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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
LABORATÓRIO DE MENSURAÇÃO FLORESTAL
AVALIAÇÃO E MANEJO DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS
DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO
MADEIREIROS EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS:
ANIBA PARVIFLORA
COUEPIA EDULIS
SAMANTA LACERDA SIMÕES
MANAUS
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
LABORATÓRIO DE MENSURAÇÃO FLORESTAL
AVALIAÇÃO E MANEJO DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS
DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO
MADEIREIROS EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS:
ANIBA PARVIFLORA
COUEPIA EDULIS
SAMANTA LACERDA SIMÕES
Prof. Ulisses Silva da Cunha, Dr.
MANAUS
2016
Trabalho acadêmico desenvolvido para
obtenção de nota parcial relativa à
disciplina FGD934-Avaliação e manejo de
recursos florestais não madeireiros.
3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................4
2. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................... 4
3. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA MACACAPORANGA (Aniba parviflora (Meisn.)
Mez) ...................................................................................................................................... 5
3.1 Descrição botânica ..................................................................................................5
3.2 Distribuição e aspectos ecológicos.......................................................................... 7
3.3 Utilidades da macacaporanga ................................................................................. 7
3.4 Potencial econômico................................................................................................ 8
4. MUNICÍPIOS DE POTENCIAL ECONÔMICO................................................................ 8
4.1. Plantios de consorciamento de pau-rosa com a macacaporanga nos municípios de
Silves, Presidente Figueiredo e Jutaí – Am ........................................................................ 8
4.2. Projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais da região de várzea
em Silves-AM................................................................................................................... 11
5. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA CASTANHA - DE - CUTIA (Couepia edulis Prance)
19
5.1 Descrição botânica..................................................................................................... 19
5.2 Distribuição e aspectos ecológicos............................................................................. 21
5.3 Utilidades da castanha de cutia.................................................................................. 22
5.4 Produtividade ............................................................................................................. 24
5.5 Potencial econômico .................................................................................................. 24
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 32
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 33
4
1. INTRODUÇÃO
Os produtos da biodiversidade amazônica sempre foram caracterizados por
um alto grau de atividade extrativista predatória, estimuladas pelo alto valor de seus
produtos, tanto no mercado nacional quanto internacional
Outros produtos da biodiversidade vegetal, os chamados produtos florestais
não madeireiros, também se encontram entre os mais visados pelas ações
predatórias. E embora, exista uma alta gama de produtos extrativos destinados a
subsistência das famílias no interior do Amazonas. Não há geração de
comercialização, refletindo o baixo aproveitamento desses recursos.
Visando o alto potencial dos recursos florestal não madeireiro e a escassez
de dados de produção desses recursos, este trabalho teve como objetivo investigar
dados da produção, utilidades e ocorrência em diferentes tipologias de duas
espécies florestais (Aniba Parviflora e Couepia edulis) no estado do Amazonas.
2. MATERIAL E MÉTODOS
As técnicas de pesquisa foram bibliográfica e documental, utilizando recursos
como livros, artigos científicos e documentos.
As revisões do nome científico das espécies foram feitas, consultando o
software ‘árvore’, desenvolvido pelo Laboratório de Serviços Florestais (LPF), do
Serviço Florestal Brasileiro.
Os mapas gerados para vegetação foram elaborados a partir do banco de
dados do Projeto Radam (IBGE 2015) no software ArcGis na versão 10.2.2 e Qgis
na versão 2.14.3.
5
3. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA MACACAPORANGA (Aniba parviflora
(Meisn.) Mez)
3.1 Descrição botânica
Entre as plantas aromáticas da região amazônica, destaca-se a Aniba
parviflora (Meisn.) Mez, conhecida popularmente como macacaporanga, pertencente
a família das Lauraceae, no qual Se destaca entre as demais famílias botânicas pela
sua importância econômica. Algumas espécies têm sido utilizadas pelas indústrias
para fabricação de diversos produtos, porém na Amazônia, a maioria das espécies
tem seu uso restrito a comunidades tradicionais que detém o conhecimento empírico
de utilização destas plantas (Marques, 2001). Arvore pequena (figura 1 - A) com
madeira verde clara e forte aroma, principalmente da casca (Sampaio, 1993). “A
face superior das folhas se apresenta verde com manchas castanho-avermelhadas;
a inferior e castanho-amarelada, em certas partes rubiginosa. A nervura mediana e
canelada ou aplanada e os pecíolos apresentam fendas e lenticelas transversais.
Quanto ao fruto (Figura 1- B), e elipsóide amarelado, sobre cúpula crassa
subemisférica, verruculosa (as verrugas-lenticelas são muito desenvolvidas e
intumescidas), de margem dupla e pedunculo crasso” (Vattimo-Gil, 1983)
Figura 1. Aspecto geral da macacaporanga, fruto e inflorescência.
6
O óleo da A. parviflora pode ser obtido a partir de suas folhas e galhos,
apresentando em média 35% de linalol e se caracteriza por um aroma forte e
agradável. Esta espécie pertencente ao grupo benzoato, é usada em perfumaria,
porém sua ocorrência é muito rara, o que restringe sua exploração (Marques, 2001).
A espécie Aniba parviflora, que tem como sinonímia Aniba fragrans Ducke
(Kubitzki e Renner, 1982), é uma espécie aromática, nativa da Amazônia cujos
ramos e a madeira, quando secos e transformados em pó são utilizados como
sachês aromatizantes (Corrêa, 1974), e em “banhos de cheiro” (Rodrigues, 1989).
Morfologicamente, a espécie A. parviflora é semelhante ao pau-rosa (A.
rosaeodora) dificultando sua identificação e causando, consequentemente, confusão
entre as duas espécies (Ferraz, 2009). No entanto, apesar das semelhanças entre
as espécies, ambas apresentam aroma diferenciado no óleo essencial e mesmo nas
folhas. Análise olfativa do óleo essencial das folhas de pau-rosa e macacaporanga,
realizado, através de cromatografia gasosa enantioseletiva acoplada à olfatometria
comprovou que ambos são bem distintos (Barata et al., 2003).
Além do mais, análise das folhas de A. parviflora e A. rosaeodora, realizado
na Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, utilizando a técnica de micro-
extração em fase sólida (SPME), seguido de análise de componentes principais
(PCA), mostrou que é possível não só diferenciar estas espécies, como também
FIGURA 2. Amostras do pó das folhas de macacaporanga e pau- rosa.
7
separá-las por data de coleta, indicando que existem influências da maturação na
composição química dessas espécies (Souza, 2010).
3.2 Distribuição e aspectos ecológicos
É uma árvore de médio porte, encontrada no baixo e médio Amazonas, de
Santarém a Manaus e nas partes baixas alcança os afluentes Tapajós, Trombetas e
Madeira (Sampaio, 1993). Habita em lugares humosos e úmidos da mata de terra
firme, preferencialmente ao longo dos rios (Revilla, 2002). Portanto, aparece em
matas não propriamente alagáveis, mas em terreno pantanoso e muito úmido (silico-
humoso), ao longo de cursos de água preta, e nunca de água branca (rica em
sedimentos) (Ducke, 1938; Sampaio, 1993).
3.3 Utilidades da macacaporanga
Segundo Revilla (2002), A. parviflora e empregada na composição de
perfumes populares. Para essa prática, a casca e seca ao sol e colocada dentro do
álcool (Amorozo, 1993, 1997). O pó da casca e aromático e pungente, usado para
perfumar roupas em Santarém (Ducke, 1938; Vattimo-Gil, 1983; Sampaio, 1993).
O extrato metanolico do óleo essencial dessa espécie foi testado como
inseticida contra dois termitas (Heterotermes indicola e Reticulitermes santonensis) e
mostrou efeito tóxico e forte efeito antialimentar (inibição da vontade de se alimentar)
(Fouquet, 2001).
Estudos revelam que o linalol apresenta atividade antiinflamatória e
analgésica (Peana et al., 2003 e Peana et al., 2002). Ensaios farmacológicos
realizados pelo Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental confirmaram
a atividade antimicrobiana do óleo essencial de A. parviflora que contém o linalol
como composto majoritário (Sarrazim, et al., 2010). Além disso, o mesmo grupo
detectou que o extrato aquoso de A. parviflora apresenta atividade anti-hemorrágica
contra o veneno de Bothrops jararaca (Moura, 2010).
8
Parte da
planta Forma Categoria de uso Uso
- Extrato Inseticida
Mostrou efeito tóxico e forte inibição da
vontade de dois térmitas se alimentarem.
Caule - Cosméticos
Composição de perfumes populares (casca
seca ao sol colocada dentro do álcool).
Caule Pó Cosméticos
O pó da casca é aromático e pungente,
usado para perfumar roupas.
- Extrato Farmacêutico
Atividade anti-hemorrágica contra o veneno
de Bothrops jararaca.
3.4 Potencial econômico
A macacaporanga ainda não é aproveitada comercialmente. O óleo pode ser
extraído das folhas e ramos e, segundo o professor Lauro Barata, tem grande
potencial de mercado.
O potencial econômico do óleo essencial desta espécie seria mais bem
direcionado para o setor de fitocosmético, uma vez que foi comprovado que o
mesmo pode ser utilizado para fabricação de perfumes, cosméticos, e material de
limpeza (Barata, 2008).
O porte pequeno da árvore também se torna um empecilho para uma
exploração industrial de larga escala (Ducke, 1938).
No entanto, apesar do grande potencial econômico, poucos são os registros
na literatura (Mattoso, 2005; Tranchida et al., 2008; Souza, 2010) que tratam da
macacaporanga.
4. MUNICÍPIOS DE POTENCIAL ECONÔMICO
4.1. Plantios de consorciamento de pau-rosa com a macacaporanga
nos municípios de Silves, Presidente Figueiredo e Jutaí – Am
Tabela 1. Quadro de resumo de utilidades da macacaporanga.
9
Óleos essenciais são matérias-primas utilizadas pela indústria de perfumaria,
que ocupa 14% do mercado de cosméticos no Brasil, produtos de limpeza e pela
indústria de alimentos. São também utilizados pela indústria química e de
medicamentos. O volume de produção e consumo de óleos essenciais no Brasil é,
em grande conta, devido à pujança da indústria brasileira de cosméticos.
O faturamento em relação ao consumidor passou de R$4,9 bilhões em 1996
para R$21,7 bilhões (aproximadamente US$12 bilhões) em 2008. Com isso, tornou-
se a 3ª maior indústria de cosméticos do mundo, logo após EUA e Japão. A
descoberta, o início da produção e a exportação do óleo essencial de pau-rosa
foram registradas em 1882, na Guiana Francesa. Em 1910, foram produzidas ali 22
toneladas (t) desse óleo. Com a escassez causada pela redução das populações
nativas do pau-rosa, os franceses passaram a produzir óleo no então território
federal do Amapá. Em 1925, com a descoberta da espécie em Juruti Velho (PA), foi
instalada a primeira usina para extração industrial que, em seu primeiro ano de
funcionamento, exportou quase 16 t de óleo essencial. Em pouco tempo, esse óleo
já ocupava o terceiro lugar na pauta de exportação do estado do Pará, atrás da
castanha e da borracha.
Ao aumento da demanda internacional por esse óleo, durante a Segunda
Guerra Mundial, correspondeu a uma exploração intensa das populações nativas de
pau-rosa no Amazonas e no Pará. Na tentativa de diminuir os impactos da retirada
das árvores nativas, já na década de 1940, os governos desses estados criaram
consórcios, obrigando o plantio de uma muda de pau-rosa para cada 20 quilos de
óleo produzido.
O exclusivo mercado dos óleos essenciais movimenta cerca de US$ 1,8
bilhão anuais, e o Brasil participa com menos de 0,1% dos óleos oriundos de sua
biodiversidade, estando o pau-rosa entre os principais óleos exportados com US$
1,5 milhão (2008) apenas no período de janeiro-setembro. Mantida a média de 35
mil kg/ano a exportação do ano passado deve ter alcançado a marca de US$ 3,4
milhões, faturados no Amazonas, já que os demais estados não produzem esse óleo
essencial.
10
O Brasil se posiciona como o 3º maior exportador de óleos essenciais, com
aproximadamente US$ 147 milhões, depois dos EUA e França, tendo ultrapassado o
Reino Unido em 2007.
Nos últimos tempos, houve um declínio no consumo do óleo de pau-rosa,
tanto pelo preço quanto pelo risco de causar a extinção da espécie, pois não é bem
visto que uma empresa esteja vinculada a um processo de devastação ambiental.
Fatores como a substituição do óleo natural de pau-rosa por correspondentes
sintéticos e a inexistência de uma política florestal para o setor, também
contribuíram para o declínio da exportação do óleo nas últimas décadas (SAMPAIO,
2000). Desta forma, novas fontes alternativas para a produção do linalol, estão
sendo estudadas; entre elas, o manejo adequado dos plantios. Relacionando a
produção de óleo essencial de pau-rosa, por hectare de mata no município de
Presidente Figueiredo (AM), Mitja e Lescure estimaram uma quantidade de 4 kg de
óleo por hectare de floresta nativa.
O quase desaparecimento do pau-rosa levou o Ibama a incluí-lo na Lista de
Espécies em Perigo de Extinção (Portaria 37/92, de 03.04.1992) e a editar normas
para a sua exploração, industrialização e comercialização (Portaria 01/98,
18.08.1998). Atualmente, as empresas que destilam o óleo essencial são obrigadas
a formar plantios de pau-rosa equivalentes à sua produção anual, o que nem sempre
ocorre. Com isso, os produtores de óleo de pau-rosa do Amazonas são
constantemente pressionados a adotar práticas que atendam a sustentabilidade da
oferta. Caso contrário, têm que parar ou diminuir muito a produção, devido aos
problemas para fazer a reposição na forma de plantios e pelo alto custo e
dificuldades logísticas para acessar as áreas remotas onde ainda ocorre a espécie.
Essas condições têm, por outro lado, estimulado a implantação de novos métodos
de plantio e de extração desse óleo essencial.
A formação de novos plantios de pau-rosa em áreas alteradas e/ou
degradadas na Amazônia contribui não apenas para a recuperação dessas áreas,
mas também, para a restauração dos serviços ambientais prestados pelas áreas
florestadas. Uma alternativa para esse plantio está no consorciamento de espécies
aromáticas (p. ex. pau-rosa, macacaporanga, louro, louro-rosa) com espécies
produtoras de fibras (p. ex. curauá) e as alimentares (p. ex. mandioca) que, além de
11
proporcionar uma cobertura vegetal mais intensa e conseqüentemente, maior
proteção do solo, fornecem alimentos e fibras com demanda crescente em várias
indústrias (automóveis, materiais isolantes, painéis, etc.) (LUPE et al., 2008).
Uma agroindústria baseada em espécies aromáticas como o pau rosa,
Lauráceas, priprioca (Cyperus articulatus) e oriza (Pogostemon cablin), pode ser
estabelecida em assentamentos, comunidades e por pequenos produtores na
Amazônia, visando à exportação de óleos qualificados. O preço de venda do óleo
essencial das folhas do pau-rosa, quando considerado o apelo ecológico (produção
sustentável oriunda de plantios florestais), poderá ultrapassar os US$100/kg.
Destiladores de arraste a vapor, de baixo custo, pequeno porte, maneáveis e
simples (comportando 500kg de galhos e folhas), desenvolvidos pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), permitem sua utilização por comunidades rurais,
ou mesmo por pequenos produtores.
Fatores como desconhecimento das práticas de cultivo, pobreza, intensa
exploração e política econômicas equivocadas contribuíram para que o pau-rosa
fosse colocado na lista de espécies ameaçadas de extinção.
Diante disso, várias comunidades aceitaram participar de projetos
desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), nos
municípios de Silves, Presidente Figueiredo e Jutaí (AM).
4.2. Projeto comunitário de produção sustentável de óleos
essenciais da região de várzea em Silves-AM
Em Silves foi criada, em 1999, a Associação Vida Verde da Amazônia (Avive),
por um grupo de mulheres que desejavam produzir cosméticos naturais e óleos
essenciais para obter renda sem degradar a floresta.
O objetivo desse projeto é a promoção de alternativa econômica de forma
demonstrativa para as mulheres de comunidades do município de Silves-AM, via
extração sustentável de óleos essenciais da várzea e terra firme bem como a
produção de produtos afins com envolvimento comunitário, utilizando-se de
tecnologia branda de baixo impacto e integração de ações de conservação.
12
Dentre os objetivos específicos, está identificar, selecionar e estudar a
ecologia e biologia das espécies potenciais produtoras de óleos essenciais, resinas
e óleos graxos para produção; capacitar comunitários/as e sócias da Avive na
produção de espécies nativas aromáticas de forma ecologicamente correta e da
produção e uso do óleo das mesmas; produzir, certificar e comercializar uma linha
de produtos aromáticos por meio do uso de tecnologias de baixo impacto ambiental,
preservando os direitos de propriedade do conhecimento tradicional local.
A realização de um empreendimento que visa a um só tempo à geração de
renda para comunitárias e comunitários e à conservação dos recursos naturais, por
certo, é uma iniciativa animadora. O mercado de cosméticos naturais à base de
plantas, principalmente as da Amazônia, é seguro e crescente (SEBRAE, 1995),
tanto no Brasil como no exterior, onde empresas e consumidores estão dispostos a
pagar um preço de até 40% acima do normal, pela aquisição de produtos naturais
amazônicos, de origem certificada, desenvolvidos de forma ecologicamente correta
e socialmente justa.
E entre as principais técnicas desenvolvidas pelo projeto está em aprimorar
as técnicas atuais de produção de óleos essenciais (pau-rosa, puxuri, preciosa,
macacaporanga, breu) a partir de folhas, galhos e resina para o uso em produtos
cosméticos e de perfumaria.
13FIGURA 3. Mapa de distribuição da macacaporanga pelo estado do Amazonas.
14
FIGURA 4. Uso e cobertura da terra do município de Manaus – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
15FIGURA 5. Uso e cobertura da terra do município de Presidente Figueiredo – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
16
FIGURA 6. Uso e cobertura da terra do município de Jutaí – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
17
FIGURA 6. Uso e cobertura da terra do município de Silves – AM e ocorrência da macacaporanga no município.FIGURA 7. Uso e cobertura da terra do município de Silves – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
18
Pontos prováveis de ocorrência da Aniba Parviflora
SILVES
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 58°48'29,10"W 2°42'57,53"S
Ponto 2 Floresta ombrófila Densa das terras baixas 58°27'22,13"W 2°45'27,47"S
Ponto 3 Formações pioneiras com influência fluvial 58°23'7,24"W 2°52'27,29"S
Ponto 4 Formações pioneiras com influência fluvial 58°18'14,86"W 3°1'57,06"S
JUTAÍ
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 67°38'5,26"W 3°1'1,26"S
Ponto 2 Floresta Ombrófila Densa das terras baixas 68°14'19,75"W 4°23'4,06"S
Ponto 3
Floresta Ombrófila Densa das terras baixas em contato com
campinarana
68°6'36,72"W 4°0'52,13"S
Ponto 4 Formações pioneiras com influência fluvial 67°41'37,98"W 4°18'41,98"S
PRESIDENTE FIGUEIREDO
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 59°15'1,6288"W 2°9'24,0855"S
Ponto 2 Floresta Ombrófila Densa das terras baixas 59°23'1,5938"W 2°16'12,9446"S
Ponto 3 Floresta Ombrófila Densa de Submontana 60°2'25,8659"W 1°6'35,4714"S
MANAUS
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa das terras baixas 59°56'20,08"W 2°53'24,39"S
Ponto 2 Floresta Ombrófila Densa aluvial 59°16'53,68"W 3°7'50,53"S
Ponto 3 Floresta Ombrófila Densa de Submontana 60°22'13,92"W 2°5'52,83"S
Ponto 4 Floresta Ombrófila Densa aluvial em contato com campinarana
60°40'42,14"W 2°41'17,43"S
Tabela 2. Quadro geral de coordenadas dos municípios em diferentes tipologias de ocorrência
da macacaporanga.
19
5. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA CASTANHA - DE - CUTIA (Couepia edulis
Prance)
5.1 Descrição botânica
A castanha de cutia, citada por Prance em 1972 como Acioa edulis, foi
descrita como Couepia edulis, pelo próprio Prance, em 1975, pertence à família
Chrysobalanacea (Prance, 1975).
Árvore de 25m de altura; tronco fino, de até 50cm de diâmetro e raramente
reto; a casca é parda e áspera; a copa larga, com 15 a 20m de diâmetro (FAO,
1987). Cavalcante (1996) descreve como uma árvore de 20 a 35m de altura e tronco
até 1m de diâmetro.
As folhas são alternas e simples; as estípulas, de 5 a 7 mm de comprimento;
o pecíolo de 1,5 a 2,5 cm de comprimento; a lâmina ovaloelíptica, de 7 a 17 cm de
comprimento e 4,7 a 12 cm de largura, o ápice arredondado e acuminado, com
acúmem de 2 a 6 mm de comprimento, a base arredondada, as margens inteiras, de
cor verde escuro, glabra e brilhante.
A inflorescência é uma panícula curta e muito ramificada, de 5 a 10 cm de
comprimento; umas 20 flores pequenas, assimétricas e bissexuais. O receptáculo
FIGURA 8. Aspecto geral da árvore de castanha de cutia.
20
cônico e de 6 a 7 mm de comprimento; 5 sépalas arredondadas, desiguais e de 3 a
5 mm de comprimento; as pétalas são brancas e caem; os estames compridos, em
número de 17 a 20 e em duas fileiras
O fruto é uma drupa elíptica, lisa e semelhante a uma noz, de 7-9cm de
comprimento e 4 a 5,5 cm de diâmetro; o endocarpo é uma casca dura, lenhosa e
fibrosa de 8-10 mm de espessura (Cavalcante, 1996; FAO, 1987). O peso médio do
fruto é, aproximadamente, 82 gramas e o peso médio de uma amêndoa é 15,5
gramas ou 19% do fruto (Le Cointe, 1934). As sementes com amêndoa elíptica de
cor branca creme, de 4-5 cm de comprimento e 2-3 cm de largura e coberta por uma
testa aderente de cor pardo-ferruginoso (Cavalcante, 1996; Minetti & Sampaio, 2000;
FAO, 1987; Souza, 1996).
A planta floresce e frutifica entre fevereiro e março e o fruto leva um ano para
maturar (FAO, 1987). Os frutos estão maduros de novembro a maio (Cavalcante,
1996). Nos arredores de Manaus, essa espécie floresce de fevereiro a novembro e
frutifica entre fevereiro e agosto (Silva & Silva, 1986).
FIGURA 9. Aspecto geral da folha e inflorescência.
21
5.2 Distribuição e aspectos ecológicos
A espécie está bem adaptada aos oxissolos argilosos pobres e pesados da
floresta úmida de terra firme, incluindo as zonas esporadicamente inundadas da
região central da Amazônia de terras baixas, com precipitação de uns 2500
mm/anual, onde não há estação seca. Nesse ambiente a castanha de cutia é muito
frequente e a densidade é de seis ou mais árvores por hectare (FAO, 1987).
E uma planta que exige temperaturas altas e grande disponibilidade de água.
As sementes germinam bem e, durante as primeiras fases de desenvolvimento as
plantas crescem rapidamente, utilizando as reservas da semente (Ferrão, 1999).
A espécie é endêmica da bacia do médio Solimões, ou mais precisamente de
Coari a Tonantins e também no médio Purus, habitando a mata primária da terra
firme (Cavalcante, 1996; FAO, 1987; Souza, 1996). Segundo levantamentos
realizados pelo INPA, essa espécie ocorre nas margens dos rios Solimões,
Trombetas, Ituí (no município de Atalaia do Norte), Lago de Tefé e município de
Coari (Higuchi et. al., 1982; Silva, 1986). Há ocorrência dessa espécie na área
destinada ao Projeto de manejo para a Usina Termoelétrica de Manacapuru, no
Amazonas (Jardim et. al. 1986) e no Inventário Diagnóstico da Regeneração Natural
FIGURA 10. Aspecto geral do fruto da castanha de cutia.
22
(Higuchi, 1985). A castanha de cutia foi relacionada entre as espécies de maior
abundância na área 3 do Pólo Juruá – Solimões, porém, Hosokawa (1981) não deu
informações precisas quanto ao número de indivíduos por hectare.
5.3 Utilidades da castanha de cutia
As sementes são usadas na alimentação como fruto seco, in natura ou
assadas e são muito ricas em gordura (cerca de 70%), a qual pode ser extraída e
usada na alimentação (Ferrão, 1999). Também podem ser comidas torradas
(Wickens, 1995) e misturadas ou preparadas com farinha de mandioca (Minetti &
Sampaio, 2000). A amêndoa é parecida com a Couepia longipendula Pilger e tem
um sabor semelhante à castanha-do-brasil (Bertholetia excelsa Humb. & Bonpl.).
As amêndoas fornecem ainda um óleo (cerca de 73%) que pode ser usado na
culinária ou na fabricação de um sabão caseiro (Cavalcante, 1996; FAO, 1987).
Afirma-se também que esse óleo, por ser secativo, pode substituir o óleo de tungue
(Aleurites sp) e outros parecidos, na indústria de tintas e vernizes (Cavalcanti, 1947;
FAO, 1987).
O óleo extraído das amêndoas, por possuir característica de secativo, e
utilizado em vernizes para unhas (esmaltes) (Revilla, 2002).
E também na indústria de lacas, linóleos substitutos de couro impermeáveis,
em ramos de impressão e indústrias semelhantes. O óleo também pode ser utilizado
em coberturas de fios e em alguns tipos de plástico, constituindo a base de
indústrias litográficas (Minetti & Sampaio, 2000). E classificada como secativo devido
ao indice de iodo (Minetti & Sampaio, 2000).
Minetti & Sampaio (2000) citam que a torta da castanha de cutia poderá ser
utilizada como adubo vegetal ou ração animal, devido ao teor de proteína (29,44%).
O Relatório Técnico do “Projeto de Pesquisa e Identificação de Espécies
Oleaginosas Nativas da Amazônia com Possibilidade de Aproveitamento
Econômico”, mostra que em teste realizado pelo Departamento de Química da
Universidade do Amazonas (UFAM), o óleo da castanha de cutia é completamente
miscível com o óleo diesel e querosene, mas não com o álcool comum. O relatório
diz ainda que, sendo impossível a utilização do óleo da Couepia edulis Prance como
23
fonte alternativa da classe do diesel, recomenda-se uma avaliação dentro dos
parâmetros do óleo comestível, tendo em vista o seu uso pelas populações
tradicionais da Amazônia (Quina, 1983).
Parte da
Planta
Forma Categoria de uso Uso
- Torta Alimento Animal Ração animal
- - Fertilizante Adubo
Semente - Alimento humano
Fruto seco misturado ou farinha de
mandioca
Semente Assado Alimento humano Alimento
Semente In natura Alimento humano Alimento
Semente Gordura Alimento humano Alimento
Semente Óleo Alimento humano Preparo de alimentos
Semente Torrado Alimento humano Alimento
Semente Óleo Cosmético Esmalte
Semente Óleo Outros
Indústria de vernizes, lacas, linóleos
substitutos de couro impermeáveis, em
ramos de impressão, coberturas de fios,
alguns tipos de plástico e indústrias
litográficas.
Semente Gordura Saboaria Fabricação de sabão
Semente Óleo Saboaria Fabricação de sabão
Semente Óleo Têxtil Fábricas de têxteis revestidos
Semente
Óleo Tintuaria Indústrias de tintas
TABELA 3. Quadro de resumo de utilidades da castanha de cutia.
24
5.4 Produtividade
Em solos férteis, uma árvore adulta chega a produzir mais de 200 kg de
frutos/ano, equivalente a 38 kg de amêndoas ou 28 kg de óleo por safra (Minetti &
Sampaio, 2000). Em um plantio com 100 árvores por hectare pode produzir o
equivalente a 20 t/ha/ano de frutos (3,8 t de amêndoas ou 2,8 t de óleo). É
importante destacar que um bom ano de produção é geralmente seguido por um
pobre, já que a árvore utiliza a maioria de suas reservas acumuladas e leva mais de
um ano para recuperá-las (Minetti & Sampaio, 2000).
Raul Ortiz Sarabia (apud Minetti & Sampaio, 2000), estudando por cinco anos
os custos de implantação de 1 ha de plantio consorciado de castanha de cutia com
mandioca, comenta a hipótese da comercialização da madeira, ao longo de 20 anos
de vida vegetativa do sistema agroflorestal, sendo a lucratividade no último de
16,27%, considerada como boa, desde que o plantio possa ser rigorosamente
monitorado.
5.5 Potencial econômico
Pesce (1941) selecionou mais de 120 espécies oleaginosas da Amazônia e
sugeriu que se trata de uma das mais promissoras, notadamente, pelo seu potencial
na produção de óleo. E Sendo uma espécie pouco conhecida e com valor
econômico ainda a ser explorada, a castanha de cutia está sujeita a desaparecer
junto com o desmatamento, seja pela exploração inadequada da madeira ou mesmo
para ceder lugar às pastagens tal como tem ocorrido com outras espécies regionais
de igual potencial, que se encontram ameaçadas de extinção. Portanto, há
necessidade de estimular estudos relacionados ao uso (alimentação, indústria e
biodiesel), conservação, variabilidade genética e manejo da espécie. (Leandro,
2007).
Devido ao alto índice de iodo, o óleo da castanha-de-cutia é classificado como
secativo, podendo ser empregado na indústria de tintas, vernizes, lacas, linóleos
substitutos de couro impermeáveis, e em todos os ramos de impressão e indústrias
semelhantes (Cavalcanti, 1947). Além disso, mais recentemente discute-se
a possibilidade de usá-lo como fonte produtora de biodiesel.
25
A produção da castanha-de-cutia é extrativista, não havendo plantios
comerciais (Revilla, 2002).
26
FIGURA 11. Mapa de distribuição da macacaporanga pelo estado do Amazonas.
27
FIGURA 12. Uso e cobertura da terra do município de Atalaia do Norte – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
28
FIGURA 13. Uso e cobertura da terra do município de Coari – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
29
FIGURA 14. Uso e cobertura da terra do município de Manacapuru – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
30
FIGURA 15. Uso e cobertura da terra do município de Tonantins – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
31
Pontos prováveis de ocorrência da Couepia edulis
COARI
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa aluvial 63°14'55,2044"W 4°39'51,2516"S
Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 63°52'50,0425"W 4°44'1,2338"S
Ponto 3
Floresta Ombrófila das terras baixas em contato com
campinarana
64°2'25,0016"W 2°48'36,7268"S
ATALAIA DO NORTE
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Aberta das terras baixas 71°32'8,3809"W 5°16'28,6133"S
Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 71°2'20,291"W 5°19'44,8671"S
Ponto 3 Floresta Ombrófila Densa aluvial 71°2'39,1852"W 5°57'27,2434"S
MANACAPURU
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa aluvial 61°3'33,4476"W 3°31'17,4628"S
Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta das terras baixas 60°43'34,5252"W 3°36'32,5642"S
Ponto 3 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 61°5'46,058"W 3°47'17,3004"S
Ponto 4
Floresta Ombrófila das terras baixas em contato com
campinarana
61°1'14,2997"W 2°52'26,5323"S
TONANTINS
Ponto Tipologia Longitude Latitude
Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa aluvial 67°27'55,1339"W 2°32'0,6507"S
Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 67°16'34,1322"W 2°21'18,1962"S
Ponto 3 Floresta Ombrófila Aberta das terras baixas 67°58'0,431"W 2°55'53,3242"S
Tabela 4. Quadro geral de coordenadas dos municípios em diferentes tipologias de ocorrência
da castanha de cutia.
32
6. CONCLUSÃO
O uso econômico dos produtos naturais está sendo visto com expectativa
pelos países que contam com abundantes recursos naturais, como é o caso do
Brasil. Esta tendência pode ser observada nos investimentos para o
desenvolvimento de pesquisas relacionado ao potencial econômico de espécies não
madeireiras, como pode ser visto para macacaporanga e a castanha de cutia,
fazendo com que a biodiversidade da floresta amazônica se torne alvo dos olhares
de cientistas e empresas do mundo inteiro nos setores de cosméticos,
farmacêuticos, agroindústria e alimentação, porém estas espécies, apesar do seu
grande potencial econômico ainda não são comercializadas. Apenas de uso
extrativista. Logo, não possuem dados de produção destas no estado do Amazonas.
Portanto, o valor de existência destas espécies, ligadas a sua importância
cultural; o seu valor dentro da biodiversidade amazônica, como potencial para as
novas descobertas da biotecnologia em seus diversos ramos não é completamente
conhecido, e por isto ainda não pode ser mensurado, guardando em si uma
promessa de um futuro mais sustentável para as populações rurais da Amazônia.
33
REFERÊNCIAS
AMOROZO, M.C.M. Algumas notas adicionais sobre o emprego de plantas e outros
produtos com fins terapêuticos pela população cabocla do município de Barcarena,
PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, v.9, n.2, p.249-265, 1993.
AMOROZO, M.C.M. Algumas notas adicionais sobre o emprego de plantas e outros
produtos com fins terapêuticos pela populacao cabocla do municipio de Barcarena,
PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi, Serie Botanica, v.13, n.2,
p.191-213, 1997.
BARATA, L.E.S; DISCOLA K.F; OHASHI, L.R. Análise comparativa do óleo
essencial das folhas de macacaporanga e Pau-rosa. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO
DE ÓLEOS ESSENCIAIS (2). 2003. Campinas . Livros de Resumos. Campinas - SP:
UNICAMP, 2003. p. 142
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CNPq/Museu Paraense Emílio Goeldi, (Coleção Adolpho Ducke). 279p. il.
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Cultivadas. ed. 5. Rio de Janeiro: IBDF, 1974. 626 p.
DUCKE, W.A. Lauraceas aromaticas da Amazonia brasileira.In: REUNIAO SUL-
AMERICANA DE BOTANICA, 1., 1938, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro:
[s.n.], 1938. 3v.
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Exemplos de America Latina. Organizacion de las Naciones Unidas para La
Agricultura e la Alimentación. Roma, 44/3.
FERRAO, J.E.M. Fruticultura tropical: espécies com frutos comestiveis. Lisboa:
Instituto de Investigacao Cientifica Tropical, 1999. v.1.
FOUQUET, D. An insecticide for forest protection made from extracts of forest
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HIGUCHI, N.; Jardim, F.C.S.; Santos, J.; Alencar, J.C. 1985. Bacia 3. Inventário
diagnóstico da regeneração natural. Acta Amazônica 15 (1 – 2 ); 199 – 233. In: Clay,
J.W.; Sampaio, P.T.B.; Clement, C.R. (Eds). Biodiversidade amazônica, exemplos e
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XLIII Congresso da Sober. Ribeirão Preto — SP. 24 a 27 de julho de 2005.
KUBITZKI, K.; RENNER, S. Lauraceace I (Aniba and Aioue). Flora Neotropica, n.2,
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Estação Experimental de Silvicultura Tropical. Acta Amazônica 16/17 (nº único): 411
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LEANDRO, Raimundo Cajueiro Produção de mudas de castanha de cutia, utilizando
diferentes tipos de estacas e concentrações de AIB.. Dissertação (mestrado)--
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Amazônia Brasileira, nº 3. Livraria Clássica, Belém, Pará.
MARQUES, C. A. Importância econômica da família Lauraceae Lindl. Floresta e
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Sólida acoplada a Cromatografia Gasosa (SPME-CG) e Cromatografia Gasosa
Bidimensional Abrangente (CG xCG). Campinas: UNICAMP. p. 38-61, 2010
(Dissertação de Mestrado).
VATTIMO-GIL, I. de. Contribuição ao conhecimento da distribuição geográfica das
Lauraceae VIII. Rodriguésia, v.35, n.37, p.7-28, 1983.

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DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS: ANIBA PARVIFLORA e COUEPIA EDULIS

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS LABORATÓRIO DE MENSURAÇÃO FLORESTAL AVALIAÇÃO E MANEJO DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS: ANIBA PARVIFLORA COUEPIA EDULIS SAMANTA LACERDA SIMÕES MANAUS 2016
  • 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS LABORATÓRIO DE MENSURAÇÃO FLORESTAL AVALIAÇÃO E MANEJO DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS DISTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES DE RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS EM CINCO MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS: ANIBA PARVIFLORA COUEPIA EDULIS SAMANTA LACERDA SIMÕES Prof. Ulisses Silva da Cunha, Dr. MANAUS 2016 Trabalho acadêmico desenvolvido para obtenção de nota parcial relativa à disciplina FGD934-Avaliação e manejo de recursos florestais não madeireiros.
  • 3. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................4 2. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................................... 4 3. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA MACACAPORANGA (Aniba parviflora (Meisn.) Mez) ...................................................................................................................................... 5 3.1 Descrição botânica ..................................................................................................5 3.2 Distribuição e aspectos ecológicos.......................................................................... 7 3.3 Utilidades da macacaporanga ................................................................................. 7 3.4 Potencial econômico................................................................................................ 8 4. MUNICÍPIOS DE POTENCIAL ECONÔMICO................................................................ 8 4.1. Plantios de consorciamento de pau-rosa com a macacaporanga nos municípios de Silves, Presidente Figueiredo e Jutaí – Am ........................................................................ 8 4.2. Projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais da região de várzea em Silves-AM................................................................................................................... 11 5. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA CASTANHA - DE - CUTIA (Couepia edulis Prance) 19 5.1 Descrição botânica..................................................................................................... 19 5.2 Distribuição e aspectos ecológicos............................................................................. 21 5.3 Utilidades da castanha de cutia.................................................................................. 22 5.4 Produtividade ............................................................................................................. 24 5.5 Potencial econômico .................................................................................................. 24 6. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 32 REFERÊNCIAS................................................................................................................... 33
  • 4. 4 1. INTRODUÇÃO Os produtos da biodiversidade amazônica sempre foram caracterizados por um alto grau de atividade extrativista predatória, estimuladas pelo alto valor de seus produtos, tanto no mercado nacional quanto internacional Outros produtos da biodiversidade vegetal, os chamados produtos florestais não madeireiros, também se encontram entre os mais visados pelas ações predatórias. E embora, exista uma alta gama de produtos extrativos destinados a subsistência das famílias no interior do Amazonas. Não há geração de comercialização, refletindo o baixo aproveitamento desses recursos. Visando o alto potencial dos recursos florestal não madeireiro e a escassez de dados de produção desses recursos, este trabalho teve como objetivo investigar dados da produção, utilidades e ocorrência em diferentes tipologias de duas espécies florestais (Aniba Parviflora e Couepia edulis) no estado do Amazonas. 2. MATERIAL E MÉTODOS As técnicas de pesquisa foram bibliográfica e documental, utilizando recursos como livros, artigos científicos e documentos. As revisões do nome científico das espécies foram feitas, consultando o software ‘árvore’, desenvolvido pelo Laboratório de Serviços Florestais (LPF), do Serviço Florestal Brasileiro. Os mapas gerados para vegetação foram elaborados a partir do banco de dados do Projeto Radam (IBGE 2015) no software ArcGis na versão 10.2.2 e Qgis na versão 2.14.3.
  • 5. 5 3. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA MACACAPORANGA (Aniba parviflora (Meisn.) Mez) 3.1 Descrição botânica Entre as plantas aromáticas da região amazônica, destaca-se a Aniba parviflora (Meisn.) Mez, conhecida popularmente como macacaporanga, pertencente a família das Lauraceae, no qual Se destaca entre as demais famílias botânicas pela sua importância econômica. Algumas espécies têm sido utilizadas pelas indústrias para fabricação de diversos produtos, porém na Amazônia, a maioria das espécies tem seu uso restrito a comunidades tradicionais que detém o conhecimento empírico de utilização destas plantas (Marques, 2001). Arvore pequena (figura 1 - A) com madeira verde clara e forte aroma, principalmente da casca (Sampaio, 1993). “A face superior das folhas se apresenta verde com manchas castanho-avermelhadas; a inferior e castanho-amarelada, em certas partes rubiginosa. A nervura mediana e canelada ou aplanada e os pecíolos apresentam fendas e lenticelas transversais. Quanto ao fruto (Figura 1- B), e elipsóide amarelado, sobre cúpula crassa subemisférica, verruculosa (as verrugas-lenticelas são muito desenvolvidas e intumescidas), de margem dupla e pedunculo crasso” (Vattimo-Gil, 1983) Figura 1. Aspecto geral da macacaporanga, fruto e inflorescência.
  • 6. 6 O óleo da A. parviflora pode ser obtido a partir de suas folhas e galhos, apresentando em média 35% de linalol e se caracteriza por um aroma forte e agradável. Esta espécie pertencente ao grupo benzoato, é usada em perfumaria, porém sua ocorrência é muito rara, o que restringe sua exploração (Marques, 2001). A espécie Aniba parviflora, que tem como sinonímia Aniba fragrans Ducke (Kubitzki e Renner, 1982), é uma espécie aromática, nativa da Amazônia cujos ramos e a madeira, quando secos e transformados em pó são utilizados como sachês aromatizantes (Corrêa, 1974), e em “banhos de cheiro” (Rodrigues, 1989). Morfologicamente, a espécie A. parviflora é semelhante ao pau-rosa (A. rosaeodora) dificultando sua identificação e causando, consequentemente, confusão entre as duas espécies (Ferraz, 2009). No entanto, apesar das semelhanças entre as espécies, ambas apresentam aroma diferenciado no óleo essencial e mesmo nas folhas. Análise olfativa do óleo essencial das folhas de pau-rosa e macacaporanga, realizado, através de cromatografia gasosa enantioseletiva acoplada à olfatometria comprovou que ambos são bem distintos (Barata et al., 2003). Além do mais, análise das folhas de A. parviflora e A. rosaeodora, realizado na Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, utilizando a técnica de micro- extração em fase sólida (SPME), seguido de análise de componentes principais (PCA), mostrou que é possível não só diferenciar estas espécies, como também FIGURA 2. Amostras do pó das folhas de macacaporanga e pau- rosa.
  • 7. 7 separá-las por data de coleta, indicando que existem influências da maturação na composição química dessas espécies (Souza, 2010). 3.2 Distribuição e aspectos ecológicos É uma árvore de médio porte, encontrada no baixo e médio Amazonas, de Santarém a Manaus e nas partes baixas alcança os afluentes Tapajós, Trombetas e Madeira (Sampaio, 1993). Habita em lugares humosos e úmidos da mata de terra firme, preferencialmente ao longo dos rios (Revilla, 2002). Portanto, aparece em matas não propriamente alagáveis, mas em terreno pantanoso e muito úmido (silico- humoso), ao longo de cursos de água preta, e nunca de água branca (rica em sedimentos) (Ducke, 1938; Sampaio, 1993). 3.3 Utilidades da macacaporanga Segundo Revilla (2002), A. parviflora e empregada na composição de perfumes populares. Para essa prática, a casca e seca ao sol e colocada dentro do álcool (Amorozo, 1993, 1997). O pó da casca e aromático e pungente, usado para perfumar roupas em Santarém (Ducke, 1938; Vattimo-Gil, 1983; Sampaio, 1993). O extrato metanolico do óleo essencial dessa espécie foi testado como inseticida contra dois termitas (Heterotermes indicola e Reticulitermes santonensis) e mostrou efeito tóxico e forte efeito antialimentar (inibição da vontade de se alimentar) (Fouquet, 2001). Estudos revelam que o linalol apresenta atividade antiinflamatória e analgésica (Peana et al., 2003 e Peana et al., 2002). Ensaios farmacológicos realizados pelo Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental confirmaram a atividade antimicrobiana do óleo essencial de A. parviflora que contém o linalol como composto majoritário (Sarrazim, et al., 2010). Além disso, o mesmo grupo detectou que o extrato aquoso de A. parviflora apresenta atividade anti-hemorrágica contra o veneno de Bothrops jararaca (Moura, 2010).
  • 8. 8 Parte da planta Forma Categoria de uso Uso - Extrato Inseticida Mostrou efeito tóxico e forte inibição da vontade de dois térmitas se alimentarem. Caule - Cosméticos Composição de perfumes populares (casca seca ao sol colocada dentro do álcool). Caule Pó Cosméticos O pó da casca é aromático e pungente, usado para perfumar roupas. - Extrato Farmacêutico Atividade anti-hemorrágica contra o veneno de Bothrops jararaca. 3.4 Potencial econômico A macacaporanga ainda não é aproveitada comercialmente. O óleo pode ser extraído das folhas e ramos e, segundo o professor Lauro Barata, tem grande potencial de mercado. O potencial econômico do óleo essencial desta espécie seria mais bem direcionado para o setor de fitocosmético, uma vez que foi comprovado que o mesmo pode ser utilizado para fabricação de perfumes, cosméticos, e material de limpeza (Barata, 2008). O porte pequeno da árvore também se torna um empecilho para uma exploração industrial de larga escala (Ducke, 1938). No entanto, apesar do grande potencial econômico, poucos são os registros na literatura (Mattoso, 2005; Tranchida et al., 2008; Souza, 2010) que tratam da macacaporanga. 4. MUNICÍPIOS DE POTENCIAL ECONÔMICO 4.1. Plantios de consorciamento de pau-rosa com a macacaporanga nos municípios de Silves, Presidente Figueiredo e Jutaí – Am Tabela 1. Quadro de resumo de utilidades da macacaporanga.
  • 9. 9 Óleos essenciais são matérias-primas utilizadas pela indústria de perfumaria, que ocupa 14% do mercado de cosméticos no Brasil, produtos de limpeza e pela indústria de alimentos. São também utilizados pela indústria química e de medicamentos. O volume de produção e consumo de óleos essenciais no Brasil é, em grande conta, devido à pujança da indústria brasileira de cosméticos. O faturamento em relação ao consumidor passou de R$4,9 bilhões em 1996 para R$21,7 bilhões (aproximadamente US$12 bilhões) em 2008. Com isso, tornou- se a 3ª maior indústria de cosméticos do mundo, logo após EUA e Japão. A descoberta, o início da produção e a exportação do óleo essencial de pau-rosa foram registradas em 1882, na Guiana Francesa. Em 1910, foram produzidas ali 22 toneladas (t) desse óleo. Com a escassez causada pela redução das populações nativas do pau-rosa, os franceses passaram a produzir óleo no então território federal do Amapá. Em 1925, com a descoberta da espécie em Juruti Velho (PA), foi instalada a primeira usina para extração industrial que, em seu primeiro ano de funcionamento, exportou quase 16 t de óleo essencial. Em pouco tempo, esse óleo já ocupava o terceiro lugar na pauta de exportação do estado do Pará, atrás da castanha e da borracha. Ao aumento da demanda internacional por esse óleo, durante a Segunda Guerra Mundial, correspondeu a uma exploração intensa das populações nativas de pau-rosa no Amazonas e no Pará. Na tentativa de diminuir os impactos da retirada das árvores nativas, já na década de 1940, os governos desses estados criaram consórcios, obrigando o plantio de uma muda de pau-rosa para cada 20 quilos de óleo produzido. O exclusivo mercado dos óleos essenciais movimenta cerca de US$ 1,8 bilhão anuais, e o Brasil participa com menos de 0,1% dos óleos oriundos de sua biodiversidade, estando o pau-rosa entre os principais óleos exportados com US$ 1,5 milhão (2008) apenas no período de janeiro-setembro. Mantida a média de 35 mil kg/ano a exportação do ano passado deve ter alcançado a marca de US$ 3,4 milhões, faturados no Amazonas, já que os demais estados não produzem esse óleo essencial.
  • 10. 10 O Brasil se posiciona como o 3º maior exportador de óleos essenciais, com aproximadamente US$ 147 milhões, depois dos EUA e França, tendo ultrapassado o Reino Unido em 2007. Nos últimos tempos, houve um declínio no consumo do óleo de pau-rosa, tanto pelo preço quanto pelo risco de causar a extinção da espécie, pois não é bem visto que uma empresa esteja vinculada a um processo de devastação ambiental. Fatores como a substituição do óleo natural de pau-rosa por correspondentes sintéticos e a inexistência de uma política florestal para o setor, também contribuíram para o declínio da exportação do óleo nas últimas décadas (SAMPAIO, 2000). Desta forma, novas fontes alternativas para a produção do linalol, estão sendo estudadas; entre elas, o manejo adequado dos plantios. Relacionando a produção de óleo essencial de pau-rosa, por hectare de mata no município de Presidente Figueiredo (AM), Mitja e Lescure estimaram uma quantidade de 4 kg de óleo por hectare de floresta nativa. O quase desaparecimento do pau-rosa levou o Ibama a incluí-lo na Lista de Espécies em Perigo de Extinção (Portaria 37/92, de 03.04.1992) e a editar normas para a sua exploração, industrialização e comercialização (Portaria 01/98, 18.08.1998). Atualmente, as empresas que destilam o óleo essencial são obrigadas a formar plantios de pau-rosa equivalentes à sua produção anual, o que nem sempre ocorre. Com isso, os produtores de óleo de pau-rosa do Amazonas são constantemente pressionados a adotar práticas que atendam a sustentabilidade da oferta. Caso contrário, têm que parar ou diminuir muito a produção, devido aos problemas para fazer a reposição na forma de plantios e pelo alto custo e dificuldades logísticas para acessar as áreas remotas onde ainda ocorre a espécie. Essas condições têm, por outro lado, estimulado a implantação de novos métodos de plantio e de extração desse óleo essencial. A formação de novos plantios de pau-rosa em áreas alteradas e/ou degradadas na Amazônia contribui não apenas para a recuperação dessas áreas, mas também, para a restauração dos serviços ambientais prestados pelas áreas florestadas. Uma alternativa para esse plantio está no consorciamento de espécies aromáticas (p. ex. pau-rosa, macacaporanga, louro, louro-rosa) com espécies produtoras de fibras (p. ex. curauá) e as alimentares (p. ex. mandioca) que, além de
  • 11. 11 proporcionar uma cobertura vegetal mais intensa e conseqüentemente, maior proteção do solo, fornecem alimentos e fibras com demanda crescente em várias indústrias (automóveis, materiais isolantes, painéis, etc.) (LUPE et al., 2008). Uma agroindústria baseada em espécies aromáticas como o pau rosa, Lauráceas, priprioca (Cyperus articulatus) e oriza (Pogostemon cablin), pode ser estabelecida em assentamentos, comunidades e por pequenos produtores na Amazônia, visando à exportação de óleos qualificados. O preço de venda do óleo essencial das folhas do pau-rosa, quando considerado o apelo ecológico (produção sustentável oriunda de plantios florestais), poderá ultrapassar os US$100/kg. Destiladores de arraste a vapor, de baixo custo, pequeno porte, maneáveis e simples (comportando 500kg de galhos e folhas), desenvolvidos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), permitem sua utilização por comunidades rurais, ou mesmo por pequenos produtores. Fatores como desconhecimento das práticas de cultivo, pobreza, intensa exploração e política econômicas equivocadas contribuíram para que o pau-rosa fosse colocado na lista de espécies ameaçadas de extinção. Diante disso, várias comunidades aceitaram participar de projetos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), nos municípios de Silves, Presidente Figueiredo e Jutaí (AM). 4.2. Projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais da região de várzea em Silves-AM Em Silves foi criada, em 1999, a Associação Vida Verde da Amazônia (Avive), por um grupo de mulheres que desejavam produzir cosméticos naturais e óleos essenciais para obter renda sem degradar a floresta. O objetivo desse projeto é a promoção de alternativa econômica de forma demonstrativa para as mulheres de comunidades do município de Silves-AM, via extração sustentável de óleos essenciais da várzea e terra firme bem como a produção de produtos afins com envolvimento comunitário, utilizando-se de tecnologia branda de baixo impacto e integração de ações de conservação.
  • 12. 12 Dentre os objetivos específicos, está identificar, selecionar e estudar a ecologia e biologia das espécies potenciais produtoras de óleos essenciais, resinas e óleos graxos para produção; capacitar comunitários/as e sócias da Avive na produção de espécies nativas aromáticas de forma ecologicamente correta e da produção e uso do óleo das mesmas; produzir, certificar e comercializar uma linha de produtos aromáticos por meio do uso de tecnologias de baixo impacto ambiental, preservando os direitos de propriedade do conhecimento tradicional local. A realização de um empreendimento que visa a um só tempo à geração de renda para comunitárias e comunitários e à conservação dos recursos naturais, por certo, é uma iniciativa animadora. O mercado de cosméticos naturais à base de plantas, principalmente as da Amazônia, é seguro e crescente (SEBRAE, 1995), tanto no Brasil como no exterior, onde empresas e consumidores estão dispostos a pagar um preço de até 40% acima do normal, pela aquisição de produtos naturais amazônicos, de origem certificada, desenvolvidos de forma ecologicamente correta e socialmente justa. E entre as principais técnicas desenvolvidas pelo projeto está em aprimorar as técnicas atuais de produção de óleos essenciais (pau-rosa, puxuri, preciosa, macacaporanga, breu) a partir de folhas, galhos e resina para o uso em produtos cosméticos e de perfumaria.
  • 13. 13FIGURA 3. Mapa de distribuição da macacaporanga pelo estado do Amazonas.
  • 14. 14 FIGURA 4. Uso e cobertura da terra do município de Manaus – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
  • 15. 15FIGURA 5. Uso e cobertura da terra do município de Presidente Figueiredo – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
  • 16. 16 FIGURA 6. Uso e cobertura da terra do município de Jutaí – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
  • 17. 17 FIGURA 6. Uso e cobertura da terra do município de Silves – AM e ocorrência da macacaporanga no município.FIGURA 7. Uso e cobertura da terra do município de Silves – AM e ocorrência da macacaporanga no município.
  • 18. 18 Pontos prováveis de ocorrência da Aniba Parviflora SILVES Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 58°48'29,10"W 2°42'57,53"S Ponto 2 Floresta ombrófila Densa das terras baixas 58°27'22,13"W 2°45'27,47"S Ponto 3 Formações pioneiras com influência fluvial 58°23'7,24"W 2°52'27,29"S Ponto 4 Formações pioneiras com influência fluvial 58°18'14,86"W 3°1'57,06"S JUTAÍ Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 67°38'5,26"W 3°1'1,26"S Ponto 2 Floresta Ombrófila Densa das terras baixas 68°14'19,75"W 4°23'4,06"S Ponto 3 Floresta Ombrófila Densa das terras baixas em contato com campinarana 68°6'36,72"W 4°0'52,13"S Ponto 4 Formações pioneiras com influência fluvial 67°41'37,98"W 4°18'41,98"S PRESIDENTE FIGUEIREDO Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa Aluvial 59°15'1,6288"W 2°9'24,0855"S Ponto 2 Floresta Ombrófila Densa das terras baixas 59°23'1,5938"W 2°16'12,9446"S Ponto 3 Floresta Ombrófila Densa de Submontana 60°2'25,8659"W 1°6'35,4714"S MANAUS Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa das terras baixas 59°56'20,08"W 2°53'24,39"S Ponto 2 Floresta Ombrófila Densa aluvial 59°16'53,68"W 3°7'50,53"S Ponto 3 Floresta Ombrófila Densa de Submontana 60°22'13,92"W 2°5'52,83"S Ponto 4 Floresta Ombrófila Densa aluvial em contato com campinarana 60°40'42,14"W 2°41'17,43"S Tabela 2. Quadro geral de coordenadas dos municípios em diferentes tipologias de ocorrência da macacaporanga.
  • 19. 19 5. DESCRIÇÃO E UTILIDADES DA CASTANHA - DE - CUTIA (Couepia edulis Prance) 5.1 Descrição botânica A castanha de cutia, citada por Prance em 1972 como Acioa edulis, foi descrita como Couepia edulis, pelo próprio Prance, em 1975, pertence à família Chrysobalanacea (Prance, 1975). Árvore de 25m de altura; tronco fino, de até 50cm de diâmetro e raramente reto; a casca é parda e áspera; a copa larga, com 15 a 20m de diâmetro (FAO, 1987). Cavalcante (1996) descreve como uma árvore de 20 a 35m de altura e tronco até 1m de diâmetro. As folhas são alternas e simples; as estípulas, de 5 a 7 mm de comprimento; o pecíolo de 1,5 a 2,5 cm de comprimento; a lâmina ovaloelíptica, de 7 a 17 cm de comprimento e 4,7 a 12 cm de largura, o ápice arredondado e acuminado, com acúmem de 2 a 6 mm de comprimento, a base arredondada, as margens inteiras, de cor verde escuro, glabra e brilhante. A inflorescência é uma panícula curta e muito ramificada, de 5 a 10 cm de comprimento; umas 20 flores pequenas, assimétricas e bissexuais. O receptáculo FIGURA 8. Aspecto geral da árvore de castanha de cutia.
  • 20. 20 cônico e de 6 a 7 mm de comprimento; 5 sépalas arredondadas, desiguais e de 3 a 5 mm de comprimento; as pétalas são brancas e caem; os estames compridos, em número de 17 a 20 e em duas fileiras O fruto é uma drupa elíptica, lisa e semelhante a uma noz, de 7-9cm de comprimento e 4 a 5,5 cm de diâmetro; o endocarpo é uma casca dura, lenhosa e fibrosa de 8-10 mm de espessura (Cavalcante, 1996; FAO, 1987). O peso médio do fruto é, aproximadamente, 82 gramas e o peso médio de uma amêndoa é 15,5 gramas ou 19% do fruto (Le Cointe, 1934). As sementes com amêndoa elíptica de cor branca creme, de 4-5 cm de comprimento e 2-3 cm de largura e coberta por uma testa aderente de cor pardo-ferruginoso (Cavalcante, 1996; Minetti & Sampaio, 2000; FAO, 1987; Souza, 1996). A planta floresce e frutifica entre fevereiro e março e o fruto leva um ano para maturar (FAO, 1987). Os frutos estão maduros de novembro a maio (Cavalcante, 1996). Nos arredores de Manaus, essa espécie floresce de fevereiro a novembro e frutifica entre fevereiro e agosto (Silva & Silva, 1986). FIGURA 9. Aspecto geral da folha e inflorescência.
  • 21. 21 5.2 Distribuição e aspectos ecológicos A espécie está bem adaptada aos oxissolos argilosos pobres e pesados da floresta úmida de terra firme, incluindo as zonas esporadicamente inundadas da região central da Amazônia de terras baixas, com precipitação de uns 2500 mm/anual, onde não há estação seca. Nesse ambiente a castanha de cutia é muito frequente e a densidade é de seis ou mais árvores por hectare (FAO, 1987). E uma planta que exige temperaturas altas e grande disponibilidade de água. As sementes germinam bem e, durante as primeiras fases de desenvolvimento as plantas crescem rapidamente, utilizando as reservas da semente (Ferrão, 1999). A espécie é endêmica da bacia do médio Solimões, ou mais precisamente de Coari a Tonantins e também no médio Purus, habitando a mata primária da terra firme (Cavalcante, 1996; FAO, 1987; Souza, 1996). Segundo levantamentos realizados pelo INPA, essa espécie ocorre nas margens dos rios Solimões, Trombetas, Ituí (no município de Atalaia do Norte), Lago de Tefé e município de Coari (Higuchi et. al., 1982; Silva, 1986). Há ocorrência dessa espécie na área destinada ao Projeto de manejo para a Usina Termoelétrica de Manacapuru, no Amazonas (Jardim et. al. 1986) e no Inventário Diagnóstico da Regeneração Natural FIGURA 10. Aspecto geral do fruto da castanha de cutia.
  • 22. 22 (Higuchi, 1985). A castanha de cutia foi relacionada entre as espécies de maior abundância na área 3 do Pólo Juruá – Solimões, porém, Hosokawa (1981) não deu informações precisas quanto ao número de indivíduos por hectare. 5.3 Utilidades da castanha de cutia As sementes são usadas na alimentação como fruto seco, in natura ou assadas e são muito ricas em gordura (cerca de 70%), a qual pode ser extraída e usada na alimentação (Ferrão, 1999). Também podem ser comidas torradas (Wickens, 1995) e misturadas ou preparadas com farinha de mandioca (Minetti & Sampaio, 2000). A amêndoa é parecida com a Couepia longipendula Pilger e tem um sabor semelhante à castanha-do-brasil (Bertholetia excelsa Humb. & Bonpl.). As amêndoas fornecem ainda um óleo (cerca de 73%) que pode ser usado na culinária ou na fabricação de um sabão caseiro (Cavalcante, 1996; FAO, 1987). Afirma-se também que esse óleo, por ser secativo, pode substituir o óleo de tungue (Aleurites sp) e outros parecidos, na indústria de tintas e vernizes (Cavalcanti, 1947; FAO, 1987). O óleo extraído das amêndoas, por possuir característica de secativo, e utilizado em vernizes para unhas (esmaltes) (Revilla, 2002). E também na indústria de lacas, linóleos substitutos de couro impermeáveis, em ramos de impressão e indústrias semelhantes. O óleo também pode ser utilizado em coberturas de fios e em alguns tipos de plástico, constituindo a base de indústrias litográficas (Minetti & Sampaio, 2000). E classificada como secativo devido ao indice de iodo (Minetti & Sampaio, 2000). Minetti & Sampaio (2000) citam que a torta da castanha de cutia poderá ser utilizada como adubo vegetal ou ração animal, devido ao teor de proteína (29,44%). O Relatório Técnico do “Projeto de Pesquisa e Identificação de Espécies Oleaginosas Nativas da Amazônia com Possibilidade de Aproveitamento Econômico”, mostra que em teste realizado pelo Departamento de Química da Universidade do Amazonas (UFAM), o óleo da castanha de cutia é completamente miscível com o óleo diesel e querosene, mas não com o álcool comum. O relatório diz ainda que, sendo impossível a utilização do óleo da Couepia edulis Prance como
  • 23. 23 fonte alternativa da classe do diesel, recomenda-se uma avaliação dentro dos parâmetros do óleo comestível, tendo em vista o seu uso pelas populações tradicionais da Amazônia (Quina, 1983). Parte da Planta Forma Categoria de uso Uso - Torta Alimento Animal Ração animal - - Fertilizante Adubo Semente - Alimento humano Fruto seco misturado ou farinha de mandioca Semente Assado Alimento humano Alimento Semente In natura Alimento humano Alimento Semente Gordura Alimento humano Alimento Semente Óleo Alimento humano Preparo de alimentos Semente Torrado Alimento humano Alimento Semente Óleo Cosmético Esmalte Semente Óleo Outros Indústria de vernizes, lacas, linóleos substitutos de couro impermeáveis, em ramos de impressão, coberturas de fios, alguns tipos de plástico e indústrias litográficas. Semente Gordura Saboaria Fabricação de sabão Semente Óleo Saboaria Fabricação de sabão Semente Óleo Têxtil Fábricas de têxteis revestidos Semente Óleo Tintuaria Indústrias de tintas TABELA 3. Quadro de resumo de utilidades da castanha de cutia.
  • 24. 24 5.4 Produtividade Em solos férteis, uma árvore adulta chega a produzir mais de 200 kg de frutos/ano, equivalente a 38 kg de amêndoas ou 28 kg de óleo por safra (Minetti & Sampaio, 2000). Em um plantio com 100 árvores por hectare pode produzir o equivalente a 20 t/ha/ano de frutos (3,8 t de amêndoas ou 2,8 t de óleo). É importante destacar que um bom ano de produção é geralmente seguido por um pobre, já que a árvore utiliza a maioria de suas reservas acumuladas e leva mais de um ano para recuperá-las (Minetti & Sampaio, 2000). Raul Ortiz Sarabia (apud Minetti & Sampaio, 2000), estudando por cinco anos os custos de implantação de 1 ha de plantio consorciado de castanha de cutia com mandioca, comenta a hipótese da comercialização da madeira, ao longo de 20 anos de vida vegetativa do sistema agroflorestal, sendo a lucratividade no último de 16,27%, considerada como boa, desde que o plantio possa ser rigorosamente monitorado. 5.5 Potencial econômico Pesce (1941) selecionou mais de 120 espécies oleaginosas da Amazônia e sugeriu que se trata de uma das mais promissoras, notadamente, pelo seu potencial na produção de óleo. E Sendo uma espécie pouco conhecida e com valor econômico ainda a ser explorada, a castanha de cutia está sujeita a desaparecer junto com o desmatamento, seja pela exploração inadequada da madeira ou mesmo para ceder lugar às pastagens tal como tem ocorrido com outras espécies regionais de igual potencial, que se encontram ameaçadas de extinção. Portanto, há necessidade de estimular estudos relacionados ao uso (alimentação, indústria e biodiesel), conservação, variabilidade genética e manejo da espécie. (Leandro, 2007). Devido ao alto índice de iodo, o óleo da castanha-de-cutia é classificado como secativo, podendo ser empregado na indústria de tintas, vernizes, lacas, linóleos substitutos de couro impermeáveis, e em todos os ramos de impressão e indústrias semelhantes (Cavalcanti, 1947). Além disso, mais recentemente discute-se a possibilidade de usá-lo como fonte produtora de biodiesel.
  • 25. 25 A produção da castanha-de-cutia é extrativista, não havendo plantios comerciais (Revilla, 2002).
  • 26. 26 FIGURA 11. Mapa de distribuição da macacaporanga pelo estado do Amazonas.
  • 27. 27 FIGURA 12. Uso e cobertura da terra do município de Atalaia do Norte – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
  • 28. 28 FIGURA 13. Uso e cobertura da terra do município de Coari – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
  • 29. 29 FIGURA 14. Uso e cobertura da terra do município de Manacapuru – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
  • 30. 30 FIGURA 15. Uso e cobertura da terra do município de Tonantins – AM e ocorrência da castanha de cutia no município.
  • 31. 31 Pontos prováveis de ocorrência da Couepia edulis COARI Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa aluvial 63°14'55,2044"W 4°39'51,2516"S Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 63°52'50,0425"W 4°44'1,2338"S Ponto 3 Floresta Ombrófila das terras baixas em contato com campinarana 64°2'25,0016"W 2°48'36,7268"S ATALAIA DO NORTE Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Aberta das terras baixas 71°32'8,3809"W 5°16'28,6133"S Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 71°2'20,291"W 5°19'44,8671"S Ponto 3 Floresta Ombrófila Densa aluvial 71°2'39,1852"W 5°57'27,2434"S MANACAPURU Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa aluvial 61°3'33,4476"W 3°31'17,4628"S Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta das terras baixas 60°43'34,5252"W 3°36'32,5642"S Ponto 3 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 61°5'46,058"W 3°47'17,3004"S Ponto 4 Floresta Ombrófila das terras baixas em contato com campinarana 61°1'14,2997"W 2°52'26,5323"S TONANTINS Ponto Tipologia Longitude Latitude Ponto 1 Floresta Ombrófila Densa aluvial 67°27'55,1339"W 2°32'0,6507"S Ponto 2 Floresta Ombrófila Aberta aluvial 67°16'34,1322"W 2°21'18,1962"S Ponto 3 Floresta Ombrófila Aberta das terras baixas 67°58'0,431"W 2°55'53,3242"S Tabela 4. Quadro geral de coordenadas dos municípios em diferentes tipologias de ocorrência da castanha de cutia.
  • 32. 32 6. CONCLUSÃO O uso econômico dos produtos naturais está sendo visto com expectativa pelos países que contam com abundantes recursos naturais, como é o caso do Brasil. Esta tendência pode ser observada nos investimentos para o desenvolvimento de pesquisas relacionado ao potencial econômico de espécies não madeireiras, como pode ser visto para macacaporanga e a castanha de cutia, fazendo com que a biodiversidade da floresta amazônica se torne alvo dos olhares de cientistas e empresas do mundo inteiro nos setores de cosméticos, farmacêuticos, agroindústria e alimentação, porém estas espécies, apesar do seu grande potencial econômico ainda não são comercializadas. Apenas de uso extrativista. Logo, não possuem dados de produção destas no estado do Amazonas. Portanto, o valor de existência destas espécies, ligadas a sua importância cultural; o seu valor dentro da biodiversidade amazônica, como potencial para as novas descobertas da biotecnologia em seus diversos ramos não é completamente conhecido, e por isto ainda não pode ser mensurado, guardando em si uma promessa de um futuro mais sustentável para as populações rurais da Amazônia.
  • 33. 33 REFERÊNCIAS AMOROZO, M.C.M. Algumas notas adicionais sobre o emprego de plantas e outros produtos com fins terapêuticos pela população cabocla do município de Barcarena, PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, v.9, n.2, p.249-265, 1993. AMOROZO, M.C.M. Algumas notas adicionais sobre o emprego de plantas e outros produtos com fins terapêuticos pela populacao cabocla do municipio de Barcarena, PA, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi, Serie Botanica, v.13, n.2, p.191-213, 1997. BARATA, L.E.S; DISCOLA K.F; OHASHI, L.R. Análise comparativa do óleo essencial das folhas de macacaporanga e Pau-rosa. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ÓLEOS ESSENCIAIS (2). 2003. Campinas . Livros de Resumos. Campinas - SP: UNICAMP, 2003. p. 142 CAVALCANTE, P.B. 1996. Frutas Comestíveis da Amazônia. 6ª ed. Belém: CNPq/Museu Paraense Emílio Goeldi, (Coleção Adolpho Ducke). 279p. il. CORRÊA, M.P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. ed. 5. Rio de Janeiro: IBDF, 1974. 626 p. DUCKE, W.A. Lauraceas aromaticas da Amazonia brasileira.In: REUNIAO SUL- AMERICANA DE BOTANICA, 1., 1938, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro: [s.n.], 1938. 3v. FAO. 1987. Especies florestales productoras de frutas y otros alimentos. Exemplos de America Latina. Organizacion de las Naciones Unidas para La Agricultura e la Alimentación. Roma, 44/3. FERRAO, J.E.M. Fruticultura tropical: espécies com frutos comestiveis. Lisboa: Instituto de Investigacao Cientifica Tropical, 1999. v.1. FOUQUET, D. An insecticide for forest protection made from extracts of forest species. Bois et Forets des Tropiques, n.267, p.91-92, 2001. HIGUCHI, N.; Jardim, F.C.S.; Barbosa, A.P. 1982. Inventário Florestal do Rio Trombetas (INPA/SHELL/ALCOA). DST/INPA. Manaus, AM, Brasil. In: Clay, J.W.;
  • 34. 34 HIGUCHI, N.; Jardim, F.C.S.; Santos, J.; Alencar, J.C. 1985. Bacia 3. Inventário diagnóstico da regeneração natural. Acta Amazônica 15 (1 – 2 ); 199 – 233. In: Clay, J.W.; Sampaio, P.T.B.; Clement, C.R. (Eds). Biodiversidade amazônica, exemplos e estratégias de utilização. INPA, SEBRAE, Manaus, Amazonas. p.110-117. HOMMA, A.K.O. “O extrativismo do óleo essencial de pau-rosa na Amazônia”. XLIII Congresso da Sober. Ribeirão Preto — SP. 24 a 27 de julho de 2005. KUBITZKI, K.; RENNER, S. Lauraceace I (Aniba and Aioue). Flora Neotropica, n.2, p. 31-125, 1982. HOSOKAWA, R.T. 1981. Manejo de Florestas Tropicais Úmidas em Regime de Rendimento Sustentado. FUPEF, Curitiba, Paraná. In: Clay, J.W.; Sampaio, P.T.B.; Clement, C.R. (Eds). Biodiversidade amazônica, exemplos e estratégias de utilização. INPA, SEBRAE, Manaus, Amazonas. p.110-117. JARDIM, F.C.S.; Hosokawa, R.T. 1986/87. Estrutura da floresta equatorial úmida da Estação Experimental de Silvicultura Tropical. Acta Amazônica 16/17 (nº único): 411 – 508. In: Clay, J.W.; Sampaio, P.T.B.; Clement, C.R. (Eds). Biodiversidade amazônica, exemplos e estratégias de utilização. INPA, SEBRAE, Manaus, Amazonas. p.110-117. LEANDRO, Raimundo Cajueiro Produção de mudas de castanha de cutia, utilizando diferentes tipos de estacas e concentrações de AIB.. Dissertação (mestrado)-- INPA/UFAM, Manaus, 2006. LE COINTE, P. 1934. Árvores e plantas úteis (indígenas e aclimatadas). Série: A Amazônia Brasileira, nº 3. Livraria Clássica, Belém, Pará. MARQUES, C. A. Importância econômica da família Lauraceae Lindl. Floresta e Ambiente, v. 8, p. 195-206, 2001. MINETTI, L.; Sampaio, P.T.B. 2000. Castanha-de-cutia (Couepia edulis). In: Clay, J.W.; Sampaio, P.T.B.; Clement, C.R. (Eds). Biodiversidade amazônica, exemplos e estratégias de utilização. INPA, SEBRAE, Manaus, Amazonas. p.110-117
  • 35. 35 MITJA, D. e Lescure, J.-P. Du bois pour du parfum: le bois de rose doit-il disparaître? In: La forêt en jeu. L’extractivisme en Amazonie Centrale. P.93-102. L. Emperaire (ed.). Éditions de l’Orstom, Unesco, Paris. 1996. MOURA, V.M. Efeito do extrato aquoso de Aniba fragrans em modelo de hemorragia causada pelo veneno de Brthrops jararaca. In: SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, (21) João Pessoa. Anais em congressos, 2010. p.67 PEANA, A.T.; D’AQUILA, P.S; CHESA, M.L; MORETTI, M.D; SERRA, G; PIPPIA, P. (-)-Linalool produces antinociception in two experimental models of pain. European Journal of Pharmacology, 460:37-41, 2003. PEANA, A.T.; D’AQUILA, P.S; PANNIN, F; SERRA, G; PIPPIA, P; MORETTI, M.D. Anti-inflammatory activity of linalool and linalyl acetate constituents of essential oils. Phytomedicine, 9:721-726, 2002. PLANTAS DA AMAZÔNIA: 450 espécies de uso geral / Mary Naves da Silva Rios, Floriano Pastore Jr., organizadores. -- Brasilia : Universidade de Brasília, Biblioteca Central, 2011, p. 839-841/ 1891-1892. Livro digital, disponivel em: http://leunb.bce.unb.br/. Acesso em 4. Agos.2016 PRANCE, G.T. 1975. The correct name for Castanha de cutia (Couepia edulis (Prance) Prance – Chrysobalanaceae. Acta Amazonica, 5(2): 143-145. QUINA, A.Y. 1983. Projeto de Pesquisa e Identificação de Espécies Oleaginosas Nativas da Amazônia com Possibilidade de Aproveitamento Econômico. MICSTI- FUNAT, CODEAMA, FUA, INPA. Relatório Técnico. Manaus/AM. REVILLA, J. Plantas Úteis da Bacia Amazônica. v.1.Manaus: INPA, 2002. RODRIGUES, R.M. A Flora da Amazônia. Belém: CEJUP, 1989.462 p. SAMPAIO, P.T.B.; Clement, C.R. (Eds). Biodiversidade amazônica, exemplos e estratégias de utilização. INPA, SEBRAE, Manaus, Amazonas. p.110-117.
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