A previsão do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de abril projeta uma safra de 159,3 milhões de toneladas em 2012, com alta de 0,5% ante o levantamento de março http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2012/05/ibge-safra-brasileira-de-graos-sera-de-159-3-milhoes-de-toneladas-em-2012-3754062.html
2. Presidenta da República
Dilma Rousseff
Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão
Miriam Belchior
INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE
Presidenta Indicadores IBGE
Wasmália Bivar
Diretor-Executivo Plano de divulgação:
Nuno Duarte da Costa Bittencourt
Trabalho e Rendimento
ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES
Pesquisa mensal de emprego
Diretoria de Pesquisas
Marcia Maria Melo Quintslr Agropecuária
Diretoria de Geociências Estatística da produção agrícola*
Wadih João Scandar Neto
Estatística da produção pecuária*
Diretoria de Informática Indústria
Paulo César Moraes Simões
Pesquisa industrial mensal: produção física Brasil
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
Pesquisa industrial mensal: produção física regional
David Wu Tai
Pesquisa industrial mensal: emprego e salário
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Denise Britz do Nascimento Silva Comércio
Pesquisa mensal de comércio
UNIDADE RESPONSÁVEL
Índices, preços e custos
Diretoria de Pesquisas
Índice de preços ao produtor – indústrias de transformação
Coordenação de Agropecuária Sistema nacional de índices de preços ao consumidor: IPCA-E
Flavio Pinto Bolliger
Sistema nacional de índices de preços ao consumidor: INPC -
IPCA
EQUIPE DE REDAÇÃO
Sistema nacional de pesquisa de custos e índices da construção
Redatores: civil
Alexandre Pires Mata
Contas nacionais trimestrais
Carlos Alfredo Barreto Guedes
Contas nacionais trimestrais: indicadores de volume e valores
Carlos Antônio Almeida Barradas
correntes
Carlos Henrique Mesquita de Carvalho
Cláudio R.G. de Almeida
Mauro André Ratzsch de Andreazzi
Roberto Verone Ferry
*Continuação de: Estatística da produção agropecuária, a partir
Vitor Longo da Silva Filho
de janeiro de 2006. Iniciado em 1982, com a divulgação de
indicadores sobre trabalho e rendimento, indústria e preços, o
periódico Indicadores IBGE incorporou no decorrer da década
Editoração: de 80 informações sobre agropecuária e produto interno bruto.
A partir de 1991, foi subdividido em fascículos por assuntos
Alexandre Pires Mata
específicos, que incluem tabelas de resultados, comentários e
Herberto da Costa Araújo notas metodológicas. As informações apresentadas estão
Thereza Christina Villela Branco disponíveis em diferentes níveis geográficos: nacional, regional
e metropolitano, variando por fascículo.
3. SUMÁRIO
PRODUÇÃO DAS LAVOURAS EM ABRIL DE 2012
1 - Lavouras .................................................................. 5
TABELAS DE RESULTADOS – Safra 2012
1 - Área, produção e rendimento médio - confronto das estimativas mensais
abril / março – safra 2012 – Brasil ...................................... 19
2 - Área, produção e rendimento médio - confronto das estimativas para a safra
2012 com a safra de 2011 - Brasil ....................................... 20
3 – Área de cereais, leguminosas e oleaginosas - comparação entre as safras
de 2011 e 2012 - Brasil e Grandes Regiões ................................ 21
4 – Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas - comparação entre as safras
de 2011 e 2012 - Brasil e Grandes Regiões ................................ 22
5 – Participação de área e produção de cereais, leguminosas e oleaginosas,
Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação .......................... 23
6 – Participação de área e produção de cereais, leguminosas e oleaginosas,
segundo os produtos agrícolas – Brasil ................................... 24
• Produtos
Algodão herbáceo …...................................................... 25
Amendoim (em casca)total ….............................................. 27
Amendoim (em casca) 1ª safra ….......................................... 29
Amendoim (em casca) 2ª safra ….......................................... 30
Arroz (em casca) ....................................................... 31
Aveia (em grão) ........................................................ 34
Batata-inglesa – Total ................................................. 35
Batata-inglesa 1ª safra ................................................ 37
Batata-inglesa 2ª safra ................................................ 38
Batata-inglesa 3ª safra ................................................ 40
Cacau (em amêndoa) ..................................................... 41
Café (em grão) - Total ................................................. 42
Café (em grão) - Arábica................................................ 44
Café (em grão) - Canephora.............................................. 46
Cana-de-açúcar ......................................................... 47
Cebola ................................................................. 49
Cevada (em grão) ....................................................... 50
Feijão (em grão) – Total ............................................... 51
Feijão (em grão) 1ª safra .............................................. 54
Feijão (em grão) 2ª safra .............................................. 56
Feijão (em grão) 3ª safra .............................................. 59
Laranja ................................................................ 60
Mamona (em baga)........................................................ 63
4. Mandioca ............................................................... 64
Milho (em grão) – Total ................................................ 67
Milho (em grão) 1ª safra ............................................... 70
Milho (em grão) 2ª safra ............................................... 73
Soja (em grão) ......................................................... 75
Sorgo (em grão) ........................................................ 77
Trigo (em grão) ........................................................ 79
Triticale (em grão) .................................................... 80
5. 1 – Lavouras
1.1 – Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas – quarta estimativa da safra
2012, em relação à produção obtida em 2011
A quarta avaliação da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas é estimada em
159,3 milhões de toneladas1, inferior em 0,5% à obtida em 2011 (160,1 milhões de toneladas) e 0,5%
maior que a estimativa de março. A área a ser colhida em 2012, de 50,2 milhões de hectares,
apresenta acréscimo de 3,2% frente à área colhida em 2011 e aumento de 0,8% frente ao mês
anterior. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que somados
representam 91,2% da previsão da produção e respondem por 84,3% da área a ser colhida. Em relação
ao ano anterior o arroz apresenta uma redução na área de 11,6%, o milho um acréscimo de 14,1% e a
soja acréscimo de 3,1%. No que se refere à produção, o arroz apresenta uma redução de 13,8%, o
milho um aumento de 19,5% e a soja uma redução de 11,4%.
Vale destacar que, considerando apenas os produtos da safra de verão 2, a produção prevista,
para esse grupo de grãos, de 117,2 milhões de toneladas é 8,4% inferior à registrada para esse mesmo
conjunto em 2011 (127,9 milhões de toneladas), decréscimo que pode ser explicado pelos baixos
índices pluviométricos observados, principalmente na Região Sul. A área cultivada com soja cresceu
3,1%, entretanto o regime de chuvas inadequado afetou o rendimento médio que decresceu 14,1%,
resultando na redução de 11,4% na produção deste grão. O arroz, que apresentou queda de 11,6% na
área a ser colhida, também teve seu rendimento médio diminuído em 2,5% o que acarretou uma
diminuição de 13,8% na estimativa de produção.
180.000.000
-0,5 %
160.000.000
Cereais, leguminosas e oleaginosas
140.000.000 Área e Produção - Brasil Produção (t)
1980 a 2012
120.000.000
100.000.000
80.000.000
3,2 %
60.000.000
Área (ha)
40.000.000
20.000.000
0
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
1987
1998
1
Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para Cereais, leguminosas e
oleaginosas, ora divulgados, foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab,
órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, continuando um processo de harmonização das
estimativas oficiais de safra, iniciado em outubro de 2007, para as principais lavouras brasileiras.
2
Produtos de verão: Algodão herbáceo (caroço de algodão), amendoim 1ª safra (em casca), arroz (em casca), feijão 1ª safra,
mamona (baga), milho 1ª safra (em grão) e soja (em grão)
5
6. Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas
apresenta a seguinte distribuição: Região Centro-Oeste, 64,5 milhões de toneladas; Sul, 56,9 milhões
de toneladas; Sudeste, 18,4 milhões de toneladas; Nordeste, 15,0 milhões de toneladas e Norte, 4,6
milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, são constatados incrementos nas Regiões
Nordeste, 2,6%, Sudeste, 6,9% Norte, 4,6%, Centro-Oeste, 15,0% e decréscimo na Região Sul de
16,2%.
Nesta quarta avaliação para 2012, o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos,
com uma participação de 23,0%, seguido pelo Paraná, com 19,3% e Rio Grande do Sul, com 12,6%,
estados estes que somados representam 54,9% do total nacional.
23,0
Cereais, leguminosas e oleaginosas
Participação na produção nacional
19,3
Segundo as Grandes Regiões
e Unidades da Federação Sul
2012 35,7%
12,6
Participação %
Sudeste
11,0
Centro- 11,5%
Oeste
40,5%
Nordeste
7,4
9,4%
6,2
Norte
2,9%
4,5
4,1
3,8
2,1
1,5
1,2
0,8
0,7
0,5
0,4
0,4
0,2
0,1
0,1
AC 0,1
AL 0,1
0,1
0,1
AM 0,0
RJ 0,0
AP 0,0
MA
BA
PA
DF
RS
MS
SP
CE
SE
PE
ES
PR
SC
PB
RR
RN
PI
MG
GO
RO
MT
TO
1.2 – Produção Agrícola 2012 – estimativa de abril em relação a março
No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de abril destacamos as variações nas
estimativas de produção, comparativamente ao mês de março, de sete produtos: sorgo em grão
(+10,8%), milho em grão 2ª safra (+5,9%), café em grão arábica (+1,2%), amendoim em casca
total (-1,0%), milho em grão1ª safra (-1,7%), trigo em grão (-6,7%) e o feijão em grão 1ª safra
(-16,6%).
Variação percentual da produção - comparação abril / março 2012 - BRASIL
Sorgo
M ilho 2ª s afra
Café Arábica
Am e ndoim - Total
Milho 1ª safra
Trigo
Feijão 1ª safra
-18,0 -16,0 -14,0 -12,0 -10,0 -8,0 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Variação %
6
7. Variação absoluta da produção - comparação abril / março 2012 - BRASIL
Sorgo
Milho 2ª s afra
Café Arábica
Am endoim - Total
M ilho 1ª safra
Trigo
Fe ijão 1ª safra
- 750.000 - 500.000 - 250.000 0 250.000 500.000 750.000 1.000.000 1.250.000 1.500.000 1.750.000 2.000.000
Variação absoluta (t)
AMENDOIM (em casca) - Em abril a atenção se volta para a 2ª safra do produto, quando a Bahia
ocupa o 1º lugar. Neste Estado o plantio do amendoim normalmente ocorre neste mês, estando
previstos decréscimos em todas as variáveis, quando comparadas às estimativas de março. A área a ser
plantada, de 7.808 ha, decresceu 10,4%. A produção, estimada agora em 7.442 toneladas, já
apresenta decréscimo de 19,6% em relação a março, dada a grave seca que assola a Bahia. Ressalta-
se que a produção do Estado representa 51,5% da 2ª safra brasileira.
220.000
Amendoim (em casca)
0
0,
200.000
Total
180.000
Produção (t)
160.000
Variação %
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
M ar Abr
40.000
6
,7
9,
5
0
-0
0
-1
0,
2,
20.000
0
0
0,
0
0
-3
0,
0,
0,
0,
0
SP MG PR BA RS GO SE CE PB MT
7
8. CAFÉ ARÁBICA (em grão) - Na comparação mensal, a safra de café arábica 2012, em nível de
Brasil, que está estimada em 2.298.995 toneladas (38,3 milhões de sacas de 60 kg), apresenta
acréscimo de 1,3% em relação à estimativa de março. A área total ocupada com a cultura é de
1.767.181 ha, apresentando um pequeno acréscimo em relação a março. A área a ser colhida, de
1.590.186 ha, também apresenta expansão. O rendimento médio cresce 1,2%.
O período de estiagem, de 15 de janeiro até fim de fevereiro, coincidindo com o final do
“enchimento” dos frutos, é crítico, pois o peso do grão é fundamental para definir o “tamanho” da
safra. No entanto, 2012 é, de acordo com a série histórica, um ano de “alta”, razão pela qual a
previsão está mantida, apesar dos problemas citados.
1.600.000
Café Arábica (em grão)
8
1,
1.400.000
Produção (t)
Variação %
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
Mar Abr
0
400.000
0,
0
0,
0
0,
0
0,
200.000
0
0,
,1
,3
,1
0
-0
0
0
0,
17
-0
7
0,
0,
5,
0
MG SP ES BA PR GO RJ CE MS AC PE DF MT
CAFÉ CANEPHORA (em grão) - A produção nacional estimada em abril é de 12,2 milhões de
sacas de 60 kg. A retração em relação à estimativa de produção do mês anterior, de 0,3%, deve-se
exclusivamente ao Estado de Rondônia, 2º maior produtor brasileiro, que apresenta, em relação a
março, um decréscimo de 2,5% na produção esperada para 2012, em virtude de ajustes na área a ser
colhida (-6,6%) e na área total ocupada com robusta (-6,7%), uma vez que o rendimento esperado deve
aumentar 4,4% na comparação com o mês de março.
O Espírito Santo, 1º produtor, mantém em abril as mesmas estimativas de março e os
problemas observados no 1º trimestre, como temperaturas excessivas e estiagem, não interferiram
negativamente nos valores divulgados agora em abril. Desta forma, são positivas as perspectivas do
mês para a safra que já começou a ser colhida.
FEIJÃO (em grão) 1ª safra - Esta safra já teve a maior parte da área colhida e registra uma
produção de 1.425.023 toneladas, que é 16,6% menor que o terceiro levantamento. Esta safra sofreu
redução de área em quase todos os estados produtores. A Região Nordeste, que ainda não concluiu a
colheita, prevê uma produção de 337.901 toneladas, que é 45,4% menor que a estimativa de março. A
área plantada foi reduzida em alguns estados do Nordeste, devido ao atraso e irregularidade da
precipitação pluviométrica, sendo observada nesta estimativa de abril, em relação à de março, uma
diminuição de 5,1% no PI, 2,2% na BA, 15,8% no CE e 25,4% no RN.
8
9. 400.000
0
0,
350.000
300.000
Feijão (em grão) - 1ª safra
Produção (t)
250.000
2
Variação %
0,
200.000
0
8
0,
Part. Prod.>1%
2,
-5
150.000
0
0,
8
Mar Abr
0,
0
0,
-3
1
100.000
0,
0
6
-3
0,
9,
3
,5
0,
-6
0
0
0
-7
0,
0,
-2
0,
50.000
0
PR MG GO CE SP SC BA PE RS RO PI RN DF MA MT
FEIJÃO (em grão) 2ª safra - Para o feijão 2ª safra, a produção esperada registra uma queda de
0,6% frente à estimativa de março, alcançando 1.389.052 toneladas. No Paraná, maior produtor
nacional, participando com 24,3% da produção do grão, as investigações de campo indicam uma área
plantada, nesta safra, de 209.025 ha, que é 1,9% maior que a anterior e uma produção esperada de
336.865 toneladas do produto que é 7,0% menor.
MILHO (em grão) 1ª safra – Para a primeira safra de milho, que já está em fase de fechamento
da colheita, a previsão de produção é de 34.314.297 toneladas, sendo que este valor é 1,7% inferior
ao mês anterior em função, principalmente da menor área colhida (3,4%). A Região Nordeste, que
representa 11,9% da safa nacional, foi a que mais influenciou reduzindo sua produção em 20,1%, a
área plantada em 7,5%, a área colhida em 12,3% e o rendimento em 8,9%, que pode ser explicado
pela prolongada e intensa estiagem que vêm assolando alguns estados da Região. O Ceará, nesta
avaliação de abril, foi o que mais diminuiu sua estimativa de produção (59,0%), seguido pelo Piauí
(24,5%), Rio Grande do Norte (15,6%) e Bahia (8,2%).
8.000.000
,3
Milho (em grão) 1ª safra
-0
7.000.000
4
Produção (t)
1,
6.000.000 Variação %
5.000.000
Part. Prod.>1%
4
8,
4.000.000
0
0
0
0,
0,
0,
Mar Abr
3.000.000
,2
-8
2.000.000
5
4,
0
6
9,
-2
1,
0
,3
-5
0
0,
,1
21
0,
1.000.000
-4
0
MG PR GO SC RS SP BA PI MA PA MT RO MS CE
9
10. MILHO (em grão) 2ª safra – A previsão para a segunda safra nacional de milho é de
32.941.913 toneladas. Apresentou acréscimos em produção de 5,9% quando comparado com o mês
anterior, 1,6% no rendimento médio e 4,2% em área plantada. A Região Centro Oeste, maior produtora
do milho na 2ª safra, com 61% da produção nacional, apresentou variação média positiva de 7,7% na
previsão de produção, e de 5,3% em área a ser colhida. O principal estado responsável por este
aumento foi o Mato Grosso do Sul, que apresentou acréscimos de 39,6% na previsão da produção e
19,9% em área a ser colhida. Goiás também apresentou aumento significativo de 4,5% na produção e
5,4% na área a ser colhida. O Estado do Mato Grosso, maior produtor nacional não apresentou
variação em relação aos dados informados em março. O Paraná, segundo maior produtor, com 30,3%
da produção nacional, estimou aumento da produção de 4,2% e de 3,7% em relação à área a ser
colhida, quando comparadas ao mês anterior. As condições meteorológicas verificadas no decorrer do
mês de abril foram bastante variáveis, no início do mês observamos vários dias sem chuva, e nos
últimos dias verificou-se um excesso de chuvas. Atualmente, os principais estágios fenológicos das
lavouras são os de desenvolvimento vegetativo (50%), floração (35%), frutificação (15%) e maturação
(5%).
12.000.000
0
0,
11.000.000
2
Milho (em grão) 2ª safra
4,
10.000.000
9.000.000 Produção (t)
Variação %
8.000.000
7.000.000
6.000.000
,6
39
5.000.000
Mar Abr
5
4,
4.000.000
3.000.000
0
2.000.000
0,
0
0,
0
6
0,
2,
1.000.000
0
0,
0
MT PR MS GO SP SE BA MG DF
SORGO (em grão) - Com a consolidação do plantio nos principais estados produtores, tem-se
neste quarto levantamento uma estimativa mais apurada da produção nacional que é de 1.704.467
toneladas, quantitativo 10,7% inferior a 2011, devido, principalmente, a menor área plantada. Porém,
esta estimativa supera a do mês de março em 10,8%, este crescimento deve-se a reavaliação do
Estado de Goiás, responsável por 39,8% da produção nacional, que prevê um aumento de 42,0% na
produção em relação ao mês anterior. Apesar deste aumento, a produção é 16,7% inferior ao ano de
2011, devido a menor área plantada (16,3%).
10
11. No Mato Grosso do Sul, há uma expressiva redução na área plantada de 43,9%, em
comparação com o ano anterior. Esta redução acentuada está relacionada essencialmente a maior opção
de plantio do milho 2ª safra que está com ótimo preço de mercado, dando maior rentabilidade ao
produtores.
700.000
,0
42 Sorgo (em grão)
600.000
Produção (t)
Variação %
500.000
0
5,
400.000
0
0,
300.000
Mar Abr
200.000 9
3,
0
-4
0,
0
0
0,
100.000
0,
7
0
5
2,
0,
0,
0
-2
0,
0
GO MG MT BA MS SP RS DF RN CE PE
CEREAIS DE INVERNO (em grão) - Para as lavouras de inverno, cujos cultivos concentram-se,
predominantemente, nos estados do sul do país, verificam-se acréscimos de produção para os produtos
aveia (16,8%), cevada (19,1%) e decréscimos para o trigo (6,7%) e triticale (0,2%), quando
comparados ao mês anterior. Destaca-se que essa avaliação é de caráter preliminar e deve ser analisada
com cautela tendo em vista que apenas os Estados de Minas Gerais, Paraná , Mato Grosso do Sul e
Goiás forneceram os primeiros dados.
5.500.000
,7
Culturas de inverno
-6
5.000.000
4.500.000 Brasil
Produção (t)
4.000.000
3.500.000
3.000.000
2.500.000
2.000.000 Março/2012 Abril/2012
1.500.000
1.000.000
,8
,1
16
19
,2
500.000
-0
0
Trigo Aveia Cevada Triticale
11
12. No Paraná, o plantio já se desenvolveu em cerca de 15% da área, com as lavouras
apresentando uma boa germinação e um bom desenvolvimento inicial. As atividades de plantio deverão
ser incrementadas no decorrer dos próximos meses, devendo estar concluídas no início do mês de julho.
Para a cultura do trigo no Paraná, as investigações de campo, realizadas no decorrer do mês de
abril, com o objetivo de se conhecer a área que deverá ser plantada com a cultura no ano de 2012,
aponta ainda na condição de “intenção de plantio” uma área da ordem de 785.445 ha. A previsão de
redução de área de plantio com a cultura do trigo paranaense decorre dos baixos preços praticados com
o produto na safra passada, bem como da dificuldade dos produtores em vender a sua produção. Até o
final do período, o plantio havia sido realizado em cerca de 20 % da área prevista, com as lavouras até
então implantadas, se encontrando na sua totalidade nos estágios de germinação (50 %), e
desenvolvimento vegetativo (50 %).
A previsão de produção do trigo na safra de 2012, caso se confirme o plantio, é da ordem de
2.258.626 toneladas, estimativa que mantém o Estado como o maior produtor, participando com
47,1% da produção nacional.
3.000.000
Trigo (em grão)
1
2.500.000
2,
-1
Produção (t)
0
0,
Variação %
2.000.000
1.500.000
1.000.000 Mar Abr
500.000
0
6
0,
7
1,
0
0
5,
0,
0,
-1
0
-4
0,
0
PR RS SC MG SP GO MS DF
1.3 - Produção Agrícola 2012 – estimativa de abril de 2012, em nível nacional, em
relação à produção obtida em 2011
Dentre os vinte e seis produtos selecionados, doze apresentam variação positiva na estimativa
de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (1,6%), aveia em grão (2,9%),
café em grão - arábica (16,9%), café em grão - canephora (5,6%), cana-de-açúcar (3,9%), cebola
(2,8%), cevada em grão (2,6%), feijão em grão 2ª safra (24,9%), mandioca (2,2%), milho em grão 1ª
safra (0,4%), milho em grão 2ª safra (49,0%) e triticale em grão (4,4%). Com variação negativa são
catorze produtos: amendoim em casca 1ª safra (3,2%), amendoim em casca 2ª safra (8,3%), arroz em
casca (13,8%), batata-inglesa 1ª safra (7,6%), batata-inglesa 2ª safra (3,0%), batata-inglesa 3ª safra
(1,2%), cacau em amêndoa (2,2%), feijão em grão 1ª safra (27,0%), feijão em grão 3ª safra (9,1%),
12
13. laranja (0,4%), mamona em baga (52,5%), soja em grão (11,4%), sorgo em grão (10,7%) e trigo em
grão (15,9%).
Nas figuras a seguir estão representadas as variações percentuais e absolutas das principais
culturas levantadas em comparação com a safra anterior:
50
Variação percentual da produção - comparação 2012 / 2011 - BRASIL
Milho 2ª
40
Feijão 2ª
Café Arábica
Café Canephora
30
Cana de açúcar
Batata - ing. 1ª
Alg. herbáceo
Batata-ing. 2ª
Amendoim 1ª
Batata-ing. 3ª
Amendoim 2ª
20
Mandioca
Triticale
Mamona
Feijão 3ª
Cevada
Feijão 1ª
Cebola
Laranja
Milho 1ª
Cacau
Aveia
Sorgo
10
Arroz
Trigo
Soja
0
-10
-20
-30
-40
-50
-60
Variação absoluta da produção - comparação 2012 / 2011 - BRASIL
12.000.000
Milho 2ª
10.000.000
8.000.000
6.000.000 Café Canephora
Batata - ing. 1ª
Alg. herbáceo
Café Arábica
Batata-ing. 2ª
Amendoim 2ª
Amendoim 1ª
Batata-ing. 3ª
4.000.000
Mandioca
Feijão 2ª
Feijão 1ª
Mamona
Feijão 3ª
Milho 1ª
Triticale
Laranja
Soja
Cevada
Cebola
Sorgo
Arroz
Trigo
Cacau
2.000.000
Aveia
0
-2.000.000
-4.000.000
-6.000.000
-8.000.000
Cana-de-açúcar - dife rença absoluta +28.169.312 t
-10.000.000
AMENDOIM (em casca) - A produção nacional, consideradas as duas safras em conjunto, está
estimada em 246.975 toneladas, contra 256.057 toneladas produzidas em 2011, um decréscimo de
3,5%. O maior produtor é o Estado de São Paulo, com 69.700 ha de área colhida ou a ser colhida e
210.277 toneladas previstas, 85,1% de todo o amendoim produzido anualmente no País.
Na 1ª safra paulista, já colhida, a utilização de áreas de renovação de cana-de-açúcar para
13
14. plantio do amendoim é importante e muitas vezes o cultivo da leguminosa fica na dependência da
disponibilidade de áreas, normalmente erradicadas após 5 anos de colheitas sucessivas de cana,
dependendo de condições de mercado e custos de produção, principalmente.
Na 2ª safra, espera-se decréscimo de 8,3% em relação a igual período do ano anterior. A seca,
que atinge parte do Nordeste, prejudica principalmente a Bahia, 1º estado produtor de amendoim desta
temporada (-17,8%).
Amendoim
1ª safra
94,2%
232.535 t
Amendoim
2ª safra
5,8%
14.440 t
CAFÉ(em grão) - A safra nacional de café arábica que começará a ser colhida em maio próximo,
está estimada em 38,3 milhões de sacas de 60 kg, equivalentes a 2.298.995 t, 17,0% a mais que em
2011.
A área a ser colhida registra crescimento de 1,0% em relação à safra passada, totalizando
1.590.966 ha. A área total ocupada com esta espécie é de 1.768.026 ha, sendo 0,9% maior que
2011.
O acréscimo estimado no rendimento médio (15,8%) pode ser creditado à particularidade que
apresenta o arábica, de alternar anos de altos e baixos rendimentos médios.
As precipitações pluviométricas foram regulares durante todo o período pós-florada, e não só
houve frutificação normal, como bom desenvolvimento dos frutos até meados de janeiro, quando se
instalou a estiagem, que foi significativa na Zona da Mata e Sul de Minas Gerais, estado maior
produtor , com 67,6% de participação na produção do País. Entretanto, até o mês corrente não há
registros de danos suficientes para alterar as boas perspectivas para a a safra a ser colhida em 2012.
Para o café canephora, que já começou a ser colhido, a produção esperada de 731.778
toneladas (12,2 milhões de sacas) em 2012, representa aumento de 5,6%, creditado às boas
perspectivas da safra a ser colhida no Espírito Santo, 1º produtor nacional de grãos desta espécie
(76,1% de participação), embora as áreas não irrigadas tenham limitado as possibilidades da safra
capixaba.
É grande a dificuldade que os produtores tem em irrigar seus cafezais, seja pelos entraves em
conseguir “outorga” para uso da água, seja pelo alto custo inicial de máquinas e equipamentos. Muitos
produtores praticam a simples “molhação”, prática de suprimento de água sem critérios técnicos, usada
14
15. como último recurso, muitas vezes para evitar que o teor de umidade no solo atinja níveis críticos.
Apesar dos problemas, o Espírito Santo, além de ser o maior produtor nacional da espécie
concentra também os maiores rendimentos do País (média de 31,4 sc/ha). Outros estados onde a
espécie é cultivada, são, em ordem decrescente: Rondônia, Bahia, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso e
Ceará, cujos números constam da tabela anexa à esta publicação.
Arábica
75,8%
2.298.118 t
38,3 milhões sacas
Canephora
24,2%
731.778 t
12,2 milhões sacas
FEIJÃO (em grão) - A expectativa para a produção de feijão total é de 3.210.074 toneladas que
é 8,3% menor que a de 2011. Essa variação não segue as variações individuais das duas primeiras
safras, onde a 1ª safra (1.425.023 t) teve uma variação negativa de 27,0% e a 2ª safra (1.389.052 t)
tem uma previsão de aumento de 24,9%. A redução de 17,1% na área plantada da 1ª safra se deve
principalmente ao fato dos produtores terem recebido um preço considerado muito baixo, no segundo
semestre de 2011. Com a recuperação dos preços, houve um aumento de 5,5% na área plantada
(1.430.445 ha) para a segunda safra, que tem previsão de rendimento médio de 973 kg/ha que é
5,1% maior que o de 2011.
Feijão 1ª safra
44,4%
1.425.023 t
Feijão 2ª safra
43,3%
1.389.052 t
395.999 t
Feijão 3ª safra
12,3%
15
16. MILHO (em grão) - É esperada uma produção de 67.256.210 de toneladas somadas as duas
safras do produto, superior 1,9% em relação à estimativa anterior e 19,5% maior que a safra passada,
em uma área plantada 13,4% maior. Estes números refletem os bons preços que o produto vem
encontrando no mercado, o que faz com que os produtores optem pela cultura.
É prevista uma variação total positiva de 0,4% de produção para a primeira safra quando
comparada com a safra de 2011, isto representa um crescimento de 146.630 toneladas. A área
plantada aumentou 4,3% e a área colhida 1,9%, porém o rendimento diminuiu 1,4%, este baixo
rendimento pode ser explicado pela estiagem prolongada que afetou o Sul do País diminuindo o
rendimento em 22,1%, e a produção em 14,5%, que representa uma perda de 2.255.040 toneladas em
relação ao produzido em 2011 nesta Região. O estado mais afetado pela seca foi o Rio Grande do Sul,
diminuindo a produção em 42,2% e o rendimento em 37,3%, passando de 5.263 kg/ha em 2011 para
3.300 kg/ha em 2012. O Paraná aumentou a área plantada em 23,9%, porém obteve uma rendimento
15,5% menor que o da safra passada, aumentando a produção em apenas 4,7%. Outros estados
tradicionalmente produtores, investiram nesta cultura, devido os bons preços praticados para o produto,
como é o caso de Minas Gerais e Goiás, com aumento de áreas de 5,9% e 25,5% respectivamente.
A previsão de aumento de 49,0% na produção nacional de milho segunda safra (32.941.913 t),
corresponde a 10.837.140 toneladas a mais em 2012, em uma área de 7.421.307 ha. Esta safra será
1.372.384 toneladas menor que a primeira safra (34.314.297 t.). Este aumento de safra, se deve,
entre outros fatores, ao bom preço do milho no mercado e a antecipação da colheita da soja, o que
propiciou uma maior janela para o plantio do milho safrinha, notadamente no Mato Grosso. O Estado é o
maior produtor deste segundo período de plantio da cultura, com 11.679.033 toneladas em uma área a
ser colhida de 2.613.660 hectares com um rendimento médio de 4.468 kg/ha, que corresponde a um
aumento de 57,3%, 41,4% e 11,3% respectivamente, quando comparadas com o ano anterior. O
Estado do Paraná, segundo produtor nacional, aumentou a produção em 57,5%, a área a ser colhida em
21,3% e o rendimento em 29,9%. Vale também destacar os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás
que irão produzir 34,5% e 26,6% a mais que a safra 2011.
Milho 1ª safra
51,0% Milho 2ª safra
49,0%
34.314.297 t
32.941.913 t
16
17. SOJA (em grãos) - A produção esperada para a soja em 2012 é de 66,4 milhões de toneladas,
menor 11,4% que a do ano passado. Embora a área a ser colhida (24.803.079 ha) aponte um aumento
de 3,1%, o rendimento médio esperado (2.677 kg/ha) registra uma queda de 14,1%. A diminuição na
produção é decorrente das condições climáticas desfavoráveis ocorridas principalmente na Região Sul.
O Rio Grande do Sul foi o estado que mais sofreu com a estiagem, acusando uma diminuição no
rendimento médio de 44,8% e consequente queda de 43,8% na produção (6.526.600 t) frente à 2011.
Esta redução pode ser ilustrada pela participação do Estado na produção nacional, que de 15,5% em
2011 passou para 9,8%. No Paraná o efeito da seca resultou em queda da participação na produção
nacional de soja de 20,6% para 16,4%, ficando em 10.884.752 toneladas. A Região Centro-Oeste é
responsável por 52,5% da produção do grão neste ano. Esta região teve um aumento de 6,0% na área
plantada e de 3,3% na produção (34.868.969 t), apesar da queda de 2,8% no rendimento médio. A
redução observada nesta avaliação foi influenciada, principalmente, pelo resultado do Mato Grosso do
Sul, estado que foi mais afetado pela seca, que teve o rendimento médio reduzido em 12,8%.
TRIGO (em grão) - A primeira estimativa de plantio nacional é da ordem 1.897.361 hectares,
13,5% menor que a área cultivada com o produto no ano anterior. Consequentemente com a redução
da área plantada a produção estimada também é menor 15,9%, influenciada também por um
rendimento médio 4,4% inferior ao obtido em 2011. O Paraná registra em sua primeira estimativa um
decréscimo de 7,0%, quando comparada a safra anterior. Esse fato deve-se ao baixo preço do produto
praticado na safra anterior, bem como dificuldades de comercialização e a competitividade com o trigo
de outros países.
3.000.000
Trigo (em grão)
,0
-7
2.500.000
1
4,
Produção (t)
-2
Variação %
2.000.000
1.500.000
1.000.000
2011 2012
1
500.000
0,
0
-1
8
4,
,6
,0
6
6,
-2
9,
-3
-8
-3
-3
0
PR RS SC MG SP GO MS DF
Os próximos levantamentos da produção agrícola trarão informações sobre as culturas
permanentes e darão continuidade ao acompanhamento da colheita da safra de verão, ao
desenvolvimento das segunda e terceira safras de alguns produtos, além das culturas anuais de inverno
que, por força do calendário agrícola, têm suas estimativas baseadas em projeções.
17