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ANÁLISE DE FATORES ASSOCIADOS A LESÕES DE TECIDOS MOLES DA
BOCA EM IDOSOS DE 02 UNIDADES DO PSF DE GOVERNADOR VALADARES,
2007
Alyne Rodrigues Cordeiro*1
Érika Bezerra Sírio*
Filipe Garcia Soares*
Joyce de Matos Lima*
Suhellen Guerra Rocha*
Victor Padilha Valente*
Ayla Norma Ferreira de Matos**
RESUMO
O objetivo deste estudo foi identificar os fatores associados à presença de lesões
suspeitas de malignidade na cavidade bucal de idosos que são usuários residentes
na área de abrangência dos PSF de Chonim e CAIC de Governador Valadares/MG
com idade entre 65-74 anos, que foram encaminhados para os serviços de
referência secundária. Caracterizou-se como um estudo epidemiológico do tipo
transversal e como fonte de informação foram utilizados os instrumentos de coleta
de dados adaptados do Projeto SB-BRASIL/2003. As variáveis consideradas no
estudo foram: epidemiológicas e comportamentais. O período de coleta de dados foi
de 25/08/2007 a 18/12/2007, sendo processados e analisados no EpiInfo/2002. Do
universo de 292 usuários examinados, 69 pessoas apresentaram lesões de tecidos
moles. A localização topográfica mais acometida foi o rebordo alveolar e a lesão
prevalente foi a hiperplasia. Identificou-se que a maioria dos indivíduos com lesões
não fumavam e não bebiam. Quanto à dieta de frutas e verduras, a maioria dos
indivíduos não consumia e, a maioria dos indivíduos não ficava exposta ao sol
durante o trabalho. Concluiu-se a necessidade de realizar ações
educativas/preventivas para estimular a adoção de uma dieta mais saudável.
Palavras-Chave: Idosos. Lesões de mucosa. Programa saúde da família.
* Graduandos do 8º Período do Curso de Odontologia da FACS/UNIVALE
** Professora adjunta da FACS UNIVALE; Mestre em Saúde Coletiva Odontologia
1
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, a transição demográfico-epidemiológica caracteriza-se pela
prevalência cada vez mais elevada de doenças e fatores de risco relacionados com
os estilos de vida, o que exige uma transformação do modelo assistencial vigente,
com oferta de serviços e ações preventivas e de promoção de saúde, incluindo
também a necessidade de iniciativas inovadoras de informação, educação e
comunicação (BUSS et al.,1998).
Com o processo de envelhecimento populacional (transição demográfica),
aumentam cada vez mais a necessidade do estudo dos fatores que incidem sobre a
prevalência das doenças crônicas não transmissíveis associadas à idade. As
alterações relacionadas à idade ocorrem praticamente em todas as partes do corpo,
trazendo diversas mudanças funcionais ao organismo idoso (BUENO et al., 2008).
As doenças crônicas não-transmissíveis constituem uma das principais
causas de morte nos países desenvolvidos e nas grandes cidades brasileiras. Entre
essas doenças estão às cardiovasculares, os cânceres, o diabetes mellitus, as
doenças respiratórias crônicas (REGO et al., 1990).
O câncer é um importante problema de saúde pública em países
desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo responsável por mais de seis milhões
de óbitos a cada ano, representando cerca de 12% de todas as causas de morte no
mundo (GUERRA; GALLO; MENDONÇA, 2002).
O câncer bucal acomete mais homens que as mulheres numa proporção de
3:1, em uma idade mais avançada, geralmente a partir da 5° década de vida
(ANTUNES et al., 2003).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (2008), a incidência de câncer bucal
no Brasil para o ano de 2008 é de 14.160 novos casos. Na região sudeste a
estimativa é de 8010 novos casos de câncer bucal, sendo 6.080 para cada 100.000
homens e 1.930 para cada 100.000 mulheres. O câncer bucal foi o nono tipo de
tumor mais freqüente nacionalmente para ambos os sexos. Na região sudeste, foi o
quinto tipo de tumor mais freqüente em homens e, o sétimo tipo mais freqüente em
mulheres, segundo estimativas de incidência para o ano de 2008 no Brasil.
2
As neoplasias malignas causam um grande impacto social e, com
reconhecida repercussão, quer no âmbito social quer no nível pessoal do seu
portador. Entre as inúmeras neoplasias o câncer bucal assume um importante
significado, dadas as suas características de doença mutiladora, além do fato de ser
um indicador da insuficiência de políticas de saúde e da existência de uma grande
pobreza social (BIAZEVIC, 2003).
A ocorrência do câncer bucal está muito freqüentemente ligada a vícios
evitáveis, como o tabagismo e o etilismo, e à higiene oral negligenciada. A
combinação desses fatores, segundo Carvalho (2003), é a causa de 80% das
neoplasias bucais.
No contexto da transição demográfica em curso, os idosos tem sido alvo de
vários estudos, sendo que estes têm procurado embasar-se em diferentes
elementos intrínsecos ao processo de envelhecimento, os quais são diretamente
ligados às características do indivíduo, da sociedade, da cultura e das próprias
políticas públicas vigentes (BULGARELLI; MANÇO, 2008).
De acordo com Giacomin et al. (2005), a prática do cuidado às pessoas
idosas exige uma abordagem global, interdisciplinar e multidimensional. Todo
profissional chamado a atender o idoso deve procurar promover a qualidade de vida.
A promoção da longevidade deixou de ser uma meta a todo preço. Segundo este
autor:
É importante viver muito, mas é fundamental viver bem. A promoção do
envelhecimento saudável, isto é, envelhecer mantendo a capacidade
funcional e autonomia, é reconhecidamente a meta de toda ação de saúde.
A promoção e prevenção em saúde não terminam quando se faz 60 anos
(GIACOMIN et al., 2005, p. 1114).
Entretanto, quando se discute sobre as condições de saúde bucal da
população idosa brasileira, ela tem sido relegada ao esquecimento. A perda total de
dentes (edentulismo) ainda é aceita pela sociedade como algo normal e natural com
o avanço da idade, e não como reflexo da falta de políticas preventivas de saúde,
destinadas principalmente à população adulta, para que mantenha seus dentes até
idades mais avançadas (PUCCA Jr., 2000; ROSA et al., 1992).
As necessidades odontológicas dos idosos são importantes e amplas. Dados
epidemiológicos desse grupo populacional podem mostrar a história de vida-saúde e
3
o tipo de atenção recebida em todas as fases da vida. Esses indivíduos apresentam,
em geral, um grande número de dentes perdidos e muitos casos em que há
necessidade de reabilitações (REIS; MARCELO, 2006).
Além disso, os indivíduos da terceira idade estão sujeitos a vários tipos de
lesões na mucosa bucal (como candidíases e leucoplasias) e outras doenças, como
por exemplo, o câncer bucal (PEREIRA; MONTENEGRO, 2009).
A relação entre envelhecimento e o câncer, de acordo com Duthie e Katz
(2002), é conhecida há muito tempo. À medida que se envelhece, acumulam-se
erros genéticos (perda de material cromossômico e erros no reparo do DNA) nas
células. Estas células com alterações genéticas são numericamente potencializadas
por promotores de tumor endógenos ou exógenos (hormônios, tabaco, álcool, vírus).
O dano ao DNA pode ser acentuado à medida que a capacidade de reparar o DNA
diminui com a idade.
Tendo em vista o papel potencial do estilo de vida na proteção ou promoção
do desenvolvimento de lesões de mucosa, este estudo objetivou identificar os
fatores associados à presença de lesões suspeitas de malignidade na cavidade
bucal de idosos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 SAÚDE BUCAL DOS IDOSOS
Idoso, na Política Nacional do Idoso, é o indivíduo com 60 anos ou mais de
vida (BRASIL, 2008).
À medida que as sociedades envelhecem, os problemas de saúde entre
idosos desafiam os sistemas de saúde e de seguridade social. Enfermidade não é
uma conseqüência inevitável da velhice, nem tampouco está limitado a este
contingente populacional (KALACHE, 2008).
A saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde geral do indivíduo.
Está relacionada diretamente com as condições de saneamento, alimentação,
moradia, trabalho, educação, renda, transporte e lazer, liberdade e acesso e posse
de terra ao serviço de saúde e informação (COUTINHO; MARTINS, 2005).
4
Bulgarelli e Manço (2008) ressaltam que uma boa saúde bucal, entendida
como parte integrante da saúde geral da pessoa idosa, é norteadora de um
envelhecimento saudável, assim como a realização de atividades físicas e
cognitivas, manutenção de contatos sociais e a prevenção de doenças.
O envelhecimento leva a alterações fisiológicas que predispõem o idoso a
apresentar, com freqüência, condições patológicas típicas do envelhecimento, o que
requer uma maior atenção por parte dos profissionais de saúde (MENDES et al.,
2009).
Apesar da reconhecida importância da saúde bucal, uma parcela da
população brasileira não tem acesso aos serviços de saúde. Esta situação é
responsável não só pelos números desanimadores vistos no último levantamento
epidemiológico nacional, para algumas localidades (BRASIL, 2003), mas por
demonstrar que as dores de dente e a perda dentária estão presentes no cotidiano
dos brasileiros (PIUVEZAM; ALVES, 2004; FERREIRA; ALVES, 2002; BARROS;
BERTOLDI, 2002).
A saúde bucal da população idosa brasileira encontra-se numa situação
precária, sendo evidenciada em muitos estudos pelo grande número de indivíduos
edêntulos (SALIBA et al., 1999; SILVA, 1999; PINHEIRO, 2001), como também pela
ausência de programas voltados para este grupo populacional (SILVA, 1999).
A Federação Dentária Internacional (FDI) recomenda para os países em
desenvolvimento, a aplicação de serviços preventivos extensos para comunidades e
a distribuição de recursos, quando escassos, para a prevenção e a educação em
lugar dos procedimentos restauradores (FDI, 1993).
Os profissionais de saúde se deparam, além do grande acúmulo de
carências, com uma insuficiente rede de serviços para reverter essa realidade. Além
disso, acrescenta-se a dificuldade de acesso dos idosos aos serviços de saúde, em
função da pobreza material de um largo percentual neste grupo, revelada desde a
falta de condução para ir ao posto de saúde até a falta de dinheiro para comprar a
medicações prescritas (MOREIRA; NUTO; NATIONS, 2004).
No Brasil, a necessidade de tratamento especificamente para os idosos está
geralmente relacionada à perda dos dentes, cárie dentária, abrasão, doença
periodontal, câncer bucal e lesões da mucosa bucal (SILVA, 1999).
5
2.2 CÂNCER BUCAL E FATORES ASSOCIADOS
No Brasil, a incidência do câncer bucal é considerada uma das mais altas do
mundo. Ele pode ser considerado o câncer mais comum da região de cabeça e
pescoço, excluindo-se o câncer de pele (DEDIVITS et al, 2004).
O câncer é uma patologia de etiologia multifatorial, resultante,
principalmente, de alterações genéticas, fatores ambientais e do estilo de vida
(BULGARELLI; MANÇO, 2008).
A ocorrência do câncer bucal está muito frequentemente ligada a vícios
evitáveis, como o tabagismo e o etilismo, e á higiene oral negligenciada (MELO et
al., 2003). Segundo Oliveira, Silva e Zucoloto (2006), o conhecimento dos fatores de
risco constitui a base para uma prevenção efetiva da doença.
Loranzi (2003), afirma que embora o câncer bucal seja uma doença mais
freqüente no sexo masculino, tem-se verificado um aumento de risco para cânceres
da orofaringe e da cavidade bucal em mulheres.
Quanto à interação, idade e incidência do carcinoma epidermóide, são
nítidas as mudanças antes dos 60 anos (88% masculino e 12% feminino) em
comparação com os pacientes com mais de 60 anos (74% masculino, 26% feminino)
(PERUSSI et al., 2002).
O câncer bucal afeta as seguintes regiões anatômicas: lábio, mucosa dos
lábios superior e inferior, mucosa jugal, áreas retromolares, vestíbulo bucal, rebordo
gengival superior e inferior (gengiva e alvéolo superior e inferior, respectivamente,
palato duro, assoalho da boca e língua) e glândulas salivares (BALDISSEROTO;
ARAÚJO; PADILHA, 2004).
A neoplasia do lábio inferior é relativamente a patologia mais comum no
câncer de boca, apresentando taxa de incidência que varia na literatura de 12% a
30% dos tumores de cabeça e pescoço; por causa da sua localização o seu
diagnóstico é precoce. Em contrapartida os cânceres que se localizam na língua têm
o pior prognóstico dentre todas as outras localizações da cavidade bucal (ANTUNES
et al., 2003).
De acordo com Bomfim et al. (2008), as estomatites protéticas, hiperplasia
fibrosa inflamatória e queilite angular foram as lesões de mucosa mais
6
frequentemente encontradas em idosos, respectivamente. Sendo que as condições
físicas e de higiene das próteses dentárias, quando são desfavoráveis, podem
colaborar para o aparecimento de estomatites protéticas.
No estudo realizado com idosos de 60 anos e mais, por Antunes, Toporcov e
Wunsch Filho (2007), a quantidade de idosos com lesões foi baixa. No estudo de
Rosseto et al. (2006) não foi encontrado nenhum tipo de lesão. No projeto SB Brasil
ação complementar de Minas Gerais (Brasil, 2004) que avaliou a condição de saúde
bucal da população brasileira, foi identificado um percentual considerável de idosos
que apresentavam lesões da mucosa bucal.
Apesar de ainda não haver uma clara compreensão da etiologia do câncer,
vários fatores determinantes têm sido detectados e investigados. O conhecimento
dos fatores de risco constitui a base para uma prevenção efetiva da doença. Mesmo
sendo o câncer de boca uma doença multifatorial, o tabaco e o álcool são os dois
fatores de risco mais importantes não só para o desenvolvimento da neoplasia,
como também para seu prognóstico (BUNDGAARD; BENTZEN; WILDT, 1994).
A relação entre o ato de fumar e o câncer de boca é bem estabelecida. O
tabaco é usado em todo o mundo em diversas formas; contudo, o fumo de cigarros
manufaturados é a forma mais prevalente. O uso de cachimbo e charutos é também
considerado um importante fator de risco em cânceres bucal e da faringe (LEITE;
GUERRA; MELO, 2005).
Estes mesmos autores, afirmam ainda que a etiologia do câncer de boca em
não fumantes não está clara, porém é evidente o uso de tabaco como o grande fator
de risco para câncer bucal e para as lesões potencialmente malignas. O vício de
fumar é um fator de risco independente para o desenvolvimento do câncer,
aumentando o risco relativo em sete a dez vezes em comparação com não
fumantes. O ato de fumar aumenta o risco de câncer significantemente, conforme o
aumento tanto no consumo de cigarros por dia, como na duração do hábito de
fumar, configurando um efeito dose-dependente.
A interrupção do hábito de fumar reduz o risco ao câncer, ficando próximo ao
daqueles pacientes que nunca fumaram, após um período de 10 a 20 anos (ABDO
et al., 2005).
7
O início do vício em idade precoce e um longo tempo de exposição ao fumo
tem sido constantemente relatado em artigos científicos (LEITE; KOIFMAN, 1998;
ALMODOVAR; PEREZ; ARRUZA, 1996)
Para Souza Jr. (2006) o risco de desenvolvimento de câncer em indivíduos
que fumam cigarros industrializados é 6,3 vezes maior do que em não fumantes, e
que o fumo passivo também pode atuar como fator de risco no desenvolvimento do
câncer.
Segundo Smith (1982) apud Leite e Koifman (1998), etiologicamente o
câncer de língua está mais associado ao consumo de álcool do que ao de fumo.
Estes autores perceberam que o período de abstinência entre 1920-23, nos Estados
Unidos, houve um leve declínio da mortalidade por câncer de boca e faringe.
Graham (1977), apud Souza Júnior (2006), afirma que o álcool também
exerce influência sobre as células da cavidade bucal. Sabe-se que etilitas que fazem
mais de 6 ingestões de bebida alcoólica com alto teor de álcool diariamente
apresenta probabilidade 10 vezes maior de desenvolver câncer bucal quando
comparados com indivíduos que não bebem.
A ingestão crônica de álcool está associada ao desenvolvimento de câncer
oral em pacientes suscetíveis, em sinergismo com outros agentes carcinogênicos
(GIGLIOTTI et al., 2008).
Neville et al. (1988) informaram que o consumo de álcool por si só, não tem
provado ser capaz de iniciar um câncer bucal, e que o câncer bucal ainda não foi
produzido através da aplicação tópica e sistêmica de álcool em animais. Entretanto,
este hábito parece ser um potencializador ou promotor significativo para outros
fatores etiológicos, especialmente o tabaco, e seus efeitos são significativos, ao
considerar que a maioria de grandes bebedores são também grandes fumantes.
Para estes mesmos autores, estudos de controle de casos concluíram que o
risco depende da dose e do tempo, e a combinação do abuso do álcool e tabaco por
longos períodos pode aumentar o risco de uma pessoa contrair câncer oral em mais
de 15 vezes.
A combinação do álcool e do tabaco apresenta uma maior probabilidade de
causar câncer que qualquer uma das duas substâncias usadas isoladamente. Cerca
de dois terços dos cânceres orais ocorrem em homens, mas a incidência crescente
8
do tabagismo entre mulheres ao longo das últimas décadas vem eliminando
gradualmente essa diferença entre os sexos. O cigarro é uma das causas mais
prováveis de câncer bucal, mais que o hábito de fumar charuto ou cachimbo.
(CÂNCER, 2009)
Há várias evidências de que a alimentação tem um papel importante nos
estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer, destacando-se entre
outros fatores de risco. Acredita-se que uma dieta adequada poderia prevenir de três
a quatro milhões de casos novos de cânceres a cada ano (GARÓFOLO et al., 2004).
Estes mesmos autores complementam ainda que os benefícios decorrentes
das modificações no estilo de vida, incluindo-se as modificações dietéticas, para
redução mundial dos coeficientes de incidência e mortalidade de câncer, já estão
amplamente documentados. A adoção de hábitos saudáveis, incluindo a
alimentação, constitui fator de proteção contra o desenvolvimento de vários
cânceres.
No estudo de Marchioni et al. (2002), observou-se que quanto maior o
consumo de vegetais e frutas há uma tendência significativa para a diminuição do
risco de desenvolver câncer bucal.
Por modificarem a mucosa bucal, os fatores nutricionais como uma dieta rica
em gorduras, álcool e ferro ou pobre em proteínas, vitaminas (A, E, C, B2) e alguns
minerais, como cálcio e selênio são considerados importantes fatores de risco para o
câncer bucal (MENDES, 2000).
Segundo Leite e Koifman (1998), estudos etiopatogênicos sobre o câncer de
boca revelam o papel protetor de certos elementos da dieta, como o beta-caroteno,
extremamente eficiente contra radicais de livres de oxigênio e melhoria da atuação
do sistema imunológico.
Sobre a exposição ao sol, para Leite e Koifman (1998), a radiação solar tem
papel etiopatogênico importante para o câncer de lábio.
Para Souza Jr. (2006), é importante que seja evitada a exposição solar em
períodos de sol mais intenso (entre 10 – 15 horas). Aliado a isso, o uso de protetores
solares para os lábios e chapéu de abas largas são medidas importantes para a
prevenção do câncer de lábio.
9
Gunnarskog et al. (1995) apud Leite e Koifman (1998), analisando o câncer
de lábio, observaram que em países nórdicos existe uma tendência ao declínio da
incidência entre homens, fato atribuído ao processo de industrialização, que permite
a diminuição crescente de homens expostos ao sol pela agricultura e outros
trabalhos externos.
Contudo, no estudo realizado por Sugerman e Savage (2002), na Austrália,
houve uma prevalência de homens com câncer sendo 50% de lábio. O que vai de
acordo com o estudo de Nasser (2004), que revelou uma maior incidência de câncer
de lábio em homens do que em mulheres.
Diante destes fatos, a prevenção do câncer de boca adquire grande
relevância em saúde pública, principalmente se considerarmos que a abordagem
preventiva é perfeitamente compatível com a natureza desta doença, pois a boca
favorece o fácil acesso visual e, além disso, é possível esclarecer a população sobre
a necessidade da eliminação dos fatores de risco fortemente associados ao
desenvolvimento do câncer (NAVARRO, 2009).
Cabe, portanto, ao cirurgião-dentista estar atento a qualquer alteração da
mucosa sugestiva de malignidade (FONTES;SOUSA; ROSA, 2004).
3 MATERIAL E MÉTODOS
A população do estudo envolveu 292 indivíduos na faixa etária de 65-74
anos, residentes na área de abrangência do PSF de Chonim de Baixo e Chonim de
Cima e CAIC I do município de Governador Valadares/MG. Caracterizou-se como
um estudo epidemiológico do tipo transversal e, como fonte de informação, foram
utilizados dados secundários do projeto intitulado Inquérito Epidemiológico do câncer
de boca de em unidades do programa saúde da família de Governador
Valadares/Minas Gerais, 2007. Os instrumentos de coleta de dados adaptados do
Projeto SB-BRASIL/2004. As variáveis consideradas no estudo foram:
epidemiológicas (presença ou não de lesão, localização topográfica na cavidade
bucal e característica da lesão) e comportamentais (hábitos do uso de fumo e álcool,
exposição ao sol, consumo de frutas e verduras). Os exames foram realizados por
professores/cirurgiões dentistas, acadêmicos do curso de Odontologia da
10
Universidade Vale do Rio Doce UNIVALE/MG e por cirurgiões dentistas da unidade
do PSF. Todos calibrados previamente à realização dos exames. Foram realizados
nas seguintes condições: sob luz natural, utilizando abaixadores de língua, cadeira
comum e cama, se o paciente era acamado, através de exame clinico de inspeção e
palpação e, para aqueles que apresentaram alterações detectadas em tecidos
moles, o examinador informou e agendou a data de sua consulta na unidade de
referência secundária, que foi a UNIVALE. Os locais de realização dos exames
foram diversificados: Unidade Saúde da Família (USF), salão paroquial das Igrejas,
sede de assentamento, escolas e domicílios. O período de coleta de dados foi de
25/08/2007 a 18/12/2007, sendo processados e analisados no EpiInfo/2002. Para a
realização deste estudo o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa -
CEP da UNIVALE, sob o Protocolo de número 024/06 PQ.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca do conhecimento detalhado do comportamento regionalizado de
uma doença é de suma importância. As diferenças epidemiológicas, variações dos
hábitos e costumes e os tipos de exposição aos diversos fatores de risco, justificam
mudanças na forma de apresentação da doença.
23,63%
76,37%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Apresentaram Lesões Não Apresentaram Lesões
Gráfico 1 – Idosos examinados com presença de lesão suspeita na
cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Nesta pesquisa, o universo da população estudada foi de 292 idosos
examinados, sendo que a prevalência de lesões suspeitas foi de 23,63% (n=69),
11
conforme se observa no Gráfico 1. Entretanto, o estudo realizado com idosos de 60
anos e mais por Antunes, Toporcov e Wunsch-Filho (2007) encontrou um percentual
bem mais baixo, de 8,5% e no estudo de Rosseto et al. (2006) nenhuma lesão foi
diagnosticada. Já nos dados levantados pelo projeto SB-Brasil – Ação
Complementar de Minas Gerais, que avaliou a condição de saúde bucal da
população brasileira, foi identificada a presença em 26% do total da população
examinada (BRASIL, 2004).
42%
58%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Homens Mulheres
Gráfico 2 – Idosos examinados com presença de lesão suspeita na
cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
De acordo com o gráfico 2, dos idosos que apresentaram lesão suspeita
58% (n= 40) eram mulheres e 42% (n=29) eram homens. Estes achados são
corroborados com o estudo de Coutinho e Martins (2005) que apresentaram
resultados semelhantes ao dessa pesquisa, onde a prevalência foi maior em
mulheres (68,75%) do que em homens (31,25%). Entretanto, divergem dos estudos
de Perussi et al. (2002), que encontrou maior prevalência em homens.
1,45%
27,50%
24,65%
7,25%
5,80%
18,85%
7,25% 7,25%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
FÍSTULA HIPERPLASIA MÁCULA PLACA PÁPULA NÓDULO EROSÃO ÚLCERA
Gráfico 3 – Tipos de lesões suspeitas na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
12
Com relação às características das lesões suspeitas na cavidade bucal, as
hiperplasias tiveram maior ocorrência com 27,50% (n= 19), seguido de mácula,
24,65% (n= 17) e de nódulos 18,85% (n=13), conforme demonstrado no gráfico 3.
Entretanto, o estudo de Bomfim et al. (2008) mostrou que a hiperplasia foi a segunda
lesão mais prevalente, estando presente em 42,5% dos pacientes examinados e que
45,7% dos casos ocorreu no rebordo alveolar superior. Entretanto, no estudo
realizado por Oliveira, Silva e Zucoloto (2006), as lesões linguais foram as mais
freqüentes com 27,9% dos casos, seguido pela região de assoalho bucal com
27,1%.
5,80%
1,45%
5,80% 5,80%
2,90%
20,30%
4,30%
23,20%
5,80%
23,20%
1,45%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
FUNDO SACO VESTÍBULO TRÍGONO RETROMOLAR
LÁBIO SUPERIOR LÁBIO INFERIOR
COMISSURA LABIAL MUCOSA JUGAL
LÍNGUA GENGIVA/REBORDO ALVEOLAR
ASSOALHO DA BOCA PALATO
OROFARINGE
Gráfico 4 - Localização topográfica das lesões suspeitas na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Sobre a localização topográfica, no gráfico 4, verifica-se que as regiões
anatômicas de maior ocorrência das lesões na boca são: gengiva, rebordo alveolar e
o palato, todas com 23,20% dos casos (n = 16), seguidos da mucosa jugal com
20,30% (n=14). De acordo com o estudo de Mendes et al. (2009), o local onde as
lesões foram identificadas com maior freqüência foi o palato com 31%, seguido de
gengiva e rebordo alveolar com 23%. Já o estudo de Sugerman e Savage (2002),
conduzido na Austrália, mais de 50% dos casos foi de lábio.
13
10,10%
24,65%
58,00%
7,25%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Sim Parou Não Não se aplica
Gráfico 5 - Hábito de fumar dos usuários com lesão suspeita na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Em relação aos fatores associados á presença de lesão, 58% (n=40) dos
entrevistados não fumavam, 24,65% (n= 17) fumavam, mas pararam, 10,10% (n=7)
fumam e 7,25% (n=5) não se aplica (Gráfico 5).Estes dados mostram-se contrários
aos estudos de Dedivitis et al. (2004) em que 76,8% dos indivíduos eram fumantes;
e do estudo de Fontes, Sousa e Rosa (2004) em que 70,6% dos pacientes eram
fumantes.
57,15%
42,85%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Cigarro Industrial Palha
Gráfico 6 - Tipo de cigarro consumido pelos usuários com lesão suspeita
na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Nesta análise, conforme evidenciado no gráfico 6, 57,15% (n= 4) dos
pacientes fazem uso do cigarro industrial, 42,85% (n= 3) fazem uso do cigarro de
palha. Estes resultados estão de acordo com os dados encontrados no estudo de
Leite, Guerra e Melo (2005) e Abdo et al. (2005), os quais afirmaram ser o consumo
de cigarros manufaturados a forma mais prevalente, seguido pelo consumo de
cigarro da palha. Segundo Franco et al. (1989) apud Leite e Koifman (1998) o risco
14
de desenvolvimento de câncer em indivíduos que fumam cigarros industrializados é
6,3 vezes maior do que em não fumantes.
85,70%
14,30%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Até 10 De 21 a 40
Gráfico 7 – N° de cigarros consumidos pelos usuários fumantes com
lesão suspeita na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Quanto à freqüência do consumo de cigarro, gráfico 7, 85,70% (n=6) dos
pacientes consomem até dez cigarros por dia e 14,3% (n=1) consomem de vinte e
um a quarenta cigarros por dia. No levantamento SB-Brasil ação complementar
Minas Gerais – (Brasil, 2004) encontrou resultado um pouco menor, onde 59% dos
pacientes consumiam até 10 cigarros por dia.
7,20%
84,10%
8,70%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim Não Não se aplica
Gráfico 8 - Hábito de beber dos usuários com presença de lesão suspeita
na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Quanto ao uso de bebida alcoólica, dos indivíduos que apresentaram lesões,
84,10% (n=58) não bebem, 7,20% (n=5) bebem e 8,70% (n= 6) não se aplica
(Gráfico 8). Mostrando, também, que esse achado é contrário aos descritos na
literatura (MENDES, 2000); e também difere do estudo apresentado por Melo et al.
15
(2003) em que mais da metade dos pacientes relatou ter tido algum tipo de contato
com bebida alcoólica.
20,00% 20,00%
60,00%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Destilada Fermentada Ambas
Gráfico 9 - Tipo de bebida mais consumida entre os usuários com presença
de lesão suspeita na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Quanto ao tipo de bebida podemos encontrar que 20% (n=1) dos pacientes
fazem uso de bebida destilada, 20% fazem uso de bebida fermentada (n=1) e 60%
(n=3) fazem uso de ambas (Gráfico 9). O que difere do estudo realizado por ABDO
et al. (2005) em que cachaça (bebida destilada) era consumida isoladamente por
79,8% da população analisada, enquanto a bebida fermentada como a cerveja era
consumida por 5,3% da amostra e a associação das duas foi relatada por 12,3% dos
pacientes.
20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00%
0%
5%
10%
15%
20%
10 anos 12 anos 14 anos 18 anos 35 anos
Gráfico 10 - Idade inicial para o consumo de bebidas alcoólicas entre os
usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Quanto à idade podemos observar que 20% (n=1) dos pacientes começaram
a consumir bebida alcoólica aos 10 anos, 20% (n=1) aos 12 anos, 20% (n=1) aos 14
16
anos, 20% (n=1) aos 18 anos e 20% (n=1) aos 35 anos (Gráfico 10). Para Gigliotti et
al. (2008), o abuso da ingestão de álcool a longo prazo induz a alterações
moleculares que contribuem para a carcinogêse. No estudo realizado por Melo et al.
(2003), relata que 16,7% dos pacientes começaram a fazer uso de bebida alcoólica
na infância.
26,10%
68,10%
5,80%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
S im Não Não se aplica
Gráfico 11 - Prevalência quanto à exposição ao sol durante o trabalho entre
os usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Em relação à exposição ao sol, conforme demonstrado no gráfico 11,
68,10% (n=47) dos pacientes não estão expostos ao sol durante o trabalho, 26,10%
(n=18) ficam expostos ao sol e 5,80% (n=4) não se aplica. Porém, no estudo
realizado por Nasser (2004), a maioria dos cânceres (78%) espinocelulares da pele
e semimucosa do lábio foi encontrada em áreas expostas á radiação solar.
47,80% 49,30%
2,90%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
S im Não Não se aplica
Gráfico 12 - Prevalência quanto ao consumo de frutas e verduras entre os
usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal
Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
Quanto ao consumo de frutas e verduras, 49,30% (n=34) não consomem,
47,80% (n= 33) consomem e 2,90% (n=2) não se aplica (Gráfico 12). No estudo
17
realizado por Marchioni et al (2002), observou-se tendência significativa para
diminuição do risco de câncer oral quanto maior o consumo de vegetais e frutas.
5 CONCLUSÃO
Frente aos dados encontrados pode-se concluir que:
- da população examinada que apresentou lesão suspeita de malignidade na
cavidade bucal, a prevalência maior foi em mulheres. Sendo a localização
topográfica de maior ocorrência no rebordo alveolar e gengiva. E a característica
mais prevalente foi de lesões hiperplásicas;
- sobre os fatores de risco, a maioria dos usuários eram não-fumantes e não-
etilistas. Entretanto, a média de idade encontrada para o início do hábito de
beber foi de 22,5 anos, e a maioria dos indivíduos consomem tanto bebida
destilada quanto fermentada. Indicando ser necessário que as ações preventivas
do câncer bucal devem começar a ser divulgada entre os jovens na tentativa de
diminuir o número de usuários;
- em relação ao tipo de tabaco, mais da metade da população fumante, utiliza o
cigarro industrial;
- quase metade da população (49,30%) não ingere frutas e verduras cruas
diariamente, sugerindo assim a necessidade de desenvolver ações educativas
visando estimular a adoção de dieta saudável;
- mais da metade da população (68,10%) que apresentou lesões suspeitas não
ficava exposta ao sol.
FACTORS ASSOCIATED WITH LES SOFT TISSUE OF THE MOUTH OF THE
ELDERLY 02 UNITS PSF OF GOVERNADOR VALADARES, 2007
ABSTRACT
The purpose of this study was to identify the socio-demographic and epidemiological
profile of users residents in the area of coverage of the PSF Chonim and CAIC of
Governador Valadares / MG with age of 65-74 years who had suspicious lesions of
the oral cavity and were routed to the secondary reference. This is an
epidemiological study of the cross way and to develop it, instruments were used
based on the collection of data adapted SB-BRASIL/2003 project. The variables
considered in the study were: epidemiological and comportamentals. The period of
data collection was from 25/08/2007 to 18/12/2007,and they were processed and
analyzed in epiInfo/2002. From 292 users examined, The diet of fruits and
vegetables most people do not consume, and most individuals are not exposed to
the sun during work peoples thay presented soft-tissue lesions .The alveolar ridge
was the topographic location most affected, and hyperplasia was the highest
prevalence. So there is a need to carry out actions aimed at prevention of early
diagnosis, and strengthen the system of reference and cross-reference between the
levels of attention of health services.
Key-Words: Oral health. Injuries of mouth's soft tissues. PSF.
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Analise de fatores associados a lesões de tecidos moles da boca em idosos de 02 unidades do PSF de Governador Valadares 2007

  • 1. ANÁLISE DE FATORES ASSOCIADOS A LESÕES DE TECIDOS MOLES DA BOCA EM IDOSOS DE 02 UNIDADES DO PSF DE GOVERNADOR VALADARES, 2007 Alyne Rodrigues Cordeiro*1 Érika Bezerra Sírio* Filipe Garcia Soares* Joyce de Matos Lima* Suhellen Guerra Rocha* Victor Padilha Valente* Ayla Norma Ferreira de Matos** RESUMO O objetivo deste estudo foi identificar os fatores associados à presença de lesões suspeitas de malignidade na cavidade bucal de idosos que são usuários residentes na área de abrangência dos PSF de Chonim e CAIC de Governador Valadares/MG com idade entre 65-74 anos, que foram encaminhados para os serviços de referência secundária. Caracterizou-se como um estudo epidemiológico do tipo transversal e como fonte de informação foram utilizados os instrumentos de coleta de dados adaptados do Projeto SB-BRASIL/2003. As variáveis consideradas no estudo foram: epidemiológicas e comportamentais. O período de coleta de dados foi de 25/08/2007 a 18/12/2007, sendo processados e analisados no EpiInfo/2002. Do universo de 292 usuários examinados, 69 pessoas apresentaram lesões de tecidos moles. A localização topográfica mais acometida foi o rebordo alveolar e a lesão prevalente foi a hiperplasia. Identificou-se que a maioria dos indivíduos com lesões não fumavam e não bebiam. Quanto à dieta de frutas e verduras, a maioria dos indivíduos não consumia e, a maioria dos indivíduos não ficava exposta ao sol durante o trabalho. Concluiu-se a necessidade de realizar ações educativas/preventivas para estimular a adoção de uma dieta mais saudável. Palavras-Chave: Idosos. Lesões de mucosa. Programa saúde da família. * Graduandos do 8º Período do Curso de Odontologia da FACS/UNIVALE ** Professora adjunta da FACS UNIVALE; Mestre em Saúde Coletiva Odontologia
  • 2. 1 1 INTRODUÇÃO No Brasil, a transição demográfico-epidemiológica caracteriza-se pela prevalência cada vez mais elevada de doenças e fatores de risco relacionados com os estilos de vida, o que exige uma transformação do modelo assistencial vigente, com oferta de serviços e ações preventivas e de promoção de saúde, incluindo também a necessidade de iniciativas inovadoras de informação, educação e comunicação (BUSS et al.,1998). Com o processo de envelhecimento populacional (transição demográfica), aumentam cada vez mais a necessidade do estudo dos fatores que incidem sobre a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis associadas à idade. As alterações relacionadas à idade ocorrem praticamente em todas as partes do corpo, trazendo diversas mudanças funcionais ao organismo idoso (BUENO et al., 2008). As doenças crônicas não-transmissíveis constituem uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos e nas grandes cidades brasileiras. Entre essas doenças estão às cardiovasculares, os cânceres, o diabetes mellitus, as doenças respiratórias crônicas (REGO et al., 1990). O câncer é um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento, sendo responsável por mais de seis milhões de óbitos a cada ano, representando cerca de 12% de todas as causas de morte no mundo (GUERRA; GALLO; MENDONÇA, 2002). O câncer bucal acomete mais homens que as mulheres numa proporção de 3:1, em uma idade mais avançada, geralmente a partir da 5° década de vida (ANTUNES et al., 2003). Segundo o Instituto Nacional do Câncer (2008), a incidência de câncer bucal no Brasil para o ano de 2008 é de 14.160 novos casos. Na região sudeste a estimativa é de 8010 novos casos de câncer bucal, sendo 6.080 para cada 100.000 homens e 1.930 para cada 100.000 mulheres. O câncer bucal foi o nono tipo de tumor mais freqüente nacionalmente para ambos os sexos. Na região sudeste, foi o quinto tipo de tumor mais freqüente em homens e, o sétimo tipo mais freqüente em mulheres, segundo estimativas de incidência para o ano de 2008 no Brasil.
  • 3. 2 As neoplasias malignas causam um grande impacto social e, com reconhecida repercussão, quer no âmbito social quer no nível pessoal do seu portador. Entre as inúmeras neoplasias o câncer bucal assume um importante significado, dadas as suas características de doença mutiladora, além do fato de ser um indicador da insuficiência de políticas de saúde e da existência de uma grande pobreza social (BIAZEVIC, 2003). A ocorrência do câncer bucal está muito freqüentemente ligada a vícios evitáveis, como o tabagismo e o etilismo, e à higiene oral negligenciada. A combinação desses fatores, segundo Carvalho (2003), é a causa de 80% das neoplasias bucais. No contexto da transição demográfica em curso, os idosos tem sido alvo de vários estudos, sendo que estes têm procurado embasar-se em diferentes elementos intrínsecos ao processo de envelhecimento, os quais são diretamente ligados às características do indivíduo, da sociedade, da cultura e das próprias políticas públicas vigentes (BULGARELLI; MANÇO, 2008). De acordo com Giacomin et al. (2005), a prática do cuidado às pessoas idosas exige uma abordagem global, interdisciplinar e multidimensional. Todo profissional chamado a atender o idoso deve procurar promover a qualidade de vida. A promoção da longevidade deixou de ser uma meta a todo preço. Segundo este autor: É importante viver muito, mas é fundamental viver bem. A promoção do envelhecimento saudável, isto é, envelhecer mantendo a capacidade funcional e autonomia, é reconhecidamente a meta de toda ação de saúde. A promoção e prevenção em saúde não terminam quando se faz 60 anos (GIACOMIN et al., 2005, p. 1114). Entretanto, quando se discute sobre as condições de saúde bucal da população idosa brasileira, ela tem sido relegada ao esquecimento. A perda total de dentes (edentulismo) ainda é aceita pela sociedade como algo normal e natural com o avanço da idade, e não como reflexo da falta de políticas preventivas de saúde, destinadas principalmente à população adulta, para que mantenha seus dentes até idades mais avançadas (PUCCA Jr., 2000; ROSA et al., 1992). As necessidades odontológicas dos idosos são importantes e amplas. Dados epidemiológicos desse grupo populacional podem mostrar a história de vida-saúde e
  • 4. 3 o tipo de atenção recebida em todas as fases da vida. Esses indivíduos apresentam, em geral, um grande número de dentes perdidos e muitos casos em que há necessidade de reabilitações (REIS; MARCELO, 2006). Além disso, os indivíduos da terceira idade estão sujeitos a vários tipos de lesões na mucosa bucal (como candidíases e leucoplasias) e outras doenças, como por exemplo, o câncer bucal (PEREIRA; MONTENEGRO, 2009). A relação entre envelhecimento e o câncer, de acordo com Duthie e Katz (2002), é conhecida há muito tempo. À medida que se envelhece, acumulam-se erros genéticos (perda de material cromossômico e erros no reparo do DNA) nas células. Estas células com alterações genéticas são numericamente potencializadas por promotores de tumor endógenos ou exógenos (hormônios, tabaco, álcool, vírus). O dano ao DNA pode ser acentuado à medida que a capacidade de reparar o DNA diminui com a idade. Tendo em vista o papel potencial do estilo de vida na proteção ou promoção do desenvolvimento de lesões de mucosa, este estudo objetivou identificar os fatores associados à presença de lesões suspeitas de malignidade na cavidade bucal de idosos. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 SAÚDE BUCAL DOS IDOSOS Idoso, na Política Nacional do Idoso, é o indivíduo com 60 anos ou mais de vida (BRASIL, 2008). À medida que as sociedades envelhecem, os problemas de saúde entre idosos desafiam os sistemas de saúde e de seguridade social. Enfermidade não é uma conseqüência inevitável da velhice, nem tampouco está limitado a este contingente populacional (KALACHE, 2008). A saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde geral do indivíduo. Está relacionada diretamente com as condições de saneamento, alimentação, moradia, trabalho, educação, renda, transporte e lazer, liberdade e acesso e posse de terra ao serviço de saúde e informação (COUTINHO; MARTINS, 2005).
  • 5. 4 Bulgarelli e Manço (2008) ressaltam que uma boa saúde bucal, entendida como parte integrante da saúde geral da pessoa idosa, é norteadora de um envelhecimento saudável, assim como a realização de atividades físicas e cognitivas, manutenção de contatos sociais e a prevenção de doenças. O envelhecimento leva a alterações fisiológicas que predispõem o idoso a apresentar, com freqüência, condições patológicas típicas do envelhecimento, o que requer uma maior atenção por parte dos profissionais de saúde (MENDES et al., 2009). Apesar da reconhecida importância da saúde bucal, uma parcela da população brasileira não tem acesso aos serviços de saúde. Esta situação é responsável não só pelos números desanimadores vistos no último levantamento epidemiológico nacional, para algumas localidades (BRASIL, 2003), mas por demonstrar que as dores de dente e a perda dentária estão presentes no cotidiano dos brasileiros (PIUVEZAM; ALVES, 2004; FERREIRA; ALVES, 2002; BARROS; BERTOLDI, 2002). A saúde bucal da população idosa brasileira encontra-se numa situação precária, sendo evidenciada em muitos estudos pelo grande número de indivíduos edêntulos (SALIBA et al., 1999; SILVA, 1999; PINHEIRO, 2001), como também pela ausência de programas voltados para este grupo populacional (SILVA, 1999). A Federação Dentária Internacional (FDI) recomenda para os países em desenvolvimento, a aplicação de serviços preventivos extensos para comunidades e a distribuição de recursos, quando escassos, para a prevenção e a educação em lugar dos procedimentos restauradores (FDI, 1993). Os profissionais de saúde se deparam, além do grande acúmulo de carências, com uma insuficiente rede de serviços para reverter essa realidade. Além disso, acrescenta-se a dificuldade de acesso dos idosos aos serviços de saúde, em função da pobreza material de um largo percentual neste grupo, revelada desde a falta de condução para ir ao posto de saúde até a falta de dinheiro para comprar a medicações prescritas (MOREIRA; NUTO; NATIONS, 2004). No Brasil, a necessidade de tratamento especificamente para os idosos está geralmente relacionada à perda dos dentes, cárie dentária, abrasão, doença periodontal, câncer bucal e lesões da mucosa bucal (SILVA, 1999).
  • 6. 5 2.2 CÂNCER BUCAL E FATORES ASSOCIADOS No Brasil, a incidência do câncer bucal é considerada uma das mais altas do mundo. Ele pode ser considerado o câncer mais comum da região de cabeça e pescoço, excluindo-se o câncer de pele (DEDIVITS et al, 2004). O câncer é uma patologia de etiologia multifatorial, resultante, principalmente, de alterações genéticas, fatores ambientais e do estilo de vida (BULGARELLI; MANÇO, 2008). A ocorrência do câncer bucal está muito frequentemente ligada a vícios evitáveis, como o tabagismo e o etilismo, e á higiene oral negligenciada (MELO et al., 2003). Segundo Oliveira, Silva e Zucoloto (2006), o conhecimento dos fatores de risco constitui a base para uma prevenção efetiva da doença. Loranzi (2003), afirma que embora o câncer bucal seja uma doença mais freqüente no sexo masculino, tem-se verificado um aumento de risco para cânceres da orofaringe e da cavidade bucal em mulheres. Quanto à interação, idade e incidência do carcinoma epidermóide, são nítidas as mudanças antes dos 60 anos (88% masculino e 12% feminino) em comparação com os pacientes com mais de 60 anos (74% masculino, 26% feminino) (PERUSSI et al., 2002). O câncer bucal afeta as seguintes regiões anatômicas: lábio, mucosa dos lábios superior e inferior, mucosa jugal, áreas retromolares, vestíbulo bucal, rebordo gengival superior e inferior (gengiva e alvéolo superior e inferior, respectivamente, palato duro, assoalho da boca e língua) e glândulas salivares (BALDISSEROTO; ARAÚJO; PADILHA, 2004). A neoplasia do lábio inferior é relativamente a patologia mais comum no câncer de boca, apresentando taxa de incidência que varia na literatura de 12% a 30% dos tumores de cabeça e pescoço; por causa da sua localização o seu diagnóstico é precoce. Em contrapartida os cânceres que se localizam na língua têm o pior prognóstico dentre todas as outras localizações da cavidade bucal (ANTUNES et al., 2003). De acordo com Bomfim et al. (2008), as estomatites protéticas, hiperplasia fibrosa inflamatória e queilite angular foram as lesões de mucosa mais
  • 7. 6 frequentemente encontradas em idosos, respectivamente. Sendo que as condições físicas e de higiene das próteses dentárias, quando são desfavoráveis, podem colaborar para o aparecimento de estomatites protéticas. No estudo realizado com idosos de 60 anos e mais, por Antunes, Toporcov e Wunsch Filho (2007), a quantidade de idosos com lesões foi baixa. No estudo de Rosseto et al. (2006) não foi encontrado nenhum tipo de lesão. No projeto SB Brasil ação complementar de Minas Gerais (Brasil, 2004) que avaliou a condição de saúde bucal da população brasileira, foi identificado um percentual considerável de idosos que apresentavam lesões da mucosa bucal. Apesar de ainda não haver uma clara compreensão da etiologia do câncer, vários fatores determinantes têm sido detectados e investigados. O conhecimento dos fatores de risco constitui a base para uma prevenção efetiva da doença. Mesmo sendo o câncer de boca uma doença multifatorial, o tabaco e o álcool são os dois fatores de risco mais importantes não só para o desenvolvimento da neoplasia, como também para seu prognóstico (BUNDGAARD; BENTZEN; WILDT, 1994). A relação entre o ato de fumar e o câncer de boca é bem estabelecida. O tabaco é usado em todo o mundo em diversas formas; contudo, o fumo de cigarros manufaturados é a forma mais prevalente. O uso de cachimbo e charutos é também considerado um importante fator de risco em cânceres bucal e da faringe (LEITE; GUERRA; MELO, 2005). Estes mesmos autores, afirmam ainda que a etiologia do câncer de boca em não fumantes não está clara, porém é evidente o uso de tabaco como o grande fator de risco para câncer bucal e para as lesões potencialmente malignas. O vício de fumar é um fator de risco independente para o desenvolvimento do câncer, aumentando o risco relativo em sete a dez vezes em comparação com não fumantes. O ato de fumar aumenta o risco de câncer significantemente, conforme o aumento tanto no consumo de cigarros por dia, como na duração do hábito de fumar, configurando um efeito dose-dependente. A interrupção do hábito de fumar reduz o risco ao câncer, ficando próximo ao daqueles pacientes que nunca fumaram, após um período de 10 a 20 anos (ABDO et al., 2005).
  • 8. 7 O início do vício em idade precoce e um longo tempo de exposição ao fumo tem sido constantemente relatado em artigos científicos (LEITE; KOIFMAN, 1998; ALMODOVAR; PEREZ; ARRUZA, 1996) Para Souza Jr. (2006) o risco de desenvolvimento de câncer em indivíduos que fumam cigarros industrializados é 6,3 vezes maior do que em não fumantes, e que o fumo passivo também pode atuar como fator de risco no desenvolvimento do câncer. Segundo Smith (1982) apud Leite e Koifman (1998), etiologicamente o câncer de língua está mais associado ao consumo de álcool do que ao de fumo. Estes autores perceberam que o período de abstinência entre 1920-23, nos Estados Unidos, houve um leve declínio da mortalidade por câncer de boca e faringe. Graham (1977), apud Souza Júnior (2006), afirma que o álcool também exerce influência sobre as células da cavidade bucal. Sabe-se que etilitas que fazem mais de 6 ingestões de bebida alcoólica com alto teor de álcool diariamente apresenta probabilidade 10 vezes maior de desenvolver câncer bucal quando comparados com indivíduos que não bebem. A ingestão crônica de álcool está associada ao desenvolvimento de câncer oral em pacientes suscetíveis, em sinergismo com outros agentes carcinogênicos (GIGLIOTTI et al., 2008). Neville et al. (1988) informaram que o consumo de álcool por si só, não tem provado ser capaz de iniciar um câncer bucal, e que o câncer bucal ainda não foi produzido através da aplicação tópica e sistêmica de álcool em animais. Entretanto, este hábito parece ser um potencializador ou promotor significativo para outros fatores etiológicos, especialmente o tabaco, e seus efeitos são significativos, ao considerar que a maioria de grandes bebedores são também grandes fumantes. Para estes mesmos autores, estudos de controle de casos concluíram que o risco depende da dose e do tempo, e a combinação do abuso do álcool e tabaco por longos períodos pode aumentar o risco de uma pessoa contrair câncer oral em mais de 15 vezes. A combinação do álcool e do tabaco apresenta uma maior probabilidade de causar câncer que qualquer uma das duas substâncias usadas isoladamente. Cerca de dois terços dos cânceres orais ocorrem em homens, mas a incidência crescente
  • 9. 8 do tabagismo entre mulheres ao longo das últimas décadas vem eliminando gradualmente essa diferença entre os sexos. O cigarro é uma das causas mais prováveis de câncer bucal, mais que o hábito de fumar charuto ou cachimbo. (CÂNCER, 2009) Há várias evidências de que a alimentação tem um papel importante nos estágios de iniciação, promoção e propagação do câncer, destacando-se entre outros fatores de risco. Acredita-se que uma dieta adequada poderia prevenir de três a quatro milhões de casos novos de cânceres a cada ano (GARÓFOLO et al., 2004). Estes mesmos autores complementam ainda que os benefícios decorrentes das modificações no estilo de vida, incluindo-se as modificações dietéticas, para redução mundial dos coeficientes de incidência e mortalidade de câncer, já estão amplamente documentados. A adoção de hábitos saudáveis, incluindo a alimentação, constitui fator de proteção contra o desenvolvimento de vários cânceres. No estudo de Marchioni et al. (2002), observou-se que quanto maior o consumo de vegetais e frutas há uma tendência significativa para a diminuição do risco de desenvolver câncer bucal. Por modificarem a mucosa bucal, os fatores nutricionais como uma dieta rica em gorduras, álcool e ferro ou pobre em proteínas, vitaminas (A, E, C, B2) e alguns minerais, como cálcio e selênio são considerados importantes fatores de risco para o câncer bucal (MENDES, 2000). Segundo Leite e Koifman (1998), estudos etiopatogênicos sobre o câncer de boca revelam o papel protetor de certos elementos da dieta, como o beta-caroteno, extremamente eficiente contra radicais de livres de oxigênio e melhoria da atuação do sistema imunológico. Sobre a exposição ao sol, para Leite e Koifman (1998), a radiação solar tem papel etiopatogênico importante para o câncer de lábio. Para Souza Jr. (2006), é importante que seja evitada a exposição solar em períodos de sol mais intenso (entre 10 – 15 horas). Aliado a isso, o uso de protetores solares para os lábios e chapéu de abas largas são medidas importantes para a prevenção do câncer de lábio.
  • 10. 9 Gunnarskog et al. (1995) apud Leite e Koifman (1998), analisando o câncer de lábio, observaram que em países nórdicos existe uma tendência ao declínio da incidência entre homens, fato atribuído ao processo de industrialização, que permite a diminuição crescente de homens expostos ao sol pela agricultura e outros trabalhos externos. Contudo, no estudo realizado por Sugerman e Savage (2002), na Austrália, houve uma prevalência de homens com câncer sendo 50% de lábio. O que vai de acordo com o estudo de Nasser (2004), que revelou uma maior incidência de câncer de lábio em homens do que em mulheres. Diante destes fatos, a prevenção do câncer de boca adquire grande relevância em saúde pública, principalmente se considerarmos que a abordagem preventiva é perfeitamente compatível com a natureza desta doença, pois a boca favorece o fácil acesso visual e, além disso, é possível esclarecer a população sobre a necessidade da eliminação dos fatores de risco fortemente associados ao desenvolvimento do câncer (NAVARRO, 2009). Cabe, portanto, ao cirurgião-dentista estar atento a qualquer alteração da mucosa sugestiva de malignidade (FONTES;SOUSA; ROSA, 2004). 3 MATERIAL E MÉTODOS A população do estudo envolveu 292 indivíduos na faixa etária de 65-74 anos, residentes na área de abrangência do PSF de Chonim de Baixo e Chonim de Cima e CAIC I do município de Governador Valadares/MG. Caracterizou-se como um estudo epidemiológico do tipo transversal e, como fonte de informação, foram utilizados dados secundários do projeto intitulado Inquérito Epidemiológico do câncer de boca de em unidades do programa saúde da família de Governador Valadares/Minas Gerais, 2007. Os instrumentos de coleta de dados adaptados do Projeto SB-BRASIL/2004. As variáveis consideradas no estudo foram: epidemiológicas (presença ou não de lesão, localização topográfica na cavidade bucal e característica da lesão) e comportamentais (hábitos do uso de fumo e álcool, exposição ao sol, consumo de frutas e verduras). Os exames foram realizados por professores/cirurgiões dentistas, acadêmicos do curso de Odontologia da
  • 11. 10 Universidade Vale do Rio Doce UNIVALE/MG e por cirurgiões dentistas da unidade do PSF. Todos calibrados previamente à realização dos exames. Foram realizados nas seguintes condições: sob luz natural, utilizando abaixadores de língua, cadeira comum e cama, se o paciente era acamado, através de exame clinico de inspeção e palpação e, para aqueles que apresentaram alterações detectadas em tecidos moles, o examinador informou e agendou a data de sua consulta na unidade de referência secundária, que foi a UNIVALE. Os locais de realização dos exames foram diversificados: Unidade Saúde da Família (USF), salão paroquial das Igrejas, sede de assentamento, escolas e domicílios. O período de coleta de dados foi de 25/08/2007 a 18/12/2007, sendo processados e analisados no EpiInfo/2002. Para a realização deste estudo o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa - CEP da UNIVALE, sob o Protocolo de número 024/06 PQ. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A busca do conhecimento detalhado do comportamento regionalizado de uma doença é de suma importância. As diferenças epidemiológicas, variações dos hábitos e costumes e os tipos de exposição aos diversos fatores de risco, justificam mudanças na forma de apresentação da doença. 23,63% 76,37% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Apresentaram Lesões Não Apresentaram Lesões Gráfico 1 – Idosos examinados com presença de lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Nesta pesquisa, o universo da população estudada foi de 292 idosos examinados, sendo que a prevalência de lesões suspeitas foi de 23,63% (n=69),
  • 12. 11 conforme se observa no Gráfico 1. Entretanto, o estudo realizado com idosos de 60 anos e mais por Antunes, Toporcov e Wunsch-Filho (2007) encontrou um percentual bem mais baixo, de 8,5% e no estudo de Rosseto et al. (2006) nenhuma lesão foi diagnosticada. Já nos dados levantados pelo projeto SB-Brasil – Ação Complementar de Minas Gerais, que avaliou a condição de saúde bucal da população brasileira, foi identificada a presença em 26% do total da população examinada (BRASIL, 2004). 42% 58% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Homens Mulheres Gráfico 2 – Idosos examinados com presença de lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 De acordo com o gráfico 2, dos idosos que apresentaram lesão suspeita 58% (n= 40) eram mulheres e 42% (n=29) eram homens. Estes achados são corroborados com o estudo de Coutinho e Martins (2005) que apresentaram resultados semelhantes ao dessa pesquisa, onde a prevalência foi maior em mulheres (68,75%) do que em homens (31,25%). Entretanto, divergem dos estudos de Perussi et al. (2002), que encontrou maior prevalência em homens. 1,45% 27,50% 24,65% 7,25% 5,80% 18,85% 7,25% 7,25% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% FÍSTULA HIPERPLASIA MÁCULA PLACA PÁPULA NÓDULO EROSÃO ÚLCERA Gráfico 3 – Tipos de lesões suspeitas na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007
  • 13. 12 Com relação às características das lesões suspeitas na cavidade bucal, as hiperplasias tiveram maior ocorrência com 27,50% (n= 19), seguido de mácula, 24,65% (n= 17) e de nódulos 18,85% (n=13), conforme demonstrado no gráfico 3. Entretanto, o estudo de Bomfim et al. (2008) mostrou que a hiperplasia foi a segunda lesão mais prevalente, estando presente em 42,5% dos pacientes examinados e que 45,7% dos casos ocorreu no rebordo alveolar superior. Entretanto, no estudo realizado por Oliveira, Silva e Zucoloto (2006), as lesões linguais foram as mais freqüentes com 27,9% dos casos, seguido pela região de assoalho bucal com 27,1%. 5,80% 1,45% 5,80% 5,80% 2,90% 20,30% 4,30% 23,20% 5,80% 23,20% 1,45% 0% 5% 10% 15% 20% 25% FUNDO SACO VESTÍBULO TRÍGONO RETROMOLAR LÁBIO SUPERIOR LÁBIO INFERIOR COMISSURA LABIAL MUCOSA JUGAL LÍNGUA GENGIVA/REBORDO ALVEOLAR ASSOALHO DA BOCA PALATO OROFARINGE Gráfico 4 - Localização topográfica das lesões suspeitas na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Sobre a localização topográfica, no gráfico 4, verifica-se que as regiões anatômicas de maior ocorrência das lesões na boca são: gengiva, rebordo alveolar e o palato, todas com 23,20% dos casos (n = 16), seguidos da mucosa jugal com 20,30% (n=14). De acordo com o estudo de Mendes et al. (2009), o local onde as lesões foram identificadas com maior freqüência foi o palato com 31%, seguido de gengiva e rebordo alveolar com 23%. Já o estudo de Sugerman e Savage (2002), conduzido na Austrália, mais de 50% dos casos foi de lábio.
  • 14. 13 10,10% 24,65% 58,00% 7,25% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Sim Parou Não Não se aplica Gráfico 5 - Hábito de fumar dos usuários com lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Em relação aos fatores associados á presença de lesão, 58% (n=40) dos entrevistados não fumavam, 24,65% (n= 17) fumavam, mas pararam, 10,10% (n=7) fumam e 7,25% (n=5) não se aplica (Gráfico 5).Estes dados mostram-se contrários aos estudos de Dedivitis et al. (2004) em que 76,8% dos indivíduos eram fumantes; e do estudo de Fontes, Sousa e Rosa (2004) em que 70,6% dos pacientes eram fumantes. 57,15% 42,85% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Cigarro Industrial Palha Gráfico 6 - Tipo de cigarro consumido pelos usuários com lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Nesta análise, conforme evidenciado no gráfico 6, 57,15% (n= 4) dos pacientes fazem uso do cigarro industrial, 42,85% (n= 3) fazem uso do cigarro de palha. Estes resultados estão de acordo com os dados encontrados no estudo de Leite, Guerra e Melo (2005) e Abdo et al. (2005), os quais afirmaram ser o consumo de cigarros manufaturados a forma mais prevalente, seguido pelo consumo de cigarro da palha. Segundo Franco et al. (1989) apud Leite e Koifman (1998) o risco
  • 15. 14 de desenvolvimento de câncer em indivíduos que fumam cigarros industrializados é 6,3 vezes maior do que em não fumantes. 85,70% 14,30% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Até 10 De 21 a 40 Gráfico 7 – N° de cigarros consumidos pelos usuários fumantes com lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Quanto à freqüência do consumo de cigarro, gráfico 7, 85,70% (n=6) dos pacientes consomem até dez cigarros por dia e 14,3% (n=1) consomem de vinte e um a quarenta cigarros por dia. No levantamento SB-Brasil ação complementar Minas Gerais – (Brasil, 2004) encontrou resultado um pouco menor, onde 59% dos pacientes consumiam até 10 cigarros por dia. 7,20% 84,10% 8,70% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Sim Não Não se aplica Gráfico 8 - Hábito de beber dos usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Quanto ao uso de bebida alcoólica, dos indivíduos que apresentaram lesões, 84,10% (n=58) não bebem, 7,20% (n=5) bebem e 8,70% (n= 6) não se aplica (Gráfico 8). Mostrando, também, que esse achado é contrário aos descritos na literatura (MENDES, 2000); e também difere do estudo apresentado por Melo et al.
  • 16. 15 (2003) em que mais da metade dos pacientes relatou ter tido algum tipo de contato com bebida alcoólica. 20,00% 20,00% 60,00% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Destilada Fermentada Ambas Gráfico 9 - Tipo de bebida mais consumida entre os usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Quanto ao tipo de bebida podemos encontrar que 20% (n=1) dos pacientes fazem uso de bebida destilada, 20% fazem uso de bebida fermentada (n=1) e 60% (n=3) fazem uso de ambas (Gráfico 9). O que difere do estudo realizado por ABDO et al. (2005) em que cachaça (bebida destilada) era consumida isoladamente por 79,8% da população analisada, enquanto a bebida fermentada como a cerveja era consumida por 5,3% da amostra e a associação das duas foi relatada por 12,3% dos pacientes. 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 0% 5% 10% 15% 20% 10 anos 12 anos 14 anos 18 anos 35 anos Gráfico 10 - Idade inicial para o consumo de bebidas alcoólicas entre os usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Quanto à idade podemos observar que 20% (n=1) dos pacientes começaram a consumir bebida alcoólica aos 10 anos, 20% (n=1) aos 12 anos, 20% (n=1) aos 14
  • 17. 16 anos, 20% (n=1) aos 18 anos e 20% (n=1) aos 35 anos (Gráfico 10). Para Gigliotti et al. (2008), o abuso da ingestão de álcool a longo prazo induz a alterações moleculares que contribuem para a carcinogêse. No estudo realizado por Melo et al. (2003), relata que 16,7% dos pacientes começaram a fazer uso de bebida alcoólica na infância. 26,10% 68,10% 5,80% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% S im Não Não se aplica Gráfico 11 - Prevalência quanto à exposição ao sol durante o trabalho entre os usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Em relação à exposição ao sol, conforme demonstrado no gráfico 11, 68,10% (n=47) dos pacientes não estão expostos ao sol durante o trabalho, 26,10% (n=18) ficam expostos ao sol e 5,80% (n=4) não se aplica. Porém, no estudo realizado por Nasser (2004), a maioria dos cânceres (78%) espinocelulares da pele e semimucosa do lábio foi encontrada em áreas expostas á radiação solar. 47,80% 49,30% 2,90% 0% 10% 20% 30% 40% 50% S im Não Não se aplica Gráfico 12 - Prevalência quanto ao consumo de frutas e verduras entre os usuários com presença de lesão suspeita na cavidade bucal Fonte: PSF - Chonim e CAIC, 2007 Quanto ao consumo de frutas e verduras, 49,30% (n=34) não consomem, 47,80% (n= 33) consomem e 2,90% (n=2) não se aplica (Gráfico 12). No estudo
  • 18. 17 realizado por Marchioni et al (2002), observou-se tendência significativa para diminuição do risco de câncer oral quanto maior o consumo de vegetais e frutas. 5 CONCLUSÃO Frente aos dados encontrados pode-se concluir que: - da população examinada que apresentou lesão suspeita de malignidade na cavidade bucal, a prevalência maior foi em mulheres. Sendo a localização topográfica de maior ocorrência no rebordo alveolar e gengiva. E a característica mais prevalente foi de lesões hiperplásicas; - sobre os fatores de risco, a maioria dos usuários eram não-fumantes e não- etilistas. Entretanto, a média de idade encontrada para o início do hábito de beber foi de 22,5 anos, e a maioria dos indivíduos consomem tanto bebida destilada quanto fermentada. Indicando ser necessário que as ações preventivas do câncer bucal devem começar a ser divulgada entre os jovens na tentativa de diminuir o número de usuários; - em relação ao tipo de tabaco, mais da metade da população fumante, utiliza o cigarro industrial; - quase metade da população (49,30%) não ingere frutas e verduras cruas diariamente, sugerindo assim a necessidade de desenvolver ações educativas visando estimular a adoção de dieta saudável; - mais da metade da população (68,10%) que apresentou lesões suspeitas não ficava exposta ao sol.
  • 19. FACTORS ASSOCIATED WITH LES SOFT TISSUE OF THE MOUTH OF THE ELDERLY 02 UNITS PSF OF GOVERNADOR VALADARES, 2007 ABSTRACT The purpose of this study was to identify the socio-demographic and epidemiological profile of users residents in the area of coverage of the PSF Chonim and CAIC of Governador Valadares / MG with age of 65-74 years who had suspicious lesions of the oral cavity and were routed to the secondary reference. This is an epidemiological study of the cross way and to develop it, instruments were used based on the collection of data adapted SB-BRASIL/2003 project. The variables considered in the study were: epidemiological and comportamentals. The period of data collection was from 25/08/2007 to 18/12/2007,and they were processed and analyzed in epiInfo/2002. From 292 users examined, The diet of fruits and vegetables most people do not consume, and most individuals are not exposed to the sun during work peoples thay presented soft-tissue lesions .The alveolar ridge was the topographic location most affected, and hyperplasia was the highest prevalence. So there is a need to carry out actions aimed at prevention of early diagnosis, and strengthen the system of reference and cross-reference between the levels of attention of health services. Key-Words: Oral health. Injuries of mouth's soft tissues. PSF.
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