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região bairradina 06-05-2015Saúde24
Manuel Salgado
Médico Pediatra
Os espasmos do choro na criança
de idade pré-escolar
Pepe em crise (Astérix na Espanha)
Resumo
Uma em cada 20 crianças em idade pré-escolar tem crises de choro complicadas
com o suster da respiração. Em consequência da interrupção da respiração, ficam
roxas, desfalecem e, por vezes, têm uma brevíssima perda do conhecimento.
Não obstante não terem qualquer perigo, as crises são assustadoras para quem as
presencia. O evitar que estas crises aparatosas se repitam é o objetivos dos pais. Mas
se as crises passam com a idade, o que não passa, são os erros duma educação
permissiva pelo receio dos espasmos do choro.
O que são espasmos do choro?
Os espasmos do choro ou apneias do choro são breves pausas respiratórias com
cianose, coincidentes com o início duma crise de choro, na sequência dum precipitante
causador desse choro (Figura 1).
Figura 1: Início duma crise: choro
Existem 2 tipos de espamos do choro em função da cor; 1) Cianótico – com cianose facial
(85%); 2) Pálido – com palidez generalizada (H”15%); alguns casos podem ter fases
cianóticas.
Como é que se manifestam?
No imediato a um desencadeante que provoque frustração e/ou ira, a criança sustém a
respiração e o choro durante vários segundos (fica em apneia) (Figura 2).
Figura 2: Esquema das crises de espasmo do
choro cianótico
Figura 5: O desmaio com queda é raro.
Algumas crianças, pelo contrário,
ficam muito pálidas (lívidas),
demorando a recuperar mais tempo
que as crises cianóticas.
Que crianças podem ter espasmos do choro?
Têm crises cerca de 5% das crianças de ambos os sexos, geralmente entre os 6 meses
e os 4 anos de idade. Em regra surgem entre os 6 e os 18 meses sendo mais comum
iniciarem-se no segundo ano de vida, nalgumas crianças perdurando até aos 4 anos.
São raros os casos iniciados no primeiro mês de vida (em situações de cólicas mais
violenta) sendo obrigatório excluir-se arritmias cardíacas, convulsões, episódios de reflu-
xo gastro-esofágico, engasgamento.
Qual a razão das crises nestas crianças?
Não se sabe mas claramente existe uma disfunção (reflexo) involuntária do sistema
autonómico com predomínio do sistema parassimpático. Contata-se também uma ele-
vada percentagem de anemia por falta de ferro nestas crianças.
Qual a frequência das crises e quando desaparecem?
A frequência é muito variável. As crianças mais birrentas/temperamentais fazem mais
crises do que as outras. Será tolerável 1 a 2 crises por semana, mas por um período curto
(semanas). Mas em geral são menos frequentes.
As crises vão diminuindo de frequência progressivamente até desaparecerem pelos 4
anos de idade. Para além desta idade colocam-se as mesmas dúvidas.
O que podem fazer os pais nas crises?
Fundamentalmente ficarem tranquilos pois nada irá acontecer. Os espasmos do choro
não têm qualquer perigo. Só assustam os pais e quem assiste. A criança fica bem e
recomeça de imediato a atividade normal.
Algumas crianças interrompem as crises param se lhes soprarem com força para a cara.
Os mecanismos respiratórios assemelham-se à apneia que algumas crianças fazem
durante um mergulho na água (Figura 6). Ultrapassada a crise, é como se a criança
tivesse saído da água. Está de novo normal.
Em função da maior ou menor duração da apneia (tempo sem respirar), a criança fica
roxa (cianosada) na face, em especial em torno dos lábios (Figuras 3 e 4).
Figuras 3 e 4: A contenção
da respiração e a cianose
da face
Se a apneia se prolonga, a criança fica momentaneamente desfalecida, embora seja raro
que chegue a cair no chão (Figura 5). Se ocorre perda do conhecimento, esta dura poucos
segundos.
Figura 6:Apneia
durante um
mergulho
Quando devem procurar o
pediatra?
Pela dúvida com convulsão, arritmia cardí-
aca, presença de anemia ou malformações
da coluna cervical, justifica-se consulta
médica nas crises atípicas:
E o que devem fazer para evitar as crises?
Os pais não devem ter medo dos espasmos. Apenas nas crianças mais birrentas, e se
for necessário dar um castigo, em vez dum grito, dum movimento brusco, duma palma-
da, será preferível ameaçar do castigo, aumentando progressivamente o som e tom de
voz e os preparos para as intenções.
Mas nunca não deixar de educar adequadamente a criança, com medo dos espasmos
do choro.
E o que não devem fazer?
- Não devem imitar o chefe espanhol, pai de Pepe do Álbum Astérix na Espanha (Figura
7); não devem criar e formar reizinhos (Figura 8).
Figura 7: Espas-
mo do choro de
Pepe e a atitude
do chefe (pai de
Pepe)
Figura 8: Um
reizinho que
manda em
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Correspondência: mbsalgado27@gmail.com

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  • 1. região bairradina 06-05-2015Saúde24 Manuel Salgado Médico Pediatra Os espasmos do choro na criança de idade pré-escolar Pepe em crise (Astérix na Espanha) Resumo Uma em cada 20 crianças em idade pré-escolar tem crises de choro complicadas com o suster da respiração. Em consequência da interrupção da respiração, ficam roxas, desfalecem e, por vezes, têm uma brevíssima perda do conhecimento. Não obstante não terem qualquer perigo, as crises são assustadoras para quem as presencia. O evitar que estas crises aparatosas se repitam é o objetivos dos pais. Mas se as crises passam com a idade, o que não passa, são os erros duma educação permissiva pelo receio dos espasmos do choro. O que são espasmos do choro? Os espasmos do choro ou apneias do choro são breves pausas respiratórias com cianose, coincidentes com o início duma crise de choro, na sequência dum precipitante causador desse choro (Figura 1). Figura 1: Início duma crise: choro Existem 2 tipos de espamos do choro em função da cor; 1) Cianótico – com cianose facial (85%); 2) Pálido – com palidez generalizada (H”15%); alguns casos podem ter fases cianóticas. Como é que se manifestam? No imediato a um desencadeante que provoque frustração e/ou ira, a criança sustém a respiração e o choro durante vários segundos (fica em apneia) (Figura 2). Figura 2: Esquema das crises de espasmo do choro cianótico Figura 5: O desmaio com queda é raro. Algumas crianças, pelo contrário, ficam muito pálidas (lívidas), demorando a recuperar mais tempo que as crises cianóticas. Que crianças podem ter espasmos do choro? Têm crises cerca de 5% das crianças de ambos os sexos, geralmente entre os 6 meses e os 4 anos de idade. Em regra surgem entre os 6 e os 18 meses sendo mais comum iniciarem-se no segundo ano de vida, nalgumas crianças perdurando até aos 4 anos. São raros os casos iniciados no primeiro mês de vida (em situações de cólicas mais violenta) sendo obrigatório excluir-se arritmias cardíacas, convulsões, episódios de reflu- xo gastro-esofágico, engasgamento. Qual a razão das crises nestas crianças? Não se sabe mas claramente existe uma disfunção (reflexo) involuntária do sistema autonómico com predomínio do sistema parassimpático. Contata-se também uma ele- vada percentagem de anemia por falta de ferro nestas crianças. Qual a frequência das crises e quando desaparecem? A frequência é muito variável. As crianças mais birrentas/temperamentais fazem mais crises do que as outras. Será tolerável 1 a 2 crises por semana, mas por um período curto (semanas). Mas em geral são menos frequentes. As crises vão diminuindo de frequência progressivamente até desaparecerem pelos 4 anos de idade. Para além desta idade colocam-se as mesmas dúvidas. O que podem fazer os pais nas crises? Fundamentalmente ficarem tranquilos pois nada irá acontecer. Os espasmos do choro não têm qualquer perigo. Só assustam os pais e quem assiste. A criança fica bem e recomeça de imediato a atividade normal. Algumas crianças interrompem as crises param se lhes soprarem com força para a cara. Os mecanismos respiratórios assemelham-se à apneia que algumas crianças fazem durante um mergulho na água (Figura 6). Ultrapassada a crise, é como se a criança tivesse saído da água. Está de novo normal. Em função da maior ou menor duração da apneia (tempo sem respirar), a criança fica roxa (cianosada) na face, em especial em torno dos lábios (Figuras 3 e 4). Figuras 3 e 4: A contenção da respiração e a cianose da face Se a apneia se prolonga, a criança fica momentaneamente desfalecida, embora seja raro que chegue a cair no chão (Figura 5). Se ocorre perda do conhecimento, esta dura poucos segundos. Figura 6:Apneia durante um mergulho Quando devem procurar o pediatra? Pela dúvida com convulsão, arritmia cardí- aca, presença de anemia ou malformações da coluna cervical, justifica-se consulta médica nas crises atípicas: E o que devem fazer para evitar as crises? Os pais não devem ter medo dos espasmos. Apenas nas crianças mais birrentas, e se for necessário dar um castigo, em vez dum grito, dum movimento brusco, duma palma- da, será preferível ameaçar do castigo, aumentando progressivamente o som e tom de voz e os preparos para as intenções. Mas nunca não deixar de educar adequadamente a criança, com medo dos espasmos do choro. E o que não devem fazer? - Não devem imitar o chefe espanhol, pai de Pepe do Álbum Astérix na Espanha (Figura 7); não devem criar e formar reizinhos (Figura 8). Figura 7: Espas- mo do choro de Pepe e a atitude do chefe (pai de Pepe) Figura 8: Um reizinho que manda em casa… que manda em tudo. Correspondência: mbsalgado27@gmail.com