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Universidade de Passo fundo
A importância da assistência à saúde bucal do idoso – principais
necessidades e doenças sistêmicas.
Kéli Lourençato Schuh, Micheline Trentin, Fabiane Zanette
RESUMO
“A Odontogeriatria é definida como a especialidade da Odontologia que enfatiza
o cuidado com a saúde bucal da população idosa, e que trabalha nos atendimentos
preventivos, curativos e reabilitadores destes pacientes” (Issrani et al., 2012).
Este estudo tem como objetivo, realizar um levantamento epidemiológico das
principais necessidades odontológicas e complicações sistêmicas de idosos
institucionalizados no Abrigo Municipal São José e João XXIII, de Passo Fundo – RS e,
exercer a prática da Odontogeriatria por meio do Projeto de Extensão - Atenção à Saúde
do Idoso, através do planejamento e execução dos tratamentos necessários aos idosos
que lá residem, além de fornecer aos cuidadores meios para que possam auxiliar na
melhoria da saúde bucal destes pacientes.
A multidisciplinaridade está envolvida no projeto, contando com o auxílio de
médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e cuidadores, a fim de respeitar a
saúde geral, complicações médicas e restrições de cada idoso no tratamento
odontológico.
Os resultados encontrados no estudo mostram que as doenças sistêmicas de
maior prevalência no grupo são hipertensão (60,87%), diabete (28,26%), cardiopatias
(21,73%), depressão (17,39%), hipotireoidismo (15,21%) e Parkinson e Alzeimer
(10,86%). Entre os principais medicamentos em uso, se encontram antihipertensivos
(60,87%), protetores gástricos (34,78%), antiagregantes plaquetários (32,60%),
vitaminas (30,43%), antidiabéticos (28,26%), antidepressivos e ansiolíticos (21,73%),
reguladores tireoideanos (15,21%), antiepilépticos (10,86%) e antiespasmódicos
(8,69%).
2
INTRODUÇÃO
A terceira idade no Brasil possui contradições, contrastes regionais e situações
sociais diferentes, que geram variadas formas de percepção e de enfrentamento destas
realidades. Ao mesmo tempo em que existe no Brasil uma grande parcela de idosos
ativos, que enfrentam desafios, financeiramente independentes, autônomos física e
mentalmente, preocupados em cuidar da saúde e melhorar a qualidade de vida, existe
também uma velhice fragilizada, debilitada, e dependente das políticas públicas.
(Gonçalves, 2004).
Conforme Pucca (1999), a saúde geral do idoso está intimamente ligada à sua
saúde bucal. O impacto das condições bucais na qualidade de vida e no bem-estar
desses indivíduos são claros e significativamente afetados por uma condição bucal
insatisfatória. Assim pode-se perceber que promover condições baseadas em critérios
científicos e levantamentos epidemiológicos com o objetivo de observar as principais
necessidades, realizar os tratamentos necessários a cada paciente e promover a saúde
bucal, implementando a saúde pública, contribui para o envelhecimento mais saudável e
a uma maior qualidade de vida para a população idosa.
É necessário que cirurgiões-dentistas e pesquisadores considerem o impacto da
saúde geral e das condições de vida sobre a saúde bucal. Essa informação é
particularmente importante, por exemplo, no atendimento a pacientes com deficiências
cognitivas, comprometimento sistêmico e sob medicação, que são condições
encontradas com muita frequência na população idosa, e principalmente nos pacientes
alisados no estudo.
3
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo foi realizado identificando as principais necessidades que os
idosos possuem em relação à saúde bucal no Abrigo. Os dados foram obtidos por meio
de uma triagem de 46 pacientes idosos (acamados e não acamados) que residem no
local.
Os dados oriundos de anamnese geral, com informações relacionadas à saúde
sistêmica, doenças, tratamentos prévios, uso de medicamentos, idade e exame clínico
oral (observando a presença ou ausência de próteses), foram anotados e organizados em
fichas clínicas e planilhas, contribuindo para o correto planejamento e a execução dos
tratamentos.
Os tratamentos odontológicos foram realizados no próprio Abrigo, onde já existe
uma infraestrutura para os atendimentos. Cada idoso recebeu uma orientação correta de
higiene bucal e nos casos que necessitavam de procedimentos específicos foram
realizados.
Conforme os resultados do levantamento epidemiológico realizado, os
cuidadores receberam orientações a respeito da melhor forma de auxiliar estes idosos a
realizarem a correta higiene bucal, aumentando a eficiência dos tratamentos. No
decorrer do projeto, os participantes organizaram grupos de conversa com cuidadores, e
de forma ilustrada e demonstrativa, estimularam a promoção de saúde bucal dos idosos
sob seus cuidados.
Entre os objetivos do projeto, estão:
1) Identificar quais são os problemas bucais de maior prevalência neste grupo;
2) Observar quais são as doenças sistêmicas com maior prevalência nestes
pacientes e de que forma estas influenciam no atendimento odontológico;
3) Exercer a prática da Odontogeriatria (Planejamento e execução de
tratamentos necessários);
4
4) Definir estratégias e fornecer maior conhecimento aos cuidadores sobre as
formas de auxiliar esses idosos na prevenção e solução dos problemas odontológicos.
RESULTADOS
Número total de idosos triados: 46
Média de Idade dos idosos analisados: 76 anos
Doenças sistêmicas
Hipertensão 60,87%
Diabete 28,26%
Cardiopatias 21,73%
Depressão 17,39%
Hipotireoidismo 15,21%
Parkinson e Alzeimer 10,86%
5
Principais Medicamentos em Uso
Antihipertensivos 60,87%
Protetores Gástricos 34,78%
Antiagregantes Plaquetários 32,60%
Vitaminas 30,43%
Antidiabéticos 28,26%
Antidepressivos e Ansiolíticos 21,73%
Reguladores Tireoideanos 15,21%
Antiepilépticos 10,86%
• Os tratamentos em andamento e já concluídos foram realizados em 16 pacientes
até o momento, e o número total de atendimentos (contando com a triagem
realizada em cada um dos pacientes) foi de 110, desde março de 2015.
As doenças sistêmicas de maior prevalência entre os idosos analisados implicam na
melhoria da saúde bucal de cada um deles. Segundo Chobanian et al. (2003), a
hipertensão arterial é uma elevação anormal e persistente da pressão arterial sistêmica, a
existência de problemas médicos crônicos em pacientes atendidos na prática
odontológica envolve uma atenção especial por parte do profissional, porque algumas
doenças ou no seu defeito ou tratamento medicamentos indicado podem apresentar
manifestações orais, e dependendo da gravidade implica uma mudança na sua
abordagem.
A identificação ou suspeita da presença de diabetes em pacientes no consultório
odontológico obriga o encaminhamento do mesmo ao atendimento médico, antes do
início do tratamento, salvo em casos de urgência odontológica. Estes pacientes
6
normalmente são submetidos à um atendimento odontológico não convencional,
adequado às suas necessidades e dificuldades, devido às limitações de ordem médica.
Cada paciente portador de diabetes deve ser assistido de forma peculiar, pois as
características da doença assumem forma mais marcante do que outras em cada
indivíduo. (Brandão; Penteado, 2011)
De acordo com Schmidt;Ortel (2005), na doença de Parkinson e Alzheimer,
o excesso de saliva decorre principalmente da dificuldade em deglutir (disfagia), mais
do que uma secreção excessiva de saliva e esta disfagia pode ser grave, podendo resultar
em morte por asfixia, aspiração ou pneumonia, obrigando a uma atenção constante de
seus cuidadores.
DISCUSSÃO
“A Odontogeriatria corresponde ao ramo da Odontologia que dedica- se ao
estudo das manifestações patológicas bucais decorrentes do processo de envelhecimento
humano” (Parajara e Guzzo, 2000). O declínio das taxas de fecundidade e mortalidade,
que pode estar associado ao aprimoramento e/ou desenvolvimento de técnicas aplicadas
em ciências da saúde, contribui para o aumento da população idosa mundial e motiva
reflexões sobre qualidade de vida (Ferreira et al, 2008). Nas considerações a respeito da
qualidade de vida de uma população, dentre as diversas condições que podem ser
associadas à saúde geral destaca-se o papel da saúde bucal (Marchini, 2001).
Historicamente existem deficiências acumuladas pelo sistema de saúde no
tratamento odontológico no idoso, como por exemplo, o despreparo de tal sistema para
preencher as necessidades especiais do idoso, a educação inadequada para treinamentos
dos cirurgiões-dentistas interessados em Odontogeriatria e a má distribuição dos
dentistas em regiões mais carentes (Pereira et al., 2009).
O processo natural de envelhecimento promove alterações na saúde sistêmica
dos pacientes, bem como alterações bucais, que não deixam de ser reflexos da história
odontológica e da conduta preventiva de cada um ao longo da vida. Segundo Parajara e
Guzzo (2000), essas alterações e patologias em um paciente idoso, assim como o uso de
medicamentos, as modificações funcionais e fisiológicas e as condições sociais e
7
econômicas em que estão inseridos, acabam causando uma maior deficiência na saúde
bucal, e consequentemente uma perda da eficiência mastigatória, que já não é mais a
mesma encontrada em um paciente jovem.
Atualmente, mais de 70% das mortes no Brasil estão relacionadas às
condições crônicas. Entre as patologias mais comuns posicionam-se a Hipertensão
Arterial e o Diabetes. Essas se destacam também por serem fatores de risco ao
desenvolvimento de outras alterações de origem cardiovascular, nefropatias,
retinopatias, neuropatias, entre outros. Ao mesmo tempo são consequências de
condições crônicas como a má alimentação, dislipidemias e obesidade. (Willians, 2009).
Este fato, comprova os resultados encontrados no presente estudo, onde estas
manifestações sistêmicas também foram encontradas como as mais prevalentes.
No Brasil, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por cerca de 300 mil
mortes em 2007, 40% das aposentadorias precoces e custo econômico estimado em
cerca de 475 milhões de reais apenas em internações hospitalares, que chegam a mais de
um milhão por ano. Tal impacto está diretamente relacionado aos casos de Hipertensão
no país, cuja prevalência média estimada foi de 24% em 2007, observando-se valores
mais elevados nos grupos de maior idade, atingindo cerca de 50% dos indivíduos entre
60 e 69 anos e mais de 70% daqueles acima de 70 anos (Malta et al., 2009). Neste
aspecto, podemos observar que a média de idade dos idosos analisados no estudo,
comparado ao grupo mais afetado por esta doença são semelhantes.
Conforme Vendola e Neto (2009), a situação epidemiológica em termos de
saúde bucal da população idosa no Brasil pode ser classificada como bastante severa e
grave, pois a ruína da dentição é cada vez mais rápida. Então, um dos temas centrais na
melhoria da qualidade de vida dos idosos brasileiros, sendo já considerado como
questões idemiológicas e demográficas, é o edentulismo. Pois segundo o mesmo autor
“A perda da dentição influi sobre a mastigação, digestão, gustação, pronúncia, aspecto
estético e predispõe a doenças geriátricas. Os pacientes edêntulos apresentam condições
de saúde geral mais precária, mais incapacidades físicas e maior chance de mortalidade
do que em pacientes dentados.”
Além disso, na área da Odontogeriatria, os estudos apontam, além do
edentulismo, uma alta prevalência de cáries coronárias e radiculares, doenças
8
periodontais, desgastes dentais, dores orofaciais, desordens têmporo-mandibulares,
alterações oclusais, hipossalivação e lesões de tecidos moles (Sequeira, 2001). Assim
pode-se perceber que o próprio processo de envelhecimento torna esse grupo etário mais
vulnerável ao aparecimento de problemas bucais, e o quanto o cuidado com esses
indivíduos deve ser redobrado. “Conhecer as representações, percepções e expectativas
é fundamental para dirigir essa atenção, do contrário será muito difícil ou mesmo
impossível, melhorar a qualidade de vida desta população” (Campostrini, 2004).
As atividades educacionais em saúde bucal desempenham um papel fundamental
na qualidade de vida de qualquer pessoa, em qualquer idade, pois a exemplo dos
programas educacionais, as atividades preventivas também reduzem o risco de
enfermidades bucais. “Em um estudo onde analisaram-se algumas atividades
preventivas educacionais odontogeriátricas, foi concluído que as instruções de higiene, e
a aprendizagem dos cuidados com dentes/próteses devem ser uma constante. A
sensibilização e a motivação para o aprendizado devem ser uma preocupação incessante
no contexto ensinoaprendizagem e a manutenção para uma modificação
comportamental educacional deve ser feita com atividades frequentes e diversificadas
(verbal, demonstrativa) para que o indivíduo se sensibilize e se motive a aprender”
(Brondani, 2002).
Um fator de extrema importância a ser considerado, é o pouco
comprometimento dos cuidadores de idosos, profissionais ou não, e dos familiares ou
próximos, nos casos em que o próprio idoso não está mais apto a realizar sua
higienização corretamente, o que agrava a situação. “Um programa preventivo bucal
eficiente é aquele individualizado para determinado paciente e que conte com o apoio
de seus familiares e cuidadores devidamente treinados e informados para proporcionar
uma promoção de saúde com o intuito de melhorar a qualidade de vida destes idosos
mais debilitados fisicamente. Este grupo etário, comumente o mais negligenciado pela
comunidade, é o que demandaria mais atenção profissional, necessitando de cuidados
específicos e essenciais” (Campostrini, 2004).
Segundo Ferreira et al. (2008), é fundamental que a sociedade comece a encarar
o envelhecimento como um processo natural no curso da vida, cada vez mais possível
de acontecer na existência de cada um. Entretanto, a realidade brasileira caracteriza-se
por desigualdades extremas no que tange à qualidade de vida na terceira idade, com um
9
número expressivo de idosos vivendo em condições precárias, sem oportunidade de ter
uma vida saudável. Para esta parcela da população é necessário implementar políticas
que estimulem tanto o poder público quanto a iniciativa privada a investir em ações que
garantam as condições mínimas necessárias para um envelhecimento com dignidade e a
melhoria da qualidade de vida do idoso.
“O levantamento de dados epidemiológicos relativos à prevalência das doenças
bucais nesse grupo etário, relacionando tais doenças com o comprometimento das
diversas estruturas anatômicas é de grande importância. A saúde bucal do idoso ainda é,
em geral, um tema pouco valorizado; resultados de pesquisas revelam que os idosos, em
muitos países, não têm acesso ao atendimento odontológico adequado” (Saliba, 2006).
Sendo assim, a promoção da atenção à saúde do idoso deve ser disseminada, e
será mais efetiva se pudermos considerar para orientar os serviços, dados
epidemiológicos mais precisos, gerando um conhecimento mais apurado para poder
realizar projetos de auxílio, sabendo das suas principais necessidades e um pouco mais
sobre a melhor forma de melhor atendê-los. Esse auxílio deve ser integral, considerando
os aspectos preventivos e curativos, reforçando o envolvimento de uma equipe
multiprofissional na identificação dos problemas e nas buscas das soluções.
CONCLUSÃO
Por meio do Projeto de extensão de Atenção à Saúde Bucal do Idoso, tanto os
acadêmicos, docentes, profissionais da área da
saúde e internos de instituições de longa permanência são beneficiados.
Podemos contribuir com a ciência por meio da publicação de
levantamentos epidemiológicos, bem como através da complementação do ensino
dos acadêmicos participantes do projeto, e também modificar a realidade dos pacientes
contemplados por meio do acolhimento realizado, além do diagnóstico, planejamento e
tratamento transdisciplinar.
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRONDANI, M.A. Educação preventiva em Odontogeriatria - mais que uma
necessidade, uma realidade. Rev Odonto Ciência, v.17, n. 5, p. 57-61, 2002.
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FERREIRA, I.R.S.; BERNARDO-FILHO, M.; MAIWORM, A.I.; SANTOS-FILHO,
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relação entre as estruturas anatômicas da boca e o processo de envelhecimento, Rev
Bras Cien Envelh Hum, v.5, n.2, p.79-96, 2008
GONÇALVES, M. L. O novo idoso: muito além do amparo. Rev SESC, v. 5, n.3, p. 74,
2004.
ISSRANI R.; AMMANAGI R., KELUSKAR V. Geriatric Dentistry - meet the need.
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MARCHINI, L. Prótese dentária na terceira idade. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. v. 55, p.
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PARAJARA, F.; GUZZO, F. Sim, é possível envelhecer com saúde. Rev Assoc Paul Cir
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PEREIRA, M.T.P.; MONTENEGRO, F.L.B.; FLÓRIO F.M. Estratégias preventivas em
Odontogeriatria. Dissertação (Especialização em Saúde Coletiva) - Curso de
Especialização em Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo
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SALIBA, C. A. Saúde bucal dos idosos: uma realidade ignorada. Rev. Assoc. Paul Cir
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SEQUEIRA, E. Odontogeriatria: a especialidade do futuro, Rev. ABO Nac, 9 (2): 72-8,
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11
VENDOLA, M.C.; NETO, A. R. Bases Clínicas em Odontogeriatria. São Paulo: Santos,
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ALVES, C.; BRANDÃO, M.; ANDION, J.; MENEZES, R.; CARVALHO, F.
Atendimento odontológico do paciente com diabetes melito: recomendações para a
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PUCCA Jr., G. A. Saúde bucal do idoso: Aspectos socais e preventivos. São Paulo:
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CHOBANIAN, A., BAKRIS, G., BLACK, H., et al. National Heart, Lung, and Blood
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A importância da assistência à saúde bucal do idoso – principais necessidades e doenças sistêmicas.

  • 1. 1 Universidade de Passo fundo A importância da assistência à saúde bucal do idoso – principais necessidades e doenças sistêmicas. Kéli Lourençato Schuh, Micheline Trentin, Fabiane Zanette RESUMO “A Odontogeriatria é definida como a especialidade da Odontologia que enfatiza o cuidado com a saúde bucal da população idosa, e que trabalha nos atendimentos preventivos, curativos e reabilitadores destes pacientes” (Issrani et al., 2012). Este estudo tem como objetivo, realizar um levantamento epidemiológico das principais necessidades odontológicas e complicações sistêmicas de idosos institucionalizados no Abrigo Municipal São José e João XXIII, de Passo Fundo – RS e, exercer a prática da Odontogeriatria por meio do Projeto de Extensão - Atenção à Saúde do Idoso, através do planejamento e execução dos tratamentos necessários aos idosos que lá residem, além de fornecer aos cuidadores meios para que possam auxiliar na melhoria da saúde bucal destes pacientes. A multidisciplinaridade está envolvida no projeto, contando com o auxílio de médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e cuidadores, a fim de respeitar a saúde geral, complicações médicas e restrições de cada idoso no tratamento odontológico. Os resultados encontrados no estudo mostram que as doenças sistêmicas de maior prevalência no grupo são hipertensão (60,87%), diabete (28,26%), cardiopatias (21,73%), depressão (17,39%), hipotireoidismo (15,21%) e Parkinson e Alzeimer (10,86%). Entre os principais medicamentos em uso, se encontram antihipertensivos (60,87%), protetores gástricos (34,78%), antiagregantes plaquetários (32,60%), vitaminas (30,43%), antidiabéticos (28,26%), antidepressivos e ansiolíticos (21,73%), reguladores tireoideanos (15,21%), antiepilépticos (10,86%) e antiespasmódicos (8,69%).
  • 2. 2 INTRODUÇÃO A terceira idade no Brasil possui contradições, contrastes regionais e situações sociais diferentes, que geram variadas formas de percepção e de enfrentamento destas realidades. Ao mesmo tempo em que existe no Brasil uma grande parcela de idosos ativos, que enfrentam desafios, financeiramente independentes, autônomos física e mentalmente, preocupados em cuidar da saúde e melhorar a qualidade de vida, existe também uma velhice fragilizada, debilitada, e dependente das políticas públicas. (Gonçalves, 2004). Conforme Pucca (1999), a saúde geral do idoso está intimamente ligada à sua saúde bucal. O impacto das condições bucais na qualidade de vida e no bem-estar desses indivíduos são claros e significativamente afetados por uma condição bucal insatisfatória. Assim pode-se perceber que promover condições baseadas em critérios científicos e levantamentos epidemiológicos com o objetivo de observar as principais necessidades, realizar os tratamentos necessários a cada paciente e promover a saúde bucal, implementando a saúde pública, contribui para o envelhecimento mais saudável e a uma maior qualidade de vida para a população idosa. É necessário que cirurgiões-dentistas e pesquisadores considerem o impacto da saúde geral e das condições de vida sobre a saúde bucal. Essa informação é particularmente importante, por exemplo, no atendimento a pacientes com deficiências cognitivas, comprometimento sistêmico e sob medicação, que são condições encontradas com muita frequência na população idosa, e principalmente nos pacientes alisados no estudo.
  • 3. 3 MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo foi realizado identificando as principais necessidades que os idosos possuem em relação à saúde bucal no Abrigo. Os dados foram obtidos por meio de uma triagem de 46 pacientes idosos (acamados e não acamados) que residem no local. Os dados oriundos de anamnese geral, com informações relacionadas à saúde sistêmica, doenças, tratamentos prévios, uso de medicamentos, idade e exame clínico oral (observando a presença ou ausência de próteses), foram anotados e organizados em fichas clínicas e planilhas, contribuindo para o correto planejamento e a execução dos tratamentos. Os tratamentos odontológicos foram realizados no próprio Abrigo, onde já existe uma infraestrutura para os atendimentos. Cada idoso recebeu uma orientação correta de higiene bucal e nos casos que necessitavam de procedimentos específicos foram realizados. Conforme os resultados do levantamento epidemiológico realizado, os cuidadores receberam orientações a respeito da melhor forma de auxiliar estes idosos a realizarem a correta higiene bucal, aumentando a eficiência dos tratamentos. No decorrer do projeto, os participantes organizaram grupos de conversa com cuidadores, e de forma ilustrada e demonstrativa, estimularam a promoção de saúde bucal dos idosos sob seus cuidados. Entre os objetivos do projeto, estão: 1) Identificar quais são os problemas bucais de maior prevalência neste grupo; 2) Observar quais são as doenças sistêmicas com maior prevalência nestes pacientes e de que forma estas influenciam no atendimento odontológico; 3) Exercer a prática da Odontogeriatria (Planejamento e execução de tratamentos necessários);
  • 4. 4 4) Definir estratégias e fornecer maior conhecimento aos cuidadores sobre as formas de auxiliar esses idosos na prevenção e solução dos problemas odontológicos. RESULTADOS Número total de idosos triados: 46 Média de Idade dos idosos analisados: 76 anos Doenças sistêmicas Hipertensão 60,87% Diabete 28,26% Cardiopatias 21,73% Depressão 17,39% Hipotireoidismo 15,21% Parkinson e Alzeimer 10,86%
  • 5. 5 Principais Medicamentos em Uso Antihipertensivos 60,87% Protetores Gástricos 34,78% Antiagregantes Plaquetários 32,60% Vitaminas 30,43% Antidiabéticos 28,26% Antidepressivos e Ansiolíticos 21,73% Reguladores Tireoideanos 15,21% Antiepilépticos 10,86% • Os tratamentos em andamento e já concluídos foram realizados em 16 pacientes até o momento, e o número total de atendimentos (contando com a triagem realizada em cada um dos pacientes) foi de 110, desde março de 2015. As doenças sistêmicas de maior prevalência entre os idosos analisados implicam na melhoria da saúde bucal de cada um deles. Segundo Chobanian et al. (2003), a hipertensão arterial é uma elevação anormal e persistente da pressão arterial sistêmica, a existência de problemas médicos crônicos em pacientes atendidos na prática odontológica envolve uma atenção especial por parte do profissional, porque algumas doenças ou no seu defeito ou tratamento medicamentos indicado podem apresentar manifestações orais, e dependendo da gravidade implica uma mudança na sua abordagem. A identificação ou suspeita da presença de diabetes em pacientes no consultório odontológico obriga o encaminhamento do mesmo ao atendimento médico, antes do início do tratamento, salvo em casos de urgência odontológica. Estes pacientes
  • 6. 6 normalmente são submetidos à um atendimento odontológico não convencional, adequado às suas necessidades e dificuldades, devido às limitações de ordem médica. Cada paciente portador de diabetes deve ser assistido de forma peculiar, pois as características da doença assumem forma mais marcante do que outras em cada indivíduo. (Brandão; Penteado, 2011) De acordo com Schmidt;Ortel (2005), na doença de Parkinson e Alzheimer, o excesso de saliva decorre principalmente da dificuldade em deglutir (disfagia), mais do que uma secreção excessiva de saliva e esta disfagia pode ser grave, podendo resultar em morte por asfixia, aspiração ou pneumonia, obrigando a uma atenção constante de seus cuidadores. DISCUSSÃO “A Odontogeriatria corresponde ao ramo da Odontologia que dedica- se ao estudo das manifestações patológicas bucais decorrentes do processo de envelhecimento humano” (Parajara e Guzzo, 2000). O declínio das taxas de fecundidade e mortalidade, que pode estar associado ao aprimoramento e/ou desenvolvimento de técnicas aplicadas em ciências da saúde, contribui para o aumento da população idosa mundial e motiva reflexões sobre qualidade de vida (Ferreira et al, 2008). Nas considerações a respeito da qualidade de vida de uma população, dentre as diversas condições que podem ser associadas à saúde geral destaca-se o papel da saúde bucal (Marchini, 2001). Historicamente existem deficiências acumuladas pelo sistema de saúde no tratamento odontológico no idoso, como por exemplo, o despreparo de tal sistema para preencher as necessidades especiais do idoso, a educação inadequada para treinamentos dos cirurgiões-dentistas interessados em Odontogeriatria e a má distribuição dos dentistas em regiões mais carentes (Pereira et al., 2009). O processo natural de envelhecimento promove alterações na saúde sistêmica dos pacientes, bem como alterações bucais, que não deixam de ser reflexos da história odontológica e da conduta preventiva de cada um ao longo da vida. Segundo Parajara e Guzzo (2000), essas alterações e patologias em um paciente idoso, assim como o uso de medicamentos, as modificações funcionais e fisiológicas e as condições sociais e
  • 7. 7 econômicas em que estão inseridos, acabam causando uma maior deficiência na saúde bucal, e consequentemente uma perda da eficiência mastigatória, que já não é mais a mesma encontrada em um paciente jovem. Atualmente, mais de 70% das mortes no Brasil estão relacionadas às condições crônicas. Entre as patologias mais comuns posicionam-se a Hipertensão Arterial e o Diabetes. Essas se destacam também por serem fatores de risco ao desenvolvimento de outras alterações de origem cardiovascular, nefropatias, retinopatias, neuropatias, entre outros. Ao mesmo tempo são consequências de condições crônicas como a má alimentação, dislipidemias e obesidade. (Willians, 2009). Este fato, comprova os resultados encontrados no presente estudo, onde estas manifestações sistêmicas também foram encontradas como as mais prevalentes. No Brasil, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por cerca de 300 mil mortes em 2007, 40% das aposentadorias precoces e custo econômico estimado em cerca de 475 milhões de reais apenas em internações hospitalares, que chegam a mais de um milhão por ano. Tal impacto está diretamente relacionado aos casos de Hipertensão no país, cuja prevalência média estimada foi de 24% em 2007, observando-se valores mais elevados nos grupos de maior idade, atingindo cerca de 50% dos indivíduos entre 60 e 69 anos e mais de 70% daqueles acima de 70 anos (Malta et al., 2009). Neste aspecto, podemos observar que a média de idade dos idosos analisados no estudo, comparado ao grupo mais afetado por esta doença são semelhantes. Conforme Vendola e Neto (2009), a situação epidemiológica em termos de saúde bucal da população idosa no Brasil pode ser classificada como bastante severa e grave, pois a ruína da dentição é cada vez mais rápida. Então, um dos temas centrais na melhoria da qualidade de vida dos idosos brasileiros, sendo já considerado como questões idemiológicas e demográficas, é o edentulismo. Pois segundo o mesmo autor “A perda da dentição influi sobre a mastigação, digestão, gustação, pronúncia, aspecto estético e predispõe a doenças geriátricas. Os pacientes edêntulos apresentam condições de saúde geral mais precária, mais incapacidades físicas e maior chance de mortalidade do que em pacientes dentados.” Além disso, na área da Odontogeriatria, os estudos apontam, além do edentulismo, uma alta prevalência de cáries coronárias e radiculares, doenças
  • 8. 8 periodontais, desgastes dentais, dores orofaciais, desordens têmporo-mandibulares, alterações oclusais, hipossalivação e lesões de tecidos moles (Sequeira, 2001). Assim pode-se perceber que o próprio processo de envelhecimento torna esse grupo etário mais vulnerável ao aparecimento de problemas bucais, e o quanto o cuidado com esses indivíduos deve ser redobrado. “Conhecer as representações, percepções e expectativas é fundamental para dirigir essa atenção, do contrário será muito difícil ou mesmo impossível, melhorar a qualidade de vida desta população” (Campostrini, 2004). As atividades educacionais em saúde bucal desempenham um papel fundamental na qualidade de vida de qualquer pessoa, em qualquer idade, pois a exemplo dos programas educacionais, as atividades preventivas também reduzem o risco de enfermidades bucais. “Em um estudo onde analisaram-se algumas atividades preventivas educacionais odontogeriátricas, foi concluído que as instruções de higiene, e a aprendizagem dos cuidados com dentes/próteses devem ser uma constante. A sensibilização e a motivação para o aprendizado devem ser uma preocupação incessante no contexto ensinoaprendizagem e a manutenção para uma modificação comportamental educacional deve ser feita com atividades frequentes e diversificadas (verbal, demonstrativa) para que o indivíduo se sensibilize e se motive a aprender” (Brondani, 2002). Um fator de extrema importância a ser considerado, é o pouco comprometimento dos cuidadores de idosos, profissionais ou não, e dos familiares ou próximos, nos casos em que o próprio idoso não está mais apto a realizar sua higienização corretamente, o que agrava a situação. “Um programa preventivo bucal eficiente é aquele individualizado para determinado paciente e que conte com o apoio de seus familiares e cuidadores devidamente treinados e informados para proporcionar uma promoção de saúde com o intuito de melhorar a qualidade de vida destes idosos mais debilitados fisicamente. Este grupo etário, comumente o mais negligenciado pela comunidade, é o que demandaria mais atenção profissional, necessitando de cuidados específicos e essenciais” (Campostrini, 2004). Segundo Ferreira et al. (2008), é fundamental que a sociedade comece a encarar o envelhecimento como um processo natural no curso da vida, cada vez mais possível de acontecer na existência de cada um. Entretanto, a realidade brasileira caracteriza-se por desigualdades extremas no que tange à qualidade de vida na terceira idade, com um
  • 9. 9 número expressivo de idosos vivendo em condições precárias, sem oportunidade de ter uma vida saudável. Para esta parcela da população é necessário implementar políticas que estimulem tanto o poder público quanto a iniciativa privada a investir em ações que garantam as condições mínimas necessárias para um envelhecimento com dignidade e a melhoria da qualidade de vida do idoso. “O levantamento de dados epidemiológicos relativos à prevalência das doenças bucais nesse grupo etário, relacionando tais doenças com o comprometimento das diversas estruturas anatômicas é de grande importância. A saúde bucal do idoso ainda é, em geral, um tema pouco valorizado; resultados de pesquisas revelam que os idosos, em muitos países, não têm acesso ao atendimento odontológico adequado” (Saliba, 2006). Sendo assim, a promoção da atenção à saúde do idoso deve ser disseminada, e será mais efetiva se pudermos considerar para orientar os serviços, dados epidemiológicos mais precisos, gerando um conhecimento mais apurado para poder realizar projetos de auxílio, sabendo das suas principais necessidades e um pouco mais sobre a melhor forma de melhor atendê-los. Esse auxílio deve ser integral, considerando os aspectos preventivos e curativos, reforçando o envolvimento de uma equipe multiprofissional na identificação dos problemas e nas buscas das soluções. CONCLUSÃO Por meio do Projeto de extensão de Atenção à Saúde Bucal do Idoso, tanto os acadêmicos, docentes, profissionais da área da saúde e internos de instituições de longa permanência são beneficiados. Podemos contribuir com a ciência por meio da publicação de levantamentos epidemiológicos, bem como através da complementação do ensino dos acadêmicos participantes do projeto, e também modificar a realidade dos pacientes contemplados por meio do acolhimento realizado, além do diagnóstico, planejamento e tratamento transdisciplinar.
  • 10. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRONDANI, M.A. Educação preventiva em Odontogeriatria - mais que uma necessidade, uma realidade. Rev Odonto Ciência, v.17, n. 5, p. 57-61, 2002. CAMPOSTRINI, E. Odontogeriatria. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. FERREIRA, I.R.S.; BERNARDO-FILHO, M.; MAIWORM, A.I.; SANTOS-FILHO, S.D. Odontogeriatria: uma análise do interesse da comunidade científica no estudo da relação entre as estruturas anatômicas da boca e o processo de envelhecimento, Rev Bras Cien Envelh Hum, v.5, n.2, p.79-96, 2008 GONÇALVES, M. L. O novo idoso: muito além do amparo. Rev SESC, v. 5, n.3, p. 74, 2004. ISSRANI R.; AMMANAGI R., KELUSKAR V. Geriatric Dentistry - meet the need. BBO Gerodontology, v.2, n.4, p. 1-5, 2012. MARCHINI, L. Prótese dentária na terceira idade. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. v. 55, p. 83-87, 2001. PARAJARA, F.; GUZZO, F. Sim, é possível envelhecer com saúde. Rev Assoc Paul Cir Dent, 54 (3):91-99, 2000. PEREIRA, M.T.P.; MONTENEGRO, F.L.B.; FLÓRIO F.M. Estratégias preventivas em Odontogeriatria. Dissertação (Especialização em Saúde Coletiva) - Curso de Especialização em Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, Campinas, 2009. SALIBA, C. A. Saúde bucal dos idosos: uma realidade ignorada. Rev. Assoc. Paul Cir Dent, v. 53, p. 279-282 , 2006. SEQUEIRA, E. Odontogeriatria: a especialidade do futuro, Rev. ABO Nac, 9 (2): 72-8, 2001.
  • 11. 11 VENDOLA, M.C.; NETO, A. R. Bases Clínicas em Odontogeriatria. São Paulo: Santos, 2009. ALVES, C.; BRANDÃO, M.; ANDION, J.; MENEZES, R.; CARVALHO, F. Atendimento odontológico do paciente com diabetes melito: recomendações para a prática clínica. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, Salvador-Ba. 2006; 5(2): 97- 110. PUCCA Jr., G. A. Saúde bucal do idoso: Aspectos socais e preventivos. São Paulo: Editora Atheneu, 1999. CHOBANIAN, A., BAKRIS, G., BLACK, H., et al. National Heart, Lung, and Blood Institute Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. JAMA 2003; 289:2560–72. SCHMIDT, K., OERTEL, W. Tremor sem fim?. Rev de psicologia, psicanálise, neurociência e conhecimento 2005. 14(153):78-84. MALTA, D. C. et al. Doenças crônicas não transmissíveis: mortalidade e fatores de risco no Brasil, 1990 a 2006. In: Saúde Brasil 2008. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. p. 337–362. WILLIANS, B. The year in hypertension. Journal of American College of Cardiology, v.55, n. 1, p. 66-73, 2009.