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1
MICROBIOLOGIA
Biologia Celular de Microrganismos
Universidade de Aveiro
2
Comparação célula procariótica e eucariótica
❑ Estruturas comuns
Membrana celular
DNA e citoplasma
Ribossomas
❑ Estruturas não comuns
Célula eucariótica – núcleo, organelos de eucariótas
Adelaide Almeida
3
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
Célula procariótica
•Bacteria
•Archaea
4
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
Bactérias
• grande diversidade de
formas e tamanhos
• ~1/10 do tamanho das
células eucarióticas
• tipicamente de 0,5 a
5,0 micrómetros
• algumas são visíveis a olho nu, Ex. Thiomargarita namibiensis ~ 0,5
mm e Epulopiscium fishelsoni ~ 0,7 mm
• menores bactérias Mycoplasma, 0,3 micrómetros, ~ a
maiores vírus.↨
Tamanho e
forma
5
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
Archaea
❑ Grande diversidade de formas e tamanhos
❑ Dimensões variáveis, 0,1 a 15 μm, com algumas filamentosas
atingindo 200 μm.
 Esféricas
 Bacilares
 Espiraladas
 Achatadas
 Quadradas
 Discoides
 Pleomórficas
6
Estrutura da célula procariótica
Parede celular
Bactérias
Adelaide Almeida
7
Estrutura da célula procariótica
Parede celular
• Estrutura rígida existente em todas as células
procarióticas (excepção micoplasmas e algumas
Archeae)
• Representa 10-40% do peso seco da célula
• É constituída essencialmente por um
peptidoglucano (mureína) - polímero insolúvel,
poroso, entrelaçado com grande força e rigidez
(só existe em procariótas)
Adelaide Almeida
• O peptidoglucano formado por:
Uma unidade básica que se repete
várias vezes:
• dois açucares derivados da glucose
(N-acetil glucosamina – NAG -e
ácido N-acetil murámico - NAM)
• peptídeo curto (4 aminoácidos) que
se ligam ao ácido murámico
8
Gram positivo
• Parede homogénea e espessa (20-25 nm) formada essencialmente por
peptidoglucano (60-90% da parede celular)
• Apresenta 2 classes de ácidos teicóicos (polímeros de glicerol ligados por
grupos fosfato):
• ácidos lipoteicóicos (à superfície, incluídos na camada de peptidoglucano
e ligados à membrana celular)
• ácidos teicóicos de parede (à superfície)
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
9
Gram negativo
• Parede fina e não homogénea (10-15 nm)
• Apresenta camada externa que rodeia a camada de peptidoglucano
• Camada de peptidoglucano fina e não entrelaçada, liga-se à membrana exterior
através de lipoproteínas
• Espaço periplásmático (entre a membrana e a parede) contém enzimas de
hidrólise, de inactivação de antibióticos e de transporte
• Membrana exterior constituída por fosfolípidos e lipopolissacáridios, contém
proteínas especiais (porinas) que são usadas para transportar substâncias
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
10
Gram positivas/Gram negativas
Diferenças entre bactérias Gram positivas
e Gram negativas
Adelaide Almeida
11
Gram positivas/Gram negativas
Coloração de Gram
Adelaide Almeida
Bacillus anthracis Escherichia coli
Professor Hans
Christian Gram
Bacteriologista
Dinamarquês
Desenvolveu o
método de
coloração em
Berlin, 1884
Gram positivas/Gram negativas
Adelaide Almeida
13
Bactérias com paredes atípicas
Adelaide Almeida
Mycobacterium tuberculosis
• Gram positivo, mas não cora
pelo Gram
• Parede grossa com grande
quantidade de lipidos - ácido
micólico (60% da parede)
• Parede impermeável
• Usada a coloração Ziehl-
Neelsen ou coloração alcool-
ácido resistente
• São bactérias alcool-ácido
resistentes, devido à sua
camada lipídica de ácidos
micólicos.
14
Gram positivas/Gram negativas
Adelaide Almeida
15
Gram positivas/Gram negativas
Bactérias com paredes atípicas
Adelaide Almeida
Mycoplasma
• Sem parede
• Pleomórfica
• Não cora pelo Gram
• Possuem
uma membrana flexíveltrip
la com esterol
• Pequena 100-300 nm
• Causa pneumonias atípicas
16
Estrutura da célula procariótica
Archaea
❑ Parede celular espessa (como bactérias de Gram positivao
❑ Sem peptidoglicano (resistente à penicilina)
❑ Algunmascom pseudomureína (mais simples que o peptidoglicano)
❑ Maioria tem uma camada S (superfície)
Adelaide Almeida
Archaea
17
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
Adelaide Almeida
Estrutura da célula procariótica
▪ Podem ser de Gram positivo
ou de Gram negativo
▪ Gram positivo apresenta
frequentemente camada
espessa à superfície
▪ Gram negativo
frequentemente apresenta
uma S-layer (com proteínas
ou glicoproteínas)
▪ Permite a passagem de
moléculas
▪ Confere proteção e adesão
▪ Estabilização mecânica e
osmótica
Gram positivo
Gram negativo
19
Parede celular
Funções:
• Determina a forma das células
• Protege a célula e aumenta a sua sobrevivência
• Funciona como barreira ao escape de enzimas
• Essencial para o crescimento e divisão celular
• Local alvo de alguns antibióticos
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
20
Estrutura da célula procariótica
Parede celular
❑ Outras funções nas bactérias Gram
negativas:
• Toxicidade devido ao lipido A
Localizado na camada LPS (endotoxina)
– lipido complexo ligado a um
polissacarídio
• Especificidade antigénica
Polissacarídio representa um
importante antigénio de superfície da
célula – antigénio O
Adelaide Almeida
21
Estrutura da célula procariótica
Membrana citoplasmática
Bactérias
• Bicamada fosfolipídica (60%) com proteínas (40%)
• Proteínas:
• Movéis - proteínas integrais e transmembranares , movimentam-se na
camada fosfolipídica (dificilmente removidas)
• Fixas - proteínas periféricas (facilmente removidas)
Adelaide Almeida
Modelo de mosaico fluído
22
Estrutura da célula procariótica
Archaea
• Bicamada lipídica de lipídios variáveis
• Membranas com ligações tipo éter
• Cadeias laterais de isopreno em vez de
ácidos gordos
• Quiralidade da molécula de glicerol
• Cadeias ramificados
Adelaide Almeida
A) Membrana Halofílica - Membrana de
bicamada convencional; B) Membrana alcalifílica
- Estabilizada por fortes interações; C)
Membrana de metanogénica - Estrutura mais
flexível; D) Membrana de metanogénica - Uma
camada dupla ligada covalentemente; E)
Membrana termoacidofílica - Uma estrutura
em monocamada.
Adelaide Almeida
Membrana citoplasmática
Membrana Bacteria Archaea Eucarya
Conteúdo
protéico
alto alto baixo
Composição
lipídica
fosfolipídeos
Sulfolipídeos,
glicolipídeos,
hidrocarbonetos
ramificados,
isoprenoides,
fosfolipídeos
fosfolipídeos
Estrutura dos
lipídos
cadeia linear
cadeia
ramificada
cadeia linear
Ligação dos
lipídicas
éster
éter (di e
tetraeter)
éster
Estrutura da célula procariótica
24
Membrana citoplasmática
❑Funções:
• Barreira selectiva permeável e transporte de solutos
– transporta nutrientes para o interior de célula e restos
metabólicos para fora de células:
» os materiais solúveis em lípidos dissolvem-se na camada
fosfolipídica e passam através da membrana
» os aminoácidos e as bases azotadas, que não são solúveis em
lípidos, movem-se através das proteínas de transporte
(porinas e lipoproteínas)
• Apresenta enzimas que estão envolvidas no metabolismo respiratório e
fotossintético, na síntese de componentes capsulares e da parede
celular
• Local de produção de sistemas de mobilidade flagelar
• Formação de endosporos
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
25
Estrutura da célula procariótica
Estruturas externas à parede celuar
▪ Glicocálice
▪ Flagelos
▪ Pili
▪ Fímbrias
Adelaide Almeida
26
Estrutura da célula procariótica
Estruturas externas
Glicocálice
❑ Estrutura viscosa
▪ polissacarídeos e proteínas
(Bacillus anthracis- ácido poli D-
glutâmico)
▪ espessa e fortemente ligada à
célula – cápsula
▪ fina, abundante e não tão
fortemente ligada à célula -
camada viscosa
Adelaide Almeida
Camada
viscosa
Cápsula
27
Estrutura da célula procariótica
Glicocálice
❑ Funções
❑ protege a célula contra a dessecação
❑ torna as bactérias resistentes aos antibióticos
❑ promove a ligação das bactérias a superfícies
❑ protege a célula contra a fagocitose
❑ funciona como reserva de nutrientes
Adelaide Almeida
28
Estrutura da célula procariótica
Flagelos
• filamentos proteicos simples com 0,01-0,02 µm de diâmetro
• existem em número e posição variável, sendo úteis na
identificação
▪ monótricos, um flagelo simples numa das extremidades da
célula
▪ amfítricos, flagelos simples ou em grupo nas duas
extremidades da célula
▪ lofótricos, múltiplos flagelos numa das extremidades da célula
▪ perítricos, flagelos dispersos ao acaso à superferfície celular
Adelaide Almeida
29
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
Em Archaea
▪ Superficialmente semelhantes aos flagelos bacterianos
▪ Sem corpo basal, filamento rigido não oco, ancorado à parede
▪ Sem anéis, vários tipos de “flagelina” (arcaelinas)
Em bactérias
• Organização na membrana citoplasmática
• Ligam-se à membrana citoplasmática
através de dois anéis proteicos
• Constituídos por:
• Filamento
– cilindro oco formado por flagelina
• Corpo basal
- embebido na célula
• Gancho
– liga o filamento ao corpo basal
• A função principal mobilidade. Outras funções: circulação de
fluidos, encaminhar alimento, funcionar comoorganelos sensoriais
30
Estrutura da célula procariótica
Adelaide Almeida
Endoflagelos
• Conferem motilidade a algumas bactérias, ex. Espiroquetas
• Treponema pallidum (sífilis)
31
Estrutura da célula procariótica
Pili ou fímbrias
• presentes em bactérias Gram –
• não têm qualquer função na mobilidade
bacteriana
• mais finos, curtos e mais numerosos que
os flagelos
• compostos por subunidades proteicas
arranjadas helicoidalmente
• revestem as células bacterianas
• diferentes funções consoante o seu
tipo:
• F-pili (pêlos sexuais), locais de entrada de
material genético durante a recombinação
bacteriana e receptores de bacteriófagos
sexuais
• pêlos indiferenciados, permitem que
certas bactérias patogénicas adiram a
células epiteliais durante a infeção
Adelaide Almeida
32
Estrutura da célula procariótica
F-Pili e recombinação
Adelaide Almeida
33
Estrutura da célula procariótica
Estruturas internas
▪ Nucleoide
▪ Plasmídeos
▪ Ribossomas
▪ Mesossomas
▪ Vacúolos
▪ Inclusões
▪ Endosporos
Adelaide Almeida
34
Estrutura da célula procariótica
Citoplasma
• corresponde à totalidade da
área intracelular
• matéria coloidal e semi-
fluída (citosol) na qual estão
suspensos os
organelos celulares
• massa de proteínas,
hidratos de carbono, lípidos,
ácidos nucleicos, sais iões
inorgânicos (todos solúveis
em água)
Adelaide Almeida
35
Estrutura da célula procariótica
Nucleoide
▪ Cromossoma único e circular
superenrolado, linear em muito
poucos procariótas
▪ Bactérias sem proteínas
associadas ao DNA, Archaea com
proteínas tipo histonas
associadas ao DNA
▪ Tão pequeno quanto 580.073
pares de bases (Mycoplasma
genitalium), em E. coli cerca de
4,6 milhões de pares de bases
Adelaide Almeida
36
Estrutura da célula procariótica
Plasmídeos
• moléculas de DNA com cerca de
1/10 do tamanho do cromossoma
• existem e replicam-se
independentemente do
cromossoma
• não são essenciais para o
crescimento bacteriano
• alguns plamídeos transportam
genes de toxicidadade e genes de
resistência a drogas (factor R)
• podem ser transferidos entre
células durante os processos de
recombinação
Adelaide Almeida
37
Estrutura da célula procariótica
Ribossomas
• corpos de rRNA e de proteínas,
locais de síntese proteica
(coeficiente de sedimentação 70S,
Svedberg)
• constituído por duas subunidades
(30S e 50S)
• subunidade menor (30S): rRNA 16S :
altamente conservado entre espécies,
importante na caracterização de
estirpes
Adelaide Almeida
Archaea
• formato diferente dos ribossomos bacterianos
• com proteínas exclusivas de Archaea
• resistência aos antibióticos que inibem a função ribossómica das
bactérias
38
Estrutura da célula procariótica
Mesossomas
• invaginações da membrana citoplasmática
• mesossomas centrais
• penetram profundamente no citoplasma
• envolvidos na replicação do DNA e na divisão celular
• mesossomas periféricos
• pequena penetração no citoplasma
• envolvidos na exportação de enzimas exocelulares, tais como a penicilase
Vacúolos
• existem em algumas bactérias aquáticas e permitem que estas flutuem
Adelaide Almeida
39
Estrutura da célula procariótica
Inclusões citoplasmáticas
• são depósitos concentrados de substâncias nutritivas
• são usadas durante períodos de escassez em nutrientes
• grânulos de volutina (grânulos metacromáticos) - são depósitos de
fosfato
• grânulos de poli-ß-hidroxibutirato - material de natureza lipídica, solúvel
em clorofórmio, serve como substância de reserva de caborno e como
fonte de energia
• grânulos de polissacarídeos - são depósitos de glicogénio
• grânulos de enxofre elementar - acumulam-se em certas bactérias que
crescem em ambientes ricos em sulfito de hidrogénio
Adelaide Almeida
40
Estrutura da célula procariótica
Endosporos
• Estruturas dormentes
• Resistentes a
condições adversas (ex. 2 h a 100 °C)
• Germinam em condições apropriadas,
dando origem a células vegetativas
• Só existem em algumas bactérias (Bacillus,
Clostridium, Sporosarcina)
• A forma e localização (central, sub-
terminal e terminal) depende da espécie,
servindo para identificação bacteriana
Adelaide Almeida
41
Estrutura da célula procariótica
Endosporos
• Contêm pouca quantidade de água
(o que aumenta a resistência ao
calor), exibem poucas reações químicas
• 15% do peso seco é ácido dipicolínico complexado com iões de
cálcio-dipicolinato de cálcio
• Presença de proteínas celulares muito estáveis a temperaturas
elevadas
Adelaide Almeida
42
Estrutura da célula procariótica
Endosporos - Estrutura
• Corpo central – citoplasma
desidratado, DNA, ácido dipicolínico,
componentes do aparelho de síntese de
proteínas e um sistema gerador
(glicólise), ribossomas
• Parede do esporo – camada mais
interna que circunda o esporo,
constituída por peptidoglucano
• Cortex – camada mais espessa,
constituída por peptidoglucano
• Capa – constituída por uma proteína
semelhante à ceratina, impermeável a
químicos antibacterianos
• Exosporo – camada lipoproteica com
hidratos de carbono
Adelaide Almeida
43
Estrutura da célula procariótica
Endosporos – Coloração
Adelaide Almeida
44
Estrutura da célula procariótica
Endosporos - esporulação
• Formação de filamento axial
• Formação do septo do pré-esporo
• Captação do pré-esporo
• Síntese do cortex
• Deposição da capa
• Maturação
• Autolise da célula vegetativa
Adelaide Almeida
45
Estrutura da célula eucariótica
Célula eucariótica
• Núcleo delimitado por
membrana
• Organelos delimitados por
membrana
Adelaide Almeida
46
Célula eucariótica - tipos
Adelaide Almeida
Eukaryotic cells come in a variety of cell shapes. (a)
Spheroid Chromulina alga. (b) Fusiform shaped Trypanosoma. (c) Bell-
shaped Vorticella. (d) Ovoid Paramecium. (e) Ring-shaped Plasmodium ovale.
47
Estrutura da célula eucariótica
Parede celular
• Existe apenas em plantas,
algas, fungos e alguns
protozoários
• Plantas e algas paredes
formadas por celulose,
fungos perede 80-90%
polissacarídica com
proteínas, lípidos,
polifosfatos e iões
inorgânico
Adelaide Almeida
Ergosterol
Manano
b-(1,6)-glucano
b-(1,3)-glucano
Quitina
Camada Fosfolipídica da
Membrana Celular
48
Estrutura da célula eucariótica
Membrana celular
• Semelhante à membrana
dos procariótas
• Responsável pela
integridade da célula e
pela regulação de
passagem de moléculas
para o interior e/ou para
o exterior
• Formada por uma
bicamada fosfolipídica
onde se encontram
embebidas proteínas e
outras moléculas, como
por exemplo esterol,
ergosterol em fungos
Adelaide Almeida
49
Estrutura da célula eucariótica
Núcleo
• envolvido por uma membrana
(membrana nuclear) com duas
camadas (interna e externa)
• possui poros nucleares que
resultam da fusão das membranas
interna e externa
• normalmente o DNA está sob a
forma de cromatina, sendo
indistinto quando observado ao
microscópio óptico
• quando a célula inicia a divisão a
cromatina é condensada em
cromossomas que são visíveis ao
microscópio óptico
• a membrana nuclear é porosa
permitindo que certas substâncias
a atravessem, incluindo rRNA e
mRNA
• Possui nucléolos, importantes na
síntese de ribossomas
Adelaide Almeida
50
Estrutura da célula eucariótica
Retículo endoplasmático
• sistema membranoso de túbulos e canais continuos com a
membrana nuclear
• o retículo endoplasmático rugoso está coberto de ribossomas
(semelhantes aos das células procarióticas) e produz proteínas
• o retículo endoplasmático liso não tem ribossomas, produz lípidos
e armazena substâncias
Adelaide Almeida
51
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
Complexo de Golgi
• pilha de sacos, na face interior recebe vesículas cheias de
proteínas que são formadas no retículo endoplasmático, as
proteínas são modificadas à medida que passam através do
complexo de Golgi e são exportadas como vesículas novas na
face exterior
52
Ribossomas
• 80S (2 subunidades, 40S
e 60S)
• associados ao retículo
endoplasmático ou livres
• realizam a síntese
proteica (DNA  mRNA
 proteína)
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
53
Mitocondrias
• funcionam como centros de respiração, produzindo a maior
parte da energia celular
• são formadas por uma membrana externa e por uma membrana
interna dobrada; as dobras são chamadas de cristae
• o interior da membrana interna é chamado de matriz
• podem existir mais de 1000 mitocondrias por célula
• contém ribossomas e DNA (circular)
• multiplicam-se por fissão binária
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
54
Cloroplastos
• presentes em algas e
plantas
• centros de fotossíntese,
formados por uma
membrana externa, uma
membrana interna e
tilacoides em pilhas
designadas por grana
• os grana estão ligados
por túbulos designados
lamelas
• o espaço dentro da
membrana interna é
chamado de estroma
• contêm DNA,
ribossomas, grânulos de
amido
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
Citoesqueleto
• Citoesqueleto interno composto por microtúbulos, microfilamentos e
filamentos intermédios
• Matriz de fibras e tubos, dá suporte estrutural, funciona como uma
rede, transportando e suportando materiais/organelos
Ex: processo de exocitose envolve o movimento de uma vesícula
através da rede citoesquelética até à membrana plasmática, onde
é libertado o seu conteúdo.
Movimentos e
forma das células
Intervem: forma
celular, movimentos
celulares, processos
intracelular de
transporte, formam
o fuso mitótico
Mantém a posição do núcleo eajuda a
resistir às forças físicas externas
Microtúbulos
Microfilamentos Filamentos intermédios
Cílios e flagelos
• Os cílios e os
flagelos têm a
mesma estrutura
interna, a diferença
principal está em seu
comprimento
• microtúbulos em
forma de chicote em
arranjos 9+2 (9
dupletos de
microtúbulos duplos
dispostos à volta de
2 microtúbulos
simples)
• usados na locomoção
e alimentação
Corpos basais
• microtúbulos responsáveis pela organização dos cílios e flagelos
(a) Os flagelos e cílios eucarióticos (arranjo 9 + 2), b) O deslizamento desses microtúbulos, um em relação
ao outro, causa a dobra do flagelo. (c) Trichomonas vaginalis, protozoário flagelado. (d) Muitos
protozoários, caso de Paramecium, têm vários cílios que ajudam na locomoção e também na alimentação.
Microtúbulos
57
Centríolos
• tripletos de microtúbulos dispostos em arranjos 9+0
• acompanham a divisão celular
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
(a) Um centrossoma é composto de dois centríolos posicionados
perpendicularmente um ao outro. Cada centríolo é composto por nove tripletos
de microtúbulos mantidos juntos por proteínas acessórias. (b) Os centrossomas
(setas) servem como centros organizadores de microtúbulos do fuso mitótico
durante a mitose.
58
Estrutura da célula eucariótica
Estrutura ou
organito
Função
Membrana plasmática Promoção e regulação da permeabilidade e dos transportes
transmembranares; transferência de informação; reconhecimento
celular.
Invólucro nuclear Delimitação do núcleo.
Poros nucleares Controlo do tráfego molecular núcleo-citossol.
Retículo endoplasmá-
tico
Glicosilação de proteínas; síntese de fosfolípidos, do colesterol e
seus derivados; destoxicação; encaminhamento de moléculas para
outros locais.
Aparelho de Golgi Síntese de pectina e de hemicelulose; glicosilações de proteínas e
lípidos; empacotamento de secreções; produção de membrana
plasmática .
Lisossomas Digestão intracelular (autofagia ou heterofagia); acumulação de
reservas (grãos de aleurona).
Vacúolo Armazenamento de moléculas e diversas outras funções
Adelaide Almeida
59
Colorações
• Os corantes combinam-se quimicamente com o protoplasma bacteriano
• Os corantes frequentemente usados são sais
• Corantes básicos
Catião com cor e anião incolor
Coram uniformemente as células
Bactérias apresentam carga negativa combinando-se com corantes
básicos
• Corantes ácidos
Catião incolor e anião com cor
Não coram as células, coram o fundo
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
60
Colorações
❑ Tipos de colorações
• Coloração simples
• Coloração diferencial
• Coloração negativa
• Outras colorações
(flagelos, etc)
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
61
Colorações
❑ Fases do processo de coloração
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
• Preparação do esfregaço
• Fixação do esfregaço
• Coloração
• Observação ao microscópio
62
Colorações
❑Coloração de Gram
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
• Violeta de cristal (1º corante)
• Lugol (mordente)
• Álcool (diferenciador)
• Safranina (2º corante
Contracoloração)
Gram +
Gram -
Hans Christian,
1884
Gram positivas/Gram negativas
Adelaide Almeida
Coloração de Gram
1. Cobrir o esfregaço com o corante primário (cristal de violeta) e
deixar agir por um minuto;
2. Remover o excesso de corante e aplicar o lugol (solução
mordente) deixando-o agir por um minuto;
3. Proceder à descoloração gotejando o agente descorante (solução
de álcool-acetona) sobre o esfregaço corado. Esse procedimento
deve ser realizado durante aproximadamente cinco segundos até que
o cristal de violeta não mais se desprenda da lâmina;
4. Lavar delicadamente em água corrente;
5. Aplicar o corante secundário (fucsina ou safranina) e aguardar 30
segundos.
6. Enxaguar e secar a lâmina.
7. Observar ao microscópio óptico.
64
Colorações
❑Coloração Zichl Neilsen (Coloração de bacilos álcool - ácido
resistentes)
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
• Mycobacterium :
• não cora pelo GRAM
• parede diferente das GRAM + e GRAM –
• parede grossa com grande quantidade de
lipidos - ácido micólico (60% da parede)
• parede impermeável
• Fucsina concentrada aplicada a quente (± 10
min): corante não entra facilmente por causa
da parede grossa
• Álcool + ácido : agente diferenciador não entra
nas Mycobactérias.
• Contracoloração : azul de metileno.
• Resultado:álcool resistentes ficam vermelhas
(B) e as outras azuis (A).
Gram positivas/Gram negativas
Adelaide Almeida
A técnica de coloração de Ziehl-Neelsen
1. Cobrir o esfregaço com uma solução de fucsina fenicada (ou fucsina
de Ziehl);
2. Aquecer a lâmina com uma lamparina até emissão de vapores,
durante cinco minutos. O corante não deve ferver e nem secar
totalmente, se diminuir por evaporação, deve ser reposto de maneira
que o esfregaço permaneça sempre coberto;
3. Remover o excesso de corante e descorar com uma solução de
álcool-ácido;
4. Lavar em água corrente;
5. Cobrir o esfregaço com solução de azul de metileno. Aguardar de 15
a 30 segundos;
6. Lavar em água corrente;
7. Secar em papel filtro;
8. Observar a lâmina na objetiva de imersão.
66
Colorações
❑Coloração de esporos
Estrutura da célula eucariótica
Adelaide Almeida
• Corante verde de malaquite (a quente)
• Safranina

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4. Estrutura celular da célula procarióta e eucarióta.pdf

  • 1. 1 MICROBIOLOGIA Biologia Celular de Microrganismos Universidade de Aveiro
  • 2. 2 Comparação célula procariótica e eucariótica ❑ Estruturas comuns Membrana celular DNA e citoplasma Ribossomas ❑ Estruturas não comuns Célula eucariótica – núcleo, organelos de eucariótas Adelaide Almeida
  • 3. 3 Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida Célula procariótica •Bacteria •Archaea
  • 4. 4 Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida Bactérias • grande diversidade de formas e tamanhos • ~1/10 do tamanho das células eucarióticas • tipicamente de 0,5 a 5,0 micrómetros • algumas são visíveis a olho nu, Ex. Thiomargarita namibiensis ~ 0,5 mm e Epulopiscium fishelsoni ~ 0,7 mm • menores bactérias Mycoplasma, 0,3 micrómetros, ~ a maiores vírus.↨ Tamanho e forma
  • 5. 5 Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida Archaea ❑ Grande diversidade de formas e tamanhos ❑ Dimensões variáveis, 0,1 a 15 μm, com algumas filamentosas atingindo 200 μm.  Esféricas  Bacilares  Espiraladas  Achatadas  Quadradas  Discoides  Pleomórficas
  • 6. 6 Estrutura da célula procariótica Parede celular Bactérias Adelaide Almeida
  • 7. 7 Estrutura da célula procariótica Parede celular • Estrutura rígida existente em todas as células procarióticas (excepção micoplasmas e algumas Archeae) • Representa 10-40% do peso seco da célula • É constituída essencialmente por um peptidoglucano (mureína) - polímero insolúvel, poroso, entrelaçado com grande força e rigidez (só existe em procariótas) Adelaide Almeida • O peptidoglucano formado por: Uma unidade básica que se repete várias vezes: • dois açucares derivados da glucose (N-acetil glucosamina – NAG -e ácido N-acetil murámico - NAM) • peptídeo curto (4 aminoácidos) que se ligam ao ácido murámico
  • 8. 8 Gram positivo • Parede homogénea e espessa (20-25 nm) formada essencialmente por peptidoglucano (60-90% da parede celular) • Apresenta 2 classes de ácidos teicóicos (polímeros de glicerol ligados por grupos fosfato): • ácidos lipoteicóicos (à superfície, incluídos na camada de peptidoglucano e ligados à membrana celular) • ácidos teicóicos de parede (à superfície) Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida
  • 9. 9 Gram negativo • Parede fina e não homogénea (10-15 nm) • Apresenta camada externa que rodeia a camada de peptidoglucano • Camada de peptidoglucano fina e não entrelaçada, liga-se à membrana exterior através de lipoproteínas • Espaço periplásmático (entre a membrana e a parede) contém enzimas de hidrólise, de inactivação de antibióticos e de transporte • Membrana exterior constituída por fosfolípidos e lipopolissacáridios, contém proteínas especiais (porinas) que são usadas para transportar substâncias Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida
  • 10. 10 Gram positivas/Gram negativas Diferenças entre bactérias Gram positivas e Gram negativas Adelaide Almeida
  • 11. 11 Gram positivas/Gram negativas Coloração de Gram Adelaide Almeida Bacillus anthracis Escherichia coli
  • 12. Professor Hans Christian Gram Bacteriologista Dinamarquês Desenvolveu o método de coloração em Berlin, 1884 Gram positivas/Gram negativas Adelaide Almeida
  • 13. 13 Bactérias com paredes atípicas Adelaide Almeida Mycobacterium tuberculosis • Gram positivo, mas não cora pelo Gram • Parede grossa com grande quantidade de lipidos - ácido micólico (60% da parede) • Parede impermeável • Usada a coloração Ziehl- Neelsen ou coloração alcool- ácido resistente • São bactérias alcool-ácido resistentes, devido à sua camada lipídica de ácidos micólicos.
  • 15. 15 Gram positivas/Gram negativas Bactérias com paredes atípicas Adelaide Almeida Mycoplasma • Sem parede • Pleomórfica • Não cora pelo Gram • Possuem uma membrana flexíveltrip la com esterol • Pequena 100-300 nm • Causa pneumonias atípicas
  • 16. 16 Estrutura da célula procariótica Archaea ❑ Parede celular espessa (como bactérias de Gram positivao ❑ Sem peptidoglicano (resistente à penicilina) ❑ Algunmascom pseudomureína (mais simples que o peptidoglicano) ❑ Maioria tem uma camada S (superfície) Adelaide Almeida
  • 17. Archaea 17 Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida
  • 18. Adelaide Almeida Estrutura da célula procariótica ▪ Podem ser de Gram positivo ou de Gram negativo ▪ Gram positivo apresenta frequentemente camada espessa à superfície ▪ Gram negativo frequentemente apresenta uma S-layer (com proteínas ou glicoproteínas) ▪ Permite a passagem de moléculas ▪ Confere proteção e adesão ▪ Estabilização mecânica e osmótica Gram positivo Gram negativo
  • 19. 19 Parede celular Funções: • Determina a forma das células • Protege a célula e aumenta a sua sobrevivência • Funciona como barreira ao escape de enzimas • Essencial para o crescimento e divisão celular • Local alvo de alguns antibióticos Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida
  • 20. 20 Estrutura da célula procariótica Parede celular ❑ Outras funções nas bactérias Gram negativas: • Toxicidade devido ao lipido A Localizado na camada LPS (endotoxina) – lipido complexo ligado a um polissacarídio • Especificidade antigénica Polissacarídio representa um importante antigénio de superfície da célula – antigénio O Adelaide Almeida
  • 21. 21 Estrutura da célula procariótica Membrana citoplasmática Bactérias • Bicamada fosfolipídica (60%) com proteínas (40%) • Proteínas: • Movéis - proteínas integrais e transmembranares , movimentam-se na camada fosfolipídica (dificilmente removidas) • Fixas - proteínas periféricas (facilmente removidas) Adelaide Almeida Modelo de mosaico fluído
  • 22. 22 Estrutura da célula procariótica Archaea • Bicamada lipídica de lipídios variáveis • Membranas com ligações tipo éter • Cadeias laterais de isopreno em vez de ácidos gordos • Quiralidade da molécula de glicerol • Cadeias ramificados Adelaide Almeida A) Membrana Halofílica - Membrana de bicamada convencional; B) Membrana alcalifílica - Estabilizada por fortes interações; C) Membrana de metanogénica - Estrutura mais flexível; D) Membrana de metanogénica - Uma camada dupla ligada covalentemente; E) Membrana termoacidofílica - Uma estrutura em monocamada.
  • 23. Adelaide Almeida Membrana citoplasmática Membrana Bacteria Archaea Eucarya Conteúdo protéico alto alto baixo Composição lipídica fosfolipídeos Sulfolipídeos, glicolipídeos, hidrocarbonetos ramificados, isoprenoides, fosfolipídeos fosfolipídeos Estrutura dos lipídos cadeia linear cadeia ramificada cadeia linear Ligação dos lipídicas éster éter (di e tetraeter) éster Estrutura da célula procariótica
  • 24. 24 Membrana citoplasmática ❑Funções: • Barreira selectiva permeável e transporte de solutos – transporta nutrientes para o interior de célula e restos metabólicos para fora de células: » os materiais solúveis em lípidos dissolvem-se na camada fosfolipídica e passam através da membrana » os aminoácidos e as bases azotadas, que não são solúveis em lípidos, movem-se através das proteínas de transporte (porinas e lipoproteínas) • Apresenta enzimas que estão envolvidas no metabolismo respiratório e fotossintético, na síntese de componentes capsulares e da parede celular • Local de produção de sistemas de mobilidade flagelar • Formação de endosporos Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida
  • 25. 25 Estrutura da célula procariótica Estruturas externas à parede celuar ▪ Glicocálice ▪ Flagelos ▪ Pili ▪ Fímbrias Adelaide Almeida
  • 26. 26 Estrutura da célula procariótica Estruturas externas Glicocálice ❑ Estrutura viscosa ▪ polissacarídeos e proteínas (Bacillus anthracis- ácido poli D- glutâmico) ▪ espessa e fortemente ligada à célula – cápsula ▪ fina, abundante e não tão fortemente ligada à célula - camada viscosa Adelaide Almeida Camada viscosa Cápsula
  • 27. 27 Estrutura da célula procariótica Glicocálice ❑ Funções ❑ protege a célula contra a dessecação ❑ torna as bactérias resistentes aos antibióticos ❑ promove a ligação das bactérias a superfícies ❑ protege a célula contra a fagocitose ❑ funciona como reserva de nutrientes Adelaide Almeida
  • 28. 28 Estrutura da célula procariótica Flagelos • filamentos proteicos simples com 0,01-0,02 µm de diâmetro • existem em número e posição variável, sendo úteis na identificação ▪ monótricos, um flagelo simples numa das extremidades da célula ▪ amfítricos, flagelos simples ou em grupo nas duas extremidades da célula ▪ lofótricos, múltiplos flagelos numa das extremidades da célula ▪ perítricos, flagelos dispersos ao acaso à superferfície celular Adelaide Almeida
  • 29. 29 Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida Em Archaea ▪ Superficialmente semelhantes aos flagelos bacterianos ▪ Sem corpo basal, filamento rigido não oco, ancorado à parede ▪ Sem anéis, vários tipos de “flagelina” (arcaelinas) Em bactérias • Organização na membrana citoplasmática • Ligam-se à membrana citoplasmática através de dois anéis proteicos • Constituídos por: • Filamento – cilindro oco formado por flagelina • Corpo basal - embebido na célula • Gancho – liga o filamento ao corpo basal • A função principal mobilidade. Outras funções: circulação de fluidos, encaminhar alimento, funcionar comoorganelos sensoriais
  • 30. 30 Estrutura da célula procariótica Adelaide Almeida Endoflagelos • Conferem motilidade a algumas bactérias, ex. Espiroquetas • Treponema pallidum (sífilis)
  • 31. 31 Estrutura da célula procariótica Pili ou fímbrias • presentes em bactérias Gram – • não têm qualquer função na mobilidade bacteriana • mais finos, curtos e mais numerosos que os flagelos • compostos por subunidades proteicas arranjadas helicoidalmente • revestem as células bacterianas • diferentes funções consoante o seu tipo: • F-pili (pêlos sexuais), locais de entrada de material genético durante a recombinação bacteriana e receptores de bacteriófagos sexuais • pêlos indiferenciados, permitem que certas bactérias patogénicas adiram a células epiteliais durante a infeção Adelaide Almeida
  • 32. 32 Estrutura da célula procariótica F-Pili e recombinação Adelaide Almeida
  • 33. 33 Estrutura da célula procariótica Estruturas internas ▪ Nucleoide ▪ Plasmídeos ▪ Ribossomas ▪ Mesossomas ▪ Vacúolos ▪ Inclusões ▪ Endosporos Adelaide Almeida
  • 34. 34 Estrutura da célula procariótica Citoplasma • corresponde à totalidade da área intracelular • matéria coloidal e semi- fluída (citosol) na qual estão suspensos os organelos celulares • massa de proteínas, hidratos de carbono, lípidos, ácidos nucleicos, sais iões inorgânicos (todos solúveis em água) Adelaide Almeida
  • 35. 35 Estrutura da célula procariótica Nucleoide ▪ Cromossoma único e circular superenrolado, linear em muito poucos procariótas ▪ Bactérias sem proteínas associadas ao DNA, Archaea com proteínas tipo histonas associadas ao DNA ▪ Tão pequeno quanto 580.073 pares de bases (Mycoplasma genitalium), em E. coli cerca de 4,6 milhões de pares de bases Adelaide Almeida
  • 36. 36 Estrutura da célula procariótica Plasmídeos • moléculas de DNA com cerca de 1/10 do tamanho do cromossoma • existem e replicam-se independentemente do cromossoma • não são essenciais para o crescimento bacteriano • alguns plamídeos transportam genes de toxicidadade e genes de resistência a drogas (factor R) • podem ser transferidos entre células durante os processos de recombinação Adelaide Almeida
  • 37. 37 Estrutura da célula procariótica Ribossomas • corpos de rRNA e de proteínas, locais de síntese proteica (coeficiente de sedimentação 70S, Svedberg) • constituído por duas subunidades (30S e 50S) • subunidade menor (30S): rRNA 16S : altamente conservado entre espécies, importante na caracterização de estirpes Adelaide Almeida Archaea • formato diferente dos ribossomos bacterianos • com proteínas exclusivas de Archaea • resistência aos antibióticos que inibem a função ribossómica das bactérias
  • 38. 38 Estrutura da célula procariótica Mesossomas • invaginações da membrana citoplasmática • mesossomas centrais • penetram profundamente no citoplasma • envolvidos na replicação do DNA e na divisão celular • mesossomas periféricos • pequena penetração no citoplasma • envolvidos na exportação de enzimas exocelulares, tais como a penicilase Vacúolos • existem em algumas bactérias aquáticas e permitem que estas flutuem Adelaide Almeida
  • 39. 39 Estrutura da célula procariótica Inclusões citoplasmáticas • são depósitos concentrados de substâncias nutritivas • são usadas durante períodos de escassez em nutrientes • grânulos de volutina (grânulos metacromáticos) - são depósitos de fosfato • grânulos de poli-ß-hidroxibutirato - material de natureza lipídica, solúvel em clorofórmio, serve como substância de reserva de caborno e como fonte de energia • grânulos de polissacarídeos - são depósitos de glicogénio • grânulos de enxofre elementar - acumulam-se em certas bactérias que crescem em ambientes ricos em sulfito de hidrogénio Adelaide Almeida
  • 40. 40 Estrutura da célula procariótica Endosporos • Estruturas dormentes • Resistentes a condições adversas (ex. 2 h a 100 °C) • Germinam em condições apropriadas, dando origem a células vegetativas • Só existem em algumas bactérias (Bacillus, Clostridium, Sporosarcina) • A forma e localização (central, sub- terminal e terminal) depende da espécie, servindo para identificação bacteriana Adelaide Almeida
  • 41. 41 Estrutura da célula procariótica Endosporos • Contêm pouca quantidade de água (o que aumenta a resistência ao calor), exibem poucas reações químicas • 15% do peso seco é ácido dipicolínico complexado com iões de cálcio-dipicolinato de cálcio • Presença de proteínas celulares muito estáveis a temperaturas elevadas Adelaide Almeida
  • 42. 42 Estrutura da célula procariótica Endosporos - Estrutura • Corpo central – citoplasma desidratado, DNA, ácido dipicolínico, componentes do aparelho de síntese de proteínas e um sistema gerador (glicólise), ribossomas • Parede do esporo – camada mais interna que circunda o esporo, constituída por peptidoglucano • Cortex – camada mais espessa, constituída por peptidoglucano • Capa – constituída por uma proteína semelhante à ceratina, impermeável a químicos antibacterianos • Exosporo – camada lipoproteica com hidratos de carbono Adelaide Almeida
  • 43. 43 Estrutura da célula procariótica Endosporos – Coloração Adelaide Almeida
  • 44. 44 Estrutura da célula procariótica Endosporos - esporulação • Formação de filamento axial • Formação do septo do pré-esporo • Captação do pré-esporo • Síntese do cortex • Deposição da capa • Maturação • Autolise da célula vegetativa Adelaide Almeida
  • 45. 45 Estrutura da célula eucariótica Célula eucariótica • Núcleo delimitado por membrana • Organelos delimitados por membrana Adelaide Almeida
  • 46. 46 Célula eucariótica - tipos Adelaide Almeida Eukaryotic cells come in a variety of cell shapes. (a) Spheroid Chromulina alga. (b) Fusiform shaped Trypanosoma. (c) Bell- shaped Vorticella. (d) Ovoid Paramecium. (e) Ring-shaped Plasmodium ovale.
  • 47. 47 Estrutura da célula eucariótica Parede celular • Existe apenas em plantas, algas, fungos e alguns protozoários • Plantas e algas paredes formadas por celulose, fungos perede 80-90% polissacarídica com proteínas, lípidos, polifosfatos e iões inorgânico Adelaide Almeida Ergosterol Manano b-(1,6)-glucano b-(1,3)-glucano Quitina Camada Fosfolipídica da Membrana Celular
  • 48. 48 Estrutura da célula eucariótica Membrana celular • Semelhante à membrana dos procariótas • Responsável pela integridade da célula e pela regulação de passagem de moléculas para o interior e/ou para o exterior • Formada por uma bicamada fosfolipídica onde se encontram embebidas proteínas e outras moléculas, como por exemplo esterol, ergosterol em fungos Adelaide Almeida
  • 49. 49 Estrutura da célula eucariótica Núcleo • envolvido por uma membrana (membrana nuclear) com duas camadas (interna e externa) • possui poros nucleares que resultam da fusão das membranas interna e externa • normalmente o DNA está sob a forma de cromatina, sendo indistinto quando observado ao microscópio óptico • quando a célula inicia a divisão a cromatina é condensada em cromossomas que são visíveis ao microscópio óptico • a membrana nuclear é porosa permitindo que certas substâncias a atravessem, incluindo rRNA e mRNA • Possui nucléolos, importantes na síntese de ribossomas Adelaide Almeida
  • 50. 50 Estrutura da célula eucariótica Retículo endoplasmático • sistema membranoso de túbulos e canais continuos com a membrana nuclear • o retículo endoplasmático rugoso está coberto de ribossomas (semelhantes aos das células procarióticas) e produz proteínas • o retículo endoplasmático liso não tem ribossomas, produz lípidos e armazena substâncias Adelaide Almeida
  • 51. 51 Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida Complexo de Golgi • pilha de sacos, na face interior recebe vesículas cheias de proteínas que são formadas no retículo endoplasmático, as proteínas são modificadas à medida que passam através do complexo de Golgi e são exportadas como vesículas novas na face exterior
  • 52. 52 Ribossomas • 80S (2 subunidades, 40S e 60S) • associados ao retículo endoplasmático ou livres • realizam a síntese proteica (DNA  mRNA  proteína) Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida
  • 53. 53 Mitocondrias • funcionam como centros de respiração, produzindo a maior parte da energia celular • são formadas por uma membrana externa e por uma membrana interna dobrada; as dobras são chamadas de cristae • o interior da membrana interna é chamado de matriz • podem existir mais de 1000 mitocondrias por célula • contém ribossomas e DNA (circular) • multiplicam-se por fissão binária Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida
  • 54. 54 Cloroplastos • presentes em algas e plantas • centros de fotossíntese, formados por uma membrana externa, uma membrana interna e tilacoides em pilhas designadas por grana • os grana estão ligados por túbulos designados lamelas • o espaço dentro da membrana interna é chamado de estroma • contêm DNA, ribossomas, grânulos de amido Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida
  • 55. Citoesqueleto • Citoesqueleto interno composto por microtúbulos, microfilamentos e filamentos intermédios • Matriz de fibras e tubos, dá suporte estrutural, funciona como uma rede, transportando e suportando materiais/organelos Ex: processo de exocitose envolve o movimento de uma vesícula através da rede citoesquelética até à membrana plasmática, onde é libertado o seu conteúdo. Movimentos e forma das células Intervem: forma celular, movimentos celulares, processos intracelular de transporte, formam o fuso mitótico Mantém a posição do núcleo eajuda a resistir às forças físicas externas Microtúbulos Microfilamentos Filamentos intermédios
  • 56. Cílios e flagelos • Os cílios e os flagelos têm a mesma estrutura interna, a diferença principal está em seu comprimento • microtúbulos em forma de chicote em arranjos 9+2 (9 dupletos de microtúbulos duplos dispostos à volta de 2 microtúbulos simples) • usados na locomoção e alimentação Corpos basais • microtúbulos responsáveis pela organização dos cílios e flagelos (a) Os flagelos e cílios eucarióticos (arranjo 9 + 2), b) O deslizamento desses microtúbulos, um em relação ao outro, causa a dobra do flagelo. (c) Trichomonas vaginalis, protozoário flagelado. (d) Muitos protozoários, caso de Paramecium, têm vários cílios que ajudam na locomoção e também na alimentação. Microtúbulos
  • 57. 57 Centríolos • tripletos de microtúbulos dispostos em arranjos 9+0 • acompanham a divisão celular Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida (a) Um centrossoma é composto de dois centríolos posicionados perpendicularmente um ao outro. Cada centríolo é composto por nove tripletos de microtúbulos mantidos juntos por proteínas acessórias. (b) Os centrossomas (setas) servem como centros organizadores de microtúbulos do fuso mitótico durante a mitose.
  • 58. 58 Estrutura da célula eucariótica Estrutura ou organito Função Membrana plasmática Promoção e regulação da permeabilidade e dos transportes transmembranares; transferência de informação; reconhecimento celular. Invólucro nuclear Delimitação do núcleo. Poros nucleares Controlo do tráfego molecular núcleo-citossol. Retículo endoplasmá- tico Glicosilação de proteínas; síntese de fosfolípidos, do colesterol e seus derivados; destoxicação; encaminhamento de moléculas para outros locais. Aparelho de Golgi Síntese de pectina e de hemicelulose; glicosilações de proteínas e lípidos; empacotamento de secreções; produção de membrana plasmática . Lisossomas Digestão intracelular (autofagia ou heterofagia); acumulação de reservas (grãos de aleurona). Vacúolo Armazenamento de moléculas e diversas outras funções Adelaide Almeida
  • 59. 59 Colorações • Os corantes combinam-se quimicamente com o protoplasma bacteriano • Os corantes frequentemente usados são sais • Corantes básicos Catião com cor e anião incolor Coram uniformemente as células Bactérias apresentam carga negativa combinando-se com corantes básicos • Corantes ácidos Catião incolor e anião com cor Não coram as células, coram o fundo Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida
  • 60. 60 Colorações ❑ Tipos de colorações • Coloração simples • Coloração diferencial • Coloração negativa • Outras colorações (flagelos, etc) Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida
  • 61. 61 Colorações ❑ Fases do processo de coloração Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida • Preparação do esfregaço • Fixação do esfregaço • Coloração • Observação ao microscópio
  • 62. 62 Colorações ❑Coloração de Gram Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida • Violeta de cristal (1º corante) • Lugol (mordente) • Álcool (diferenciador) • Safranina (2º corante Contracoloração) Gram + Gram - Hans Christian, 1884
  • 63. Gram positivas/Gram negativas Adelaide Almeida Coloração de Gram 1. Cobrir o esfregaço com o corante primário (cristal de violeta) e deixar agir por um minuto; 2. Remover o excesso de corante e aplicar o lugol (solução mordente) deixando-o agir por um minuto; 3. Proceder à descoloração gotejando o agente descorante (solução de álcool-acetona) sobre o esfregaço corado. Esse procedimento deve ser realizado durante aproximadamente cinco segundos até que o cristal de violeta não mais se desprenda da lâmina; 4. Lavar delicadamente em água corrente; 5. Aplicar o corante secundário (fucsina ou safranina) e aguardar 30 segundos. 6. Enxaguar e secar a lâmina. 7. Observar ao microscópio óptico.
  • 64. 64 Colorações ❑Coloração Zichl Neilsen (Coloração de bacilos álcool - ácido resistentes) Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida • Mycobacterium : • não cora pelo GRAM • parede diferente das GRAM + e GRAM – • parede grossa com grande quantidade de lipidos - ácido micólico (60% da parede) • parede impermeável • Fucsina concentrada aplicada a quente (± 10 min): corante não entra facilmente por causa da parede grossa • Álcool + ácido : agente diferenciador não entra nas Mycobactérias. • Contracoloração : azul de metileno. • Resultado:álcool resistentes ficam vermelhas (B) e as outras azuis (A).
  • 65. Gram positivas/Gram negativas Adelaide Almeida A técnica de coloração de Ziehl-Neelsen 1. Cobrir o esfregaço com uma solução de fucsina fenicada (ou fucsina de Ziehl); 2. Aquecer a lâmina com uma lamparina até emissão de vapores, durante cinco minutos. O corante não deve ferver e nem secar totalmente, se diminuir por evaporação, deve ser reposto de maneira que o esfregaço permaneça sempre coberto; 3. Remover o excesso de corante e descorar com uma solução de álcool-ácido; 4. Lavar em água corrente; 5. Cobrir o esfregaço com solução de azul de metileno. Aguardar de 15 a 30 segundos; 6. Lavar em água corrente; 7. Secar em papel filtro; 8. Observar a lâmina na objetiva de imersão.
  • 66. 66 Colorações ❑Coloração de esporos Estrutura da célula eucariótica Adelaide Almeida • Corante verde de malaquite (a quente) • Safranina