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Executive Digest
Tiragem: 17000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 76
Cores: Cor
Área: 19,78 x 24,29 cm²
Corte: 1 de 2ID: 61907637 01-11-2015
uais os desafios que se colocam hoje à
actuação da CUF?
RICARDO BASTOS (RB) :: Existem dois
grandes desafios que, apesar de neces-
sitarem de actuações distintas, têm que
estar totalmente alinhadas. Por um lado,
a qualidade e a segurança clínica, áreas de
forte investimento por parte da CUF. Por
outro, o rigoroso equilíbrio económico e
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da nossa actividade, sendo a conjugação
destes dois desafios que torna a inter-
venção da Central de Negociação
verdadeiramente estratégica.
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da CUF
Filipe Loureiro,
director Corpora-
tivo de Loglatica,
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CUF: INOVAÇÃO E TRANSPARÊNCIA
ÁREA CADA VEZ MAIS IMPORTANTE NA CUF, A CENTRAL DE NEGOCIAÇÃO
TEM VINDO A GANHAR DESTAQUE, DESEMPENHANDO UM PAPEL FULCRAL
COM VISTA À OBTENÇÃO DOS BONS RESULTADOS DO GRUPO. FALÁMOS
COM FILIPE LOUREIRO, DIRECTOR CORPORATIVO DE LOGÍSTICA, E
RICARDO BASTOS, COORDENADOR DA CENTRAL DE NEGOCIAÇÃO SOBRE
OSDESAFIOS_QUE SE COLOCAM HOJE À CUF.
o aparecimento dos grandes grupos e
da concorrência houve uma crescente
evolução de todo o processo da saúde.
A concorrência obriga-nos a fazer
mais e melhor, não nos assusta, pelo
contrário, achamos que é ela que nos
obriga a ir mais além.
Até que ponto um factor como a
inovação é importante?
RB :: A inovação permite-nos mar-
car a diferença dentro do sector e
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temos uma visão muito interessante
sobre a inovação, pois a mesma
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depois os processos e finalmente a
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através da parceria com a Mercado
Eletrônico de uma forma um pouco
diferente daquilo que são os processos
normais. Normalmente as pessoas
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os problemas previamente e usamos
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nosso crescimento.
Fl.:: 1-lá duas dimensões que estão na
nossa génese e nos nossos valores:
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sendo que esta não é só tecnologia,
sendo ela algo que surge no final da
De que forma encaram a cada
crescente concorrência no sector?
FILIPE LOUREIRO (FL) :: É a concorrência
que nos tem feito andar em frente.
A saúde privada em Portugal teve
um desenvolvimento relativamente
modesto durante muito tempo, com
I
A Central de Negociação
encontra-se na Direcção
Corporativa de Logística,
responsável por toda a cadeia de
abastecimento das unidades de saúde
Executive Digest
Tiragem: 17000
País: Portugal
Period.: Mensal
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 77
Cores: Cor
Área: 19,56 x 26,00 cm²
Corte: 2 de 2ID: 61907637 01-11-2015
Filipe Loureiro ''ECTORDE LOOÍSlICA Ricardo Bastos CENTRAL OE NEDDCIAC4r.
linha como forma de dar consistência
a processos já estruturados.
Como se posiciona a central de
negociação na CUF?
RB :: A Central de Negociação en-
contra-se organizacionalmente na
Direcção Corporativa de Logística,
responsável por toda a cadeia de
abastecimento das 15 unidades de
saúde do grupo, entre elas 2 hos-
pitais em Parceria Público-Privada,
6 hospitais privados e 8 clínicas.
A área negociai tem vindo a efectuar
um percurso de evolução por forma
a acompanhar e a dar resposta a
todos os desafios, pretendendo uma
presença cada vez mais estratégica
no mercado que permita, de forma
permanente e sustentável, uma op-
rele~
MERCADO ELETRÔNICO
Comércio Inteligente
entre Empresas
,om.ff
Com mais de 8 mil clientes, um
milháo de fornecedores, mais
de 400 mil transações mensais
e 16 mil milhões de euros
movimentados anualmente, a
Mercado Eletrônico é especialista
em comércio electrónico entre
empresas, unindo compradores
e fornecedores através de uma
plataforma web, com serviços
especializados para as áreas
de compras, negociaçao e
aprovisionamento, respondendo
com eficiència operacional ao
ciclo do processo.
www.mercadoeletronico.eu
timização económico-financeira nas
suas compras, cumprindo os elevados
padrões de qualidade e segurança
clínica que representam e reforçam
a marca CUF.
FL :: Temos um papel de escolha e
de ligação da procura com a oferta
garantindo que à nossa necessidade
chega o produto com o melhor valor
acrescentado possível. Uma boa central
de negociação é uma mais-valia.
De que forma a tecnologia ajuda a
dar resposta aos desafios?
RB:: Negociamos em nome de todas
as unidades de saúde CUF, lidamos
com mais de 700 fornecedores e
cerca de 14 mil referências, pelo
que os processos têm de ser muito
optimizados e eficientes, tudo a uma
escala tal, que o papel da tecnologia se
revela aqui de extrema importância.
Por outro lado, temos a comunicação
facilitada por estas ferramentas,
como é o caso da plataforma de
negociação "BUYCUF" fornecida
pela empresa Mercado Eletrônico.
Com o lançamento de um concurso
através desta plataforma instalada na
Internet chegamos num só momento
a todos os intervenientes, fornecendo-
-lhes toda a informação necessária.
Através dela o processo fica mais
transparente e perceptível para todos,
inclusive para os fornecedores com
quem, com quem não mentemos
ainda relações comerciais, podem
assim mostrar interesse no negócio.
FL :: No fim do processo, essas ferra-
mentas são muito ágeis, permitindo-
-nos fazer muito mais rapidamente
as análises com vista à tomada de
decisão. Relativamente à parceria
O PAPEI. DA ÁREA DE
NEGOCIAÇÃO NOS
DIAS DE HOJE E SEUS
GRANDES DESAFIOS
. friARPO BASTOS
Atendendo à
actual conjuntura
económico-financeira
e à dimensão dos
negócios onde se
posicionam as empre-
sas como a CUF, as
áreas de negociação
tem um papel cada
vez mais estratégico
e envolvente nas or-
ganizações. O grande
desafio é abandonar
um status quo onde a
actividade negociai e
compras não era mais
do que "bater" preços
e cotações junto
dos fornecedores
relativamente aos pro-
dutos anteriormente
comprados, para uma
visão de antecipação
das necessidades
e das tendências
do mercado de
forma a sair de uma
lógica meramente
transaccional para um
reforço de posições
de parceria em que,
conjuntamente, todos
os intervenientes
acrescentam valor aos
respectivos negócios.
FILIPE LOUREIRO
Hoje somos uma das
mais importantes
direcções da José de
Mello Saúde e somos
olhados por todos
de uma forma muito
séria porque na verda-
de desenvolvemos
um trabalho muito
relevante e com re-
flexos marcantes nos
nossos resultados. A
nossa equipa teve a
capacidade de percor-
rer um caminho feito
em parcerias, tanto
internas, com os nos-
sos profissionais com
vista a um objectivo
comum, e externas,
com todos os nossos
fornecedores.
com a Mercado Eletrônico, convém
reforçar que quando escolhemos esta
plataforma o fizemos de uma forma
transparente, sendo que o factor que
nos levou a optar foi a capacidade
demonstrada pela Mercado Eletrônico
de fazer crescer a plataforma connosco,
não a customizando, mas integrando
nela as nossas necessidades e as que
podem vir a ser úteis a outros utili-
zadores de indústrias diferentes. Isso
tem sido um momento de partilha e
de aprendizagem muito importante
neste processo, pois temos vindo a
robustecer a ferramenta de forma a
responder às nossas necessidades de
uma forma a que podemos chamar
de ganho mútuo.
RB A Mercado Eletrônico percebeu
algo que para nós é muito importante,
e que assenta no facto de a tecnologia
ser hoje facilmente copiável, pelo que
para criar valor é necessário acrescentar
mais qualquer coisa. Os seus profis-
sionais aportam ideias de negócio e
falam a nossa linguagem.
Qual o impacto actual na CUF
como um todo?
RB:: O nosso percurso tem vindo a
obter um impacto crescente na orga-
nização como um todo. Estamos cada
vez mais alinhados estrategicamente
com a gestão das unidades de saúde,
temos um envolvimento crescente dos
profissionais clínicos nos processos
negociais, há um maior incremento
da eficiência e uma maior capacidade
de registo e gestão de informação.
Por isto, sentimos que está em curso
uma alteração cultural e de paradig-
ma, em que todos os intervenientes
caminham de forma mais clara para
o mesmo fim, porque o conhecem e
entendem melhor.
FL :: Neste momento a CUF é líder
de mercado em Portugal, só por isso
somos um exemplo que os outros se-
guem. Temos percorrido um caminho
diferenciador, o qual é irreversível,
e que tem trazido bons resultados,
pelo que o impacto que temos nesta
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  • 2. Executive Digest Tiragem: 17000 País: Portugal Period.: Mensal Âmbito: Economia, Negócios e. Pág: 77 Cores: Cor Área: 19,56 x 26,00 cm² Corte: 2 de 2ID: 61907637 01-11-2015 Filipe Loureiro ''ECTORDE LOOÍSlICA Ricardo Bastos CENTRAL OE NEDDCIAC4r. linha como forma de dar consistência a processos já estruturados. Como se posiciona a central de negociação na CUF? RB :: A Central de Negociação en- contra-se organizacionalmente na Direcção Corporativa de Logística, responsável por toda a cadeia de abastecimento das 15 unidades de saúde do grupo, entre elas 2 hos- pitais em Parceria Público-Privada, 6 hospitais privados e 8 clínicas. A área negociai tem vindo a efectuar um percurso de evolução por forma a acompanhar e a dar resposta a todos os desafios, pretendendo uma presença cada vez mais estratégica no mercado que permita, de forma permanente e sustentável, uma op- rele~ MERCADO ELETRÔNICO Comércio Inteligente entre Empresas ,om.ff Com mais de 8 mil clientes, um milháo de fornecedores, mais de 400 mil transações mensais e 16 mil milhões de euros movimentados anualmente, a Mercado Eletrônico é especialista em comércio electrónico entre empresas, unindo compradores e fornecedores através de uma plataforma web, com serviços especializados para as áreas de compras, negociaçao e aprovisionamento, respondendo com eficiència operacional ao ciclo do processo. www.mercadoeletronico.eu timização económico-financeira nas suas compras, cumprindo os elevados padrões de qualidade e segurança clínica que representam e reforçam a marca CUF. 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Através dela o processo fica mais transparente e perceptível para todos, inclusive para os fornecedores com quem, com quem não mentemos ainda relações comerciais, podem assim mostrar interesse no negócio. FL :: No fim do processo, essas ferra- mentas são muito ágeis, permitindo- -nos fazer muito mais rapidamente as análises com vista à tomada de decisão. Relativamente à parceria O PAPEI. DA ÁREA DE NEGOCIAÇÃO NOS DIAS DE HOJE E SEUS GRANDES DESAFIOS . friARPO BASTOS Atendendo à actual conjuntura económico-financeira e à dimensão dos negócios onde se posicionam as empre- sas como a CUF, as áreas de negociação tem um papel cada vez mais estratégico e envolvente nas or- ganizações. 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RB A Mercado Eletrônico percebeu algo que para nós é muito importante, e que assenta no facto de a tecnologia ser hoje facilmente copiável, pelo que para criar valor é necessário acrescentar mais qualquer coisa. Os seus profis- sionais aportam ideias de negócio e falam a nossa linguagem. Qual o impacto actual na CUF como um todo? RB:: O nosso percurso tem vindo a obter um impacto crescente na orga- nização como um todo. Estamos cada vez mais alinhados estrategicamente com a gestão das unidades de saúde, temos um envolvimento crescente dos profissionais clínicos nos processos negociais, há um maior incremento da eficiência e uma maior capacidade de registo e gestão de informação. Por isto, sentimos que está em curso uma alteração cultural e de paradig- ma, em que todos os intervenientes caminham de forma mais clara para o mesmo fim, porque o conhecem e entendem melhor. FL :: Neste momento a CUF é líder de mercado em Portugal, só por isso somos um exemplo que os outros se- guem. 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