O documento fornece dados sobre a produção e abates de frango nos 15 maiores produtores mundiais entre 1975 e 2012. A produção mundial de carne de frango cresceu 466,2% no período, enquanto o número de aves abatidas aumentou 346,8%, devido ao ganho de rendimento da carcaça. Os EUA, China e Brasil estão entre os maiores produtores e têm melhorado a eficiência ao longo dos anos abatendo menos aves para produzir mais carne. A Rússia vem buscando a autossuf
A evolução da produtividade do frango em diferentes países do mundo
1. Frango - Dados sobre Abates e Produção nos Quinze Principais Produtores Mundiais.
Osler Desouzart
osler@odconsulting.com.br
Há muito que tenho a curiosidade de estudar a evolução da produtividade do frango em
diferentes países do mundo. A dificuldade inicial reside nas grandes modificações nas
fronteiras do mundo após a dissolução da União Soviética, o que obriga a que se reduza esse
horizonte a 2005 para que se possa conformar a análise à nova realidade de produções
nacionais.
Entretantoé possível fazera evoluçãododesempenho mundial dosfrangos entre 1975 e 2012,
apreciável na Tabela I e que embute a primeira alvíssara – a produção de carnes evoluiu no
período 466,2% contra 346,8% no número de aves abatidas, graças ao aumento do
rendimento da carcaça de 26,7%.
Tabela I
Abates
(000 cabeças)
Produção de
Carne de Frango
(000 tm)
Rendimento
Peso Médio da
Carcaça (g)
1975 13.382.800 16.391.227 1.225
1980 18.392.525 22.896.829 1.245
1985 21.774.959 27.523.787 1.264
1990 27.184.885 35.416.215 1.303
1995 34.273.055 46.524.712 1.357
2000 40.570.470 58.696.565 1.447
2005 47.434.321 70.149.635 1.479
2010 56.634.838 87.263.253 1.541
2011 58.302.934 90.143.994 1.546
2012 59.794.239 92.812.054 1.552
1
Se não fosse essaevoluçãoteríamosque ter abatido em 2012 mais 15,9 bilhões de cabeças de
frango para alcançar a marca das 92,8 milhões de toneladas de carne produzida. Imaginem o
impacto de criar essa quantidade adicional de aves para o uso de grãos, de água, de terra
1 Elaborado por ODConsultinga partir dedados da FAOSTAT (FAOSTAT Date: Fri Jan 02 19:29:50 CET
2015) C:UsersOslerDropboxDocumentsDocumentsDadosaMundoLivestockChicken World herd,
slaughter,production,yield 75-2003.xlsx
2. arável,de mão-de-obra, de instalações de incubatórios, granjas e abatedouros e os impactos
que teriam sobre a sustentabilidade da cadeia.
É evidente que essamédiamundial resultante dos números de 207 países2
permite uma idéia
da evolução,masembute as normais disparidades. Não será possível no âmbito de um artigo
examinar todos os países, mas um bom indicativo estaria no exame dos quinze maiores
produtores de carnes de frango em 2012.
Gráfico I – Gráfico de Pareto – Carne de Frango em 2012 – 15 Principais Produtores Mundiais
3
A tentaçãoquandose começa a estudarum assuntoé de apresentar tudo o que se descobriu,
o que não é possível noespaçode um artigo. Outra dificuldade é a forma que tornaria o tema
maispalatável parao leitor. A primeiratentaçãoé a de usar o 0peso médio da carcaça, mas tal
não indica necessariamente eficiência e sim, na maioria das vezes, uma conformação com as
preferênciasdoconsumidorlocal. NaAméricadoSul gostamosde frangos grandes, sendo que
os argentinos (2.430,7 g) lideramopesodasavesconsumidas,seguidospeloChile (2.200,0 g)e
pelo Brasil (2.199,8 g).
Por outro lado, se formos aos países árabes veremos a busca por centrar o peso médio da
carcaça em 1.000g. Há ainda outro fator que influencia o peso médio das carcaças – o grau de
desenvolvimento da indústria de frangos. No estágio em que prevalece o frango vivo como
produto dominante, a tendência será de pesos leves. Nos países onde o consumo se faz em
frangointeiroou cortes básicos com osso, a tendência será de pesos médios. Naqueles onde
há uma enorme cobertura da demanda - frango inteiro, cortes básicos, cortes desossados,
cortes classificados por peso, corte temperados, cortes prontos para assar, produtos
2 Para efeitos deste estudo os 28 países integrantes da União Europeia foram individualizados
3 Idem # 1
3. industrializados crus, cozidos e prontos para consumir – a tendência será que os pesos se
acentuem.
No presente caso não encontrei melhor forma que apresentar a evolução de forma
individualizada para cada um desses quinze países, examinando o número de aves abatidas
anualmente,aquantidade de carne de frango produzida e o peso médio da carcaça. Adoraria,
entretantoque algumleitorme ajudasse com uma fórmula mais eficiente que me permitisse
avaliar a totalidade dos 207 países.
Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de carne de frango. Na Tabela II podemos
apreciar sua crescente eficiência, menos cabeças de aves abatidas para mais produção de
carne.
Tabela II – USA– Frangos - Abate e produção
A Chinatemexperimentadoprogressosnotáveisemsuaproduçãode frangos,mas lideraos
abatesmundiaisde frangopara dispordasegundamaiorprodução.O aumentode 35,2% da
produçãode carne de frangocontra uma expansãode 33,3% do númerode avesabatidas é
um indicativopositivo.
Tabela III – China – Frangos - Abate e produção
Sem ufanismo ou besteirol de populista messiânico desonesto, o desempenho brasileiro
impressiona. Enquanto o abate crescia 11,6%, a produção aumentava em 46,6%. O fato de o
Brasil sero terceiromaiormercadoconsumidorde frangoe primeiroexportador mundial com
vendasa 146 países fazcom que nossa produção seja extremamente sofisticada e tenha uma
abrangência enorme de calibres e produtos.
Uma das empresas em que trabalhei tinha mais de 400 produtos entre crus, cozidos,
processado e industrializados. Alinhávamos pesos vivo ao abate de 1.450g para os grillers de
um quiloparao Oriente Médio,a2.400g para as avesdestinadasadesossae atingíamoso pico
de 3.800g para os frangos natalinos.
Há inúmerosfatoresque contribuemparaodesenvolvimentoda produção de frango no Brasil
– extensão territorial, clima favorável, abundância de grãos, tradição da atividade, ciência e
tecnologia, empresários masoquistas, teimosos e com tendências kamikaze. Entretanto, não
hesitaria em acrescentar um que se central como diferencial internacional, a flexibilidade e
adaptabilidadedaproduçãoàs demandasdomercado.Enquantoo mundoclamapelo“farm to
fork” a indústria avícola brasileira há décadas que pratica o “do garfo à granja”.
4. Tabela IV – Brasil – Frangos - Abate e produção
Outro desempenho e progresso notável encontram-se na Rússia. Os dados da Tabela V
examinados com cura eliminarão qualquer dúvida sobre o propósito da Rússia de buscar
autossuficiência em carne de frango e de suíno. Tal não é uma política de governo, mas de
estado, conceito desconhecido de nossos governantes que conduzem para o país política de
eleiçãoe reeleição,onde oúnicoque importasãoelesmesmos.Paraimplementaressapolítica
de estado, o governo russo seguirá dando os subsídios e as ajudas que o setor precisar,
modulando os exageros com as luzes verde e vermelha às importações. Exageram os
produtores locais nos preços, abre-se a importação até que os preços baixem, quando então
se fecham as importações com uma desculpa qualquer.
A experiênciadoanode 2014 foi algoamarga para a Rússia,poisoembargoàs importaçõesde
países que sancionaram a Rússia pela ingerência na Ucrânia coincidiu com uma alta
internacional dospreçosde todasascarnes.Os russospreferema explicação simplista de que
os poucosexportadoresrestantesse aproveitaramdasituaçãode fragilidade momentânea da
Rússiapara alçar preços.Acreditoque estaexperiência reforçará mais do que nunca a política
da busca de autossuficiência em alimentos.
Tabela V – Rússia – Frangos - Abate e produção
Eu deveriajulgar-meimpedido de externar opiniões sobre o México, pois esse país se insere
entre minhaspaixões.Masa exemplo de ministro do STF vou julgar, ainda que minha lisura e
isenção possam e devam ser questionadas.
O consumode carnes noMéxicoexplodiuapartirdo NAFTA e se constituiu em vigoroso vetor
para o crescimentodaindústriamexicanaque em 2012 era a 5ª maior do mundo. Destacaria a
regularidade docrescimento mexicano, mesmo tendo enfrentado no período enfocado mais
de um episódiosanitáriosevero, afetando a normalidade das operações. No México ainda há
um mercado para frango vivo de alguma expressão e presença de produções não industriais
que não são exatamente uma grande ajuda à biossegurança.
Entretanto, mesmo exposto à concorrência das exportações de seu vizinho do norte e
recentemente dopróprioBrasil,osegmentode frangosnoMéxicocontacom empresáriosque
facilmente se enquadrariam naquela definição de masoquistas teimosos com tendências
kamikazes. É uma potência produtora que por agora se contenta a permanecer em suas
fronteiras. E indago “¿Hasta cuándo? ¿Hasta cuándo?”.
5. Tabela VI – México – Frangos - Abate e produção
O sextomaiorprodutormundial,aÍndia,é outropaís de crescimento explosivo. Apesar disso,
seu consumo per capita de carne de frango em 2012 alcançava 1,72 kg/hab/ano, um
significativo progresso se considerar que em 2005 esse consumo per capita era de mero 1,12
kg. Interessante observarque 95%do frangona Índiaé vendidovivo,o que contribui para um
peso médio leve.
O potencial da Índia é enorme e as previsões indicam que em 2023 seu consumo per capita
anual será de 2,67 kg, o que equivale a 70% do consumo per capita brasileiro em um mês.
Repetirei meu dogma “o futuro da indústria não reside naqueles que comem, mas naqueles
que não comem”. E o repetirei “ad nauseam”.
Tabela VII – Índia - Frangos - Abate e produção
O sétimo maior produtor é o Iran, país que visitei em novembro de 2013 para conferências e
interações com a indústria avícola local. Expandiram no período enfocado 57.6%. Lá o setor
possui produçõesindustriais modernas onde o mercado de frango vivo representa menos de
5% do total. Os regulamentos sanitários locais são extremamente estritos. Há algo de
intervenção estatal na indústria com restrições às exportações dos países limítrofes que se
liberadas poderiam representar um vetor de crescimento interessante.
É impressionante que tenham conseguido tal expansão num ambiente de boicote de
fornecimentos determinado por vários países. Já imaginaram o que seria no Brasil termos
restriçõesde acessoa microelementosde nutrição,medicamentos,equipamentose tecnologia
moderna, etc? Adaptaram-se e seguiram adiante. Bravo!
Tabela VIII – Iran - Frangos - Abate e produção
A Indonésia é um dos países de maior população (250 milhões) e uma das principais
economias do Sudeste Asiático. Sua indústria avícola tem experimentado acentuado
crescimentoe mesmo assim seu consumo per capita de carne de frango se situa em torno de
6,2 kg/capita/ano, mas em franca expansão. Frango representa 55% do consumo total de
proteínas animais, contra 19% da carne bovina. O país possui a maior população islâmica do
mundo, sua renda está em discreta, mas continuada ascensão e a perspectiva é que o
consumo da carne de frango se expanda em 44,5% nos próximos dez anos.
6. A BRF recentemente celebrou uma joint-venture com empresa local, assinalando em seu
comunicado a expansão que tem experimentado o mercado de proteínas animais local.
Tabela IX – Indonésia – Frangos - Abate e produção
A Turquia tem uma avicultura dinâmica, empresariado moderno e uma situação geográfica
invejável.Tive aoportunidade de interagircoma aviculturalocal emseisoportunidades nesse
país fascinante,visitandoaregiãode Bolu onde se situam grandes complexos avícolas, região
particularmente bonita.
A Turquia tem experimentado e devem incrementar sua produção em mais umas 900 mil
toneladas nos próximos dez anos. Aqui os dados dos abates anuais e produção de carne de
frango podem induzir a erros numa apreciação linear. A redução do tamanho do frango
obedece ao crescimento das exportações turcas de frango, que evoluíram de 46,6 mil
toneladas em 2005 para 311,3 mil toneladas em 2012, o que equivale a 18,3% da produção
nacional, percentual expressivo. Suas exportações destinam-se aos países limítrofes, onde a
tradição é a do consumo de aves inteiras cujo calibre não deve preferencialmente exceder
1300g.
A Turquia usa sua posição geográfica privilegiada para suprir mercados árabes e centro-
asiáticos por via terrestre, permitindo a venda por via terrestre de pequenas cargas para os
paíseslimítrofes(Síria,Iraque,Armênia,Iran,Geórgia) e daícom fácil acessoa inúmerosoutros
destinos tradicionais importadores de frango. Essa capacidade de entregar pequenas
quantidades amplia a gama de compradores para fora das empresas importadoras
tradicionais.
Um quadro de redução dos conflitos em curso na região aumenta o potencial turco de
fornecimentos e suas exportações devem se expandir em 50% nos próximos dez anos.
Tabela X – Turquia - Frangos - Abate e produção
Nosso vizinho tem no seu mercado doméstico demanda para frangos muito pesados, onde
aves de 2,4 a 2,6 kg de peso abatido recebem a preferência dos consumidores. Recordo-me
que nos áureos tempos da invasão argentina às praias catarinenses disponibilizávamos um
frangodesse pesoe de pele amarelaparaser vendidonolitoral catarinense. E com resultados
longe do nicho e com nosso pessoal de produção adorando fazer esse frango, enquanto que
mantinham a cara feia para o griller de 1,0 kg exigido pelo mercado do Oriente Médio.
A Argentinatem ampliadosuasexportaçõesque em2012 já absorviam16% de sua produção e
naturalmente sua indústria foi obrigada a fazer ajustes nos calibres.
7. A condiçãoprivilegiadadospreçosdosgrãos seguirá fazendo da Argentina uma das principais
forças avícolas mundiais.
Tabela XI– Argentina - Frangos - Abate e produção
A África do Sul é a maior economia da África Subsaariana, com instituições políticas sólidas,
situaçãoestável e hoje é umdos integrantesdosBRICS.Suaproduçãoavícola correspondiaem
2012 a 32% do total da África e 53,6% da produção total da África Subsaariana.
A produção sul-africana não tem acompanhado a expansão da demanda e o país é hoje
importador de carne de frango, com as importações respondendo por 21% do consumo. Os
prognósticos indicam a manutenção desse status quo na próxima década.
Tabela XII – África do Sul - Frangos - Abate e produção
Sou nipófilo de carteirinha e a coisa da qual mais me orgulho foi ter sido responsável pelas
primeirasexportaçõesde frangoparao Japão,país que me fascinapelavisãode largoprazo de
seus dirigentes e a disciplina e valores de seu povo.
O Japão mantémumarelativaestabilidade de sua produção, com crescimento baixo e com as
importações respondendo por ≥25% do consumo. Esse nível já foi superior a 30%, mas na
medida em que a população japonesa decresce as importações de carne de frango caem,
estando hoje em patamares abaixo de 450 mil toneladas anuais quando no passado
ultrapassaram 550 mil toneladas.
Ao contrário de uma Rússia que busca a autossuficiência, o Japão não tem essa pretensão,
usando as importações como um amortecedor que evita que os baques da irregularidade do
mercadoperturbememdemasiaaserenidade da viagem. Assim, diante da presença de picos
de consumo ou de problemas sanitários internos (HPAI tem registrado várias ocorrências) as
importações oscilam para cima. Estima-se que a produção japonesa de frango terá
crescimentozeronospróximosdezanos,períodoemque se estimaque oconsumocairá 1,9%.
Isso pressupõe que as importações baixem paulatinamente para encerrar a próxima década
em volumes abaixo de 420 mil toneladas anuais.
Tabela XIII – Japão - Frangos - Abate e produção
8. Quandoapresentamosospaísesda EU-28 de formaindividualizada,osnúmerossurpreendem.
Sempre temosaFrança como uma potênciaavícola, por ter sido nossa grande concorrente no
mercado internacional de frangos. Entretanto, vemos que o primeiro país comunitário em
produçãode frangoé a Polônia,seguidodaGrã-Bretanha. A França é na realidade o 23º maior
produtor mundial e na EU-28 é também superada pela Espanha que ocupa a 18ª posição
mundial.
A surpresaprossegue quandoconstatamosocrescimentotantodos abates como da produção
de carne de frango e convido o leitor a confrontar dito crescimento com o do Reino Unido. É
nítidoque paísescomunitáriosdeslocaramsuas produções de frango para a Polônia, país com
estruturae tradição agrária e com mão-de-obramais competitiva que seus parceiros da parte
ocidental da EU-28.
A produção da EU-28 dá saltos de crescimento quando novos aderentes são incorporados ao
bloco, sendo que nos países originais da EU-15 ou EU-18 o crescimento é pouco expressivo.
Tabela XIV - Polônia - Frangos - Abate e produção
Tabela XV – Reino Unido - Frangos - Abate e produção
Encerraríamos este passeiopelos dados de abate e produção da Tailândia, um dos centros de
excelência em termos de produção avícola na Ásia. O país é uma grande plataforma de
exportaçãode carne de frango,vendendocerca de 50% de sua produção ao exterior, tanto na
formade produtoscozidosquanto de corte crus de alta sofisticação é detalhe. É habitual que
os bons abatedouros tailandeses tenham mais de 350 cortes em sua linha de produção para
exportação, todos classificados por peso e com apresentações de excepcional qualidade.
Recordo-me que quando expunha aos encarregados de produção os cortes tailandeses
exportados para o Japão, ouvia comentários nem sempre lisonjeiros aos meus ancestrais
maternos.Um dosdeliciosose que guardei embutia a acusação de que eu queria transformar
as salas de cortes em ourivesarias e outro que dizia ser obrigado a ter um exército de gente
trabalhando para no final do dia sair com uma Kombi de produtos acabados.
Acho que devemos à Tailândia um pleito de gratidão. Aprendemos muito com a terra dos
sorrisose diriaque a confrontaçãoqualitativaaque nos submetemos nos anos 90 para ganhar
parcelas do mercado japonês, até então inteiramente dominado pela produção tailandesa,
ajudou a avicultura brasileira de frango alcançar o patamar qualitativo que detém hoje.
9. Tabela XVI – Tailândia - Frangos - Abate e produção
Com issodesejoaosleitoresque enfrentem2015 com preparo, poisforada propagandaoficial
com postura de avestruz e de auto-endeusamento, o país terá que fazer ajustes que se
refletirão em todos nós. A alternativa é gozarmos das benesses do socialismo do século XXI
que tem em comum ao socialismo do século XX sua ojeriza à disponibilidade de papel
higiênico.
Há dias severos à frente, mas que todos tenham um feliz 2015.