginecológico. 2) Causa danos ao colo do útero, impedindo a produção da secreção que nutre os espermatozóides. 3) Perturba o processo de preparação do útero, cada mês, para que possa receber o embrião, ou seja, uma nova vida. Além disso, pode a pílula, não tendo impedido a ovulação e a concepção, alterar o tempo de chegada do embrião ao útero, fazendo com que seja rejeitado. Resumindo, a pílula é abortiva.
7. Preservativo Usada segundo as indicações e sendo de alta qualidade, tem aproximadamente 97% de eficácia. Porém, pela falha no uso, reduz a eficácia para cerca de 80%.O uso do preservativo pode inibir a espontaneidade e provocar perda de erecção, resultando em frustração. Ela ainda pode causar irritação na vagina, além de diminuir a sensação, por não ter com o pénis o contacto directo.
8. DIU (Dispositivo Intra-Uterino) Impede o desenvolvimento de uma nova vida, pois causa uma reacção inflamatória do endométrio de tal forma que o ovo não pode se implantar.Alguns tipos de DIU levam o risco de perfuração do útero ou da cérvix. A incidência de gravidez, expulsão e remoção devida aos efeitos colaterais é alta no primeiro ano de uso, depois diminui. O DIU tem uma eficácia de 94 a 99%.
9. Métodos naturais Ogino-Knaus (Tabela) Baseia-se no fato de que a ovulação usualmente ocorre dez a dezasseis dias antes da próxima menstruação. Quando ciclos são regulares, o método funciona bem. Porém, tão logo ocorra qualquer irregularidade, o método falha.
10. Temperatura Consiste na tomada da temperatura, pela manhã, diariamente. Sua eficácia é comprovada, porém, apresenta algumas dificuldades como: abstinência nos períodos anovulatórios, lactação e pré-menopausa, além da dificuldade do reconhecimento da fase fértil nos estados febris, como gripes e infecções.
11. Sintotérmico Combina vários elementos do método da temperatura e da ovulação. O problema principal com a combinação é que, se os diferentes sinais de ovulação estão em discordância, há uma tendência para confusão, ansiedade e abstinência. Assim, o controle da fertilidade se torna muito mais complexo do que deve.
12. Ovulação Billings Foi criado pelo Dr. John Billings, que começou sua pesquisa em 1953. Ele veio superar as dificuldades e os pontos fracos dos métodos anteriores. Baseia-se na percepção da própria mulher a respeito do muco produzido pela cérvix (colo uterino). Aplica-se a todas as fases da vida reprodutiva, ciclos regulares, ciclos irregulares e anovulatórios, amamentação, pré-menopausa e depois de deixar o uso da pílula.É apontado como o método ideal, por ser gratuito, seguro, não causar danos à saúde e favorecer ao casal diálogo e amor.
13. Coito interrompido Consiste na retirada do pénis no momento da ejaculação. Embora seja um método natural, não é aceito pela Igreja, porque interrompe a relação de forma egoísta e muitas vezes levando à esposa uma frustração por não ver completada a relação e, o que é mais grave, levando muitas vezes o homem a ter ejaculação precoce.É um método falho, pois mesmo antes da ejaculação pode haver liberação de espermatozóides, o que poderia ocasionar a fecundação indesejada.