We have around ninety chemical elements available in nature,
which were produced mainly by nuclear reactions inside stars. The fusion reactions are the main synthesis process which generates
the light and intermediate masses elements. The synthesis begins with the hydrogen burning reaching the region of iron mass nuclei.
Heavier elements are synthesized by neutron capture processes, forming exotic nuclei with large neutron excess. These systems
present characteristics very different from nuclei inside of stable atoms; they only occur in particular astrophysical environments
or are produced artificially in special laboratory conditions. This work discusses some properties of the exotic nuclei and how they
participate in the synthesis of elements.
Este documento apresenta um sumário de conteúdos de química do 9o ano, incluindo introdução à química, propriedades da matéria, segurança no laboratório, materiais de laboratório, conceitos de átomos, moléculas e substâncias puras. Também inclui exercícios sobre esses tópicos.
[1] O documento é uma apostila de química para o 9o ano que apresenta conceitos básicos da química, propriedades da matéria, segurança no laboratório, materiais de laboratório e experiências.
[2] A apostila inclui tópicos sobre número atômico, número de massa, classificação periódica dos elementos, ligações químicas, reações químicas e leis das reações químicas.
[3] O documento fornece informações sobre conceitos fundamentais da química
Este documento apresenta um sumário de conteúdos de química do 9o ano, incluindo introdução à química, propriedades da matéria, segurança no laboratório, materiais de laboratório, conceitos de átomos, moléculas, substâncias e misturas. Também inclui exercícios sobre esses tópicos.
O documento discute a energia nuclear, mencionando os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki no Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Explica que a radioatividade ocorre quando núcleos instáveis emitem partículas, podendo ser por emissão alfa, beta ou gama. A taxa de decaimento de materiais radioativos segue uma lei exponencial, onde a meia-vida caracteriza cada isótopo nuclear.
1. O documento descreve a evolução dos modelos atômicos ao longo do tempo, começando com os modelos de Dalton, Thomson e Rutherford, que propuseram que os átomos são constituídos de partículas menores.
2. O modelo atual é que um átomo contém um núcleo denso de prótons e nêutrons, cercado por elétrons. Isto foi estabelecido pelas descobertas de partículas como o elétron e o nêutron.
3. Os modelos atômicos evoluí
1) O documento contém 13 exercícios de múltipla escolha sobre conceitos de química como modelos atômicos, reações químicas, tabela periódica e radioatividade.
2) Os exercícios abordam tópicos como o experimento de Rutherford, modelo atômico de Bohr, combustão de hidrocarbonetos, propriedades do peróxido de hidrogênio e produção de cores em fogos de artifício.
3) São fornecidas alternativas de respostas para cada questão, sendo
O documento discute estrutura atômica, incluindo configurações eletrônicas, regra de Hund, configurações condensadas, metais de transição, lantanídeos e actinídeos. Explica como as configurações eletrônicas refletem a tabela periódica e lista exercícios relacionados à estrutura atômica.
O documento apresenta o projeto #químicazero, criado para auxiliar estudantes de química. Foi desenvolvido por Laís Anjos com apoio de amigos como Jayne e Yasmin Vizeu, que ajudaram na edição e revisão do material. O projeto visa ser uma luz nos estudos, auxiliando com assuntos básicos da disciplina.
Este documento apresenta um sumário de conteúdos de química do 9o ano, incluindo introdução à química, propriedades da matéria, segurança no laboratório, materiais de laboratório, conceitos de átomos, moléculas e substâncias puras. Também inclui exercícios sobre esses tópicos.
[1] O documento é uma apostila de química para o 9o ano que apresenta conceitos básicos da química, propriedades da matéria, segurança no laboratório, materiais de laboratório e experiências.
[2] A apostila inclui tópicos sobre número atômico, número de massa, classificação periódica dos elementos, ligações químicas, reações químicas e leis das reações químicas.
[3] O documento fornece informações sobre conceitos fundamentais da química
Este documento apresenta um sumário de conteúdos de química do 9o ano, incluindo introdução à química, propriedades da matéria, segurança no laboratório, materiais de laboratório, conceitos de átomos, moléculas, substâncias e misturas. Também inclui exercícios sobre esses tópicos.
O documento discute a energia nuclear, mencionando os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki no Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Explica que a radioatividade ocorre quando núcleos instáveis emitem partículas, podendo ser por emissão alfa, beta ou gama. A taxa de decaimento de materiais radioativos segue uma lei exponencial, onde a meia-vida caracteriza cada isótopo nuclear.
1. O documento descreve a evolução dos modelos atômicos ao longo do tempo, começando com os modelos de Dalton, Thomson e Rutherford, que propuseram que os átomos são constituídos de partículas menores.
2. O modelo atual é que um átomo contém um núcleo denso de prótons e nêutrons, cercado por elétrons. Isto foi estabelecido pelas descobertas de partículas como o elétron e o nêutron.
3. Os modelos atômicos evoluí
1) O documento contém 13 exercícios de múltipla escolha sobre conceitos de química como modelos atômicos, reações químicas, tabela periódica e radioatividade.
2) Os exercícios abordam tópicos como o experimento de Rutherford, modelo atômico de Bohr, combustão de hidrocarbonetos, propriedades do peróxido de hidrogênio e produção de cores em fogos de artifício.
3) São fornecidas alternativas de respostas para cada questão, sendo
O documento discute estrutura atômica, incluindo configurações eletrônicas, regra de Hund, configurações condensadas, metais de transição, lantanídeos e actinídeos. Explica como as configurações eletrônicas refletem a tabela periódica e lista exercícios relacionados à estrutura atômica.
O documento apresenta o projeto #químicazero, criado para auxiliar estudantes de química. Foi desenvolvido por Laís Anjos com apoio de amigos como Jayne e Yasmin Vizeu, que ajudaram na edição e revisão do material. O projeto visa ser uma luz nos estudos, auxiliando com assuntos básicos da disciplina.
O documento descreve o novo elemento químico número 112 na tabela periódica. Foi aceito oficialmente em 2009 após confirmação independente, e é extremamente instável, desintegrando-se em poucos milionésimos de segundos. Cientistas alemães o criaram em colisões de íons de zinco e chumbo em um acelerador de partículas.
O documento descreve a descoberta do elemento químico de número atômico 112, o mais recente a ser adicionado à tabela periódica. O elemento é altamente instável e existe por apenas alguns milionésimos de segundo antes de se desintegrar. Foi criado por uma equipe alemã através da fusão de núcleos de zinco e chumbo em um acelerador de partículas.
1) A violência física inclui beliscões, cintadas, chineladas e puxões de orelha, além do uso da força física para bater na criança ou adolescente.
2) O documento lista formas de violência física contra crianças e adolescentes.
3) A violência física não deve ser usada contra crianças ou adolescentes.
As três primeiras questões tratam de propriedades periódicas como energia de ionização, raio atômico e efeito fotoelétrico. As questões 4 a 6 discutem como o tamanho atômico afeta a adsorção iônica e como varia o raio atômico dos metais alcalinos. As questões 7 a 15 abordam conceitos como afinidade eletrônica, energia de ionização, configuração eletrônica e suas variações periódicas.
O documento descreve a estrutura da matéria em nível microscópico, desde átomos até moléculas e substâncias químicas. Explica que a matéria é composta por átomos, que por sua vez são formados por partículas subatômicas como prótons, nêutrons e elétrons. Também define os conceitos de elemento químico, íon, substância pura e mistura. Por fim, apresenta diferentes processos mecânicos e físicos para separar componentes de misturas.
1) O documento contém 13 exercícios de múltipla escolha sobre conceitos de química como modelos atômicos, reações químicas, tabela periódica e radioatividade.
2) Os exercícios abordam tópicos como o experimento de Rutherford, modelo atômico de Bohr, propriedades dos isótopos, fissão nuclear e combustão de hidrocarbonetos.
3) As alternativas para resposta incluem conceitos como emissão de partículas alfa e beta, configurações eletr
O documento descreve a descoberta do elemento químico de número atômico 112, que foi oficialmente adicionado à tabela periódica. O elemento é altamente instável e existe por apenas alguns milionésimos de segundo antes de se desintegrar. Sua descoberta foi confirmada após observações independentes de apenas quatro átomos. O elemento é cerca de 277 vezes mais pesado que o hidrogênio.
O documento contém 30 questões sobre a tabela periódica dos elementos. As questões abordam tópicos como a ordem dos elementos na tabela periódica, propriedades periódicas, configuração eletrônica, número atômico, período e grupo dos elementos.
1 ano quimica modelos atomicos caderno de atividadesPMP
Este documento apresenta um caderno de atividades de Química 1 com exercícios sobre modelos atômicos. Inclui questões sobre os modelos de Thomson, Rutherford, Dalton e Bohr-Rutherford, além de conceitos como número atômico, número de massa, íons e estrutura eletrônica dos átomos.
Lista de Exercícios: Distribuição Eletrônica e Tabela PeriódicaHebertty Dantas
1) Munições traçantes contêm uma carga pirotécnica que gera um traço de luz após o tiro para visualização noturna. Uma substância química dá cor ao traço.
2) A substância na munição desse exército tem átomo com massa de 137 u e 81 nêutrons, pertencente a metais alcalinos-terrosos, gerando traço vermelho-alaranjado.
O documento descreve a evolução histórica da tabela periódica dos elementos, desde os primeiros esforços no século XVI para organizar as propriedades dos elementos até a tabela periódica moderna. Ele explica como cientistas como Döbereiner, Newlands, Mendeleev e Meyer contribuíram para o desenvolvimento da lei periódica e da tabela periódica atual.
O documento discute a radioatividade, definindo-a como o fenômeno pelo qual núcleos instáveis emitem partículas ou radiação espontaneamente, transformando-se em núcleos mais estáveis. Apresenta também os principais tipos de radiação emitida (alfa, beta e gama) e discute brevemente a história do desenvolvimento dos modelos atômicos e as aplicações da radioatividade.
99805816 apostila-quimica-1-tabela-periodica-ifmsVagner Dias
O documento apresenta uma introdução sobre a tabela periódica, explicando sua origem e importância para classificar os elementos químicos de acordo com suas propriedades. Detalha as principais características dos grupos de elementos (metais, não-metais, gases nobres etc) e propriedades periódicas como raio atômico e energia de ionização. Por fim, faz perguntas sobre o conteúdo para avaliar a compreensão do leitor.
O documento descreve a evolução histórica dos modelos atômicos, começando pela filosofia antiga até chegar no modelo atômico atual. Os principais modelos descritos são os de Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr. O documento também aborda conceitos como número atômico, número de massa e configuração eletrônica.
Este documento fornece um resumo sobre radioatividade e seus principais conceitos. Explica que a radioatividade ocorre quando núcleos instáveis emitem partículas ou radiação para se estabilizar, e descreve os tipos principais de radiação (alfa, beta e gama). Também define termos-chave como atividade, meia-vida e desintegração, e fornece exemplos para ilustrar esses conceitos.
O documento discute a classificação periódica dos elementos, incluindo sua evolução histórica e estrutura da tabela periódica. As propriedades dos elementos são classificadas em aperiódicas, que variam continuamente com o número atômico, ou periódicas, que oscilam em padrões repetidos com o número atômico. Exemplos de propriedades periódicas incluem raio atômico, potencial de ionização e eletronegatividade.
1) O documento discute conceitos de estrutura atômica como números quânticos, orbitais eletrônicos e distribuição de elétrons.
2) São apresentados exercícios sobre identificar números quânticos, preencher orbitais e encontrar configurações eletrônicas de elementos.
3) São explicados os modelos atômicos de Rutherford, Bohr e o modelo quântico de orbitais.
Este documento descreve a composição química da célula, incluindo os elementos e compostos que compõem as células vivas, como água, sais, proteínas, lípidos, carboidratos e ácidos nucleicos. Também discute conceitos-chave da química da vida, como as reações químicas controladas que ocorrem nas células e a natureza orgânica e polimérica das moléculas biológicas.
O documento discute a estrutura atômica, definindo átomos como compostos por prótons, nêutrons e elétrons. Detalha as cargas e massas dessas partículas, os números atômicos e massas atômicas, e apresenta os modelos atômicos de Bohr e mecânico-ondulatório. Também explica números quânticos, orbitais eletrônicos, configurações eletrônicas e elétrons de valência.
O documento discute a estrutura atômica, definindo átomos como compostos por prótons, nêutrons e elétrons. Detalha as cargas e massas dessas partículas, os números atômicos e massas atômicas, isótopos, unidades de massa atômica e molares. Também explica os modelos atômicos de Bohr e mecânico-ondulatório, números quânticos, orbitais eletrônicos, configurações eletrônicas e elétrons de valência.
O documento apresenta informações sobre a história do modelo atômico, desde as primeiras teorias de Demócrito e Dalton até os modelos atômicos modernos. Resume os principais modelos propostos por cientistas como Thomson, Rutherford e Bohr e conceitos-chave como elétrons, prótons, nêutrons e números quânticos.
O documento discute os conceitos fundamentais da radioatividade e da estrutura atômica. Aborda a descoberta dos raios-X e da radioatividade natural, além dos modelos atômicos de Rutherford, Bohr, Schrödinger e outros. Também explica os tipos de radiação, decaimento radioativo, meia-vida e aplicações dos radioisótopos.
O documento descreve o novo elemento químico número 112 na tabela periódica. Foi aceito oficialmente em 2009 após confirmação independente, e é extremamente instável, desintegrando-se em poucos milionésimos de segundos. Cientistas alemães o criaram em colisões de íons de zinco e chumbo em um acelerador de partículas.
O documento descreve a descoberta do elemento químico de número atômico 112, o mais recente a ser adicionado à tabela periódica. O elemento é altamente instável e existe por apenas alguns milionésimos de segundo antes de se desintegrar. Foi criado por uma equipe alemã através da fusão de núcleos de zinco e chumbo em um acelerador de partículas.
1) A violência física inclui beliscões, cintadas, chineladas e puxões de orelha, além do uso da força física para bater na criança ou adolescente.
2) O documento lista formas de violência física contra crianças e adolescentes.
3) A violência física não deve ser usada contra crianças ou adolescentes.
As três primeiras questões tratam de propriedades periódicas como energia de ionização, raio atômico e efeito fotoelétrico. As questões 4 a 6 discutem como o tamanho atômico afeta a adsorção iônica e como varia o raio atômico dos metais alcalinos. As questões 7 a 15 abordam conceitos como afinidade eletrônica, energia de ionização, configuração eletrônica e suas variações periódicas.
O documento descreve a estrutura da matéria em nível microscópico, desde átomos até moléculas e substâncias químicas. Explica que a matéria é composta por átomos, que por sua vez são formados por partículas subatômicas como prótons, nêutrons e elétrons. Também define os conceitos de elemento químico, íon, substância pura e mistura. Por fim, apresenta diferentes processos mecânicos e físicos para separar componentes de misturas.
1) O documento contém 13 exercícios de múltipla escolha sobre conceitos de química como modelos atômicos, reações químicas, tabela periódica e radioatividade.
2) Os exercícios abordam tópicos como o experimento de Rutherford, modelo atômico de Bohr, propriedades dos isótopos, fissão nuclear e combustão de hidrocarbonetos.
3) As alternativas para resposta incluem conceitos como emissão de partículas alfa e beta, configurações eletr
O documento descreve a descoberta do elemento químico de número atômico 112, que foi oficialmente adicionado à tabela periódica. O elemento é altamente instável e existe por apenas alguns milionésimos de segundo antes de se desintegrar. Sua descoberta foi confirmada após observações independentes de apenas quatro átomos. O elemento é cerca de 277 vezes mais pesado que o hidrogênio.
O documento contém 30 questões sobre a tabela periódica dos elementos. As questões abordam tópicos como a ordem dos elementos na tabela periódica, propriedades periódicas, configuração eletrônica, número atômico, período e grupo dos elementos.
1 ano quimica modelos atomicos caderno de atividadesPMP
Este documento apresenta um caderno de atividades de Química 1 com exercícios sobre modelos atômicos. Inclui questões sobre os modelos de Thomson, Rutherford, Dalton e Bohr-Rutherford, além de conceitos como número atômico, número de massa, íons e estrutura eletrônica dos átomos.
Lista de Exercícios: Distribuição Eletrônica e Tabela PeriódicaHebertty Dantas
1) Munições traçantes contêm uma carga pirotécnica que gera um traço de luz após o tiro para visualização noturna. Uma substância química dá cor ao traço.
2) A substância na munição desse exército tem átomo com massa de 137 u e 81 nêutrons, pertencente a metais alcalinos-terrosos, gerando traço vermelho-alaranjado.
O documento descreve a evolução histórica da tabela periódica dos elementos, desde os primeiros esforços no século XVI para organizar as propriedades dos elementos até a tabela periódica moderna. Ele explica como cientistas como Döbereiner, Newlands, Mendeleev e Meyer contribuíram para o desenvolvimento da lei periódica e da tabela periódica atual.
O documento discute a radioatividade, definindo-a como o fenômeno pelo qual núcleos instáveis emitem partículas ou radiação espontaneamente, transformando-se em núcleos mais estáveis. Apresenta também os principais tipos de radiação emitida (alfa, beta e gama) e discute brevemente a história do desenvolvimento dos modelos atômicos e as aplicações da radioatividade.
99805816 apostila-quimica-1-tabela-periodica-ifmsVagner Dias
O documento apresenta uma introdução sobre a tabela periódica, explicando sua origem e importância para classificar os elementos químicos de acordo com suas propriedades. Detalha as principais características dos grupos de elementos (metais, não-metais, gases nobres etc) e propriedades periódicas como raio atômico e energia de ionização. Por fim, faz perguntas sobre o conteúdo para avaliar a compreensão do leitor.
O documento descreve a evolução histórica dos modelos atômicos, começando pela filosofia antiga até chegar no modelo atômico atual. Os principais modelos descritos são os de Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr. O documento também aborda conceitos como número atômico, número de massa e configuração eletrônica.
Este documento fornece um resumo sobre radioatividade e seus principais conceitos. Explica que a radioatividade ocorre quando núcleos instáveis emitem partículas ou radiação para se estabilizar, e descreve os tipos principais de radiação (alfa, beta e gama). Também define termos-chave como atividade, meia-vida e desintegração, e fornece exemplos para ilustrar esses conceitos.
O documento discute a classificação periódica dos elementos, incluindo sua evolução histórica e estrutura da tabela periódica. As propriedades dos elementos são classificadas em aperiódicas, que variam continuamente com o número atômico, ou periódicas, que oscilam em padrões repetidos com o número atômico. Exemplos de propriedades periódicas incluem raio atômico, potencial de ionização e eletronegatividade.
1) O documento discute conceitos de estrutura atômica como números quânticos, orbitais eletrônicos e distribuição de elétrons.
2) São apresentados exercícios sobre identificar números quânticos, preencher orbitais e encontrar configurações eletrônicas de elementos.
3) São explicados os modelos atômicos de Rutherford, Bohr e o modelo quântico de orbitais.
Este documento descreve a composição química da célula, incluindo os elementos e compostos que compõem as células vivas, como água, sais, proteínas, lípidos, carboidratos e ácidos nucleicos. Também discute conceitos-chave da química da vida, como as reações químicas controladas que ocorrem nas células e a natureza orgânica e polimérica das moléculas biológicas.
O documento discute a estrutura atômica, definindo átomos como compostos por prótons, nêutrons e elétrons. Detalha as cargas e massas dessas partículas, os números atômicos e massas atômicas, e apresenta os modelos atômicos de Bohr e mecânico-ondulatório. Também explica números quânticos, orbitais eletrônicos, configurações eletrônicas e elétrons de valência.
O documento discute a estrutura atômica, definindo átomos como compostos por prótons, nêutrons e elétrons. Detalha as cargas e massas dessas partículas, os números atômicos e massas atômicas, isótopos, unidades de massa atômica e molares. Também explica os modelos atômicos de Bohr e mecânico-ondulatório, números quânticos, orbitais eletrônicos, configurações eletrônicas e elétrons de valência.
O documento apresenta informações sobre a história do modelo atômico, desde as primeiras teorias de Demócrito e Dalton até os modelos atômicos modernos. Resume os principais modelos propostos por cientistas como Thomson, Rutherford e Bohr e conceitos-chave como elétrons, prótons, nêutrons e números quânticos.
O documento discute os conceitos fundamentais da radioatividade e da estrutura atômica. Aborda a descoberta dos raios-X e da radioatividade natural, além dos modelos atômicos de Rutherford, Bohr, Schrödinger e outros. Também explica os tipos de radiação, decaimento radioativo, meia-vida e aplicações dos radioisótopos.
1) O documento propõe um trabalho sobre conceitos-chave da biologia celular como átomo, molécula, célula, órgão e indivíduo.
2) Deve-se explicar a relação entre células e órgãos e comparar as células e órgãos de seres animais e vegetais.
3) O trabalho deve ser apresentado em PowerPoint com um glossário contendo imagens e explicações dos conceitos.
1) O documento descreve a evolução dos modelos atômicos ao longo da história, desde as ideias filosóficas de Aristóteles e Platão até o modelo atômico atual.
2) Inclui os principais modelos propostos por cientistas como Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr e suas contribuições para entender a estrutura atômica.
3) Atualmente sabe-se que os átomos são constituídos por prótons, nêutrons e elétrons distribuídos em diferentes níveis de energia, conhe
1) O documento descreve a evolução dos modelos atômicos ao longo da história, desde as ideias filosóficas de Aristóteles e Platão até o modelo atômico atual.
2) Inclui os principais modelos propostos por cientistas como Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr e suas contribuições para entender a estrutura atômica.
3) Atualmente sabe-se que os átomos são constituídos por prótons, nêutrons e elétrons organizados em um núcleo envolto por uma elet
O documento descreve o conteúdo programático de um curso de Física das Radiações, incluindo tópicos como ondas eletromagnéticas, produção de raios X, interação da radiação com a matéria, radiações naturais e radioatividade, grandezas radiológicas, efeitos da radiação no ser humano e inspeção de serviços de radiodiagnóstico. A bibliografia inclui referências sobre o assunto. O texto também apresenta conceitos sobre o modelo atômico de Bohr e estrutura ele
1. A Reitora da UNCISAL informou ao Governador de Alagoas que a universidade alcançou nota 3 na última avaliação do MEC, subindo várias posições no ranking nacional e se posicionando entre as 300 melhores instituições de ensino superior do Brasil.
2. Dois cursos da UNCISAL foram destacados: Fonoaudiologia, o 5o melhor curso do país, e Medicina, entre os 60 melhores cursos do Brasil.
Maristela acordou atrasada para o trabalho porque seu despertador quebrou. Ela ficou curiosa para tentar consertá-lo, mas não conseguiu abri-lo, o que a deixou frustrada. No entanto, quebrá-lo poderia ajudá-la a entender seu funcionamento interno.
O jogo de Trilha tem dois participantes, que usam um tabuleiro para jogar.
Jogadores - 2
Peças - 18 peças sendo 9 brancas e 9 pretas.
Tabuleiro - tabuleiro com 24 casa interligados horizontalmente e verticalmente.
Objetivo - Deixar o adversário com 2 peças no tabuleiro ou deixá-lo sem movimentos.
O documento discute os conceitos de radioatividade, incluindo as descobertas históricas de Becquerel, Rutherford e Chadwick. Também aborda as características e símbolos das partículas alfa, beta e gama, assim como os conceitos de meia-vida e datação radiométrica.
3 - Modelos Atômicos - de Dalton a BohrCharles Biral
O documento descreve a evolução dos modelos atômicos de Dalton a Bohr, com ênfase nos principais modelos:
1) Modelo de Dalton considerava os átomos como esferas maciças;
2) Modelo de Rutherford identificou a existência de um núcleo denso no centro do átomo;
3) Modelo de Bohr propôs que os elétrons giram em órbitas definidas ao redor do núcleo, explicando as linhas espectrais.
O documento descreve a estrutura de átomos e partículas subatômicas. Átomos são compostos por um núcleo central de prótons e nêutrons, cercado por elétrons que orbitam em alta velocidade. O núcleo contém partículas ainda menores chamadas quarks, que são mantidas juntas por glúons. Outras partículas elementares incluem léptons como elétrons e neutrinos, bem como bósons como fótons e o bóson de Higgs.
1) O documento descreve as principais teorias atômicas desde Dalton até Rutherford, incluindo os modelos de Thomson e Rutherford.
2) O modelo de Dalton propôs que os átomos são indivisíveis e inalteráveis, mas falhou ao não prever isótopos.
3) Thomson descobriu o elétron e propôs um modelo com elétrons em uma massa positiva, mas falhou ao não incluir o núcleo.
O documento descreve a evolução dos modelos atômicos ao longo do tempo, desde os filósofos gregos até os modelos atômicos modernos. Os principais modelos discutidos incluem:
1) O modelo de Demócrito que propôs que a matéria é formada por partículas indivisíveis chamadas átomos;
2) As descobertas de Thomson sobre os elétrons e de Rutherford sobre o núcleo atômico que levaram ao modelo planetário do átomo;
3) O modelo quântic
O documento descreve a origem e estrutura do universo, incluindo a teoria do Big Bang, a expansão do universo, a formação dos elementos químicos através de reações nucleares nas estrelas, e as abundâncias relativas dos elementos no universo, com o hidrogênio e o hélio sendo os mais comuns.
Teoria das particulas_elementares_-_definitivoduartemaques
Este documento apresenta uma introdução à teoria das partículas elementares e à física de partículas. Explica que quarks e leptões constituem a matéria, e que partículas como fótons, gluões, W e Z são responsáveis pelas forças fundamentais. Também descreve o bosão de Higgs, que confere massa às outras partículas.
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
1. Quim. Nova, Vol. 35, No. 2, 360-366, 2012
NÚCLEOS EXÓTICOS E SÍNTESE DOS ELEMENTOS QUÍMICOS
Revisão
Nilton Teruya*
Departamento de Física, Universidade Federal da Paraíba, Campus I, CP 5008, 58051-970 João Pessoa - PB, Brasil
Sérgio Barbosa Duarte
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Rua Dr. Xavier Sigaud, 150, 22290-180 Rio de Janeiro - RJ, Brasil
Recebido em 2/2/11; aceito em 3/8/11; publicado na web em 26/9/11
EXOTIC NUCLEI AND SYNTHESIS OF CHEMICAL ELEMENTS. We have around ninety chemical elements available in nature,
which were produced mainly by nuclear reactions inside stars. The fusion reactions are the main synthesis process which generates
the light and intermediate masses elements. The synthesis begins with the hydrogen burning reaching the region of iron mass nuclei.
Heavier elements are synthesized by neutron capture processes, forming exotic nuclei with large neutron excess. These systems
present characteristics very different from nuclei inside of stable atoms; they only occur in particular astrophysical environments
or are produced artificially in special laboratory conditions. This work discusses some properties of the exotic nuclei and how they
participate in the synthesis of elements.
Keywords: chemical element; exotic nuclei; nucleosynthesis.
INTRODUÇÃO buscam complementar os conteúdos de Química e Física ensinados
ao nível da graduação.
A descoberta da radioatividade e a identificação da carga ele-
mentar do elétron, no final do século XIX, deram início a uma nova VARIEDADE E ABUNDÂNCIA DOS ELEMENTOS
fase nas investigações da estrutura mais fundamental da matéria,
mostrando indícios de que o átomo não é uma partícula indivísi- A variedade de substâncias que compõem o mundo que nos
vel. O modelo atômico hoje vigente, com elétrons envolvendo um cerca se origina da combinação dos elementos químicos, os quais
pequeno núcleo pesado e positivamente carregado, foi evidenciado comparecem na natureza em diferentes abundâncias. Esta grandeza é
experimentalmente por E. Rutherford em 1911, no célebre trabalho uma medida da quantidade relativa dos elementos, sendo obtida pela
onde discutiu os dados experimentais de espalhamentos de partículas observação, no sistema solar, dos meteoritos e da análise espectroscó-
alfa obtidos por G. Geiger e E. Marsden.1,2 Este modelo do átomo pica das estrelas. Notamos que os elementos químicos que usualmente
nuclear está completando 100 anos, colocado como uma ideia inova- conhecemos se apresentam com isótopos estáveis e outros radioativos;
dora, necessitou de novas teorias para fundamentá-lo, estabelecendo os estáveis são mais abundantes porque não decaem, enquanto que os
desafios que conduziram à formulação da mecânica quântica, que radiativos vão se desintegrando e se transmutando para outros mais
ainda dava os primeiros passos. Apesar de demonstrada a existência estáveis. Por exemplo, o hidrogênio possui dois isótopos estáveis: o
do núcleo atômico, a sua composição só ficou determinada em 1932, prótio (com apenas um próton no núcleo) e o deutério (com um pró-
com a descoberta do nêutron por J. Chadwick. Hoje sabemos que ton e um nêutron no núcleo), sendo que o prótio é o mais abundante
este núcleo atômico é composto por prótons e nêutrons, partículas (abundância de 99,985%).
que interagem atrativamente pela intensa força nuclear e são olhados A abundância dos elementos químicos na natureza está relacio-
como diferentes estados de uma mesma partícula, o “núcleon”. A nada com a estabilidade e a massa dos nuclídeos que, por seu turno,
carga elétrica positiva do núcleo é dada pelos prótons e a quantidade dependem diretamente da proporção entre os números de prótons
destas partículas define o número atômico. Átomos de mesmo número e nêutrons que os compõem. Dentre os elementos conhecidos, o
atômico, mas que diferem na quantidade de nêutrons, são chamados hidrogênio (Z = 1) é o mais simples e abundante, respondendo por
isótopos e são diferentes formas com se apresenta um dado elemento aproximadamente 75% da massa total do universo massivo conhecido.
químico.3 O termo nuclídeo é usado para designar determinado isó- A partir dele é que os outros são sintetizados. O segundo elemento é
topo de um elemento químico, cujo núcleo tem “Z” prótons e “N” o hélio (Z = 2) que ao lado do hidrogênio somam juntos quase 99%
nêutrons, num total de “A” núcleons (com A = Z + N). de toda massa dos elementos do universo, ficando a mínima fatia de
A teoria acerca da estrutura atômica da matéria ficou bem esta- pouco mais de 1% para ser compartilhada entre cerca de uma centena
belecida e hoje é bastante difundida e a ideia do átomo com elétrons de outros elementos. Encontramos 90 elementos químicos naturais,
envolvendo um núcleo já é introduzida no ensino de Química e Física desde o hidrogênio até o urânio (Z = 92), outros elementos são muito
a nível da educação fundamental. instáveis ou pesados demais, não existem ou se encontram em pou-
A proposta do presente artigo é discutir aspectos gerais do núcleo ca quantidade na natureza, como o tecnécio (Z = 43), o promécio
atômico, apresentando algumas noções sobre a estrutura e estabili- (Z = 61) e os elementos de número atômico além do urânio, como o
dade nuclear, e discutindo as participações decisivas das espécies plutônio (Z = 94). Recentemente, os dois elementos de maiores nú-
nucleares exóticas na síntese e na variedade dos elementos químicos meros atômicos encontrados artificialmente, Z = 117 e 118, tiveram
existentes. Estas informações podem contribuir para levar um pouco suas detecções consolidadas em experimentos.4 Entretanto, já foram
desses conhecimentos para as pessoas interessadas no assunto e observados em torno de 3200 nuclídeos com meias-vidas grandes o
suficinte para que algumas de suas propriedades sejam medidas. Meia-
*e-mail: nteruya@fisica.ufpb.br vida é uma das grandezas físicas diretamente associadas à estabilidade
2. Vol. 35, No. 2 Núcleos exóticos e síntese dos elementos químicos 361
nuclear e fornece uma medida do tempo necessário para que metade Tabela 1. Alguns exemplos de núcleos estáveis e instáveis com suas meias-
da quantidade inicial de núcleos radioativos sofra decaimentos. Os vidas. Os tipos de radiação são explicados na Tabela 2
elementos químicos estáveis estão limitados ao número atômico Z =
Nuclídeo Tipo de instabilidade Meia-vida
83 (bismuto), dos quais 81 têm pelo menos um isótopo estável. Estes
elementos contribuem com aproximadamente 262 nuclídeos estáveis 1
1 H0 Estável
(considerando-se como estáveis aqueles de meia-vida maior do que 3
2H1 Beta menos 12,3 anos
1 x 1017 anos), distribuídos da seguinte forma: 5 155 têm número de 4
2 He2 Estável
prótons e nêutrons par (Z e N pares), 102 com um deles par (Z ou N
3Li2 1 próton ~10-22 s
5
par), apenas 5 com os dois ímpar (Z e N ímpares).
Núcleos com grande diferença entre os números de prótons e 10
3 Li7 1 nêutron ~10-22 s
nêutrons são bastante instáveis e apresentam características muito 11
Li8 Beta menos ~8,5 ms
3
diferentes dos estáveis, daí serem classificados como núcleos exó-
4Be4 Desintegra-se em 2 alfas ~10-16 s
8
ticos.6 Estes tipos nucleares não são encontrados na natureza, para
estudá-los, precisam ser produzidos artificialmente em laboratório. 14
6 C8 Beta menos ~5730 anos
As pesquisas sobre estes núcleos vêm mostrando efeitos novos da 45
26 Fe19 2 prótons ~3 ms
estrutura nuclear, servindo para colocar à prova e reformular muito 130
Cd82 Beta menos ~0,2 s
dos conceitos já estabelecidos. 48
Os elementos muito leves como hidrogênio, hélio e lítio têm
147
69 Tm78 1 próton ~0,6 s
suas formações em boa parte justificada por uma síntese primordial 208
82 Pb126 Estável
na história do universo. Em grande parte, estes elementos foram 238
U146 Alfa ~4,5 bilhões de anos
92
sintetizados nos primeiros momentos da evolução do universo numa
nucleossíntese cosmológica. Os de massas intermediárias são produ- A
Tabela 2. O núcleo pai Z XN decai com a emissão de um dos tipos de radiação.
zidos em estrelas massivas, que conseguem às custas de contrações
O número total de núcleons e a carga elétrica total devem ser iguais antes e
gravitacionais aquecer o seu interior o suficiente para desencadear
depois do decaimento. O núcleo residual Y, ou núcleo filho, é determinado
processos de fusão de novos elementos a partir dos mais leves por
de acordo com a radiação, se houver mudanças na carga elétrica, há trans-
elas produzidos. As etapas da produção dos elementos são acompa-
mutação do elemento
nhadas por alterações na estrutura da estrela e nas condições de seu
interior (temperatura e pressão) que, dependendo da massa da estrela, Símbolo Tipo da radiação emitida Núcleo filho
podem ou não permitir o prosseguimento da cadeia de produção dos
a X→Y+a A–4
Y
elementos de massas intermediárias (A < 56).7 Resta-nos saber sobre A partícula alfa é um núcleo do átomo de hélio,
Z –2 N–2
a síntese dos elementos pesados, aqueles além do ferro e, mesmo, contém 2 prótons e 2 nêutrons.
os transurânicos.
b- X → Y + e– + ve: decaimento beta menos, um
– A
Y
As abordagens correntes discutidas nos livros didáticos para nêutron do núcleo decai num próton e há
Z+1 N–1
a síntese dos elementos enfocam as reações de fusão nuclear que emissão de um elétron e um antineutrino.
ocorrem nas estrelas. Porém, estes processos se limitam à produção
b+ X → Y + e+ + ve: decaimento beta mais, um A
Y
dos elementos até a região de massa do ferro; para além deste, outros próton do núcleo decai num nêutron, há emissão
Z–1 N+1
mecanismos respondem pela síntese dos elementos mais pesados. As de um pósitron e um neutrino.
pesquisas nestes temas são atuais e passam pela discussão de sistemas
g X* → X+ g A
XN
nucleares exóticos que só recentemente puderam ser produzidos e Z
Radiação gama, emissão de fótons, partícula
estudados mais detalhadamente nos laboratórios. A participação sem massa ou carga elétrica.
dos núcleos exóticos na síntese dos elementos pesados pode surgir
n X* → X+ n A–1
XN–1
principalmente no final da vida ativa de estrelas muito massivas, Z
Emissão de um nêutron.
assim como em nucleossíntese explosiva na fase de supernova destas
estrelas. Nestes eventos são lançados ao espaço grande parte dos ele- p X* → Y + p A–1
Y
Z –1 N
mentos pesados que foram sintetizados. Este material recicla aquele já Emissão de um próton.
presente no espaço e é usado para fazer novos objetos, como estrelas,
planetas, asteroides, ou qualquer outro objeto astrofísico material. A radiação pode envolver emissão de partículas ou ondas eletro-
magnéticas, saindo diretamente de um estado nuclear instável para
ESTABILIDADE NUCLEAR E A ENERGIA DE LIGAÇÃO outro mais estável, ou sequencialmente, formando diferentes sistemas
DOS NÚCLEOS intermediários até chegar à configuração estável final.
Um exemplo de emissão sequencial é a radioatividade alfa (Tabela
A estabilidade nuclear relaciona-se com a capacidade do núcleo 2) dos isótopos na região do urânio (Z = 92), que decai passando de
manter a sua estrutura natural por longo tempo, ou resistindo a algum um elemento a outro, até alcançar a região de massa do chumbo (Z
estímulo externo que induza sua transmutação. Ao contrário, núcleos = 82) ou do bismuto (Z = 83), os elementos estáveis mais pesados
radioativos são instáveis, decaem espontaneamente emitindo algum encontrados na natureza. Há previsões teóricas sobre a existência de
tipo de radiação que os transformam em outros núcleos mais estáveis. uma ilha de estabilidade na região de massa dos elementos super-
Núcleos estáveis têm meias-vidas muito longas (várias dezenas de pesados em torno do número atômico Z = 114,8 mas que ainda não
bilhões de anos), já os radioativos podem ter meias-vidas de frações foi completamente estabelecida. No outro extremo, novos sistemas
de segundos, embora alguns deles decaiam lentamente com meias- exóticos, como o isótopo 12O do oxigênio, têm deficiência em nêutrons
vidas de até milhões ou bilhões de anos (a Tabela 1 apresenta alguns e apresentam emissão espontânea de dois prótons,9 no O12 pode haver
valores de meias-vidas). Na Tabela 2 estão mostrados alguns tipos de decaimento sequencial através do nitrogênio-11, ou diretamente para
radiações emitidas por núcleos instáveis, com os respectivos núcleos o carbono-10.
resultantes do decaimento. Evidências experimentais mostram que quando prótons ou
3. 362 Teruya e Duarte Quim. Nova
nêutrons, ou ambos, são em número par, eles ficam mais fortemente “B(Z,A)/A” na região dos núcleos pesados, A>56. Na radioatividade
ligados do que quando há um núcleon desemparelhado. Há uma forma natural os núcleos emitem radiação espontaneamente, mas núcleos
de energia de emparelhamento que contribui para aumentar a energia estáveis também podem se tornar instáveis quando são induzidos
de ligação do núcleo. Outras evidências indicam que, semelhante artificialmente por reações nucleares.
aos átomos dos gases nobres, existem números mágicos nucleares:
2, 8, 20, 28, 50 e 82; alcançando o 126 no caso de nêutrons. Dentro Núcleos exóticos e a assimetria entre números de nêutrons e
do núcleo os prótons e os nêutrons se distribuem numa estrutura de prótons
camadas de energia, os núcleos com números de prótons ou nêutrons
mágicos têm suas estruturas de camadas completas e são mais difí- Esta categoria de núcleos apresenta grande assimetria entre os
ceis de serem excitados, sendo particularmente mais ligados e mais números de prótons e nêutrons, as suas características fogem às
estáveis do que os seus vizinhos de número de massa. regras gerais que se aplicam aos núcleos estáveis, daí porque são
A energia de ligação nuclear é uma quantidade de energia que classificados como núcleos exóticos.
foi dispendida no processo de formação e estruturação do núcleo. De Para entender as características gerais dos núcleos exóticos,
fato, o que acontece é que a massa do núcleo é menor do que a soma vamos retomar a discussão sobre a energia de ligação.
das massas dos seus núcleons individuais, a diferença é convertida na Outro efeito importante na ligação nuclear é o da assimetria entre
energia de ligação. A transformação de massa em energia é explicada os números de prótons e nêutrons. Conforme os elementos ficam
pela famosa relação de Einstein: E=Dmc2, onde Dm é a diferença mais pesados, aumenta o número de prótons e, consequentemente,
de massa (a quantidade que diminui na construção do núcleo) e c a a repulsão coulombiana entre eles também aumenta. Para contraba-
velocidade da luz (c = 300 mil km/s no vácuo). lançar este efeito e estabilizar o núcleo, o número de nêutrons cresce
A energia de ligação representada pelo símbolo B(Z,A) é uma mais rápido do que o de prótons, já que os nêutrons não têm carga
medida da energia requerida para quebrar o núcleo em seus cons- elétrica e a força nuclear é atrativa. Os nuclídeos estáveis até apro-
tituintes nucleônicos. De outro modo, para arrancar uma partícula ximadamente a região do cálcio (Z = 20) têm números de prótons e
do núcleo precisa-se fornecer uma quantidade mínima de energia nêutrons aproximadamente iguais, as variações em torno de Z = N
para vencer a sua ligação com o núcleo, definida como energia de são pequenas, mas à medida que os elementos ficam mais pesados,
separação. Para os núcleos naturalmente radioativos, as partículas da há grande desvio em favor do excesso de nêutrons (Figura 2).
radiação não ficam ligadas e escapam espontaneamente do núcleo.
Porém, deve-se observar que a estabilidade nuclear e a energia de
ligação dos núcleons dependem também de fatores relacionados com
a estrutura do núcleo.
O comportamento médio da energia de ligação por núcleon, re-
presentado com o símbolo B(Z,A)/A, em função do número de massa
“A” está apresentado na Figura 1.
Figura 2. Esquema aproximado da distribuição dos núcleos em relação às
suas estabilidades (com base nos dados da ref. 5). Os números marcados
nos eixos são mágicos. Na região central escura estão os núcleos estáveis ou
com meia-vida acima de dezenas de milhões de anos; a cor verde representa
a região da instabilidade beta mais; em azul a instabilidade beta menos.
Figura 1. Energia média de ligação por núcleon “B(Z,A)/A” de alguns Para adiante destas regiões, há emissão de núcleons (ou emissores alfa),
nuclídeos. A linha contínua é para mostrar um comportamento médio. As os excessos de nêutrons ou de prótons são tão grandes que os nêutrons ou
energias foram calculadas a partir dos dados da ref. 5 prótons adicionais não ficam ligados. Alguns nuclídeos mais conhecidos,
e com números mágicos de prótons e/ou nêutrons (exceto o 238U), estão em
Nesta figura se observa que o aumento de “A” leva a um rápido destaque, assinalando a região de maior estabilidade nuclear. A linha Z=N
crescimento da energia de ligação média por núcleon. Isto ocorre serve para referência dos nuclídeos com números iguais de prótons e nêutrons
porque o caráter atrativo da força nuclear ainda não alcançou uma
saturação. Após este rápido crescimento inicial, a curva “B(Z,A)/A” Apesar da necessidade do excesso de nêutrons para estabilizar
alcança um valor máximo para núcleos na região de massa do ferro núcleos de elementos pesados, os isótopos de qualquer elemento
e do níquel, a seguir, a linha decresce lentamente, mesmo para va- tendem a se desestabilizar quando o excesso de nêutrons se torna
lores crescentes de “A”. Este comportamento se deve à distribuição excessivo. Há um balanço mais apropriado entre os números de
de matéria no núcleo e ao curto alcance da força nuclear que leva prótons e nêutrons para cada elemento, sendo este um dos fatores
a uma saturação (interação apenas com a vizinhança próxima). Isto que determina o isótopo mais estável. Desta forma, o crescente
também se deve ao fato de que a força elétrica de repulsão entre os enriquecimento de nêutrons, numa cadeia isotópica, começa a pro-
prótons contribui significativamente para esta diminuição lenta de duzir isótopos com instabilidade beta menos. O motivo disso é que
4. Vol. 35, No. 2 Núcleos exóticos e síntese dos elementos químicos 363
a radiação beta menos faz o núcleo se transmutar num isótopo de o nêutron não fica ligado e escapa do núcleo. Estas características
outro elemento químico, com uma unidade a mais no número atô- mostram outro aspecto interessante deste núcleo, enquanto no 10Li
mico (Tabela 2). Esta instabilidade acontece no sentido de diminuir o nêutron extra ao núcleo caroço não fica ligado e escapa, os dois
a diferença nêutron-próton em busca de maior estabilidade. A partir nêutrons de valência ficam presos no 11Li, um efeito devido à energia
daí, a continuidade do enriquecimento pode alcançar um limite onde de emparelhamento. Assim, se for retirado qualquer nêutron do halo
os nêutrons adicionais não ficam mais ligados e escapam, atingindo no 11Li, o sistema se divide em três partes, caroço mais dois nêutrons.
o limiar da separação de nêutrons. Núcleos deste tipo, cujo caroço não prende um núcleon extra, mas
Para comparação do tamanho do excesso de nêutrons nos nú- prende dois, são chamados borromeanos,12 uma referência à união
cleos exóticos, um dos núcleos mais pesado e estável encontrado na representada pelos três anéis entrelaçados no símbolo heráldico da
natureza é o chumbo-208 (20882Pb126), que apresenta vários estados família italiana renascentista Borromeo: se qualquer dos anéis for
excitados ligados e uma razão entre os números de nêutrons e prótons retirado, os outros se desatam.
N/Z = 1,5, enquanto que um dos núcleos exóticos mais estudados,10 o Outra consequência importante da fraca ligação dos nêutrons do
lítio-11 (113Li8), tem N/Z = 2,7 e nenhum estado excitado ligado. Um halo é que estes núcleos podem ser facilmente excitados, num modo
estado excitado é alcançado quando o núcleo absorve energia e sai de vibração onde os nêutrons do excesso oscilam contra o caroço
do seu estado normal, e é dito ligado quando os seus núcleons ainda mais coeso.13 Este modo de vibração, chamado ressonância pigmeia,
permanecem presos no núcleo. Outro dado comparativo bastante está localizado em baixa energia de excitação, mas acima do limiar
peculiar é que o tamanho do 113Li8 (com 11 núcleons) é bem próximo de emissão de nêutrons, o que faz dele um importante mecanismo
ao do 20882Pb126 (com 208 núcleons), sendo esta uma característica tão de excitação e emissão de nêutrons.
marcante que classificou este tipo de núcleo como exótico. Uma questão curiosa é a de como são obtidas as informações
Os núcleos exóticos são altamente instáveis e têm um tempo de que levam a formular as teorias do átomo e do núcleo. Mas, o que
vida curto. A meia-vida do 113Li8 é aproximadamente 8 ms, transmuta- chega a ser até mesmo intrigante é como obter estas informações
se no berílio-11 (114Be7) via decaimento b-. Outro efeito decorrente de objetos que vivem tão pouco tempo. A discussão deste assunto é
do aumento do excesso de nêutrons é que há uma tendência destes ampla, mas aqui vamos fazê-la de forma sucinta. Uma maneira de
núcleos em apresentar alterações na sequência dos números mági- sondar estes sistemas minúsculos é fazendo um projétil apropriado
cos.11 Um exemplo disso é o oxigênio-24 (248O16), cuja estrutura sugere incidir sobre um alvo feito do material cuja estrutura dos núcleos se
uma alteração do número mágico 20 para 16. quer conhecer, detectores apropriados são posicionados para registrar
Em primeira aproximação os núcleos ricos em nêutrons podem os eventos que ocorrem quando o projétil e o alvo interagem. Os
ser descritos por uma configuração onde um caroço, correspondendo registros constituem os dados da experiência, que passam por análi-
a um isótopo mais estável do elemento, está envolto pelos nêutrons ses e dão subsídios para formulação de teorias sobre a estrutura do
do excesso. A pequena energia de ligação dos nêutrons de valência núcleo em observação, uma técnica bastante refinada de exploração
possibilita que eles fiquem distribuídos numa extensão espacial muito do objeto desconhecido. No caso dos núcleos exóticos isso é um
além daquela ocupada pelo caroço, contribuindo para a composição tanto mais delicado, devido às suas pequenas meias-vidas. Neste
de uma nuvem bastante difusa que contém o excesso de nêutrons, caso, os experimentos são realizados com estes núcleos no papel de
formando um “halo” de nêutrons. Como exemplo, no caso do 113Li8 , projétil, fazendo-os incidir em alvos de materiais estáveis de estrutura
o núcleo caroço é o 93Li6 , e o halo é formado pelos dois nêutrons de conhecida. Em uma das técnicas, o feixe exótico é produzido como
valência. Na Figura 3 são apresentadas as energias de separação de resultado de uma reação primária, onde determinados nuclídeos e
1 e 2 nêutrons dos isótopos do lítio. Enquanto a energia de ligação alvos são previamente escolhidos para fornecer o feixe de núcleos
de 1 nêutron sofre as flutuações discutidas anteriormente devido exóticos que se quer estudar. Vários produtos de reação saem deste
aos efeitos da energia de emparelhamento, o comportamento da primeiro estágio. Um espectrômetro de massa, sistema composto
energia de dois nêutrons é apenas decrescente, o isótopo 11Li é um pela aplicação de campos elétricos e magnéticos, seleciona o feixe
limite para esta ligação. Energia de separação negativa significa que exótico. A seguir, este feixe é direcionado para impactar o segundo
alvo, de onde novos fragmentos de reação são produzidos e fornecem
os dados para serem analisados. A Figura 4 apresenta um esquema
geral de um método utilizado nestes estudos. A produção e análise de
experimentos com feixes de núcleos exóticos hoje é desenvolvida em
pelo menos uma dúzia de laboratórios espalhados pela América do
Norte, Europa e Japão. Em nosso país temos o RIBRAS (Radioactive
Ions Beams in Brazil), um sistema de produção de feixes radioativos
que está em operação desde Fevereiro de 2004 no Instituto de Física
da Universidade de São Paulo.
O PAPEL DOS NÚCLEOS EXÓTICOS NA SÍNTESE DE
ELEMENTOS PESADOS
Um requisito para a estrela produzir elementos e continuar em
sua jornada evolutiva é que as reações nucleares que proporcionam
sua evolução devem liberar energia. Para que as reações nucleares
aconteçam, as condições físicas nas estrelas, como temperatura,
densidade dos núcleos reagentes e pressão, devem alcançar valores
característicos que propiciem as ocorrências dessas reações. A pressão
Figura 3. Energias de separação S1N e S2N, de 1 e 2 nêutrons, respectivamen- e densidade governam a probabilidade de os núcleos colidirem, quanto
te, para os isótopos do lítio. Valores negativos indicam que os nêutrons não maior a pressão, mais aumentam as chances de colisões. A energia
estão ligados no núcleo cinética dos núcleos aumenta para temperaturas mais elevadas, o que
5. 364 Teruya e Duarte Quim. Nova
A = 5 e A = 8, a síntese dos elementos por reações de fusão pode
continuar até a região de massa do ferro e do níquel, em torno de A
= 56, conforme a massa da estrela. A partir daí surge outra barreira
por causa do alto consumo de energia requerido nas reações de fusão.
Isto ocorre devido à intensa repulsão coulombiana entre núcleos com
grande quantidade de prótons, a energia necessária para a fusão é
grande e inviabiliza a síntese de elementos pesados por estes proces-
sos. Este comportamento pode ser observado na Figura 1. A curva
B(Z,A)/A mostra que a fusão nuclear com liberação de energia ocorre
para núcleos situados abaixo da região de massa do ferro, acima dele,
são as reações de fissão que liberam energia.7,14
Os elementos com massa além do ferro e do níquel são produzi-
dos por outros processos, principalmente pela captura de nêutrons. A
Figura 5 mostra um esquema geral da sequência de reações envolvidas
no processo. As primeiras ideias sobre a síntese dos elementos em
ambientes ricos em nêutrons foram apresentadas na década de 1940,
principalmente nos trabalhos de G. Gamow, R. Alpher e R. Herman, em
modelos de nucleossíntese primordial.15 Porém, em 1957 o trabalho de
Burbidge-Burbidge-Fowler-Hoyle (B2FH) introduziu alguns processos
para a síntese dos elementos pesados nas estrelas;16 duas destas propos-
tas apontavam para a formação de núcleos ricos em nêutrons por meio
de capturas rápidas ou lentas de nêutrons. Em nosso país, os primeiros
trabalhos desenvolvidos sobre este tema surgiram no final da década
de 1970, no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.17 Estes modos de
produção dos elementos pesados estão bem estabelecidos atualmente,
embora ainda persistam questões em aberto sobre as condições físicas,
dos sítios astrofísicos onde ocorrem e sobre as propriedades dos núcleos
ricos em nêutrons formados, os núcleos exóticos envolvidos. A estrutura
dos núcleos é de fundamental importância nestes processos, uma vez
Figura 4. Esquema simplificado de um sistema de produção de feixes radia- que devem ser consideradas as taxas de captura de nêutrons, os modos
tivos exótico em montagens experimentais. Cada um destes blocos ou seções de excitação nuclear e as formas de decaimento.
inclui equipamentos variados, contendo complexos sistemas eletrônicos
para acompanhamento da qualidade do feixe em diferentes setores. Os tipos
de núcleos e fragmentos nos exemplos são alguns dos citados na literatura
permite que colisões entre núcleos vençam a barreira coulombiana e
estes entrem em fusão efetivamente.
Na primeira fase da nucleossíntese nas estrelas, acontece a queima
de hidrogênio com a consequente produção de hélio e energia, como
ocorre no Sol. As estrelas passam a maior parte do tempo nesta fase
de produção, enquanto estão na sequência principal do estágio da
sua evolução. A produção de núcleos leves por captura de prótons e
partículas alfa esbarra no problema da falta de elementos estáveis com
massas A = 5 e A = 8. Com isso, a passagem do hélio para o carbono é
bastante importante, pois implica na passagem por um gargalo, onde
o processo de produção é bastante delicado. O nuclídeo berílio-8, que
viria da fusão de duas alfas, é altamente instável (Tabela 1), mas se
uma terceira alfa chegar antes de o berílio-8 decair, há chances da
produção de carbono-12. Caso estes eventos ocorram, a probabilidade
de se formar o carbono-12 é aumentada graças a um estado excitado
deste carbono numa energia próxima às dos sistemas berílio-8 mais Figura 5. Esquema geral de uma cadeia de enriquecimento de nêutrons. A
alfa ou de três alfas. Há também possibilidades de rotas alternativas partir de um núcleo semente, a sequência de absorção de nêutrons leva à
que passam pela produção de núcleos exóticos para chegar ao car- formação de isótopos cada vez mais ricos em nêutrons e, independente do
bono. A partir da produção do carbono, outras capturas alfas levam processo, chega-se num ponto onde ocorre o decaimento beta menos, um novo
à produção de oxigênio e demais elementos. elemento é produzido e uma nova cadeia pode ter sequência
Um processo de grande importância para a evolução da estrela
e a produção dos elementos é o ciclo CNO (carbono - nitrogênio Além das condições de temperatura, pressão e densidade de nêu-
- oxigênio), proposto por H. Bethe e, independentemente, por C. trons na estrela, a evolução de uma cadeia de núcleos enriquecidos por
F. Weiszacker, na década de 1930.7 Nesta cadeia, há consumo de nêutrons é definida pela competição entre as meias-vidas dos isótopos
quatro prótons com a produção de um núcleo hélio-4, o ponto chave e o tempo que levam para capturar um nêutron do ambiente da estrela.
do ciclo é que há liberação de energia preservando a quantidade de Os processos rápido e lento de captura de nêutrons ocorrem em
carbono-12 usada no ciclo. escalas de tempo bem diferentes:18 o lento é o processo-s (“s” de
Depois de ultrapassados os gargalos da falta de estabilidade em slow), contrapondo-se ao rápido que é o processo-r (“r” de rapid). A
6. Vol. 35, No. 2 Núcleos exóticos e síntese dos elementos químicos 365
lentidão ou a rapidez da captura é comparada com o tempo envolvido que ocorra o decaimento b- e um novo elemento seja sintetizado. A
no decaimento beta menos dos núcleos enriquecidos. Cada processo seguir, pode ter início nova sequência de capturas de nêutrons que,
necessita de determinadas condições ambientais compatíveis com a posteriormente, produzirá outro elemento.
sobrevivência das espécies nucleares presentes durante o processo.
O estudo destes processos requer o conhecimento das propriedades CONSIDERAÇÕES FINAIS
dos núcleos ricos em nêutrons, discutidas na seção anterior.
Apesar das suas características particulares, numa descrição geral Os processos de síntese dos elementos pesados via formação de
destes processos, temos um núcleo semente bombardeado por nêu- núcleos ricos em nêutrons estão bem estabelecidos, muito embora
trons do ambiente da estrela e iniciando uma sequência de capturas ainda nos falte o conhecimento com maior precisão de algumas
destas partículas. O excesso crescente de nêutrons leva os isótopos a propriedades dos núcleos exóticos que podem ser formados e sobre
ficarem cada vez mais instáveis, mas, enquanto há enriquecimento, as condições físicas dos sítios onde a síntese ocorre. A formação e
a captura de nêutrons é mais rápida do que o tempo característico do abundância dos elementos químicos transurânicos presentes na natu-
decaimento beta menos. A situação de instabilidade vai se acentuando reza são diretamente relacionadas com as propriedades nucleares e a
com o aumento do número de nêutrons, até alcançar determinado isó- estabilidade dos núcleos exóticos envolvidos no processo de síntese
topo onde o decaimento beta menos ocorre mais rápido e interrompe destes elementos. Os núcleos exóticos com maiores meias-vidas,
a sequência de capturas. Um novo elemento é produzido e o número apesar de muito pequenas, funcionam como ponto de acumulação ao
atômico aumenta de uma unidade. Outra cadeia de enriquecimento longo da cadeia isotópica e originam os picos de abundância relativa
pode ser iniciada e sintetizar um novo elemento. dos elementos formados. Um ponto interessante nesta análise é que
Avalia-se que no processo-s o ambiente da estrela seja de baixa enquanto a estabilidade nuclear determina a formação, abundância e
densidade de nêutrons, estimada em torno de 108 nêutrons/cm3. Como variedade dos elementos químicos leves e de massas intermediárias
os nêutrons estão esparsos no meio, a taxa de captura de nêutron pe- na natureza, são os sistemas nucleares exóticos, altamente instáveis,
los núcleos presentes é menor ou, no máximo, comparável à taxa de que tornam possível a formação dos elementos pesados.
decaimento beta dos núcleos formados. Assim, os núcleos instáveis
que se formam têm tempo de decair e o percurso do processo ascende
em número atômico próximo ao vale de estabilidade, com peque- REFERÊNCIAS
nos deslocamentos para o lado dos núcleos ricos em nêutron. Esta
síntese alcança núcleos pesados até a região de massa do bismuto 1. Rutherford, E.; Philosophical Magazine 1911, 21, 669.
e do chumbo, os últimos e mais pesados elementos estáveis. Para 2. Geiger, H.; Marsden, E.; Proceedings of the Royal Society 1909, 82, 495.
além destes, os elementos são fortemente instáveis pela emissão de 3. Tolentino, M.; Rocha-Filho, R. C.; Chagas, A. P.; Quim. Nova 1997, 20,
partículas alfa e a cadeia de captura de nêutrons próxima à linha de 103; Oki, M. C. M.; Química Nova na Escola 2002, no 26, 21.
estabilidade beta é interrompida. 4. Cartlidge, E.; “New element 117 discovered”, disponível em http://
No processo-r o fluxo de nêutrons deve ser tão intenso que se for- physicsworld.com/cws/article/news/42272, acessada em Janeiro 2011;
mam núcleos muito ricos em nêutrons em muito pouco tempo. Estas Chalmers, M.; “Researchers discover element 118”, disponível em
são situações típicas de eventos explosivos de supernova, as condições http://physicsworld.com/cws/article/news/26190, acessada em Janeiro
físicas extremas de densidade e temperatura, sendo responsáveis pela 2011.
síntese da maioria dos elementos químicos acima da massa do ferro 5. Estes números podem mudar se forem encontrados outros nuclídeos
e de quase a totalidade dos elementos acima do bismuto. estáveis novos e, também, podem diferir de outros resultados por causa
A captura de nêutrons é rápida, formando-se isótopos muito ricos da escolha da meia-vida limite (consideramos maior do que 1 x1017
em nêutrons, chegando mesmo a alcançar a região onde os nêutrons anos). As informações foram obtidas a partir dos bancos de dados: The
não se ligam mais aos núcleos. Para um grande e rápido enriqueci- Lund/LBNL Nuclear Data Search, Version 2.0, February 1999 (Chu, S.
mento de nêutrons é necessário que no ambiente da estrela haja um Y. F.; Ekström, L. P.; Firestone, R. B.); Audi, G.; Bersillon, O; Blachot,
fluxo de nêutrons térmicos suficiente, as condições internas da estrela J.; Wapstra, A. H.; Nuclear Physics A 2003, 729, 3.
são estimadas em densidade de nêutrons acima de 1020 nêutrons/cm3 6. Poskanzer, A. M.; Cosper, S. W.; Hyde, E. K.; Phys. Rev. Lett. 1966, 17,
e temperatura maior do que 109 ºC.18 1271; Tanihata, I.; Kanungo, R.; C. R. Physique 4 2003, 437; Tanihata,
Como mencionado anteriormente, em determinada cadeia de I.; Hamagaki, H.; Hashimoto, O.; Nagamiya, S.; Shida, Y.; Yoshikawa,
isótopos ricos em nêutrons o aumento crescente do número de nêu- N.; Yamakawa, O.; Sugimoto, K.; Kobayashi, T.; Greiner, D. E.; Taka-
trons diminui a energia de ligação dos nêutrons de valência; além hashi, N.; Nojiri, Y.; Phys. Lett. B 1985, 160, 380.
disso, para número ímpar de nêutrons a energia de ligação do nêutron 7. Gamow, G.; Birth And Death Of The Sun, 1st ed., Dover Publications:
desemparelhado é menor, enquanto que a energia de separação de New York, 2005; Silk, J.; O Big Bang, 2a ed., Editora UnB: Brasília,
dois nêutrons é sempre decrescente (Figura 3). 1988.
Como os núcleos estão expostos à radiação gama do ambiente 8. Stoyer, M. A.; Nature 2006, 442, 876.
altamente aquecido, eles podem absorvê-la, caso a energia térmica 9. Azhari, A.; Kryger, R. A.; Thoennessen, M.; Phys. Rev. C 1998, 58,
seja suficiente para arrancar nêutrons, eles são desligados, deixando 2568; Leite, T. N.; Teruya, N.; Dimarco, A.; Duarte, S. B.; Tavares, O.
o núcleo residual novamente exposto às outras capturas de nêutrons. A. P.; Gonçalves, M.; Phys. Rev. C 2009, 80, 014606.
Disso resulta um ciclo de capturas e desligamentos de nêutrons: 10. Tanihata, I.; Hirata, D.; Kobayashi, T.; Shimoura, S.; Sugimoto, K.; Toki,
H.; Phys. Lett. B 1992, 289, 261; Teruya, N.; Bertulani, C. A.; Krewald,
A
Z XN + n à A+1ZXN+1; A+1ZXN+1 + g à AZXN + n S.; Dias, H.; Hussein, M. S.; Phys. Rev. C 1991, 43, R2049; Bertulani,
C. A.; Canto, L. F.; Hussein, M. S.; Physics Reports 1993, 226, 281.
Quando este ponto é atingido, há um equilíbrio entre absorção e 11. Warner, D.; Nature 2004, 430, 517.
emissão de nêutron para determinado isótopo de massa “A”. Neste 12. Kemper, K. W.; Cottle, P. D.; Physics 2010, 3, 13; disponível em http://
equilíbrio, o processo de captura atinge um “ponto de espera”, onde a physics.aps.org/articles/v3/13 , acessada em Janeiro 2011.
captura e a emissão do nêutron estão em franca competição. Quando 13. Sagawa, H.; Suzuki, T.; Nucl. Phys. A 2001, 687, 111c; Dang, N. D.; Au,
esta condição é atingida, o núcleo demora um tempo neste estágio até V. K.; Suzuki, T.; Arima, A.; Phys. Rev. C 2001, 63, 044302.; Leite , T.
7. 366 Teruya e Duarte Quim. Nova
N.; Teruya, N.; Eur. Phys. J. 2004, 21, 369; Nakamura, T.; Vinodkumar, 16. Burbidge, E. M.; Burbidge, G. R.; Fowler, W. A.; Hoyle, F.; Reviews of
A. M.; Sugimoto, T.; Aoi, N.; Baba, H.; Bazin, D.; Fukuda, N.; Gomi, Modern Physics 1957, 29, 547.
T.; Hasegawa, H.; Imai, N.; Ishihara, M.; Kobayashi, T.; Kondo, Y.; 17. Duarte, S. B.; Dissertação de Mestrado, Centro Brasileiro de Pesquisas
Kubo, T.; Miura, M.; Motobayashi, T.; Otsu, H.; Saito, A.; Sakurai, H.; Físicas, Brasil, 1977; Hillebrand, W.; Takarashi, K.; Kodama, T.;
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