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Humanização do ambiente físico hospitalar
Fonte: http://www.tecto.com.br/Agenda/2010/07/20/Arquitetura-de-Lele
Política Nacional de Humanização da atenção e da gestão do sus
Política Nacional de Humanização proposta pelo Gov. Federal >
humanizar os edifícios hospitalares através de ações sobre
diversas práticas de serviços de saúde, em diversos
níveis, envolvendo a todos.
Objetivo do Min. Da saúde > alcançar a qualificação da
atenção e da gestão em saúde no SUS, formando
parceria entre usuários e profissionais de saúde na busca da
qualidade dos serviços, um projeto de corresponsabilidade
Fonte: http://acordalondrina.blogspot.com.br/2011/07/sus-
peito.html
Por Ivan Pascal
O que é esperado do arquiteto?
“O arquiteto hospitalar, além de conhecer toda a complexidade do funcionamento de um
hospital, deve propor soluções que atendam as suas necessidades técnicas e de humanização, ou seja, o edifício
precisa ser flexível e expansível para atender todas as demandas das inovações tecnológicas e, sobretudo, ser
mais humano. Nesse contexto, o conforto ambiental tem primazia, devido a sua grande influência nos
processos de cura dos pacientes internados.
Para Mezomo (2001), não se trata de planejar ações para o hospital do futuro e, sim, construir sobre o que se tem. “
Vânia Paiva Martins
O que é esperado do ambiente físico?
Criação de espaços mais confortáveis que desenvolvam condições de convívio mais humanas para pacientes e
profissionais da saúde. O desconforto ambiental nos hospitais não pode ser um problema a mais nesses espaços
que muitas vezes atendem pacientes com risco de vida ou sofrimento profundo.
Alguns dos aspectos mais fundamentais para o conforto ambiental nos hospitais são a iluminação, a cor e o conforto
higrotérmico e acústico.
Iluminação
A iluminação artificial, indispensável na maioria dos ambientes hospitalares, influencia o equilíbrio fisiológico e
psicológico dos usuários. Há dois parâmetros a serem considerados: a quantidade e a qualidade da iluminação de
acordo com as exigências do conforto humano e da atividade hospitalar.
O clima tropical do Brasil proporciona condições para um maior aproveitamento da luz natural no interior das
edificações, o que traz benefícios para a saúde, pois dá a sensação psicológica do tempo, cronológico e
climático. A luz artificial, necessária à noite e nos dias nublados, deve ser vista sempre como uma complementação e não
como uma substituição da natural. Por isso, Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) também vêm sendo projetadas com luz
natural, em quartos com janelas que possibilitem o controle da iluminação solar.
Iluminação > exemplos
Durante uma cirurgia, o campo visual cirúrgico é
vermelho. O vermelho tem uma intensidade de onda
que estressa, além disso, tal campo se encontra sob
fonte de altíssima luminância. Os especialistas
aconselham que o piso ou outras superfícies tenham
cor verde, complementar, que provoca o
descanso visual.
Os ambientes no entorno da sala de cirurgia devem
possuir 50% da luminância do campo cirúrgico e
gradativamente reduzir para que o olho se adapte aos
poucos e não sofra com a luz tão intensa.
Fonte: http://www.hnsd.org.br/interno.php?cat=26
Cor
A sensação térmica provocada pela cor pode ser utilizada para melhorar a
sensação das condições higrotérmicas de um ambiente. Para um
ambiente seco, cores de conotação úmida – como as verdes – são
recomendadas, enquanto uma atmosfera úmida será menos desagradável com
cores ditas secas.
A percepção da cor pode causar uma série de sensações, que também variam de
acordo com cada cultura, possuindo diferentes simbologias.
Cor > espaço e relevo
A cor proporciona uma nova percepção dos objetos.
As cores de comprimento de onda pequeno – azuis e os verdes – aumentam o espaço, enquanto as cores de grande comprimento de onda
– vermelhos, amarelos e laranjas – estreitam e diminuem os volumes (?).
• A cor pode unificar ou dividir um ambiente.
• No caso de cores alternadas, ao provocar um ritmo variado, transmitem animação ao espaço.
• Cores fortes, com grande comprimento de onda, como vermelho, laranja e amarelo, aumentam o relevo de alguns obstáculos a
evitar. Enquanto o roxo, o azul e o verde esfumaçado, de curto comprimento de onda, parecem achatar os objetos.
• Os tetos brancos nos hospitais deveriam ser evitados, principalmente nos ambientes de circulação de macas, porque criam a
sensação de afastamento, de vazio, já que é a visão predominante do doente deitado.
Pessoas com problemas respiratórios sentem-se mais à vontade em quartos azuis, pois essa cor dá a sensação de maior
volume de ar.
Cor > espaço e relevo
Fonte: http://www.livingdesign.net.br/2010/08/lele-e-tema-de-exposicao-no-mcb.html
Conforto higrotérmico
“A sensação de conforto higrotérmico varia de região para região, pois depende da capacidade de adaptação
do indivíduo às condições climáticas onde esta inserido. Esse conforto está condicionado às seguintes
variáveis: temperatura, umidade relativa e velocidade do ar. Corbella (2003) cita algumas estratégias de
projeto, baseadas em princípios bioclimáticos:
• Controlar o acúmulo de calor;
• Procurar dissipar a energia térmica do interior do edifício;
• Retirar toda umidade em excesso, promovendo o movimento do ar;
• Privilegiar o uso da iluminação natural;
• Controlar as fontes de ruído”
Vânia Paiva Martins
Exemplos bem sucedidos de controle ambiental
Economia de energética, boas condições visuais, psicológicas, e uma agradável sensibilidade
espacial, caracterizam a eficaz incorporação da luz e da ventilação natural nas obras de Lelé.
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Fonte: http://arquiteturabioclimatica.com/_artigos/art%20b%20sheds.pdf e
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Humanização em ambientes hospitalares

  • 1. Humanização do ambiente físico hospitalar Fonte: http://www.tecto.com.br/Agenda/2010/07/20/Arquitetura-de-Lele
  • 2. Política Nacional de Humanização da atenção e da gestão do sus Política Nacional de Humanização proposta pelo Gov. Federal > humanizar os edifícios hospitalares através de ações sobre diversas práticas de serviços de saúde, em diversos níveis, envolvendo a todos. Objetivo do Min. Da saúde > alcançar a qualificação da atenção e da gestão em saúde no SUS, formando parceria entre usuários e profissionais de saúde na busca da qualidade dos serviços, um projeto de corresponsabilidade Fonte: http://acordalondrina.blogspot.com.br/2011/07/sus- peito.html Por Ivan Pascal
  • 3. O que é esperado do arquiteto? “O arquiteto hospitalar, além de conhecer toda a complexidade do funcionamento de um hospital, deve propor soluções que atendam as suas necessidades técnicas e de humanização, ou seja, o edifício precisa ser flexível e expansível para atender todas as demandas das inovações tecnológicas e, sobretudo, ser mais humano. Nesse contexto, o conforto ambiental tem primazia, devido a sua grande influência nos processos de cura dos pacientes internados. Para Mezomo (2001), não se trata de planejar ações para o hospital do futuro e, sim, construir sobre o que se tem. “ Vânia Paiva Martins
  • 4. O que é esperado do ambiente físico? Criação de espaços mais confortáveis que desenvolvam condições de convívio mais humanas para pacientes e profissionais da saúde. O desconforto ambiental nos hospitais não pode ser um problema a mais nesses espaços que muitas vezes atendem pacientes com risco de vida ou sofrimento profundo. Alguns dos aspectos mais fundamentais para o conforto ambiental nos hospitais são a iluminação, a cor e o conforto higrotérmico e acústico.
  • 5. Iluminação A iluminação artificial, indispensável na maioria dos ambientes hospitalares, influencia o equilíbrio fisiológico e psicológico dos usuários. Há dois parâmetros a serem considerados: a quantidade e a qualidade da iluminação de acordo com as exigências do conforto humano e da atividade hospitalar. O clima tropical do Brasil proporciona condições para um maior aproveitamento da luz natural no interior das edificações, o que traz benefícios para a saúde, pois dá a sensação psicológica do tempo, cronológico e climático. A luz artificial, necessária à noite e nos dias nublados, deve ser vista sempre como uma complementação e não como uma substituição da natural. Por isso, Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) também vêm sendo projetadas com luz natural, em quartos com janelas que possibilitem o controle da iluminação solar.
  • 6. Iluminação > exemplos Durante uma cirurgia, o campo visual cirúrgico é vermelho. O vermelho tem uma intensidade de onda que estressa, além disso, tal campo se encontra sob fonte de altíssima luminância. Os especialistas aconselham que o piso ou outras superfícies tenham cor verde, complementar, que provoca o descanso visual. Os ambientes no entorno da sala de cirurgia devem possuir 50% da luminância do campo cirúrgico e gradativamente reduzir para que o olho se adapte aos poucos e não sofra com a luz tão intensa. Fonte: http://www.hnsd.org.br/interno.php?cat=26
  • 7. Cor A sensação térmica provocada pela cor pode ser utilizada para melhorar a sensação das condições higrotérmicas de um ambiente. Para um ambiente seco, cores de conotação úmida – como as verdes – são recomendadas, enquanto uma atmosfera úmida será menos desagradável com cores ditas secas. A percepção da cor pode causar uma série de sensações, que também variam de acordo com cada cultura, possuindo diferentes simbologias.
  • 8. Cor > espaço e relevo A cor proporciona uma nova percepção dos objetos. As cores de comprimento de onda pequeno – azuis e os verdes – aumentam o espaço, enquanto as cores de grande comprimento de onda – vermelhos, amarelos e laranjas – estreitam e diminuem os volumes (?). • A cor pode unificar ou dividir um ambiente. • No caso de cores alternadas, ao provocar um ritmo variado, transmitem animação ao espaço. • Cores fortes, com grande comprimento de onda, como vermelho, laranja e amarelo, aumentam o relevo de alguns obstáculos a evitar. Enquanto o roxo, o azul e o verde esfumaçado, de curto comprimento de onda, parecem achatar os objetos. • Os tetos brancos nos hospitais deveriam ser evitados, principalmente nos ambientes de circulação de macas, porque criam a sensação de afastamento, de vazio, já que é a visão predominante do doente deitado. Pessoas com problemas respiratórios sentem-se mais à vontade em quartos azuis, pois essa cor dá a sensação de maior volume de ar.
  • 9. Cor > espaço e relevo Fonte: http://www.livingdesign.net.br/2010/08/lele-e-tema-de-exposicao-no-mcb.html
  • 10. Conforto higrotérmico “A sensação de conforto higrotérmico varia de região para região, pois depende da capacidade de adaptação do indivíduo às condições climáticas onde esta inserido. Esse conforto está condicionado às seguintes variáveis: temperatura, umidade relativa e velocidade do ar. Corbella (2003) cita algumas estratégias de projeto, baseadas em princípios bioclimáticos: • Controlar o acúmulo de calor; • Procurar dissipar a energia térmica do interior do edifício; • Retirar toda umidade em excesso, promovendo o movimento do ar; • Privilegiar o uso da iluminação natural; • Controlar as fontes de ruído” Vânia Paiva Martins
  • 11. Exemplos bem sucedidos de controle ambiental Economia de energética, boas condições visuais, psicológicas, e uma agradável sensibilidade espacial, caracterizam a eficaz incorporação da luz e da ventilação natural nas obras de Lelé. Fonte: http://www.vitruvius.com.brFonte: http://mariswegner.blogspot.com.br/
  • 12. Exemplos bem sucedidos de controle ambiental Análise por meio do Software ANSYS CFX Fonte: http://arquiteturabioclimatica.com/_artigos/art%20b%20sheds.pdf
  • 13. Exemplos bem sucedidos de controle ambiental Fonte: http://arquiteturabioclimatica.com/_artigos/art%20b%20sheds.pdf e http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.064/423
  • 14. Exemplos bem sucedidos de controle ambiental Fonte: http://anadreyer.blogspot.com.br/2009/04/lele-arquitetura- brasileira-e.html e http://goldaarquitetura.blogspot.com.br/2011/11/agenda-23-11- arq-futuro-masterclass.html
  • 15. Links e refs.: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizacao_ambiente_fisico.pdf http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Sa%FAde/artigos/iluminacao_em_hospitais_cuidados_fundamentais.pdf Ventilação e iluminação naturais na obra de João Filgueiras Lima, Lelé: estudo dos hospitais da rede Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro ANÁLISE COMPUTACIONAL DOS SHEDS DA REDE DE HOSPITAIS SARAH KUBITSCHEK UTILIZANDO O SOFTWARE ANSYS CFX