Este documento apresenta resumos de trabalhos científicos apresentados no IV Simpósio Sul de Imunologia e XII Encontro Gaúcho de Imunologia entre 25 e 27 de maio de 2011 em Bento Gonçalves, RS. Os resumos abordam diversos temas relacionados à imunologia como a ação de citocinas no hipocampo, a inibição da rejeição de enxertos, e o papel da IL-17 na viabilidade de células tumorais.
1. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
RESUMOS APRESENTADOS
IV SIMPÓSIO SUL DE IMUNOLOGIA E
XII ENCONTRO GAÚCHO DE
IMUNOLOGIA
DE 25 A 27 DE MAIO DE 2011
BENTO GONÇALVES - RS
1
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2. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
TITULO DO TRABALHO AUTOR PÁG
A HIPER-HOMOCISTEINEMIA CRÔNICA PROVOCA AUMENTO
NOS NÍVEIS DE CITOCINAS E PROSTAGLANDINA E2 NO Aline Andrea da Cunha 4
HIPOCAMPO DE RATOS
A INIBIÇÃO DA REJEIÇÃO AGUDA PELA Hsp70 Mycobacterium
tuberculosis É DEPENDENTE DA PRESENÇA DE TLR2 NO Thiago J. Borges 5
ENXERTO
AÇÃO DA IL-17 NA VIABILIDADE DE CÉLULAS DE GLIOMA
Marina Petersen
HUMANO E CROSS-TALK COM O RECEPTOR P2X7 6
Gehring
AND CROSS-TALK WITH P2X7 RECEPTOR
ANÁLISE COMPARATIVA DE SEQUÊNCIAS HOMÓLOGAS À
APOPTINA ENCONTRADAS NO RECÉM DESCOBERTO Fernanda Luz de Castro 7
GIROVÍRUS AVIÁRIO TIPO 2 (AGV2)
ANÁLISE DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DA PROTEÍNA S100B EM
DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL DE PACIENTES Lucas Rizzo 8
COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II, EUTÍMICAS
ANÁLISE DOS PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS DE MULHERES
COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II EM DIFERENTES Carine Prado 9
FASES DO CICLO MENSTRUAL
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FUNCIONAL DAS CÉLULAS
NATURAL KILLER EM PACIENTES COM DOENÇA DO
ENXERTO VERSUS HOSPEDEIRO AGUDA RESISTENTE A Alice Dahmer 10
CORTICOESTERÓIDES PÓS-TRANSPLANTE DE CÉLULAS
TRONCO MESENQUIMAIS
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE UMA QUIMERA
RECOMBINANTE DE LTB E DOMÍNIOS RECEPTORES DAS Gustavo Moreira
11
TOXINAS BOTULÍNICAS C E D NOS MEIOS M9 E LURIA-
BERTANI
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE SUÍNOS
INOCULADOS COM UMA QUIMERA DE ANTÍGENOS DE Wallace Moraes Pereira 12
Mycoplasma hyopnemoniae
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E
DA ATIVIDADE DA GLUTATIONA-REDUTASE NA PROLE
Lucas Kniess Debarba 13
ADULTA DE CAMUNDONGOS NASCIDOS DE FÊMEAS
INJETADAS COM LPS.
CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS PARA O TRATAMENTO
Vanessa Valim 14
DA DOENÇA DO ENXERTO CONTRA O HOSPEDEIRO
CITOMETRIA DE FLUXO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA
PARA A AVALIAÇÃO IN VITRO DE COMPOSTOS COM
Douglas Bardini Silveira 15
POTENCIAL ATIVIDADE IMUNOMODULATÓRIA SOBRE
LINFÓCITOS B
2
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3. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
CLONAGEM E EXPRESSÃO DE UM ANTÍGENO SALIVAR DO
Bruna Ferreira Leal 16
CARRAPATO Rhipicephalus (Boophilus) microplus.
CONSTRUÇÃO DE VACINAS DE SUBUNIDADES
RECOMBINANTES PARA O CONTROLE DA LINFADENITE Suelen costa Rodrigues 17
CASEOSA
EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIOS CUTÂNEOS DO
Gabriela Lucas da Silva 18
ANTAGONISTA SELETIVO DO RECEPTOR P2X7, A438079
EFEITOS DO ESTRESSE AGUDO EXPERIMENTAL SOBRE
PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS E NÍVEIS PLASMÁTICOS DE
Andrea Wieck 19
S100B EM PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E
II
ESTUDO CASO-CONTROLE DOS POLIMORFISMOS 2848G E -
1237T DO GENE TLR9 EM PACIENTES COM DOENÇAS Jaqueline Valverde 20
INFLAMATORIAS INTESTINAIS DO SUL DO BRASIL
ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE A EXPOSIÇÃO PRÉNATAL
DE CAMUNDONGOS AO LPS E SUBSEQUENTE ALTERAÇÕES
NO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E ATIVIDADE Lucas Kniess Debarba 21
DA GLUTATIONA-REDUTASE APÓS O DESAFIO COM LPS NA
FASE ADULTA.
GRPR: UM NOVO RECEPTOR QUIMIOTÁTICO PARA
Rafael Czepielewski 22
NEUTRÓFILOS?
PADRONIZAÇÃO DE UM ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PARA Fernanda Munhoz dos
23
LEPTOSPIROSE SUÍNA Anjos Leal
PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAIS DA PROTEÍNA
RECOMBINANTE Ncp43 DE NEOSPORA CANINUM PARA Gizele Lima de Sá 24
UTILIZAÇÃO EM IMUNODIAGNÓSTICO.
SOLUBILIZAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE UMA QUIMERA
Carlos Eduardo P.
RECOMBINANTE COMPOSTA PELA LTB E DOMÍNIOS 25
cunha
RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D
SOROPREVALÊNCIA DE LEPTOSPIROSE EM CÃES
Marina Amaral Xavier 26
ERRANTES
UTILIZAÇÃO DA IMUNOSEPARAÇÃO MAGNÉTICA NA João Paulo Mesquita
27
DETECÇÃO DE Leptospira sp. Luiz
UTILIZAÇÃO DO ENSAIO DE POLARIZAÇÃO DA
FLUORESCÊNCIA (FPA) PARA DETECÇÃO DE ANTICORPOS Thais Collares 28
ANTI-Brucella abortus EM SOROS DE CÃES ERRANTES
3
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4. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
A HIPER-HOMOCISTEINEMIA CRÔNICA PROVOCA AUMENTO NOS NÍVEIS DE
CITOCINAS E PROSTAGLANDINA E2 NO HIPOCAMPO DE RATOS
Aline Andrea da Cunha
Aline A. da Cunha1, Andréa G.K. Ferreira1, Maira J. da Cunha1, Felipe Schmitz1, Fernando
Spiller2, Fernando de Queiróz Cunha3 e Angela T.S. Wyse1
Laboratório de Doenças Metabólicas e Neuroproteção, Departamento de Bioquímica, UFRGS,
Porto Alegre1; Departamento de Farmacologia, Centro de Ciências Biológicas, UFSC,
Florianópolis2; Departamento de Farmacologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP,
São Paulo3.
Introdução: A homocistinúria, um erro inato do metabolismo, é caracterizada bioquimicamente
pela deficiência da enzima cistationina β-sintase e pelo acúmulo tecidual de homocisteína. No
presente estudo investigamos o efeito da hiper-homocisteinemia crônica sobre os níveis de
citocinas (TNF-α, IL-1β e IL-6), quimiocina (MCP-1), nitritos e prostaglandina E2 (PGE2) no
hipocampo de ratos. Como recentemente trabalhos demonstram o envolvimento do sistema
colinérgico na inflamação, também verificamos o efeito da homocisteína sobre a atividade da
acetilcolinesterase.
Material e Métodos: Ratos Wistar receberam, duas vezes ao dia, doses crescentes de
homocisteína subcutânea do 6º ao 28º dia (0,3–0,6 µmol/g de peso corporal, n=6) e salina
(controle, n=6). Os animais foram sacrificados por decapitação 1 ou 12 horas após a última
injeção. Os níveis de TNF-α, IL-1β, IL-6 e MCP-1 foram determinados através de imunoensaio
enzimático (ELISA) utilizando kits comerciais da Invitrogen®, os níveis de PGE2 foram
determinados por radioimunoensaio, e os níveis de nitritos e a atividade da acetilcolinesterase
foram realizados através de ensaio colorimétrico.
Resultados: A hiper-homocisteinemia crônica promoveu um aumento estatisticamente
significativo nos níveis das citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-6) e nos níveis da
quimiocina (MCP-1). Além disso, verificamos que a administração crônica de homocisteína
promoveu um aumento significativo nos níveis de nitritos, PGE2 e na atividade da
acetilcolinesterase no hipocampo dos animais sacrificados 1 hora após a última injeção. Nos
animais sacrificados 12 horas após a última administração de homocisteína, verificamos um
aumento estatisticamente significativo somente nos níveis de IL-1β, IL-6, nitritos e PGE2 no
hipocampo dos ratos.
Conclusão: De acordo com nossos resultados, a administração crônica de homocisteína
promoveu um aumento em diferentes parâmetros inflamatórios, sugerindo que a inflamação
pode estar associada, pelo menos em parte, com as disfunções cerebrovasculares, que estão
presentes em alguns pacientes homocistinúricos.
Apoio Financeiro: CNPq, FAPERGS.
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5. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
A INIBIÇÃO DA REJEIÇÃO AGUDA PELA Hsp70 Mycobacterium tuberculosis É
DEPENDENTE DA PRESENÇA DE TLR2 NO ENXERTO
Thiago Borges
1
Thiago J. Borges¹, Rachel Gaudenzi¹, Felipe D. Machado , e Cristina Bonorino¹
¹Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS,
Porto Alegre;
Introdução: As proteínas de choque de calor (HSPs) são um grupo de proteínas induzidas por
estresses celulares e possuem propriedades imuno-moduladoras. Recentemente,
demonstramos que a Hsp70 de Mycobacterium tuberculosis (TBHsp70) pode atuar como
imunossupressora, prolongando a aceitação do enxerto em dois modelos de aloenxerto murino
e que esse efeito é mediado pela produção de IL-10 e pela indução de células T reguladoras
(Tregs). Com esses achados, verificamos se a inibição da rejeição é dependente da presença
de TLR2 tanto no enxerto quanto no recipiente. Também investigamos a hipótese da TBHsp70
estar atuando modulando uma APC e tornando o microambiente propício para o surgimento de
Tregs e se esse efeito também é dependente de TLR2.
Material e métodos: Realizamos um modelo de aloenxerto cutâneo, no qual os enxertos
(provenientes de camundongos C57Bl/6 WT ou TLR 2 KO) foram tratados com 30 μg OVA ou
TBHsp70 e posteriormente foram transplantados em recipientes BALB/c. Também tratamos
enxertos provenientes de camundongos BALB/c WT com 30 μg OVA ou TBHsp70 e
posteriormente os transplantamos em recipientes C57Bl/6 WT ou TLR 2 KO. Todos os enxertos
foram acompanhados e fotografados diariamente. Foram feitas culturas de BMDCs WT e TLR2
KO as quais foram estimuladas por 48h com OVA, TBHsp70, DEXA ou PGN. Todos os
sobrenadantes das culturas foram analisados para a produção de IL-10, TNF-α, IFN-γ, IL-6, IL-
4, IL-17A com o kit CBA Mouse Th1/Th2/Th17 da BD.
Resultados: O tratamento com a TBHsp70 inibiu a rejeição dos enxertos C57Bl/6 WT quando
comparados com os enxertos C57Bl/6 TLR2 KO (p=0,0067) que sofreram o mesmo tratamento
e com os WT (p=0,01) e TLR2 KO (p=0,04) tratados com OVA. Quanto à presença do TLR2
nos recipientes, não houve diferença na inibição da rejeição entre os animais WT e TLR2 KO
que receberam enxertos tratados com TBHsp70. As BMDCs WT tratadas com TBHsp70
tiveram uma maior produção de IL-10 quando comparadas com as TLR2 KO e quando
comparadas com as tratadas com OVA.
Conclusão: Em nosso modelo a TBHsp70 possui propriedades imunossupressoras que são
dependentes da presença de TLR2 no enxerto e não no recipiente. Com isso, formulamos a
hipótese de que a TBHsp70 está modulando uma APC, provavelmente DCs, e essas células
estão tornando o microambiente, através da produção de IL-10, propício para o aumento da
população de Tregs.
Apoio: FINEP e CNPq.
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6. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
AÇÃO DA IL-17 NA VIABILIDADE DE CÉLULAS DE GLIOMA HUMANO E CROSS-TALK
COM O RECEPTOR P2X7
Marina Petersen Gehring
1 2 3 4
Marina Petersen Gehring, Ana Maria Oliveira Battastini, Maria Martha Campos, Fernanda
Bueno Morrone.
1
Laboratório de Farmacologia Aplicado a Cultura de Células, PUCRS; 2Bioquímica, UFRGS;
3
Instituto de Toxicologia e Faculdade de Odontologia, PUCRS; 4Faculdade de Farmácia,
PUCRS.
Introdução: Os gliomas estão entre os tumores mais letais. A interleucina-17 é caracterizada
como uma citocina que promove resposta inflamatória e evidências recentes sugerem que as
células T efetoras, Th17, estão envolvidas na imunologia do tumor e podem ser um alvo para a
terapia do câncer. No sistema nervoso central, a sinalização purinérgica exerce uma papel
único nas interações neurônio-glia e a expressão do receptor purinérgico P2X7 está
aumentada em condições patológicas, incluindo o câncer.
Objetivo: Avaliar a ação da IL-17 na viabilidade de células de glioma humano (U138-MG) e um
possível cross-talk entre a IL-17 e o receptor P2X7 nesta linhagem tumoral.
Metodologia: As células de glioma foram obtidas da ATCC (Rockville, Maryland, USA). As
células foram cultivadas em DMEM/15% SFB, sob condições ideais de cultivo. As células foram
semeadas em placas de 96 poços, em densidade de 5 x 103 células/poço. Após atingirem
semi-confluência as células foram tratadas com IL-17 (5, 10 e 20 ng/ml) e com o antagonista
seletivo do receptor P2X7 A740003 (10 μM). A viabilidade celular foi avaliada pelo ensaio de
MTT, após 24 h de tratamento. Os experimentos foram realizados três vezes em triplicata. Os
dados foram analisados por meio da análise de variância (ANOVA), seguida pelo teste de
Tukey-Kramer.
Resultados: A viabilidade da linhagem celular de glioma humano U138-MG foi
significativamente reduzida (53.7%, 66.3% e 55.5%), quando tratada com a IL-17, na
concentração de 5, 10 e 20 ng/ml, respectivamente. Quando as células foram tratadas com o
antagonista do receptor P2X7 A740003, em combinação com a IL-17 (10 ng/ml), o antagonista
do receptor P2X7 reverteu parcialmente a morte causada pela IL-17 em 45.8% (de 66.3% para
30.4%).
Conclusões: Nossos resultados mostraram, pela primeira vez, que o tratamento com a IL-17
induz a citotoxicidade da linhagem celular de glioma humano U138-MG e que o antagonista
seletivo do receptor P2X7 A740003 diminuiu a citotoxicidade causada pela IL-17, sugerindo um
possível cross-talk entre a IL-17 e este receptor purinérgico. Nossos dados indicam a possível
participação da IL-17 e do receptor P2X7 na regulação das células de glioma.
Suporte Financeiro: CAPES e PUCRS.
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7. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
ANÁLISE COMPARATIVA DE SEQUÊNCIAS HOMÓLOGAS À APOPTINA ENCONTRADAS
NO RECÉM DESCOBERTO GIROVÍRUS AVIÁRIO TIPO 2 (AGV2)
Fernanda luz de castro
1 1 1
Fernanda Luz de Castro ; Marcus Braga Knak ; Josiane Slongo ; Helton Fernandes dos
Santos1; Camila Mengue Scheffer1; Paulo Michel Roehe1,2; Thais FumacoTeixeira2; Ana
Cláudia Franco1
¹. Laboratório de Virologia, DM-ICBS / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
Porto Alegre, RS, Brasil;
². FEPAGRO Saúde Animal - Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Eldorado
do Sul, RS, Brasil
Introdução: Um novo vírus da família Circoviridae, denominado de Girovírus Aviário tipo 2
(AGV2), foi recentemente descoberto em galinhas e descrito por nosso grupo. Através da
análise da sequência de nucleotídeos do AGV2 foram identificadas três fases abertas de leitura
que codificam homólogos das proteínas VP1, VP2 e VP3 de um vírus relacionado, o vírus da
anemia infecciosa das galinhas (CAV). A proteína VP3 codificada pelo vírus CAV possui
capacidade de induzir apoptose em células do timo de galinhas infectadas. A atividade de
apoptose foi constatada in vitro em diversas linhagens celulares tumorais humanas, como
linhagens derivadas de linfoma mielóide agudo e linfoma B imunoblástico. No entanto, não foi
constatada a indução de apoptose em células não transformadas. A VP3 codificada pelo AGV2
possui 32,2% de identidade com a VP3 do CAV e apresenta domínios que parecem ter um
papel na sua atividade apoptótica.
Objetivo: Analisar sequências da VP3 de amostras de AGV2 e, dessa forma, verificar se há
conservação dos diferentes domínios entre elas e entre os domínios encontrados na VP3 do
CAV.
Material e Métodos: Amostras de DNA de galinhas provenientes da região sul do Brasil e da
Holanda foram extraídas e submetidas à PCR, amplificando produtos correspondentes à
seqüência parcial da VP3. Os produtos de PCR foram sequenciados, traduzidos na fase de
leitura referente à VP3 e, em seguida, alinhados e analisados. Foi feita também a comparação
dessas com a sequência da VP3 do CAV e com duas sequências completas da proteína do
AGV2, previamente determinadas.
Resultados: O domínio rico em leucina (LRS), bem como uma sequência de localização
nuclear (NLS) bipartida, presentes na VP3 do CAV foram identificados na VP3 codificada pelo
AGV2. Variações foram observadas nos domínios NLS de algumas sequências, mas apenas
em uma, aparentemente, houve a perda do domínio. Por outro lado, o sinal de exportação
nuclear encontrado na VP3 do CAV não foi identificado, dentro da sequência analisada, em
nenhuma das amostras estudadas.
Conclusão: As diferenças nas sequências analisadas sugerem que a VP3 do AGV2 pode
apresentar diferente atividade de apoptose em comparação com a VP3 do CAV. Além disso,
principalmente devido à inexistência do NES, a seletividade de ação em células humanas
tumorais pode ser alterada. Mais estudos são necessários para elucidar a atividade da VP3 do
AGV2, possibilitando uma melhor compreensão de sua habilidade apoptótica.
Apoio financeiro: CNPq/FAPERGS
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8. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
ANÁLISE DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DA PROTEÍNA S100B EM DIFERENTES FASES DO
CICLO MENSTRUAL DE PACIENTES COM TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II,
EUTÍMICAS
Lucas Rizzo
Lucas Rizzo1, Lucas Tortorelli3, Carine Prado1, Andréa wieck1, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo
Grassi-Oliveira2, Carlos Alberto Gonçalves3 e Moisés E. Bauer1
1
Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas (IPB),
Hospital São Lucas, PUCRS; 2Programa de Pós-Graduação em Psicologia, PUCRS, Porto
Alegre; 3Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre.
Introdução: Transtorno bipolar (TB) é uma doença crônica, severa e altamente incapacitante.
Faltam biomarcadores adequados que auxiliem no diagnóstico desta doença. A proteína
S100B é uma proteína ligante de cálcio produzida e secretada por células da glia, notadamente
astrócitos. Atua em vários processos celulares, como metabolismo energético, contração,
comunicação, sinalização e crescimento celular, sendo seus efeitos dependentes de sua
concentração extracelulares. Em concentrações nanomolares ela pode atuar como fator de
crescimento e diferenciação para neurônios e astrócitos, e em concentrações micromolares,
pode induzir apoptose. Há fortes indícios de que S100B possua papel importante na
patogênese de transtornos do humor como a depressão, esquizofrenia e TB tipo I e II. Sabe-se,
também, que as alterações hormonais que ocorrem nas diferentes fases do ciclo menstrual
podem levar a diversas alterações tanto em parâmetros imunológicos como neurológicos
(peptídeos neurais).
Objetivo: Analisar as variações plasmáticas da proteína S100B em pacientes com TB do tipo I
e tipo II, em diferentes fases do ciclo menstrual.
Material e Métodos: foram recrutadas 16 Mulheres que apresentavam diagnóstico de TB do
tipo I ou II (SCID-I), eutímicas, no Ambulatório de Psiquiatria do Hospital Presidente Vargas,
Porto Alegre. As pacientes foram divididas em dois grupos, de acordo com a fase do ciclo
menstrual em que se encontravam: menopausa (n=8; idades: 48 a 64 anos) e folicular (n=8;
idade: 23 a 51 anos). Foram coletadas 5ml de sangue periférico. O plasma foi separado por
centrifugação e congelado para posterior análise. A determinação da concentração plasmática
de S100B foi realizada por meio da técnica de ELISA sanduíche. A análise estatística foi
realizada com o auxílio do programa SPSS 17.0, utilizando teste não-paramétrico de Mann-
Whitney com um p<0,05.
Resultados: Não foram verificadas diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de
S100B entre os grupos (p=0,23).
Conclusão: Estes resultados preliminares sugerem que a proteína S100B não esteja
associada diretamente com o ciclo menstrual. Pretendemos recrutar indivíduos saudáveis e
avaliar os níveis de S100B com uma população maior de pacientes com TB.
Apoio: CNPq,CAPES.
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9. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
ANÁLISE DOS PARÂMETROS IMUNOLÓGICOS DE MULHERES COM TRANSTORNO
BIPOLAR TIPO I E II EM DIFERENTES FASES DO CICLO MENSTRUAL
Carine Prado
Carine Hartmann do Prado1, Andréa Wieck1, Lucas Rizzo1, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo Grassi-
Oliveira2 e Moisés Evandro Bauer1.
1
Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS,
Porto Alegre; 2 Programa de Pós-Graduação em Psicologia, PUCRS, Porto Alegre
Introdução: O transtorno bipolar (TB) é caracterizado por recorrentes episódios maníacos e
depressivos. Possui etiologia multifatorial, na qual fatores biológicos e psicossociais interagem
em diversos níveis. É acompanhado de múltiplos sinais de ativação e alterações do sistema
imune sugerindo que o mesmo, em interação direta com o sistema nervoso central, possua
papel importante na patofisiologia do transtorno. Sabe-se que as alterações hormonais
observadas nas diferentes fases do ciclo menstrual também podem levar a alterações em
parâmetros imunológicos, como a freqüência de subtipos linfocitários circulantes.
Objetivo: De forma a isolar o componente hormonal nas variações em parâmetros
imunológicos decidiu-se avaliar as frequências de subtipos linfocitários em mulheres com TB,
em diferentes fases do ciclo menstrual.
Materiais e métodos: Foram recrutadas 16 pacientes com TB tipo I e II, eutímicas, do
ambulatório psiquiátrico do Hospital Presidente Vargas,Porto Alegre. As pacientes foram
divididas em dois grupos, de acordo com a fase do ciclo menstrual em que se encontravam:
menopausa (n=8; idades: 48-64 anos) e folicular (n=8; idade: 23-51 anos). O diagnóstico de TB
foi confirmado pelo SCID-I. Sangue foi coletado e células mononucleares periféricas por
gradiente de densidade. Os seguintes subtipos linfocitários foram analisados por citometria de
fluxo (FACS Calibur,BD): CD3+CD4+ (Th), CD4+CD45RA+ (naive), CD8+CD45RA+ (naive),
CD4+CD45RO+ (memória), CD8+CD45RO+ (memória), CD3+CD8+ (Tc), CD3-CD19+ (B),
CD3-CD16+CD56+ (NK), CD3+CD4+CD25+, CD3+CD4+CD69+, CD8+CD28- e
CD4+CD25+FoxP3+. As diferenças entre as variáveis foram testadas pelo teste de Mann-
Whitney (p<0,05).
Resultados e conclusão: De um modo geral, as freqüências dos diferentes subtipos
linfocitários não diferem de forma significativa entre os grupos. Entretanto, a porcentagem das
populações de células B e de células T CD4+ virgens diferiu de forma significativa entre os
grupos (p<0,05 e p=0,01 respectivamente). O grupo em menopausa apresentou uma
porcentagem maior de células B e menor de células T virgens (0,11 e 0,15) do que o grupo
folicular (0,06 e 0,28). Estes resultados preliminares apontam algumas diferenças linfocitárias
associadas com o ciclo menstrual. Estudos posteriores com um tamanho amostral maior
deverão ser realizados.
Apoio: CNPq,CAPES.
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10. De 25 a 27 de maio de 2011
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Avaliação da Atividade Funcional das Células Natural Killer em Pacientes com Doença
do Enxerto versus Hospedeiro Aguda Resistente a Corticoesteróides Pós-Transplante de
Células Tronco Mesenquimais
Alice Dahmer
Autores: Alice Dahmer1; Fernanda S. de Oliveira1; Maria Aparecida Silva1; Vanessa Valim1;
Lauro Moraes Jr1; Annelise Pezzi1; Regina Carvalho1; Natália E. Lemos1; Letícia Baggio1;
Nathália Kersting1; Lucia Silla1
1
Centro de Tecnologia Celular – Laboratório de Cultura e Análise Molecular de Células
Humanas
Introdução: A terapia com Células Tronco Mesenquimais (CTM) cultivadas tem sido mais
sistematicamente utilizada no tratamento da Doença do Enxerto versus Hospedeiro aguda
(DECHa) resistente a corticoesteróides, pós-Transplante de Células Tronco Hematopoéticas
(TCTH) alogênico. Dados pré-clínicos, em modelo animal de DECHa, mostraram que a
atividade terapêutica destas células se deve a uma acentuada imunossupressão medida dias
ou semanas apos a infusão. Embora benéfica para o tratamento da DECH esta
imunossupressão poderia ser um fator de risco para a recidiva da doença maligna de base.
Dados sobre a recuperação imune pós-infusão de CTM em pacientes são escassos na
literatura e, de uma maneira geral medidos tardiamente.
Pacientes e métodos: Pacientes submetidos ao TCTH alogênico com DECHa resistente a
corticoesteróides do setor de Transplante de Medula Óssea do HCPA que receberam Células
Tronco Mesenquimais (CTM) cultivadas. A atividade das células NK foi avaliada imediatamente
antes e 14 horas após a infusão das CTM. Sangue total foi coletado e a através do gradiente
de Ficoll as células mononucleares foram separadas e realizado o ensaio de citotoxicidade
(ensaio NK) com 51Cr.
Resultados: Até o momento 4 pacientes foram avaliados, dos quais 3 apresentaram atividade
NK significativamente aumentada 14h pós-infusão.
Conclusão: Embora com um número ainda reduzido de pacientes, a observação de uma
atividade NK aumentada 14h apos a infusão de CTM cultivadas, não foi ainda descrita na
literatura e pode explicar o efeito protetor contra a recidiva da doença maligna de base,
observado em todos os ensaios clínicos publicados até hoje sobre a utilização de CTM para o
tratamento da DECHa.
Apoio: FIPE/HCPA, CAPES, CNPq, FAPERGS, FINEP, Hemoamigos
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11. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE UMA QUIMERA RECOMBINANTE DE LTB E DOMÍNIOS
RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D NOS MEIOS M9 E LURIA-BERTANI
Gustavo Moreira
Gustavo Marçal Schmidt Garcia Moreira¹, Carlos Eduardo Pouey da Cunha¹, Luciana Aquini
Fernandes Gil¹² e Fabricio Rochedo Conceição¹
¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de Desenvolvimento Tecnológico - Biotecnologia,
UFPel;²Programa de Pós-Graduação em Veterinária, Faculdade de Veterinária, UFPel, Pelotas.
Introdução: O botulismo é uma doença causada por neurotoxinas (BoNTs) produzidas pela
bactéria Clostridium botulinum. A produção de toxóides a partir das BoNTS é fastidiosa,
imprevisível e perigosa. Por isso, busca-se uma alternativa mais eficiente e segura para
produção de vacinas. Este trabalho visa à obtenção de uma quimera composta pela
subunidade B de enterotoxina termolábil de Escherichia coli (LTB), um potente adjuvante
de imunidade humoral, fusionada aos domínios receptores das BoNTs C e D na forma
solúvel.
Material e métodos: A quimera, previamente caracterizada, foi expressa por E. coli BL21
(DE3) Star. A cepa transformada foi cultivada em 20 mL de pré-inóculo por 16h a 37°C
e, em seguida, transferida para 200mL dos meios Luria-Bertani (LB) e M9. O cultivo foi
mantido a 37°C até DO600=0,6-0,8. Em seguida, foram induzidos com IPTG 0,5mM e
0,7mM, respectivamente, e incubados sob agitação a 28°C por 16h. Ambos foram
centrifugados, ressuspendidos em 25mL de PBS, tratados com lisozima (3µg/mL),
sonicados (5x30s; 60Hz) e centrifugados. Amostras do pellet e do sobrenadante foram
analisadas por SDS-PAGE e por Western Blot com anticorpo anti-toxina colérica (Sigma-
Aldrich). Na transferência, também foram utilizados os controles positivo (quimera purificada) e
negativo (extrato, sobrenadante e pellet de E. coli BL21 (DE3) Star). Resultados: O SDS-PAGE
mostrou que, em meio LB, a proteína foi produzida em grande quantidade, porém na forma
insolúvel (corpos de inclusão). Já no meio M9 não houve expressão significante. O Western
Blot apresentou reação tanto no pellet da expressão em LB quanto em M9, confirmando
a presença da proteína na forma insolúvel.
Conclusão: O meio LB é mais comum para a expressão de proteínas heterólogas, mas nem
sempre ele apresenta resultados satisfatórios. No processo de desenvolvimento de vacinas
recombinantes, buscam-se, preferencialmente, antígenos expressos na forma solúvel. A
quimera em questão se mostrou altamente expressa em LB, porém na forma insolúvel. A
alternativa de usar o meio de cultivo M9 não foi eficiente, uma vez que a proteína continuou
insolúvel e em menor quantidade. Contudo, deve-se, ainda, avaliar in vivo o potencial
protetor de ambas as quimeras.
Apoio: CNPq, CAPES e FAPERGS.
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12. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL DE SUÍNOS INOCULADOS COM UMA
QUIMERA DE ANTÍGENOS DE Mycoplasma hyopnemoniae
Wallace Moraes Pereira
1 1 1
Wallace Moraes Pereira , Sérgio Jorge , Charles Klazer Gomes¹, Silvana Beutinger Marchioro ,
1 1 1 2
Cledir Stark , Andressa Fisch , Odir Antonio Dellagostin , Fabricio Rochedo Conceição
1
Laboratório de Biologia Molecular, 2Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de
Desenvolvimento Tecnológico/Biotecnologia, UFPel, Pelotas, RS, Brasil.
Introdução: Mycoplasma hyopneumoniae é o agente etiológico da Pneumonia Enzoótica
Suína (PES). A patogenia da doença está associada à adesão da bactéria ao epitélio
mucociliar do trato respiratório, causando paralisia e pré-dispondo o desenvolvimento de
infecções secundárias. O controle estratégico da PES é realizado através de bacterinas, que
apresentam elevado custo e conferem apenas proteção parcial. Este trabalho teve como
objetivo avaliar a resposta imune humoral de suínos inoculados com uma quimera
recombinantes de três antígenos de M. hyopneumoniae (R1, P42 e NrdF) com a subunidade B
da enterotoxina termolábil de Escherichia coli (LTB).
Material e Métodos: A quimera LTB-R1-P42-NrdF foi expressa em E. coli BL21(DE3),
purificada por cromatografia de afinidade e caracterizada por SDS-PAGE e Western Blot. Cada
proteína componente da quimera também foi produzida individualmente para a avaliação da
resposta imune humoral mediante ELISA indireto. Foram utilizados oito leitões de uma granja
que possui histórico positivo para PES, onde quatro foram inoculados com duas doses de 200
µg da quimera recombinante, via intramuscular, administradas aos 60 dias de vida e outra 21
dias após, sendo os animais restantes utilizados como controle (não inoculados). As coletas
de sangue foram realizadas no dia 0, 21 e 42 a partir da primeira inoculação. O ELISA indireto
procedeu com soros 1:50, sensibilização das placas com 200 ng/poço de proteína, conjugado
anti-IgG de suíno e OPD como substrato, sendo a absorbância aferida em DO492.
Resultados: A média de absorbância dos animais imunizados com a vacina recombinante foi
maior que a média do grupo controle. No dia 42, a proteína R1 apresentou absorbância de 0,82
nos inoculados e 0,8 no grupo controle. A Nrdf apresentou absorbância de 1,5 e o grupo
controle 1,2. A P42 atingiu uma absorbância de 3,0 nos inoculados e 0,8 no grupo controle. A
rLTB apresentou absorbância de 1,85, enquanto o grupo controle obteve 1,4.
Conclusões: A quimera LTB-R1-P42-NrdF foi imunogênica para suínos, fazendo dela uma
potencial vacina recombinante. Estudos posteriores com um maior número de animais em
condições experimentais devem ser realizados a fim de avaliá-la como um método mais efetivo
de controle da PES.
Apoio: MAPA, CNPq, CAPES e FAPERGS.
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13. De 25 a 27 de maio de 2011
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AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E DA ATIVIDADE DA
GLUTATIONA-REDUTASE NA PROLE ADULTA DE CAMUNDONGOS NASCIDOS DE
FÊMEAS INJETADAS COM LPS.
Lucas Kniess Debarba
Lucas Kniess Debarba¹, Sonia Gonçalves Carobrez², Péricles Arruda Mitozo¹ Renata Pinheiro
Gonzales¹, Camila Konell¹, Paula Barcellos¹, Alcir Luiz Dafré³, Odival Cezar Gasparotto¹.
¹Departamento de Ciências Fisiológicas, ²Departamento de Microbiologia, Imunologia e
Parasitologia, ³Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC.
Introdução: A administração de Lipolissacarídeo (LPS) em roedores no período gestacional
pode induzir retardo no crescimento intra-uterino, parto prematuro, distúrbios neurológicos e
morte fetal intra-uterina. Xu et al., 2006ª apontam o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) como
o principal mediador desses efeitos deletérios. Dados obtidos por Xiang-Yun Li et al., 2008
indicam que há um envolvimento das espécies reativas de oxigênio, cujas mães onde se
observa uma regulação positiva da enzima heme-oxigenase-1 no fígado fetal de animais, cujas
mães foram expostas ao LPS. Objetivo: Avaliar o comportamento do tipo-ansiedade e a
atividade da glutationa redutase (GR) no parênquima cerebral de camundongos suíços adultos,
nascidos de fêmeas prenhas injetadas com LPS. Métodos e Resultados: Os protocolos
experimentais foram aprovados pelo comitê de ética para uso de animais da UFSC (Processo
Nº 23080.029998/2009-23). Camundongos foram mantidos em ambientes climatizados, com
iluminação artificial, ciclo claro/escuro de 12:12 horas, ração e água ad libitum. Fêmeas, no 8º
dia de gestação, receberam uma única dose de LPS (10 mg/kg/ip). Como controle foram
utilizadas fêmeas gestantes não injetadas com LPS. No 45º dia de vida, os animais foram
testados no Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Finalizados os testes comportamentais, os
animais foram sacrificados para coleta do córtex e do hipocampo para análise da atividade da
glutationa redutase (GR). A exposição ao LPS na vida intra-uterina foi capaz de provocar uma
redução significativa (p < 0,001) na porcentagem de permanência de tempo no braço aberto
(%TBA) na prole, tanto de machos como fêmeas, quando comparada a proles do grupo
controle. A avaliação da porcentagem de exibição de acesso de risco (%AR) apresentou uma
redução significativa (p < 0,001) nas proles provindas de fêmeas injetadas com LPS, quando
comparadas ao grupo controle. Esse efeito sugere que o LPS exerce efeitos distintos nas
diferentes formas de expressão da ansiedade. Estas formas de expressar a ansiedade
possuem efeitos adaptativos diferentes e são construídas pelo processamento em vias neurais
distintas que precisam ser melhor avaliadas. Não foi observado prejuízo na atividade da GR,
tanto no hipocampo, quanto no córtex de ambos os gêneros.
Conclusões: A administração de LPS (10 mg/kg/ip) no na fase intermediária do período
gestacional foi capaz de modular o comportamento tipo-ansiedade na prole adulta de ambos
os gêneros.
Apoio: CAPES/PGN, CCB/UFSC.
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14. De 25 a 27 de maio de 2011
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CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA DO ENXERTO
CONTRA O HOSPEDEIRO
Vanessa de Souza Valim
Vanessa Valim1, Fernanda S. de Oliveira , Maria Aparecida Lima da Silva , Lauro Moraes
1 1
Júnior , Bruna Amorin , Annelise Pezzi , Alice Dahmer , Regina Carvalho , Letícia Baggio1,
1 1 1 1 1
Nathalia Kersting1, Natália E. Lemos1, Lúcia Silla1
1
Centro de Tecnologia Celular – Laboratório de Cultura e Análise Molecular de Células
Humanas
Introdução. A Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro aguda (DECHa) é uma uma
complicação comum do transplante de medula óssea alogênico, no qual células imunes
funcionais da medula óssea transplantada atacam células e tecidos do organismo
receptor.Estudos demonstrando as propriedades imunorregulatórias das células tronco
mesenquimais (CTM) têm permitido o seu uso em diversas patologias, fazendo uso de um
mecanismo parácrino, que estas possuem, inibindo efetores imunes, quando este está ativado
de forma descontrolada. Estudos clínicos têm demonstrado a eficiência imunorreguladora do
uso destas células na DECH aguda.
Material e Métodos: Células Tronco Mesenquimais foram expandidas em laboratório em
ambiente GMP like (GooD Manufactories Practicies) e rastreadas por um complexo controle de
qualidade, que incluiu testes para endotoxinas e micoplasmas. Até o momento 4
pacientes com DECHa resistente a corticosteróides foram infundidos, dentre os quais dois
receberam 2 infusões, um paciente recebeu uma infusão e outro recebeu 5 infusões. A
média e a mediana de células infundidas em cada infusão foi de 1,47 X 106 e 1,88 células/kg.
Em todos os pacientes foi observada redução do grau da DECH, contudo um paciente veio a
óbito devido ao prévio comprometimento sistêmico. Nenhum efeito colateral foi detectado
durante ou após a infusão das CTM.
Conclusão: A infusão de células tronco mesenquimais pode ser uma alternativa de tratamento
positivo para pacientes com DECHa resistente a costicosteróides. Este estudo visa, além de
avaliar o efeito terapêutico das CTM, observar a segurança e exeqüibilidade do todo (expansão
e infusão das células), e até o momento, nossos resultados são satisfatórios. Um número maior
de pacientes está sendo incluído neste estudo.
Apoio: CNPq, FINEP, CAPES, FIPE/HCPA, FAPERGS e HEMOAMIGOS
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15. De 25 a 27 de maio de 2011
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CITOMETRIA DE FLUXO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA PARA A AVALIAÇÃO IN
VITRO DE COMPOSTOS COM POTENCIAL ATIVIDADE IMUNOMODULATÓRIA SOBRE
LINFÓCITOS B
Douglas Bardini Silveira
Douglas Bardini Silveira¹, Aguinaldo Roberto Pinto¹, Carlos Roberto Zanetti¹
¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Departamento de Microbiologia, Imunologia e
Parasitologia, UFSC, Florianópolis.
Introdução. A citometria de fluxo (CF) destaca-se como um importante instrumento no estudo
de eventos celulares envolvidos na resposta imune, possibilitando, dentre outras aplicações,
investigações detalhadas do comportamento metabólico e funcional de subpopulações
linfocitárias em diferentes estados de imunocompetência. No presente trabalho, a CF foi
empregada para a análise de possíveis variações na expressão fenotípica de uma linhagem
linfoblastóide B frente a estímulos de imunomodulação, objetivando estabelecer parâmetros
experimentais para a avaliação e triagem in vitro de compostos com potencial atividade
imunomodulatória sobre linfócitos B.
Materiais e Métodos. Células da linhagem linfoblastóide B humana SKW 6.4 foram cultivadas
em placas de 96 micropoços na presença de 100ng·mL-1 de forbol-12-miristato-13-acetato
(PMA) ou 10ng·mL-1 de rapamicina (RAPA) – moduladores clássicos da resposta imune de
linfócitos B in vitro – durante 48h à 37°C e 5% de CO2. Após incubação, células SKW 6.4 foram
avaliadas por CF quanto à incidência de antígenos de superfície relacionados à ativação e/ou
supressão da atividade imune basal de linfócitos B (CD19, CD23, CD40, CD54, CD69, CD80 e
CD86). A estratégia de gates de quadrante foi utilizada para a determinação das porcentagens
de eventos positivos, duplo-positivos e negativos em relação aos marcadores imunofenotípicos
analisados. Os níveis de expressão de cada antígeno de superfície foram observados através
de histogramas de intensidade de fluorescência registrada.
Resultados. A porcentagem de células SKW 6.4 positivas para o marcador CD69 foi
notadamente maior em condições referenciais de imunoestimulação por PMA (82%)
comparado ao controle celular não tratado (28%); a atividade imunoestimulatória mediada por
PMA pôde ainda ser evidenciada pelo aumento da expressão celular de CD69 e CD54, em
acordo com dados relatados na literatura. Não foram constatadas mudanças significativas no
perfil imunofenotípico de grupos celulares após imunossupressão com RAPA.
Conclusões. Os resultados obtidos sugerem a utilização dos antígenos de superfície CD54 e
CD69 como marcadores de imunoestimulação no modelo in vitro empregado, viabilizando sua
análise por CF como alternativa metodológica para a avaliação e triagem de compostos com
potencial ação imunoestimulatória sobre linfócitos B. Experimentos complementares para a
identificação de possíveis marcadores antigênicos de imunossupressão encontram-se em
andamento.
Apoio: CNPq.
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16. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
CLONAGEM E EXPRESSÃO DE UM ANTÍGENO SALIVAR DO CARRAPATO
Rhipicephalus (Boophilus) microplus.
Bruna Ferreira Leal
Bruna Ferreira Leal¹, Adriana Seixas2 Itabajara da Silva Vaz Junior2, Carlos Alexandre Sanchez
Ferreira¹
¹Laboratório de Imunologia e Microbiologia– PUCRS; 2Laboratório de Imunologia Aplicada a
Sanidade Animal – UFRGS.
Introdução: O Rhipicephalus microplus (Acari: Ixodidae) é um ectoparasito importante na
criação de gado. O controle é baseado no uso de acaricidas, os quais apresentam alto custo e
causam sérios impactos no meio ambiente e contaminação no leite e carne, o que indica a
necessidade de novos métodos de controle, como o desenvolvimento de vacinas. A
paramiosina (PRM) é uma proteína com funções relacionadas à evasão do sistema imune de
hospedeiros, especialmente devido à ligação às imunoglobulinas e inibição do sistema
complemento, configurando-se em candidato para compor uma vacina.
Objetivo: Detectar o mRNA referente ao gene da PRM, além de clonar e expressar a
sequência de DNA codificante em vetor procarioto.
Materiais e métodos: Primers foram utilizados para a amplificação do DNA codificante para a
PRM completa adicionada de seis resíduos de histidina em sua porção C-terminal. A clonagem
foi realizada utilizando o Champion Pet Directional Topo Expression Kit (Invitrogen), e a
expressão foi feita em Escherichia coli. O RT-PCR foi realizado utilizando RNAs obtidos de
intestino, ovário, glândula salivar, corpo gorduroso de fêmeas adultas e de ovos de R.
microplus
Resultados: Após expressão e purificação parcial, obteve-se proteína com uma massa
molecular equivalente a esperada para a paramiosina, confirmando-se por western-blot a sua
identidade utilizando-se soro anti-paramiosina. A análise por RT-PCR mostrou que o gene
codificante para PRM está ativo em todos os tecidos testados.
Conclusões e perspectivas: A síntese de PRM em vários tecidos adultos corrobora a
possibilidade de atuar como imunomoduladora no hospedeiro. A proteína recombinante
purificada possibilitará analisar o seu reconhecimento por soros de bovinos infestados, além de
poder ser administrada em bovinos para avaliar reações de hipersensibilidade. Além disso,
será realizado o PCR em tempo real (qRT-PCR) a fim de quantificar os níveis de expressão do
gene nos diversos órgãos e tecidos. Resultados preliminares do qRT-PCR indicam a síntese do
mRNA da PRM também no ovo de 1º dia e ovário e glândula salivar de adultos.
Apoio: CNPq, INCT-Entomologia Molecular.
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17. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
CONSTRUÇÃO DE VACINAS DE SUBUNIDADES RECOMBINANTES PARA O CONTROLE
DA LINFADENITE CASEOSA
Suelen Costa Rodrigues
1 1 1
Suelen Costa Rodrigues , Drielly Cristina Braite , Gabriela Cristina de Paula , Filipe Santos
Pereira Dutra1, Vasco Azevedo2, Odir Dellagostin1 Simone Smionatto3 e Sibele Borsuk1
1
Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Biotecnologia, UFPel, 2 Departamento de Biologia
Geral, UFMG, 3 Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, UFGD.
Introdução: A Linfadenite Caseosa (LC) causada por Corynebacterium pseudotuberculosis, é
uma doença infecto-contagiosa que acomete caprinos e ovinos, ocasionado grandes perdas
econômicas devido à sua alta incidência, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. As
vacinas inativadas não apresentam resultados satisfatórios no controle para esta doença. As
vacinas recombinantes são uma alternativa para uma imunoproteção mais eficaz, de baixo custo
de produção, sem oferecer riscos e podendo ser produzidas em maior escala. Os genes
Cp1002_1802, Cp1002_0369 e Cp1002_1957, que codificam para uma provável proteína
secretada (CP1002_1802), provável lipase (CP1002_0369) e provável fosfatase (Cp1002_1957),
potencialmente antigênicas, as quais podem vir a ser utilizadas no desenvolvimento de vacinas
recombinantes. O objetivo deste trabalho foi à construção de vacinas de subunidade
recombinantes para o controle da LC.
Materiais e Métodos: Os genes 0369, 1802 e 1957 de C. pseudotuberculosis foram
amplificados por PCR e em seguida digeridos com as enzimas Bam HI e Hind III (1802 e 1957) e
com BamHI e Eco RI (0369) e ligados ao vetor pAE digerido com as mesmas enzimas.O
produto da ligação foi transformado em células de E. coli Top10.
Resultados: Os clones recombinantes foram caracterizados enzimaticamente e por
seqüenciamento de DNA.
Conclusão: Obtivemos os plasmideos recombinantes pAE/0369, pAE/1802 e pAE/1957 que
serão transformados em cepas de expressão de E. coli e as proteínas recombinantes utilizadas
para a imunização de camundongos a fim de avaliar o potencial imunogênico das mesmas.
Apoio: BNB.
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18. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
EFEITOS ANTIINFLAMATÓRIOS CUTÂNEOS DO ANTAGONISTA SELETIVO DO
RECEPTOR P2X7, A438079
Gabriela Lucas da Silva
Gabriela Lucas da Silva1,2, Nathália Denise de Moura Sperotto , Ana Maria de Oliveira
2,3
Batastini Maria Martha Campos , Rafael Fernandes Zanin , Fernanda Bueno Morrone2,3.
4, 5 1,2
1
Programa de pós-graduação em Biologia celular e Molecular PUCRS, Porto Alegre, RS.
2
Laboratório de Farmacologia Aplicada PUCRS, Porto Alegre, RS. 3Faculdade de Farmácia,
Porto Alegre, RS. 4ICBS, Departamento de Bioquímica, UFRGS, Porto Alegre, RS. 5Faculdade
de Odontologia/Instituto de Toxicologia PUCRS, Porto Alegre, RS.
Introdução: A maioria das doenças que acometem a pele possuem em sua etiologia
componentes inflamatórios e/ou imunológicos. Embora haja uma sucessão previsível dos
fenômenos envolvidos na resposta inflamatória cutânea, os mecanismos envolvidos na
patogênese destas doenças são poucos conhecidos. Várias são as vias e cascatas envolvidas;
assim, existe uma variedade de alvos que, quando antagonizados ou neutralizados, conduzem
a um efeito anti-inflamatório e/ou imunossupressor. O óleo de cróton é um agente irritante
muito utilizado em modelos experimentais de dermatite de contato. Estudos utilizando estes
modelos demonstram que a dermatite de contato possui um mecanismo patogênico mediado
por nucleotídeos.
Objetivo: investigar o envolvimento do receptor purinérgico P2X7 na resposta inflamatória
induzida pelo óleo de cróton.
Materiais e métodos: Camundongos swiss (n=5) receberam aplicação tópica de óleo de
cróton 1% na face interna da orelha direita. Os animais foram tratados com o antagonista do
receptor P2X7, A438079 i.p.(80 μmol/kg) ou com a ectonucleotidade, Apirase s.c. (0,2 U/ear),
30 minutos antes e 3 horas depois da aplicação do irritante. Dexametasona (0,5 mg/kg) foi
usada como controle positivo. Seis horas após a indução do edema, foram coletadas amostras
de sangue e um plug de 6 mm de tecido foi removido de ambas as orelhas. O edema foi
medido através da diferença de peso entre as orelhas. O acúmulo de neutrófilos no tecido foi
quantificado através da medida da atividade da mieloperoxidase (MPO). As amostras de
sangue coletadas foram utilizadas para dosagem de IL1β, através de kits ELISA.
Resultados: Os tratamentos inibiram significativamente o edema de orelha e os níveis séricos
de IL1β. Apirase provocou uma inibição do edema de 17.6% ± 4.5, enquanto o antagonista
A438079 reduziu o edema em 41,7% ± 5.3. O tratamento com A438079 reduziu
significativamente os níveis de MPO a valores comparáveis aos obtidos com o tratamento com
a droga controle positivo, dexametasona.
Conclusões: Muitos estudos tem demonstrado que o ATP atua como um importante mediador
das respostas inflamatórias da pele. O ATP, quando presente em altas concentrações no
espaço extracelular, ativa receptores P2X7 e as evidências indicando o papel patofisiológico
destes receptores vêm aumentando. Nossos resultados demonstram a atividade
antiinflamatória do antagonista seletivo do receptor P2X7, A438079, e sugerem o envolvimento
do mesmo na patogênese da dermatite de contato.
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19. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
EFEITOS DO ESTRESSE AGUDO EXPERIMENTAL SOBRE PARÂMETROS
IMUNOLÓGICOS E NÍVEIS PLASMÁTICOS DE S100B EM PACIENTES COM
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I E II
Andréa Wieck
Andréa Wieck1, Carine Prado1, Lucas Rizzo1, Lucas Tortorelli3, Ledo Daruy Filho2, Rodrigo
Grassi-Oliveira2, Carlos Alberto Gonçalves3,e Moisés E. Bauer1
1
Laboratório de Imunologia do Envelhecimento, Instituto de Pesquisas Biomédicas, Hospital
São Lucas, PUCRS, Porto Alegre; 2Faculdade de Psicologia, Programa de Pós-graduação em
Psicologia, PUCRS,Porto Alegre; 3Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, UFRGS, Porto
Alegre.
Introdução: O estresse é uma ameaça à homeostase do organismo, resultando em uma
cascata de processos biológicos adaptativos que visam retornar a homeostase. Evidências
sugerem uma associação entre alterações nos mecanismos de resposta ao estresse e o
desenvolvimento de transtornos de humor, assim como uma ligação entre o estresse crônico e
a diminuição global da resposta imune celular. O Transtorno Bipolar (TB) é caracterizado pela
variação do humor entre fases maníacas e depressivas. O conhecimento sobre as alterações
imunológicas no TB é limitado devido às alterações imunes diferenciais ao longo dos ciclos de
mania e depressão e à falta de biomarcadores que auxiliem no diagnóstico. A proteína S100B
é uma proteína ligante de cálcio produzida e secretada por células da glia. Atua em vários
processos celulares, sendo seus efeitos dependentes de sua concentração extracelular. Há
indícios de que S100B possua papel importante na patogênese de transtornos do humor.
Objetivos: Analisar populações linfocitárias e concentrações plasmáticas da proteína S100B
em mulheres com TB antes e após uma intervenção de estresse agudo (TSST).
Metodologia: Foram recrutadas 4 pacientes TB do tipo I e II, eutímicas, da Clínica São
José,Porto Alegre. As células mononucleares periféricas foram isoladas por gradiente de
densidade. Todos os dados foram aferidos nos momentos pré-TSST e pós-TSST. Os seguintes
subtipos linfocitários foram analisados por citometria de fluxo (FACS Calibur,BD): CD3+CD4+
(Th), CD4+CD45RA+ (naive), CD8+CD45RA+ (naive), CD4+CD45RO+ (memória),
CD8+CD45RO+ (memória), CD3+CD8+ (Tc), CD3-CD19+ (B), CD3-CD16+CD56+ (NK),
CD3+CD4+CD25+, CD3+CD4+CD69+, CD8+CD28- e CD4+CD25+FoxP3+. A determinação da
concentração plasmática de S100B foi realizada através da técnica de ELISA. As diferenças
entre as variáveis foram testadas pelo teste de Mann-Whitney (p<0,05).
Resultados e conclusão: De um modo geral, as freqüências dos diferentes subtipos
linfocitários não diferem de forma significativa pré e pós-TSST. Porém, observamos a redução
significativa (P<0,05) na porcentagem de células B pós-TSST (pré:0,11 e pós:0,048). Estes
resultados preliminares sugerem que o estresse pode estar relacionado a alterações
linfocitárias. Quanto às concentrações plasmáticas de S100B nos dois momentos, não
observamos diferenças significativas (p>0,05), indicando que o estresse não afeta diretamente
as concentrações desta proteína. Estudos posteriores com um tamanho amostral maior
deverão ser realizados.
Apoio: CNPq,CAPES.
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20. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
ESTUDO CASO-CONTROLE DOS POLIMORFISMOS 2848G E -1237T DO GENE TLR9 EM
PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATORIAS INTESTINAIS DO SUL DO BRASIL
Jacqueline María Valverde Villegas
Jacqueline M. Valverde Villegas1, Bruno Paiva dos Santos , Machado, MB , José A. Bogo
1 2
Chies1
1
Laboratório de Imunogenética, UFRGS, Departamento de Genética, Instituto de Biociências
2
Hospital São Lucas, PUCRS.
Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal (IBD) é classificada em Colitis Ulcerativa (CU) e
em Doença de Crohn (DC) dependendo da área mais afetada no intestino, mas ambas
apresentam uma série de sintomas de origem inflamatória e de etiologia multifatorial que
acometem principalmente o trato intestinal. Os Receptores Toll-like (TLRs) têm um papel
importante na regulação intestinal, principalmente na sinalização pró-inflamatória em resposta
a distintos ligantes de microrganismos e na estimulação de respostas inflamatórias agudas
e/ou crônicas. Alguns desses antígenos podem ser reconhecidos por TLRs e, mais
precisamente, o DNA pelo TLR9. Como no Brasil não se tem estudos a respeito de TLR9 e
IBD, o objetivo do nosso estudo é analisar a freqüência dos polimorfismos G2848A (rs352140)
e T-1237C (rs5743836), no gene TLR9, em pacientes eurodescendentes com IBD
provenientes de dois centros de saúde do Sul do Brasil e comparar com indivíduos
eurodescendentes saudáveis, doadores de sangue, representando o grupo controle.
Materiais e métodos: Foram analisados 250 indivíduos controles e 253 pacientes, dos quais
105 provenientes do Hospital São Lucas da Pontificia Universidade Católica de Rio Grande do
Sul (PUCRS) e 148 provenientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). As
genotipagens foram feitas por RFLP-PCR para o G2848A e BIPASA para o T-1237C.
Resultados: Para a análise das freqüências alélicas e genotípicas, se dividiu as populações
em 3 grupos: grupo 1, pacientes provenientes da PUCRS; grupo 2, pacientes provenientes do
HCPA; e o grupo 3, pacientes provenientes de ambos centros de saúde. Para o G2848A, o
nosso estudo encontrou associação do genótipo heterozigoto quando comparamos o grupo 1
e o grupo 3 aos controles (P = 0,000002 e P = 0,0013 respectivamente). Também,
encontraram-se as mesmas associações quando se subdividiu os pacientes em DC e CU no
grupo 1 (P=0,0002 e P=0,0013, respectivamente), embora no grupo 3 só encontrou-se
associação entre pacientes DC (P=0,00057). Por outro lado, o polimorfismo T-1237C não
apresentou qualquer associação nos grupos analisados. Também não houve associação
quando comparamos haplótipos e a sintomatologia clínica dos pacientes.
Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que o genótipo heterozigoto G/A do polimorfismo
G2848A é um fator de susceptibilidade na doença inflamatória intestinal na população
brasileira estudada.
Apoio financeiro: CNPq e FAPERGS.
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21. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE A EXPOSIÇÃO PRÉNATAL DE CAMUNDONGOS AO
LPS E SUBSEQUENTE ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO DO TIPO-ANSIEDADE E
ATIVIDADE DA GLUTATIONA-REDUTASE APÓS O DESAFIO COM LPS NA FASE
ADULTA.
Lucas Kniess Debarba
Lucas Kniess Debarba¹, Sonia Gonçalves Carobrez², Péricles Arruda Mitozo¹ Renata Pinheiro
Gonzales¹, Camila Konell¹, Paula Barcellos¹, Alcir Luiz Dafré³, Odival Cezar Gasparotto¹.
¹Departamento de Ciências Fisiológicas, ²Departamento de Microbiologia, Imunologia e
Parasitologia, ³Departamento de Bioquímica, CCB, UFSC.
Introdução: A infecção com LPS no período gestacional em roedores induz a liberação de
citocinas, sendo as citocinas TNF-α e IL-10 liberadas no encéfalo do feto exposto ao LPS intra-
uterino (Xu et al., 2007). Godbout et al. 2004 demonstraram um aumento do estresse oxidativo
encefálico do feto exposto ao LPS na vida intra-uterina.
Objetivo: Avaliar o comportamento do tipo-ansiedade e a atividade da glutationa redutase
(GR) no parênquima cerebral de camundongos suíços adultos, nascidos de fêmeas prenhas
injetadas com LPS e re-expostos ao LPS na vida adulta.
Métodos e Resultados: Os protocolos experimentais foram aprovados pelo comitê de ética
para uso de animais da UFSC (Processo Nº 23080.029998/2009-23). Os animais foram
mantidos em ambientes climatizados, com iluminação artificial, ciclo claro/escuro de 12:12
horas, ração e água ad libitum. No 8º dia de gestação, as fêmeas gestantes foram divididas em
dois grupos: (Grupo LPS) - receberam uma única dose de LPS (10 mg/kg/ip); (Grupo controle) -
não injetadas com LPS. No 45º dia, as proles foram subdivididas em quatro subgrupos: I- prole
do grupo LPS, injetada com LPS (5 mg / kg ip), II - prole do grupo LPS, injetada com PBS
(solução salina tamponada com fosfatos, pH=7,2), III - prole do grupo controle, injetada com
LPS (5 mg / kg ip) e IV - prole do grupo controle, injetada com PBS. Transcorrido quatro horas
da injeção, os animais foram testados no Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Finalizados os
testes comportamentais, os animais foram sacrificados para coleta do córtex e do hipocampo
para avaliação da atividade GR. Observou-se uma redução significativa (p < 0,001) da
porcentagem de tempo no braço aberto (%TBA) tanto em machos quanto em fêmeas (♂, ♀) do
subgrupo I quando comparados com o subgrupo III (♂, ♀). O mesmo índice de significância foi
observado na %TBA quando se comparou proles do subgrupo II (♂, ♀) com o subgrupo IV (♂,
♀). A atividade da GR no hipocampo foi significativamente menor (p < 0,001), em machos do
subgrupo I quando comparados com os do subgrupo III. Tal efeito não foi verificado nas
fêmeas.
Conclusões: O modelo de re-exposição ao LPS provoca um aumento na expressão da
ansiedade, também observado em outros modelos de estresse. O prejuízo da atividade
antioxidante no hipocampo de machos re-expostos ao LPS pode ser explicado por uma
redução dos níveis da testosterona. Este hormônio possui um efeito neuroprotetor e sofre
redução nas situações de estresse.
Apoio: CAPES/PGN, CCB/UFSC.
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22. De 25 a 27 de maio de 2011
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GRPR: UM NOVO RECEPTOR QUIMIOTÁTICO PARA NEUTRÓFILOS?
Rafael Czepielewski
Rafael S. Czepielewski1, Bárbara N. Porto , Rafael Roesler , Cristina Bonorino
1 2 1
¹Laboratório de Imunologia Celular e Molecular, Instituto de Pesquisas Biomédicas, PUCRS,
Porto Alegre, 2Laboratório de Pesquisas em Câncer, Centro de Pesquisa HCPA, UFRGS, Porto
Alegre
Introdução: O peptídeo liberador de gastrina (GRP) é um neuropeptídeo que atua através de
seu receptor preferencial GRPR, promovendo proliferação e diferenciação celular, assim como
outras funções sistêmicas. O GRP e seu receptor são expressos em diversas células e de
forma aberrante em células tumorais, atuando como um fator de crescimento tumoral. O GRPR
foi testado como possível alvo terapêutico específico para tumores e antagonistas seletivos do
GRPR, como o RC-3095, têm sido desenvolvidos como potenciais agentes antitumorais. RC-
3095 tem demonstrado promissores resultados em testes in intro, in vivo e clínicos de fase I na
redução de tumores. O GRP mostrou-se também envolvido em inflamações, onde foi
identificado sendo produzido por macrófagos ativados e o tratamento com RC-3095 em um
modelo murino de sepse apresentou diminuição na liberação de citocinas pró-inflamatórias,
elevando a sobrevida do animais. Como o principal componente da resposta inflamatória são
os neutrófilos – células que migraram em direção ao foco inflamatório em função de gradientes
de citocinas pró-inflamatórias e também estimuladas por alguns neuropeptídeos, como a
substância P – avaliamos o papel do GRP na indução de quimiotaxia de neutrófilos in vitro e in
vivo.
Materiais métodos: Camundongos C57/Bl6 receberam injeções intraperitoneias de GRP ou
GRP+RC-3095, e após 4 horas o lavado peritoneal foi realizado, assim como contagem
diferencial do número de neutrófilos. Utilizamos a injeção de lipossomos clodronato para
depletar os macrófagos peritoneias dos C57/Bl6. E neutrófilos isolados de sangue de
voluntários saudáveis foram colocados para migrar num sistema Transwell em concentrações
seriadas de GRP, seu antagonista (RC-3095) e inibidores de vias de sinalização.
Resultados: O GRP induziu recrutamento de neutrófilos in vivo 4 horas após sua adminstração
numa concentração de 0,6 µg por cavidade (p<0,001), e esse fenômeno antagonizado pelo
RC-3095 (p<0,001). A depleção de macrófagos também reduziu o influxo de neutrófilos
recrutados por GRP, assim como o anti-corpo monoclonal anti-TNF-α, Infliximab. In vitro
observamos uma indução direta na migração de neutrófilos pelo GRP, antagonistazada pelo
RC-3095 e sendo dependente das vias de sinalização PI3K e MAPKs (p38 e ERK).
Conclusão: O GRP foi observado como novo quimioatrator de neutrófilos in vitro e in vivo,
promovendo migração por via direta e indireta, dependente de macrófagos, e das vias das
PI3K e MAPK.
Apoio: CNPq
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23. De 25 a 27 de maio de 2011
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PADRONIZAÇÃO DE UM ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO PARA LEPTOSPIROSE SUÍNA
Fernanda Munhoz dos Anjos Leal
LEAL, Fernanda Munhoz dos Anjos1; MONTE, Leonardo Garcia ; JORGE, Sérgio ; HARTWIG,
1 2
Daiane2; VASCONCELLOS, Silvio Arruda3; DELLAGOSTIN, Odir2; HARTLEBEN, Cláudia
Pinho1
1
Laboratório de Imunodiagnóstico, 2 Laboratório de Biologia Molecular – Centro de
Desenvolvimento Tecnológico – Universidade Federal de Pelotas; 3 Universidade de São Paulo
Introdução: No Brasil, a leptospirose em suínos tem sido uma das principais causas de falhas
reprodutivas em vários estados, principalmente nas regiões sul e sudeste do país. A técnica
padrão para o diagnóstico de leptospirose, a soroaglutinação microscopia (MAT), possui baixa
sensibilidade, além de ser uma técnica laboriosa e dispendiosa. Devido aos problemas
enfrentados no diagnóstico laboratorial dessa doença, há um intenso esforço de pesquisa no
sentido de utilizar proteínas recombinantes para desenvolver testes mais sensíveis. Dessa
forma, as proteínas do grupo Lig têm sido identificadas como alvos potenciais para uso em
testes de diagnóstico e vacinas contra leptospirose. As proteínas LigA e LigB, que localizam-se
na membrana externa das leptospiras, pertencem à superfamília das imunoglobulinas e estão
presentes apenas nas espécies patogênicas e virulentas. Além disso, são fortemente
reconhecidas pelo soro de animais diagnosticados com a doença. Objetivo: O objetivo desse
trabalho foi padronizar um Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay (ELISA) utilizando a proteína
recombinante rLigAni para o diagnóstico de leptospirose suína.
Materiais e métodos: Uma microplaca de 96 cavidades (Polysorp, Nunc) foi sensibilizada com
diferentes concentrações de rLigAni em tampão carbonato-bicarbonato 0,05M pH 9,8 por 16h a
4° e bloqueada com PBS contendo 10% de leite em pó. Um pool de soros negativos no MAT foi
adicionado e incubado por 1h a 37°C. Após foi adicionado o conjugado anti-Ig suíno e
peroxidase (Sigma) e também incubado a 37°C por 1h. Após a lavagem, foi adicionada solução
substrato/cromógena contendo ortophenylendiamine (Sigma-Aldrich, USA) e peróxido de
hidrogênio (0,1%) em 0,2 M tampão citrato-fosfato pH 4,0 por 15 min. a temperatura ambiente.
A leitura foi realizada a 450 nm (VICTOR™ X5 Multilabel Plate Reader, PerkinElmer, USA).
Para determinar a sensibilidade e especificidade do teste 103 soros suínos já caracterizados
foram utilizados num título de 100.
Resultado e discussão: A concentração de proteína rLigAni foi determinada em 100 ng por
cavidade. O ELISA/rLigAni apresentou 82% de sensibilidade e 55,5% de especificidade em
comparação ao teste padrão, o MAT.
Conclusão: O ELISA/rLigAni pode ser uma alternativa como teste de triagem para o
diagnóstico de leptospirose suína. Porém, mais soros devem ser testados para melhorar a
sensibilidade e especificidade do teste.
Apoio Financeiro: CNPq e FAPERGS
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24. De 25 a 27 de maio de 2011
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Produção de anticorpos policlonais da proteína recombinante Ncp43 de Neospora
caninum para utilização em imunodiagnóstico.
Gizele Lima de Sá
Sá, Gizele Lima de1; Leal, Fernanda Munhoz dos Anjos ; Rizzi, Caroline ; Collares, Thaís
1 2
Farias1; Borsuk, Sibele2; Berne, Maria Elisabeth Aires3; Hartleben, Cláudia Pinho1
1
Laboratório de Imunodiagnóstico – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – UFPel – Pelotas
2
Laboratório de Biologia Molecular – Centro de Desenvolvimento Tecnológico – UFPel - Pelotas
Introdução: O protozoário Neospora caninum é um dos principais parasitos de bovinos e cães,
sendo uma das causas significativas de abortos na bovinocultura mundial. Anticorpos anti-
neospora produzidos no soro de animais podem ser utilizados como ferramentas em ensaios
imunológicos em pesquisa científica com finalidades diagnósticas. No entanto, testes de
diagnóstico para detecção de anticorpos específicos de N. caninum é dificultado pela reação
cruzada com outros coccídeos, já que se baseiam na detecção de antígenos de taquizoítos
intactos. Logo o uso de um único antígeno poderia melhorar a especificidade de métodos de
diagnóstico indireto. A proteína Ncp43 é um antígeno de superfície expresso tanto em
taquizoítos quanto em bradizoítos e que é reconhecida por anticorpos séricos de animais
infectados por N. caninum. Desta maneira, o objetivo do presente trabalho foi produzir
anticorpos policlonais contra a proteína rNc-p43 e avaliar sua reatividade com a proteína na
sua forma nativa e recombinante.
Material e Métodos: O gene codificante da Nc-p43 foi clonado no vetor pAE, expressa em
Escherichia coli (BL21 Star) e purificada até a homogeneidade. Posteriormente camundongos
BALB/c foram imunizados com rNc-p43. O soro obtido destes animais foi testado para
presença dos anticorpos policlonais em ensaios imunoenzimáticos (ELISA e Dot-blotting)
empregando a proteína recombinante.
Resultados: Os anticorpos produzidos contra a proteína recombinante Nc-p43 apresentaram
reação quando esta proteína foi utilizada para sensibilizar placas de poliestireno e membranas
de nitrocelulose.
Conclusão: Os anticorpos obtidos contra rNc-p43 foram capazes de reconhecer a proteína em
ensaios ELISA e Dot-blotting, podendo ser utilizados como ferramenta para detecção deste
antígeno em ensaios imunoenzimáticos.
Apoio: Capes
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25. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
SOLUBILIZAÇÃO E PURIFICAÇÃO DE UMA QUIMERA RECOMBINANTE COMPOSTA
PELA LTB E DOMÍNIOS RECEPTORES DAS TOXINAS BOTULÍNICAS C E D
Carlos Eduardo P. Cunha
Carlos Eduardo Pouey da Cunha¹, Gustavo Marçal Schmidt Garcia Moreira¹, Luciana Aquini
Fernandes Gil¹² e Fabricio Rochedo Conceição¹
¹Laboratório de Imunologia Aplicada, Centro de Desenvolvimento Tecnológico - Biotecnologia,
UFPel; ²Programa de Pós-Graduação em Veterinária, Faculdade de Veterinária, UFPel,Pelotas.
Introdução: O botulismo bovino é uma doença causada pelas neurotoxinas (BoNTs) C e D
produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, caracterizada por paralisia e morte,
ocasionado significativo prejuízo à bovinocultura. A produção de toxóides a partir das BoNTS é
fastidiosa, imprevisível e perigosa. Por isso, uma estratégia mais eficiente e segura para
obtenção de insumos biológicos para produção de vacinas é desejável. Este trabalho tem por
objetivo a produção, solubilização e purificação de uma quimera composta pela LTB,
um potente adjuvante da imunidade humoral, fusionada aos domínios receptores das BoNTs
C e D.
Material e métodos: A quimera foi expressa por Escherichia coli BL21 (DE3) Star em caldo
Luria-Bertani, sendo confirmada por Western Blot. As células foram centrifugadas,
ressuspendidas em 30 mL de PBS, tratadas com lisozima (3 µg/mL), sonicadas (5 ciclos de
30s; 60 Hz) e centrifugadas. O pellet foi ressuspendido em PBS com N-Lauroylsarcosine (NLS)
0,4% (w/v) sob agitação durante 48h a 4°C, sendo centrifugado logo em seguida. Após
a confirmação da presença da proteína no sobrenadante, por SDS-PAGE 10%, procedeu-se
o refolding através de diálise em 1L de PBS com NLS 0,2% (24h) seguida de adição gradual de
3L de PBS (48h). Western Blot com anticorpo anti-toxina colérica (anti-CT, Sigma-Aldrich) foi
realizado para análise do sobrenadante e do pellet, utilizando LTB recombinante (rLTB)
e extrato de E. coli BL21 (DE3) como controles.
Resultados: O Western Blot indicou que a expressão e os processos de purificação e
solubilização da quimera foram satisfatórios, permitindo observar que o anticorpo
comercial anti-CT reagiu com a quimera recombinante, tanto na porção solúvel, quanto no
pellet (insolúvel). No entanto, foi notada perda da proteína após o refolding, sugerida pela
menor intensidade de banda no SDS-PAGE.
Conclusão: Os resultados obtidos demonstram que a quimera apresenta parcial solubilidade
em PBS com NLS 0,4% e possui, mesmo que desnaturada, alguns epítopos que permitem o
reconhecimento pelo soro anti-CT. O pellet remanescente foi tratado com 8M de uréia sob
agitação durante 48h,porém, tal tratamento não solubilizou os corpos de inclusão. Outras
estratégias de solubilização e refolding estão sendo avaliadas. Futuros experimentos serão
realizados para avaliar o potencial protetor dessa quimera in vivo.
Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FAPERGS.
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26. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
SOROPREVALÊNCIA DE LEPTOSPIROSE EM CÃES ERRANTES
Marina Amaral Xavier
Marina Amaral Xavier1, Fernanda dos Anjos Munhoz Leal , João Paulo Mesquita Luiz , Wallace
1 1
1 1 1 2
Moraes Pereira , Sérgio Jorge , Leonardo Garcia Monte , Claudiomar Brod , Cecília Nunes
Moreira3, Cláudia Pinho Hartleben1
1
Laboratório de Imunodiagnóstico – Centro de Desenvolvimento Tecnológico/Biotecnologia –
UFPel; 2Centro de Controle de Zoonoses – Faculdades de Veterinária – UFPel; 3Faculdade de
Veterinária - UFG - Campus Jataí - Unidade Jatobá
Introdução: A leptospirose é uma zoonose de distribuição mundial, causada por bactérias
patogênicas do gênero Leptospira. Na espécie canina, a infecção pela variante sorológica
(sorovar) Canicola é um dos mais freqüentes nesta espécie, sendo o próprio cão considerado o
reservatório deste sorovar. Contudo, a infecção em cães pode ocorrer por diferentes sorovares,
dependendo do ambiente no qual é mantido, podendo estes animais inclusive ser indicadores
da contaminação ambiental por leptospiras. Um exemplo seria a detecção de anticorpos anti
sorovar icterohaemorrhagiae em soros de cães, que tem como principal reservatório os ratos.
Animais domésticos, assim como a maioria das espécies silvestres, podem tornar-se
portadores e contribuírem para a disseminação do microrganismo na natureza. A eliminação da
Leptospira pela urina dos portadores pode variar de poucas semanas a vários meses, entre os
animais domésticos, e por toda vida no caso dos roedores. A doença nos cães pode ocorrer na
forma subclínica ou clínica, com evolução aguda ou crônica. A leptospirose canina é um sério
problema sanitário devido ao potencial de contágio, pela proximidade estabelecida entre os
seres humanos e os cães. Por este motivo o objetivo deste trabalho foi de detectar anticorpos
anti-Leptospira em soros de cães errantes do município de Jataí, Goiás, para monitorar a
contaminação ambiental por este patógeno.
Material e métodos: foi utilizado o teste de aglutinação microscópica (MAT) segundo Faine et
al., (1999), com título de triagem de 100, 21 cepas de Leptospira, 20 patogênicas e 1 saprófita.
Os soros reagentes na triagem de 100 foram titulados, considerando-se como título final aquele
com presença de 50% de aglutinação do antígeno. Nos casos de coaglutinação, o sorovar que
apresentou maior título foi considerado como o prevalente.
Resultados: A soroprevalência foi de 42,72% (47/110). Dentre os soros reagentes,
independente de coaglutinações, as reações mais freqüentes foram contra os sorovares
Canicola (38,3%), Bratislava (38,3%), Copenhageni (36,2%) e Icteroaemorragiae (31,9%).
Estes resultados concordam com o status de reservatório desta espécie para o sorovar
Canicola e sugere que estes animais foram expostos a infecção por leptospiras eliminadas de
roedores sinantrópicos.
Conclusão: a soroprevalência de leptospirose na espécie canina deve ser identificada para
implantação de medidas de controle direcionadas ao ambiente e aos hospedeiros.
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27. De 25 a 27 de maio de 2011
Bento Gonçalves - RS
UTILIZAÇÃO DA IMUNOSEPARAÇÃO MAGNÉTICA NA DETECÇÃO DE Leptospira sp.
João Paulo Mesquita Luiz
João Paulo Mesquita Luiz, Leonardo Garcia Monte, Francine Alves Sinnott, Fabiana Seixas,
Odir Dellagostin, Fabricio Rochedo Conceição, Cláudia Pinho Hartleben
Laboratório de Imunodiagnóstico, UFPel, Pelotas, Centro de Desenvolvimento Tecnológico
Introdução: A leptospirose é uma doença zoonótica grave, cosmopolita, causada pela infecção
por bactérias patogênicas do genero Leptospira. A infecção de animais e humanos por
leptospiras apresenta variedade na apresentação clínica, ocorrendo de forma aguda ou
crônica, com quadro leve ou grave, podendo resultar na falência de múltiplos órgãos. O
diagnóstico precoce é importante para a instituição do tratamento adequado, sendo preferível a
identificação do agente a anticorpos contra ele gerados, os quais podem ser detectáveis
somente 10 dias após início dos sintomas. O sistema de separação imunomagnética (IMS)
tem sido freqüentemente utilizado no isolamento e na detecção de patógenos, sendo possível
eliminar contaminantes e inibidores, os quais interferem no cultivo e nas técnicas de
identificação moleculares. Por estes motivos, o objetivo deste trabalho foi utilizar um anticorpo
monoclonal (mab) específico contra leptospiras patogênicas na metodologia de IMS, com
intuito de capturar leptospiras em suspensão.
Materiais e métodos: Foram utilizadas partículas magnéticas (Bangs) cobertas com mab,
preparadas segundo protocolo estabelecido. Amostras de Leptospira patogênica L. interrogans
cepa L1 130 e Leptospira saprófita L. biflexa cepa patoc 1 foram diluídas da concentração
10 /mL a 100/mL. Para a IMS, partículas/Mab foram adicionadas as diferentes diluições,
8
incubadas por 15 min a 30ºC, em agitação suave, lavadas 2 vezes utilizando solução tampão
estéril, e suspendidas em 20µL de solução de extração de DNA. Para o procedimento de
lavagem e separação foi utilizado o separador magnético para microtubos (Invitrogen). Para a
detecção do microorganismo capturado foi utilizada reação de PCR, com par de primers que
amplificam uma região de 264 pb do gene codificador da proteína LipL32. A amplificação foi
avaliada através de eletroforese em gel de agarose.
Resultados: A sensibilização das partículas foi eficiente utilizando a concentração de 1,2 mg
de LipL32Mab, estimada através da medida de anticorpo não ligado às partículas, após cada
lavagem. Todas as diluições de amostra contendo leptospiras patogênicas foram amplificadas
através da PCR e não houve amplificação de amostras contendo Leptospiras saprófitas.
Conclusão: A associação das técnicas de IMS e PCR foi eficiente para detectar leptospiras de
amostras artificialmente contaminadas até a diluição contendo 100 bactérias/mL.
Apoio: CNPq Fapergs
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