2. Fatores externos que influenciaram diretamente a
independência da América Espanhola.
• Um fator comum que levou ao processo de independência das colônias
inglesas e espanholas foi o descontentamento com a opressão das
metrópoles e os altos impostos.
• Mas, além disso, nas colônias espanholas, outro fator acirrava esse
descontentamento: a rivalidade entre Chapetones e Crioulos.
• A origem do conflito está em ambos fazerem parte da elite espanhola.
• Os Chapetones eram colonos espanhóis que viviam na América e recebiam
tratamento diferenciado, ocupando cargos administrativos e com
influência política.
• Os criollos eram espanhóis nascidos na América e se sentiam discriminados
social e politicamente.
•
3. • Três fatores externos contribuíram diretamente para independência da
América Espanhola: o desenvolvimento industrial inglês, a
independência dos EUA e os ideais iluministas.
• A independência dos EUA serviu como exemplo para os coloniais da
América Latina. Além disso, os Estados Unidos tinham interesse em
conquistar novos mercados para o desenvolvimento econômico das
elites. Ou seja, o interesse comercial e econômico motivou os EUA a
apoiar a emancipação das colônias espanholas.
• Os ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade foram
amplamente difundidos a partir do século XVIII e estiveram presentes
em todos os processos de independência.
4. • Os iluministas construíram as bases filosóficas da modernidade e defendiam a
ideia de que o destino do homem na terra é o aperfeiçoamento constante
para assim, atingir o progresso.
• O progresso iluminista significava a construção de uma sociedade mais
tolerante e livre do fanatismo religioso. Por isso faziam a defesa de um Estado
Laico, onde o poder político se separa do poder da Igreja. E também se
mostravam contrários ao poder absoluto dos reis.
• Algumas lideranças políticas na América Espanhola se apropriaram de alguns
princípios iluministas para fundamentar e a luta pela emancipação das
colônias da metrópole e justificar a necessidade de implantar de um novo
sistema de governo após a independência: o sistema de governo Republicano.
• A falta de representação política da elite fundiária e dos comerciantes foi um
dos principais fatores que levou aos movimentos pela independência. Assim
como, as restrições comerciais que impossibilitavam o livre comércio entre as
colônias e outras nações.
5. A fragmentação política das colônias da América Espanhola
Lopes (1989) atribui à fragmentação política da América espanhola a
dois principais fatores:
• A influência inglesa e a diversidade cultural e étnica das colônias da
América Espanhola.
• Em relação a influência inglesa, ao que parece, seria mais fácil para a
Inglaterra estabelecer uma hegemonia comercial na América se as
antigas colônias se dividissem em países, pois, estariam
enfraquecidas tanto politicamente como economicamente.
• Se as antigas colônias da América Espanhola se unissem após a
independência e constituíssem uma nação forte, poderiam integrar a
sua produção ou até mesmo investir em novas tecnologias e na
manufatura.
6. • O que a Inglaterra queria, de fato, era monopolizar o mercado
consumidor na América, e, para isso, dividir para reinar era o seu
principal interesse.
• E se beneficiou da falta de uma produção capitalista nas antigas
colônias; fator que seria capaz de proporcionar a unificação política via
integração de mercados após a independência.
• Outro fator que contribuiu para a fragmentação política da América
Latina foi a diversidade étnica e cultural nas antigas colônias da América.
• Dizemos isso porque o território estava representado por diversas
culturas, com estruturas sociais e políticas específicas e ainda, com
diferenças lingüísticas, o que dificultaria muito a integração das regiões,
dos povos e a construção de uma identidade nacional.
7. • A luta pela emancipação das colônias foi resultado da ação de
diferentes grupos, mas, que faziam parte da elite.
• Houve a participação da população pobre e dos povos indígenas que
reivindicava melhores condições de vida e principalmente o acesso a
terra. Mas, as lideranças representavam as oligarquias, os grandes
proprietários de terra e os comerciantes.
• Após a independência, o povo de maneira geral, acabou sendo
excluído da participação política das novas nações.
• Além disso, os movimentos pela independência eram organizados em
diferentes regiões, por diferentes lideranças e principalmente, com
interesses distintos.
• Portanto, era praticamente impossível a integração de todas as
regiões, agradar a todos os diferentes grupos e seus interesses
políticos e alcançar a unidade política.
8. Por que a América Espanhola se fragmentou em vários países após a
independência e o Brasil não?
• Diferentemente do Brasil a América Espanhola optou pelo sistema de
governo republicano.
• Os historiadores explicam que o Brasil não se fragmentou em diferentes
países como a América Espanhola, pois, aqui não houve guerras
organizadas por diferentes grupos para emancipar a colônia da metrópole.
• E, apesar do descontentamento; era de interesse comum para a elite
brasileira manter a escravidão no país porque representava a principal
força de trabalho, principalmente para os grandes proprietários de terra.
• Sendo assim, não era desejo comum a mudança no sistema de governo
monárquico para o sistema de governo republicano ou ainda, na estrutura
social e fundiária.
• Ao contrário da América Espanhola que teve a participação de diferentes
grupos e desejavam o sistema de governo republicano.
9. A formação dos Estados Nacionais
• Antes da independência, a América Espanhola era dividida da
seguinte forma:
• Vice-reinado da Nova Espanha
• Vice-reinado da Nova Granada
• Vice-reinado do Peru
• Vice-reinado do Reinado do Rio da Prata
• Capitania Geral da Guatemala
• Capitania Geral de Cuba
• Capitania Geral da Venezuela
• Capitania Geral do Chile
10. • Após o processo da independência, os novos Estados nacionais
começaram a se formar.
• Contudo, nas primeiras décadas após a independência, houve grande
instabilidade política na América Latina devido aos confrontos entre
adversários que tinham propostas conflitantes para o futuro de seus
países.
• Por vezes ocorreram guerras civis que envolveram diferentes setores
da sociedade; de abastados fazendeiros a pobres peões.
• Os principais pontos de conflitos giravam em torno do sistema de
governo que na opinião de alguns representantes da elite mais
conservadores, deveria ser centralizado.
11. • Os representantes das elites agrária e comerciantes defendiam o
governo federalista que garante mais autonomia aos governos
regionais e locais no que se refere à administração pública, os gastos
públicos, a cobrança de impostos e criação de forças de segurança.
• Alguns setores eram contrários a manutenção de privilégios da Igreja
Católica; instituição muito poderosa durante todo o período colonial,
assim como, do exército.
• Além disso, não se chegava a um consenso sobre o alcance da
democracia e da participação popular no governo republicano.
• Como consequência, durante todo o século XIX houve intensa
agitação contra o sistema de governo e a estrutura social e fundiária
que beneficiava a elite e os grandes proprietários de terra.
12. • E aqui citamos as rebeliões camponesas que lutavam pela posse da
terra e ainda, dos trabalhadores urbanos que reivindicavam
igualdade de direitos, melhores condições de vida, acesso a saúde
pública e educação, para citar alguns exemplos.
• A resposta do governo e da elite foi a repressão das manifestações
por meio das forças militares.
• As camadas populares desejavam participação no universo
decisório da política, mas, em nome da garantia da ordem social, o
poder permanecia nas mãos das elites, também representado pelos
latifundiários que se julgavam o único grupo social com preparo
político para exercê-lo.
• Podemos afirmar que a proposta de exclusão das classes populares
do processo político perdurou na América Latina no século XIX e se
estendeu até o século XX.
13. Canais de contato:
0800 642 5000 Ambiente Virtual de Aprendizagem DaVinci Talk Professor de Plantão