1) Delia apresentou sobre situações de leitura em contextos de estudo, destacando a importância de ensinar leitura compreensiva e resumo nas séries finais do ensino fundamental e iniciais do médio para evitar fracasso escolar.
2) Ela descreveu exemplos de projetos de leitura com textos difíceis, envolvendo biografias de escritores, que desenvolveram estratégias de leitura por meio de atividades individuais, em grupo e coletivas.
3) Delia também discutiu condições didáticas
6 lerner, delia. ler e escrever na escolaProfRubens1
1. Lerner discute os desafios de ensinar leitura e escrita na escola de forma significativa para os alunos. Ela argumenta que é necessário mudar a cultura da escola para que os alunos se apropriem dessas práticas como instrumentos de pensamento, em vez de apenas decodificação.
2. A autora defende que a capacitação dos professores é essencial para transformar o ensino da leitura e escrita, mas requer conciliar profundidade e extensão dos programas de formação.
3. Lerner sugere
SOARES, DORIS DE A. A escrita na escola: teoria e prática. Cadernos do CNLF,...Doris Soares
O documento discute duas abordagens para o ensino de produção textual: (1) a abordagem do texto como produto, que foca na correção de erros, e (2) a abordagem do texto como processo, que enfatiza o desenvolvimento de habilidades ao longo das etapas de pré-escrita, rascunho e revisão. O autor defende que a segunda abordagem promove melhor a aprendizagem, propondo técnicas como autocorreção e correção entre pares.
O documento fornece orientações para professores sobre o processo de revisão de textos produzidos por alunos. A revisão é definida como um processo reflexivo que busca compreender as intenções do aluno e ajustar o texto considerando parâmetros linguísticos e discursivos, diferindo da correção que aponta erros superficialmente. É importante considerar os conhecimentos e dificuldades dos alunos e promover atividades que orientem a produção textual de forma cooperativa.
O documento fornece orientações para professores sobre como organizar atividades de revisão de texto na sala de aula:
1) Analisar amostras de texto produzidas pelos alunos para identificar problemas comuns de coerência e coesão textual.
2) Trabalhar em grupo para revisar trechos problemáticos e resolver questões.
3) Os alunos revisam seus próprios textos em duplas, considerando os aspectos discutidos coletivamente.
O documento discute a aprendizagem da leitura e escrita de uma perspectiva construtivista. Aborda a história da escrita e sua importância social. Também analisa como a concepção de alfabetização mudou com a industrialização e como a língua escrita se tornou fundamental na sociedade moderna. Explora os diferentes níveis de domínio da linguagem escrita.
A dificuldade de leitura, compreensão e produção de textos dos alunos ingress...Edneide Lima
Resumo:
Este artigo resulta de uma inquietação quanto às deficiências e dificuldades na leitura, compreensão e produção de textos dos alunos ingressantes no ensino superior.
O documento discute a importância da produção textual na escola e como ensinar diferentes gêneros textuais de forma mais realista. Primeiro, enfatiza que não se deve ensinar "escrever em geral", mas sim focar em gêneros específicos como notícias, cartas e relatórios. Segundo, defende que os textos produzidos pelos alunos devem ter destinatários e propósitos reais fora da sala de aula. Terceiro, argumenta que escolher temas artificiais não é tão importante quanto ensinar os processos de es
6 lerner, delia. ler e escrever na escolaProfRubens1
1. Lerner discute os desafios de ensinar leitura e escrita na escola de forma significativa para os alunos. Ela argumenta que é necessário mudar a cultura da escola para que os alunos se apropriem dessas práticas como instrumentos de pensamento, em vez de apenas decodificação.
2. A autora defende que a capacitação dos professores é essencial para transformar o ensino da leitura e escrita, mas requer conciliar profundidade e extensão dos programas de formação.
3. Lerner sugere
SOARES, DORIS DE A. A escrita na escola: teoria e prática. Cadernos do CNLF,...Doris Soares
O documento discute duas abordagens para o ensino de produção textual: (1) a abordagem do texto como produto, que foca na correção de erros, e (2) a abordagem do texto como processo, que enfatiza o desenvolvimento de habilidades ao longo das etapas de pré-escrita, rascunho e revisão. O autor defende que a segunda abordagem promove melhor a aprendizagem, propondo técnicas como autocorreção e correção entre pares.
O documento fornece orientações para professores sobre o processo de revisão de textos produzidos por alunos. A revisão é definida como um processo reflexivo que busca compreender as intenções do aluno e ajustar o texto considerando parâmetros linguísticos e discursivos, diferindo da correção que aponta erros superficialmente. É importante considerar os conhecimentos e dificuldades dos alunos e promover atividades que orientem a produção textual de forma cooperativa.
O documento fornece orientações para professores sobre como organizar atividades de revisão de texto na sala de aula:
1) Analisar amostras de texto produzidas pelos alunos para identificar problemas comuns de coerência e coesão textual.
2) Trabalhar em grupo para revisar trechos problemáticos e resolver questões.
3) Os alunos revisam seus próprios textos em duplas, considerando os aspectos discutidos coletivamente.
O documento discute a aprendizagem da leitura e escrita de uma perspectiva construtivista. Aborda a história da escrita e sua importância social. Também analisa como a concepção de alfabetização mudou com a industrialização e como a língua escrita se tornou fundamental na sociedade moderna. Explora os diferentes níveis de domínio da linguagem escrita.
A dificuldade de leitura, compreensão e produção de textos dos alunos ingress...Edneide Lima
Resumo:
Este artigo resulta de uma inquietação quanto às deficiências e dificuldades na leitura, compreensão e produção de textos dos alunos ingressantes no ensino superior.
O documento discute a importância da produção textual na escola e como ensinar diferentes gêneros textuais de forma mais realista. Primeiro, enfatiza que não se deve ensinar "escrever em geral", mas sim focar em gêneros específicos como notícias, cartas e relatórios. Segundo, defende que os textos produzidos pelos alunos devem ter destinatários e propósitos reais fora da sala de aula. Terceiro, argumenta que escolher temas artificiais não é tão importante quanto ensinar os processos de es
I. O documento contém 6 perguntas sobre diferentes gêneros textuais como diário de classe, relatório, prova escolar, poesia e seminário.
II. As perguntas abordam características desses gêneros como objetivos, estrutura, linguagem adequada e critérios de avaliação.
III. Algumas perguntas apresentam textos curtos ilustrativos dos gêneros em questão e pedem análise do ponto de vista do gênero textual.
1) O documento analisa como o gênero textual crônica é abordado em uma coleção de livros didáticos destinada ao ensino fundamental.
2) A abordagem da crônica ocorre de forma contextualizada, unindo leitura, produção textual e gramática, contribuindo para o desenvolvimento discursivo dos alunos.
3) A coleção trabalha a crônica em todas as séries, com atividades de preparação para leitura, leitura, interpretação e produção textual, visando despertar o interesse dos
O documento discute a utilização do gênero textual crônica na produção de textos narrativos para desenvolver habilidades de leitura em estudantes. A crônica é apresentada como um gênero acessível que aborda eventos cotidianos de forma informativa e descontraída, podendo ser usada para discutir diferentes pontos de vista. O objetivo é analisar como o gênero crônica pode ser usado para tornar a leitura prazerosa e autônoma, fazendo dos estudantes produtores de seus próprios
O capítulo discute a evolução do ensino da língua escrita na escola, passando da ênfase na decodificação e codificação para propostas mais recentes de trabalho com gêneros textuais. Apresenta três abordagens históricas - decodificação/codificação, tipos textuais e gêneros textuais - para questionar como, por que e com base em que pressupostos teóricos o ensino da leitura e escrita tem sido conduzido.
O documento discute a evolução da abordagem do ensino de texto nas escolas e propõe uma nova concepção de texto. Resume: 1) Tradicionalmente, o foco era no significado literal do texto e na transmissão de conteúdo, mas isso não desenvolvia habilidades interpretativas; 2) Teorias modernas veem o texto como um ato comunicativo complexo, não como um produto com sentido fixo; 3) Isso requer ensinar estratégias linguísticas e discursivas usadas para produzir sentidos, em vez de apenas transmitir informações
O capítulo discute diferentes concepções de leitura e suas implicações pedagógicas no ensino de língua materna. Apresenta um poema de Drummond com palavras inventadas para ilustrar que a leitura envolve a criação de significados. Discute como as histórias de leitura individual e social influenciam a compreensão dos textos. Questiona como tem ocorrido o ensino de leitura nas escolas, as concepções de leitura e suas implicações na sala de aula.
Anexo 1 sequência didática pipoqueiro santa martaMariana Correia
O documento descreve um projeto desenvolvido por uma professora de língua portuguesa que tinha como objetivo tornar a produção escrita dos alunos mais interessante e prazerosa através de várias etapas de escrita, revisão por colegas e reescrita, culminando na publicação dos textos em um blog. O projeto visava também valorizar o conhecimento e senso crítico dos alunos e utilizar a internet para divulgar suas produções.
O documento discute a evolução das concepções sobre a escrita, do mecanicismo para uma visão cognitiva e social. Aprender a escrever é um processo longo que envolve resolver problemas e negociar significados com outros. Professores devem guiar processos de escrita de forma flexível e contextualizada.
1) O documento propõe um projeto interdisciplinar de leitura analisando um texto jornalístico e integrando diferentes disciplinas para ajudar os alunos a compreenderem melhor o texto.
2) O projeto visa desenvolver conteúdos de Português, Matemática, História, Ciências e Artes com base em uma leitura comum para mostrar como um mesmo texto pode ser explorado em diferentes disciplinas.
3) O documento defende que a leitura deve ser ensinada de forma interdisciplinar e contextualizada para despertar o interesse dos alun
Este artigo analisa conceitos e práticas de professores da rede pública de ensino de São Paulo sobre o letramento literário. Os dados coletados em entrevistas com professores mostram que as atividades de leitura se concentram principalmente no livro didático, fragmentando os textos literários. Alguns professores promovem a leitura por prazer, mas falta formação sobre didática da literatura. É necessário que os professores mediem melhor o contato das crianças com a literatura para que se torne uma fonte de formação cultural.
Este documento descreve uma sequência didática de 16 encontros sobre o gênero textual artigo de opinião desenvolvida por bolsistas do Programa de Incentivo à Docência. A sequência aborda temas como família, trabalho infantil, crime e redução da maioridade penal, e inclui atividades como leituras, debates, produção de textos e análise de gêneros textuais.
O trabalho pedagógico e a zona de desenvolvimentoAna Paula
O documento discute estratégias de ensino da linguagem escrita que potencializam o desenvolvimento dos alunos, como: (1) organizar as atividades em etapas e explicar o objetivo de cada uma; (2) promover a colaboração entre pares com orientação do professor; (3) abordar a função social da escrita antes de aspectos técnicos.
Este documento discute a importância da interpretação de texto como ferramenta de leitura e compreensão do mundo. Argumenta que a leitura deve ser mais do que decodificação e envolver interpretação para compreender o significado. Também aborda como direcionar atividades de leitura na escola de forma a formar leitores competentes.
Análise e Resenha dos Livros Didáticos de Língua Inglesa (Ens. Fundamental)Felipe Coura
O documento discute duas coleções de livros didáticos de inglês aprovadas pelo PNLD - Keep in Mind e Links. Ele fornece resumos das análises das obras sobre compreensão escrita, produção escrita, compreensão oral, produção oral, gramática e vocabulário. O documento conclui que os livros didáticos devem servir como apoio para o professor promover a autonomia dos alunos, e não ser o foco do processo de ensino-aprendizagem.
Este documento discute as atividades desenvolvidas por uma bolsista do PIBID para trabalhar a ortografia com alunos do 5o ano. As atividades incluíram "Como se Fala e Como se Escreve", leitura de livros e discussões, e "Caixa Gramatical" para trabalhar questões gramaticais. O objetivo era fazer com que os alunos aprendessem a ortografia de forma significativa e prazerosa.
Co 163 contruindo planejamentos significativosJeh Antunes
Este documento discute o processo de ortografização de alunos do 5o ano do ensino fundamental através de atividades desenvolvidas por uma bolsista do PIBID. As atividades incluíram "Como se Fala e Como se Escreve", leituras de livros e discussões, e "Caixa Gramatical" para trabalhar questões gramaticais. O documento reflete sobre como fazer os alunos compreenderem a importância da ortografia e produção textual na escola.
Este documento descreve o processo de construção coletiva de um livro de histórias por um grupo de estudantes surdos. O trabalho ocorreu em três etapas: escolha do tema, discussão dos capítulos, e elaboração completa do livro. Os estudantes aprenderam sobre estrutura de livros e aprimoraram suas habilidades de escrita. No final, eles demonstraram maior interesse pela escrita e compreenderam melhor o uso de convenções linguísticas em contextos diferentes.
1) O documento descreve uma experiência de ensino de estratégias de leitura em inglês focadas no ENEM.
2) Foram realizadas 4 aulas utilizando uma cartilha com estratégias de leitura.
3) Os alunos aprenderam conceitos como tema, palavra-chave e gêneros textuais para melhor compreender e interpretar textos.
Implicações metodológicas do processo de formação do leitor e do produtor de ...Diana Pilatti
1) O documento discute as implicações metodológicas do processo de formação de leitores e produtores de texto na escola.
2) Ele analisa propostas de atividades de interpretação de texto e produção textual de professores, e argumenta que problemas comuns de leitura e escrita entre alunos podem ser devido à falta de formação teórica desses professores nessas áreas.
3) O autor sugere que leitura e produção textual na verdade são duas atividades - leitura e produção de texto - em vez de quatro ativid
Este documento discute concepções de leitura e suas implicações pedagógicas. 1) Aborda oposições entre ensinar a ler versus formar leitores e entre leitura como decodificação versus negociação de sentidos; 2) Argumenta que a leitura é um processo ativo que depende do contexto do leitor; 3) Defende que as práticas pedagógicas devem levar em conta diferentes interpretações possíveis de um texto.
O documento descreve a importância da leitura feita pelo professor para os alunos. A leitura pelo professor promove o acesso dos alunos a diferentes gêneros textuais e fornece um modelo de leitor. Embora tradicionalmente vista como uma atividade de lazer, pesquisas mostraram que a leitura pelo professor contribui para o desenvolvimento da leitura e escrita das crianças.
O documento discute a aprendizagem da leitura e escrita com base em uma perspectiva construtivista. Aborda os principais conceitos como: a língua escrita e sua importância histórica; o que é ler e como ocorre o processo de leitura; o ensino e aprendizagem da leitura considerando diferentes concepções ao longo do tempo; o planejamento da leitura na escola utilizando diferentes atividades e espaços; e a avaliação da leitura de forma formativa.
I. O documento contém 6 perguntas sobre diferentes gêneros textuais como diário de classe, relatório, prova escolar, poesia e seminário.
II. As perguntas abordam características desses gêneros como objetivos, estrutura, linguagem adequada e critérios de avaliação.
III. Algumas perguntas apresentam textos curtos ilustrativos dos gêneros em questão e pedem análise do ponto de vista do gênero textual.
1) O documento analisa como o gênero textual crônica é abordado em uma coleção de livros didáticos destinada ao ensino fundamental.
2) A abordagem da crônica ocorre de forma contextualizada, unindo leitura, produção textual e gramática, contribuindo para o desenvolvimento discursivo dos alunos.
3) A coleção trabalha a crônica em todas as séries, com atividades de preparação para leitura, leitura, interpretação e produção textual, visando despertar o interesse dos
O documento discute a utilização do gênero textual crônica na produção de textos narrativos para desenvolver habilidades de leitura em estudantes. A crônica é apresentada como um gênero acessível que aborda eventos cotidianos de forma informativa e descontraída, podendo ser usada para discutir diferentes pontos de vista. O objetivo é analisar como o gênero crônica pode ser usado para tornar a leitura prazerosa e autônoma, fazendo dos estudantes produtores de seus próprios
O capítulo discute a evolução do ensino da língua escrita na escola, passando da ênfase na decodificação e codificação para propostas mais recentes de trabalho com gêneros textuais. Apresenta três abordagens históricas - decodificação/codificação, tipos textuais e gêneros textuais - para questionar como, por que e com base em que pressupostos teóricos o ensino da leitura e escrita tem sido conduzido.
O documento discute a evolução da abordagem do ensino de texto nas escolas e propõe uma nova concepção de texto. Resume: 1) Tradicionalmente, o foco era no significado literal do texto e na transmissão de conteúdo, mas isso não desenvolvia habilidades interpretativas; 2) Teorias modernas veem o texto como um ato comunicativo complexo, não como um produto com sentido fixo; 3) Isso requer ensinar estratégias linguísticas e discursivas usadas para produzir sentidos, em vez de apenas transmitir informações
O capítulo discute diferentes concepções de leitura e suas implicações pedagógicas no ensino de língua materna. Apresenta um poema de Drummond com palavras inventadas para ilustrar que a leitura envolve a criação de significados. Discute como as histórias de leitura individual e social influenciam a compreensão dos textos. Questiona como tem ocorrido o ensino de leitura nas escolas, as concepções de leitura e suas implicações na sala de aula.
Anexo 1 sequência didática pipoqueiro santa martaMariana Correia
O documento descreve um projeto desenvolvido por uma professora de língua portuguesa que tinha como objetivo tornar a produção escrita dos alunos mais interessante e prazerosa através de várias etapas de escrita, revisão por colegas e reescrita, culminando na publicação dos textos em um blog. O projeto visava também valorizar o conhecimento e senso crítico dos alunos e utilizar a internet para divulgar suas produções.
O documento discute a evolução das concepções sobre a escrita, do mecanicismo para uma visão cognitiva e social. Aprender a escrever é um processo longo que envolve resolver problemas e negociar significados com outros. Professores devem guiar processos de escrita de forma flexível e contextualizada.
1) O documento propõe um projeto interdisciplinar de leitura analisando um texto jornalístico e integrando diferentes disciplinas para ajudar os alunos a compreenderem melhor o texto.
2) O projeto visa desenvolver conteúdos de Português, Matemática, História, Ciências e Artes com base em uma leitura comum para mostrar como um mesmo texto pode ser explorado em diferentes disciplinas.
3) O documento defende que a leitura deve ser ensinada de forma interdisciplinar e contextualizada para despertar o interesse dos alun
Este artigo analisa conceitos e práticas de professores da rede pública de ensino de São Paulo sobre o letramento literário. Os dados coletados em entrevistas com professores mostram que as atividades de leitura se concentram principalmente no livro didático, fragmentando os textos literários. Alguns professores promovem a leitura por prazer, mas falta formação sobre didática da literatura. É necessário que os professores mediem melhor o contato das crianças com a literatura para que se torne uma fonte de formação cultural.
Este documento descreve uma sequência didática de 16 encontros sobre o gênero textual artigo de opinião desenvolvida por bolsistas do Programa de Incentivo à Docência. A sequência aborda temas como família, trabalho infantil, crime e redução da maioridade penal, e inclui atividades como leituras, debates, produção de textos e análise de gêneros textuais.
O trabalho pedagógico e a zona de desenvolvimentoAna Paula
O documento discute estratégias de ensino da linguagem escrita que potencializam o desenvolvimento dos alunos, como: (1) organizar as atividades em etapas e explicar o objetivo de cada uma; (2) promover a colaboração entre pares com orientação do professor; (3) abordar a função social da escrita antes de aspectos técnicos.
Este documento discute a importância da interpretação de texto como ferramenta de leitura e compreensão do mundo. Argumenta que a leitura deve ser mais do que decodificação e envolver interpretação para compreender o significado. Também aborda como direcionar atividades de leitura na escola de forma a formar leitores competentes.
Análise e Resenha dos Livros Didáticos de Língua Inglesa (Ens. Fundamental)Felipe Coura
O documento discute duas coleções de livros didáticos de inglês aprovadas pelo PNLD - Keep in Mind e Links. Ele fornece resumos das análises das obras sobre compreensão escrita, produção escrita, compreensão oral, produção oral, gramática e vocabulário. O documento conclui que os livros didáticos devem servir como apoio para o professor promover a autonomia dos alunos, e não ser o foco do processo de ensino-aprendizagem.
Este documento discute as atividades desenvolvidas por uma bolsista do PIBID para trabalhar a ortografia com alunos do 5o ano. As atividades incluíram "Como se Fala e Como se Escreve", leitura de livros e discussões, e "Caixa Gramatical" para trabalhar questões gramaticais. O objetivo era fazer com que os alunos aprendessem a ortografia de forma significativa e prazerosa.
Co 163 contruindo planejamentos significativosJeh Antunes
Este documento discute o processo de ortografização de alunos do 5o ano do ensino fundamental através de atividades desenvolvidas por uma bolsista do PIBID. As atividades incluíram "Como se Fala e Como se Escreve", leituras de livros e discussões, e "Caixa Gramatical" para trabalhar questões gramaticais. O documento reflete sobre como fazer os alunos compreenderem a importância da ortografia e produção textual na escola.
Este documento descreve o processo de construção coletiva de um livro de histórias por um grupo de estudantes surdos. O trabalho ocorreu em três etapas: escolha do tema, discussão dos capítulos, e elaboração completa do livro. Os estudantes aprenderam sobre estrutura de livros e aprimoraram suas habilidades de escrita. No final, eles demonstraram maior interesse pela escrita e compreenderam melhor o uso de convenções linguísticas em contextos diferentes.
1) O documento descreve uma experiência de ensino de estratégias de leitura em inglês focadas no ENEM.
2) Foram realizadas 4 aulas utilizando uma cartilha com estratégias de leitura.
3) Os alunos aprenderam conceitos como tema, palavra-chave e gêneros textuais para melhor compreender e interpretar textos.
Implicações metodológicas do processo de formação do leitor e do produtor de ...Diana Pilatti
1) O documento discute as implicações metodológicas do processo de formação de leitores e produtores de texto na escola.
2) Ele analisa propostas de atividades de interpretação de texto e produção textual de professores, e argumenta que problemas comuns de leitura e escrita entre alunos podem ser devido à falta de formação teórica desses professores nessas áreas.
3) O autor sugere que leitura e produção textual na verdade são duas atividades - leitura e produção de texto - em vez de quatro ativid
Este documento discute concepções de leitura e suas implicações pedagógicas. 1) Aborda oposições entre ensinar a ler versus formar leitores e entre leitura como decodificação versus negociação de sentidos; 2) Argumenta que a leitura é um processo ativo que depende do contexto do leitor; 3) Defende que as práticas pedagógicas devem levar em conta diferentes interpretações possíveis de um texto.
O documento descreve a importância da leitura feita pelo professor para os alunos. A leitura pelo professor promove o acesso dos alunos a diferentes gêneros textuais e fornece um modelo de leitor. Embora tradicionalmente vista como uma atividade de lazer, pesquisas mostraram que a leitura pelo professor contribui para o desenvolvimento da leitura e escrita das crianças.
O documento discute a aprendizagem da leitura e escrita com base em uma perspectiva construtivista. Aborda os principais conceitos como: a língua escrita e sua importância histórica; o que é ler e como ocorre o processo de leitura; o ensino e aprendizagem da leitura considerando diferentes concepções ao longo do tempo; o planejamento da leitura na escola utilizando diferentes atividades e espaços; e a avaliação da leitura de forma formativa.
O documento discute modalidades organizativas, didáticas e tipos de atividades para o ensino de língua portuguesa. As modalidades organizativas incluem projetos, seqüências de atividades e atividades independentes. As modalidades didáticas compreendem diferentes tipos de atividades de leitura, produção e análise linguística. O documento fornece exemplos de cada modalidade e discute suas finalidades no processo de ensino e aprendizagem.
Aprender a ler e a escrever uma proposta construtivistaDeusrieta M1)
O documento discute a aprendizagem da leitura e escrita com base em uma perspectiva construtivista. Aborda o desenvolvimento histórico da escrita e sua importância atual, além de definir o que é ler e como ocorre o processo de compreensão durante a leitura. Também apresenta diferentes abordagens para o ensino e aprendizagem da leitura na escola.
Ler e escrever na escola o real o possivel e o necessario delia lernerMonica Oliveira
1. O documento discute os desafios de ensinar leitura e escrita na escola de forma a formar estudantes como praticantes da cultura escrita.
2. É difícil conciliar os propósitos didáticos da escola com as práticas sociais de leitura e escrita fora da escola.
3. É necessário transformar a escola em uma comunidade de leitores e escritores para preservar o sentido e propósito destas práticas.
1) O documento descreve uma pesquisa sobre como professores e alunos constroem oportunidades de aprendizagem da escrita ao elaborarem a rotina diária da sala de aula.
2) Ao produzirem a rotina do dia, eles realizam uma prática de uso social e escolar da linguagem e tornam a escrita de palavras um objeto de estudo.
3) A análise mostra como a professora conduz reflexões sobre a estrutura silábica de palavras por meio de perguntas e exemplos, des
O documento resume um livro sobre língua, texto e ensino escrito por Irandé Antunes. A autora discute a aplicação de teorias linguísticas nas salas de aula e propõe uma abordagem que enfatiza gêneros textuais, produção escrita e leitura para desenvolver a competência comunicativa dos alunos.
Este documento discute a importância de explicitar os conteúdos envolvidos nas práticas de leitura e escrita para os professores. Ele define os comportamentos do leitor e do escritor como conteúdos que os alunos devem aprender, não apenas tarefas. Estes comportamentos envolvem aspectos sociais, psicológicos e linguísticos.
O documento discute como professores do ensino fundamental estão desenvolvendo o gosto pela leitura em seus alunos. Aborda conceitos de alfabetização e leitura, as dificuldades dos alunos em compreender textos e como isso afeta seu desempenho. Também apresenta uma nova metodologia focada em desenvolver o prazer da leitura através de projetos com livros literários.
4 Tarefa Plano Aula Bullying Claudia Cunha O IgnacioFAETEC - ETESC
1) A atividade educacional envolve a leitura e discussão do livro "O Caso das Bananas" com alunos de 4o e 5o anos.
2) Os alunos irão reconstruir coletivamente a história do livro usando ferramentas web 2.0 como wiki e blog.
3) A atividade visa promover valores como cooperação e combater bullying.
O documento discute diferentes papéis que os alunos podem assumir durante o processo de escrita e como os professores podem utilizar conscientemente essas opções em sala de aula para facilitar a produção textual. São descritos papéis como copista, ditante, escriba e escrever por conta própria, além de exemplos de atividades que podem ser realizadas individualmente ou em grupo.
O documento discute a importância de ensinar gêneros textuais na escola de forma autêntica, tornando os alunos participantes do processo de produção e recepção de textos. No entanto, ainda há desafios como a falta de autenticidade nos textos produzidos em sala de aula e o aluno ser descaracterizado como sujeito. É necessário explorar os gêneros dentro das práticas de leitura e escrita para que os alunos aprendam efetivamente a escrever diferentes tipos de textos.
Este documento apresenta um projeto de leitura para alunos da Educação de Jovens e Adultos. O projeto visa formar leitores competentes através de atividades como estudo e compreensão de textos verbais e não verbais, leitura expressiva, socialização da leitura e incentivo à leitura extraclasse. O objetivo geral é desenvolver a capacidade dos alunos de compreender implícitos e relacionar novos textos com os já lidos.
1) O documento explora as práticas de leitura na educação infantil, analisando práticas em salas de escolas públicas e privadas no Recife.
2) Foram observadas aulas e entrevistadas professoras, identificando diversas práticas de leitura comuns a todas as salas, como roda de história.
3) Nas escolas públicas, as crianças tinham acesso controlado aos livros, diferente das escolas privadas onde o acesso era livre.
Este documento discute a abordagem das práticas de linguagem no ensino fundamental, definindo-as como as ações sociais realizadas com a língua, como falar, escutar, ler e escrever. Propõe que os conteúdos de ensino sejam esses "fazeres" e que os alunos aprendam participando ativamente dessas práticas. Também discute a organização do currículo em torno da literatura e a progressão no trabalho com a produção de textos.
O documento descreve duas propostas de trabalho com leitura literária para turmas de 6o ano utilizando as TICs. Na primeira proposta, os alunos participaram de um fórum de discussão online sobre o livro "A famosa invasão dos ursos na Sicília". Na segunda proposta, os alunos interagiram durante a leitura autônoma utilizando uma base de dados. A análise mostrou que as ferramentas TIC potencializaram a interação entre os alunos e contribuíram para a construção coletiva de significado.
Este documento discute a produção de textos escritos por alunos. Ele explica que a leitura em voz alta pelo professor aproxima os alunos do mundo letrado e ajuda no desenvolvimento da capacidade de produzir textos. A reescrita de histórias ensina os alunos a usar a linguagem escrita. O objetivo final é produzir textos escritos coerentes em diferentes gêneros usando a escrita alfabética.
Este documento discute a produção de textos escritos por alunos. Ele explica que a leitura em voz alta pelo professor aproxima os alunos do mundo letrado e ajuda no desenvolvimento da capacidade de produzir textos. A reescrita de histórias ensina os alunos a usar a linguagem escrita. O objetivo final é produzir textos escritos coerentes em diferentes gêneros usando a escrita alfabética.
Este documento discute a produção de textos escritos por alunos. Ele explica que a leitura em voz alta pelo professor aproxima os alunos do mundo letrado e ajuda no desenvolvimento da capacidade de produzir textos. Também descreve como atividades como reescrever histórias e produzir textos oralmente com destino à escrita ajudam os alunos a aprender as diferenças entre linguagem oral e escrita. O objetivo final é produzir textos escritos coerentes e coesos em diferentes gêneros utiliz
Este documento discute a produção de textos escritos por alunos. Ele explica que a leitura em voz alta pelo professor aproxima os alunos do mundo letrado e ajuda no desenvolvimento da capacidade de produzir textos. Também descreve como atividades como reescrever histórias e produzir textos oralmente com destino à escrita ajudam os alunos a aprender as diferenças entre linguagem oral e escrita. O objetivo final é produzir textos escritos coerentes em diferentes gêneros usando a escrita
Semelhante a 6689811 Palestra Delia Lerner Jun05 (20)
1. Síntese da palestra de Delia Lerner no Seminário Internacional1
de Leitura e Escrita - Letra e Vida
Ler em contextos de estudo
Delia iniciou sua comunicação rendendo uma homenagem ao Programa
Letra e Vida, lembrando que ela teve a oportunidade de avaliar o Profa
(nome anterior do mesmo programa). Afirmou que trabalhar com muitos
professores simultaneamente representa um desafio e que, por isso,
resulta surpreendente que o Programa consiga trabalhar de maneira
profunda e de modo eficiente, durante tanto tempo, com o conhecimento
didático.
Em seguida, depois de fazer um agradecimento à Emília Ferreiro - que
se encontrava presente – pelas formas que sempre acha de alimentar a
produção latino-americana de estudos e conhecimento sobre a
alfabetização, Delia iniciou sua fala sobre as situações vinculadas à leitura
em contexto de estudo.
Relatou que o início do estudo sobre tais situações didáticas se deu a
partir de um problema grave: o fracasso nas séries iniciais da escola
secundária. Salientou que neste segmento ocorre avaliação sobre o que
não se ensina (como, por exemplo, a capacidade de ler
compreensivamente um texto ou fazer um resumo), o que representa um
mecanismo de discriminação escolar. Portanto, ela entende que desde as
últimas séries da escola primária até as primeiras da escola secundária
existe a necessidade de tomar como objeto de ensino a leitura em
contexto de estudo.
O texto difícil2 pode ser trabalhado por meio de projetos ou de
seqüências de atividades que propõem um propósito claro para a leitura.
1
Promovido pela Secretaria Estadual de Educação. Realizado em São Paulo nos dias 15, 16 e 17 de
março de 2005. A síntese foi complementada com anotações feitas durante o Seminário
Internacional do Colégio Parthenon “Formar leitores para a vida toda” realizado nos dias 10 e 11 de
junho de 2005, em Guarulhos.
2. 2
Apresentou algumas hipóteses didáticas referentes ao trabalho com este
tipo de texto:
Só se aprende a ler textos difíceis lendo-os.
A introdução destes textos na sala de aula requer intervenções do
professor.
É preciso devolver progressivamente aos alunos a responsabilidade
pela construção de sentido do texto.
Participar de múltiplas situações em que se lê para aprender
favorece o desenvolvimento de estratégias eficazes de compreensão
e atribuição de sentido ao texto e permite aos alunos que progridam
como leitores.
A forma mais produtiva de organização da classe é a alternância de
atividades coletivas, grupais e individuais (organização ascendente e
descendente).
As seguintes condições didáticas3 foram estabelecidas para a realização
das atividades no interior de um projeto:
Conceber como conteúdos de ensino os usos da leitura e da
escrita enquanto instrumentos de aquisição de conhecimento
sobre o mundo natural e social.
Incorporar à sala de aula, desde as primeiras séries, os usos
“acadêmicos” da leitura e da escrita.
A leitura é funcional (orienta-se a um propósito valioso: a
compreensão pelo alunos, a despeito da dificuldade inicial)
As crianças já têm conhecimento sobre o tema
2
O termo ‘texto difícil’ está sendo usado para designar aquele tipo de texto cujo autor não tem o
público infantil como destinatário e que, por isso, supõe conhecimentos que as crianças não
possuem quando se deparam com ele.
3
A pedido de uma das pessoas da platéia, Delia definiu ‘condição didática’ da seguinte maneira: o
que é necessário garantir para favorecer a aprendizagem em uma determinada situação didática
(condição didática específica) ou em um conjunto delas (quando se trata de condições didáticas
gerais).
3. 3
O texto é selecionado pelo professor (sua escolha responde a
critérios didáticos que são responsabilidade do professor)
O texto apresenta problemas (quanto a seu conteúdo e a sua
forma) e para resolvê-los é necessário construir conhecimentos.
As crianças sabem que estão autorizadas a enganar-se
A atividade assume a forma coletiva primeiramente e depois é
feita em pequenos grupos, o que permite intensa intervenção do
professor
Em seguida Delia aprensentou um exemplo de trabalho com textos
difíceis que teve sua origem em uma idéia de Donald Graves: o Projeto
“Tornar-se expert em...” acerca de biografias de escritores (realizado com
turmas de 4a série).
A realização deste projeto contou com as seguintes etapas:
Situação em que o professor lê (situação de trabalho coletivo –
leitura de diferentes materiais e produção conjunta de um texto).
Situação de leitura em duplas: leitura e produção de texto sobre a
personalidade eleita para o estudo, o que inclui:
- a busca de bibliografia pertinente
- a leitura exploratória para a seleção de materiais
- a leitura dos textos selecionados
- a discussão e os acordos grupais sobre os aspectos que serão
incluídos no texto a ser produzido
- a produção de sucessivas versões de texto sobre o biografado
- revisão e aprimoramento das produções escritas
No que diz respeito às intervenções do professor nas situações de
leitura, as seguintes foram mencionadas:
- opera como leitor
- coloca questões que orientam a leitura
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- ajuda a explicitar perguntas que aparecem na interação com o texto
- aporta conhecimentos necessários a atribuição de sentido ao texto
- ajuda a detectar as marcas que o autor deixa no texto para que o leitor o
compreenda
- posterga perguntas que desviam o foco da leitura
- torna observáveis aspectos que os alunos não perceberiam por si
mesmos
- ajuda a desentranhar as intenções do autor.
Para Delia as seguintes estratégias são postas em ação nas situações de
leitura:
- avançar sem ter compreendido tudo, confiando que o que segue pode
ajudar a entender
- fazer-se pergunta e fazer perguntas ao texto
- esclarecer as questões que se tenta responder através da leitura
- antecipar o conteúdo do texto e verificar a anetcipação feita
- por em dúvida as interpretações que se vai elabrorando enquanto lê e
procura indícios para confirmá-las ou rechaçá-las
Alguns exemplos de produções escritas pelos alunos foram
apresentados. Os textos, escritos em dupla, eram parte de um texto
coletivo referente à leitura de um mesmo texto por todos da turma. Essa
produção coletiva tinha o objetivo de funcionar como um modelo da
produção que seria feita em dupla sobre outro tema do Projeto “Tornar-se
expert em ...” para compor o produto final: um fascículo de biografias de
escritores.
O trabalho coletivo tinha como tema a vida e a obra de Jorge Luis
Borges. Depois de uma pequena explanação da professora sobre o autor
cada dupla recebeu a incumbência de produzir um texto acerca de um
tema que integraria a produção coletiva final. Assim, um dos grupos ficou
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encarregado de escrever sobre a relação de Borges com outros escritores,
outro sobre a cegueira do escritor, etc.
Na primeira versão da primeira produção apresentada, que tratava da
relação do escritor Argentino com outros escritores, a professora aponta
um equívoco uma vez que Bustos Domecq (o pseudônimo adotado por
Borges e Bioy Casares quando escreviam juntos) fora citado como um
personagem. A indicação do erro pela professora levou a uma nova leitura
do texto pela dupla e a tomada da seguinte nota no canto da página:
“quando escreviam juntos assinavam como Bustos Domecq”. Esta
anotação foi incorporada ao texto quando a 2a versão foi feita, o que
mostra que os alunos o estão corrigindo em função da compreensão do
leitor.
Quanto às anotações sobre os textos, Delia comentou que as crianças
discutiam o que anotar pensando no que o destinatário podia saber/não
saber. Ressaltou ainda que a tomada de notas não deve se confundir com
o texto final, o que pode nos parecer óbvio, mas que não o é para as
crianças. Como se pode ver pelo que ocorreu inicialmente em outro projeto
(“Cosultoria”): quando as crianças tomavam nota para responder a uma
pergunta que alguém lhes havia formulado, as anotações eram tão
próximas do texto lido que parecia que “as informações não tinham
passado pela cabeça delas”. Por esta razão, algumas condições passaram a
ser colocadas. Era preciso:
Ler pelo menos dois textos sobre o tema da pergunta.
Distinguir o tempo e o espaço da tomada de notas e da produção da
resposta.
Distinguir os materiais usados para tomar nota (lápis e papel) e para
realizar a produção escrita (computador)
Preparar-se para contar para outros alunos o que havia sido
aprendido antes de planejar o texto a ser escrito (a resposta).
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Fazer versões sucessivas da produção escrita, o que estava a serviço
da aprendizagem da citação (em lugar da cópia pura e simples).
Essas restições causaram um contraste claro e impressionante entre as
produções que eram feitas antes delas serem impostas e depois: se antes
os textos dos alunos continham muitas partes copiadas e, com isso, a
linguagem usada era muito refinada porque muito próxima do texto
original, depois eles passaram a conter uma linguagem demasiadamente
coloquial, o que fez com que uma revisão fosse necessária para passá-los
para a linguagem dos textos espositivos.
Quanto aos processos de ida e vinda (escrever/ler/revisar/escrever/ler),
Delia acredita que muitas situações deste tipo contribuirão para a melhor
compreensão por parte dos alunos do que lêem e, ainda, para a
apropriação deste ir e vir entre a produção própria e a dos colegas,
podendo dialogar sobre o que escrevem e lêem.
Na seqüência foi aprensentado um outro exemplo de trabalho referente
às áreas de Língua e Ciências Sociais, este realizado na 3a série: o Projeto
“O Homem pré-histórico”, cujos produtos finais consistiam na elaboração
de um fascículo pelos alunos e em uma exposição oral. Nele a Língua
entrava como complemento, uma vez que os temas centrais pertenciam à
area de Ciências Sociais. Trabalhar em grupo e aprender procedimentos de
estudo eram os objetivos centrais do projeto.
As diretrizes para o trabalho na área de Ciencias Sociais eram:
- relação entre diferentes variáveis ou aspectos do modo de vida de um
povo
- estabelecimento de semelhanças e diferenças entre o modo de vida
dos homens pré-histórico e o nosso
- valorização dos povos pré-históricos
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O trabalho foi realizado em duas etapas: uma comum (em que um
tema foi estudado coletivamente) e outra por subgrupos (temas distintos
para os diferentes grupos formados na classe).
Delia comentou que a tensão entre as diferentes centrações das duas
áreas foi muito forte da primeira vez que o projeto foi realizado. Como
para a área de Ciencias Sociais o fio que conduzia o trabalho era o
estabelecimento de relações entre os diversos temas estudados, o produto
final resultou “terrivelmente repetitivo” (cada tema repetia os demais
devido ao foco do trabalho). Por outro lado, a importância da realização de
atividades voltadas para a elaboração de um produto escrito impedia que
se pussese esforço em compreender certos conceitos, o que se constituiu
como um problema para a área de Ciencias Sociais. Assim, algumas
decisões foram tomadas para coordenar melhor o trabalho nas duas áreas:
dedicar mais tempo ao tema comum para aprofundar o trabalho em grupo;
produção de textos com aprofundamento de aspectos que não haviam sido
estudados coletivamente (exemplos: o trabalho do arqueologo, as pinturas
rupestres, etc)
A seleção de uma cadeia de textos abordando o tema foi uma tarefa
muito difícil já que era preciso estabelecer uma hierarquia entre eles e, ao
mesmo tempo, zelar pela qualidade dos textos a serem usados. A decisão
de selecionar uma cadeia de textos para o estudo sobre o fogo foi tomada
porque ela permite que a interação com um texto leve a formulação de
perguntas que este texto não responde e, portanto, cria a necessidade de
consultar outros. A consulta a diferentes textos sobre um tema é uma
prática academica que os alunos precisam aprender.
O primeiro texto desta cadeia intitulado “Al fin el fuego” suscita a
pergunta: “O que siginifica que ‘o homem domestica o fogo’?” Por meio da
leitura dos textos seguintes, a dúvida pode ir progressivamente sendo
solucionada até que o significado desta expressão – dominar o fogo,
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aprendendo a acendê-lo ou a conservá-lo quando já se encontra aceso -
possa ser descoberto.
O mesmo texto apresenta também outros problemas: um vai e vem
entre o passado remoto e o presente (“há meio milhão de anos”,
“atualmente”) e diferentes status do conhecimento histórico sobre a pré-
história (“se desconhece”, “se crê”, “se supõe”).
Outra questão que, segundo a palestrante, apareceu com muita força
refere-se à contradição que existe entre os textos. Isso foi considerado na
seleção dos textos a serem usados com os alunos para que a idéia de que
a História é apenas uma coleção de fatos pudesse ser reformulada por
eles.
Foram apresentadas então algumas transparências de produções
escritas dos alunos nas quais foram tomadas notas sobre a leitura dos
textos usados no trabalho sobre o fogo. Dentre elas, foi destacado uma
produção escrita (que tratava de registrar o que os alunos não sabiam e
que puderam saber por meio da leitura de um dos textos da cadeia) em
que após afirmar “para mim o importante é como iluminavam as cavernas”
o aluno passava a tratar de outros temas, sem explicar como a iluminação
era feita. A professora apontava o problema e, na seqüência, o aluno
agregou “com a tocha”.
Em uma segunda produção apresentada constava a afirmação: “Os
homens quando usavam o fogo tinham que esperar erupções ou chuvas
elétricas e isto produzia fogo”. A professora anotou a seguinte questão ao
lado da afirmação: “por que eles tinham que esperá-las?” . Na segunda
versão já é possível ler: “porque não sabiam acendê-lo”, justificativa
agregada à afirmação escrita anteriormente.
Outro exemplo de trabalho que coordena as áreas de Ciências Sociais e
Língua se deu na 1a série, com o estudo sobre os indíos Mapuches. Uma
atividade integrante do projeto era a visita a um museu etnográfico. Foi
feito um pedido às crianças que tomassem nota do que o guia dizia. Em
uma das notas lê-se: “Como faziam as viagens os homens? Indios
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Mapuches viviam em casas de palha”. Delia esclareceu que a pergunta e a
resposta não têm a ver porque as crianças anotavam as perguntas que
seus colegas faziam e, com isso, não tinham tempo de registrar as
respostas dadas pelo guia. Percebendo o que ocorria, a professora orientou
seus alunos a anotarem apenas as respostas e a deixar de anotar as
perguntas - as quais haviam sido formuladas anteriormente, na sala de
aula.
Por que o pedido de tomada de notas em situação de uso da linguagem
oral foi feito às crianças da 1a série? Porque há alguns anos um autor de
literatura infantil fora entrevistado e alguns alunos da primeira série
espontaneamente tomaram notas de parte do que ele dizia. Portanto,
foram as próprias crianças que deram a idéia de que era possível fazer a
elas este pedido.
Diferentes experiências de coordenação de Ciências Sociais e Língua
levaram a colocar como problema de investigação o seguinte: como
desenvolver projetos que permitam cumprir tanto objetivos de
aprendizagem pertinentes a uma área quanto à outra? ; que condições
didáticas são necessárias para que os alunos aprendam conceitos das duas
áreas? Passou-se a realizar investigação inter-didática: como se vai
descontextualizando as aprendizagens feitas em situações de leitura? Em
muitos casos as estratégias que se constróem e as pistas a que se
recorrem estão em estrita relação com o conteúdo do texto. Quais são as
estratégias que se transferem de um texto a outro? Em que casos as
pistas usadas são generalizáveis?
Perguntas da platéia
Fale sobre a decisão de definir um produto final oral.
Delia – Quero fazer alguns comentários. Me parece que para todos nós é
muito ‘pesado’ elaborar um texto para ser publicado. A idéia de produto
final oral não tem a ver com isso, mas sim com tomar a oralidade como
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objeto de ensino: aprender a preparar uma exposição oral e a realizá-la.
(...)
Como o eixo de sua fala foi a condição didática, poderia esclarecer
um pouco mais este conceito?
Delia – Encontrar formas de comunicar o conhecimento didático que
vamos elaborando é um desafio. O conceito de condições didáticas foi
imprescindível quando produzimos os documentos curriculares da
municipalidade de Buenos Aires. Tratava-se de definir o que era necessário
garantir em diferentes situações didáticas, de idéias fundamentais para
favorecer as aprendizagens. Exemplo: em situações em que se lê para
aprender é muito importante que antes de ler determinado texto os alunos
tenham acesso as informações sobre o tema em questão, a fim de que
possam enfrentar-se com textos difíceis. Porém, isso não significa ter
resolvido todos os problemas que o texto coloca. Para afrontar-se com
estes problemas, inerentes à situação de leitura, por sua vez, é necessário
que o professor faça intervenções que favorecem as trocas entre os alunos
e, com isso, a interação com o texto. Essas que acabei de expor são
condições didáticas gerais, que servem para todos os textos difíceis, não
apenas para um único.
Algumas estratégias de leitura podem ser descontextualizadas? Dê
um exemplo.
Delia - Nós temos algumas suposições, criadas em função da experiência
escolar e da investigação acerca das situações de leitura para a
aprendizagem de conteúdos específicos. Em alguns casos se pôde observar
alguma estratégia ou pista textual que os alunos retomavam em outras
situações. No caso das estratégias há o exemplo de não ficar detido em
cada palavra que não se compreende, mas seguir lendo. Temos a
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impressão de que isso se generaliza mais do que outras estratégias mais
específicas.
Quando se trabalha com texto em Ciências Sociais há aspectos do
texto que têm que ser determinados em função do que se deseja
que os alunos aprendam. Quando falou em perguntas colocadas
pelo professor a que se referiu?
Delia - O ponto de partida da tomada de notas ou da leitura não são
perguntas colocadas pelo professor. A partir da leitura se geram perguntas
com vistas a compreender seu conteúdo. Nenhum texto responde a todas
as perguntas.
Na discussão sobre os textos o ponto de partida é a forma como os alunos
os entendem. As intervenções do professor servem para que reparem em
determinados aspectos que não observariam por si mesmos.
Já nas notas tomadas pelos alunos, as perguntas que o professor faz não
são inspiradas nas informações que o texto traz, mas nas anotações dos
alunos. O professor opera como leitor e faz as perguntas que um leitor
faria porque o texto não contém as informações que pretende comunicar.
Como é feito o trabalho de revisão? Ele acontece em todas as
modalidades organizativas?
Delia - Ele acontece no marco de um projeto no qual se produz um texto
durante um intervalo longo de tempo.
É interessante que os alunos coloquem em ação diferentes formas de
revisar, não só que faça muitas revisões. Isso favorece a autonomia do
escritor.
Diferentes coisas podem ser feitas depois da revisão que o autor faz de
seu texto antes de entregá-lo: a dupla revisa as produções individuais ou o
quarteto revisa os textos das duplas; revisão diferida (feita depois de um
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“descanso” de mais ou menos duas semanas para que os alunos saiam do
ponto de vista do autor e coloquem-se no de revisor).
Em outras modalidades organizativas a revisão é menor. Sempre feita para
aprender algo sobre a escrita, há que se reler o que foi escrito.
As considerações feitas sobre a leitura valem também para o
Ensino Médio?
Delia - Valem. Nas matérias com carga horária menor no Ensino Médio as
possibilidades de dedicar tempo para que os alunos aprendam a ler são
reduzidas. O professor, que sabe dos conteúdos de sua área é o que
melhor pode ajudar o aluno a compreender os textos.
A coordenação do trabalho da área de língua com outra área do currículo
requer tempo disponível para que os professores se encontrem fora da
classe para planejar.
A definição de uma cadeia de textos a serem trabalhados com os
alunos resulta da consideração de diversos fatores. Entre eles
estão a especificidade dos conteúdos tratados e dos recursos
linguisticos usados. Como isso é trabalhado em situações de
formação de professores de 1a a 4a séries?
Delia - Os textos eleitos são postos a disposição do professor.
É importante que o professor saiba que não pode guiar-se por um único
texto e que nas diferentes séries, de 3a em diante, as crianças têm que
consultar diversas fontes para responder um problema específico.
Não me parece impossível que um professor não especialista na área que
tem que ensinar escolha dois ou três textos que possuam informações que
complementem o que um primeiro texto diz ou que tenham informações
contraditórias. Isso é mais viável quando o professor não tem que fazer
estas escolhas sozinhos, quando pode discutir com seus pares.
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Como é feito o trabalho com a gramática e com a ortografia nos
textos?
Delia - A última revisão que se faz nos textos dos alunos relaciona-se com
a ortografia (foco na estrutura superficial). Isso porque seria pedir demais
aos alunos que se centrassem simultaneamente no leitor e na ortografia.
Tanto em gramática quanto em ortografia são propostas muitas situações
de reflexão e de sistematização de conteúdos gramaticais e de conteúdos
ortográficos.
Consideramos relevante que os alunos escrevam de modo
ortograficamente correto e que reflitam sobre diferentes aspectos da
língua.