O drama existencialista retrata a história de Uriel, uma mulher misteriosa que se torna paciente de David, um psiquiatra. Ela questiona as noções de normalidade de David e o leva a questionar a si mesmo. David se apaixona por Uriel e sua relação o perturba profundamente, levando-o a duvidar de sua própria sanidade. Uriel desaparece, mas retorna para dizer a David que ele deve aproveitar o tempo de vida que lhe resta sem medo ou cobranças.
Este documento discute o sofrimento humano e as perguntas sobre Deus que surgem durante momentos de dor. Ele resume brevemente a história de Jó e como Deus respondeu às suas perguntas, enfatizando Sua sabedoria e poder sobre a criação. O autor argumenta que a dor tem um propósito de proteção e que Deus não é incompetente por tê-la criado.
1. O documento discute o suicídio a partir de vários pontos de vista espíritas, incluindo causas, situações após a morte e exemplos de pessoas que se suicidaram. 2. De acordo com o Espiritismo, o suicídio é uma falta que deve ser expiada, e as penas variam de acordo com as circunstâncias e o grau de arrependimento. 3. O documento também aborda como o Espiritismo pode ajudar a prevenir o suicídio, ao fornecer esperança na vida após a morte.
O documento discute a dor e o sofrimento de várias perspectivas. Em três frases:
1) A dor é uma parte inevitável da vida, seja física ou espiritual, mas o sofrimento é uma escolha de como interpretamos os acontecimentos.
2) Embora a dor seja desagradável, ela serve como um aviso para nos proteger e promover o crescimento.
3) Almas mais evoluídas podem ser mais sensíveis à dor, mas também podem encontrar significado e propósito maior através dela.
1) O documento discute as penas e gozos terrenos de acordo com o Livro dos Espíritos, incluindo a felicidade relativa, perdas de entes queridos, decepções e temor da morte. 2) Aborda também o desgosto da vida e o suicídio, afirmando que a existência não é pesada para quem trabalha. 3) O suicídio é sempre culpado pois é falta de resignação e submissão à vontade do Criador, com consequências variadas de acordo com as causas.
O documento discute o tema do suicídio de três perspectivas: 1) as causas do suicídio como fugir da dor, incapacidade de resolver problemas e desequilíbrios; 2) as consequências do suicídio como continuar sofrendo em maior nível e locação em regiões de sofrimento; 3) a profilaxia do Espiritismo que fortalece a fé, esclarece os sofrimentos pós-morte e nos impulsiona a orar pelos suicidas.
O documento discute o tema do suicídio de acordo com a doutrina espírita. Apresenta perguntas e respostas sobre os motivos, as circunstâncias e as consequências do suicídio segundo a perspectiva espírita.
Este documento discute o sofrimento humano e as perguntas sobre Deus que surgem durante momentos de dor. Ele resume brevemente a história de Jó e como Deus respondeu às suas perguntas, enfatizando Sua sabedoria e poder sobre a criação. O autor argumenta que a dor tem um propósito de proteção e que Deus não é incompetente por tê-la criado.
1. O documento discute o suicídio a partir de vários pontos de vista espíritas, incluindo causas, situações após a morte e exemplos de pessoas que se suicidaram. 2. De acordo com o Espiritismo, o suicídio é uma falta que deve ser expiada, e as penas variam de acordo com as circunstâncias e o grau de arrependimento. 3. O documento também aborda como o Espiritismo pode ajudar a prevenir o suicídio, ao fornecer esperança na vida após a morte.
O documento discute a dor e o sofrimento de várias perspectivas. Em três frases:
1) A dor é uma parte inevitável da vida, seja física ou espiritual, mas o sofrimento é uma escolha de como interpretamos os acontecimentos.
2) Embora a dor seja desagradável, ela serve como um aviso para nos proteger e promover o crescimento.
3) Almas mais evoluídas podem ser mais sensíveis à dor, mas também podem encontrar significado e propósito maior através dela.
1) O documento discute as penas e gozos terrenos de acordo com o Livro dos Espíritos, incluindo a felicidade relativa, perdas de entes queridos, decepções e temor da morte. 2) Aborda também o desgosto da vida e o suicídio, afirmando que a existência não é pesada para quem trabalha. 3) O suicídio é sempre culpado pois é falta de resignação e submissão à vontade do Criador, com consequências variadas de acordo com as causas.
O documento discute o tema do suicídio de três perspectivas: 1) as causas do suicídio como fugir da dor, incapacidade de resolver problemas e desequilíbrios; 2) as consequências do suicídio como continuar sofrendo em maior nível e locação em regiões de sofrimento; 3) a profilaxia do Espiritismo que fortalece a fé, esclarece os sofrimentos pós-morte e nos impulsiona a orar pelos suicidas.
O documento discute o tema do suicídio de acordo com a doutrina espírita. Apresenta perguntas e respostas sobre os motivos, as circunstâncias e as consequências do suicídio segundo a perspectiva espírita.
O documento discute o suicídio segundo o Espiritismo. Aponta que o homem não tem o direito de tirar a própria vida, que é um ato condenável, mas que Deus pode atenuar as consequências. O suicídio por desgosto da vida é considerado uma insensatez e pode ser fruto da ociosidade e falta de fé. O materialista que se suicida se surpreende ao constatar que continua a viver em situação pior do que aquela que o levou ao ato.
Maria Quitéria chega doente e desfigurada à casa do Dr. Lauro de Melo. Desesperada para sustentar seu filho Licurgo, ela o entrega aos cuidados do casal. Anos depois, Licurgo trata Maria com crueldade, humilhando-a até expulsá-la. No leito de morte, Maria perdoa Licurgo ao descobrir que ele foi o responsável por desfigurar seu rosto quando criança.
1) O documento descreve um caso de obsessão onde um espírito desencarnado tortura psicologicamente uma mulher através de possessão.
2) O espírito obsessor é um antigo fazendeiro que explorava escravos e se apresenta de forma violenta e desequilibrada.
3) A mulher sofre crises durante a possessão onde retrata os desequilíbrios do espírito, mas não se lembra depois do que aconteceu.
O documento resume:
1) Uma mãe pede ao anjo por bênçãos divinas para seus dois filhos, um dos quais está gravemente doente.
2) O anjo pergunta qual dos filhos melhor compreende o valor do trabalho e da ação própria.
3) A mãe descreve que o filho doente valoriza a virtude do trabalho e edifica os outros, enquanto o outro filho se isola no mundo social e não dá atenção aos sentimentos da família.
4) No final, a mãe pede novamente a bênção
Este documento fornece um roteiro para uma palestra de 60 minutos sobre o capítulo 1 da Parte Quarta do Livro dos Espíritos sobre as penas e gozos terrestres. O roteiro inclui perguntas sobre tópicos como felicidade, perdas, decepções, temor da morte e suicídio para facilitar a explicação e compreensão do conteúdo. O palestrante deve se preparar para abordar cada questão de forma a transmitir a essência do capítulo em um tempo menor se necessário.
O conto narra a história de Maria Quitéria, uma mulher desfigurada após ser atingida por ácido, que entrega seu filho Licurgo aos cuidados de outra família. Anos depois, Licurgo trata Maria Quitéria com crueldade sem saber que ela é sua mãe. No final, a verdade é revelada e Licurgo pede perdão à mãe antes de ela falecer.
O documento é um texto de drama intitulado "Castelos de Areia". Conta a história de um casal que terminou o relacionamento, mas o homem ainda não conseguiu superar o término e tenta convencer a mulher a reatar. Ela diz que não o quer mais, mas ele insiste em saber o motivo do fim do namoro.
O documento apresenta o roteiro de um espetáculo teatral que mostra as diferentes etapas da vida de uma mulher chamada Clarinha, desde a infância até a velhice, quando ela é esquecida em um asilo. A peça utiliza cores para representar cada fase da vida de Clarinha e mostra momentos como seu aniversário de 5 anos, primeira comunhão, amor na adolescência, formatura, casamento, nascimento do filho e morte do marido.
O documento apresenta um esboço de roteiro para uma peça de teatro de Natal intitulada "Natal dos Excluídos". A história se passa em um lixão e apresenta personagens marginalizados da sociedade que trabalham em um telejornal alternativo transmitido do local. O roteiro inclui cenas do telejornal, entrevistas com os personagens e detalhes sobre a reforma de um auditório local.
O documento apresenta pequenos trechos de diferentes obras literárias e peças teatrais, unidos em uma colagem de textos. As cenas abordam temas como solidão, dúvidas existenciais, frustrações amorosas e problemas familiares relacionados ao uso de drogas.
O documento apresenta um resumo do drama "Cidade dos Urubus" de Julio Carrara. A peça retrata a vida de personagens marginalizados que vivem em um ferro velho na cidade. Kill comemora seu aniversário de 18 anos sozinho até conhecer Malu, que está grávida e abandonada. Os dois desenvolvem uma conexão enquanto lidam com suas próprias lutas e o submundo ao redor.
O documento descreve um roteiro para uma peça teatral sobre crianças brincando de cantigas, adivinhações e lendas populares em uma roda. O roteiro inclui 19 cenas com diversas brincadeiras tradicionais como "Se essa rua fosse minha", "Ciranda, cirandinha" e "Balança caixão".
1) O documento descreve a experiência de um homem que passou por uma crise existencial e perdeu o sentido da vida. Ele se sentia infeliz e sem objetivo.
2) Uma noite, em um bar com amigos, ele teve uma visão que lhe mostrou que todos estavam sofrendo em silêncio atrás de máscaras, fingindo ser felizes.
3) Isso o levou a encontrar Victoria Ignis e entrar para uma "Escola" que lhe ensinou que o mundo é uma projeção da mente e que a libertação vem de
O livro relata o sonho perturbador que um garoto teve durante sua infância, no qual via uma bola de fogo cair na Terra e pessoas em chamas pedindo por ajuda. O sonho durou um ano e o deixou com medo de dormir. Ele tenta entender o significado desse sonho misterioso, que o deixava confuso e sem rumo. Conta também sobre os caminhos escuros pelos quais andou em busca de sentido para si mesmo.
1) Um homem chamado Alfredo Cortes é encontrado morto em sua casa com uma facada no coração. Suas últimas palavras foram "A... Pri... Gio...", apontando para o filho adotivo Aprígio como o assassino.
2) Uma lavadeira chamada Madalena é acusada do crime sob tortura de Aprígio. Ela confessa sob coação, mesmo morrendo pouco depois.
3) Anos depois, em conversa com o espírito de Madalena, o narrador descobre que na verdade Aprígio era o filho biológ
O documento apresenta o início da história de Anne Clair Gardner, uma jovem de 16 anos que vive com seus pais missionários em uma pequena cidade no Canadá. Ela acorda de um pesadelo e se sente deprimida, questionando o sentido da vida. Mais tarde, reflete sobre sua infância doente e complicada.
[1] A narraradora encontra-se em um poço de desespero e solidão, tendo apenas lembranças de sua família para confortá-la.
[2] Ela descreve sua vida na pequena cidade de Blackville no Canadá, onde mora com seus pais missionários. Apesar de inteligente, ela tem problemas de comportamento na escola.
[3] Franco Marfan, o rapaz mais bonito da cidade, é descrito como a encarnação da perfeição, contrastando com os sentimentos imperfeitos que a narradora experimenta
1) O Coronel Cortes foi assassinado por Aprígio, que culpou Madalena pelo crime.
2) Madalena confessou sob coação de Aprígio, que era seu filho.
3) Anos depois, Madalena revela a verdade ao autor: Aprígio havia matado o Coronel e ela assumiu a culpa para proteger seu filho.
1) O documento descreve a história de um homem cego que matou sua esposa e filha após perceber mudanças em sua voz e comportamento nos últimos anos.
2) Ele alegou em sua defesa que percebeu essas mudanças por meio de sua audição apurada, embora isso fosse difícil de provar.
3) Um dia, ao ouvir passos estranhos no quarto, ele esfaqueou sua esposa, achando que era um intruso, mas acabou matando também sua filha.
Suicídio - Dor dos dois lados da vida - 4a. ediçãoRicardo Azevedo
Quanto menor a informação, maior o preconceito!
800 mil suicídios a cada ano. O número é maior que o de todos homicídios no mundo. Segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Este documento discute como a "sombra humana" se desenvolve à medida que crescemos. Originalmente, somos capazes de experimentar toda a gama de emoções, mas à medida que amadurecemos, fechamos partes de nós mesmos por medo do julgamento dos outros. Com o tempo, esses aspectos reprimidos alimentam pensamentos e comportamentos negativos inconscientes. O autor argumenta que precisamos reconhecer e integrar esses aspectos para nos tornarmos pessoas completas e felizes.
O documento discute o suicídio segundo o Espiritismo. Aponta que o homem não tem o direito de tirar a própria vida, que é um ato condenável, mas que Deus pode atenuar as consequências. O suicídio por desgosto da vida é considerado uma insensatez e pode ser fruto da ociosidade e falta de fé. O materialista que se suicida se surpreende ao constatar que continua a viver em situação pior do que aquela que o levou ao ato.
Maria Quitéria chega doente e desfigurada à casa do Dr. Lauro de Melo. Desesperada para sustentar seu filho Licurgo, ela o entrega aos cuidados do casal. Anos depois, Licurgo trata Maria com crueldade, humilhando-a até expulsá-la. No leito de morte, Maria perdoa Licurgo ao descobrir que ele foi o responsável por desfigurar seu rosto quando criança.
1) O documento descreve um caso de obsessão onde um espírito desencarnado tortura psicologicamente uma mulher através de possessão.
2) O espírito obsessor é um antigo fazendeiro que explorava escravos e se apresenta de forma violenta e desequilibrada.
3) A mulher sofre crises durante a possessão onde retrata os desequilíbrios do espírito, mas não se lembra depois do que aconteceu.
O documento resume:
1) Uma mãe pede ao anjo por bênçãos divinas para seus dois filhos, um dos quais está gravemente doente.
2) O anjo pergunta qual dos filhos melhor compreende o valor do trabalho e da ação própria.
3) A mãe descreve que o filho doente valoriza a virtude do trabalho e edifica os outros, enquanto o outro filho se isola no mundo social e não dá atenção aos sentimentos da família.
4) No final, a mãe pede novamente a bênção
Este documento fornece um roteiro para uma palestra de 60 minutos sobre o capítulo 1 da Parte Quarta do Livro dos Espíritos sobre as penas e gozos terrestres. O roteiro inclui perguntas sobre tópicos como felicidade, perdas, decepções, temor da morte e suicídio para facilitar a explicação e compreensão do conteúdo. O palestrante deve se preparar para abordar cada questão de forma a transmitir a essência do capítulo em um tempo menor se necessário.
O conto narra a história de Maria Quitéria, uma mulher desfigurada após ser atingida por ácido, que entrega seu filho Licurgo aos cuidados de outra família. Anos depois, Licurgo trata Maria Quitéria com crueldade sem saber que ela é sua mãe. No final, a verdade é revelada e Licurgo pede perdão à mãe antes de ela falecer.
O documento é um texto de drama intitulado "Castelos de Areia". Conta a história de um casal que terminou o relacionamento, mas o homem ainda não conseguiu superar o término e tenta convencer a mulher a reatar. Ela diz que não o quer mais, mas ele insiste em saber o motivo do fim do namoro.
O documento apresenta o roteiro de um espetáculo teatral que mostra as diferentes etapas da vida de uma mulher chamada Clarinha, desde a infância até a velhice, quando ela é esquecida em um asilo. A peça utiliza cores para representar cada fase da vida de Clarinha e mostra momentos como seu aniversário de 5 anos, primeira comunhão, amor na adolescência, formatura, casamento, nascimento do filho e morte do marido.
O documento apresenta um esboço de roteiro para uma peça de teatro de Natal intitulada "Natal dos Excluídos". A história se passa em um lixão e apresenta personagens marginalizados da sociedade que trabalham em um telejornal alternativo transmitido do local. O roteiro inclui cenas do telejornal, entrevistas com os personagens e detalhes sobre a reforma de um auditório local.
O documento apresenta pequenos trechos de diferentes obras literárias e peças teatrais, unidos em uma colagem de textos. As cenas abordam temas como solidão, dúvidas existenciais, frustrações amorosas e problemas familiares relacionados ao uso de drogas.
O documento apresenta um resumo do drama "Cidade dos Urubus" de Julio Carrara. A peça retrata a vida de personagens marginalizados que vivem em um ferro velho na cidade. Kill comemora seu aniversário de 18 anos sozinho até conhecer Malu, que está grávida e abandonada. Os dois desenvolvem uma conexão enquanto lidam com suas próprias lutas e o submundo ao redor.
O documento descreve um roteiro para uma peça teatral sobre crianças brincando de cantigas, adivinhações e lendas populares em uma roda. O roteiro inclui 19 cenas com diversas brincadeiras tradicionais como "Se essa rua fosse minha", "Ciranda, cirandinha" e "Balança caixão".
1) O documento descreve a experiência de um homem que passou por uma crise existencial e perdeu o sentido da vida. Ele se sentia infeliz e sem objetivo.
2) Uma noite, em um bar com amigos, ele teve uma visão que lhe mostrou que todos estavam sofrendo em silêncio atrás de máscaras, fingindo ser felizes.
3) Isso o levou a encontrar Victoria Ignis e entrar para uma "Escola" que lhe ensinou que o mundo é uma projeção da mente e que a libertação vem de
O livro relata o sonho perturbador que um garoto teve durante sua infância, no qual via uma bola de fogo cair na Terra e pessoas em chamas pedindo por ajuda. O sonho durou um ano e o deixou com medo de dormir. Ele tenta entender o significado desse sonho misterioso, que o deixava confuso e sem rumo. Conta também sobre os caminhos escuros pelos quais andou em busca de sentido para si mesmo.
1) Um homem chamado Alfredo Cortes é encontrado morto em sua casa com uma facada no coração. Suas últimas palavras foram "A... Pri... Gio...", apontando para o filho adotivo Aprígio como o assassino.
2) Uma lavadeira chamada Madalena é acusada do crime sob tortura de Aprígio. Ela confessa sob coação, mesmo morrendo pouco depois.
3) Anos depois, em conversa com o espírito de Madalena, o narrador descobre que na verdade Aprígio era o filho biológ
O documento apresenta o início da história de Anne Clair Gardner, uma jovem de 16 anos que vive com seus pais missionários em uma pequena cidade no Canadá. Ela acorda de um pesadelo e se sente deprimida, questionando o sentido da vida. Mais tarde, reflete sobre sua infância doente e complicada.
[1] A narraradora encontra-se em um poço de desespero e solidão, tendo apenas lembranças de sua família para confortá-la.
[2] Ela descreve sua vida na pequena cidade de Blackville no Canadá, onde mora com seus pais missionários. Apesar de inteligente, ela tem problemas de comportamento na escola.
[3] Franco Marfan, o rapaz mais bonito da cidade, é descrito como a encarnação da perfeição, contrastando com os sentimentos imperfeitos que a narradora experimenta
1) O Coronel Cortes foi assassinado por Aprígio, que culpou Madalena pelo crime.
2) Madalena confessou sob coação de Aprígio, que era seu filho.
3) Anos depois, Madalena revela a verdade ao autor: Aprígio havia matado o Coronel e ela assumiu a culpa para proteger seu filho.
1) O documento descreve a história de um homem cego que matou sua esposa e filha após perceber mudanças em sua voz e comportamento nos últimos anos.
2) Ele alegou em sua defesa que percebeu essas mudanças por meio de sua audição apurada, embora isso fosse difícil de provar.
3) Um dia, ao ouvir passos estranhos no quarto, ele esfaqueou sua esposa, achando que era um intruso, mas acabou matando também sua filha.
Suicídio - Dor dos dois lados da vida - 4a. ediçãoRicardo Azevedo
Quanto menor a informação, maior o preconceito!
800 mil suicídios a cada ano. O número é maior que o de todos homicídios no mundo. Segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Este documento discute como a "sombra humana" se desenvolve à medida que crescemos. Originalmente, somos capazes de experimentar toda a gama de emoções, mas à medida que amadurecemos, fechamos partes de nós mesmos por medo do julgamento dos outros. Com o tempo, esses aspectos reprimidos alimentam pensamentos e comportamentos negativos inconscientes. O autor argumenta que precisamos reconhecer e integrar esses aspectos para nos tornarmos pessoas completas e felizes.
Este documento contém vários poemas curtos de Alberto Caeiro que exploram temas como a beleza simples da natureza, a inocência das crianças, e a rejeição da filosofia e da vontade humana de alterar o mundo. Caeiro aprecia o mundo tal como ele é e vê a beleza nas coisas pela sua própria existência.
Porque eu nâo acredito em milagres e curas divinas?Divino Moab
O documento discute porque o autor não acredita mais em milagres e curas divinas. Ele descreve como se tornou ateu após ler um livro que explica que milagres na verdade são frutos das capacidades naturais da mente humana, e não intervenções divinas. O autor também critica a exploração de pessoas desesperadas por parte de charlatães que fingem milagres.
Pedro acorda em um estranho pesadelo onde não consegue controlar seu corpo. Uma voz misteriosa tenta ajudá-lo, fazendo perguntas sobre sua vida e felicidade. Pedro então descobre que morreu e está em seu próprio velório, abraçando seu pai que veio buscá-lo.
O documento discute a coragem de enfrentar a incerteza e o desconhecido da vida. Defende que a coragem não é falta de medo, mas sim seguir em frente apesar dos medos. Uma pessoa corajosa entra no desconhecido, enquanto uma covarde se deixa levar pelos medos. A vida é incerta por natureza, e a liberdade está em aceitar essa incerteza com compreensão e assombro, em vez de buscar falsas certezas.
O homem cai em um poço profundo e isolado enquanto caçava. Ele reflete sobre sua vida desmoronada e situações difíceis. Após quase desistir, ele lembra de histórias inspiradoras e decide usar os recursos disponíveis, como sua faca e espingarda, para tentar escalar as paredes e escapar.
O documento discute a arte da imagem, música e pensamento. Ele enfatiza a beleza nas obras de gênios e como elas contêm uma inspiração divina. O texto também incentiva as pessoas a focarem na "boa parte" que existe em todas as criaturas e situações, em vez de apenas o negativo.
O documento discute a arte da imagem, música e pensamento. Ele enfatiza a beleza nas obras de gênios e como elas contêm uma inspiração divina. O texto também incentiva as pessoas a enxergarem o lado positivo em todas as coisas e criaturas.
O documento discute a arte da imagem, música e pensamento. Ele enfatiza a beleza nas obras de gênios e como elas contêm uma inspiração divina. O texto também incentiva as pessoas a focarem na "boa parte" que existe em todas as criaturas e situações, em vez de apenas o negativo.
O documento apresenta as principais lições do filósofo Sêneca sobre como lidar com frustrações. Sêneca defende que a filosofia pode nos ajudar a distinguir o que podemos controlar daquilo que não podemos e nos preparar para aceitar com tranquilidade o que é imutável. A razão nos permite moldar a realidade de acordo com nossos desejos em algumas situações, mas também determinar quando eles estão em conflito irreconciliável com a realidade.
O documento apresenta os 26 mandamentos de Keith Richards para viver a vida. Os principais mandamentos incluem: conheça a si mesmo, aceite que sob a pele somos todos iguais, não tenha segredos, aceite os Rolling Stones como seu senhor metafórico e aceite seu "Mick" interior e exterior.
O documento é uma coleção de poemas que exploram temas como amor, perda, solidão, finitude e introspeção. Os poemas descrevem experiências como o término de um relacionamento, a passagem do tempo, a busca por significado e a condição humana.
O documento descreve os exercícios realizados por atores durante os ensaios para a peça teatral "Oh, Dúvida Cruel!". Os exercícios incluem relaxamento, alongamento, aquecimento vocal e jogos teatrais para ajudar na preparação dos atores e na criação dos personagens. A peça aborda a dúvida de três crianças sobre como os bebês nascem.
Esta peça de teatro absurda e cômica se passa na "Terra do Contrário", onde as coisas funcionam de forma inversa. A história segue Natália e Felipe, que se conheceram em uma danceteria e marcaram um encontro, porém Natália não apareceu. Ela tenta explicar o que aconteceu ao mesmo tempo em que lida com a menstruação da amiga Amanda. Enquanto isso, Felipe fica frustrado com o não comparecimento de Natália.
O documento descreve o roteiro de um espetáculo teatral chamado "Baile de Formatura". A história se passa em um luxuoso salão de baile e apresenta vários personagens, incluindo uma moça solitária chamada Moça, um rapaz popular chamado Rapaz e seu par Irmã da Moça. A trama gira em torno do triângulo amoroso entre esses personagens e suas interações durante a festa.
Os jovens ficam perdidos na Serra do Mar após sofrerem um acidente de carro. Eles tentam montar acampamento, mas se desentendem. Fred fica irritado com as brincadeiras sobre Ana Telma e sai correndo na mata. Marília defende Ana Telma das gozações.
O documento apresenta um resumo da peça teatral "O Beco", que descreve cenas da vida de jovens em situação de rua que vivem em um beco sujo. A peça mostra suas lutas diárias para sobreviver, incluindo violência, prostituição e uso de drogas. A peça também retrata a amizade e apoio entre os jovens no beco.
O documento é um texto de teatro intitulado "A Moléstia Azul" escrito em 1996 por Julio Carrara. A peça conta a história de Pedro, um homem desiludido com a vida, que conhece uma velha japonesa em um parque. Ela o leva a um misterioso Palácio Oriental onde ele conhece Yukio, um menino doente, e Kimitake, o Mestre do palácio.
O documento apresenta o início de uma peça teatral chamada "Sombras do Passado". A primeira cena descreve Viviane procurando abrigo da chuva no casarão de Lucas, onde acabam conversando e se conhecendo melhor. Na segunda cena, as amigas de Viviane visitam o casarão e revelam detalhes dolorosos do passado dela, tentando alertá-la sobre Lucas.
Este drama conta a história de Dora e seus três filhos, Guto, Paloma e Nando, que tem paralisia cerebral. A peça explora as dificuldades da família e as tensões entre os irmãos, especialmente o desprezo inicial de Guto por Nando. No entanto, Paloma ajuda Guto a ver que deve aceitar e cuidar de seu irmão.
O documento apresenta o monólogo de um personagem chamado "Anjo Maldito", um jovem de 17 anos que trabalha como prostituto. Ele narra fatos traumáticos de sua infância, como ter presenciado a mãe ser morta pelo pai alcoólatra, e como isso o levou a viver nas ruas e se prostituir. Ele também descreve um episódio de abuso sexual sofrido por um cliente.
Este documento apresenta uma lenda indígena sobre a Caverna dos Suspiros. A história introduz personagens como Vovô, Lucinha e Juninho, que buscam um tesouro enterrado na caverna. Eles encontram uma Velha das Cavernas que os protege de dois índios canibais. Vovô conta a origem da lenda, sobre um pirata que escondeu seu tesouro na caverna para escapar de navios de guerra.
O documento apresenta a peça teatral "Catedral" de Julio Carrara. A peça conta a história de Letícia, que decide sair de casa para morar com seu namorado Adriano depois de anos de conflitos com seu pai rigoroso. No entanto, quando chega ao apartamento de Adriano, ela encontra o irmão dele, Alex, que acabou de chegar para tentar a vida em São Paulo.
Este conto de comédia romântica se passa durante um feriado de verão na praia de São Vicente. Um grupo de amigos tem problemas com o carro quebrado no caminho e consegue carona em um caminhão de galinhas. Na praia, eles montam acampamento e conhecem uma garota bonita que pede ajuda para passar bronzeador, despertando a atenção dos rapazes.
O documento apresenta seis esquetes curtas com temas como um passageiro diabético em um avião, a conversa entre um vinho e um leite na geladeira, e um casal revelando em um motel que muitas de suas características são artificiais. Os esquetes usam humor para abordar situações do cotidiano e questões de saúde de forma irreverente.
Este drama homoerótico conta a história de dois amigos, Bruno e Cristiano, que acabam de se mudar para um pequeno apartamento juntos para estudarem na faculdade. Bruno tenta convencer Cristiano a ficar mais à vontade com a nudez entre eles, enquanto Cristiano parece hesitante e envergonhado.
O documento apresenta um espetáculo teatral satírico e irreverente protagonizado por "bufões". No prólogo, o Arauto apresenta os personagens e o espírito carnavalesco do espetáculo. Na primeira cena, os bufões fazem um banquete bacanal. Na segunda cena, o Falso Profeta prega um sermão hipócrita sobre oferendas. Na terceira cena, um bufão faz uma propaganda ridícula de perfume para peidos. Na quarta cena, os bufões discutem sobre amor e defecação.
O documento é uma adaptação da tragédia Hamlet de Shakespeare e Heiner Müller que se passa em uma Dinamarca pós-apocalíptica. A peça apresenta diálogos entre Hamlet, um robô chamado Hamlet-Máquina e o fantasma do pai de Hamlet, que ordena que Hamlet vingue seu assassinato. Também apresenta cenas com Ophelia Puta e discursos sobre a corrupção e degradação da sociedade.
Este documento apresenta uma peça teatral cômica sobre dois mendigos que enganam um padeiro e sua esposa para obter comida. Os mendigos ouvem o padeiro dizer para sua esposa entregar um pastelão apenas para quem cantar uma música específica. Um dos mendigos se disfarça e consegue enganar a esposa do padeiro, recebendo o pastelão. Posteriormente, o outro mendigo tenta o mesmo truque, mas é descoberto.
Este documento apresenta um resumo de cinco cenas de um drama libertino do século XVIII que retrata relações sexuais entre membros do clero e noviças em uma abadia na França. A peça explora temas como luxúria, hipocrisia e abuso sexual sob a aparência de exercícios espirituais.
O documento é um texto de teatro intitulado "Doce Ilusão" que descreve uma conversa entre dois amigos, Bill e Pardal, na véspera do ano novo. Eles discutem seus planos para a noite e lembranças do passado, tentando superar momentos difíceis.
2. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 1111
PERSONAGENS:
URIEL
DAVID VELHO
DAVID JOVEM
CENÁRIO: Uma casa de espelhos, dessas que se encontram em parques de
diversões. No interior desta casa de espelhos está o consultório de um
psiquiatra, estilizado, com um divã e uma cadeira ao lado dele.
3. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 2222
(Quando o público entra no espaço, deverá sentir-se preso num labirinto de uma casa
de espelhos. A direção deve criar um clima claustrofóbico através dos ruídos, da luz, de
um cheiro forte de éter, etc. Para os ruídos sonoros sugiro um som irritante de um
cardiógrafo e de uma respiração ofegante de um paciente em estado terminal. As três
personagens, David Jovem, David Velho e Uriel já estão em cena, imóveis, atrás dos
espelhos. Luz vai caindo em resistência enquanto o som do cardiógrafo aumenta até o
black-out. No escuro ouve-se uma música sinistra. O tempo do black-out deve ser
longo até a plateia sentir-se incomodada. Pequenas luzes de várias lanternas criam
uma coreografia psicodélica. Uma suave luz azul sobe em resistência. No proscênio,
sentado de costas em uma cadeira está David, que olha o seu reflexo no espelho.
Lentamente vira-se para frente, ao mesmo tempo em que um foco de luz sobe em
resistência sobre ele.)
DAVID VELHO
Meu nome é David. Na Faculdade de Medicina era mais conhecido
como Chilli, por causa da minha pele avermelhada, herança dos meus avós
irlandeses. Mas nem a Faculdade e nem meu apelido vem ao caso agora. Não
agora. (Pausa.) Há um bom tempo, eu exerci a função de psiquiatra - o
verdadeiro orgulho da família, diga-se de passagem. E, ao contrário daquilo
que algumas pessoas imaginam, não existe nada mais complexo do que o
cérebro humano. Vejo-o como um vasto labirinto escuro, uma grotesca casa de
espelhos; talvez aqueles espelhos de parques de diversões, que além de nos
confundir, nos deixam abobalhados quando imaginamos que estamos
chegando a algum lugar e percebemos que ainda mal nos deslocamos. Mesmo
assim, eu estava mergulhado naquilo que chamamos de processo. Estava em
processo de estudo e não me lembro de ter algum dia trabalhado tão a finco
em um paciente. Nem mesmo no caso do Homem-Machado, um indivíduo
que, sem motivo aparente, chacinara toda a família com um machado de cortar
lenha. E quando era interrogado, jurava que quem tinha feito o serviço era
uma criatura zumbi que vivia na floresta. Após alguns meses de tentativas
frustradas, de tentar descobrir alguma coisa, o homem havia se suicidado com
4. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 3333
o próprio lençol, dentro da sua cela na penitenciária de segurança máxima.
Caso interessante... Mas nem de longe, tão envolvente quanto o caso dela...
(Foco de luz refletindo a imagem de Uriel atrás de um dos espelhos.)
DAVID VELHO
Uma mulher que imaginava ser uma espécie de escolhida dos deuses.
Tentarei simplificar o possível, ao que chamo hoje de minha “viagem
alucinante”.
(David Velho gira em torno de si mesmo, como num ritual de butoh. Luz em
resistência baixa. Ouve-se no áudio uma música ritualística. Depois de um tempo
rodando, David Velho para, senta-se no divã e continua a confissão.)
DAVID VELHO
Ela não era só dona de todo o charme que alguém poderia imaginar,
não. Havia algo mais... Havia um mundo estranho oferecido atrás de seus
olhos estranhamente negros. Seu corpo voluptuoso era algo como que tirado
do Olimpo. Sua boca generosa raramente sorria; e quando sorria parecia um
convite. Adorava ver os seus cabelos espalhados em meu divã. Em uma das
nossas sessões fiz uma simples pergunta que mudaria todo o rumo da minha
vida. Perguntei-lhe o que mais lhe causava medo. E ela me respondeu que só
temia...
VOZ FEMININA EM OFF, ECOANDO
...o óbvio!!!
(Muda luz. David Velho entra num dos espelhos e observa a cena. David Jovem
sentado na cadeira e Uriel deitada no divã.)
DAVID JOVEM
O óbvio? Seja mais clara.
5. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 4444
URIEL
As pessoas acreditam somente no óbvio. Acreditam somente naquilo
que seus cérebros podem aceitar. Nada é óbvio. As pessoas mudam. As
circunstâncias mudam. E as pessoas são capazes de tudo, se movidas por amor
ou ódio.
DAVID JOVEM
Se você sabe tudo, a respeito de tudo, então o que faz aqui no meu
consultório?
(Black-out seco. Música. Luz sobe em resistência e desta vez é David jovem quem está
deitado no divã enquanto Uriel diz todo o texto girando em torno dele e sempre o
encarando.)
URIEL
(Com força.) Pago para provar que você não sabe nada. Você somente
conhece aquilo que lhe convém. Só aceita aquilo que é, dentro dos padrões,
algo denominado normal, correto. Você nunca sentiu vontade de se matar?
Nunca se afastou a tempo antes de matar alguém que você amasse? Nunca
ouviu os tambores soarem dentro de si como numa festividade de morte?
Nunca se sentiu pronto para cair sobre quatro patas e uivar alucinadamente
para em seguida correr mais velozmente que o próprio som? São coisas que
vocês têm medo de aceitar. Medo de ouvir o grito que deixam estancado
dentro da garganta. Medo de acreditar naquilo que não é óbvio. Então, quem
somos nós para punir um assassino? Ele terminou aquilo que temos medo de
terminar. Ouviu o que temos medo de ouvir: O GRITO. Você nunca se
envergonhou de si mesmo? Nunca se lamentou por algo que fez que não era
dentro dos padrões, algo denominado correto?
DAVID JOVEM
(Perturbado, quase gritando.) Quem é você?
6. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 5555
URIEL
(Casual.) Sou o seu desejo.
(Cessa música.)
DAVID JOVEM
Escute. Suponhamos, apenas suponhamos que você esteja certa. Diga-
me então o que devo fazer para me aceitar. Você tem razão. Eu não me aceito.
Não aceito em harmonia o bem e o mal que habitam dentro de mim. Não
aceito o profundo bem e sumo mal, como você mesma já disse antes. Tento
esquecer certas coisas que já fiz antes, mas não posso. Tampouco posso aceitar
o lobo que habita dentro das minhas entranhas. Gostaria de recomeçar, viver
em harmonia comigo mesmo, fazer tudo de modo diferente. Mas não tenho
equilíbrio. Um lado sempre grita mais alto que o outro.
(Música. Perturbação de David Jovem que grita desesperado. Uriel faz um jogo com ele
através dos espelhos que distorcem seus reflexos como num retrato expressionista,
tentando fazê-lo enxergar a si mesmo. A música chega ao ápice enquanto Uriel entra
num dos espelhos e desaparece. Luz cai em resistência sobre David Jovem, que cai
estatelado no divã. Foco sobe lentamente em resistência sobre David Velho que sai do
espelho.)
DAVID VELHO
Agora eu havia me transformado em paciente, mas nada mais
importava. Não importava realmente quem era quem naquele jogo do
inferno...
(Pausa. David Velho caminha entre os espelhos.)
DAVID VELHO
(Off – Gravação.) Sentia lágrimas escorrendo em minha boca. Um gosto
salgado, quente. Lembrei-me uma vez quando engoli a água do mar, numa
7. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 6666
tentativa adolescente de mostrar para o meu irmão mais velho, que se ele
podia ir até a balsa localizada a alguns metros da costa, eu também podia.
Tentativa fracassada...
DAVID VELHO
ELA me colocou em seu colo, me ofereceu o seu corpo quente, sorriu e
disse:
(Foco em Uriel atrás do espelho que segura David Jovem nos braços.)
URIEL
Não posso ajudá-lo, David. Não sou a vida. E somente ela poderá fazer
alguma coisa a você. Não cabe a mim intervir.
(Uriel sai.)
DAVID JOVEM
(Olhando para David Velho, que diz a mesma frase só com o movimento dos
lábios, sem som.) E ela se foi, deixando atrás de si aquele cheiro agridoce, junto
aos meus soluços.
(Apaga o foco de David Jovem.)
DAVID VELHO
No caminho de volta pra casa, parei em um bar e consumi muito mais
que poderia suportar, como se na garrafa houvesse a solução para o meu
problema; como se dentro da mesma garrafa existisse ao menos uma resposta
para as milhares de perguntas que eu precisava fazer...
(Foco em Uriel atrás do espelho, como a Vênus, de Botticelli.)
8. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 7777
DAVID VELHO
Eu a desejava, eu a amava - antiético, é claro. Mas eu realmente desejava
que toda a ética e ciência do mundo fossem de mãos dadas para o inferno... Ela
era minha deusa, uma deusa pagã. Era como se ela tivesse o poder de absolver
os meus pecados ou simplesmente, aceitá-los. Eu a desejava como um
condenado deseja a guilhotina e hoje posso compreender essa sensação.
(Apaga-se o foco de Uriel.)
DAVID VELHO
Nunca mais a veria. Nunca mais ouviria a sua voz rouca me dizendo
palavras certeiras e me revirando a alma ao avesso. Isso talvez fosse bom. Eu
poderia voltar a ser o mesmo covarde de sempre ruminando minhas idéias
limitadas e considerando-me um gênio da racionalidade.
(Pausa.)
DAVID VELHO
Uma mão gelada tocou meu ombro. Virei-me bruscamente. Minha voz
morreu na garganta.
DAVID VELHO
(Off – Gravação.) Ela estava na minha frente: o olhar passivo, os lábios
entreabertos... Tudo o que consegui dizer após segundos que pareceram durar
horas foi:
(David Velho diante de Uriel que finalmente sai do espelho.)
DAVID VELHO
Você voltou?
(Música melancólica.)
9. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 8888
URIEL
Voltei para lhe dizer que você deve aproveitar o tempo que lhe resta.
Voltei, porque você me deseja. Alguns me desejam, outros me temem. Alguns
me veem assim como você me vê: bela, desejável... Outros me veem como uma
velha amaldiçoada... Tenho vários nomes, desde a indesejável até a inevitável. A
vida lhe oferece chances. A vida é curta. Passageira. A morte, não. Você deve
viver a vida de forma mais suave, sem cobranças, sem perguntas, sem medos e
sem violações. Se você não parar imediatamente de se punir, sua estadia será
amarga. Não julgue. Não se machuque. Saiba que até mesmo o artista, o
pintor, o músico, o poeta, tem suas almas dilaceradas. Talvez para eles, a vida
até seja mais cheia de perguntas que a sua própria vida de Homem da Ciência.
Eles amam e esta é a condenação. Se as pessoas pararem de amar serão
condenadas da mesma forma, mas será infinitamente pior. Sem amor, não há
inspiração. Sem amor, não há vida. Quando todos pararem para aceitar o
inaceitável de forma mais suave e redescobrirem que tudo na vida é
passageiro, exceto o amor, talvez eu deixe de existir. Quando as pessoas
desarmarem seus arsenais eu me despedirei dos meus irmãos: a fome, a dor, a
ambição, o medo e a doença. Restarão apenas a vida e a luz...
(Pausa. Uriel acaricia os cabelos de David Velho.)
URIEL
Alguns imaginam que a morte acontece quando o corpo para e o cérebro
apaga, mas quantos mortos ainda caminham sobre a Terra? A morte nada
mais é que a falta de esperança, a falta de vontade de viver. Eis aí mais uma
das intermináveis faces encobertas da morte. A mudança deve começar dentro
de cada um. De você agora... Como disse antes, infelizmente não sou a vida.
Mas você ainda vive - portanto, mexa-se, tente, tente quantas vezes for
necessário tentar. Nunca desista de você. Aceite-se, ame-se, respeite-se da
forma que você foi feito. Aprimore o seu lado bom e respeite seu lado
denominado ruim. Lembre-se: é perigoso denominar o que é bom ou ruim,
pois o que é bom para você, pode ser ruim para o outro e vice-versa... No
10. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 9999
momento certo eu voltarei. E quando voltar espero não parecer tão desejável.
Apenas aceitável...
(Uriel entra num dos espelhos e desaparece. Fim da música melancólica.)
DAVID VELHO
Suas últimas palavras soaram muito distantes. Eu estava caindo
literalmente no sono. Era como se meu cérebro recusasse aceitar tudo aquilo
como realidade. As limitações do cérebro, claro.
(Alternar os focos em David Velho e David Jovem atrás do espelho.)
DAVID JOVEM
Acredito que ela desapareceu. Provavelmente por causa da existência de
algumas coisas que nosso cérebro simplesmente rejeita.
DAVID VELHO
Prefiro acreditar que foi um sonho; que eu a queria tanto, que acabei
sonhando com algo que se assemelhasse com a realidade.
DAVID JOVEM
Poderia ter sido imaginação minha... apenas um desejo...
DAVID VELHO
O que me choca até hoje, não é me sentir diferente...
DAVID JOVEM
Quando digo diferente, refiro-me a um desejo inabalável de fazer o
melhor por mim mesmo.
11. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara UrielUrielUrielUriel 10101010
DAVID VELHO
Voltei a tocar violino. Há anos ele estava esquecido dentro do armário.
Há anos, eu havia me esquecido do prazer que ele me oferecia.
(David Velho toca o violino.)
DAVID JOVEM
Nem tampouco me choquei, ao sentir a necessidade de adotar uma
criança, que hoje está entre as coisas que mais amo no mundo. Meu pequeno
Eddie...
DAVID VELHO
Na verdade o que me choca... é me olhar no espelho e ver meus cabelos
brancos. E sem conseguir esquecer àquela noite em que sonhei com Uriel.
(David Velho lentamente deita-se no divã e fecha os olhos. O som do cardiógrafo vai
cessando aos poucos até indicar a sua morte. Uma suave luz azulada, de corredor, sobe
em resistência revelando a entrada de Uriel. Ela aproxima-se de David Velho, estende
as mãos e pega na mão do psiquiatra. Ele abre os olhos e sorri ao vê-la. Fecha os olhos
novamente e esboça um sorriso. Uriel estende novamente as mãos e tira David Jovem
de trás do espelho trazendo-o para junto de si. O rapaz, enfeitiçado, sorri para ela. Em
seguida olha para o cadáver de David Velho, ou seja, para si mesmo. Volta-se para
Uriel e beija-lhe apaixonadamente. Ela fica acariciando o rosto do rapaz por um bom
tempo. Logo em seguida, ambos entram lentamente no espelho e desaparecem. Foco
sobre David Velho que jaz no divã. Depois de um tempo, foco desce em resistência até o
black-out final.)
FIM
Dezembro/2003