O documento discute como Stephen R. Covey delegou tarefas de jardinagem para seu filho. Quando o filho não conseguiu cuidar bem do jardim, Covey conversou com ele pacientemente para entender o problema, o ajudou e confiou nele para completar a tarefa. Isso contrasta com atitudes reativas que podem destruir relacionamentos familiares, e ilustra a importância de apoiar uns aos outros com compreensão e amor incondicional.
1. Aula PGs 28/05/2015
Tema: Uma vida em família
Introdução: Stephen R. Covey, autor do livro “Os 7 Hábitos das Pessoas
Altamente Eficazes”, apresenta um cenário bem interessante quando fala sobre
a necessidade das pessoas delegarem atividades. Conta ele que, em um dado
verão, resolveu reunir sua família na sala de jantar para tentar redistribuir as
atividades da casa, pois entendia que seus filhos deveriam ter
responsabilidades.
Stephen pegou um quadro e começou a listar uma série de atividades, vendo
quem se interessaria por elas. Pagar a hipoteca, claro, só interessou a
Stephen, o único que levantou a mão. Pagar o carro e o conserto do telhado,
igualmente. Quando perguntou se alguém se interessaria em alimentar o bebê,
algumas mãos se levantaram, mas eles chegaram à conclusão que a pessoa
mais capacitada era a mãe. Após o levantamento, verificou-se que os pais
tinham jornadas semanais de cerca de 60 horas, mostrando a necessidade de
se compartilharem algumas tarefas.
Pergunta 1: Como você lidaria com a sobrecarga? Como você delegaria
algumas tarefas?
Então, quando citou o cuidado com o jardim, Stephen viu que um de seus filhos
levantou a mão. O jardim estava em situação complicada, sujo e malcuidado,
por conta da falta de tempo do autor. Então, Stephen resolveu treinar seu filho,
mostrando o resultado que ele gostaria de obter (um gramado verde e limpo),
fazendo um treinamento inicial de 15 dias, limpando e cortando a grama com
ele, e dando total liberdade ao filho de decidir como o serviço seria feito
posteriormente, como a forma correta de regar o gramado, quando fazer os
cuidados, etc.
Após 15 dias, Stephen deixou a tarefa com seu filho, falando que ele seria o
chefe e que Stephen se disponibilizava para ajuda-lo, sempre que seu filho
pedisse. Porém, quatro dias se passaram e Stephen notou que o gramado
estava pior do que quando ele mesmo cuidava.
Pergunta: Como você falaria com seu filho, nesta situação?
Ao questionar seu filho inicialmente, o menino disse que o quintal estava bem.
Stephen estava irado, e pensou seriamente em falar grosso com ele,
ordenando, sob pena de sanção, que o quintal fosse cuidado.
Contudo, Stephen havia combinado com seu filho que, duas vezes por
semana, iria com seu filho ao quintal e deixaria ele julgar como estava o
quintal, de acordo com os parâmetros que eles haviam usado (o quintal do
vizinho, verdinho e limpo). Quando levou seu filho ao quintal e perguntou como
ele julgava que seu trabalho estava se desenrolando, o filho chorou e disse que
o trabalho era difícil demais para ele. Seu entrave era o lixo do churrasco do
2. fim de semana, que ele considerava nojento. Pediu ajuda a seu pai, que
prontamente cuidou dos resíduos.
Sabendo que poderia ter a ajuda de seu progenitor, o filho de Stephen passou
a cuidar do gramado, e no final do verão, ele estava conforme o padrão
estabelecido: verde e limpo.
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Nos dias de hoje, percebemos uma visão extremamente egoísta da sociedade,
e isso tem sido passado para as famílias. Muitas famílias se desintegram
porque as suas partes integrantes trabalham pensando apenas em si mesmas
e no seu bem estar, não prestando atenção nas necessidades e problemas do
outro.
Na história que usamos de ilustração, percebemos que a delegação da tarefa
por parte de Stephen não foi inicialmente atendida porque o filho se sentiu
intimidado pela tarefa e estava chateado por ter que limpar o lixo do churrasco,
o que acabou impedindo-o de limpar todo o restante do quintal. Stephen
poderia ter forçado o menino a fazer um trabalho de qualquer jeito e brigado
eternamente com ele, mas, conversando com seu filho, percebeu a razão de
sua falta de empenho na tarefa, ajudou-o e confiou no garoto, que conseguiu,
com o tempo, fazer um trabalho com esmero.
A atitude proativa de Stephen, de perguntar ao filho o que estava acontecendo,
ajuda-lo nas partes que ele não gostava e apoiá-lo no restante do verão (sua
ajuda só foi solicitada mais três vezes durante o verão inteiro), contrasta com a
postura reativa que muitos pais e filhos adotam quando confrontados no
relacionamento. Tal postura pode, até mesmo, levar um familiar cristão a
desistir de seu familiar descrente, parando de pregar o evangelho a ele para
poder ficar mais tranquilo.
Quando estudamos o texto de Efésios 5.22-6.4, percebemos que o texto não
condiciona a ação da pessoa à forma como deve ser tratada. A mulher deve
respeitar (ser submissa) a seu marido, e o esposo deve amar sua mulher de
forma sacrificial, como Cristo amou a Igreja. O verbo amar, aqui, é o mesmo
que fala do amor incondicional, sacrifical e perfeito de Deus por seu povo:
ágape.
O mais importante do texto, porém, é o fato de que ele faz o indivíduo familiar
olhar para o outro e ajuda-lo em sua jornada. O homem gosta de respeito, a
mulher gosta de ser amada. Os pais gostam de ser respeitados por seus filhos,
enquanto os pequenos gostam de ser ouvidos e orientados com um critério
claro. Daí a orientação de Ef. 6.1-4.
Quando estudamos famílias saudáveis, percebemos que são formadas por
pessoas interdependentes, que entendem Ec. 4.9-12 como uma visão de
estrutura, onde todos se apoiam uns nos outros e podem contar uns com os
outros para se ajudarem na dura jornada da vida. Para tal, é necessário que:
1. Saiamos da zona de conforto das ordens e delegações sem sentido.
3. 2. Adotemos uma legítima visão de apoio, compreendendo as
limitações uns dos outros (até mesmo cognitivas, como o caso de
bebês e crianças muito pequenas).
3. Trabalhemos para o crescimento mútuo em amor, sem julgamentos
ou visões de exclusão, mas amando ao próximo como a nós
mesmos.