1) O conceito de adolescência surgiu no Ocidente no século XVIII, quando passou a haver uma distinção entre crianças e adultos e uma valorização do espaço privado e da família nuclear.
2) No século XIX, a adolescência foi demarcada como um período particular entre a infância e a vida adulta, porém vista como potencialmente arriscada.
3) Ao longo do século XX, consolidou-se a ideia da adolescência como uma fase distinta da vida com características próprias, retentora
O documento discute a antropologia como campo de estudo e abordagem. Ele descreve como a antropologia surgiu na Europa no final do século 18 para estudar o homem como objeto científico, e como passou a estudar sociedades não ocidentais e camponeses. Também resume as principais abordagens da antropologia como biológica, pré-histórica, linguística e social/cultural.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que todos os seres humanos nascem livres e iguais, e que ninguém deve sofrer tortura, escravidão ou ser privado da liberdade ou vida. A declaração defende também o direito a um julgamento justo, liberdade de expressão e religião, e proteção contra a pobreza.
O documento discute sexualidade e afetividade na infância, explicando como a sociedade exerce pressão educativa nessas áreas de forma positiva ou negativa através de agentes sociais. Também define afetividade como a capacidade de experienciar emoções e sentimentos e seu papel no desenvolvimento humano, e ressalta o direito das crianças à dignidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O documento discute o conceito e breve histórico sobre a sexualidade humana em 3 frases. Apresenta as visões de Freud sobre a sexualidade infantil e como ele foi pioneiro em descrever a sexualidade como algo inerente ao ser humano desde o nascimento. Também discute a evolução histórica do tratamento da sexualidade na escola e sociedade, desde a Idade Média até os dias atuais, quando há um reconhecimento da importância da orientação sexual na educação.
O serviço social na contemporaneidade pianaEvilásio Leal
1) O documento discute o serviço social na contemporaneidade, suas demandas e respostas.
2) Ele traça a história do serviço social no Brasil desde sua origem ligada à Igreja Católica até sua institucionalização pelo Estado.
3) O autor argumenta que o serviço social precisa ir além de apenas executar políticas sociais e compreender as contradições da sociedade capitalista para pensar respostas adequadas.
This document discusses how sociology is present in everyday life and interactions. It begins by defining sociology as the scientific study of society. It then explores how social groups like family, friends, school, and work are an integral part of socialization and developing social norms. New communication technologies are changing how socialization occurs as well. Everyday problems, conflicts, and social movements are also examined as examples of social processes studied by sociology. The document emphasizes that sociology seeks to understand the social world and phenomena people experience in their daily lives.
O documento fornece orientações para a estrutura de um paper acadêmico de 6 a 8 páginas, incluindo elementos do cabeçalho, pré-textuais, textuais e referências. Deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão, com citações e referências bibliográficas no final.
O documento discute a antropologia como campo de estudo e abordagem. Ele descreve como a antropologia surgiu na Europa no final do século 18 para estudar o homem como objeto científico, e como passou a estudar sociedades não ocidentais e camponeses. Também resume as principais abordagens da antropologia como biológica, pré-histórica, linguística e social/cultural.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que todos os seres humanos nascem livres e iguais, e que ninguém deve sofrer tortura, escravidão ou ser privado da liberdade ou vida. A declaração defende também o direito a um julgamento justo, liberdade de expressão e religião, e proteção contra a pobreza.
O documento discute sexualidade e afetividade na infância, explicando como a sociedade exerce pressão educativa nessas áreas de forma positiva ou negativa através de agentes sociais. Também define afetividade como a capacidade de experienciar emoções e sentimentos e seu papel no desenvolvimento humano, e ressalta o direito das crianças à dignidade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O documento discute o conceito e breve histórico sobre a sexualidade humana em 3 frases. Apresenta as visões de Freud sobre a sexualidade infantil e como ele foi pioneiro em descrever a sexualidade como algo inerente ao ser humano desde o nascimento. Também discute a evolução histórica do tratamento da sexualidade na escola e sociedade, desde a Idade Média até os dias atuais, quando há um reconhecimento da importância da orientação sexual na educação.
O serviço social na contemporaneidade pianaEvilásio Leal
1) O documento discute o serviço social na contemporaneidade, suas demandas e respostas.
2) Ele traça a história do serviço social no Brasil desde sua origem ligada à Igreja Católica até sua institucionalização pelo Estado.
3) O autor argumenta que o serviço social precisa ir além de apenas executar políticas sociais e compreender as contradições da sociedade capitalista para pensar respostas adequadas.
This document discusses how sociology is present in everyday life and interactions. It begins by defining sociology as the scientific study of society. It then explores how social groups like family, friends, school, and work are an integral part of socialization and developing social norms. New communication technologies are changing how socialization occurs as well. Everyday problems, conflicts, and social movements are also examined as examples of social processes studied by sociology. The document emphasizes that sociology seeks to understand the social world and phenomena people experience in their daily lives.
O documento fornece orientações para a estrutura de um paper acadêmico de 6 a 8 páginas, incluindo elementos do cabeçalho, pré-textuais, textuais e referências. Deve conter introdução, desenvolvimento e conclusão, com citações e referências bibliográficas no final.
Este documento propõe um projeto de psicologia em uma escola para fornecer orientação aos alunos, pais e professores e promover um ambiente positivo de aprendizagem através de atividades como caixa de conversa, roda de leitura e clube de pais. As psicólogas se apresentariam à comunidade escolar e estariam disponíveis 2-3 vezes por semana para apoiar o bem-estar emocional de todos.
O documento discute os conceitos fundamentais da antropologia cultural, incluindo: 1) A definição de cultura como um sistema de significados compartilhados que é aprendido socialmente; 2) Os primeiros antropólogos como Tylor e Boas que desenvolveram conceitos de cultura; 3) A importância do relativismo cultural e da etnografia para entender cada cultura em seus próprios termos.
1) O documento discute a noção de "necropolítica" proposta pelo filósofo Achille Mbembe como uma atualização da crítica social de Foucault para fenômenos da periferia do capitalismo.
2) Argumenta-se que a necropolítica descreve uma política centrada na produção em larga escala da morte, característica de um mundo em crise sistêmica.
3) Também se apresenta a crítica de Domenico Losurdo ao suposto déficit periférico na obra de Foucault e como M
RESENHA - A condição humana HANNAH ARENDTFILIPE NERI
O documento é uma resenha sobre o livro "A Condição Humana", de Hannah Arendt. A autora discute três atividades essenciais da condição humana - trabalho, labor e ação - e como elas moldam a vida pública e privada. Arendt também analisa temas como a pluralidade humana, poder e alienação.
Este documento discute vários tópicos relacionados à homossexualidade, incluindo:
1) A origem do termo "homossexualidade" e seu uso desde 1869.
2) Uma explicação do que é a homossexualidade, notando que se trata de atração emocional e sexual por pessoas do mesmo sexo, e não uma escolha ou doença.
3) Alguns mitos e verdades comuns sobre homossexualidade, incluindo que não é uma escolha, que homossexuais não necessariamente levam vidas solitárias ou prom
Concepção de infância ao longo da históriaLílian Reis
O documento descreve a evolução histórica da concepção de infância ao longo dos séculos XVI a XIX. Naquele período, as crianças passaram de serem vistas como inferiores e sem identidade própria para serem percebidas como seres inocentes que precisam ser educados e protegidos. O documento também discute como a noção de infância depende do contexto social e está sujeita a mudanças ao longo do tempo.
O documento discute a evolução do conhecimento da sociedade, desde antes do surgimento da ciência até o desenvolvimento da Sociologia. Aborda como a sociedade era conhecida anteriormente, os fatores que propiciaram o surgimento da Sociologia como ciência, as características do conhecimento científico, a diferença entre ciências naturais e humanas e as dificuldades metodológicas das ciências humanas.
Este documento descreve o Decreto 1.171/1994 que aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O código estabelece regras de conduta ética para servidores públicos, incluindo deveres como tratar o público com cortesia e zelar pelo patrimônio público, e vedações como usar o cargo para obter favorecimento pessoal. Também cria Comissões de Ética nos órgãos públicos para orientar sobre ética e aplicar penalidades como censura a serv
1. A categoria de formação social é importante para estudar as sociedades e o método marxista, mas foi pouco discutida por muito tempo. Recentemente, houve um renovado interesse no tema.
2. As formações econômicas e sociais referem-se a sociedades específicas em momentos de sua evolução, não à "sociedade em geral". Elas evoluem sistematicamente como um todo coerente.
3. É necessária a distinção entre modo de produção e formação social. O modo de produção representa as possibilidades de real
O documento discute a visão do sociólogo Émile Durkheim sobre a relação entre indivíduo e sociedade. De acordo com Durkheim, o indivíduo é moldado pela sociedade, que exerce pressão sobre ele através de elementos coercitivos como costumes, língua e religião. A sociedade é anterior e exterior ao indivíduo e é o que o torna um ser social.
1. A profissão de Serviço Social promove a mudança social e o bem-estar das pessoas.
2. No entanto, é vista de forma pouco positiva devido à falta de visibilidade e compreensão de suas metodologias.
3. A prática profissional de Serviço Social requer planejamento e fundamentação teórica para além de tarefas rotineiras.
O documento descreve a famosa pintura A Escola de Atenas de Rafael, representando Platão e Aristóteles no centro. Platão segura o Timeu e aponta para o alto, representando o ideal e o mundo inteligível, enquanto Aristóteles segura a Ética e aponta para a terra, representando o terrestre e o mundo sensível.
Cap.3 Teoria e prática científica - Antonio SeverinoNayara Gaban
O documento discute a teoria e prática científica, definindo ciência como a articulação do teórico e empírico. Apresenta como a ciência surgiu na modernidade baseada em pressupostos filosóficos e métodos, e como as ciências humanas emergiram considerando novos paradigmas como o fenomenológico e hermenêutico.
Hannah Arendt analisa o totalitarismo nazista e stalinista, que se caracterizam pela manipulação das massas e banalização do poder. Ela também estuda o julgamento de Adolf Eichmann em Jerusalém e a noção da "banalidade do mal". Por fim, defende que a política deve ser um espaço de liberdade e participação cidadã, não de opressão como ocorre nos regimes totalitários.
O documento discute a família e seus ciclos de vida. Define família como uma unidade básica da sociedade formada por indivíduos ligados por laços de ancestralidade ou afetividade, que tem a função de proteger a espécie humana e transmitir valores culturais. Apresenta diferentes tipos de família e papéis familiares, além de reconhecer a diversidade de configurações familiares atuais. Também descreve as fases do ciclo vital humano, desde o nascimento até a velhice.
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 04 - A elab...Jordano Santos Cerqueira
O documento discute a importância da elaboração de objetivos para o processo de ensino-aprendizagem. Os objetivos orientam a ação pedagógica do professor, ajudando na seleção dos melhores métodos para ensinar. Objetivos devem ser claros e focados no desempenho dos alunos, usando verbos que definam o que os alunos saberão ou poderão fazer. Objetivos gerais e específicos devem estar alinhados com os conteúdos, estratégias e avaliação.
1. O documento discute o significado e origem do termo política, bem como o conceito de ciência política e Estado. 2. A política originou-se na Grécia antiga para se referir à vida nas pólis. 3. A ciência política estuda os sistemas políticos, organizações e processos, enquanto o Estado se refere às instituições que governam uma sociedade em um território.
1) O documento discute diferentes abordagens antropológicas como estruturalismo, antropologia cultural e comunicação.
2) Ele explora os conceitos-chave de Lévi-Strauss sobre estruturas que preexistem às culturas e sobre invariantes culturais.
3) O documento também discute a rejeição do estruturalismo a abordagens históricas e empiristas e sua ênfase na compreensão das estruturas subjacentes às culturas.
O documento discute o fenômeno da cultura do cancelamento, onde pessoas públicas são "canceladas" nas redes sociais devido a comentários ou ações consideradas inaceitáveis. Há quem defenda que o cancelamento estabelece limites públicos importantes, mas outros apontam que ele nem sempre leva em conta o contexto ou mudança de opiniões ao longo do tempo. A cultura do cancelamento gera um ambiente onde as pessoas precisam ter cuidado com suas opiniões públicas.
1) A antropologia surgiu do contato entre europeus e povos de outras culturas durante a era das grandes navegações.
2) Os primeiros estudos antropológicos foram realizados por missionários católicos e tinham o objetivo de converter outros povos, enquanto estudos britânicos e franceses visavam o comércio.
3) A antropologia se desenvolveu como ciência no século XX com Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que estabeleceram métodos como a observação participante e rejeitaram
Este documento discute a formação da concepção moderna de infância e suas implicações para o modelo escolar de educação. Ele explica que a concepção medieval via as crianças como adultos em miniatura, enquanto a concepção moderna via as crianças como seres distintos com características próprias que precisavam ser protegidas e disciplinadas, levando à criação de escolas para educá-las separadamente dos adultos. Fatores como a Reforma Protestante, o crescimento do interesse pela educação e mudanças nas estruturas familiares contrib
PNAIC 2015 - Texto 01 Concepção de infância, criança e educaçãoElieneDias
O documento discute as concepções de infância e criança ao longo da história, destacando três perspectivas: a criança como ser genérico, a infância como fase da vida e a criança a partir de como vive suas infâncias. Também aborda como essas concepções variaram entre a Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e nos séculos XIX-XXI.
Este documento propõe um projeto de psicologia em uma escola para fornecer orientação aos alunos, pais e professores e promover um ambiente positivo de aprendizagem através de atividades como caixa de conversa, roda de leitura e clube de pais. As psicólogas se apresentariam à comunidade escolar e estariam disponíveis 2-3 vezes por semana para apoiar o bem-estar emocional de todos.
O documento discute os conceitos fundamentais da antropologia cultural, incluindo: 1) A definição de cultura como um sistema de significados compartilhados que é aprendido socialmente; 2) Os primeiros antropólogos como Tylor e Boas que desenvolveram conceitos de cultura; 3) A importância do relativismo cultural e da etnografia para entender cada cultura em seus próprios termos.
1) O documento discute a noção de "necropolítica" proposta pelo filósofo Achille Mbembe como uma atualização da crítica social de Foucault para fenômenos da periferia do capitalismo.
2) Argumenta-se que a necropolítica descreve uma política centrada na produção em larga escala da morte, característica de um mundo em crise sistêmica.
3) Também se apresenta a crítica de Domenico Losurdo ao suposto déficit periférico na obra de Foucault e como M
RESENHA - A condição humana HANNAH ARENDTFILIPE NERI
O documento é uma resenha sobre o livro "A Condição Humana", de Hannah Arendt. A autora discute três atividades essenciais da condição humana - trabalho, labor e ação - e como elas moldam a vida pública e privada. Arendt também analisa temas como a pluralidade humana, poder e alienação.
Este documento discute vários tópicos relacionados à homossexualidade, incluindo:
1) A origem do termo "homossexualidade" e seu uso desde 1869.
2) Uma explicação do que é a homossexualidade, notando que se trata de atração emocional e sexual por pessoas do mesmo sexo, e não uma escolha ou doença.
3) Alguns mitos e verdades comuns sobre homossexualidade, incluindo que não é uma escolha, que homossexuais não necessariamente levam vidas solitárias ou prom
Concepção de infância ao longo da históriaLílian Reis
O documento descreve a evolução histórica da concepção de infância ao longo dos séculos XVI a XIX. Naquele período, as crianças passaram de serem vistas como inferiores e sem identidade própria para serem percebidas como seres inocentes que precisam ser educados e protegidos. O documento também discute como a noção de infância depende do contexto social e está sujeita a mudanças ao longo do tempo.
O documento discute a evolução do conhecimento da sociedade, desde antes do surgimento da ciência até o desenvolvimento da Sociologia. Aborda como a sociedade era conhecida anteriormente, os fatores que propiciaram o surgimento da Sociologia como ciência, as características do conhecimento científico, a diferença entre ciências naturais e humanas e as dificuldades metodológicas das ciências humanas.
Este documento descreve o Decreto 1.171/1994 que aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O código estabelece regras de conduta ética para servidores públicos, incluindo deveres como tratar o público com cortesia e zelar pelo patrimônio público, e vedações como usar o cargo para obter favorecimento pessoal. Também cria Comissões de Ética nos órgãos públicos para orientar sobre ética e aplicar penalidades como censura a serv
1. A categoria de formação social é importante para estudar as sociedades e o método marxista, mas foi pouco discutida por muito tempo. Recentemente, houve um renovado interesse no tema.
2. As formações econômicas e sociais referem-se a sociedades específicas em momentos de sua evolução, não à "sociedade em geral". Elas evoluem sistematicamente como um todo coerente.
3. É necessária a distinção entre modo de produção e formação social. O modo de produção representa as possibilidades de real
O documento discute a visão do sociólogo Émile Durkheim sobre a relação entre indivíduo e sociedade. De acordo com Durkheim, o indivíduo é moldado pela sociedade, que exerce pressão sobre ele através de elementos coercitivos como costumes, língua e religião. A sociedade é anterior e exterior ao indivíduo e é o que o torna um ser social.
1. A profissão de Serviço Social promove a mudança social e o bem-estar das pessoas.
2. No entanto, é vista de forma pouco positiva devido à falta de visibilidade e compreensão de suas metodologias.
3. A prática profissional de Serviço Social requer planejamento e fundamentação teórica para além de tarefas rotineiras.
O documento descreve a famosa pintura A Escola de Atenas de Rafael, representando Platão e Aristóteles no centro. Platão segura o Timeu e aponta para o alto, representando o ideal e o mundo inteligível, enquanto Aristóteles segura a Ética e aponta para a terra, representando o terrestre e o mundo sensível.
Cap.3 Teoria e prática científica - Antonio SeverinoNayara Gaban
O documento discute a teoria e prática científica, definindo ciência como a articulação do teórico e empírico. Apresenta como a ciência surgiu na modernidade baseada em pressupostos filosóficos e métodos, e como as ciências humanas emergiram considerando novos paradigmas como o fenomenológico e hermenêutico.
Hannah Arendt analisa o totalitarismo nazista e stalinista, que se caracterizam pela manipulação das massas e banalização do poder. Ela também estuda o julgamento de Adolf Eichmann em Jerusalém e a noção da "banalidade do mal". Por fim, defende que a política deve ser um espaço de liberdade e participação cidadã, não de opressão como ocorre nos regimes totalitários.
O documento discute a família e seus ciclos de vida. Define família como uma unidade básica da sociedade formada por indivíduos ligados por laços de ancestralidade ou afetividade, que tem a função de proteger a espécie humana e transmitir valores culturais. Apresenta diferentes tipos de família e papéis familiares, além de reconhecer a diversidade de configurações familiares atuais. Também descreve as fases do ciclo vital humano, desde o nascimento até a velhice.
FACELI - Disciplina Especial - Didática com Márcia Perini Valle - 04 - A elab...Jordano Santos Cerqueira
O documento discute a importância da elaboração de objetivos para o processo de ensino-aprendizagem. Os objetivos orientam a ação pedagógica do professor, ajudando na seleção dos melhores métodos para ensinar. Objetivos devem ser claros e focados no desempenho dos alunos, usando verbos que definam o que os alunos saberão ou poderão fazer. Objetivos gerais e específicos devem estar alinhados com os conteúdos, estratégias e avaliação.
1. O documento discute o significado e origem do termo política, bem como o conceito de ciência política e Estado. 2. A política originou-se na Grécia antiga para se referir à vida nas pólis. 3. A ciência política estuda os sistemas políticos, organizações e processos, enquanto o Estado se refere às instituições que governam uma sociedade em um território.
1) O documento discute diferentes abordagens antropológicas como estruturalismo, antropologia cultural e comunicação.
2) Ele explora os conceitos-chave de Lévi-Strauss sobre estruturas que preexistem às culturas e sobre invariantes culturais.
3) O documento também discute a rejeição do estruturalismo a abordagens históricas e empiristas e sua ênfase na compreensão das estruturas subjacentes às culturas.
O documento discute o fenômeno da cultura do cancelamento, onde pessoas públicas são "canceladas" nas redes sociais devido a comentários ou ações consideradas inaceitáveis. Há quem defenda que o cancelamento estabelece limites públicos importantes, mas outros apontam que ele nem sempre leva em conta o contexto ou mudança de opiniões ao longo do tempo. A cultura do cancelamento gera um ambiente onde as pessoas precisam ter cuidado com suas opiniões públicas.
1) A antropologia surgiu do contato entre europeus e povos de outras culturas durante a era das grandes navegações.
2) Os primeiros estudos antropológicos foram realizados por missionários católicos e tinham o objetivo de converter outros povos, enquanto estudos britânicos e franceses visavam o comércio.
3) A antropologia se desenvolveu como ciência no século XX com Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que estabeleceram métodos como a observação participante e rejeitaram
Este documento discute a formação da concepção moderna de infância e suas implicações para o modelo escolar de educação. Ele explica que a concepção medieval via as crianças como adultos em miniatura, enquanto a concepção moderna via as crianças como seres distintos com características próprias que precisavam ser protegidas e disciplinadas, levando à criação de escolas para educá-las separadamente dos adultos. Fatores como a Reforma Protestante, o crescimento do interesse pela educação e mudanças nas estruturas familiares contrib
PNAIC 2015 - Texto 01 Concepção de infância, criança e educaçãoElieneDias
O documento discute as concepções de infância e criança ao longo da história, destacando três perspectivas: a criança como ser genérico, a infância como fase da vida e a criança a partir de como vive suas infâncias. Também aborda como essas concepções variaram entre a Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e nos séculos XIX-XXI.
O documento resume a obra de Philippe Ariès sobre a história social da criança e da família, mostrando como a visão sobre a infância mudou ao longo dos séculos. Na Idade Média, as crianças eram vistas como adultos em miniatura e não recebiam tratamento especial. A noção moderna de infância só surgiu no século XVII, quando as crianças passaram a ser educadas dentro de casa e receber mais afeto. A escola também começou a se dedicar especificamente à educação infantil nesse período.
O documento descreve a evolução histórica da concepção de infância ao longo dos tempos, desde a Idade Média até a contemporaneidade. Até o século XVII, as crianças eram tratadas como adultos e não havia distinção entre as fases da vida. A partir do século XVII, reformas religiosas contribuíram para o surgimento de um sentimento de infância e maior valorização da educação e afetividade familiar. No século XX, teorias psicológicas influenciaram as concepções pedagógicas e a ONU pass
Este documento trata de:
1) A elaboração de um instrumento diagnóstico para avaliar as aprendizagens dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática no ano letivo de 2015.
2) A discussão sobre os conceitos de criança e infância, considerando suas pluralidades e como produtos das relações socioculturais.
3) A reflexão sobre a importância do lúdico no desenvolvimento infantil e sua presença no processo educativo da criança.
Este artigo procura compreender como se construíram as ações da juventude em épocas de totalitarismo, analisando especialmente o período nazista na Alemanha e 1968 no Brasil. O autor conceitua juventude como uma categoria social histórica, não biológica, e discute como ela é representada de forma idealizada na modernidade. A metodologia empregada é analisar discursos sobre juventude em obras didáticas.
O documento discute a adolescência no Brasil segundo indicadores de vulnerabilidade e desigualdade. Apresenta estatísticas sobre adolescentes brasileiros e fatores que ameaçam seu direito de ser adolescente, como pobreza, baixa escolaridade e violência. Também discute como a adolescência é uma construção social que varia entre culturas e classes sociais.
O documento discute a história do atendimento à infância no Brasil desde o período colonial. Aponta que as crianças pobres sempre estiveram presentes na sociedade brasileira e que sua situação era de vulnerabilidade. Desde o século XVI, as crianças de rua eram encontradas nos portos e mercados tentando sobreviver. Durante a colônia, o atendimento às necessidades da população carente era feito pela Igreja Católica, por meio de instituições como as Santas Casas de Misericórdia. A conce
O documento discute a história da infância e da aprendizagem desde a Grécia Antiga até a Idade Moderna. A infância foi construída socialmente ao longo dos séculos como uma fase distinta da vida adulta. A escolarização passou a ser vista como preparação para a vida produtiva e novas disciplinas surgiram para estudar o desenvolvimento infantil e problemas de aprendizagem.
Negações e silenciamentos no discurso acerca da juventudeCatia Andressa
Artigo baseado em "Uma análise acerca do discurso sobre a juventude no ensino de história", trabalho de conclusão do curso de História na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, desenvolvido pela autora, sob a orientação do Prof. Dr. Nilton Mullet Pereira e sob arguição do Prof. Dr. Carlos Alfredo Gadea de Castro, ambos da mesma instituição de ensino superior. O trabalho obteve aprovação com distinção no segundo semestre de 2005.
Posteriormente, se tornou uma palestra sobre o período, ministrada nos Encontros IHU Ideias, e este artigo é consequência desta.
Este trabalho tem por objetivo discutir e propor uma reflexão sobre o tema brincar. Partindo de uma análise bibliográfica, procurei apontar importantes argumentos sobre o tema e a partir de uma pesquisa de campo com análise de dados, confrontar a teoria e a prática, o discurso e a realidade. Inicialmente, fez-se necessário conhecer um pouco da história da infância e como esta mesma história
tem produzido, em diferentes tempos e espaços, diferentes conceitos sobre a criança. Num segundo momento, a brincadeira aparece como algo essencial no desenvolvimento da criança e assim como o conceito de infância, o brinquedo
também apresenta sua dimensão histórica e cultural. Logo após, a brincadeira assume sua forma específica de ser um fator social que pressupõe uma aprendizagem e uma importante experiência de cultura e que ao longo dos anos,
vem se modificando. E por último, apresento o brincar dentro do tempo e do espaço escolar através do olhar do adulto e da própria criança.
LUZIA MARIA RODRIGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO - UFRRJ
2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos temposPoLiciana Alves de Paula
O documento discute a evolução histórica da concepção de infância e sua repercussão no atendimento às crianças. A visão tradicional da criança como ser sem importância deu lugar a uma nova concepção que vê a criança como sujeito com identidade própria. Isso levou a mudanças na Educação Infantil de um modelo assistencialista para propostas pedagógicas que respeitam as especificidades infantis.
O documento discute as visões históricas da infância e como as crianças eram tratadas ao longo dos séculos. Apresenta os estudos iniciais de Philippe Ariès sobre como a infância é uma construção social e como o tratamento das crianças mudou gradualmente, passando de apropriação pelo mundo adulto para reconhecimento e moralização. Posteriormente, outros autores como Linda Pollock contestaram as evidências de Ariès e estudaram fontes primárias para entender melhor a história da infância.
O documento discute a adolescência e a saúde de jovens no Brasil. Ele descreve que 30% da população brasileira é adolescente ou jovem, totalizando 54 milhões entre 10-24 anos. Explora como a adolescência foi definida ao longo do tempo e como é abordada no atendimento de saúde, enfatizando a necessidade de respeito e envolvimento do adolescente no seu próprio cuidado.
1. O documento discute a história do tratamento da infância e crianças com deficiência no Brasil.
2. A história é marcada pelo abandono, descaso e distanciamento entre o discurso e a realidade vivida por essas crianças.
3. A noção moderna de infância surgiu na Europa nos séculos XVI-XVII, mas no Brasil foi reconhecida somente no século XIX, inicialmente privilegiando as classes ricas.
Este artigo analisa como a população negra é representada em livros infantis brasileiros e como isso pode afetar a autoestima de crianças negras. Discute como o racismo ainda está presente nessas imagens e como a literatura infantil pode ser uma aliada para promover uma educação antirracista e inclusiva. Também fornece um breve histórico sobre o surgimento da literatura infantil e sua relação com a construção social da infância.
Livro analisa educação de criança "Emílio" em 5 partes, defendendo educação natural respeitando liberdade infantil. Ideias influenciaram Revolução Francesa, que via educação como forma de homem mudar sociedade de modo democrático, combatendo instituições opressoras.
Folhetim do Estudante - Ano IX - Número 65Valter Gomes
Boletim informativo educacional com textos e artigos que expressam o protagonismo estudantil em ações de investigação científica na área de Ciências Humanas
O documento descreve a história da educação infantil no Brasil desde o século 19, quando as crianças pequenas raramente eram atendidas fora do ambiente familiar. Após a abolição da escravatura no final do século 19, surgiram as primeiras creches e jardins de infância, embora houvesse debates sobre seus objetivos. Ao longo do tempo, foram desenvolvidas diferentes concepções sobre o desenvolvimento infantil.
Semelhante a A construção do conceito de adolescência no Ocidente (20)
Pesquisa Nacional de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasilei...Proama Projeto Amamentar
Trata-se da demonstração dos principais dados da Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras no Brasil realizada em 2008 através de mapas.
Trata-se de questões para o estudo do texto Pavlov, Watson e Skinner – Comportamentalismo e Educação , do livro
CUNHA, M.V. Psicologia da Educação. RJ, DP&A, 2000.
, elaboradas para estudo nas Licenciaturas
O documento discute os métodos coercitivos de educar como a punição física. Aponta que castigos físicos têm efeitos negativos a longo prazo para as crianças e podem perpetuar um ciclo de violência. Defende que diálogo, respeito e bons exemplos são formas mais eficazes de educar do que a violência.
Trata-se de uma apresentação realizada para Gestores dos órgãos públicos municipais para conhecimento do trabalho desenvolvido na Universidade como extensão.
O documento discute os impactos negativos da violência doméstica contra crianças, incluindo o uso de castigos físicos como forma de educação. Apresenta argumentos de que a violência tende a perpetuar um ciclo multigeracional de agressividade e defende que a escola deve ter um papel na prevenção e notificação de casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes.
O documento discute a relação entre o aleitamento materno e a segurança alimentar. Defende os benefícios do leite materno e as causas do desmame precoce. Apresenta pesquisas que mostram a maior duração da amamentação exclusiva em famílias em situação de insegurança alimentar.
METODOLOGIAS ATIVAS PARA O ENSINO DAS CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO NAS LICEN...Proama Projeto Amamentar
Este documento propõe ensinar concepções de desenvolvimento para alunos de licenciatura em física usando metodologias ativas como a criação de banners. Os alunos trabalharam em grupos para representar visualmente teorias como inatismo, ambientalismo e interacionismo. Isso promoveu cooperação, criatividade e compreensão dos conceitos de uma forma prazerosa e engajada.
O documento descreve um projeto que envolveu agentes de saúde na produção de material pedagógico sobre aleitamento materno. O projeto realizou oficinas onde as agentes produziram mamíferos de pano e mamas de crochê para serem usados nas unidades de saúde e creches, promovendo a valorização do trabalho das agentes e o empoderamento enquanto mães. O projeto teve bons resultados como a humanização dos serviços de saúde e o desenvolvimento do trabalho em rede.
O documento analisa como a revista Claudia abordou o aleitamento materno e seu potencial impacto na formação de valores. A mídia pode influenciar negativamente quando ignora os benefícios científicos da amamentação e a retrata como secundária à modernidade. Há necessidade de esclarecer o público sobre a importância da amamentação.
O documento discute o Método Canguru, que envolve manter o bebê recém-nascido em contato pele a pele com a mãe para favorecer o vínculo entre eles. O objetivo é reduzir a separação entre mãe e bebê, especialmente para prematuros e de baixo peso, promovendo os benefícios do toque e contato para o desenvolvimento físico e emocional da criança. O texto também aborda as etapas do método e seus benefícios comprovados para a saúde da
O sistema auditivo humano começa a se desenvolver na 15a semana de gestação, tornando-se funcional entre a 25a e 29a semana. Até a 38a semana, o feto já consegue processar sons e música, reconhecendo a voz da mãe. Após o nascimento, as experiências auditivas pré-natais auxiliam na reconhecimento de sons, com a compreensão auditiva completa ocorrendo aos 18 meses.
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Lenilson Souza
Resumo: Você já tentou de tudo para emagrecer, mas nada parece funcionar? Você
não está sozinho. Perder peso pode ser uma jornada frustrante e desafiadora,
especialmente com tantas informações conflitantes por aí. Talvez você esteja se
perguntando se existe um método realmente eficaz e sustentável para alcançar
seus objetivos de saúde. A boa notícia é que, sim, há! Neste artigo, vamos explorar
estratégias comprovadas que realmente funcionam. Desde a importância de uma
alimentação balanceada e exercícios físicos eficazes, até a relação entre sono,
hidratação e controle do estresse com o emagrecimento, vamos desmistificar os
mitos e fornecer dicas práticas que você pode começar a aplicar hoje mesmo.
Então, se prepare para transformar sua abordagem e finalmente ver os resultados
que você merece!
A construção do conceito de adolescência no Ocidente
1. volume 7 nº 3 julho 2010Adolescência & Saúde
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ARTIGO ORIGINAL
A construção do conceito de
adolescência no Ocidente
The construct of the concept of adolescence in the West
Eloisa Grossman1
“Ah, esse vazio! Esse vazio terrível que sinto em
meu peito! Quantas vezes penso: ‘Se pudesses uma
vez, uma vez apenas, apertá-la contra esse coração,
o vazio todo seria preenchido’.”1
. Talvez alguém re-
conheça as palavras desse adolescente solitário,
sonhador e romântico. É Werther, personagem
de um romance de Goethe, escrito em 1774.
Segundo Philippe Ariés2
, historiador fran-
cês, a ideia do que hoje chamamos adolescência
é apenas pressentida a partir do século XVIII. Na
Idade Média, a consciência das particularidades
da infância não existia; não havia distinção entre
crianças e adultos. A ideia de infância relaciona-
va-se exclusivamente com a noção de depen-
dência; quando a criança adquiria a condição
RESUMO
Este artigo, dedicado ao tema da constituição do conceito de adolescência, tem como objetivo enfatizar o caráter histórico
dessa construção. Na Idade Média não existia a consciência da especificidade das crianças; o crescimento era interpretado
como aumento quantitativo dos aspectos físicos e mentais. No século XIX, a adolescência era demarcada como um período
particular, e ao longo do século evidenciada como fase de potenciais riscos. O século XX consolidou a ideia da adolescência
como uma etapa da vida dotada de características próprias, retentora de um estatuto legal e social. A contemporaneidade
tem como marcas a dissolução de certezas e um estado de desamparo coletivo, que implicam uma experiência complexa
e plural de adolescer.
PALAVRAS-CHAVE
Adolescência, história, contracultura na década de 60
ABSTRACT
This article, whose theme is the construct of the concept of adolescence, aims at emphasizing the historic aspect of
such construct. In Medieval Times there was no awareness of the singularity of childhood; growth was seen merely as
a quantitative increase in physical and mental traits. In the 1800s, adolescence was labeled as a specific life period and,
throughout the century, tagged as a potentially risky time. The twentieth century consolidated the notion of teenage as a
time with its own features, retaining a legal and social status of its own. Our age is marked by the dissolution of certainties
and a feeling of helplessness that result in a complex and plural experience of being a teenager.
KEY-WORDS
Adolescence, history, counterculture of the 1960s
de viver sem o desvelo constante da mãe ou da
ama, ingressava plenamente no mundo adulto,
participando de todas as atividades sociais.
A visão de mundo na sociedade medieval
tinha como base a teologia cristã e os dogmas
religiosos, mas também sofria a influência da fi-
losofia grega, especialmente de Platão. A com-
preensão da natureza divina de forma racional
favoreceu o desenvolvimento do conceito de
homúnculo, cuja influência determinou a inter-
pretação do crescimento como um aumento
1
Professora Adjunta de Medicina de Adolescentes da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCM/UERJ); Doutora em Ciências pelo
Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/FIOCRUZ).
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quantitativo dos aspectos físicos e mentais do
homem3
. A infância era entendida como um
período de passagem logo ultrapassado e cuja
lembrança era rapidamente esquecida. As pin-
turas medievais traduzem essas crenças e sen-
timentos; as crianças são representadas como
adultos em miniatura, sem nenhuma diferença
de traços ou expressões.
Na transição da Idade Média à Modernida-
de, três fatores tiveram grande influência na con-
cepção que o homem tinha de si e da sua relação
com os outros. O primeiro aspecto foi o novo
papel do Estado, que passou a interferir e exer-
cer controle do espaço social e da ordem pública,
legando à comunidade um tempo maior para a
dedicação às atividades particulares. O segundo
fato foi o desenvolvimento da alfabetização e dos
livros, incentivando o gosto pelo privado e pela
solidão. O terceiro acontecimento foi o estabele-
cimento de novas religiões ao longo dos séculos
XVI e XVII, que exigiam dos fiéis uma devoção
mais íntima4
. Esse conjunto de mudanças deter-
minou a passagem de uma experiência anterior-
mente coletiva, quando a comunidade enqua-
drava e limitava o indivíduo em uma valorização
do espaço privado. A família, além de unidade
econômica, passou a ser encarada como espaço
de afetividade entre o casal e os filhos.
Surgiu, nesse momento, um novo senti-
mento dos pais em relação aos filhos, criticado
por moralistas que denunciavam o excesso de
complacência e o exagero de mimos, que em
sua visão seriam nefastos à criança e à socieda-
de5
. Para combater essa atitude, o Estado e a
Igreja retomaram a responsabilidade do sistema
educativo, através da criação de colégios, desti-
nados a indivíduos entre 10 e 25 anos, sem dis-
tinção. Não havia uma preocupação em separar
os alunos em diferentes classes, divididas por
um critério etário.
O século XVIII foi marcado pelo movimen-
to de ideias denominado Iluminismo, que deu
suporte a uma renovação pedagógica na qual,
ao lado da definição de novas práticas, afirmava-
se a ideia da onipotência da educação na mode-
lagem do indivíduo6
.
O século XIX se caracterizou pelo fortaleci-
mento dos Estados Nacionais, pela redefinição
dos papéis sociais das mulheres e das crianças,
pelo avanço acelerado da industrialização e da
técnica e pela organização de trabalhadores.
Um duplo movimento afluiu nas relações entre
pais e filhos; a infância passou a ser encarada
como um momento privilegiado da vida, e aos
filhos dedicava-se amor e investimento no futu-
ro. Nesse momento, a figura do adolescente foi
balizada com nitidez. A adolescência masculina
foi definida como o período entre a primeira co-
munhão e o bacharelado ou serviço militar, e a
feminina entre a primeira comunhão e o casa-
mento. Ao longo do século, a adolescência pas-
sou a ser reconhecida como um momento críti-
co da vida, temida como uma fase de potenciais
riscos para o indivíduo e para a sociedade, uma
real “zona de turbulência e contestação”7
.
A adolescência passou então a ser objeto
de interesse de médicos e de educadores. A pri-
meira referência à organização do atendimento
clínico a adolescentes foi o acompanhamento de
alunos em internatos na Inglaterra. Em 1884 foi
constituída a Associação de Médicos de Escolas
que, no ano seguinte, publicou um Código de
regras com o explícito objetivo de evitar a disse-
minação de doenças infecciosas8
.
Em relação às publicações especializadas
sobre a temática, o primeiro livro referido no
Index Medicus abordando o tema adolescência
data de 1904, a obra de G. Stanley Hall, inti-
tulada Adolescência: sua psicologia e relação com
fisiologia, antropologia, sociologia, sexo, crime,
religião e educação9
. O autor propunha que o
ser humano em desenvolvimento passaria por
estágios correspondentes aos que ocorreram na
evolução da espécie humana, desde o primitivis-
mo animal até a vida civilizada, que caracteriza-
ria a maturidade. As etapas de desenvolvimento
descritas em sua teoria obedeceriam a um pa-
drão universal, inevitável e imutável, de forma
independente do ambiente, controladas exclu-
sivamente pela hereditariedade. Apresentava a
adolescência como um período de sturm und
drang (tempestade e tensão), de turbulência e
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transição ao status adulto final, em que os indi-
víduos oscilavam entre vigor e letargia. Assumiu
que essa fase perigosa e trabalhosa demanda-
va proteção. A peça O despertar da Primavera,
escrita em 1891 por Frank Wedeking, e por ele
descrita como “tragédia infantil”, descortina o
universo de um grupo de adolescentes e seus
dramas. Os jovens aguçam sua curiosidade à me-
dida que ocorrem as transformações puberais e
os desejos sexuais e percebem a distância que os
separa da moral social do mundo dos adultos.
Nas palavras do estudante Moritz há uma crítica
à escola e a seus preceitos: “De que adianta uma
enciclopédia que não responde à questão mais im-
portante da vida?”
A Senhora Bergmann, também persona-
gem deste drama, não consegue explicar à filha
de 14 anos como as crianças são geradas e nas-
cem, apesar das súplicas da moça: “Mas não vai
dar, filha! Não posso carregar essa responsabilida-
de!” A adolescente engravida e morre, vítima de
um aborto engendrado pela mãe10
.
Em outras publicações, a criminalidade na
adolescência foi estudada. Em Criminalidade na
adolescência. Causas e remédios de um mal social
atual, de 1909, os adolescentes são identificados
como “vagabundos naturais”, profundamente
instáveis e com absoluto desprezo por quaisquer
obstáculos e perigos7
.
Ao longo desse período, de forma paralela
à organização de um campo de saberes sobre
a adolescência, foram criadas instituições para
o seu amparo e vigilância, tais como as escolas
seriadas e secundárias, e as instituições jurídicas
e correcionais. Essas instituições, vinculadas ao
ideário do Iluminismo, buscavam o aperfeiçoa-
mento do ser humano, a ser atingido através da
educação, da higiene e da ampliação dos direi-
tos sociais. Surgiu, ainda, um novo modelo de
família, a família burguesa, centrada na educa-
ção dos filhos11
. Tinha como características ser
nuclear, heterossexual, monógama e patriarcal.
O domínio absoluto era do pai, chefe, gerente e
responsável pela honra da família, cujos interes-
ses prevaleciam. Mulher e filhos lhes eram su-
bordinados; normas rígidas eram aplicadas. Em
Música ao Longe, de Érico Veríssimo, a adoles-
cente Clarissa, de 16 anos, diz que necessita um
diário porque não tem com quem conversar, “...
vivo aqui solta, como um gato sem estimação”12
.
Os processos disciplinares e normalizado-
res tinham o corpo como seu alvo. Segundo
Foucault, esse princípio agia através do adestra-
mento, da ampliação das aptidões, na extorsão
das forças, no crescimento da utilidade e doci-
lidade e na sua integração a sistemas eficazes
e econômicos. Além da ação nos corpos indivi-
dualizados, o autor desenvolveu o conceito de
biopoder, também fundamentalmente centrado
no corpo, porém exercido como política estatal,
gerenciando a vida e o corpo social, aplicando-
lhe normas higienistas e eugênicas11
.
Nessa atmosfera surgiu uma nova preocu-
pação: o cuidado com o corpo. O medo da do-
ença impregnou a sociedade. A saúde passou a
ser uma preocupação constante, ocupando se-
ções diárias nos jornais. A biologia e a física ele-
varam-se ao topo da hierarquia científica13
. Nas
décadas de 1920 e 1930 foram desenvolvidas
pesquisas colaborativas em universidades com
enfoque no desenvolvimento e na nutrição de
crianças e adolescentes. Foi também reconhe-
cida a influência dos hormônios no crescimen-
to e desenvolvimento e as variações individuais
nos ganhos de altura, peso e maturação sexual.
Estudos sobre os caracteres sexuais secundá-
rios foram organizados na publicação Estudos
somáticos e endocrinológicos do varão púbere, de
Greulich e colaboradores14
.
O século XX foi marcado por guerras,
horrores e sofrimentos que marcaram profun-
damente a vida de crianças e de adolescentes.
Privados dos valores paternos, sentiam-se teme-
rosos para se arriscar a novas incursões pela vida.
Amihai, no conto As mortes de meu pai, ponde-
rou sobre isso nas palavras do protagonista: “Era
terrível para mim, ver que meu pai não podia mais
defender a casa e protegê-la contra a invasão dos
inimigos. Foi este o fim da minha infância.”15
Ao longo do século XX foi consolidada a
ideia da adolescência como uma etapa da vida
dotada de características próprias, retentora de
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um estatuto legal e social. Cada vez mais os pes-
quisadores encaravam-na como um problema.
Alguns especialistas passaram a observá-la com
foco nas repercussões do mundo do pós-guerra,
interpretado como um tempo de caos dos valo-
res. Segundo alguns, o processo que conduziu
à codificação da adolescência como fase em si
atingiu a maturação plena logo após a Segunda
Guerra Mundial. Em 1945, Elliot E. Cohen publi-
cou um artigo no New York Times utilizando a
expressão teenager16
. O filme A última sessão de
cinema, de Peter Bodganovich, enfoca o que era
ser jovem nos EUA do pós-guerra, mais especifi-
camente em uma pequena cidade do Texas, em
1951. Frequentar o bar, o salão de sinuca e as
sessões de cinema eram os únicos divertimen-
tos dos jovens. Bebiam, jogavam e namoravam,
náufragos em um mundo de hipocrisia e me-
diocridade, em meio a casamentos fracassados,
traições e vida de aparências.
A constatação do fracasso da civilização
criada pelas gerações anteriores, de guerras,
injustiças sociais, violência e opressão, e a con-
templação da massa amorfa de casos, dossiês e
números em que foi transformada a humanida-
de pela sociedade de consumo explodiram na
consciência dos adolescentes e jovens da década
de 1960, inaugurando um novo estilo de mobi-
lização e contestação social, bastante distinto da
prática política da esquerda tradicional17,18
.
Deu-se o nome de contracultura a esse
movimento de contestação radical. De um lado
surgiu o movimento hippie, com a filosofia do
drop out, expressão que significa literalmente
“cair fora”, que compreendia três grandes eixos
de movimentação: da cidade para o campo, da
família para a vida em comunidade e do racio-
nalismo cientificista para os mistérios do misti-
cismo e o psicodelismo das drogas. Do outro
lado, a politização invadiu a maioria das uni-
versidades; os estudantes insurgiram-se contra
tudo aquilo que se relacionasse com a “ciência
burguesa”. Em 1968, agitações e passeatas su-
cediam-se em todos os continentes, jovens lu-
tavam em todas as frentes para destruir o velho
e impor o novo19
.
No Brasil, a mobilização estudantil atingiu
seu auge a partir da morte do estudante se-
cundarista Edson Luís de Lima Souto, durante
confronto entre estudantes e policiais no centro
do Rio de Janeiro. Os estudantes inquietavam
o regime muito mais do que os antigos movi-
mentos de esquerda, representando o núcleo
da contestação.
Esse movimento invadiria também a vida
artística brasileira, constituindo uma “cultura de
oposição”, evidente no teatro, na música, no ci-
nema, na literatura e nas artes plásticas. Nos cha-
mados anos de chumbo, que se seguiram ao de-
creto do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 1968, os
direitos individuais e coletivos foram feridos, in-
clusive a liberdade de expressão20
. As produções
artísticas desse período eram disfarçadas com
metáforas e linguagem figurada, na tentativa de
burlar a Censura. Diversos artistas foram exilados
e torturados. A música de Geraldo Vandré, Pra
não dizer que não falei das flores, foi promovida a
hino de protesto na luta contra a ditadura.
Zuenir Ventura21
afirmou que poucas gera-
ções lutaram tão radicalmente por seu projeto,
por sua utopia, experimentando todos os hori-
zontes: político, sexual, comportamental e exis-
tencial, sonhando em aproximá-los.
Século XXI, tempo de atrativos tecnológi-
cos e de busca desenfreada de bens de consu-
mo. A oferta é constante, mas nada é suficiente.
Calligaris22
afirma que crianças e adolescentes
aprendem que há duas qualidades subjetivas
para ser reconhecido e valorizado na socieda-
de atual: é necessário ser desejável e invejável.
Birman23
considera que existe na atualidade um
alongamento da adolescência, que hoje come-
ça mais cedo do que outrora e que se prolonga
pelo período anteriormente denominado idade
adulta. A contemporaneidade tem como marcas
a dissolução de certezas e um estado de desam-
paro coletivo, que implicam uma experiência
complexa e plural de adolescer.
Enredar-se na discussão da subjetividade
da adolescência na contemporaneidade é uma
tarefa inevitável para os profissionais que te-
nham o propósito de participar de seu cuidado.
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A ambição desse artigo foi a de tornar perceptí-
veis as mudanças do significado dessa etapa da
vida ao longo dos tempos, no Ocidente. Como
afirma Cardoso24
, trabalhar com a disciplina da
história é também trabalhar com nossa própria
dimensão, compreendendo nossa presença nela
e formulando ideias que deem sentido à nossa
articulação com os outros.
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