O documento discute as múltiplas fontes de identidade do Brasil e brasileiros, incluindo como estado-nação, sociedade e cultura. Apresenta a dualidade entre um "Brasil-repúblicano" baseado em indivíduos versus um "Brasil-monárquico" baseado em relações pessoais. Explora como essa dualidade gera paradoxos na compreensão do Brasil.
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O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somos
1. O que faz o “brasil”, Brasil? Notas sobre como somos e não somos
Expogestão 2014 – Joinville, 22 de maio de 2114
2. A identidade como problema
•Como sabemos quem somos?
•Por meio de comparação e contrastes (eu sou o que você não é; nós somos os que os outros não são ou jamais podem ser: povo eleito, país adiantado, puro...
•Segmentações e Conextos.
•Um ponto básico: como atuamos no mundo — Sociologia e Teatro: o axioma de Shakespeare “o mundo é um palco...”
•Papéis sociais atribuídos: sexo, idade, local de nascimento, casa e família, cor da pele...
•Papéis sociais adquiridos ou “escolhidos”.
Exemplos: medico, deputado, professor, etc…
3. Temos muitas fontes de identidade
Como Estado-Nacional
•Somos portugueses.
•Território soberano (MAPA)
•Política e Economia: moeda, números
•Sistemas formais: economia, política, educação: escolaridade, etc...
•Estive em Paris…
Como Sociedade e Cultura
•Valores e hábitos do coração.
•Situações: rotinas/ritos ou festas,
•Natureza
•Religiosidades
•Festas e moralidades inscritas, não escritas: musica, comida
4. No caso do Brasil: é básico ser “alguém” ou não ser “ninguém” “Ser alguém” = ter capital relacional “Ser ninguém = estar só, individualizado Ser uma “pessoa“ ou “gente” e não ser nada Daí o “Você sabe com quem está falando?” e o seu inverso, o “jeitinho — como um rito autoritário e de distinção entre: Igualdade republicana/ Realeza e Escravidão
5. Como saber quem é quem? Quem é o dono?
Anonimato, desconfirto e inferioridade social
10. Todas as interpretações do Brasil passam pela
dualidade entre individuo e pessoa.
Reveladora de um Brasil-repúblicano, feito de indivíduos e cidadãos; e um Brasil- monárquico, feito de pessoas construídas e ligadas a amigos e parentes.
Brasil como nação ou país: política = rua e mobilidade.
Brasil como sociedade: casas = famílias + criados. Imobilidade
Igualdade/Hierarquia
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•Sair do circulo de relações causa insegurança.
•Sair de casa, “ir para a rua" é um risco?
•Rituais de sair de casa: documentos
•Como situar o outro neste sistema? Quem é o outro?
É um igual ou um inferior? Vida urbana e classificação tradicional – politica e paternaismo.
13. Seria possível juntar um Brasil com outro? Entendo que esse contraste é uma fonte de paradoxos, tais como: visão dualista; baixa auto- estima; complexo de vira-lata; narcisismo às avessas; amor ao de fora, horror ao de dentro, etc...
14. Todos os interpretes do Brasil o situaram ao longo dessas coordenadas Alguns chegaram a falar em “dois Brasis” Nós mesmos, até hoje lemos o Brasil por meio da casa ou da rua; através das relações pessoais e/ou das leis que somente agora queremos que peguem.
15. * São legalistas: os costumes, as rotinas são fáceis de mudar; basta uma boa lei para mudar o costume. * São normativas e autoritárias. Dão receitas legais para o Brasil — dai pergunta se o Brasil vai ou não dar certo? *O que seria uma sociedade certa? Existe alguma sociedade certa?
16. O que a impunidade do “Você sabe com quem está falando?” diz do Brasil?
• Aristocracia e igualdade: as transições por meio do estado, mas sem a sociedade. b. Trânsito - como dirigimos. c. A igualdade das leis aumenta a tensão, não acaba com a hierarquia, estabelece gradações. c. Temos mais conforto quando sabemos quem são os outros. — Falta educação, sim. Mas uma educação para a igualdade! —
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Como contruimos o espaço público no Brasil?
Esta é a questão chave para a democracia. Como criar estruturas que tragem segurança para todos? Como viver em cidades nas quais predomina a lei e não o “você sabe com quem está falando?”
18. Se escolhemostanto a aristocracia quanto a igualdade e inventamo ass “blindagens”, os embargos e o jeitinho.
Com, então,o fica uma pessoa não tem nenhum relação pessoal com nenhuma autoridade?
19. • OS DELITOS DEPENDEM DE QUEM OS COMETEM
•Nests caso a lei é cumplice do criminiso tanto quanto o crime
•Como gerenciar num sistema com uma éwtica publica: uma para os amigos e outra para os outros?
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20. ARREMATES Vivências negativas da igualdade e o dilema brasileiro A questão é eliminar a desigualdade ou criar igualdade? Os setores médios em foco Mudar por decretos e leis ou por critica e reflexão sobre os limites.